l IFE: nº 1.918 - 26
de outubro de 2006 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Leilões Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional Biblioteca
Virtual do SEE
Regulação e Reestruturação do Setor 1 PNE 2030 será divulgado em 15 de dezembro O Plano
Nacional de Energia de 2030 será divulgado no próximo dia 15 de dezembro,
segundo Márcio Zimmermann, secretário de Planejamento e Desenvolvimento
Energético do MME. Já o Plano Decenal de Energia Elétrica 2007-2016 será
colocado em consulta pública até o fim do ano. Zimmermann afirmou que
a retomada do planejamento do setor é uma das formas de garantir a competitividade
da indústria nacional. O setor tem reclamado do aumento do custo da energia,
o que estaria comprometendo a competitividade perante os concorrentes
estrangeiros. "A competitividade é garantida pelo marco regulatório conhecido,
segurança no abastecimento, modicidade tarifária, planejamento e respeito
aos contratos", disse o secretário. (Agência Canal Energia - 25.10.2006)
2 Copom altera ligeiramente projeções para tarifas de energia Em sua reunião
de outubro, o Copom fez ligeiras alterações nas estimativas de reajuste
nas tarifas residenciais de eletricidade e de telefonia fixa em 2006.
Para a de energia, a projeção é de aumento de 2,5% em 2006, pouco abaixo
dos 2,7% esperado na reunião de agosto. Para a telefonia fixa, a estimativa
passou de queda de 0,9% para recuo de 0,8% entre os dois encontros. (Valor
Econômico - 26.10.2006) 3 Interligação com o Norte vai reduzir subsídio em 90% A interligação
da região Norte ao Sistema Integrado Nacional (SIN) de energia elétrica,
composto por subestações e 83 mil quilômetros de linhas de transmissão,
deverá diminuir sensivelmente, em algo como 90%, a Conta de Consumo de
Combustíveis Fósseis (CCC) a partir do início da próxima década. Estimada
em R$ 4,5 bilhões para 2006, a CCC cairia para algo como R$ 500 milhões
a valores presentes. "A interligação Acre-Rondônia, que vai à leilão em
novembro próximo, já traria uma redução de R$ 1,5 bilhão por ano. E a
conexão entre Tucuruí-Manaus tiraria outros R$ 2,5 bilhões anualmente",
afirma Marcio Zimermann, secretário de Planejamento e Desenvolvimento
Energético do MME. (Valor Econômico - 26.10.2006) 4
FGV: PIB pode perder R$ 214 bi até 2015 com elevação do preço da energia
5 Rio Madeira: MME ainda trabalha com possibilidade de licitar Santo Antônio este ano O MME ainda
trabalha com a possibilidade de licitar uma das hidrelétricas do complexo
do Rio Madeira (RO, 6.450,4 MW) ainda este ano. Segundo o secretário de
Planejamento e Desenvolvimento do MME, Márcio Zimmermann, o ministério
ainda aguarda a liberação da licença prévia do empreendimento para novembro.
Caso a licença saia a tempo de realizar todo o procedimento de edital,
contou, o leilão sairá em dezembro. O secretário acrescentou que, do contrário,
a previsão é que o certame seja feito no primeiro trimestre de 2007. As
audiências públicas do complexo serão realizadas pelo Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis entre os dias 8 e 11 de
novembro, em Rondônia. Zimmermann salientou que o leilão provavelmente
será exclusivo, com tendência de licitar Santo Antônio (3.150,4 MW) em
primeiro lugar, sendo Jirau (3.300 MW) licitado no ano seguinte. Zimmermann,
que participou na última terça-feira, 24 de outubro, do lançamento do
livro "Mario Bhering - Memórias do Setor Elétrico Brasileiro, na sede
da Light (RJ), ressaltou que a licitação do Rio Madeira precisa ser feita
antes do leilão de energia nova A-5, previsto para o primeiro semestre
do ano que vem. "Por ser um projeto estrutural, ele pode entrar em operação
ao longo do tempo, assegurando tranqüilidade para a oferta de novos empreendimentos",
observou. (Agência Canal Energia - 25.10.2006) 6 Hidrelétrica leva 19 anos para obter uma licença ambiental Entre os
projetos de usinas hidrelétricas que enfrentam a morosidade do processo
de licenciamento, o da a usina Tijuco Alto pode ser considerado o caso
mais antigo. O processo de licenciamento ambiental da usina teve início
em 1989 e não terminou: a expectativa é de que a licença de instalação
seja concedida em 2008, dezenove anos após o início do processo. Quando
for construída, Tijuco Alto deverá ter a sua capacidade de geração de
energia reduzida a 128,7 MW, em relação aos 144 MW do projeto original,
por conta de modificações no projeto para adequá-lo às exigências ambientais.
