l IFE: nº 1.916 - 24
de outubro de 2006 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira
Regulação e Reestruturação do Setor 1 Ilumina rebate críticas sobre impactos ambientais das usinas do Madeira Em entrevista
ao Informativo IFE, o diretor do Ilumina, Paulo Fernandez, explicou que
os estudos básicos para a construção das usinas do Madeira levaram em
consideração importantes condicionantes ambientais. Entre eles, o especialista
destaca a limitação da água dos reservatórios a níveis ligeiramente maiores
do que o regime natural de cheia do rio, a promessa de não inundar o território
boliviano, a inclusão de eclusas e o desenvolvimento de soluções de engenharia
que possibilitem o uso de equipamentos de menor impacto ambiental. Rebatendo
as críticas de que as hidrelétricas trazem graves impactos ao meio ambiente,
Fernandez apresenta alguns fatores ambientais que justificam a construção
das usinas do Madeira. Segundo ele, "com a entrada em operação das usinas
do Madeira, estaremos evitando um segundo Gasbol". Fernandez disse ainda
que a área de alagamento provocada pelo represamento do rio Madeira em
Santo Antônio e Jirau não irá invadir terras de reservas indígenas. (GEUSEL-IE-UFRJ
- 24.10.2006) 2 Complexo do Madeira possibilitará integração entre Brasil, Peru e Bolívia O diretor
do Ilumina, Paulo Fernandez, explicou ainda que as eclusas das duas usinas
possibilitarão a navegação através do Rio Madeira, permitindo que Bolívia
e Peru escoam por ano, respectivamente, 24 milhões e 1 milhão de toneladas
de produtos pelo Oceano Atlântico. Com a viabilização do complexo do Madeira,
estima-se ser viável a navegação de 4225 km à montante de Porto Velho
nos rios do Brasil, Bolívia e Peru. Mas não é apenas a integração entre
os países latino-americanos que pode ser beneficiada pela construção das
hidrelétricas. Segundo o especialista, toda a região Cento-Oeste contará
com a alternativa economicamente interessante de escoar seus produtos
através do porto de Itacoatiara, no rio Amazonas, além de se beneficiar
do aumento da oferta de emprego e renda e da facilitação do combate ao
narcotráfico e crime organizado. (GEUSEL-IE-UFRJ - 24.10.2006) 3 Usinas devem gerar US$ 3,8 bi por ano para o Brasil Segundo
o diretor do Ilumina, Paulo Fernandez, a construção do complexo de usinas
do Rio Madeira poderá possibilitar uma geração de riquezas de até US$
3,8 bilhões por ano para o Brasil. Deste total, a estimativa é de que
US$ 1.18 bilhão seja obtido através do aumento da geração de energia,
enquanto outros US$ 1,62 bilhão por meio do aumento da produção agrícola.
Já para a Bolívia, a geração de riqueza adquirida através do incremento
da produção agrícola é estimada em US$ 4,1 bilhões por ano. "O projeto
irá garantir o aumento da competitividade internacional do agro-negócio
destes países e, conseqüentemente, proporcionar uma elevação dos saldos
na balança comercial", explica, lembrando que uma das vantagens econômicas
para o Brasil virá da cobrança de pedágio pelo frete dos produtos produzidos
nos países vizinhos. (GEUSEL-IE-UFRJ - 24.10.2006) 4
PT lança programa setorial de energia nesta terça-feira, 24 5 Programa setorial de energia do PT não faz referências à expansão nuclear O Programa
Setorial de Política Energética e Mineral da coligação A Força do Povo
(PT-PRB-PCdoB), pela reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva,não
faz referências a uma eventual expansão nuclear, tampouco à implementação
da usina nuclear Angra 3 (RJ, 1.350 MW). Para o mercado de gás natural,
a proposta da coligação trata de temas como a expansão da malha de gasodutos,
a criação de oportunidades de exploração e produção do insumo, o incentivo
à adoção do Gás Natural Liqüefeito e a instituição de marco regulatório
para o gás. Clique aqui para acessar o programa do PT para o setor energético.
