l IFE: nº 1.917 - 25
de outubro de 2006 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Reestruturação do Setor 1 Tarifas de energia elétrica subiram 110% desde 2002 As tarifas
de energia elétrica pagas pelas indústrias brasileiras subiram 110% desde
dezembro de 2002. A conta de luz ficou, assim, mais cara, comparativamente,
que a de outros países em desenvolvimento como Índia, China, Rússia e
África do Sul. Os preços são mais altos até que em países de renda per
capita maior que a brasileira, como Canadá ou Holanda. Os encargos setoriais
também subiram muito no período - passaram de R$ 5 bilhões para R$ 13
bilhões nos últimos quatro anos. (Valor Econômico - 25.10.2006) 2 Pedido de vista adia decisão sobre critérios para repasse de sobrecontratação O diretor-geral
da Aneel, Jerson Kelman, pediu vistas ao processo que trata dos critérios
de repasse da sobrecontratação de energia pelas distribuidoras para os
consumidores finais. O tema esteve na pauta da reunião semanal da diretoria
da Aneel nesta terça-feira, 24 de outubro. Segundo Kelman, o pedido de
vistas permitirá que ele analise mais detalhadamente o processo, que é
considerado complexo. Entre os pontos em debate está o que trata da apuração
do montante de sobrecontratação e o que envolve os procedimentos de cálculo
do IRT, presentes na minuta da resolução. Com pedido de vista, o processo
pode voltar a ser analisado a partir da próxima reunião, caso a diretoria
da Aneel tenha condição de decidir sobre o tema. (Agência Canal Energia
- 24.10.2006) 3 Abdib apresenta proposta para licenciamento ambiental ao MMA A Associação
Brasileira de Infra-Estrutura e Indústrias de Base (Abdib) apresenta ao
Ministério de Meio Ambiente nesta terça-feira, 24 de outubro, um conjunto
de propostas para melhorar o processo de licenciamento ambiental em obras
de infra-estrutura, com foco no setor energético. A audiência terá a participação
do presidente da Abdib, Paulo Godoy; da ministra, Marina Silva; e do secretário-executivo
do MMA, Cláudio Langone. Entre as iniciativas estão informatizar os processos,
com a criação de um banco nacional de projetos de infra-estrutura em fase
de licenciamento; estabelecer critérios objetivos e razoáveis e um valor
mínimo para a cobrança de compensação ambiental; definir as funções dos
diversos agentes relacionados ao licenciamento ambiental, em todos os
níveis da federação; e capacitar recursos humanos, dos setores público
e privado, para melhorar a eficiência do processo de licenciamento. (Agência
Canal Energia - 24.10.2006) 4
Marcadas as audiências públicas do Complexo Hidrelétrico do Madeira 5 Aneel adia audiência para cálculo de tarifa de pequenas distribuidoras Audiência
pública presencial prevista para o dia 25 próximo foi adiada para o dia
1º de novembro Proposta trata do aperfeiçoamento do cálculo de tarifas
de uso e energia para pequenas distribuidoras. O prazo-limite para envio
de contribuições por escrito para a AP 013/2006 também foi prorrogado
para o próximo dia 30. (Aneel - 24.10.2006) 6 Aneel fixa valor de referência em R$ 77,70 por MWh para 2007 A Aneel
fixou nesta terça-feira, 24 de outubro, o valor de referência para 2007
em R$ 77,70 por MWh. Para definição do VR, foi utilizado o preço máximo
do leilão de energia velha, de dezembro de 2004, para entrega do produto
no ano que vem. Por isso, o valor, quando entrar em vigor em 1° de janeiro,
será reajustado pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado
de janeiro de 2005 a dezembro deste ano. O valor de referência levou em
conta ainda o custo da aquisição da energia nos leilões de ajuste e de
geração distribuída. O VR é usado como teto para os gastos das distribuidoras
com a compra de energia e nas penalidades aplicadas pela Câmara de Comercialização