Levantamento da Superintendência de Fiscalização dos Serviços de Geração
da Aneel mostra que Tijuco Alto pode ser o caso mais emblemático em matéria
de atrasos no processo de licenciamento ambiental, mas não é o único.
O levantamento, publicado no último dia 15/10, revela que entre os 39
projetos de hidrelétricas fiscalizados, 28 estão com atrasos no processo
de licenciamento ambiental. (Valor Econômico - 25.10.2006) 7 Governador de Pernambuco sanciona Lei que reduz ICMS da conta de luz A partir do próximo dia 1 de novembro a população de baixa renda, que consome de 51 kw até 120 kw de energia elétrica em Pernambuco, será beneficiada com a redução de 25% para 20% na cobrança do ICMS na conta de luz. A medida, anunciada no último dia 06 de outubro, pelo governador Mendonça Filho, tornou-se Lei sancionada por ele no final da tarde de ontem (24) e será publicada no Diário Oficial nesta quarta-feira, 25 de outubro de 2006. Serão beneficiados 2,2 milhões pessoas, com a redução na conta de luz da ordem de 6,25%. Já a população que consome na média de 30Kw a 50 Kw foi beneficiada com isenção total do ICMS por decreto assinado, pelo governador, no último dia 06 do mês - quando do anúncio do projeto de lei que seria encaminhado à Assembléia Legislativa e que agora se transforma em Lei. As iniciativas, tanto de redução quanto de isenção, beneficia um total de 5 milhões de pessoas. Com essas ações, o Governo abre mão da arrecadação de R$ 1,3 milhão/mês e R$ 16 milhões/ano, graças ao equilíbrio financeiro atingido nesses último sete anos e meio de gestão. (Governo de Pernambuco - 24.10.2006) 8
Associação Mundial de Energia Eólica: Nordeste tem um dos maiores potenciais
do mundo 9 Recursos Hídricos : ANA e Embaixada da Espanha firmam acordo O diretor-presidente
da Agência Nacional de Águas - ANA, José Machado e o embaixador da Espanha
no Brasil, Ricardo Peidró Conde assinam nesta terça-feira (24/10), às
10h30m, na sede da agência, em Brasília, plano de implementação da cooperação
técnica entre os dois países na área de recursos hídricos. Em dezembro
de 2004, o Ministério do Meio Ambiente do Brasil e o Ministério do Meio
Ambiente da Espanha firmaram um entendimento para realizar cooperação
técnica na área de recursos hídricos. Coube a ANA e ao Ministério do Meio
Ambiente espanhol sua implementação que engloba as seguintes áreas temáticas:
a gestão de recursos hídricos em regiões semi-áridas; prevenção dos efeitos
das secas e inundações; gestão de recursos hídricos por bacias hidrográficas
e sistemas de informações hidrológicas. (Agência Nacional de Águas - 23.10.2006)
10
Sócio-diretor da Delta Comercializadora comenta expansão do mercado livre
11 Seminário Nacional de Produção e Transmissão de Energia Elétrica Em outubro de 2007 ocorrerá a décima nona edição do principal evento do calendário de eventos técnicos regulares do Cigré-Brasil, o "Seminário Nacional de Produção e Transmissão de Energia Elétrica - SNPTEE". O evento, promovido pelo Cigré-Brasil, sob coordenação de FURNAS, se repete a cada dois anos e congrega os principais profissionais do setor, representando as diversas empresas de energia elétrica, engenharia, consultoria, centros de pesquisa e universidades, fabricantes de equipamentos e outras instituições correlatas, do País e exterior. O SNPTEE, na sua configuração atual, tem por objetivo promover, através de seus 16 Grupos de Estudos, o intercâmbio de informações e experiências, de natureza técnica e gerencial, entre empresas e entidades que atuam no setor de produção e transmissão de energia elétrica, possibilitando a busca de maior qualidade, produtividade e, conseqüentemente, competitividade e desenvolvimento ao Setor Elétrico Brasileiro. Para fazer a inscrição dos resumos, bem como para obter maiores informações sobre o XIX SNPTEE, consultar o web-site do evento: www.xixsnptee.com.br. (GESEL-IE-UFRJ - 26.10.2006)
Empresas 1 Energias do Brasil: investimento de R$ 650 mi em distribuição e geração em 2007 A Energias
do Brasil planeja aplicar cerca de R$ 650 milhões em investimentos correntes