(Agência Canal Energia - 23.10.2006) 6 BNDES totaliza R$ 22 bi concedidos ao setor elétrico desde 2003 O BNDES
totalizou R$ 22 bilhões em financiamentos concedidos ao setor de energia
elétrica desde 2003, com a aprovação de empréstimo no valor de R$ 80 milhões
à empresa Santa Rosa, do grupo Engevix. Com os recursos, será implantada
uma PCH na região serrana do estado do Rio de Janeiro, com potência de
30 MW. Esses recursos virão do Proinfa. Segundo o BNDES, desde 2003 foram
financiados 97 projetos do setor elétrico, envolvendo construção de usinas,
linhas de transmissão e investimentos em distribuição. A carteira da instituição
já tem enquadrados para aprovação 50 novos projetos para o setor, envolvendo
recursos de R$ 14,5 bilhões. (Agência Brasil - 23.10.2006) 7 Peso das tarifas residencial de energia no IPCA deve ter queda em 2006 O peso das tarifas de energia elétrica no IPCA deverá ter uma queda substancial este ano. No acumulado de 12 meses até setembro a alta está em 3,06%, mas no ano o resultado deverá ficar entre 1,5% e 2,5%, segundo analistas. É um resultado inferior ao previsto para todo o IPCA - 3% - e bem inferior ao registrado no ano passado, quando registrou 8,07%. Os para consumidores residenciais subiram até agora em 33 das 64 distribuidoras e caíram em 20. Os reajustes das demais serão anunciados até dezembro. Já para os consumidores industriais, 50 das 54 distribuidoras aumentaram seus preços. Porém, mesmo com reajustes maiores, na média o preço para os consumidores de alta tensão ainda é mais baixo que para as casas. Os reajustes negativos de energia elétrica para os consumidores residenciais foram possibilitados pela queda dos Índices Gerais de Preços (IGPs). Esses índices (IGP-M, IGP-DI e IGP-10) são fortemente influenciados pelos preços dos produtos importados. Com o câmbio desvalorizado, eles têm se mantido em baixa (Valor Econômico - 24.10.2006) 8
Associações apresentam propostas de reforma tributária para candidatos
a presidência 9 Associações propõem tratamento tributário diferenciado para o SE Uma das
propostas envolve a elaboração de emenda constitucional que prevê a concessão
de tratamento diferenciado para o setor. Segundo o trabalho apresentado
pela Associação Brasileira de Concessionárias de Energia Elétrica, o tratamento
diferenciado permitiria a liberação de recursos para investimentos, o
que possibilitaria gerar mais produtos dentro de uma perspectiva macroeconômica.
O setor sugere no trabalho que o governo reforce, também por meio de emendas
constitucionais, o princípio da seletividade e ajustes na cobrança do
ICMS, entre outros tópicos. (Agência Canal Energia - 23.10.2006) 10
Aneel libera terceira unidade da PCH Sacre 2 11 Eletrobrás promove encontro sobre conservação de energia O 1° Workshop de Conservação de Energia será realizado nos dias 24 e 25 deoutubro pela Força Tarefa de Eficiência Energética do Comitê de Integração Corporativa de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico (Cicop). Organizado por Furnas, o encontro servirá para promover o intercâmbio das ações de eficiência energética e reforçar a integração de empresas que formam o grupo Eletrobrás. (Agência Brasil - 24.10.2006)
Empresas 1 Energias do Brasil: tentativa de liberar projetos António
Martins da Costa, presidente da Energias do Brasil tem mantido contatos
freqüentes com o Ibama, pois a companhia tem dois projetos de usinas hidrelétricas
que foram bloqueados pelo órgão. Os empreendimentos, que estão localizados
no Estado do Tocantins, têm capacidade conjunta para gerar 630 MW de energia,
o que demandaria investimentos ao redor de US$ 630 milhões. Batizadas
como Couto Magalhães e Ipueiras, essas duas hidrelétricas da companhia
tiveram seus projetos preparados entre 2001 e 2002. O órgão entendeu que
a área a ser inundada pela Ipueiras era excessiva para potência instalada
da usina. Já em Couto Magalhães, cuja capacidade é de 150 MW, a discussão
se deu sobre o estudo de impacto ambiental. Dos dois empreendimentos,
Ipueiras, na verdade, ainda é um projeto. Não há, por exemplo, definição
quanto à participação de Energias do Brasil e grupo Rede no seu formato.
