l IFE: nº 1.905 - 05
de outubro de 2006 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Leilões Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Biblioteca
Virtual do SEE
Regulação e Reestruturação do Setor 1 Abraceel: elevação dos preços no mercado livre não significa um problema Segundo
o presidente da Associação Brasileira de Agentes Comercializadores de
Energia Elétrica (Abraceel), Paulo Pedrosa, a percepção da tendência de
elevação dos preços para o mercado livre é sinal de que as sobras de energia
estão chegando ao final. No entanto, a situação não significa um problema
para o segmento, na avaliação do executivo. "O mercado se adapta com extrema
rapidez", observa Pedrosa, para quem a competitividade do mercado livre
não será reduzida em função da quantidade de energia no mercado. O executivo
salienta que a realidade do mercado, que envolve momentos de alta e baixa
nos preços, é entendida pelos consumidores livres, na maioria industriais,
que vivenciam essa situação na compra dos respectivos insumos necessários
para a produção. (Agência Canal Energia - 04.10.2006) 2 Abraceel e Andrade & Canellas: regras dificultam a expansão da oferta Segundo
o presidente da Abraceel, Paulo Pedrosa, as regras atuais não estimulam
a participação do mercado livre na expansão da energia. Entre as propostas
da associação está a participação de comercializadoras e clientes livres
nos leilões de energia nova, além da entrada em vigor das regras que permitem
a energia incentivada, com a aquisição, por consumidores com demanda superior
a 0,5 MW, da energia gerada por empreendimentos movidos por fontes alternativas.
João Carlos de Oliveira Mello, da Andrade & Canellas, concorda que as
regras atuais, no âmbito do novo modelo, dificultam a expansão da oferta,
tanto para o mercado livre quanto para a autoprodução. No entanto, avalia,
o governo teria instrumentos que, se aplicados, permitiria que esses dois
agentes poderiam participar dos leilões. (Agência Canal Energia - 04.10.2006)
3 CPFL: tendência crescente dos preços no mercado livre não reflete uma redução na migração O vice-presidente
de Gestão de Energia da CPFL, Paulo Cezar Coelho Tavares, destaca que
os clientes da comercializadora da holding, a CPFL Brasil, ligados em
138 kV e com contratos de um ano, apresentaram economia de 14% em 2005
em comparação com 2004. No entanto, as projeções da empresa para o mercado
livre para esses clientes indicam que o preço médio do MWh este ano para
contratos de um ano serão de R$ 80, passando para R$ 89 por MWh em 2007
e R$ 96 por MWh em 2008. Para 2009 as projeções apontam para um valor
médio de R$ 104 por MWh. Parodi ressalta, porém, que a tendência crescente
dos preços não reflete uma redução na migração do mercado. A economia
obtida com a mudança, calcula, situa-se entre 10% e 20% do valor médio
pago pelo cativo, dependendo do perfil do contrato. Na visão dele, o mercado
livre caminha para um processo de consolidação, onde os maiores agentes
já migraram, restando poucos potencialmente livres dispostos a entrar
nesse segmento. (Agência Canal Energia - 04.10.2006) 4
Firjan critica construção de cenários feita com base em variáveis não
factíveis
Empresas 1 Empresas avaliam lances no leilão de energia A Energias
do Brasil sinaliza que desta vez deve participar do próximo leilão de
energia nova, afirma o vice-presidente da EDB. Em situação oposta, a Cemig
não participará. A uma semana da licitação, na próxima terça-feira, a
postura de grandes empresas do setor elétrico reflete as incertezas quanto
à atratividade das novas hidroelétricas face aos preços definidos pelo
governo para a disputa. O retorno desejado pela holding Energias do Brasil
é da ordem de 15. A exemplo da licitação de 2005, o grupo Eletrobrás entrará
novamente com força neste leilão. Sem revelar um TIR mínimo para disputar
os projetos, a estatal disputará os quatro projetos ofertados. Sua participação
no leilão ocorrerá por meio de suas subsidiárias: a Eletrosul negocia
com a Copel uma parceria para disputar a concessão de Mauá; é provável
que Eletronorte entre em consórcio com a Odebrecht em Dardanelos; e Furnas
disputará Barra do Pomba e Cambuci. É possível que a Chesf dispute alguma