na distribuição e na geração em 2007. O montante envolve a aplicação de
R$ 400 milhões na modernização e expansão da rede das três distribuidoras
da holding, e de R$ 150 milhões, estimados, em obras no âmbito do programa
Luz para Todos. O planejamento prevê também a aplicação de R$ 100 milhões
na continuação e conclusão de programas ambientais em andamento, relacionados
à geração. O investimento previsto para o ano que vem pode aumentar. Até
o final de setembro, a holding totalizou investimentos de R$ 597 milhões,
valor 28,4% inferior ao verificado no ano passado, refletindo a conclusão
das obras de Peixe Angical (TO, 452 MW). Na distribuição, foram investidos
R$ 373,2 milhões, dos quais programa Luz para Todos recebeu R$ 124,6 milhões
em recursos - ambos contabilizados entre janeiro e setembro. A empresa
tem realizado análises em outros segmentos, como o térmico a gás e biomassa,
além do mercado de PCHs, apesar das respectivas particularidades. (APMPE
- 26.10.2006) 2 Bandeirante Energia: lucro de R$ 30,2 mi A Bandeirante Energia lucrou R$ 30,2 milhões no terceiro trimestre de 2006, contra R$ 10,7 milhões no mesmo período do ano passado. O lucro acumulado nos nove primeiros meses do ano fechou em R$ 62,7 milhões, contra R$ 65,2 milhões de igual período de 2005. A receita bruta da Bandeirante de julho a setembro deste ano ficou em R$ 675,7 milhões, ante os R$ 688,5 milhões do mesmo período do ano passado. De janeiro a setembro, a empresa registrou receita bruta de R$ 1,9 bilhão, contra R$ 2 bilhões dos nove primeiros meses de 2005. No período julho a setembro deste ano, a empresa obteve receita líquida de R$ 510,8 milhões, contra os R$ 515 milhões verificados em igual período de 2005. No acumulado deste ano, a receita líquida chegou a R$ 1,4 bilhão, contra o resultado de 1,5 bilhão do período julho a setembro do ano passado. (investnews - 25.10.2006) 3 Enersul: lucro de R$ 14,3 mi no 3 tri A Enersul
fechou o balanço do terceiro trimestre com lucro de R$ 14,3 milhões, contra
o resultado de R$ 19,4 milhões de igual período do ano passado. Nos nove
primeiros meses de 2006, a empresa registrou lucro de R$ 25,6 milhões,
ante os R$ 113,7 milhões do período janeiro a setembro de 2005. A empresa
concluiu o terceiro trimestre com receita bruta de R$ 292,5 milhões, contra
os R$ 270 milhões verificados de julho a setembro de 2005. De janeiro
a setembro deste ano, a Enersul alcançou receita bruta de R$ 849,1 milhões,
ante o resultado de R$ 875,8 milhões de igual período do ano passado.
A receita líquida da Enersul encerrou o terceiro trimestre com R$ 209,2
milhões, contra os R$ 202,6 milhões obtidos de julho a setembro de 2005.
Nos nove primeiros meses deste ano, a distribuidora obteve receita líquida
de R$ 605 milhões, ante os R$ 679,3 milhões verificados no mesmo período
do ano passado. (Agência Canal Energia - 25.10.2006) 4
Escelsa: lucro de R$ 45,7 mi no 3 tri O consumo
de energia dos clientes residenciais da CEEE está 9,53% mais barato. A
tarifa caiu em média 5,9% para os atendidos em alta tensão. Embora a CEEE
tenha entrado com ação na 9ª Vara da Fazenda Federal contra o percentual
que a Aneel mandou aplicar, o processo foi extinto sem julgamento de mérito.
A CEEE pretende recorrer outra vez à Justiça contra a redução da tarifa,
mas, segundo seu presidente, Edison Zart, ainda avalia o prazo. (Zero
Hora - 26.10.2006) 6 Copel vai indenizar índios caingangues A Copel
vai pagar R$ 14 milhões em indenização para índios caingangues da Reserva
de Apucaraninha, localizada no Norte do Estado, onde uma hidrelétrica
foi construída há 60 anos. Há cinco anos a comunidade pedia ressarcimento
pelo impacto ambiental causado pelo empreendimento. A estatal informou
que a indenização irá liquidar todo o passivo, desde o uso de mão-de-obra
indígena na construção da usina até a vegetação e as terras alagadas com
a formação do reservatório. O acordo deverá ser formalizado em 30/11/2006.
O pagamento da primeira parcela da indenização está previsto para 12/12/2006.
