l IFE: nº 1.902 - 02
de outubro de 2006 Índice Regulação e Reestruturação do Setor Empresas Leilões Oferta e Demanda de Energia Elétrica Gás e
Termelétricas Grandes
Consumidores Economia Brasileira Internacional Regulação e Reestruturação do Setor 1 Apine aprova retirada do IPCA como indexador de financiamento do BNDES O presidente
do conselho de administração da Associação dos Produtores Independentes
de Energia Elétrica (Apine), Luiz Fernando Leone Vianna, comentou que
a Apine avalia como positiva a retirada do IPCA como indexador dos contratos
de financiamento do BNDES. Segundo ele, a medida, aliada à redução da
Taxa de Juros de Longo Prazo de 7,5% ao ano para 6,85% ao ano, trará maior
atratividade para os investidores. Para o executivo, o leilão A-5 pode
ter uma atratividade maior com as condições de financiamento apresentadas,
associadas à possível prorrogação dos contratos das botox. O BNDES, ao
excluir o IPCA dos contratos de financiamento, manteve apenas a TJLP,
o que pode significar uma redução de 1,2% ao ano no custo total do crédito.
As condições do crédito vem sido alteradas a cada licitação, como forma
de agregar mais atratividade. (Agência Canal Energia - 29.09.2006) 2 Aperfeiçoamento da Tust em debate no Fórum Forte Integração Proposta de
alteração do procedimento para estabelecimento da Tarifa de Uso dos Sistemas
de Transmissão (TUST) de segmento de geração está à disposição dos interessados
para discussão no Fórum Forte Integração: http://forum.aneel.gov.br/
. (Aneel - 02.10.2006) 3 Recursos hídricos: Aneel define compensação da Hidrelétrica Irapé A Aneel informou
que sete municípios de Minas Gerais terão direito a recursos provenientes
do rateio da Compensação Financeira pela Utilização de Recursos Hídricos
para Geração de Energia Elétrica (CFURH). Segundo a Aneel, os recursos
serão repassados em conseqüência da inundação de áreas das cidades pelo
reservatório da hidrelétrica Irapé. Receberão repasses os municípios de
Berilo, com alagamento de 5,0%; José Gonçalves de Minas (16,5%); Leme
do Prado (5,1%); Turmalina (9,6%); Botumirim (21,4%); Cristália (27,5%)
e Grão Mogol (14,6%). Neste ano, segundo a Aneel, a CFURH beneficiou 616
municípios e 21 estados, além do Distrito Federal, com recursos que somam
R$ 586,3 milhões. (Agência Canal Energia - 29.09.2006) 4 Fórum debate impacto da renovação energética no
trabalho Presidente
da Ong Ilumina Nordeste e ex-diretor da Chesf, o engenheiro José Feijó
explica que, dentro dos limites legais, a única forma do governador interferir
diretamente para baixar a conta de energia elétrica do consumidor pernambucano
seria reduzir a alíquota do ICMS, através de projeto de lei a ser aprovado
na Assembléia Legislativa. (Diário de Pernambuco - 02.10.2006)
Empresas 1 Eletrobrás busca novos mercados Com sua adesão
ao Nível 1 de governança corporativa da Bovespa, a Eletrobrás cumpriu
a primeira etapa de um projeto de transparência que vai culminar com sua
adaptação as determinações da Lei Sarbanes Oxley (Sox) e com a negociação
de ADR ( recibos de ações) na Bolsa de Nova York, (Nyse) conhecido como
Nível II. A empresa tem planos para negociar suas ações também nas Bolsas
de Londres e de Frankfurt, cujas exigências são mais amenas que as do
mercado americano. O diretor de RI da Eletrobrás anunciou que a companhia
pretende retomar seu papel de agente financiador de obras do setor elétrico
e que disputará a concessão para a construção e operação das usinas de
Mauá, Dardanelos, Cambuci e Barra do Pomba, que estarão no leilão de energia
nova. Essa iniciativa da Eletrobrás se deve à estabilidade econômica pela
qual passa o país e a conseqüente diminuição do risco-país, que vem se