de Energia Elétrica. (Agência Canal Energia - 24.10.2006) 7 Gesel realiza palestra sobre contra-reforma institucional da indústria de energia elétrica Com o objetivo de debater os recentes movimentos de reformas da indústria elétrica brasileira, o Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel), do Instituto de Economia da UFRJ realiza o terceiro encontro do Ciclo de Palestras Setor Elétrico Brasileiro deste ano. A palestra, que acontecerá no próximo dia 10 de novembro, às 9h30, contará com a participação da conselheira da CCEE e ex-assessoria Econômica do MME, Élbia Melo. Na ocasião, Élbia falará sobre a contra-reforma institucional da indústria de energia elétrica brasileira e as novas perspectivas do mercado. Maiores informações pelo telefone (21) 3873 5250. (GESEL-IE-UFRJ - 25.10.2006) 8
Curtas O secretário de Energia, Indústria Naval e Petróleo do Rio de Janeiro, Wagner Victer, inaugurou o Ceper (Centro de Estudos e Pesquisas em Energias Renováveis), em São Cristóvão, Zona Norte do Rio. Ligado diretamente à Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), o centro tem o propósito de promover a formação técnica de profissionais, desenvolver estudos e incentivar a utilização de fontes renováveis de energia no Estado do Rio. (Governo do Estado do Rio de Janeiro - 24.10.2006)
Empresas 1 Projeto amplia prazo para União quitar dívida com concessionárias Dívidas
da União com as concessionárias de energia elétrica, estimadas em US$
643 milhões, podem ser saldadas em vinte anos, conforme propõe projeto
de autoria do senador Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO). O passivo é parte
do valor que foi descontado pelo governo federal na Conta de Resultados
a Compensar (CRC), criada com o objetivo de beneficiar as empresas de
setor de energia elétrica. A CRC funcionava como uma "compensação" para
permitir a prática de "tarifas equalizadas" no País. Com a extinção da
CRC, em 1993, o governo criou um redutor de 25% no saldo que as empresas
tinham a receber. "Nossa idéia é reduzir os prejuízos das concessionárias
de energia elétrica. Nós queremos não apenas recompor com eqüidade o patrimônio
das concessionárias prejudicadas, mas também resgatar o processo de negociação
que foi bruscamente interrompido com o fim da CRC", explica Leréia. O
projeto assegura às concessionárias Cesp, Celg, CEEE e Ceal recuperação
de "perdas históricas" em razão das "diferenças quanto ao volume de produção
e à lucratividade do setor nas regiões do País". (DCI - 24.10.2006) 2 Lucro líquido da Energias do Brasil aumenta 109% A Energias do Brasil registrou no terceiro trimestre de 2006 lucro líquido de R$ 114 milhões, o que representa um aumento de 109% sobre os valores alcançados em igual período de 2005 (R$ 54,6 milhões), anunciou a holding brasileira da portuguesa EDP. O EBITDA obteve avanço de 70%, para R$ 339 milhões. Com ativos totais de R$ 9,2 bilhões, a companhia consolida ativos nas áreas de distribuição (Bandeirante, Escelsa e Enersul), geração (EDP Lajeado, Energest e Enerpeixe) e comercialização (Enertrade) de energia elétrica. No terceiro trimestre de 2006, a receita operacional bruta foi de R$ 1,55 bilhão, 4% a mais que o total registrado no mesmo período do ano passado. A receita operacional líquida alcançou R$ 1,14 bilhão, um aumento de 3,8% sobre o R$ 1,1 bilhão registrado no terceiro trimestre de 2005. (Portugal Digital - Brasil - 25/10/2006) 3 Energias do Brasil investiu R$ 597 mi em 2006 Os investimentos
da Energias do Brasil totalizaram R$ 597 milhões nos nove primeiros meses
de 2006. O valor, 28,4% inferior ao realizado no mesmo período do ano
passado, reflete a conclusão das obras de Peixe Angical. Ainda assim,
os investimentos do período concentraram-se em atividades de geração (37,4%)
e distribuição (62,5%). Isoladamente, destaca-se o expressivo volume direcionado
às obras da Usina Hidrelétrica Peixe Angical, no Rio Tocantins, que entrou
em plena operação em setembro. Também foram direcionados investimentos
para a Energest, que administra ativos de geração nos Estados do Espírito