O dinheiro irá para um fundo que gerenciará a implementação de projetos
na reserva. (Valor Econômico - 26.10.2006) No pregão
do dia 25-10-2006, o IBOVESPA fechou a 39.562,63 pontos, representando
uma alta de 0,16% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 2,87
bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização de
0,45% fechando a 12.345,05 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte
comportamento: ficaram cotadas a R$ 46,79 ON e R$ 44,00 PNB, baixa de
2,32% e 1,54%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior.
Na abertura do pregão do dia 26-10-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas
a R$ 47,50 as ações ON, alta de 1,52% em relação ao dia anterior e R$
44,44 as ações PNB, alta de 1,00% em relação ao dia anterior. (Investshop
- 26.10.2006) Durante reunião ordinária foram empossados os novos membros da Subcomissão que irá acompanhar a desverticalização da CEEE. De acordo com o presidente da Comissão de Economia, essa subcomissão terá todos os poderes para durante 120 dias, acompanhar junto ao Governo do Estado todo o processo de desmembramento da empresa. (Elétrica - 26.10.2006) As ações da Terna Participações estréiam na Bovespa dia 27/10/2006. a R$ 21. O total levantado supera R$ 557 milhões. A empresa esperava preço em R$ 19. (Gazeta Mercantil - 26.10.2006) A Rio Grande Energia realizou a terceira edição do "Prêmio RGE Qualidade de Fornecedores" para 19 prestadores de serviços e materiais. O evento, que acontece na Federasul, tem como objetivo estimular os fornecedores a qualificarem constantemente os materiais e serviços prestados à RGE. (Agência Canal Energia - 25.10.2006)
Leilões 1 Leilão de LTs: desqualificadas têm até esta sexta-feira para questionar a decisão A Aneel
autorizou 26 das 30 empresas que se pré-qualificaram para o leilão de
linhas de transmissão que será realizado no dia 24 de novembro. Quatro
empresas foram eliminadas por terem descumprindo itens do edital. As companhias
eliminadas têm até esta sexta-feira (27/10) para questionar a decisão.
A Aneel informou que até ontem nenhuma delas havia protocolado qualquer
pedido de revisão. (Valor Econômico - 26.10.2006) 2 Leilão de LTs: mercado acredita que lotes A e F serão os mais disputados Os 2,26 mil km de linhas de transmissão e as três subestações, que serão ofertados no leilão de linhas de transmissão a ser realizado no dia 24 de novembro, estão prontas para serem arrematadas em um movimento que poderá gerar investimentos de R$ 1,1 bilhão. O mercado acredita que desses blocos, o A e o F, por razões diferentes, deverão ser os mais disputados. A previsão é que as linhas e as subestações estejam em operação entre 18 e 22 meses, a partir da assinatura do contrato de concessão. O lote A, por ser o maior, deverá despertar o apetite dos investidores. São 949 km LTs, que interligam os estados do Acre, Rondônia e Mato Grosso, conectando-os aos 83 mil km de linhas do Sistema Integrado Nacional (SIN). "Sem dúvida, o bloco A será um dos mais disputados", reitera José Lázaro Rodrigues, diretor da brasileira Alusa, companhia que se pré-qualificou para todos os lotes. O executivo não revela qual deles desperta mais seu interesse. (Valor Econômico - 26.10.2006) 3 Leilão de LTs: lote F é fundamental para distribuidora do grupo da Energias do brasil Hugo Souza,
diretor-técnico da Energet, empresa responsável pela geração do insumo
da Energias do Brasil, conta que a empresa resolveu disputar o bloco F,
porque sua construção é fundamental para o negócio da Escelsa, que pertence
ao grupo. A idéia é assegurar que esse empreendimento saia do papel. "Se
não houver comprador, nós a faremos", afirma o executivo, que calcula
um gasto de R$ 45 milhões para viabilizar os 107 km de extensão. Essa
linha é importante para Energias do Brasil porque vai alimentar o norte
capixaba, que tem tido crescimento muito forte por conta das atividades
de mineração e até de celulose. Esse empreendimento também deverá reduzir
a elevada perda técnica atual, já que esta parte do Estado é abastecida
por uma linha que parte de Vitória (ES). (Valor Econômico - 26.10.2006)
4 Leilão de LTs: colombiana ISA considera próximo leilão mais atraente "Consideramos
o pregão de novembro mais atraente que o de dezembro pelos ativos à disposição",
avalia Javier Gutiérrez, gerente-geral da colombiana ISA, controladora
da ISA Capital do Brasil e que é dona da Cia. de Transmissão de Energia
Elétrica Paulista (CTEEP). O executivo da companhia colombiana, contudo,
evita detalhar quais dos sete lotes atrai o grupo. Afirma apenas que as
melhores oportunidades para crescimento neste negócio no Brasil estão
nos leilões da Aneel. "Em uma década, teremos um sistema mais consolidado
no país. Portanto, nosso plano de expansão, que começou com a CTEEP, passa
pelos pregões e por possíveis aquisições. Afinal, linha de transmissão
