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IFE: nº 1.912 - 18 de outubro de 2006
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Critérios de participação de hidrelétricas no MRE terão audiência pública
2 Sobrecontratação entra em pauta de reunião extraordinária da Aneel
3 STJ: sem aviso prévio, corte de energia por falta de pagamento é ilegal
4 COPPE apresenta primeira usina de ondas da América do Sul
5 FIRJAN lança livro "Pequenas Centrais Hidrelétricas no Estado do Rio de Janeiro"

Empresas
1 Neoenergia quer mais poder em usina
2 Aneel analisa reajustes tarifários da Bandeirante e Piratininga
3 Aneel autoriza reajuste de tarifas da CEEE
4 VBC Energia pagará dividendos intermediários de R$ 69 mi
5 Cotações da Eletrobrás

Leilões
1 Leilão de energia nova: Abrage sugere acelerar licenciamento de hidrelétricas

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Consumo de energia elétrica no Brasil cresce 4,3% em agosto
2 Crescimento do consumo de energia elétrica por região
3 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 47,4%

4 Sul: nível dos reservatórios está em 45%

5 NE apresenta 55,1% de capacidade armazenada

6 Norte tem 40,1% da capacidade de armazenamento

Gás e Termelétricas
1 ANP divulga edital para 8ª Rodada de Licitações
2 Para Morales, acordo com empresas estará finalizado até o dia 28
3 Falta de gás afeta preço de energia e põe setor em alerta
4 Fiesp tem plano para corte de gás

Grandes Consumidores
1 Gerdau estuda compra na Colômbia

Economia Brasileira
1 Mantega minimiza queda em entrada de investimentos
2 Brasil permanece no topo do ranking dos juros reais

3 FGV: IGP-10 tem alta de 0,21% em outubro
4 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Lucro líquido da Iberdrola na América Latina aumenta 65%

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Critérios de participação de hidrelétricas no MRE terão audiência pública

A Aneel colocará em audiência pública, na modalidade documental, a proposta para estabelecimento de critérios de participação no Mecanismo de Realocação de Energia de empreendimentos hídricos não despachados centralizadamente. Além disso, a Aneel pretende analisar a proposta de fixação de critérios de apuração da indisponibilidade para fins de aplicação do Mecanismo de Redução de Energia Assegurada (MRA). A audiência ocorrerá entre os dias 23 de outubro e 22 de novembro. O objetivo da Aneel é aperfeiçoar a resolução 169/2001, que estabelece os critérios para a utilização do MRE para as hidrelétricas não despachadas centralizadamente. Para esses ativos, a minuta de resolução propõe a opção de adesão ou desligamento do MRE por um período mínimo de 12 meses consecutivos. (Agência Canal Energia - 17.10.2006)

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2 Sobrecontratação entra em pauta de reunião extraordinária da Aneel

A diretoria da Aneel pretende debater, em reunião extraordinária, a proposta de audiência pública para estabelecer critérios de cobrança da sobrecontratação de energia, a partir dos contratos dos leilões de energia nova. A reunião extraordinária está prevista para a próxima quinta-feira, 19 de outubro, ainda sem horário definido. O tema estava previsto para ser deliberado na reunião semanal desta terça-feira, 17. O objetivo da audiência é debater os critérios de repasse, pelas distribuidoras, dos custos com a sobrecontratação de até 3% da carga anual de fornecimento para as tarifas dos consumidores finais. (Agência Canal Energia - 17.10.2006)

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3 STJ: sem aviso prévio, corte de energia por falta de pagamento é ilegal