Santo e Mato Grosso do Sul, com destaque para o término das obras de ampliação
da Usina Hidrelétrica de Mascarenhas, que colocou em operação a quarta
turbina, em outubro, e absorveu investimentos de R$ 65 milhões durante
toda sua construção. (Portugal Digital - Brasil - 25/10/2006) 4
AES planeja investimento em projetos de pequenas usinas 5 STJ julga hoje compulsório da Eletrobrás A Primeira
Seção do STJ julga um processo da Parmalat contra a Eletrobrás cobrando
diferenças de correção do empréstimo compulsório cobrado sobre as contas
de energia da empresa. Segundo a Eletrobrás, a disputa envolve 2,5 mil
processos, em um custo estimado de R$ 2,5 bilhões. (Valor Econômico -
25.10.2006) 6 Cemig disponibiliza prospecto preliminar de debêntures A Cemig
divulgou prospecto preliminar da primeira emissão de debêntures. A empresa
aguarda registro da oferta na CVM para iniciar a distribuição dos papéis.
As novas debêntures simples, em série única, da espécie sem garantia nem
preferênica, serão trocadas pelas da 3ª emissão da Cemig. A oferta compreende
23.042 papéis, com valor unitário de R$ 10.871,6048, totalizando o montante
de R$ 250,5 milhões. As debêntures terão prazo de 96 meses, vencendo em
01/06/ 2014. O valor dos papéis será atualizado pela variação do IGPM,
acrescido de juros remuneratórios de 10,5% ao ano. (Agência Canal Energia
- 24.10.2006) 7 Ecom Energia comercializa 160 MW médios no 1º semestre A Ecom Energia
divulgou que terminou o primeiro semestre deste ano com 160 MW médios
comercializados. O montante é 300% superior ao registrado no mesmo período
de 2005, segundo a comercializadora. A Ecom gerenciou ainda 45 MW para
os clientes que usam o serviço de gestão. A expectativa da empresa é crescer
mais 40% até o fim do ano. (Agência Canal Energia - 24.10.2006) No pregão do dia 24-10-2006, o IBOVESPA fechou a 39.498,98 pontos, representando uma alta de 0,69% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 2,46 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização de 0,62% fechando a 12.401,12 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 47,90 ON e R$ 44,69 PNB, baixa de 1,90% e 2,42%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Na abertura do pregão do dia 25-10-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 47,50 as ações ON, baixa de 0,84% em relação ao dia anterior e R$ 44,84 as ações PNB, alta de 0,34% em relação ao dia anterior. (Investshop - 25.10.2006) A Energias do Brasil, holding que consolida ativos nas áreas de geração, comercialização e distribuição de energia elétrica, conquistou o Prêmio IBGC de Governança Corporativa Para Empresas, na categoria Empresas Listadas em Bolsa. (Portugal Digital - Brasil - 25/10/2006) O período de reserva de ações da Terna Participações, empresa que atua no segmento de energia elétrica e pertence à italiana Terna, encerra-se nesta terça-feira, 24 de outubro. A companhia, porém, não forneceu datas ainda para a listagem das ações na bolsa paulista. (Agência Leia - 24.10.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 MME desmente projeção de déficit de 25% no Sudeste em 2007 O MME divulgou
em nota que descarta o risco de déficit de eletricidade no Sudeste chegar
a 25% em 2007 e a 50% em 2008, conforme apontou a Agência Estado. "Para
que isso (nível de risco) viesse a ocorrer, o manancial hidrelétrico precisaria
experimentar um regime de ausência de chuvas jamais verificado", diz a
nota. Segundo o MME, a dificuldade no suprimento de gás a algumas termelétricas
"referem-se a situação conjuntural e ações já foram tomadas para garantir
sua normalização". A Aneel começa dia 27/10 a fazer um levantamento para
definir qual é o real risco de falta de energia no País, mas deve tirar
dessa conta as usinas termelétricas que não estão conseguindo gerar energia
por falta de gás natural. "Apesar de o fornecimento de gás da Bolívia
para o Brasil ainda não estar totalmente normalizado, a Petrobras vem