é o nosso negócio", conta o executivo. (Valor Econômico - 26.10.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Tolmasquim: risco de um novo apagão é inferior a 5% Segundo
o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, o risco de um novo apagão é
inferior a 5%. "Ninguém esconde que o fornecimento de gás natural poderá
sofrer algum problema depois de 2009. Mas se essa hipótese vier a ser
confirmada, o que poderia atingir as térmicas, talvez o risco de falta
de energia suba. Isso, inclusive, está sendo alvo de análise na revisão
que está sendo feita agora no plano decenal", afirma Tolmasquim. (Valor
Econômico - 26.10.2006) 2 Geração alta assegura fornecimento para dias quentes no RS A onda de calor prevista para os próximos dias não ameaça o fornecimento de energia elétrica dos gaúchos. De acordo com dados do oficiais, o Rio Grande do Sul vem atingindo uma geração média de cerca de 70% do seu consumo. Conforme José Carlos Brack, secretário de Energia do RS, o estado gerou 2.248,9 MW médios, o equivalente a 69% do consumo de energia. 'Com isso, a importação do SIN ficou em 1.000.9 MW médios, o equivalente a 30,8% da demanda', informa. Brack lembra ainda que o nível dos reservatórios está, em média, perto de 70% do volume útil de abastecimento. "Isto significa que temos folga nos reservatórios e estamos preparados para um possível aumento repentino no consumo de energia", explicou. (InvestNews - 25.10.2006) 3 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 47% O nível
de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 47%, apresentando
queda de 0,2% em relação à medição do dia 23 de outubro. A usina de Furnas
atinge 48,4% de volume de capacidade. (ONS - 24.10.2006) 4 Sul: nível dos reservatórios está em 44,3% O nível
de armazenamento na região Sul apresentou queda de 0,4% no nível de capacidade
armazenada em relação à medição do dia 23 de outubro, com 44,3% de capacidade
armazenada. A usina de Machadinho apresenta 3,7% de capacidade em seus
reservatórios. (ONS - 24.10.2006) 5 NE apresenta 53,3% de capacidade armazenada Apresentando
queda de 0,2% em relação à medição do dia 23 de outubro, o Nordeste está
com 53,3% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de Sobradinho
opera com 43,3% de volume de capacidade. (ONS - 24.10.2006) 6 Norte tem 38,8% da capacidade de armazenamento O nível
de armazenamento da região Norte está em 38,8% não apresentando alteração
significante em relação à medição do dia 23 de outubro. A usina de Tucuruí
opera com 30,2% do volume de armazenamento. (ONS - 24.10.2006)
Gás e Termoelétricas 1 A Oitava Rodada de licitações da ANP Termina dia 27 o prazo para manifestação de interesse e apresentação de documentos com vistas à participação na Oitava Rodada de Licitações da ANP, a ser realizada nos dias 28 e 29 de novembro. A Oitava Rodada foi autorizada pela Resolução 3/2006 do CNPE. Com as recentes dificuldades criadas no fornecimento do gás oriundo da Bolívia, o CNPE vem estudando diversas alternativas para acelerar o processo de obtenção da auto-suficiência de gás natural no País. Nesse sentido, a Oitava Rodada visa a atrair novos investimentos, aumentar as oportunidades de trabalho na indústria nacional, promover o desenvolvimento na área de exploração e produção, recompor as reservas nacionais, atender o crescimento da demanda e reduzir a dependência externa. Estima-se que de 2006 a 2010 deverão ser gerados, no mínimo, US$ 30,7 bilhões em investimentos. Entretanto, a fim de que esta projeção se confirme, faz-se necessário que as autoridades competentes atribuam às regras das licitações, o maior grau de transparência possível possibilitando maior segurança jurídica do investidor. (Gazeta Mercantil - 26.10.2006) 2 MME: ações para minimizar dificuldades na oferta de gás já foram adotadas O MME informou
que já foram adotadas todas as ações necessárias para minimizar os efeitos
resultantes da dificuldade de suprimento de gás natural. O ministério
descartou que a situação implique na possibilidade de elevar risco de
déficit para 25% ou até 50%. Para a concretização desses cenários, explica
a nota, "o manancial hidrelétrico precisaria experimentar um regime de
ausência de chuvas jamais verificado". Segundo o relatório do ONS, 11
térmicas a gás foram solicitadas a despachar. Além disso, acrescenta,
através do remanejamento de gás da Petrobras, foi viabilizada ainda a
operação das usinas Willian Arjona (MT) e Araucária (PR), que não estavam
na programação do operador. (Agência Canal Energia - 25.10.2006) 3 Geração de gás receberá investimentos de US$ 14,1 bi até 2011 A cadeia
de gás do país receberá um elevado volume de investimentos nos próximos
cinco anos, segundo Márcio Zimmermann, secretário do MME. A área de exploração
e produção tem perspectiva de receber US$ 14,7 bilhões entre 2006 e 2011.