Se os usuários inadimplentes não forem previamente avisados sobre o corte de energia elétrica, a suspensão do serviço é ilegal. Reafirmando o entendimento, a Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou recurso apresentado pela Ceal. A empresa pretendia mudar uma decisão de segunda instância que restabeleceu o fornecimento de energia de um condomínio com 300 apartamentos, em Maceió (AL), mesmo estando com o pagamento em atraso. A empresa alegou que o consumidor, o Condomínio Residencial Artemísia, era um devedor freqüente da Ceal, tendo sido, inclusive, condenado em ação de cobrança de débitos. No recurso apreciado pelo STJ, o relator, ministro Teori Albino Zavascki, destacou que a regra do CDC não é absoluta. Deve, sim, ser conjugada com a Lei 8.987/95, que dispõe sobre o regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos. Em seu artigo 6º, a lei possibilita a interrupção após aviso prévio, nos casos de inadimplemento. No entanto, de acordo com o ministro Teori, ante a falta do aviso, como no julgamento, é ilegítimo o corte. (STJ - 17.10.2006)

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4 COPPE apresenta primeira usina de ondas da América do Sul

A COPPE vai apresentar na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia sua mais recente inovação na área de energia: a primeira usina de ondas da América do Sul. O público terá a oportunidade de ver o protótipo em escala da usina que será instalada em 2007 no Porto do Pecém, a 60 km de Fortaleza. A demonstração da tecnologia em funcionamento será feita no Tanque Oceânico da COPPE, que é o mais profundo do mundo. Projetada por pesquisadores da COPPE, com o financiamento da Eletrobrás e do Governo do Ceará, a usina de ondas que será instalada em Fortaleza é composta por um total de vinte módulos. Com potência nominal de 500 KW, terá capacidade para abastecer 200 residências. A estimativa é de que os dois primeiros módulos, com capacidade de geração de 50 KW, entrem em operação ainda no início de 2007. (COPPE-UFRJ - 17.10.2006)

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5 FIRJAN lança livro "Pequenas Centrais Hidrelétricas no Estado do Rio de Janeiro"

Será lançado em reunião do Conselho de Energia da FIRJAN, na sexta-feira, 27 de outubro, o livro "Pequenas Centrais Hidrelétricas no Estado do Rio de Janeiro", coordenado pelo professor da PUC-Rio Pedricto Rocha Filho. A obra é um levantamento completo das usinas com capacidade para gerar até 30 MW de energia, e mostra que o conjunto de pequenas centrais desativadas, em fase de projeto ou em inventário soma um potencial de geração de 500 MW, ou 12% da demanda do estado. O estudo foi realizado com o apoio da Secretaria de Estado de Energia, Indústria Naval e Petróleo, será lançado com a presença do coordenador, do secretário Wagner Victer e do presidente do Conselho de Energia da FIRJAN, Armando Guedes. A obra serve de guia completo para os interessados em fazer investimentos no setor. A Secretaria calcula que R$ 600 milhões seriam suficientes para reativas antigas centrais e construir as novas. (FIRJAN - 17.10.2006)

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Empresas

1 Neoenergia quer mais poder em usina

A Neoenergia pretende ampliar sua participação no consórcio Aripuanã, onde já detém 46%, com a compra da participação de 5% da Odebrecht. O consórcio é responsável pela construção da usina hidrelétrica de Dardanelos (MT), com capacidade para gerar 261 MW e cujo investimento deverá alcançar R$ 700 milhões. Não haverá desembolso de recursos na operação. A companhia planeja assumir a parte de recursos que caberia à Odebrecht na construção de Dardanelos. A Odebrecht necessitaria responder por 5% dos R$ 700 milhões demandado pelo empreendimento. Se essa aquisição sair mesmo do papel, a Neoenergia vai tornar-se o único grupo privado a participar dos projetos novos de geração de energia. De acordo com as regras do leilão, a energia de Dardanelos deverá estar pronta para ser fornecida em janeiro de 2011. E para remunerar o investimento, o consórcio terá que negociar cada MW/h a R$ 112,68. O preço inicial era de R$ 120 por MWh. (Valor Econômico - 18.10.2006)

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2 Aneel analisa reajustes tarifários da Bandeirante e Piratininga