das quatro hidroelétricas. (ABRACE - 04.10.2006) 2 Standard & Poor's reafirma ratings de crédito corporativo da Eletrobrás A Standard & Poor's Ratings Services reafirmou os ratings de crédito corporativo de longo prazo em moeda estrangeira "BB" e em moeda local "BB+" atribuídos à Eletrobrás. A perspectiva dos ratings é estável. O governo federal é o principal controlador da empresa detendo 58,4% de seu capital, e a Standard & Poor's acredita que este possui fortes incentivos para dar suporte à Eletrobrás, caso seja necessário, em função do papel estratégico desempenhado pela empresa. O perfil de risco de sua carteira de empréstimos está diretamente vinculado ao risco sistêmico do setor elétrico, o qual determina de forma ampla a qualidade creditícia dos credores da Eletrobrás. A Eletrobrás possui fontes de liquidez suficientes para gerenciar seu pequeno volume de dívidas de curto prazo. A perspectiva estável dos ratings de crédito corporativo em moeda local e estrangeira reflete aquela atribuída aos ratings de crédito soberano do Brasil. A perspectiva estável também reflete as expectativas da agência de que a Eletrobrás continuará desempenhando um importante papel no setor elétrico brasileiro e recebendo suporte implícito por parte de seu principal controlador, o governo federal. Além disso, espera-se que a Eletrobrás honre suas obrigações do serviço da dívida adequadamente, considerando-se sua posição de liquidez. (Standard and Poor's - 04.10.2006) 3 Iberdrola: investimento de US$ 920 mi no Brasil A Iberdrola
prevê investir US$ 920 milhões no Brasil nos próximos três anos, segundo
o Plano Estratégico 2007-2009 da empresa. Na área de geração que receberá
o investimento, a potência instalada passará dos 378 MW de 2005 a 470
MW em 2009. A empresa investiu US$ 279 milhões no Brasil no período 2004-2006.
A empresa investirá US$ 11,4 bilhões no mundo todo durante este período
para elevar o lucro global a US$ 2,9 bilhões. A América Latina receberá
US$ 1,9 bilhão nos próximos três anos. A maior parte do investimento previsto
procederá dos recursos gerados na região. Além do Brasil, o México será
um dos países mais beneficiados com o programa. A empresa espera investir
US$ 1 bilhão no país de 2007 a 2009, frente aos US$ 1,1 bilhão desembolsados
entre 2004 e 2006. A empresa espanhola pretende consolidar a condição
de primeiro produtor privado de eletricidade no México. O objetivo é que
a potência instalada no país passe dos 2.605 MW de 2005 a 5.500 MW em
2009. A produção passará de 16.320 GW/h em 2005 para 40 mil GW/h em 2009.
(Gazeta Mercantil - 05.10.2006) 4
Coelce: contrato com Banco do Nordeste 5 Coelce deve indenizar empresa por corte no fornecimento de energia elétrica Falha a
tentativa da Coelce de suspender decisão que a obriga a pagar indenização
a empresa comercial por corte no fornecimento de energia elétrica. O presidente
do STJ negou seguimento ao pedido de suspensão de liminar e de sentença
com o qual a companhia energética pretendia reverter decisão da primeira
instância da Justiça cearense. A Coelce pediu no TJ do Ceará que a decisão
fosse suspensa. Em um primeiro momento, o TJ deferiu o pedido, mas voltou
atrás e acabou por manter a sentença. (Elétrica - 04.10.2006) 6 Light investe R$ 100 mi em novo sistema de gestão comercial A Light
coloca em operação o novo sistema de gestão comercial SAP/CCS. A distribuidora
investiu R$ 100 milhões nos últimos dois anos para implantar a solução,
que concentrará as informações de 3,8 milhões na área de concessão no
estado do Rio de Janeiro. O novo sistema permitirá a empresa ter acesso
ao histórico de relacionamento com os clientes, tornando o atendimento
personalizado e mais ágil. Com esses dados, a empresa muda a filosofia
de gestão por unidade consumidora para gestão por cliente. A Light também
poderá oferecer novos serviços aos clientes. O novo sistema permitirá
uma comunicação mais rápida com as empreiteiras, que fazem os serviços
externos, através de uma rede de informação digitalizada. (Agência Canal
Energia - 04.10.2006) 7 Energias do Brasil conclui ampliação da Usina de Mascarenhas A Energias
do Brasil deu início à operação comercial da quarta máquina da Usina Hidrelétrica
de Mascarenhas. A máquina ampliará de 130,5 para 180 MW a potência instalada
da central, localizada na cidade de Baixo Guandu, no Espírito Santo. No
total, R$ 65 milhões foram investidos na expansão da capacidade. Além
da UHE Peixe Angical e da quarta turbina da UHE Mascarenhas, já concluídas,
a Energias do Brasil tem mais duas obras em construção: a PCH São João
(ES), com potência de 25 MW e que deve entrar em operação ainda este ano.