verificando de maneira consistente nos últimos dois anos. "Essa situação
deve nos permitir reduzir as taxas que cobramos hoje, que são de IGPM
mais 12%", disse o executivo. (Gazeta Mercantil - 02.10.2006) 2 Eletrobrás acerta novo empréstimo A Eletrobrás fechou mais um financiamento para geração de energia elétrica, de US$ 48,3 milhões, com o banco alemão KFW Bankegruppe, anunciou o diretor financeiro e de relações com investidores, José Drumond Saraiva. O empréstimo representa 60% do total que será investido em quatro PCH em Santa Catarina, com potencial de 53 MW. O diretor disse que a Eletrobrás está consolidando as demandas de investimento da companhia e verificando o caixa da holding com o objetivo de aplicar recursos próprios nas demais expansões. Mas Saraiva não descarta uma eventual captação externa, no ano que vem. Iinformou ainda que o Capital Expenditures (Capex) da companhia para este ano é de R$ 4,9 bilhões e, para o ano que vem, os investimentos vão a R$ 5,6 bilhões. (Jornal do Commercio - 30.09.2006) 3 Ampla inicia distribuição de debêntures para captar R$ 370 mi A Ampla anunciou
o início da distribuição pública da 4ª emissão de debêntures para captar
R$ 370 milhões. Operação compreende o lançamento de 37 mil debêntures
simples, da forma nominativa escritural, não conversíveis em ações de
emissão da distribuidora, em série única, com valor nominal unitário de
R$ 10 mil. As debêntures terão prazo de vencimento de seis anos, encerrando
em 01/08/2012. As debêntures fazem parte da capitalização da Ampla no
total de R$ 670 milhões, incluindo empréstimo de R$ 300 milhões do Banco
Nacional de Energia Elétrica. (Agência Canal Energia - 29.09.2006) 4 Celesc aprova processo de desverticalização 5 Terna vai lançar ações no Nível 2 da Bovespa A Terna Participações
vai lançar ações na Bovespa. A empresa junta-se a outros grupos do setor
de energia que elegeram o mercado de capitais como forma de viabilizar
aquisições e investimentos. O projeto é colocar ao redor de 22 milhões
de units à disposição dos investidores, sendo que cada unit conterá duas
ações preferenciais e uma ordinária. Dentro do setor elétrico especula-se
que o objetivo da Terna ao abrir o capital é buscar recursos ou para fazer
aquisições ou para viabilizar novos projetos no setor de linhas de transmissão.
(Valor Econômico - 02.10.2006) 6 AES Eletropaulo encerra período de conversão de ações PNA em PNB A AES Eletropaulo
encerrou a conversão de ações preferencial classe A para classe B. Foram
convertidas 24.592.430.058 ações na proporção de uma ação PNA para uma
ação PNB. O capital social passou a ser representado por 41.835.971.676
ações, sendo 16.651.204.354 ações ON, 592.337.266 ações PNA e 24.592.430.058
ações PNB, de acordo com o comunicado da holding. (Agência Canal Energia
- 29.09.2006) 7 Eletropaulo ganha direito de não pagar à prefeitura de SP pelo uso do espaço urbano A batalha das
distribuidoras contra a cobrança pela ocupação e uso do espaço urbano
teve uma importante vitória. A Eletropaulo ganhou o direito de não pagar
à prefeitura de São Paulo pelo uso do espaço urbano ocupado pelos postes
em sua área de concessão. A decisão foi tomada pela 12a Vara da Fazenda
Pública de São Paulo e ainda cabe recurso ao TJ. (Abradee - 29.09.2006)