No dia 19/10/2006, a diretoria da Aneel irá apreciar em reunião extraordinária os reajustes anuais das tarifas das distribuidoras Bandeirante Energia S/A e CPFL. A decisão havia sido programada para a reunião de 17/10/2006, porém foi adiada para que a área técnica possa analisar o pedido da Bandeirante sobre a reavaliação do resultado da primeira revisão tarifária, em 2003. Caso haja alteração dos percentuais relativos à revisão, haverá mudanças nos índices de reajuste anual das tarifas da Bandeirante e também da Piratininga, uma vez que as empresas foram submetidas à cisão em 2001. Em conseqüência, eventuais alterações de tarifas afetam a ambas as concessionárias. As novas tarifas das duas concessionárias paulistas entrarão em vigor dia 23/10/2006. (Aneel - 16.10.2006)

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3 Aneel autoriza reajuste de tarifas da CEEE

A Aneel autorizou o reajustes das tarifas da CEEE. As novas tarifas da concessionária passam a vigorar a partir de 25/1/2006). Os clientes de baixa tensão (residências) terão reajuste de - 9,39% enquanto os de alta tensão (indústrias), terão reajuste de - 5,90%. Ao calcular os índices de reajuste, a Agência considera a variação de custos que as empresas tiveram no decorrer dos últimos 12 meses. (Aneel - 16.10.2006)

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4 VBC Energia pagará dividendos intermediários de R$ 69 mi

A VBC Energia inicia distribuição de dividendos intermediários dia 17/10/2006, no valor de R$ 69 milhões aos acionistas. O montante é referente ao lucro líquido levantado em 30/06/2006. O CA da empresa definiu que os recursos serão divididos por ação em R$ 21,0452867 ON e R$ 23,1498154 PNA, inclusive para ações emitidas em decorrência do aumento de capital realizado em 15/09/2006. (Agência Canal Energia - 17.10.2006)

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5 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 17-10-2006, o IBOVESPA fechou a 38.897,50 pontos, representando uma baixa de 0,85% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 2,06 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização de 0,74% fechando a 12.387,90 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 49,30 ON e R$ 45,40 PNB, baixa de 0,40% e 0,77%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Na abertura do pregão do dia 18-10-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 49,80 as ações ON, alta de 1,01% em relação ao dia anterior e R$ 46,00 as ações PNB, alta de 1,32% em relação ao dia anterior. (Investshop - 18.10.2006)

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Leilões

1 Leilão de energia nova: Abrage sugere acelerar licenciamento de hidrelétricas

A Associação Brasileira das Empresas Geradoras de Energia Elétrica (Abrage) sugeriu acelerar o licenciamento ambiental das hidrelétricas para os próximos leilões de energia. A intenção é amenizar a forte presença das termelétricas. "O país não pode ficar depende das térmicas porque não tem gás para todo mundo", comenta Flávio Neiva, presidente da Abrage. O executivo observa que o preço da energia relativo ao último leilão de energia nova está coerente com uma trajetória ascendente em relação aos últimos leilões. "Os investidores estão aparecendo, o único problema é o licenciamento das hidrelétricas que depende da sensibilização dos órgãos ambientais", diz. (Agência Canal Energia - 17.10.2006)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Consumo de energia elétrica no Brasil cresce 4,3% em agosto

O consumo dos clientes cativos e livres no país registrou crescimento de 4,3% em agosto, comparado ao mesmo mês em 2005, totalizando 28.977 GWh. A classe comercial cresceu 6,4%, seguida pelo agregado "outras classes", composta por consumo rural, poder público e iluminação pública, com aumento de 5,2%. A classe industrial aumentou o consumo em 3,8% e residencial, em 3,4%. No acumulado do ano, o consumo total apresenta crescimento de 3,9%. O segmento comercial e "outros" cresceram 4,1% e 4,4%, respectivamente. A classe industrial cresceu 3,8%, e a residencial, 3,6%. No período, o consumo industrial totalizou o montante de 102.060 GWh, 44,5% do mercado total. O crescimento verificado contra o mesmo período de 2005 foi de 3,8%. (EPE - 17.10.2006)

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2 Crescimento do consumo de energia elétrica por região

