l IFE: nº 1.896 - 22
de setembro de 2006 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Leilões Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional Biblioteca
Virtual do SEE
Regulação e Reestruturação do Setor 1 Seminário do PNE-2030 debate evolução do mercado de energia O MME, por
meio da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético (SPE),
promoveu nesta quinta-feira (21/09) o seminário técnico "Evolução do Mercado
de Energia a Longo Prazo". O encontro foi o oitavo da série de apresentação
dos estudos preliminares do Plano Nacional de Energia (PNE-2030), promovidos
pelo MME dentro da estratégia de resgate do planejamento com visão de
longo prazo. O presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, apresentou os resultados
preliminares dos estudos de evolução do mercado de energia até 2030, realizados
pela EPE, tendo como base os cenários econômicos nacional e internacional.
Em outubro será realizado o nono e último seminário da série, cujo tema
é "Estratégia da Expansão da Oferta". A previsão é que o relatório final
do PNE-2030 seja colocado em Consulta Pública no mês de novembro próximo.
Para ler apresentação dos estudos preliminares do PNE-2030, clique aqui.
(MME - 21.09.2006) 2 BNDES aprovou financiamentos para transmissão em MG O BNDES
aprovou duas operações de financiamento no âmbito do Programa de Apoio
às Concessionárias de Serviços Públicos de Transmissão de Energia Elétrica.
O valor total dos financiamentos é de R$ 93,2 milhões, sendo R$ 48,4 milhões
para a Companhia Transudeste de Transmissão e R$ 44,8 milhões para a Companhia
Transirapé de Transmissão, ambas no estado de Minas Gerais. O projeto
da Companhia Transudeste, com investimento total de R$ 77,9 milhões, tem
por objetivo a implantação e operação de uma linha de transmissão, interligando
as subestações de Itutinga, de propriedade de Furnas, e de Juiz de Fora,
de propriedade da Cemig, na região sudeste de Minas Gerais. A linha terá
aproximadamente 140 quilômetros de extensão e transportará energia com
tensão de 345 kV. O projeto da Companhia Transirapé, com investimento
total de R$ 64,8 milhões, visa à implantação da subestação Araçuaí 2,
ampliação da subestação Irapé e construção de linha de transmissão de
230 kV, com extensão de aproximadamente 65 quilômetros. As subestações
Araçuaí 2 e Irapé serão interligadas através dos municípios de Berilo,
Virgem da lapa e Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha, região nordeste de
Minas Gerais. (BNDES - 20.09.2006) 3 Aneel recebe representantes do Instituto Regulador do Sector Eléctrico de Angola A qualidade
dos serviços de energia, os contratos de concessão com geradoras, distribuidoras
e transmissoras e as relações comercias entre os agentes do setor e consumidores
são alguns dos temas que serão debatidos em visita técnica à Agência feita
pelo presidente do Conselho de Administração do Instituto Regulador do
Sector Eléctrico de Angola (Irse), Luis Filipe Silva e pelo engenheiro
Luis Mourão Garcês da Silva, um dos administradores do Irse. Os representantes
da instituição angolana serão recebidos pelo diretor-geral da Aneel, Jerson
Kelman, pelos diretores Joísa Campanher e José Guilherme Senna e pelos
superintendentes das áreas técnicas envolvidas. O encontro é a primeira
atividade a ser desenvolvida no âmbito do acordo de cooperação, firmado
em dezembro de 2005, entre a Aneel e o Irse com o objetivo de compartilhar
informações e experiências sobre a regulação do setor de energia elétrica
entre os dois países. (Aneel - 21.09.2006) 4