A Baesa informou à Bovespa que seus acionistas têm a intenção de promover uma reestruturação societária através da cisão parcial dos ativos e passivos da empresa. A Baesa passará a ter como únicos acionistas a CPFL Geração de Energia S.A. e a DME Energética Ltda. A gestão da hidrelétrica Barra Grande será feita mediante a formação de um consórcio. O consórcio a ser formado deterá a concessão compartilhada dos ativos e da produção de Barra Grande, nas mesmas proporções. (Gazeta Mercantil - 02.10.2006) A Cat-Leo vai continuar apostando no crescente mercado de PCHs como foco principal de seus negócios. A empresa tem 15 projetos em carteira, que estão em desenvolvimento, mas que ainda não tiveram a construção iniciada. Somados, eles terão capacidade instalada de aproximadamente 200 MW. Atualmente, são 12 usinas de pequeno porte que a empresa opera, além de outras duas em que realiza apenas serviços de manutenção. Buscando manter-se como uma das principais construtoras desse mercado de PCHs, a Cat-Leo já começa a estudar a implementação de novas tecnologias, e já desenvolve, em nível experimental, a construção de usinas flutuantes, além de analisar projetos de usinas de baixa queda. Boa parte das PCHs na carteira da Cat-Leo ainda necessitam de autorização ambiental para serem construídas. Além das PCHs, a Cat-Leo aguarda autorização ambiental para construir a hidrelétrica de Barra do Braúna, em Minas Gerais, que terá capacidade instalada de 39 MW. O investimento no empreendimento deve chegar a R$ 120 milhões. (Jornal do Commercio - 02.10.2006) No pregão do
dia 29-09-2006, o IBOVESPA fechou a 36.449,40 pontos, representando uma
baixa de 0,10% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 1,8
bilhão. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 0,04%
fechando a 11.968,24 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte
comportamento: ficaram cotadas a R$ 48,00 ON e R$ 45,00 PNB, alta de 1,91%
e 2,27%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior.
Na abertura do pregão do dia 02-09-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas
a R$ 50,21 as ações ON, alta de 4,60% em relação ao dia anterior e R$
47,51 as ações PNB, alta de 5,58% em relação ao dia anterior. (Investshop
- 02.09.2006) Para dar continuidade aos investimentos em Santa Catarina, a Schahin Engenharia construirá mais uma linha de transmissão. Serão 525 kilo-volts de potência, que garantirão a eletricidade das cidades de Biguaçu e Blumenau. O investimento será de R$ 110 milhões. No chamado circuito dois, a empresa já investiu R$ 306 milhões. (Gazeta Mercantil - 02.10.2006)
Leilões 1 Apine: prorrogação de contratos de concessão de usinas botox é positiva O presidente
do conselho de administração da Associação dos Produtores Independentes
de Energia Elétrica (Apine), Luiz Fernando Leone Vianna, disse nesta quinta-feira,
que a publicação do decreto que permite a prorrogação dos contratos de
concessão de usinas botox, é uma maneira de viabilizar o ressarcimento
do Uso do Bem Público desses ativos, licitados pelo regime de maior ágio.
O executivo ressaltou, porém, que a questão ainda não fica totalmente
solucionada porque, entre outras razões, a recuperação da despesa com
o UBP depende do preço da energia que será praticado nos leilões. A reposição
do UBP está atrelada ao preço da maior térmica do leilão."O decreto é
um facilitador para a entrada de usinas como Serra do Facão e São Salvador
nos leilões", observou. O decreto permite a prorrogação da data limite
da vigência dos contratos de concessão de modo que seja compatível com
o prazo dos contratos de comercialização assinados nos leilões. A medida
já vale para o leilão de energia nova A-5, previsto para o próximo dia
10 de outubro, pela internet. (Agência Canal Energia - 29.09.2006) 2 Leilão de energia nova: EPE divulga relação dos empreendimentos habilitados A EPE divulga a relação final de empreendimentos habilitados tecnicamente para Leilão de Energia Nova, do dia 10 de outubro, já excluídas as usinas que não confirmaram a habilitação condicionada. Ao final do processo foram habilitados 107 empreendimentos (19.177 MW), sendo vinte e duas hidrelétricas (8.321 MW), oito termelétricas a gás natural (5.325 MW), trinta térmicas a óleo combustível (2.631 MW), duas termelétricas a carvão mineral (1.192 MW), 17 térmicas a biomassa (510 MW), uma térmica por cogeração a gás do processo (490 MW), 25 PCH (473 MW) e termelétricas a óleo diesel (482 MW). (EPE - 02.09.2006) 3 Leilão de energia nova: Eletrobrás vai disputar quatro hidrelétricas A Eletrobrás