Mesmo porque a usina nem chegou a ir à leilão. No entanto, em Couto Magalhães,
a situação é um pouco diferente, as participações entre os grupos estão
mais claras: Rede, com 51% e Energias, com 49%. A empresa já deixou claro
que pretende elevar sua capacidade de geração nos próximos quatro anos.
Só de recursos próprios estaria disposta a aplicar algo como R$ 1 bilhão
nesses anos. (Valor Econômico - 24.10.2006) 2 CPFL Energia: política de dividendos é distribuir 50% do resultado Em linha com a tendência de distribuir seus resultados aos acionistas, a política de dividendos da CPFL Energia é distribuir, pelo menos, 50% do lucro líquido ajustado, em bases semestrais. Com isso, a elétrica distribui o dobro do mínimo determinado pela Lei de Sociedades Anônimas, que é 25% do lucro líquido ajustado. Mas, é importante destacar que quaisquer distribuições dependerão de fatores como condição financeira, perspectivas futuras, condições econômicas, entre outras. Além disso, vale mencionar que nos termos do Estatuto Social da CPFL Energia, a empresa pode ampliar a distribuição de dividendos, ou dividend payout. Para que isso ocorra, é necessária aprovação por voto das maiorias dos detentores de ações ordinárias. (InfoMoney - 23.10.2006) 3 Celesc: indenização para empresa por queda de energia Os desembargadores
condenaram a Celesc a pagar indenização à empresa Gracher Empreendimentos
Turísticos pelos prejuízos causados com a interrupção no fornecimento
de energia no final de abril de 2003. De acordo com o processo, o sistema
de ar condicionado e os elevadores da Gracher apresentaram problemas e
precisaram de manutenção e substituição de peças depois da queda de energia
elétrica, registrada entre os dias 25/04/2003 e 26/04/2003. A primeira
instância condenou a concessionária a pagar R$ 7,3 mil de indenização.
(Elétrica - 23.10.2006) 4
Cotações da Eletrobrás O Conselho
de Administração da AES Elpa aprovou a concessão,
pela companhia, de garantia, real ou pessoal, das obrigações
contraídas pela Energia Paulista Participações S.A.,
em decorrência da 3ª emissão de debêntures simples,
não conversíveis em ações, da espécie
com garantia real, no valor total de até R$1 bilhão. (Valor
Econômico - 23.10.2006) A combinação entre crescimento econômico e demanda por energia colocaram um ponto final nos geradores que a Energias do Brasil mantinha em Porto Murtinho (MS). O município assiste agora à venda do equipamento por parte da companhia. A Enersul espera faturar R$ 700 mil com a venda do equipamento, cuja capacidade é de 5,6 MW. (Valor Econômico - 24.10.2006) A CVM concedeu dia 20/10/2006 o Registro de Distribuição Pública Primária de Notas Promissórias da Energia Paulista Participações S/A. Foram emitidas 40 Notas, ao preço unitário de R$ 20 milhões, totalizando R$ 800 milhões. (CVM - 20.10.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Aneel define risco de racionamento A Aneel
começa a definir na próxima sexta-feira qual é o real risco de racionamento
de energia no País. O novo cenário será desenhado a partir da redução
do volume de energia assegurada no sistema elétrico nacional, com a retirada
das térmicas sem gás para funcionar. Segundo simulações do mercado, a
medida pode elevar o risco de déficit muito acima dos 5% aceitos pelo
sistema, atingindo 25% no Sudeste em 2007. Para 2008, chegaria a 50%.