Com isso, a produção nacional pulará de 52 milhões, em 2006, para 98,1
milhões de m³/dia, em 2011. Zimmermann disse que o país tem reservas recuperáveis
de 306 bilhões de m³ e uma relação produção/reserva de 21 anos. Os gasodutos
receberão investimento de US$ 4,708 bilhões no período, disse o secretário.
Os investimentos correspondem à construção de 4.273 km, dos quais 1.850
km já estão em execução, com aporte previsto de US$ 2,536 bilhões. Os
demais 2.423 km receberão US$ 2,170 bilhões. Zimmermann ressaltou ainda
que o país deve contar com mais de 20 milhões de m³/dia em GNL a partir
de 2009. (Agência Canal Energia - 25.10.2006) 4 Bolívia já admite adiar acordo com Petrobras O governo
boliviano já admite adiar o prazo de negociações dos novos contratos de
exploração de gás, que vence depois de amanhã, desde que seja para tratar
de temas específicos. A idéia coincide com a proposta do chanceler brasileiro,
Celso Amorim, de que a melhor solução, no caso da Petrobras, é a assinatura
de um acordo parcial dentro do prazo, deixando os assuntos mais controversos
para depois. Dos 77 contratos com dez empresas multinacionais que precisam
ser renovados até sábado, de acordo com o decreto de nacionalização, anunciado
em maio, nenhum havia sido fechado até ontem, segundo o próprio governo.
(Folha de São Paulo - 26.10.2006) 5 Venda de gás natural bate recorde em SC A Companhia de Gás de Santa Catarina (SCGás) anunciou ontem comercialização recorde de gás natural no mês de setembro. Foram 45,2 milhões de m3, que confere média diária de vendas de 1,5 milhão. A SCGás registrou novo recorde também no pico de consumo que, em setembro, chegou a 1,6 milhão de m3. Para o presidente em exercício da companhia, Walter Fernando Piazza Júnior, os números resultam de investimentos recentes. Nesse mês, mais um posto de combustíveis, localizado no município de Morro da Fumaça, no Sul do Estado, foi interligado aos gasodutos e passou a vender GNV. (O Diário Catarinense - 26.10.2006) 6 Para comissão, energia nuclear é alternativa "economicamente viável" no país A produção de energia nuclear no Brasil é uma alternativa "economicamente viável", afirmou Odair Gonçalves Dias, presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen),. "O país tem uma disposição razoável de gás e óleo, mas, mesmo assim, no último leilão as energias novas ficaram na faixa de R$ 140, enquanto a energia nuclear está na faixa de R$ 138/MW", afirmou. Disse ainda que as usinas hidrelétricas são fontes de energia mais baratas, mas o maior potencial brasileiro atualmente estaria concentrado na Amazônia, que "é uma região de preservação ambiental e de preservação de comunidades indígenas". Ele destacou que quando se fala em desenvolvimento de energia nuclear no Brasil, o que se prevê é uma produção "na faixa de 5%, não mais do que isso". (Agência Brasil - 25.10.2006)
Grandes Consumidores 1 Indústrias temem comprometer seus novos investimentos Nos próximos
dez anos, siderúrgicas, petroquímicas, mineradoras, fabricantes de vidros,
cloro-soda e gases industriais planejam aumentar a sua produção para atender
à demanda interna e, em muitos casos, à externa. Investimentos serão muito
superiores a US$ 30 bilhões nesse período. A tendência de alta nas contas
de luz, no entanto, poderá tornar-se um obstáculo a mais - ao lado da
elevada carga tributária, logística deficiente e câmbio desvalorizado
- para que alguns desses projetos saiam das pranchetas. A Albras planeja
investir US$ 1 bilhão na ampliação de 30% de sua fábrica na região Norte,
mas a aplicação dos recursos depende da garantia de que haverá energia
para sustentá-lo. Sem essa garantia e sem novos projetos de geração na
região, a Vale do Rio Doce, controladora da empresa, investe mais em bauxita
e alumina, que consomem menos energia. Há três anos, de doze fábricas