A holding também está investindo R$ 105 milhões na construção da PCH Santa
Fé (ES), com 30 MW, a ser inaugurada no início de 2009. (Energias do Brasil
- 04.10.2006) 8 Energisa aprova emissão de R$ 350 mi em debêntures A Assembléia Geral Extraordinária da Energisa aprovou a emissão de R$ 350 milhões em debêntures simples, não conversíveis em ações, em série única, de forma nominativa e escritural. Serão lançadas 35 mil debêntures, no valor unitário de R$ 10 mil. A operação prevê aumento de 20% na oferta de debêntures sem necessidade de novo pedido de registro à CVM. Para atender a um eventual excesso de demanda pelas debêntures, a companhia poderá exercer a opção de oferta de 15% das debêntures, a título de lote suplementar, mantendo as condições e preços da operação original, além da respectiva remuneração. (Agência Canal Energia - 04.10.2006) 9 Registro de Distribuição de Debêntures da Companhia Paranaense de Energia S/A A CVM concedeu o Registro de Distribuição Pública Primária de Debêntures Simples da Copel. Foram emitidas 60 mil debêntures, no valor unitário de R$ 10 mil, totalizando R$ 600 milhões. A operação é liderada pelo BB Banco de Investimento S/A. (CVM - 04.10.2006) No pregão
do dia 04-10-2006, o IBOVESPA fechou a 37.749,29 pontos, representando
uma alta de 3,60% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 3,18
bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 3,01%
fechando a 12.508,91 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte
comportamento: ficaram cotadas a R$ 51,70 ON e R$ 48,30 PNB, alta de 2,27%
e 2,72%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior.
Na abertura do pregão do dia 05-10-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas
a R$ 51,70 as ações ON, estável em relação ao dia anterior e R$ 48,30
as ações PNB, estável em relação ao dia anterior. (Investshop - 05.10.2006)
Segundo os analistas da Brascan, a aprovação do processo de desverticalização da Celesc é neutra já que, a despeito do processo, a elétrica segue sujeita às penalidades em função do não-cumprimento do prazo estabelecido, como uma eventual multa, que pode ser de até 2% do faturamento bruto. (Elétrica - 04.10.2006) Mário Augusto Lima e Silva acaba de assumir a diretoria de Planejamento Estratégico da Duke Energy. A criação da diretoria reflete um maior enfoque no planejamento estratégico na empresa, que já compartilha sua estratégia de negócios com os empregados. (Gazeta Mercantil - 05.10.2006) Light entregou mais uma agência comercial totalmente reformada, com o novo padrão visual e recursos de auto-atendimento em Belford Roxo. (Light - 02.10.2006) A Cemat realiza nos dias 04/10/2006 e 05/10/2006, o II Seminário Interno de Manutenção do Grupo REDE (SIM). O objetivo é discutir as melhores práticas para o setor e trocar experiências de trabalhos desenvolvidos na área de manutenção do sistema de distribuição de energia elétrica. (O Documento - 03.10.2006) A Cemig lançou o Projeto Conviver, voltado para consumidores que moram em comunidades populares. O objetivo é prestar atendimento personalizado a 52 mil famílias, num total de 192 mil pessoas, residentes em 15 aglomerados da região metropolitana da cidade, permitindo acesso à tarifa social e a regularização de ligações. (Agência Canal Energia - 05.10.2006) Com foco na qualidade da informação e na prestação de serviços aos clientes, a Enertrade lança, em 05/10/2006, seu site corporativo. O endereço concentra informações atualizadas sobre o mercado livre de energia elétrica e oferece ferramentas para facilitar a tomada de decisão de empresas que já utilizam ou queiram aderir ao sistema. (Energias do Brasil - 03.10.2006)
Leilões 1 Leilão de Energia Nova: 69 empresas entregam documentos para pré-qualificação A Comissão
Especial de Licitação da Aneel divulgou a lista de empresas que entregaram
a documentação para se pré-qualificar ao leilão de energia nova marcado
para o dia 10 de outubro, via Internet. As empresas também depositaram