O primeiro reflexo, segundo especialistas, é a alta do custo da energia
no curto prazo, acompanhando o aumento do risco de desabastecimento. Isto
é, com menos usinas, a construção ou operação de geradores mais caros
se torna necessária. Para evitar surpresas, a Aneel determinou ao ONS
uma revisão - considerando a falta de gás - da curva de aversão a risco,
instrumento que determina a adoção de medidas emergenciais. A idéia é
calcular com quanta energia das térmicas o País pode contar. Já a CCEE
foi chamada para calcular o impacto dessa mudança no custo da energia.
(O Estado de São Paulo - 24.10.2006) 2 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 47,3% O nível de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 47,3%, não apresentando alteração significativa em relação à medição do dia 21 de outubro. A usina de Furnas atinge 48,8% de volume de capacidade. (ONS - 22.10.2006) 3 Sul: nível dos reservatórios está em 45,1% O nível
de armazenamento na região Sul apresentou alta de 0,2% no nível de capacidade
armazenada em relação à medição do dia 21 de outubro, com 45,1% de capacidade
armazenada. A usina de Machadinho apresenta 37,4% de capacidade em seus
reservatórios. (ONS - 22.10.2006) 4 NE apresenta 53,7% de capacidade armazenada Apresentando
queda de 0,1% em relação à medição do dia 21 de outubro, o Nordeste está
com 53,7% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de Sobradinho
opera com 44% de volume de capacidade. (ONS - 22.10.2006) 5 Norte tem 39,1% da capacidade de armazenamento O nível
de armazenamento da região Norte está em 39,1% apresentando queda de 0,1%
em relação ao dia 21 de outubro. A usina de Tucuruí opera com 30,4% do
volume de armazenamento. (ONS - 22.10.2006)
Gás e Termoelétricas 1 País não aceita ação unilateral da Bolívia, afirma Amorim O governo brasileiro reagiu ontem à reiterada ameaça do governo da Bolívia de tomar unilateralmente as propriedades da Petrobras no país, caso a empresa não firme, até sábado, novo contrato para atuar no setor de gás e petróleo. Em tom inusitadamente duro, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, garantiu que o Brasil "não aceitará uma decisão unilateral" do governo boliviano. Amorim comentou que as autoridades brasileiras e bolivianas têm mantido contato constante. "Não vamos aceitar um acordo que não seja bom para o Brasil e para a Bolívia", afirmou o ministro, reconhecendo ser "difícil chegar a esse denominador comum". O coordenador da campanha do presidente Lula, Marco Aurélio. Mais otimista, o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau disse ter "sinais de avanço" nas negociações da Petrobras com o governo boliviano. (Valor Econômico - 24.10.2006) 2 Evo vai usar auditorias para pressionar petroleiras Segundo
o ministro de Hidrocarbonetos, Carlos Villegas, as 49 auditorias feitas
nas empresas, a pedido do governo, detectaram que várias companhias superestimaram
seus investimentos em exploração e venderam gás boliviano a preços mais
baixos para suas subsidiárias em outros países. Sem mencionar diretamente
a Petrobrás e a Repsol, Villegas afirmou que algumas companhias venderam
gás natural boliviano ao Brasil e à Argentina abaixo dos preços estabelecidos
nos respectivos contratos porque a Lei de Hidrocarbonetos concedia às
empresas liberdade para fixar preços, encontrar mercados e definir políticas.
(O Estado de São Paulo - 24.10.2006) 3 Ecodiesel pode levantar R$ 940 mi com oferta de ações A Brasil
Ecodiesel, maior produtora de biodiesel do país, anunciou ações na Bovespa.
