l IFE: nº 1.901 - 29
de setembro de 2006 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Leilões Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional Biblioteca
Virtual do SEE
Regulação e Reestruturação do Setor 1 Investimentos em energia no Sul chegam a R$ 10 bi Durante
os três anos e meio do atual governo, o Rio Grande do Sul atraiu R$ 10,103
bilhões em investimentos na área de energia. Ao total, são 44 empreendimentos.
Os projetos concluídos incluem dois módulos do Parque Eólico de Osório,
as Usinas Hidrelétricas de Barra Grande e Monte Claro, as Pequenas Centrais
Hidrelétricas (PCHs) Carlos Gonzatto, Ferradura, Furnas do Segredo e São
Bernardo e a ampliação da Refinaria Alberto Pasqualine (Refap). Conforme
o secretário de Energia, Minas e Comunicações, José Carlos Elmer Brack,
18 empreendimentos estão em fase de instalação. "Deste total, cerca de
12 projetos ficam prontos até o próximo ano", afirma. (Investnews - 28.09.2006)
Após ficar
desde o final da segunda quinzena de junho sem gerar energia em escala
comercial, a hidrelétrica de Barra Grande, no Rio Grande do Sul, retomou
a produção. Ela tinha sido suspensa por causa do baixo volume de água
existente no reservatório, devido ao fraco volume de chuvas. "A tendência
é que o volume de água no reservatório continue subindo e afaste o risco
de uma nova paralisação", diz Eric Volf, gerente de produção. (Jornal
a Notícia - 29.09.2006) 3 Aneel ordena esquema especial durante votação A Aneel
determinou às 64 concessionárias de distribuição de energia que atuam
no País o reforço das equipes de manutenção preventiva, com adoção de
esquema especial de plantão, destinado a garantir a normalidade no fornecimento
de energia elétrica nas eleições de domingo. "A fiscalização da agência
estará em contato direto com as concessionárias, e a ouvidoria da Aneel
ficará à disposição do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e dos tribunais
regionais eleitorais", informou a Agência em seu site nesta quinta-feira.
(Gazeta Mercantil - 29.09.2006) 4
Curtas A Aneel declarou de utilidade pública áreas de terra necessárias à construção de duas hidrelétricas nos municípios de Itarumã e Caçu, em Goiás. A usina Salto do Rio Verdinho terá 93 MW de potência e a hidrelétrica Salto, 108 MW. As declarações, para fins de desapropriação, beneficiam as empresas Rio Verdinho Energia S/A e Rio Verde Energia S/A, respectivamente. (Aneel - 28.09.2006) A Aneel declarou de utilidade pública áreas de terra necessárias à implantação das PCHs São Domingos II e Boa Sorte. A primeira usina, com 28 MW de capacidade, será instalada no município de São Domingos (GO) e deverá entrar em operação comercial em janeiro de 2007. A declaração, para fins de desapropriação, favorece a empresa Santa Cruz Power Corporation Usinas Hidroelétricas S/A. Já a PCH Boa Sorte, que será instalada nos municípios de Dianópolis e de Novo Jardim, em Tocantins, terá 16 MW de potência. O empreendimento, de responsabilidade da empresa Boa Sorte Energética S/A, deve entrar em operação em dezembro de 2007. (Aneel - 28.09.2006) Aneel declarou de utilidade
pública área de implantação da linha de transmissão
PCH Caju - Alimentador Xaxim 2. O empreendimento ligará os municípios
catarinenses de Xanxerê e Xaxim, terá 23 kV e 5,3 quilômetros
(km) de extensão. O empreendimento inicia a operação
no próximo dia 31 de dezembro. A declaração, para
fins de servidão administrativa, beneficia a empresa Hacker Industrial
Ltda. (Aneel - 28.09.2006) A Universidade Cândido Mendes realiza pela primeira vez fora da cidade do Rio de Janeiro o curso de extensão de Direito da Energia Elétrica. A terceira edição do curso, que terá duração de três meses, será ministrada em Brasília.: Mais informações no e-mail cpgd@candidomendes.edu.br (Agência Canal Energia - 28.09.2006)
Empresas A Eletrobrás
entra hoje no Nível 1 de Governança Corporativa da bolsa e passa a integrar
o Índice de Ações com Governança Corporativa Diferenciada (IGC). Com a
adesão da Eletrobrás, sobe para 83 o número de empresas listadas nos segmentos
diferenciados da Bovespa. Desse total, 35 estão no Novo Mercado, 12 no
Nível 2 e 36 no Nível 1. (Gazeta Mercantil - 29.09.2006) 2 Brasiliana incorpora Infoenergy Um dos últimos detalhes do acordo que colocou fim à dívida da AES com o BNDES está chegando ao fim. O banco e a AES, que controlam respectivamente 50,01% e 49,99% da holding Brasiliana, decidiram incorporar à holding a comercializadora de energia no mercado livre AES Infoenergy e não a AES Sul, conforme previa o acordo firmado depois da renegociação da dívida. Ambas pertenciam integralmente à companhia americana. A operação prevê pagamento de US$ 15 milhões por parte da AES ao banco. Com o acordo fechado entre os dois lados, a AES Sul permanecerá sob controle integral da AES e não da holding. A comercialização de energia no Brasil vem apresentando crescimento constante nos últimos anos. Tanto que já se estima um movimento de pelo menos R$ 5,8 bilhões em 2006, sem contar o custo com fios, encargos e impostos. (Valor Econômico - 29.09.2006) 3 Enersul deve indenizar indústrias A Enersul
vai ser obrigada a indenizar todas as indústrias consumidoras do Estado
que funcionavam em 1986, ano em que foi implantado no país o Plano Cruzado.