as garantias financeiras e de proposta, requisitadas no edital. Das 69
empresas que entregaram a documentação, 45 estão interessadas na pré-qualificação
como vendedoras e 24 como compradoras (distribuidoras). Algumas empresas
poderão participar como vendedoras em mais de um caso. Classificado como
A-5, o leilão prevê a negociação de contratos de suprimento de energia
com início de entrega em janeiro de 2011. (Aneel - 04.10.2006) 2 CCEE disponibiliza quotas do Proinfa de distribuidoras para leilão A-1 A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica disponibilizou para consulta os valores provisórios das quotas das distribuidoras para o leilão A-1, no âmbito do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica. O leilão A-1 está previsto para o dia 14 de dezembro, pela internet. Além disso, a CCEE disponibilizou o material apresentado no treinamento sobre a sistemática do leilão de energia nova A-5, que acontece no dia 10 de outubro, também pela internet. Outras informações podem ser obtidas no site da CCEE. (Agência Canal Energia - 04.10.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Horário de verão começa 5 de novembro O Horário
de Verão vai começar a zero hora do dia 5/11 e terminará em 25/02/2007.
Este ano a expectativa é de que haja economia da ordem de 2.400 MW para
o país e entre 4% e 5% no horário de pico para o Estado do Rio. Já a economia
geral para o Estado deverá ser de 0,6% a 1%. (Jornal do Commercio - 05.10.2006)
2 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 48,9% O nível de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 48,9%, apresentando queda de 0,3% em relação à medição do dia 2 de outubro. A usina de Furnas atinge 54,8% de volume de capacidade. (ONS - 03.10.2006) 3 Sul: nível dos reservatórios está em 43,6% O nível
de armazenamento na região Sul apresentou alta de 0,1% na capacidade armazenada
em relação à medição do dia 2 de outubro, com 43,6% de capacidade armazenada.
A usina de Machadinho apresenta 32% de capacidade em seus reservatórios.
(ONS - 03.10.2006) 4 NE apresenta 59,4% de capacidade armazenada Apresentando
queda de 0,4% em relação à medição do dia 2 de outubro, o Nordeste está
com 59,4% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de Sobradinho
opera com 52,4% de volume de capacidade. (ONS - 03.10.2006) 5 Norte tem 43,3% da capacidade de armazenamento O nível
de armazenamento da região Norte está em 43,3% apresentando queda de 0,1%
em relação ao dia 2 de outubro. A usina de Tucuruí opera com 34,4% do
volume de armazenamento. (ONS - 03.10.2006)
Gás e Termoelétricas 1 Gás natural está 6,94% mais caro desde o dia 1 As distribuidoras de gás natural tiveram um reajuste de preço de 6,94% desde 1º de outubro. Com isso, as concessionárias do Sudeste e Sul que utilizam o insumo importado da Bolívia estão pagando US$ 5,52 por milhão de BTU (unidade térmica britânica, na sigla em inglês), representando um aumento acumulado de 12,21% desde maio deste ano, quando a agência reguladora do setor em São Paulo, a Comissão de Serviços Públicos de Energia (CSPE), autorizou o último repasse para o consumidor. No preço está incluído US$ 1,70 por milhão de BTU referente ao transporte, que não teve alta. Isso faz com que haja uma redução no percentual de reajuste sobre o valor total do combustível. Se considerar apenas a commodity, a alta em outubro foi de 10,55%. O comissário-chefe da CSPE, Zevi Kann, explica que nem todo esse percentual será repassado para o consumidor final. "O impacto na tarifa é menor porque existe uma parcela de gás nacional que não foi reajustada pela Petrobras", diz. (Jornal do Commercio - 05.10.2006) 2 Térmicas: Abraceel avalia que audiência pública é sinal de que Aneel está atenta ao tema A Abraceel
avalia que a Aneel está emitindo sinais de que está atenta a distorções
que podem surgir na formação de preços, em função da atual situação das
termelétricas a gás natural, que têm declarado indisponibilidade por falta