A previsão da empresa é arrecadar cerca de 600 milhões de reais, recursos
que serão utilizados no plano de expansão da companhia. Porém, levando-se
em conta a estimativa do preço máximo entre 17 e 22 reais, a oferta primária
e secundária de 31.577.685 ações ordinárias alcançaria quase 940 milhões
de reais, considerando-se também o exercício completo da opção do lote
adicional de até 6.315.537 ações e do lote suplementar de até 4.736.652
ações. A empresa ainda aguarda, no entanto, o registro de companhia aberta
na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para realizar a operação. Segundo
a fonte da empresa que não quis se identificar, o registro deve ser concedido
nos próximos dias. Parte dos recursos da oferta no entanto serão destinados
à expansão da estratégia agrícola da companhia, que adquire a matéria-prima,
mamona, de 23 mil famílias espalhadas pelo país. Os coordenadores da oferta
são Banco Fator e Citigroup. (24 Horas News - 23.10.2006) 4 Energia nuclear pode voltar ao debate, diz Dilma Como o preço
estimado para a energia gerada por usinas nucleares já está próximo ao
da energia produzida por termoelétricas a gás, a ministra-chefe da Casa
Civil, Dilma Rousseff, decidiu abrir o debate no governo em relação às
obras de Angra 3 e até mesmo a construção de mais usinas nucleares. A
idéia, segundo fonte do Planalto, é debater exaustivamente a questão para
que, na próxima década, o País esteja em condições de iniciar os projetos.
Dilma recebeu um estudo do Conselho Nacional de Energia Nuclear (Cnen),
que representa o primeiro passo na direção da retomada das obras de Angra
3 e a construção de seis outras usinas. A questão, neste momento, é quanto
ao custo da energia. Até agora, a posição majoritária no governo considerava
que o custo da energia nuclear inviabilizava a construção. Os estudos
consideram que, agora, esse custo é compatível com o de outras matrizes
energéticas. Segundo o presidente do Cnen, a energia gerada por Angra
3 custaria cerca de R$ 138 por MW/hora, 'preço comparável ao das usinas
termoelétricas'. (O Estado de São Paulo - 24.10.2006) A construção de Angra 3 e de seis outras usinas nucleares - conforme plano que está na Casa Civil e será discutido pelo governo - continua um assunto de difícil consenso dentro do próprio governo. "É possível superar a questão do suprimento energético com outras alternativas", argumenta o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, Cláudio Langone. Segundo ele, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) ainda analisa a viabilidade de Angra 3 e novos projetos nucleares "não estão absolutamente em discussão". A posição do ministério é desfavorável à conclusão de Angra 3, cujos investimentos devem consumir mais US$ 1,5 bi. Se retomar os projetos nucleares, o Brasil seguirá o exemplo de diversos outros países que anunciaram planos semelhantes nos últimos meses. O grupo inclui Reino Unido e Finlândia, mas também emergentes como a Argentina. (Valor Econômico - 24.10.2006)
Grandes Consumidores 1 Vale compra a Inco e se torna a 2ª maior do mundo A CVRD fechou
ontem a compra da mineradora canadense Inco Limited (Inco), tornando-se
a 2ª maior do mundo em mineração. Adquiriu 174.623.019 das ações ordinárias
da canadense, incluindo ações depositadas por meio de garantia de entrega,
representando 75,66% das ações ordinárias. De acordo com o critério de
diluição total, foram depositadas para a oferta de aquisição de todas
as ações ordinárias em circulação da Inco por C$ 86,00 (dólares canadenses)
por ação ordinária e pagamento à vista na data de seu vencimento, no dia
23/10/2006, à meia-noite, horário de Toronto. O pagamento pela aquisição
dessas ações deverá ser realizado no dia 26/10/2006. (InvestNews - 24.10.2006)
2 Vale: receita pode aumentar em até US$ 5,5 bi por ano Cálculos
da consultoria australiana Global Mining Research mostram que, com a aquisição
da Inco, a Vale terá um ganho anual em sua receita de US$ 3,5 bilhões
a US$ 5,5 bilhões. Após a compra, 56% da receita da Vale virá de minério
de ferro e pelotas - antes, a dependência da empresa desses minerais chegava
a 74%. Com a Inco, o níquel passa a ter um peso grande no portfólio de
produtos da Vale, passando a responder por 20% das receitas. No curto
prazo, para 2007, a consultoria calcula um acréscimo de US$ 3 bilhões
no lucro da companhia. Mas, na medida em que os preços do níquel forem
se estabilizando, os ganhos deverão cair para US$ 700 milhões. Já o Ebitda
terá um ganho de 30% em 2007, chegando a US$ 14,3 bilhões. Nos anos seguintes,
por causa de uma previsão de queda nos preços das commodities, o ganho
em termos de Ebitda cairia para 15%, atingindo US$ 10,5 bilhões em 2008.