A decisão foi publicada no Diário da Justiça e obriga a empresa energética
a restituir as indústrias do Estado, que pagaram 20% indevidamente nas
contas de energia elétrica. Com a decisão, a Enersul fica obrigada a devolver
às indústrias lesadas todos os valores cobrados, indevidos e ilegais,
corrigidos desde 1986. O valor da indenização deve ultrapassar R$ 20 milhões.
(Elétrica - 28.09.2006) 4
CPFL terá que manter energia para bairro mesmo sem pagamento 5 Editais de venda de ações da Celesc em hidrelétricas são aprovados A distribuidora
Celesc obteve aprovação da Aneel para os editais de venda de ações da
estatal nas empresas Machadinho Energética S/A e Dona Francisca Energética
S/A. A operação é decorrente do processo de segregação das atividades
de geração e de distribuição da empresa, ainda em andamento. O edital
de venda de ações da Dona Francisca Energética prevê a transferência da
participação de 23,03% da Celesc na empresa, que detém 95% do capital
total da usina hidrelétrica Dona Francisca. A Agência terá que aprovar
ainda um novo modelo de desverticalização da estatal, que prevê a criação
de subsidiárias de geração e de distribuição. (Aneel - 28.09.2006) 6 Ampla estuda implantação de tarifa horária A Ampla
está estudando a possibilidade de implantar um programa de tarifa especial
que vai permitir a concessão de preços menores em horário de menor consumo,
segundo informou o presidente da empresa, Marcelo Llèvenes. A idéia é
oferecer a tarifa horária para os consumidores residenciais que usam o
sistema de medição eletrônica. Para adotar esta medida, a empresa terá
que encaminhar a proposta sobre a nova tarifação para a Aneel. Outra medida
será a renegociação dos contratos de compra e venda de energia com os
fornecedores para repassar as vantagens para os consumidores. (Agência
Canal Energia - 28.09.2006) No pregão
do dia 28-09-2006, o IBOVESPA fechou a 36.486,19 pontos, representando
uma alta de 1,05% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 2,15
bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 1,68%
fechando a 11.962,95 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte
comportamento: ficaram cotadas a R$ 47,10 ON e R$ 44,00 PNB, alta de 2,84%
e 2,80%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior.