Na região Norte, o consumo cresceu 6,5% em agosto, puxado pela alta de 9% no consumo industrial, 3,8% na comercial e 1,9%. na residencial. O agregado "outros" demandou mais 6,3% no mês. No Sul, houve expansão de 4,4%, destacando-se o setor comercial, com alta de 7%. A indústria consumiu mais 5% enquanto "outros" consumiram mais 4%. A classe residencial teve o menor crescimento, com 1,9%. No Sudeste houve crescimento de 4,3% no consumo total, com ênfase para a classe comercial, que cresceu 7,1%. As classes residencial e industrial tiveram alta de 3,7% e 3,1%, respectivamente, enquanto "outros" tiveram expansão de 6% no consumo. O Nordeste teve alta de 4,1% no consumo. O segmento industrial demandou mais 4,3%, o residencial mais 3,4%, enquanto o comercial demandou mais 3,2%. "Outros" apresentaram alta de 5% no mês. No Centro-Oeste, a expansão foi de apenas 2,7% no mês, devido à retração de 4,8% na indústria. As classes comercial e residencial apresentaram expansão de 8% e 6,1%, respectivamente. O segmento "outros" cresceu 3,5%.(EPE - 17.10.2006)

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3 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 47,4%

O nível de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 47,4%, apresentando queda de 0,2% em relação à medição do dia 15 de outubro. A usina de Furnas atinge 50,6% de volume de capacidade. (ONS - 16.10.2006)

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4 Sul: nível dos reservatórios está em 45%

O nível de armazenamento na região Sul não apresentou variação significativa no nível de capacidade armazenada em relação à medição do dia 15 de outubro, com 45% de capacidade armazenada. A usina de Machadinho apresenta 37,5% de capacidade em seus reservatórios. (ONS - 16.10.2006)

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5 NE apresenta 55,1% de capacidade armazenada

Apresentando queda de 0,3% em relação à medição do dia 15 de outubro, o Nordeste está com 55,1% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de Sobradinho opera com 46,7% de volume de capacidade. (ONS - 16.10.2006)

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6 Norte tem 40,1% da capacidade de armazenamento

O nível de armazenamento da região Norte está em 40,1% apresentando queda de 0,2% em relação ao dia 15 de outubro. A usina de Tucuruí opera com 31,3% do volume de armazenamento. (ONS - 16.10.2006)

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Gás e Termoelétricas

1 ANP divulga edital para 8ª Rodada de Licitações

A ANP divulgou o edital da 8ª Rodada de Licitações para Exploração de Petróleo e Gás, prevista para os dias 28 e 29 de novembro. O diretor-geral da ANP, Haroldo Lima, disse que uma das modificações feitas no edital de convocação é quanto à limitação de ofertas, introduzida em 2003, na 5ª Rodada, para as áreas terrestres. "Isso aumentou o conjunto de empresas interessadas", disse. O critério foi estendido às bacias marítimas na 8ª Rodada e vai vigorar somente para o número de ofertas vitoriosas em cada setor: de duas ofertas, caso da Bacia do Espírito Santo, até o máximo de seis, na Bacia de Santos, para as empresas operadoras. "O objetivo ao estabelecer um limite de ofertas vencedoras para as operadoras é estimular a entrada de novos investidores e aumentar a concorrência no segmento de exploração e produção de petróleo no Brasil", informou a ANP em nota. A partir do dia 23 de outubro, o edital de convocação estará disponível no endereço eletrônico da ANP (www.anp.gov.br). (Valor Econômico - 18.10.2006)

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2 Para Morales, acordo com empresas estará finalizado até o dia 28

O presidente boliviano, Evo Morales, disse esperar que os novos contratos com as petrolíferas estrangeiras sejam negociados antes da data limite de 28 de outubro. "Esperamos assinar contratos transparentes, ratificados pelo Congresso, que darão às companhias a segurança jurídica desejada", ressaltou. (Gazeta Mercantil - 18.10.2006)

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3 Falta de gás afeta preço de energia e põe setor em alerta