de combustível. Segundo o diretor de Relações Institucionais da Abraceel,
Maurício Corrêa, uma eventual mudança brusca no modelo de formação dos
preços não contribuirá para o desenvolvimento do mercado, além de repassar
riscos e conseqüências aos agentes que não tiveram como estimá-los. (Agência
Canal Energia - 04.10.2006) 3 Petrobras descobre mais óleo leve e gás natural A Petrobras
anunciou ontem a descoberta de um novo campo de petróleo leve e gás natural
no bloco BMS-11, na Bacia de Santos, em frente aos municípios de Niterói
e Maricá, no Rio de Janeiro. Especialistas do setor já consideram a descoberta
como a mais importante dos últimos anos no Brasil, até mais do que o campo
de Mexilhão, descoberto em 2004 na mesma Bacia de Santos. O campo, justificam,
se encontra abaixo de uma camada de sal de mais de 2 mil metros de espessura,
onde geralmente encontram-se grandes acumulações de óleo leve. O teste
realizado em poço vertical revelou uma vazão de 4.900 barris de petróleo
e 150 mil m3 de gás natural por dia. A busca por óleo leve e gás fazem
parte da nova estratégia da Petrobras, anunciada junto com o Plano Estratégico
da companhia para o período 2007-2011, de priorizar a descoberta desses
dois produtos. O óleo leve corresponde a 11% da produção da estatal, que
pretende dobrar esse volume em cinco anos. (Gazeta Mercantil - 05.10.2006)
4 Cnen prevê mais sete usinas nucleares serão construídas em 20 anos O programa
nuclear brasileiro prevê a construção de sete novas usinas nucleares nos
próximos 20 anos. E as regiões Sudeste e Nordeste têm prioridade para
sediar as geradoras, segundo informou o presidente da Comissão Nacional
de Energia Nuclear (Cnen), Odair Dias Gonçalves. Odair disse que das sete
usinas, três seriam de grande porte (1.300 MW) e quatro, menores (300
MW). "A idéia é manter na faixa dos 6% a participação nacional em geração
de energia nuclear", resumiu Gonçalves, para quem o programa nuclear brasileiro
logo será retomado. "No final de 2004 iniciamos os estudos e nossa proposta
está sendo discutida pela sociedade", disse. A primeira das sete usinas
a entrar em operação, segundo Gonçalves, deverá ser Angra 3, mas ainda
são necessários mais recursos para concluí-la. Sobre a localização das
demais usinas, ele afirmou que a prioridade é para regiões que não tenham
potencial hidrelétrico instalado ou para áreas de potencial econômico
alto, como o Nordeste e o Sudeste. (Agência Brasil - 04.10.2006) 5 Tolmasquim defende aproveitamento das reservas brasileiras de urânio O Brasil tem a sexta maior reserva de urânio do planeta - e não pode abrir mão do conhecimento e das perspectivas futuras na geração de energia nuclear, apesar do alto custo no desenvolvimento do programa, defendeu hoje o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim. Tolmasquim disse apoiar a diversificação no setor de energia e afirmou que nos próximos 25 anos será necessário incrementar a área nuclear para suprir a demanda crescente. Ressaltou, ainda, que atualmente a energia nuclear não é competitiva, ao contrário da hidrelétrica, mas a tendência é o preço cair. "Por isso é importante dominarmos a tecnologia e não perder todo um investimento e a capacitação de pessoal que já foi feito", acrescentou. Já o representante do Ministério do Meio Ambiente, Ruy Góes Leite de Barros, da Secretaria de Qualidade Ambiental, sugeriu cautela. Ele afirmou que a probabilidade de acidente nuclear é pequena, mas quando ele acontece é em grandes proporções, podendo causar danos às gerações futuras. (Agência Brasil - 04.10.2006)
Grandes Consumidores 1 Albras adia investimento de US$ 1 bi por falta de energia O aquecimento
do mercado de alumínio não será suficiente para a CVRD tirar da gaveta
os planos de expansão da sua controlada Albras. O projeto prevê a ampliação
da produção em cerca de 30% com investimentos de US$ 1 bilhão. No entanto,
o elevado consumo de energia continua a ser um entrave para a empresa,
que consome 800 MW ao ano para fabricar 450 mil toneladas de alumínio.