(O Estado de São Paulo - 24.10.2006) 3 Vale desenvolve dois projetos de níquel no Pará A CVRD já
planejava se tornar, a partir de 2008, o maior produtor brasileiro e um
dos maiores do mundo de níquel. A empresa desenvolve os Projetos Níquel
do Vermelho, na província mineral de Carajás, e o Onça Puma, adquirido
em dezembro de 2005 e localizado no sudeste do Pará, ambos em fase de
implantação. Os dois projetos farão parte da CVRD Inco, de acordo com
solicitações da Inco para selar a transação. Rio Vermelho tem vida útil
de 40 anos e reservas de 290 milhões toneladas. Onça Puma tem 36 anos
de vida e reservas de 110,3 milhões de toneladas. (Gazeta Mercantil -
24.10.2006) 4 Vale negocia com Baosteel planta de pelotas na China A CVRD está
em negociação com o grupo siderúrgico Baosteel Group sobre uma planta
de minério de ferro que possivelmente será instalada na província chinesa
de Guangdong. O tamanho do investimento da Vale dependerá da Baosteel.
(Reuters - 23.10.2006) 5 Soprano investe US$ 1,5 mi e nacionaliza produção A Soprano
Eletrometalúrgica e Hidráulica, de Farroupilha investiu cerca de US$ 1,5
milhão em maquinário, equipamentos e fornos para produzir o Zamak, uma
liga metálica. Nessa primeira fase de operação, a empresa fabricará 250
toneladas mensais, mas o objetivo é chegar a 500 toneladas por mês até
o início de 2007. A intenção principal com a nacionalização dessa linha
é baratear o custo de produção para ficar mais competitivo no mercado,
sem contar outros aspectos, como o aprimoramento técnico de funcionalidade,
durabilidade, resistência e melhor qualidade final dos produtos. Em 2009,
a companhia quer atingir grau de excelência em injeção de Zamak. A capacidade
da indústria pode chegar a 800 toneladas mensais, bastando para isso acrescentar
mais um turno de trabalho. Com sete unidades de negócios, a Soprano projeta
faturar este ano R$ 164 milhões, crescimento superior a 35% em relação
aos R$ 120 milhões registrados em 2005. (Gazeta Mercantil - 24.10.2006)
6 Siderúrgicas devem ter jazidas de minério de ferro, diz presidente da Usiminas O presidente
do grupo Usiminas, Rinaldo Campos Soares, está convencido de que as siderúrgicas
de todo o mundo, incluindo as do Brasil, deverão partir rapidamente para
a compra de jazidas de minério e de carvão para compensar o grande aumento
do preço desses insumos, que hoje oferecem lucros maiores que o produto
final, que é o aço. O dirigente responsabilizou o seu próprio segmento
industrial pelo desequilíbrio no preço das matérias primas e do aço. O
dirigente informou que o setor siderúrgico já iniciou uma reação em direção
ao reequilíbrio dessas forças, por meio de um processo de fusões e aquisições
de siderúrgicas. (Gazeta Mercantil - 24.10.2006) 7 Braskem investirá R$ 750 mi no próximo ano A Braskem
tem previsão de investir R$ 750 milhões no próximo ano, mesmo valor investido
em 2006, segundo o presidente da empresa, José Carlos Grubisich. Os estudos
para investimentos externos em 2007 estarão voltados para engenharia básica,
não para compra de bens de capital. A meta é criar até o primeiro trimestre
de 2007 uma joint venture na Venezuela com a Pequiven. A construção da
planta em El Tablazo está prevista para o segundo semestre do próximo
ano, com investimento da ordem de U$ 400 milhões para produzir 400 mil
toneladas de polipropileno por ano. As operações devem ter início em 2009.