Na abertura do pregão do dia 29-09-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas
a R$ 47,00 as ações ON, baixa de 0,21% em relação ao dia anterior e R$
43,75 as ações PNB, baixa de 0,57% em relação ao dia anterior. (Investshop
- 29.09.2006) O Inmetro autorizou o Laboratório de Medições da Celg a funcionar como um Posto de Ensaio Autorizado. "Com isso, passará a ser um centro integrado à Rede Brasileira de Calibração", disse o superintendente da Companhia, José Carlos Zoccoli. (Celg - 26.09.2006) A Celesc inaugura Agência de Distribuição em Taió, no dia 29/09/2006. A nova Agência de Distribuição da Celesc Rio do Sul vai possibilitar melhorias no atendimento de cerca de 12 mil unidades consumidoras da região. (Celesc - 28.09.2006)
Leilões 1 Leilão de Energia: Governo publica decreto para viabilizar participação de "botox" A Presidência
da República publicou nesta quinta-feira (28/09) o Decreto Nº 5.911, que
estabelece procedimentos para prorrogação das concessões de Uso de Bem
Público (UBP) dos empreendimentos de geração. Os contratos serão prorrogados
em prazo compatível com os Contratos de Comercialização de Energia no
Ambiente Regulado (CCEAR), decorrentes dos leilões de energia nova promovidos
entre 2005 e 2007. A medida foi proposta pelo MME como forma de viabilizar
a participação das usinas "botox" nos leilões de energia nova. De acordo
com o texto, os agentes titulares de concessão de UBP para geração de
energia deverão solicitar o aditamento do contrato de concessão em até
noventa dias após a celebração dos CCEAR, decorrentes dos leilões a serem
promovidos até 31 de dezembro de 2007. Caberá a Aneel promover o aditamento
dos contratos em até noventa dias após a solicitação do agente. A prorrogação
poderá ser realizada apenas uma vez e será efetivada mediante Portaria
do MME, a ser publicada de acordo com o prazo previsto no respectivo contrato
de concessão. Caberá à Aneel estabelecer o Valor de Referência (VR). (MME
- 28.09.2006) 2 Leilão de LTs: Aneel analisa ajustes em edital A diretoria da Aneel vai analisar, nesta sexta-feira (29/09), em reunião extraordinária, possíveis ajustes ao edital para o leilão de dez novas linhas de transmissão e três subestações, após o anúncio das mudanças nos custos de financiamentos de novos projetos de transmissão divulgados esta semana pelo BNDES. As novas regras podem trazer alterações na Receita Anual Permitida (RAP). O edital, aprovado pela Aneel na quarta-feira (27/09), será divulgado nos próximos dias no Diário Oficial da União e na página da Aneel na internet (www.aneel.gov.br). (Aneel - 28.09.2006) 3 Tolmasquim: leilão de energia nova será atrativo O presidente
da EPE, Maurício Tolmasquim, disse que o leilão de energia nova A-5 será
bastante atrativo em função das medidas adotadas pelo governo visando
atrair mais investimentos para o setor. Segundo Tolmasquim, a licitação
será competitiva devido às medidas como a exclusão do IPCA como indexador
parcial de financiamentos do BNDES, a redução da TJLP de 7,5% ao ano para
6,85% ao ano e o decreto que permite prorrogação de contratos de concessão
de usinas botox. (Agência Canal Energia - 28.09.2006) 4 Leilão Energia Nova: EPE habilita 107 empreendimentos para leilão A-5 A EPE informou
que 98 empreendimentos participarão do leilão de energia nova A-5, no
dia 10 de outubro. Segundo o presidente da EPE, Mauricio Tolmasquim, 107
empreendimentos, totalizando 19.177 MW, receberam a habilitação definitiva
para o leilão, porém, nove usinas não participarão do negócio porque ofertaram
energia no leilão A-3, em junho, mas não assinaram os respectivos contratos
de comercialização. Tolmasquim explicou que a EPE não poderia negar a
habilitação para esses ativos, mas garantiu que eles não participarão
da licitação. "Haverá mecanismos para impedir a entrada delas", disse.