Em setembro e outubro, a falta de gás natural impediu que seis das 11 usinas termelétricas que deveriam estar operando fossem acionadas. Os preços da energia dispararam em setembro e a baixa que veio em outubro não foi suficiente para restabelecer a tranqüilidade no setor. O assunto está sendo tratado com grande discrição no mercado e no governo. A avaliação é que a solução pode vir na forma de uma alta do preço de energia para os consumidores industriais. Atenta ao problema, a Aneel colocou em audiência pública uma resolução que poderá, no limite, retirar as térmicas sem gás da contabilização de energia disponível no sistema interligado nacional. Como sua saída implicará na geração de energia por usinas mais caras a medida pode custar caro. Na consulta pública, a Aneel deu prazo até hoje para os agentes enviarem suas contribuições. A agência também determinou que o ONS e a CCEE apresentem estudos sobre os impactos de eventual redução na oferta de energia térmica sobre o custo operacional e sobre a chamada curva de aversão ao risco de déficit energético, que é o indicador de perigo de apagão. Com esses números, será possível saber o efeito da medida sobre os preços da energia no mercado livre. (Valor Econômico - 18.10.2006)

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4 Fiesp tem plano para corte de gás

A indústria paulista deverá aceitar o corte de até um terço do atual consumo de gás natural caso o Brasil seja obrigado a pôr em marcha o plano de contingência para administrar eventual interrupção no fornecimento da Bolívia. O plano de emergência está ainda em fase de elaboração. Depois de 12 encontros, a reunião final entre governo, estatais e empresas privadas está marcada para o dia 1º de novembro. Nesse encontro, será definido no papel quanto cada consumidor está disposto a cortar do próprio consumo. Segundo vice-presidente da Fiesp, Sérgio Saturnino, a indústria negocia com a Petrobrás a garantia de fornecimento para as empresas que têm contrato firme de fornecimento ou que tenham o gás natural como matéria-prima. Eventuais cortes no fornecimento, segundo a prioridade definida no esboço do plano, são as refinarias da Petrobrás, as termoelétricas e indústrias que não possuem contrato firme e o consumo em veículos. Está garantido no plano a manutenção do fornecimento de gás natural para consumidores residenciais e comerciais, pois representam uma parcela pequena do consumo. (O Estado de São Paulo - 18.10.2006)

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Grandes Consumidores

1 Gerdau estuda compra na Colômbia

O grupo Gerdau informou que avalia a possibilidade de comprar 43% da Acerías Paz del Río, siderúrgica localizada em Belencito, na Colômbia. Essa fatia da empresa vai ser vendida em conjunto pelo Fundo de Capitalização Acerías Paz del Río e pelo Instituto de Fomento Industrial (IFI), que está em liquidação. O leilão de venda deve ser realizado até o fim do ano. A definição sobre a participação do grupo brasileiro no leilão vai depender de análise econômica em andamento e das regras de venda. (Zero hora - 18.10.2006)

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Economia Brasileira

1 Mantega minimiza queda em entrada de investimentos

O ministro Guido Mantega (Fazenda) procurou minimizar a importância dos dados que mostram queda da participação do Brasil no fluxo global de investimentos estrangeiros diretos. "Não me preocupo com esses dados", "Nesse momento está sobrando capital estrangeiro no país, que vem principalmente do comércio exterior brasileiro, e não se coloca a necessidade de mais investimentos externos", continuou. Levantamento da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento mostra que o Brasil caiu da 10ª para 14ª posição no ranking de preferência dos investidores externos em 2005. O estudo destaca que, enquanto em 2005 o fluxo global cresceu 29%, a parcela destinada ao Brasil em 2006 caiu 17%. Com isso, a participação da economia brasileira no bolo total desses recursos fechou o 2005 em 1,6%. Para Mantega, a queda deve ser vista como algo momentâneo. Segundo ele, já houve crescimento em 2006 e a situação deve melhorar em 2007. Sem querer discorrer sobre quais seriam os motivos do adiamento de investimentos estrangeiros, o ministro procurou diminuir a importância desses recursos para que o país possa crescer a taxas mais elevadas. "O melhor crescimento é o baseado na poupança interna. A poupança no Brasil está crescendo e sendo suficiente para bancar nossos investimentos." (Folha de São Paulo - 18.10.2006)

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2 Brasil permanece no topo do ranking dos juros reais