tomando todas as medidas necessárias para contornar as restrições decorrentes
dos danos nos gasodutos causados pelas chuvas", diz a nota, acrescentando
que esses problemas técnicos devem ser solucionados em novembro. (Jornal
do Commercio - 25.10.2006) 2 Preço do MW registra queda de até 5,8% O preço do MWh registrou queda de até 5,8% nos submercados (regiões) do País para a semana de 21 a 27 de outubro, segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. Na região Nordeste, a energia caiu 5,8% na carga leve, para R$ 45,34. Nas outras cargas, o MWh recuou 5,2%, para R$ 45,62. Nos demais submercados do país, a redução dos preços foi menor que 1%, com a energia custando R$ 80,71 na carga leve. Nas regiões Sudeste/Centro-Oeste a carga pesada ficou em R$ 82,37; a média em R$ 81,53; e a leve em R$ 80,71. No Sul, a pesada ficou em R$ 82,37; a média em R$ 81,53; e a leve em R$ 80,71. Na região Nordeste, a carga pesada passou para R$ 45,62; a média para R$ 45,62; e a leve para R$ 45,34. No Norte, a carga pesada ficou em R$ 82,37; a média em R$ 81,53; e a leve em R$ 80,71. (InvestNews - 24.10.2006) 3 Horário de verão 2006/2007 deve economizar menos energia O horário
de verão que começa no próximo dia 5 de novembro e vai até o dia 24 de
fevereiro do ano que vem vai resultar em uma economia de energia menor
do que na edição anterior. Em São Paulo, a previsão é de redução de 1%
no consumo de energia elétrica e de 4,7% na demanda no horário de ponta.
Se confirmada, a redução vai significar uma economia de 71 mil MWh. (Gazeta
Online - 24.10.2006) 4 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 47,2% O nível
de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 47,2%, apresentando
queda de 0,01% em relação à medição do dia 22 de outubro. A usina de Furnas
atinge 48,6% de volume de capacidade. (ONS - 23.10.2006) 5 Sul: nível dos reservatórios está em 44,7% O nível
de armazenamento na região Sul apresentou queda de 0,4% no nível de capacidade
armazenada em relação à medição do dia 22 de outubro, com 44,7% de capacidade
armazenada. A usina de Machadinho apresenta 35,6% de capacidade em seus
reservatórios. (ONS - 23.10.2006) 6 NE apresenta 53,5% de capacidade armazenada Apresentando
queda de 0,1% em relação à medição do dia 22 de outubro, o Nordeste está
com 53,5% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de Sobradinho
opera com 43,7% de volume de capacidade. (ONS - 23.10.2006) 7 Norte tem 38,9% da capacidade de armazenamento O nível
de armazenamento da região Norte está em 38,9% apresentando queda de 0,2%
em relação à medição do dia 22 de outubro. A usina de Tucuruí opera com
30,3% do volume de armazenamento. (ONS - 23.10.2006)
Gás e Termoelétricas 1 Amorim: Petrobras não trabalha de forma fraudulenta na Bolívia O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou hoje ter certeza de que a Petrobras não trabalha de forma fraudulenta na Bolívia. Segundo o ministro, "a Petrobras é uma empresa que nos orgulha muito". Amorim afirmou que é muito fácil falar, o difícil é comprovar, referindo-se às acusações do governo boliviano de que empresas multinacionais que exploram os recursos minerais naquele país, entre elas a Petrobras, agem de forma fraudulenta. Segundo a denúncia boliviana, essas empresas superfaturavam os preços dos hidrocarbonetos. Sobre o prazo dado pelo governo boliviano para consolidar a nacionalização de ativos e reservas da Petrobras naquele país, o chanceler disse que o Brasil quer conversar e encontrar uma solução mutuamente benéfica. (Petrobras - 24.10.2006) 2 Wärtsilä planeja investir US$ 50 mi em usinas de cogeração a gás no Nordeste A Wärtsilä
planeja construir novas plantas de cogeração a gás no Nordeste. Segundo
José Faustino, gerente de desenvolvimento de negócios, a empresa calcula
um investimento de US$ 50 milhões em obra, montagem e operação de três
plantas de cogeração. que vão totalizar capacidade instalada de 25 MW.