Sua fornecedora, a Eletronorte, não tem mais energia disponível e não
há novos projetos na região. "Por esta razão a Vale do Rio Doce tem optado
por investimentos em bauxita e alumina, que consomem menos energia", diz
o presidente da Albras. O projeto demandaria aumento equivalente no fornecimento
de energia, de 30%. (Valor Econômico - 05.10.2006) 2 Alunorte conclui primeira fase da expansão este mês A terceira
expansão da fabricante de alumina Alunorte começa a ganhar corpo na fábrica
da empresa em Barcarena. No setor de precipitação, começam a despontar
novos tanques em uma área de quase 300 mil m². Até outubro, a Alunorte
pretende concluir a etapa de construção civil. No final da expansão, em
meados de 2008, mais de seis mil pessoas terão passado pela fábrica da
companhia para instalar sete mil toneladas de estruturas metálicas, equipamentos
e tanques e mais de 100 mil m³ de concreto e estacas. Quase 60% dos equipamentos
já foram encomendados pela empresa, que priorizou fornecedores brasileiros.
A expansão da companhia contempla duas linhas de produção para aumentar
a capacidade atual de 4,4 milhões de toneladas de alumina por ano para
6,3 milhões de toneladas, após investimentos de R$ 2,2 bilhões. A alta
tecnologia e a garantia de venda da alumina farão com que a expansão atinja
sua capacidade máxima em menos de quinze dias. (Valor Econômico - 05.10.2006)
3 Após 45 dias parada, Bann Química retoma operação A Bann Química
acertou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a Prefeitura de São
Paulo para voltar a operar. A empresa foi interditada em agosto por poluição
atmosférica e emissão de resíduos químicos sem tratamento no rio Mongaguá,
afluente do Tietê, ferindo a legislação ambiental. A empresa, no entanto,
está recorrendo - ainda na esfera administrativa - da multa de R$ 60 milhões
aplicada pela Prefeitura. A empresa fechou um cronograma de atuação até
2008. Medidas previstas para o curto prazo já estão sendo tomadas, como
o armazenamento correto de produtos químicos e a ligação à rede da Sabesp.
A Bann diz estar operando em baixa capacidade. (Valor Econômico - 05.10.2006)
4 País centra produção de aço inox na América do Sul Apesar de
o Brasil ter uma pequena participação no mercado mundial de aço inoxidável
- em torno de 1,6% -, o País apresenta todas as condições para que esse
segmento cresça, especialmente do lado do fabricante. O diretor-executivo
do Nucleo Inox destaca que o País é o único na América do Sul a possuir
um produtor de chapas de aço inox (Acesita) e produtores de aço inoxidável
longo (Gerdau Aços Especiais e Villares Metals). O fator inibidor para
o aumento da produção estaria do lado da demanda. Além disso, parte do
consumo de inox no Brasil depende do poder aquisitivo da população. Mudanças
na legislação poderiam incentivar o consumo do aço inoxidável, que pode
custar de duas a cinco vezes mais do que um aço menos resistente, dependendo
da sua utilização. Na tentativa de aproximar potenciais consumidores do
aço inox, com esclarecimentos sobre a aplicação do produto, e atualizar
profissionais e empresas já atuantes nesse mercado, o Núcleo Inox promove
entre 07/11/2006 e 09/11/2006, em São Paulo, o INOX 2006, uma espécie
de feiras com exposições e palestras aos interessados. (InvestNews - 04.10.2006)
5 Vale abre a maior mina de ferro do mundo Será inaugurada
hoje pela CVRD a maior mina de minério de ferro do mundo, com capacidade
inicial de produção de 30 milhões de toneladas por ano. A mina de Brucutu,
no Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais, recebeu investimentos de US$
1,1 bilhão e está localizada no município de São Gonçalo do Rio Abaixo,
Belo Horizonte. (Jornal do Commercio - 05.10.2006)