informou que irá disputar a concessão de quatro hidrelétricas que serão
leiloadas em outubro (Mauá, Dardanelos, Cambuci e Barra do Pomba), que
juntas terão potência instalada de 855 MW. Na semana passada, a empresa
aderiu na semana ao nível 1 de governança corporativa da Bovespa e anunciou
que voltará a ser um agente financiador do setor elétrico. A expectativa
da Eletrobras é a de que a estabilidade econômica e a diminuição do risco-país
permita uma redução das taxas cobradas hoje, que são IGP-M mais 12%, para
o financiamento do setor. (Jornal do Commercio - 02.10.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 30/09/2006 a 06/10/2006. Tabela
Fonte: www.ccee.org.br
Gás e Termoelétricas A Petrobras vendeu US$ 500 mi em bônus com prazo de 10 anos na sexta. O volume vendido é metade do que estava em estudo pela estatal, mas os bancos que atuaram na operação anteciparam que a oferta não seria elevada. O lançamento dos papéis foi liderado pelos bancos UBS e Morgan Stanley. Na colocação, os bônus foram vendidos a 99,557% do valor de face e pagaram rendimento de 6,185% ao ano, com juro de 6,125% ao ano. O rendimento pago no lançamento do bônus da Petrobras foi equivalente a 155 pontos-básicos sobre os títulos do Tesouro dos Estados Unidos de prazo equivalente. (Gazeta Mercantil - 02.10.2006) A Líbia qualificou
47 empresas para participar da terceira rodada de licenciamento para operações
de petróleo e gás desde a suspensão de sanções sobre o setor, informou
a petrolífera estatal National Oil (NOC). A brasileira Petrobras está
entre as concorrentes. A NOC informou em um comunicado que 70 grupos se
inscreveram para participar. A Líbia quer atrair investimentos estrangeiros
para ajudar a desenvolver a capacidade de produção para mais de 3 milhões
de barris por dia até 2010/2012, ante 1,6 milhão de barris atualmente.
A mais recente oferta da Líbia, a terceira desde o fim de sanções dos
Estados Unidos em 2004, lista 12 blocos marítimos e 29 terrestres. A primeira
rodada de concessões tinha 57 áreas e a segunda rodada, 44. (Reuters -
01.10.2009) 3 Menor preço ajuda negociação da Petrobras As cotações
internacionais do gás natural despencaram nas últimas semanas, em um movimento
que deve reforçar a posição da Petrobras nas negociações com a Bolívia,
segundo especialistas. Em NY as cotações para outubro fecharam nesta sexta-feira
a US$ 4,201 por milhão de BTU, valor pouco acima do pago pelo Brasil nas
importações da Bolívia, em torno de US$ 4 por milhão de BTU. Os bolivianos
falam em aumentar os preços para até US$ 7,50 por milhão de BTU. "A Bolívia
perdeu o tempo das negociações. Se tivesse avançado mais rápido, poderia
ter obtido melhores resultados", avalia o consultor Adriano Pires, do
Centro Brasileiro de Infra-Estrutura. Em entrevista no meio da semana,
o diretor Financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, concordou que a queda
das cotações reforça o argumento da estatal, de que não há espaço para
reajustes. (Jornal do Commercio - 30.09.2006) 4 YPFB necessita investimento para atender novos contratos A YPFB anunciou
que pode cumprir os contratos atuais de fornecimento de gás para o Brasil
e a Argentina, mas que precisará de US$ 800 mi de investimentos externos
pelos próximos três anos para atender a novas demandas por combustível.