Faustino acrescenta que já há interessados na contratação da energia.
Segundo ele, as negociações envolvem empresas do setor fabril e da indústria
de bebidas em geral. "Esses setores são muito bons para o desenvolvimento
de usinas de cogeração", observa o executivo. Para ele, esta é apenas
uma das frentes que a Wärtsilä está abrindo para a geração de energia
com motores a gás. "Estamos tentando reativar esse mercado, apesar de
sabermos que ainda não temos gás suficiente", comenta Faustino. (Agência
Canal Energia - 24.10.2006) 3 Novo contrato retira poder de corte internacional O novo contrato
que o governo boliviano negocia com as empresas petrolíferas prevê que,
em caso de disputa jurídica, a desavença será decidida em tribunal de
La Paz, segundo documento obtido pelo jornal "El Deber". O contrato atual
determina que as disputas sejam discutidas em corte internacional. Ele
também determina que as instalações e os equipamentos das empresas serão
de propriedade da estatal. Como serão prestadoras de serviço, as companhias
terão que apresentar um orçamento para a YPFB antes de fazer qualquer
tarefa. (Folha de São Paulo - 25.10.2006) 4 Planalto avalia opção de ampliar parque nuclear Maurício
Tolmasquim, presidente da EPE, disse que a decisão sobre a expansão do
parque nuclear brasileiro está nas mãos do presidente Lula. A questão
não consta do programa de investimentos no setor para um eventual segundo
mandato, que prioriza grandes hidrelétricas, mas ele confirmou que a construção
de novas centrais nucleares está em discussão no Planalto. No plano Decenal
de Energia Elétrica (PDEE), lançado este ano, a EPE conta com o término
de Angra 3 como alternativa para ampliar o parque gerador brasileiro até
2015. Em evento de apresentação do programa energético do PT, representantes
do partido defenderam um novo programa nuclear. "Não podemos dar uma de
avestruz em um tema que indiscutivelmente estará na pauta do segundo governo
do presidente Lula", afirmou o deputado federal Luiz Sérgio (PT-RJ). (O
Estado de São Paulo - 25.10.2006)
Grandes Consumidores 1 Vale tem empréstimo-ponte de US$ 34 bi Para concretizar
a compra da Inco, a CVRD teve de recorrer a um empréstimo liderado por
quatro grandes bancos europeus -Credit Suisse, UBS (ambos suíços), ABN
Amro (Holanda) e Santander (Espanha)-, que colocaram à disposição da companhia
US$ 34 bilhões. A Vale não vai utilizar toda a linha de crédito. Estima
que precisará de cerca de US$ 17,5 bilhões, no máximo, para fechar o negócio
-os US$ 13,2 bilhões que terá de pagar pelos 75,66% de ações que adquiriu
até ontem, além do que restante necessário para comprar os papéis remanescentes
no mercado canadense até 03/11/2006. O financiamento do "pool" de bancos
-que envolveu 34 instituições- é do tipo "empréstimo-ponte", a ser substituído
por outras fontes de financiamento em até, no máximo, dois anos, quando
expira o prazo da operação. A Vale já havia informado que não vai esperar
vencer o "empréstimo-ponte" para buscar alternativas de financiamento.