Entre as usinas que ficaram de fora do leilão estão Baixo Iguaçu (PR /
350 MW) e Salto Grande (PR / 53,3 MW). O leilão prevê a oferta de energia
por 15 hidrelétricas e 23 PCHs, além de 17 térmicas a biomassa, oito a
gás natural, uma a gás de processo, duas a carvão, duas a óleo diesel
e 30 a óleo combustível. (Agência Canal Energia - 28.09.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 50,4% O nível
de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 50,4%, apresentando
queda de 0,2% em relação à medição do dia 26 de setembro. A usina de Furnas
atinge 56,7% de volume de capacidade. (ONS - 27.09.2006) 2 Sul: nível dos reservatórios está em 42,6% O nível de armazenamento na região Sul não apresentou alteração na capacidade armazenada em relação à medição do dia 26 de setembro, com 42,6% de capacidade armazenada. A usina de Machadinho apresenta 27,2% de capacidade em seus reservatórios. (ONS - 27.09.2006) 3 NE apresenta 61,5% de capacidade armazenada Apresentando
queda de 0,3% em relação à medição do dia 26 de setembro, o Nordeste está
com 61,5% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de Sobradinho
opera com 55,7% de volume de capacidade. (ONS - 27.09.2006) 4 Norte tem 45,1% da capacidade de armazenamento O nível
de armazenamento da região Norte está em 45,1% apresentando queda de 0,3%
em relação ao dia 26 de setembro. A usina de Tucuruí opera com 36,3% do
volume de armazenamento. (ONS - 26.09.2006)
Gás e Termoelétricas 1 Térmicas da Petrobras voltam a operar A Petrobras informou que as termelétricas Termorio, Eletrobolt, Termomacaé e Canoas, operadas pela estatal, voltam a operar hoje. Elas estavam paradas após terem sido declaradas indisponíveis ao ONS. A Petrobras informou que "vem implementando as ações para contornar os imprevistos operacionais que limitaram, momentaneamente, a oferta de gás para as usinas". A Fafen, também controlada pela Petrobras, na Bahia, reiniciará as operações até o dia 2/10, quando estará concluída sua manutenção programada. (Jornal do Commercio - 29.09.2006) 2 Petrobras diz que entrega do gás está garantida A Petrobras
enviou ontem comunicado à imprensa em que manifesta sua confiança na capacidade
da YPFB em manter o fornecimento de gás natural ao Brasil até 2019. "Até
hoje, a Petrobras realizou os investimentos necessários para manter a
capacidade de produção compatível com os compromissos assumidos", diz
o comunicado. Segundo a estatal brasileira, o contrato de suprimento de
gás em vigor entre Petrobras e YPFB vem sendo cumprido de forma integral
desde 1º de julho de 1999. "Durante esse período, a empresa estatal boliviana
honrou as quantidades contratuais demandadas pela Petrobras". (Reuters
- 28.09.2006) 3 Equador é a mais nova ameaça para a Petrobras Políticos
e movimentos sociais equatorianos pediram a cassação das licenças de exploração
da Petrobras no país. O caso ocorre num momento em que o favorito na corrida
presidencial, Rafael Correa, endurece o discurso em favor de maior intervenção
do Estado e pela convocação de uma Constituinte. Um movimento chamado
Equador Decide pediu ao governo o cancelamento da permissão de operação
da Petrobras. O grupo alega que a empresa brasileira feriu a legislação
ao "vender parte de suas operações à japonesa Teikoku", sem consultar
o governo. A Petrobras nega que isso tenha ocorrido, já que ainda aguarda
autorização do governo para concluir a venda de uma fatia para a Teikoku.
Questionado sobre a situação da Petrobras, o comitê de campanha de Correa
diz apenas que, se for uma situação ilegal, ela tem de ser apreciada pelos
órgãos competentes. A estatal brasileira informa que desde 1997 "investiu
no Equador, no OCP e nos blocos de exploração mais de US$ 430 mi". (Valor
Econômico - 29.09.2006) 4 Petrobrás pode disponibilizar mais gás cortando consumo interno O governo
federal poderia disponibilizar até 14 milhões de m3/dia do produto com
a redução do consumo interno da Petrobras. O cálculo é do presidente da
Associação Brasileira de Gás Canalizado (Abegás), Romero Oliveira. "Só
o consumo da Petrobras será de 21 milhões de metros cúbicos em 2011",
lembrou Oliveira. Segundo ele, se a estatal utilizasse óleo diesel em
suas térmicas, haveria uma sobra de 14 milhões de m3/dia de gás para os
consumidores dos outros segmentos. O presidente da Abegás também criticou
a falta de uma política nacional para o gás. Ele disse que o terminal
de regaseificação para processar o GLP de Suape já poderia estar funcionando
hoje, aliviando o mercado consumidor. (Diário de Pernambuco - 28.09.2006)