No início da semana passada, a Câmara de Hidrocarbonetos da Bolívia havia
dito que a produção de gás já havia alcançado seu teto. E que era improvável
que investimentos externos chegassem ao país. O presidente da empresa,
Juan Carlos Ortiz classificou a avaliação da câmara como "imprecisa, incompleta
e distorcida" e sugeriu que Brasil e Argentina, principais clientes da
Bolívia, poderiam fornecer os investimentos para garantir a expansão da
empresa. (Valor Econômico - 02.10.2006) 5 Brasil se previne contra corte no gás da Bolívia O Brasil terá um plano de contingência para responder a um eventual corte no fornecimento de gás proveniente da Bolívia. O plano dará total prioridade ao abastecimento de residências e comércio e deverá requerer apoio, em caso de falta do produto, até de empresas hoje independentes do combustível boliviano. Governo e setor privado ainda discutem como serão compensadas as empresas que investiram em equipamentos bicombustível, e podem se ver obrigadas a optar por alternativas mais caras que o gás. As termelétricas, que consomem 26% do gás fornecido, vêm a seguir, na escala de prioridades: em caso de emergência, o ONS será automaticamente acionado para definir as necessidades de suprimento das usinas térmicas e garantir o combustível necessário para evitar cortes de energia. As indústrias terão tratamento diferenciado, com preferência para as que têm "compromisso firme" de abastecimento de gás. (Valor Econômico - 02.10.2006) 6 Nova tecnologia em armazenamento Cinco anos de trabalho foram investidos por pesquisadores do Instituto de Pesquisas Tecnológicas para soluções de estocagem subterrânea de gás. Uma tecnologia utilizada há mais de 40 anos em países como França, Alemanha, Rússia e Estados Unidos foi considerada a melhor alternativa para o Brasil. A necessidade de escolher uma solução aumentou após a descoberta da reserva da Bacia de Santos, com estimados 400 bilhões de m3 de gás. Como esse estoque está a 160 Km do litoral, para colocar o gás à disposição dos consumidores, além da construção de tubulações, seriam necessários reservatórios próximos aos centros de consumo. A tecnologia consiste em identificar estruturas geológicas porosas que contenham água em seu interior. Injetado sob alta pressão, o gás expulsa o líquido e ocupa o espaço. Dez estruturas geológicas foram identificadas em SP, "Desses dez reservatórios subterrâneos, pelo menos seis têm boa estrutura, cada um com potencial para armazenar entre 1 e 2 bilhões de metros cúbicos de gás filtrado", disse Shoji Iyomasa, coordenador do estudo. (Agencia Fapesp - 02.10.2006) 7 Eletronuclear afirma saúde financeira O diretor financeiro da Eletrobrás, José Drumond Saraiva disse ter equalizado a situação financeira da Eletronuclear, que era um dos maiores problemas do Grupo devido ao baixo nível tarifário, que não cobria seus custos operacionais, nem abatia seu nível de endividamento. "Hoje a tarifa já está em R$ 98 por MWh e será reajustada esse ano", disse. Segundo Andrade, a Eletronuclear deve fechar no azul este ano, apesar de ter concluído o primeiro semestre com as contas negativas. O diretor disse, ainda, que substituirá em 2008 os geradores de vapor de Angra 1, que "estão velhos e começaram a apresentar problemas nos tubos". O diretor afirmou, ainda, esperar que, a partir do ano que vem, a Eletrobrás retome, ainda que parcialmente, seu papel de financiadora de obras para o setor elétrico brasileiro. "Seremos bastante seletivos nos financiamentos que faremos para as empresas do Grupo nos próximos cinco a seis anos". (Jornal do Commercio - 30.09.2006) 8 Fóruns discutem utilização da energia nuclear A expansão do uso de energia nuclear no Brasil, que coloca ambientalistas e representantes do setor energético em lados opostos, será tema de dois eventos importantes nesta semana. Quarta-feira ocorrerá a Confederação Nacional da Indústria que reunirá na mesma mesa representantes dos ministérios do Meio Ambiente e de Minas e Energia, que têm posições diferentes quanto ao assunto. No mesmo dia, começa o Seminário Franco-Brasileiro de Geração Nuclear, que apresenta a experiência francesa. Aumentar a participação da energia nuclear na matriz energética, hoje em 2,1%, passa pela conclusão de Angra 3. "A tendência é que nosso potencial hidrelétrico se esgote e a energia nuclear é candidata natural para atender a demanda", diz o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmerman. Um estudo do ministério mostra que a energia de Angra 3 deverá custar entre R$ 135 e R$ 140 por MWh, valor mais competitivo do que o de estudos anteriores, de R$ 180/MWh, e similares aos oferecidos às termelétricas no último leilão de energia nova. (Gazeta Mercantil - 02.10.2006)