da Gerdau no mundo, nove tinham seus custos mais competitivos de energia
no Brasil. Hoje, a realidade mudou: apenas duas estavam no Brasil. (Valor
Econômico 15.10.2006) 2 Gerdau: geração própria para frear a alta da energia Diante da
tendência de elevação dos custos da energia nos próximos anos, a siderúrgica
brasileira Gerdau avalia investir na autogeração de eletricidade. O objetivo
é que a geração própria alcance algo próximo de 50% do consumo das instalações
do grupo no Brasil. A Gerdau consome anualmente, em média, entre 350 MW
e 400 MW. Nesse sentido, a geração própria ficaria em torno de 150 MW
e 200 MW. A prioridade é a hidroeletricidade, por ser mais competitiva,
mas nada está descartado, por enquanto. A aquisição de usinas por meio
de leilões de energia está praticamente descartada. A implantação de PCHs
e a aquisição de usinas existentes nas Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste
estão entre as opções em avaliação. (DCI - 26.10.2006) 3 CVRD espera que compra da Inco seja quitada em até três anos A CVRD espera
que em três anos dívida/geração de caixa volte aos patamares atuais. A
CVRD espera que a compra da Inco seja quitada em até três anos. Para o
presidente da mineradora brasileira, Roger Agnelli, o aquecimento do mercado
internacional permite que a empresa tenha fluxo de caixa suficiente para
cumprir este prazo. Em valores, a dívida da Vale passou de US$ 5,9 bilhões
para US$ 23 bilhões. (Gazeta Mercantil - 26.10.2006) 4 Cade aprova descruzamento entre CVRD e CSN O Cade do
MJ aprovou o descruzamento acionário no setor logístico entre a CVRD e
a CSN. A Vale e a CSN possuíam ações comuns em duas empresas responsáveis
pelo transporte de seus respectivos produtos (minério de ferro e aço):
a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) e a Companhia Ferroviária do Nordeste
(CFN). Elas também dividiam participações acionárias no terminal portuário
de Sepetiba, no Rio de Janeiro. O problema é que as companhias passaram
a ter interesses conflitantes sobre o escoamento de seus produtos, e as
decisões sobre a realização de investimentos nas ferrovias tinham que
ser tomadas por unanimidade entre todos acionistas com direito a voto.
Os conflitos de interesses acabavam prejudicando as ferrovias, que ficaram
com investimentos comprometidos pela dificuldade na tomada de decisões
pelos acionistas. A solução foi fazer o descruzamento acionário da Vale
e da CSN nas ferrovias e no Porto de Sepetiba. A CSN se retirou da FCA
e a Vale saiu da CFN e de Sepetiba. A CSN possuía 11,65% da FCA. A Vale
tinha 20% desta ferrovia e comprou essa participação da CSN. Ficou com
31,65%, tornando-se a principal acionista da rede. (Valor Econômico -
26.10.2006) 5 CSN anuncia acordo para fusão com a Wheeling A CSN informou
ter acertado um contrato de fusão com a Wheeling-Pittsburgh Corporation.
Pelo acordo, a CSN concederá ativos representados pela LLC, sua subsidiária
localizada em Terre Haute, nos Estados Unidos, em troca de 49,5% das ações
de uma nova companhia, a ser formada pela união das operações da Wheeling
e da LLC. A transação envolve um empréstimo da CSN, no valor de US$ 225
milhões, que poderá ser convertido em ações da NewCo - como será chamada
a nova empresa -, mediante a aprovação do sindicato local. A implementação
do negócio depende do aval da autoridade de concorrência local, bem como
da assembléia geral de acionistas da Wheeling prevista para acontecer
no início de 2007. Com o anúncio do negócio, a direção da WPC fortalece
a briga que comprou com acionistas que têm combatido seu plano de fusão.
(Valor Econômico - 26.10.2006) 6 Arcelor Mittal fará oferta para minoritários no Brasil O grupo
siderúrgico Arcelor Mittal anunciou que fará um pedido à CVM de oferta
pública para compra de ações dos acionistas minoritários da Arcelor Brasil.