Economia Brasileira 1 IBGE: produção industrial sobe 0,7% em agosto A produção da indústria brasileira subiu 0,7% em agosto na comparação livre de influências sazonais com julho, segundo o IBGE. Na comparação com agosto de 2005, houve alta de 3,2% na produção. No ano, a atividade industrial apresenta avanço de 2,8%. O setor de bens intermediários registrou alta 0,7%, bens de capital tiveram avanço de 2,8%, enquanto a produção de bens duráveis apresentou alta de 1,6%. Na comparação anual, 21 dos 27 ramos apresentaram expansão. As maiores contribuições vieram dos setores de máquinas para escritório e equipamentos de informática (41,4%), veículos automotores (5,5%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (12,3%). (Folha de São Paulo - 05.10.2006) 2 Estatais investem metade do previsto Ao mesmo tempo que, segundo muitos, o governo federal gasta demais, o investimento de estatais até agosto foi de apenas 43,9% do total programado para 2006. O número é menor que o previsto pelo próprio governo, que previa 66,7% até o final de agosto. Até agosto, as estatais investiram R$ 18,6 bilhões, menos da metade dos R$ 42,3 bilhões programados para o ano, que abrangem 318 projetos e 254 atividades. Os investimentos da União somam R$ 1,8 bilhão até agosto, equivalente a apenas 0,6% do gasto total em 2006. Em 2005, essa proporção foi de 3,9% e na média histórica desde 1980, 7,4%. No detalhamento por empresa, a Petrobras já desembolsou R$ 16,1 bilhões em investimento, equivalente a 50,1% dos recursos previstos para 2006. A Eletrobrás fechou agosto com 31,5%, equivalente R$ 1,6 bilhão. Apesar das cifras bilionárias das duas principais estatais do governo brasileiro, outras empresas têm desempenho muito mais modesto. A EPE liberou apenas 8,7% dos recursos (R$ 173,8 mil). A pior situação é da Hemobrás, que não investiu nada dos R$ 14,8 milhões programados . (Gazeta Mercantil - 05.10.2006) 3
IGP-DI desacelera para 0,24% em setembro 4 Fipe prevê inflação de 0,2% em outubro O IPC da
Fipe deve registrar inflação de 0,2% em outubro, segundo estimativa de
Paulo Picchetti, da própria instituição. Segundo ele, o reajuste nas contas
de água deve participar com 0,11 p.p. para o índice de outubro. Os planos
de saúde vão entrar com mais 0,1 p.p e as tarifas de telefonia fixa, mais
0,01 ponto, resultando nos 0,20% estimado para novembro. Com relação ao
IPC de 2006, Picchetti prevê inflação de 1,6%, abaixo das previsões iniciais,
que apontavam para 2%, desde que não ocorra reajuste dos combustíveis
até o fim de 2006. (Valor Econômico - 05.10.2006) 5 Astin Rating: Inflação pode ficar abaixo de 2,5% no ano Segundo
relatório elaborado pela Austin Rating, pela primeira vez na história
do sistema de metas, o IPCA poderá encerrar o ano abaixo do limite inferior,
de 2,5%. A queda do a taxa de inflação em 2006 tem surpreendido constantemente
os analistas, que revisam seguidamente suas projeções. O último boletim
Focus já prevê um índice abaixo de 3%. Segundo Alex Agostini, da Austin
Rating, as sucessivas revisões para baixo abrem espaço para supor uma
taxa menor do que o limite inferior e, principalmente, devem fazer com
que Henrique Meirelles, presidente do BC, tenha de dar explicações para
o ministro Guido Mantega (Fazenda), sobre quais os fatores que levaram
a inflação a ficar abaixo dos parâmetros determinados para o cumprimento
da meta. Além disso, deve explicar por que a taxa de juros não recuou
de forma mais acentuada a partir de maio. O pior é que o Brasil, em comparação
aos países emergentes, apresenta taxas de crescimento mais baixas e, desde
2005, índices de inflação também inferiores. Para Agostini, os números
mostram que houve excesso de conservadorismo do BC. (Folha de São Paulo
- 05.10.2006) O dólar comercial abriu as operações com valorização perante o fechamento de ontem, cotado a R$ 2,1630. Às 9h22, porém, a moeda registrava decréscimo de 0,04%, transacionada a R$ 2,1590 na compra e a R$ 2,1610 na venda. Ontem, o dólar comercial encerrou a R$ 2,16 na compra e R$ 2,1620 na venda, com recuo de 0,55%. (Valor Online - 05.10.2006)
Biblioteca Virtual do SEE 1 COELHO, Armando Guedes; Fragoso, Karine. Texto para coluna opinião da Carta da Indústria. Firjan: Rio de Janeiro, setembro de 2006. Para ler
o texto na íntegra, clique aqui.
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de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
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