Grandes Consumidores 1 Arcelor Brasil tem autorização para transferir participações em usinas para Belgo Siderurgia A Aneel autorizou
a empresa Arcelor Brasil a transferir as parcelas das ações que detém
na empresa Usina Hidrelétrica Guilman-Amorim e na concessão do aproveitamento
hidrelétrico Guilman-Amorim para a empresa Belgo Siderurgia, que passa
a ser integrante do consórcio UHE Guilman-Amorim, juntamente com a Samarco
Mineração. O consórcio é responsável pela concessão, no regime de autoprodução,
do aproveitamento hidrelétrico Guilman-Amorim, de 140 MW, localizado entre
os municípios mineiros de Nova Era e Antônio Dias. (Agência Canal Energia
- 29.09.2006) 2 Começa a instalação da siderúrgica de US$ 3,8 bi O grupo alemão
Thyssen Krupp lançou a pedra da CSA Companhia Siderúrgica. Ela terá de
5 milhões de toneladas de placas de aço, mas, de acordo com o presidente
do grupo TyssenKrupp Steel, Karl-Ulrich Köhler, a capacidade poderá dobrar
caso a empresa alemã compre a canadense Dofasco e concretize seus planos
de adquirir uma planta nos Estados Unidos. O empreendimento, orçado em
3 bilhões de euros (US$ 3,807 bilhões), deve entrar em operação em março
de 2009. A CVRD é sócia da Thyssen Krupp na CSA, com 10% de participação.
De acordo com o presidente da CVRD, Roger Agnelli, a companhia deve fornecer
8 milhões de toneladas de minério de ferro por ano para a produção de
aço da siderúrgica. Toda a produção da CSA será voltada para o mercado
externo: 2,9 milhões de toneladas para países integrantes do bloco Nafta
e 2,1 milhões para a Alemanha. No Brasil, ficam apenas os subprodutos.
A empresa alemã divulgou, também, que pretende investir entre 17 bilhões
e 20 bilhões de euros nos próximos cinco anos. Desse montante, cerca de
10 bilhões serão investidos na manutenção das operações e o restante no
crescimento orgânico e em novas aquisições. (Jornal do Commercio - 30.10.2006)
3 Vale estuda vender participação na CSI A CVRD está
estudando a venda de sua participação de 50% na California Steel Industries
(CSI), siderúrgica instalada na Califórnia. Segundo o presidente da Vale,
Roger Agnelli, a compra da Inco pode acontecer até o dia 16/10/2006, data
final para os acionistas da canadense ofertarem suas ações para a mineradora
brasileira. Com base em cálculos preliminares, Barros avalia que o valor
da CSI é da ordem de US$ 600 milhões a US$ 800 milhões. Com a venda, a
Vale poderia faturar US$ 300 milhões a US$ 400 milhões. No relatório do
Unibanco, a Usiminas é apontada como uma provável interessada na compra
da participação da Vale na CSI, já que tem planos de construir uma nova
planta para produzir cinco milhões de toneladas de placas de aço a partir
de 2010/2011. A principal questão na negociação, porém é a sócia da Vale,
a japonesa JFE. Antes de negociar a participação na CSI com qualquer interessado,
a mineradora brasileira teria que oferecê-la primeiro à japonesa, que
goza do direito de preferência neste caso. (Valor Econômico - 02.10.2006)
4 Vale planeja tomar recursos de bancos de fomento A aquisição
da mineradora canadense Inco pela CVRD exigirá, em seguida à negociação,
novas fontes de recursos da mineradora, que já conversa com o BNDES. O
presidente da companhia, Roger Agnelli, afirmou que já conseguiu no mercado
linhas de crédito a baixo custo por dois anos, mas mesmo assim a empresa
tem interesse nas opções do banco de fomento. "Se formos bem sucedidos
no negócio, teremos que partir para funding de longo prazo. O BNDES é