O valor total da oferta pode chegar a US$ 3,2 bilhões.Com o anúncio, o
grupo siderúrgico acata a exigência da CVM. (O Estado de São Paulo - 26.10.2006)
Economia Brasileira 1 FGV: confiança do consumidor sobe 5% em outubro A confiança do consumidor brasileiro na economia elevou-se 5% entre setembro e outubro, segundo dados divulgados pela FGV. O Índice de Confiança do Consumidor passou de 103,1 para 108,3 pontos. O Índice da Situação Atual elevou-se de 99,8 para 105,8 enquanto o Índice de Expectativas (para os próximos seis meses) avançou de 104,9 para 109,7. Em relação ao futuro, houve aumento de 12,3% para 14,7% na parcela de entrevistados que prevêem gastos maiores com compras de bens duráveis nos próximos meses e queda de 35,1% para 30,5% na proporção dos que acham que os gastos serão menores. (Folha de São Paulo - 26.10.2006) 2 CNI: empresário está menos confiante Pesquisa da CNI revela menor confiança do empresariado brasileiro na economia pelos próximos seis meses. A percepção menos otimista prevalece mesmo com a melhora dos indicadores ligados à atividade industrial no terceiro trimestre. A perspectiva de piora do desempenho das exportações levou sobretudo grandes empresários a pisar no freio quando projetam o futuro. Segundo o estudo divulgado ontem, a expectativa de evolução do faturamento no semestre que vem caiu quatro pontos ante julho, para 53,9 pontos. Pela metodologia aplicada, os indicadores variam de zero a cem pontos. Registros superiores a 50 pontos representam resultado positivo, manifestam otimismo. Abaixo de 50 são considerados negativos ou pessimistas. Na avaliação dos economistas da entidade, há apenas um "otimismo moderado" para o faturamento, indicador que reflete a produção. (Gazeta Mercantil - 26.10.2006) 3
Copom prevê aumento de 5,4% para preços administrados em 2007 4 IPC da Fipe sobe 0,29% na terceira quadrissemana de outubro A inflação
medida pelo IPC da Fipe subiu 0,29% na terceira quadrissemana de outubro,
mesma taxa registrada no período imediatamente anterior. Nos últimos 30
dias, o grupo Alimentação foi, novamente, o que apresentou a maior alta,
0,95% (na última avaliação, este tinha apresentado alta de 1,05%.). Os
demais itens registraram as seguintes variações: Habitação (0,37%); Transportes
(-0,19%); Despesas Pessoais (0,05%); Saúde (0,03%); Vestuário (-0,55%);
e Educação (0,08%). (Folha de São Paulo - 26.10.2006) O dólar
comercial abriu as operações em baixa em relação ao fechamento de ontem,
cotado a R$ 2,14. Às 9h17, a moeda mantinha-se nessa trajetória, com recuo
de 0,27%, transacionada a R$ 2,1380 na compra e a R$ 2,14 na venda. Ontem,
o dólar comercial diminuiu 0,23%, a R$ 2,1440 na compra e R$ 2,1460 na
venda. (Valor Online - 26.10.2006)
Internacional 1 Argentina negocia compra de energia do Brasil A ameaça
de apagões paira mais uma vez sobre a Argentina. Várias usinas estão paralisadas
ou com a capacidade reduzida, enquanto a demanda cresce sem parar, tanto
pela reativação da economia quanto pelo calor fora de época. Para tentar
evitar apagões, o governo do presidente Néstor Kirchner está negociando
a compra de energia do Brasil. O plano é importar 300 MW por meio das
interconexões de Garabi I e II, no Rio Grande do Sul, fronteira com a
província de Corrientes. A Cammesa, empresa administradora do mercado
elétrico atacadista, importou no fim do primeiro trimestre 350 MW do Brasil.
Neste trimestre, a importação deve chegar a 500 MW. A venda de eletricidade
faz parte do acordo bilateral assinado em dezembro de 2005, que determina
como contrapartida a exportação de gás (1,2 milhão de metros cúbicos diários)
ao Brasil (exceto no inverno). Nos últimos meses, o governo importou diesel
da Venezuela (para abastecer as termoelétricas), aumentou as importações
de gás boliviano, reduziu a venda de gás ao Chile (medida que abalou as
relações com o país vizinho) e determinou que as indústrias que consumirem
mais que no ano anterior terão de conseguir energia, por conta própria,
no mercado. (Agência Estado - 26.10.2006) 2 Endesa lucra 2,51 bi de euros A companhia
espanhola de energia Endesa informou que seu lucro líquido avançou 61%,
para 2,51 bilhões de euros (US$ 3,15 bilhões), nos primeiros nove meses,
superando projeções do mercado. O presidente-executivo da empresa, Rafael
Miranda, repetiu que a diretoria tem a responsabilidade de permitir que
seus acionistas decidam sobre qualquer oferta formal e vai dizer o que
pensa sobre a oferta de (euros?) 37 bilhões da alemã E.ON, uma vez que
a proposta tiver sido aprovada pelo órgão regulador. (Gazeta Mercantil
- 26.10.2006)
Biblioteca Virtual do SEE 1 ANDRADE, Mateus. Gazeta Mercantil, São Paulo, 26, out. 2006. Para ler
o texto na íntegra, clique aqui.
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
|