O segundo projeto da Braskem na Venezuela é no Complexo Industrial José,
que usara como matéria-prima o gás natural venezuelano para produzir 1,2
milhão de toneladas de eteno por ano. O investimento previsto deverá ficar
em US$ 1,5 bilhão e o início das operações está previsto para 2011. Os
objetivos de expansão da Braskem no mercado internacional visam o crescimento
da companhia na América Latina (DCI - 24.10.2006) 8 Braskem prevê US$ 3 bi para dobrar a produção A Braskem
faz planos para dobrar sua capacidade de produção de resinas termoplásticas
nos próximos cinco anos, o que a colocaria entre as dez maiores fabricantes
petroquímicas do mundo. "Os investimentos previstos no Brasil, além dos
projetos na Venezuela, vão levar a capacidade de produção da Braskem das
atuais 2,3 milhões de toneladas anuais para 4,7 milhões de toneladas em
2011", informou o presidente da companhia, José Carlos Grubisich. O volume
de investimento de todos os projetos somados poderão ultrapassar US$ 3
bilhões. Um terço será feito pela própria Braskem. O restante será realizado
em parceria. A aprovação dos projetos depende do CA da companhia, controlada
pela Odebrecht. Nos planos de investimento, Grubisich informou que está
prevista a construção de uma nova fábrica para produção de polipropileno,
com capacidade de 300 mil toneladas, a ser instalada em Camaçari (BA).
A unidade industrial, que exigirá US$ 300 milhões em investimentos e poderá
começar a operar entre 2010 e 2011, utilizará parte do gás natural da
bacia de Camamu, no litoral sul baiano. Esse gás começa a chegar em 2007
a outros projetos industriais do Estado. A Braskem também prevê eliminar
gargalos para elevar as capacidades de produção de PVC, polietileno e
eteno. Em 2007, a empresa decide seus investimentos bilionários na Venezuela
em parceria com a Pequiven: uma fábrica de polipropileno (prevista para
2009) e a participação no complexo de olefinas de Jose (2011), que usará
gás natural. (Valor Econômico - 24.10.2006)
Economia Brasileira 1 Empresários estão mais confiantes na economia Os empresários da indústria brasileira estão mais otimistas neste final de ano. Segundo a CNI, o Índice de Confiança do Empresário Industrial registrou em outubro 55 pontos, acima dos 52,7 em igual período de 2005 e dos 52,9 em julho deste ano. De acordo com a entidade, o aumento no indicador nas pequenas e médias empresas é explicado pela melhora nas perspectivas e pela redução do número de empresários com percepção de piora nas condições dos negócios. O índice de confiança no desempenho da economia entre as pequenas e médias empresas atingiu 53,2 pontos em outubro, contra 51,5 em igual mês de 2005 e 50,6 pontos em julho deste ano. Nas grandes empresas, entretanto, o índice ficou em 58,4 pontos, praticamente estável em relação a julho (57,6), e com crescimento na comparação com o mesmo mês de 2005 (55,1). O índice de condições atuais da própria empresa passou de 43,2 pontos em julho para 48,6 pontos em outubro. (Tribuna de Minas - 24.10.2006) 2 Mantega: "Juro real pode cair a 5% em 2007" Segundo o ministro Guido Mantega (Fazenda), a taxa de juros real "até poderia