uma dessas fontes, temos interesse. O JBIC (banco de fomento japonês)
também é", afirmou o executivo. O presidente da mineradora brasileira
aguarda um desfecho para a compra da Inco até o dia 1610/2006. Para que
a aquisição seja concretizada, só falta a autorização das autoridades
canadenses. (Gazeta Mercantil - 02.10.2006) 5 IPCE vai reativar a fábrica da Inacel instalada em Anápolis A IPCE, fabricante
brasileira de fios e cabos de energia que prevê fraturar R$ 120 milhões
este ano, ante R$ 85 milhões de 2005, decidiu reativar sua fábrica localizada
em Anápolis, praticamente desativada há cerca de seis anos por conta de
uma disputa societária entre os antigos sócios. Segundo o presidente da
empresa, Adhemar Camardella, a IPCE vai investir R$ 2 milhões para reativar
a produção da subsidiária goiana, a Inacel. A produção será retomada no
início do mês de outubro inicialmente com 35% da capacidade de produção.
Os fios e cabos produzidos serão destinados à equipamentos industriais
e construção civil. O faturamento mensal da unidade deverá alcançar R$
3 milhões em 2006 e R$ 6 milhões por mês a partir de 2007, quando a produção
deverá somar de 200 a 250 toneladas por mês. Neste ano, a produção será
da ordem de 125 toneladas mensais de fios e cabos, que serão fornecidos
para os estados mais próximos de Goiás. A IPCE vai investir outros R$
28 milhões para a construção da nova fábrica de Louveira (SP), que substituirá
a unidade atual localizada no bairro do Ipiranga (SP), que está sendo
desativada em razão da ampliação do metrô de São Paulo. O início da produção
em Louveira está previsto para o segundo semestre de 2007, e a capacidade
de produção será de 1,2 mil a 1,5 mil toneladas mensais de fios e cabos.
(Gazeta Mercantil - 02.10.2006)
Economia Brasileira 1 Governo admite contenção de longo prazo Independentemente do resultado da eleição, o presidente Lula pretende discutir com a oposição uma meta de redução de despesas de custeio da União por um período de 10 anos. Foi apurado que esta seria entre 0,2% e 0,3% do PIB, algo entre R$ 4 bilhões e R$ 6 bilhões. O objetivo é votar um projeto de lei com a meta, dando caráter legal para torná-la obrigatória, havendo maior repercussão positiva junto ao mercado financeiro e investidores estrangeiros. A idéia retoma o plano fiscal de longo prazo que o então ministro da Fazenda, Antonio Palocci, tentou levar adiante em 2005. Estudos da equipe econômica e de ministros do Palácio do Planalto mostram que haveria excesso de sobreposição de programas nas áreas de custeio. A idéia seria tentar a unificação de ações sociais e preservação dos recursos da saúde e da educação. O mesmo valeria para as áreas de Transportes e Energia. (Folha de São Paulo - 30.09.2006) 2 Mercado conserva estimativa de crescimento do PIB em 2006 em 3,09% Segundo o boletim Focus divulgado em 2/10, a média das previsões para o avanço do PIB em 2006 manteve-se em 3,09%. Para 2007, o crescimento aguardado é de 3,5%, inalterado há cinco semanas. O superávit da balança comercial deve ficar em US$ 43 bi em 2006 e em US$ 36 bi em 2007, como o divulgado no boletim anterior. A projeção para a entrada de investimentos estrangeiros em 2006 foi modificada de US$ 15,90 bi para US$ 15,72 bi, mas a de 2007 foi mantida em US$ 16 bilhões. A estimativa média para as contas correntes brasileiras é de um superávit de US$ 10 bilhões neste exercício e de US$ 5 bilhões em 2007, os mesmos números mostrados no boletim anterior. A mediana das expectativas para a produção industrial é de alta de 3,51% em 2006 e de 4,20% nos próximos 12 meses. (Valor Econômico - 2.10.2006) 3 Patrimônio dos fundos acumula R$ 866.3 bi 4 Necessidade de aplicações de R$ 87,7 bi Os investimentos
no setor de infra-estrutura devem ganhar um empurrão nos próximos anos,
especialmente se a Selic continuar com tendência decrescente. Especialistas
alertam, no entanto, que a expansão dos projetos exigirá melhor ambiente
de negócios, com estabilidade de regras, segurança jurídica e redução
da burocracia. Segundo estudo da Abdib, a necessidade de investimento
do setor é de R$ 87,7 bilhões por ano entre 2007 e 2010 - 4,5% do PIB.