Mesmo que o Copom abaixe a Selic em 0,5 p.p., como espera o mercado financeiro, o Brasil se manterá como o campeão mundial dos juros reais. Segundo a UpTrend Consultoria, a Selic teria de sofrer redução de 3,75 p.p. para que o país deixasse a liderança do ranking mundial. A Turquia, segunda colocada, tem juros reais de 6,2% ao ano. Para se ter uma idéia, se a Selic hoje baixasse 1 p.p (para 13,25 ao ano), os juros reais ficariam em 8,8%, 2,6p.p acima da Turquia Apesar de a taxa básica estar em processo de redução, o setor produtivo costuma estar mais preocupado é com os juros reais na hora de planejar seus investimentos futuros. Como a inflação está em queda, os juros reais acabam por sentir menos o impacto da redução da Selic. Para Walter Machado de Barros, presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças, "os juros permanecerão em patamar ainda muito alto, levando em consideração que a inflação está controlada e terminará o ano até abaixo do centro da meta, de 4,5%". Segundo ele 0,5 ponto "não deixará dúvida de que cresceremos menos neste ano". (Folha de São Paulo - 18.10.2006)

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3 FGV: IGP-10 tem alta de 0,21% em outubro

O IGP-10 marcou inflação de 0,21% em outubro, após alta de 0,36% em setembro. No acumulado do ano, o indicador subiu 2,51%. O IPA aumentou 0,26%, após o incremento de 0,45% em setembro. Os produtos agrícolas avançaram 2,08% e os industriais cederam 0,29%. Em setembro, estes tiveram crescimento de 1,44% e 0,15%, respectivamente. Os Bens Finais perderam 0,19%, Bens Intermediários diminuíram 0,36%, enquanto as Matérias-Primas Brutas ampliaram-se em 2,15%, aprofundando a tendência de crescimento vista em setembro. O IPC, que teve acréscimo de 0,22% em setembro, subiu 0,10% em outubro, sob influência dos grupos Alimentação (-0,36%) e Transportes(-0,17). O INCC expandiu-se 0,14%, pouco menos que os 0,16% de setembro. Mão de Obra avançou 0,07%, Materiais de Construção cresceram 0,18% e Serviços expandiram-se 0,33%. (FGV - 18.10.2006)

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4 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial abriu as operações com avanço perante o fechamento de ontem, cotado a R$ 2,1340. Às 9h26, a moeda era transacionada a R$ 2,13 na compra e a R$ 2,1320 na venda, estável. Ontem, o dólar comercial teve alta de 0,09%, cotado a R$ 2,13 na compra e a R$ 2,1320 na venda. (Valor Online - 18.10.2006)

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Internacional

1 Lucro líquido da Iberdrola na América Latina aumenta 65%

A espanhola Iberdrola informou hoje que obteve um lucro líquido de 238 milhões de euros (US$ 297,5 milhões) na América Latina, basicamente no México e Brasil, nos nove primeiros meses do ano, 65% a mais que no mesmo período de 2005. O lucro líquido global da companhia chegou a 1,237 bilhão de euros (US$ 1,546 bilhão), um aumento de 25,7%. A evolução se deve, sobretudo, ao bom comportamento do negócio no mundo todo e da área de energias renováveis, segundo a análise da companhia. O lucro bruto de exploração (Ebitda) do grupo aumentou 22,6%, para 2,935 bilhões de euros (US$ 3,669 bilhões). O resultado líquido de exploração (Ebit) aumentou 21,5%, atingindo 1,997 bilhão de euros (US$ 2,496 bilhões). A produção de energia elétrica na América Latina chegou a 16,743 bilhões de quilowatts/hora, 14,3% de crescimento. A Iberdrola conta com uma potência operacional de 2.693 megawatts no México, e administra no Brasil uma capacidade de 1.063 MW. (Agência EFE - 18.10.2006)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Jornalista: Juliana Lanzarini
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Beatriz Mello Affonso, Bianca Reich, Guilherme Branquinho, Larissa Barbosa, Igor Briguiet e Rodrigo Fonseca.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

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