chegar a 5% ao ano" em 2007. "Se a meta [de inflação] permitir, se a reação da economia for positiva, como eu espero que seja, nós poderemos, já no ano que vem, ter uma taxa de juros mais reduzida", disse. "Em breve, nós teremos juros semelhantes aos dos países emergentes parecidos com o Brasil", ressaltou. De acordo com ele, esse patamar seria em torno de 5% de juro real, e aproximadamente 9% de inflação nominal ao ano. O ministro voltou a afirmar que o país poderá crescer menos que 4% em 2006: "Neste segundo semestre, nós estamos crescendo acima de 4%. E isso nós vamos verificar quando vier a conta do terceiro trimestre", disse, mas admitindo que "como nós tivemos um segundo trimestre mais fraco, com um crescimento menor, talvez, na soma do ano, possamos ter algo como 3,5% a 4%", acrescentou. (Jornal do Commercio - 24.10.2006) 3
BNDES deve dar crédito a empresas estrangeiras 4 Alimentos fazem IPCA-15 acelerar para 0,29% em outubro A inflação
medida pelo IPCA-15 acelerou para 0,29% em outubro, bem acima da variação
de 0,05% do mês anterior, segundo o IBGE. No acumulado do ano, a taxa
acumula alta de 2,22%. Os alimentos, que saltaram de -0,06% em setembro
para uma elevação de 0,47% em outubro, foram os principais responsáveis
pelo comportamento da taxa. O item cigarro acelerou de 0,92%, em setembro,
para 2,91%, em outubro. Além disso, houve alta em artigos de vestuário
(de 0,12% para 0,80%), com a nova coleção. A taxa de água e esgoto passou
de 1,19% para 1,08% Segundo o IBGE, o índice continuou sendo pressionado
pelos salários dos empregados domésticos (1,39%) que, no entanto, mostraram
variação inferior à de setembro (1,97%). Por outro lado, os combustíveis
continuaram em queda: gasolina (-0,43%) e álcool (-4,77%). Em termos regionais,
a maior variação foi verificada em Belém (0,67%). A menor ocorreu em Brasília
(0,04%). (Folha de São Paulo - 24.10.2006) 5 IPC-S verifica deflação em três capitais na terceira apuração de outubro Três das
sete capitais pesquisadas pela FGV viram deflação no mês findo no dia
22. Belo Horizonte, Brasília e Porto Alegre registraram queda respectiva
de 0,21%, 0,34% e 0,13% no IPC-S no período. Na segunda leitura de outubro,
a capital mineira verificou retração de 0,12%, Brasília viu baixa de 0,37%
e Porto Alegre, de 0,10%. Em contrapartida, Salvador e Rio de Janeiro
registraram alta no índice no período, de 0,45% e 0,28%, na ordem. As
taxas registradas na apuração anterior foram de 0,39% e 0,31%, respectivamente.
Em São Paulo e Recife houve desaceleração nos preços. Na última medição,
os incrementos forma de 0,18% e 0,13%, respectivamente. Na apuração de
22/10, as altas foram de 0,12% e 0,10%, nesta ordem.(Valor Econômico -
24.10.2006) O dólar comercial abriu as operações estável em relação ao fechamento de ontem, saindo a R$ 2,14. Às 9h26, contudo, a moeda era negociada a R$ 2,1390 na compra e a R$ 2,1410 na venda, com elevação de 0,04%. Ontem, o dólar comercial apresentou estabilidade, a R$ 2,1380 na compra e a R$ 2,14 na venda. (Valor Online - 24.10.2006)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
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