(A Notícia - 02.10.2006) 5 IPC-S de setembro: inflação de 0,19% O IPC-S terminou
setembro com alta de 0,19%, 0,04p.p abaixo dos 0,23% da última avaliação.
A maior contribuição par a queda veio de Alimentação, que cedeu 0,05%,
invertendo o rumo anterior, de elevação de 0,24%. Transportes também tiveram
impacto no resultado índice ao registrarem baixa de 0,03%, em decorrência
da queda nos preços dos combustíveis. Na terceira medição do mês passado,
o grupo viu elevação de 0,04%. A pesquisa da FGV acusou acentuação na
trajetória de alta da Habitação, Vestuário e Saúde e cuidados pessoais,
cujas taxas ficaram em 0,33%, 0,70% e 0,34%, respectivamente, assim como
das Despesas Diversas (0,47%) e Educação, leitura e recreação (0,16%).
(FGV - 02.10.2006) 6 IPCA deste ano deve situar-se em 2,98%, aponta Focus Segundo o relatório Focus divulgado em 2/10, o mercado financeiro reduziu novamente sua estimativa para IPCA de 2006, passando de 3,03% para 2,98%, bem abaixo da meta estipulada para 2006, de 4,50%. Para 2006, a projeção é de que o indicador alcance 4,30%.Os demais indicadores de inflação para 2006 também foram alterados, com exceção do IPC da Fipe, com estimativa conservada em 1,83% de alta. A estimativa para o IGP-DI situou-se em 3,22%, menor do que os 3,26% calculados anteriormente. Enquanto o prognóstico para o IGP-M saiu de 3,39% para 3,31%. Para setembro, a expectativa é de IPCA aumentando 0,16% e que o IGP-DI avance 0,25%. A perspectiva para o IPC da Fipe é de expansão de 0,30%. As estimativas relativas a outubro dão conta de um IPCA e de um IGP-DI com 0,30% de incremento. Também é prevista uma elevação de 0,30% para o IGP-M. A projeção do IPC da Fipe é de acréscimo de 0,35%, sem alteração em relação ao cálculo anterior. (Valor Econômico - 02.10.2006) 7 Dólar ontem e hoje
Internacional 1 PDVSA vai explorar gás e petróleo na Bolívia A PDVSA negocia
com a estatal YPFB a exploração de hidrocarbonetos no norte do departamento
de La Paz. O embaixador da Venezuela em La Paz, Julio Montes afirmou que
serão dados passos formais para que os planos se concretizem. A PDVSA
participará como sócio minoritário de uma aliança com a YPFB da prospecção
de gás e petróleo. O embaixador ressaltou que a PDVSA não terá maioria
na empresa mista. Os investimentos que a PDVSA anunciou para os próximos
20 a 30 anos na Bolívia somariam entre US$ 1,5 e US$ 2 bi. O governo boliviano
costuma tratar a Venezuela como tábua de salvação sempre que se vê diante
de dificuldades com multinacionais do setor de gás e petróleo. O projeto,
porém, enfrenta oposição. Senadores do Poder Democrático Social deixaram
o plenário para bloquear a aprovação dos acordos, que ainda têm de passar
pelo Congresso. (Valor Econômico - 02.10.2006)
Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados
sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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