5 Autorizada a construção de termelétrica no Pará A empresa Usina Siderúrgica de Marabá S/A está autorizada a implantar e explorar, na condição de produtor independente de energia, a termelétrica Usimar, de 10 MW. A usina será construída no município paraense de Marabá e, de acordo com o cronograma aprovado, deverá entrar em operação comercial no dia 16 de maio de 2007. A Agência autorizou ainda a Hidrotérmica S/A transferir autorizações para implantação das PCHs Autódromo e São Paulo para as empresas Autódromo Energética S/A e São Paulo Energética S/A, respectivamente. A usina Autódromo estará localizada entre os municípios de Guaporé e Vista Alegre do Prata, no Rio Grande do Sul, e terá 15,1 MW de capacidade. A PCH São Paulo vai operar com 11 MW de potência e será construída entre os municípios de Guaporé e Nova Bossano, também no Rio Grande do Sul. A Agência determinou ainda que as empresas apresentem até o dia 31 de julho de 2007 a licença ambiental de instalação para fixação de um novo cronograma de implantação das referidas usinas. (Aneel - 28.09.2006) 6 Gordura de frango, a nova fonte de biodiesel A Intech Engenharia & Meio Ambiente, de Florianópolis, produzirá a partir de outubro, num frigorífico de Santa Catarina, 200 litros de biodiesel por hora utilizando a gordura de frangos como matéria-prima. Com essa tecnologia, a empresa, que tem receita bruta média anual de R$ 1 milhão, prevê faturar R$ 2 milhões ao mês. O projeto foi desenvolvido com a participação de um investidor norte-americano e o custo médio de cada unidade produtora deste tipo de biodiesel é de R$ 5 milhões. (Gazeta Mercantil - 29.09.2006)
Grandes Consumidores 1 Votorantim e Camargo Corrêa ganham mais força na Usiminas De sócios
discretos da Usiminas, os grupos Votorantim e Camargo Corrêa tornaram-se
acionistas com forte atuação no processo de reorganização societária da
siderúrgicas. Nas negociações do arranjo, Votorantim e Camargo, juntas,
compraram a parte do Bradesco (2,6%) e acertaram adquirir mais 3% de ações
do bloco da CVRD. A mudança no bloco de controle da Usiminas visou abrir
espaço para a entrada da Vale. O objetivo da mineradora, dona de 23% de
participação, que está fora do bloco controlador, é contribuir em um plano
de expansão da siderúrgica, no Brasil e internacionalmente. Com as duas
aquisições, Votorantim e Camargo vão elevar sua fatia conjunta atual,
de 15,2%, para 20,8% do capital votante da Usiminas, o que corresponderia
a um terço do novo bloco controlador. (Valor Econômico - 29.09.2006) 2 Para Merril Lynch, reestruturação da Usiminas pode melhorar governança Em relatório
recente sobre as siderúrgicas brasileiras, o analista Marcelo Aguiar,
da Merrill Lynch, avalia que a Usiminas poderá aproveitar a reestruturação
societária que se encontra em curso na empresa, a partir da entrada da
Vale do Rio Doce no seu bloco de controle, para implantar um pacote de
excelência de governança corporativa. O banco americano acredita que esta
pode ser uma oportunidade única para tornar o grupo de controle da siderúrgica
mais agressivo em termos de crescimento futuro e em negócios de fusões
e aquisições. De acordo com a amostragem da Merrill Lynch, o papel da
Usiminas é o mais barato do mundo no universo do setor siderúrgico. A
empresa negocia para o ano que vem um preço de sua ação igual a quatro
vezes o lucro estimado para ele em 2007, de cerca de R$ 3 bilhões aproximadamente.
Marcelo Aguiar destaca no relatório que os controladores da Usiminas poderiam
implantar várias regras de excelência em governança. (Valor Econômico
- 29.09.2006) 3 CSN adere ao "nível 1" de governança da Bovespa Está marcada
para 07/12/2006 a adesão da CSN ao Nível 1 de governança corporativa da
Bovespa. Outras medidas de aproximação estão em andamento, como a reformulação
do site de relações com investidores e contato mais estreito com os investidores
pessoa física. As iniciativas fazem parte de um plano de crescimento e
internacionalização, que pretende tornar a CSN uma das quatro maiores
mineradoras do mundo até 2010, com investimentos da ordem de US$ 5,5 bilhões,
que devem triplicar a produção anual de aço. A companhia participa este
ano da Expo Money, evento dirigido a investidores. (Gazeta Mercantil -
29.09.2006) 4 Arcelor amplia vendas ao setor naval Empresa
deverá fornecer 12 mil toneladas de bobinas grossas este ano para os estaleiros.
A Arcelor Brasil começou a comercializar bobinas grossas para a indústria
naval. A empresa, que já fornecia placas de aço para esse setor, prevê
a venda de 12 mil toneladas desse produto para a indústria naval em 2006.
No próximo ano, a siderúrgica espera vender de três a quatro vezes mais
do que o volume estimado para este ano, disse o diretor comercial, Benjamin
Batista. A empresa vai exportar o produto para o Paraguai, a fim de abastecer
estaleiros que constroem barcaças fluviais que descem o Rio Paraguai.