O objetivo da companhia é alongar o prazo de pagamento da dívida contraída
para a aquisição da Inco de dois para sete a dez anos. Segundo especialistas,
a dívida da Vale representa hoje 10% de seu valor de mercado -o percentual
passará para 45% com a nova dívida. Nesse nível a empresa compromete parte
significativa de sua geração de caixa. (Folha de São Paulo - 25.10.2006)
2 Vale sobe no ranking de companhias abertas Com a efetivação
do negócio, a Vale passou da 102ª posição para o 74º lugar no ranking
dos maiores faturamentos de companhias abertas dos Estados Unidos e da
América Latina. Ou seja, o negócio representa um salto de 28 colocações
na lista das maiores. A Economática usou o faturamento em dólares americanos
como critério na elaboração do ranking, no período de 12 meses acumulados
até junho deste ano. Por essa base de comparação, a Vale tem faturamento
de US$ 16,4 bilhões. Com os US$ 4,6 bilhões da Inco, são US$ 21 bilhões
de receita conjunta. A empresa brasileira melhor colocada nesse levantamento
é a Petrobras, que está na 15ª posição, com US$ 68,4 bilhões. (Jornal
do Commercio - 25.10.2006) 3 Vale quer comprar todas as ações da Inco O presidente
da CVRD, Roger Agnelli, presidiu sua primeira reunião como novo patrão
da mineradora canadense Inco. A Vale vai adotar uma estratégia agressiva
para conquistar o controle integral da Inco. A empresa está disposta a
desembolsar mais US$ 4,5 bilhões para atrair o restante dos acionistas
que ainda não aderiram à oferta. Assim que a companhia brasileira assumir
o controle de 85% das ações da Inco, o balanço comercial da mineradora
deixará de ser submetido às autoridades fiscais do Canadá e dos EUA como
empresa nacional, passando a ser catalogada como empresa de capital estrangeiro.
O interesse da mineradora brasileira é transformar a produtora de níquel
em uma subsidiária integral do grupo. A Vale informou ainda que pretende
fechar o capital da empresa nas bolsas de valores de Toronto e de Nova
York. (O Estado de São Paulo - 25.10.2006) 4 Standard and Poor's revisa ratings atribuídos à CVRD A Standard
& Poor's Ratings Services disse que rebaixou seu rating de crédito corporativo
atribuído à companhia de mineração brasileira CVRD de 'BBB+' para 'BBB',
após o anúncio de que acionistas representando 75,66% das ações da companhia
de níquel canadense Inco Ltd. aderiram à oferta da CVRD de compra de todas
as ações existentes da Inco. A ação de rating reflete o aumento significativo
da alavancagem financeira da CVRD para financiar a oferta, que será paga
totalmente em dinheiro. Os ratings permanecem na listagem CreditWatch
com implicações negativas, para refletir o fato de que o plano de refinanciamento
do empréstimo-ponte que será utilizado para financiar a aquisição ainda
não foi definido. Os ratings atribuídos à Inco foram equalizados em 'BBB'
aos de sua controladora, a CVRD, e também foram colocados na listagem
CreditWatch com implicações negativas. (Standard and Poor's - 24.10.2006)
5 Mittal tem até hoje para fazer oferta a minoritários da Arcelor Brasil Termina
hoje o prazo para que a siderúrgica indiana Mittal registre oferta aos
acionistas minoritários da Arcelor Brasil na CVM. Caso a companhia faça
o registro, terá de desembolsar US$ 5 bilhões adicionais aos US$ 38,3
bilhões referentes à operação de fusão. Se a preferência da empresa for
a de não seguir a recomendação da CVM de estender a oferta aos minoritários,
a Mittal terá de sustentar sua posição na Justiça. Se a opção da Mittal
for pela oferta aos minoritários, esta será efetivada em leilão na bolsa
de valores ou no mercado de balcão organizado. O leilão será realizado
em, no mínimo, 30 dias e, no máximo, 45 dias contados a partir da publicação
do edital, como prevê a instrução da CVM. O valor de compra da ação oferecido