A Arcelor Brasil vai concorrer com a Cosipa e Usiminas. (Gazeta Mercantil
- 29.09.2006) 5 Gerdau descarta fusão com a Corus O grupo
Gerdau informou que está procurando aquisições potenciais, mas descartou
qualquer movimento para fusão com a companhia anglo-holandesa Corus. A
Corus informou que tem mantido discussões preliminares para eventuais
acordos com empresas do Brasil, Índia e Rússia, como parte de sua estratégia
de aumentar sua exposição a centros de produção de aço com baixo custo.
(Jornal do Commercio - 29.09.2006) 6 Cosipar quer parceiros para projeto no Norte A produtora
de ferro-gusa paraense Cosipar está negociando com dois potenciais parceiros
estratégicos para projeto siderúrgico no Norte do país. "Nós vamos produzir
produtos semi-acabados para exportação, tarugos ou placas, dependendo
do parceiro", disse o prsidente da companhia. "A idéia é que o parceiro
assuma parcela da produção de aço para processamento no exterior", acrescentou
o presidente da Cosipar, Luiz Carlos Monteiro. "O parceiro pode ser ou
siderúrgica ou operador vinculado a siderúrgica." A nova usina será localizada
em Barcarena, no Pará, onde Usipar está prestes a começar a produzir ferro-gusa,
matéria-prima da produção de aço. A Usipar vai produzir inicialmente 500
mil toneladas por ano de ferro-gusa no projeto de 150 milhões de dólares.
Em 2008, a empresa deve dobrar a capacidade para 1 milhão de toneladas
por ano, com mais 80 milhões de dólares em investimentos. A maior parte
da produção de ferro-gusa da Usipar será exportada, principalmente para
a América do Norte. (Jornal do Commercio - 29.09.2006) 7 Voith Paper investe em produtividade A Voith
Paper conclui este mês investimentos de R$ 14,3 milhões, feitos no decorrer
do ano fiscal que encerra em setembro, para agilizar o processo produtivo,
reduzir custos e dar maior capacidade para a operação brasileira. A empresa
colocou em operação esta semana uma nova unidade de produção de caixas
(responsável por levar a mistura de água e celulose para as máquinas de
papel ) na qual investiu R$ 4,1 milhões e que significa uma mudança na
estrutura produtiva da companhia, instalada em São Paulo, informou o presidente
da Voith Paper América do Sul, Nestor de Castro Neto. Em outubro a Voith
também coloca em operação uma nova unidade de usinagem para fundição de
cilindros secadores para papel, que darão ao Brasil capacidade para produzir
cilindros com até 12 metros de extensão. A empresa será a única do grupo
capaz de fazer cilindros desse porte. O investimento total nessa operação,
segundo informou Castro Neto, soma R$ 8,1 milhões. (Gazeta Mercantil -
29.09.2006)
Economia Brasileira 1 Investimento volta a ficar mais caro A taxa de investimento do primeiro semestre divulgada pelo IBGE não deve ser motivo de tanta comemoração, já que esse aumento não se deu por expansão do volume de investimento, e sim pelo seu custo. O IBGE reviu os valores do investimento do primeiro trimestre e concluiu que o custo aumentou, dos 2,5% calculados anteriormente para 4,8%. No segundo trimestre, o custo do investimento aumentou mais 3,9%. O investimento voltou, portanto, a ficar mais caro do que se imaginava. A opinião geral dos economistas era de que, com a queda dos juros, o dólar baixo e as isenções tributárias, o investimento fosse aumentar e ficar mais barato. O investimento subiu um pouco, mas o seu custo não baixou, ao menos não como se previa. As razões podem ser várias, entre elas o aumento dos salários. Outro dado importante divulgado pelo IBGE foi o da taxa de poupança que apresentou um recuo para 23,2% no segundo trimestre, abaixo dos 23,9% registrados no mesmo período do ano passado e dos 25% de 2004. A explicação para essa queda está ligada ao aumento do consumo das famílias e do governo. (Folha de São Paulo - 29.09.2006) 2 Inflação menor que prevista gera crítica a BC O comportamento da inflação em 2006 tem sido tão favorável que o BC já diz que não existe nenhuma chance de o IPCA ficar acima do