a minoritários terá de ser, no mínimo, 80% do valor ofertado pelas ações
nas mãos dos majoritários. Se a opção for a Justiça, o fórum da disputa
será a JF do Rio de Janeiro, sede da CVM, ou de Brasília. (DCI - 25.10.2006)
Economia Brasileira 1 Ritmo de crescimento dos empréstimos continua caindo O crédito continuará crescendo no Brasil, mas não às mesmas taxas registradas em 2005, quando o volume aumentou 21,5%. A Austin Rating projeta um crescimento de 18% sobre 2005, para R$ 717,0 bilhões em 31 de dezembro. Para economistas da Tendências, o resultado de setembro divulgado pelo BC apenas reforçou o cenário de lenta desaceleração. A taxa de crescimento em doze meses vem recuando progressivamente: 23,7% em julho, 22% em agosto e de 21,3% em setembro. O principal responsável pela redução é a desaceleração das operações com pessoas físicas. Erico Ferreira, presidente da Acrefi, prevê expansão de 25% para 2006. (Gazeta Mercantil - 25.10.2006) 2 Crédito chega a 33% do PIB, o maior desde 97 O volume de crédito oferecido pelos bancos no Brasil atingiu o maior nível em nove anos, de acordo com os dados do BC. Em setembro, o saldo de empréstimos chegou a R$ 682,9 bilhões, cifra equivalente a 33% do PIB. Essa proporção não era tão alta desde outubro de 1997. Ainda assim, a oferta de financiamentos é baixa quando comparada com outros países. Após o anúncio desses números, a Febraban divulgou uma nota em que afirma que os recolhimentos compulsórios, que são de 53%, impedem uma expansão mais consistente do crédito. Segundo dados do FMI, o Brasil tem a maior taxa, vindo em segundo lugar a Colômbia, com 13% de compulsório. Ainda segundo a Febraban, mesmo em países emergentes a relação entre crédito e PIB é maior. No Chile, esta está em 61%. No Brasil, as freqüentes reestruturações sofridas pelo setor bancário ajudam a explicar a pouca oferta de empréstimos. (Folha de São Paulo - 25.10.2006) 3
Kawall: "Alongamento de prazos esbarra na desconfiança" 4 "Spread" bancário volta a subir após 8 meses Levantamento
feito pelo BC mostra que, mesmo com os juros bancários caindo, os bancos
não deixaram de repassar a seus clientes os ganhos proporcionados pelos
recentes cortes na taxa Selic. Como conseqüência, houve em setembro, um
aumento no "spread" bancário. Em agosto, os bancos pagavam, em média,
juros de 14,4% ao ano para captar recursos e cobravam 41,9% ao ano nos
empréstimos, resultando num "spread" de 27,5 p.p.. Já em outubro, o custo
de captação passou para 13,7%, mas os juros dos financiamentos foi reduzido
apenas para 41,5%, resultando num spread de 27,8 pontos. O custo de um
empréstimo no Brasil é um dos mais elevados do mundo não só por causa
da taxa básica, mas também por causa do spread. (Folha de São Paulo -
25.10.2006) O dólar
comercial abriu as operações estável em relação ao fechamento de ontem,
a R$ 2,1510. Em quase meia hora de atividades, a moeda subia 0,18%, cotada
a R$ 2,1530 na compra e a R$ 2,1550 na venda. Ontem, o dólar comercial
apresentou valorização de 0,51%, a R$ 2,1490 na compra e R$ 2,1510 na
venda. (Valor Online - 25.10.2006)
Internacional 1 Pesquisa alemã dá impulso na fabricação de células solares Pesquisadores
do Instituto Max Planck, Alemanha, desenvolveram um novo processo capaz
de transformar luz de grandes comprimentos de onda em luz com comprimento
de onda mais curto. De forma menos técnica, eles transformaram luz verde
em luz azul. A descoberta poderá representar um impulso gigantesco na
fabricação de células solares mais eficientes. A eficiência das células
solares é limitada, entre outras razões, pelo fato de que elas não conseguem
aproveitar a porção da luz do Sol de menor energia, que consiste em ondas
de luz com comprimentos maiores. (Inovação Tecnológica - 25.10.2006)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
|