teto de 6,5%. Pelo contrário, o BC vê uma possibilidade de aproximadamente 20% de a alta dos preços ficar abaixo dos 2,5% do piso da meta. Os números foram apresentados por Afonso Bevilaqua, diretor de Política Econômica do Banco. Segundo ele, caso Selic caia para 14% ao ano até dezembro e a cotação do dólar se estabilize em R$ 2,20, o IPCA deve ficar em 3,5%. Para o economista Reinaldo Gonçalves, da UFRJ, "uma política monetária como essa arrebenta qualquer economia". Ele criticou o BC por fixar os juros tendo como base só a inflação, sem considerar também o nível de atividade. "Muitos países crescem mais com a inflação igual à nossa." Carlos Thadeu de Freitas, ex-diretor do BC, afirmou que a economia poderia ter crescido mais caso os juros tivessem caído mais rapidamente, mas ressaltou que a inflação de 2006 surpreendeu e que "a previsão de inflação do BC não foi das melhores". (Folha de São Paulo - 29.09.2006) 3
Com efeito do câmbio, capacidade de financiamento da economia tem queda
4 Nível de atividade cresce 0,6% em São Paulo O Indicador
de Nível de Atividade da indústria de transformação paulista aumentou
0,6% em agosto, na comparação com julho de 2006, com ajuste sazonal. Segundo
pesquisa feita pela Ciesp e Fiesp. Na comparação com agosto de 2005, houve
crescimento de 3,2%. No acumulado do ano e dos últimos 12 meses, a alta
foi de 3,3% e 3,6%, respectivamente. O segmento de produtos metálicos
apresentou queda de 0,8% no período. (Gazeta Mercantil - 29.09.2006) Às 9h52m,
o dólar comercial subia 0,37%, cotado a R$ 2,177 para a compra e a R$
2,279 para a venda. Ontem, a moeda americana recuou 0,69%, para R$ 2,171,
mesmo com uma intervenção do Banco Central no mercado à vista. (O Globo
Online - 29.09.2006)
Internacional 1 Estatal venezuelana vai explorar gás na Bolívia O governo
Hugo Chávez vai se associar à YPFB para buscar petróleo na região norte
do Estado de La Paz. O acordo, que deve ser anunciado em outubro, é o
primeiro passo concreto na parceria entre a estatal venezuelana PDVSA
e a YPFB, anunciada logo após a nacionalização do setor. A região de La
Paz ainda não produz petróleo, mas estudos feitos nas décadas de 70 e
80 pela YPFB apontam indícios da existência de reservas. A exploração
na área, porém, deve enfrentar barreiras ambientais, já que o petróleo
fluiria dentro de um parque natural, protegido por lei. A idéia é que
os bolivianos tenham maioria no consórcio. 'Há um desejo na PDVSA, compartilhado
com o presidente Evo Morales, de participar nos blocos ao norte de La
Paz e talvez no próximo mês estejamos anunciando o início dos procedimentos
formais para entrar nos campos', disse o embaixador venezuelano na Bolívia,
Julio Montes. (O Estado de São Paulo - 29.09.2006) 2 Gás e petróleo causam conflitos diplomáticos entre Rússia e a Geórgia Incidentes
diplomáticos complicam as relações entre a Rússia e a Geórgia. O recente
boom dos preços de petróleo e gás aumentou o poder de barganha da Rússia,
globalmente e com seus vizinhos. O conflito com a Geórgia envolve questões
étnicas, militares e energéticas. Desde que foi empossado, o governo do
presidente Mikhail Saakashvili acelerou a política de aproximação com
o Ocidente. Além de outras desavenças diplomáticas, ocorreu a construção
do oleoduto BTC (Baku-Tbilisi-Ceyhan), ligando o Azerbaijão à Turquia,
via Geórgia, sem passar pelo território russo. O projeto foi anunciado
pela British Petroleum, quando um consórcio russo havia acabado de construir
um oleoduto ligando o entreposto de Tengiz (Cazaquistão) ao porto de Novorosiisk,
no Mar Negro, E outro ligando a Russia à Turquia. Putin contra-atacou,
tomando para si o monopólio da distribuição do gás e petróleo das ex-repúblicas
soviéticas da Ásia Central. (O Estado de São Paulo - 29.09.2006)
Biblioteca Virtual do SEE 1 BERTI, Gerson Pedro. Entrevista. Rio de Janeiro. IFE nº1901. GESEL/IE. 29 de setembro de 2006. Para ler
o texto na íntegra, clique aqui.
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