Aneel lança revista de Pesquisa e Desenvolvimento A Aneel declarou de utilidade pública, para fins de servidão administrativa, áreas de terra necessárias à passagem da faixa de segurança da Linha de Transmissão PCH Buriti - SE Paraíso em favor da empresa Pouso Alto Energia S/A. (Aneel - 21.09.2006) Foram declaradas de utilidade pública pela Aneel, para fins de desapropriação, 6 hectares (ha) de terra em favor da empresa Boca do Monte Energia Ltda., destinados à instalação do acampamento de obras da Pequena Central Hidrelétrica Engenheiro Henrique Kotzian. (Aneel - 21.09.2006) A Aneel declarou de utilidade pública, também para fins de desapropriação, em favor da empresa Santa Fé Energética S/A, área de terra necessária à implantação do túnel de adução e do acesso ao sítio da Pequena Central Hidrelétrica Santa Fé I. A usina localiza-se no município de Comendador Levy Gasparian (RJ) e possuirá 30 MW de potência instalada. (Aneel - 21.09.2006) A página da Aneel na internet (www.aneel.gov.br) oferece um novo mecanismo para distribuição automática das informações inseridas na página principal. Trata-se do Really Simple Syndication (RSS), um leitor de informações padronizado mundialmente que permite ao internauta selecionar os temas de interesse para receber em seu computador, em tempo real, no momento em que os dados forem inseridos no site. (Aneel - 21.09.2006)
Empresas 1 Ações da Eletropaulo são precificadas a R$ 85 As ações
PNB da Eletropaulo foram precificadas a R$ 85 na oferta pública feita
para vender a participação da AES Transgás na companhia. O preço ficou
abaixo da cotação em que o papel fechou dia 21/09/2006 (R$ 86) e dos R$
94 em que estava quando o prospecto preliminar da operação saiu, no início
do mês. A operação vai levantar R$ 1,17 bilhão, cifra que pode ser ainda
maior com o exercício do lote suplementar. (Gazeta Mercantil - 22.09.2006)
2 Multa aplicada a Energipe é mantida pela Aneel A diretoria colegiada da Aneel ratificou a decisão da área de fiscalização da Agência e manteve a multa aplicada à distribuidora Energipe pela retenção de parte do valor do Encargo de Capacidade Emergencial (ECE) que deveria ter sido repassado à Comercializadora Brasileira de Energia Emergencial (CBEE) entre abril de 2002 e fevereiro de 2003. Estabelecida inicialmente em R$ 266,6 mil, a preços de junho de 2003, a multa foi reduzida para 213,2 mil, com as devidas atualizações legais, como resultado da análise do recurso apresentado pela concessionária. A Agência também manteve a multa de R$ 79,3 mil, acrescida da correspondente atualização legal, aplicada a Furnas pelo descumprimento do prazo fixado em 31/05/2004 para conclusão das obras relativas à quarta ampliação da subestação Itutinga, localizada em Minas Gerais; e da 9ª ampliação da subestação Campinas, localizada em São Paulo. A multa corresponde a 0,0016% do faturamento anual da concessionária quando foi autuada, em novembro de 2004. (Aneel - 21.09.2006) No pregão
do dia 21-09-2006, o IBOVESPA fechou a 34.830,08 pontos, representando
uma baixa de 1,04% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$
2,7 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização
de 2,18% fechando a 11.327,23 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o
seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 43,00 ON e R$ 39,30 PNB,
baixa de 2,71% e baixa de 2,00%, respectivamente, em relação ao fechamento
do pregão anterior. Na abertura do pregão do dia 22-09-2006 as ações da
Eletrobrás foram cotadas a R$ 42,68 as ações ON, baixa de 0,74% em relação
ao dia anterior e R$ 39,22 as ações PNB, baixa de 0,20% em relação ao
dia anterior. (Investshop - 22.09.2006) 4
Curtas A Aquarius Energética teve autorização para colocar em operação as geradoras 1 e 2, de 2.100 kW, cada, totalizando 4.200 kW, da PCH Aquarius, localizada nos municípios de Sonora, no Mato Grosso do Sul, e Itiquira, no Mato Grosso. (Agência Canal Energia - 21.09.2006) O diretor-presidente da Light, José Luiz Alquéres, assinou contrato de patrocínio ao Comitê para Democratização da Informática - Regional RJ (CDI - RJ). A empresa investirá na capacitação de educadores, no acompanhamento dos cursos, na manutenção dos equipamentos da rede de 104 Escolas de Informática e Cidadania (EICs) do estado. (Light - 21.09.2006) Foi assinado um Termo de Cooperação com prazo de 12 meses no dia 01/06/2006 entre o Município de Paraty, IPHAN, Furnas, Governo do Estado e a Ampla, no qual o Centro Histórico receberá obras de rede elétrica subterrânea. (Prefeitura Municipal de Paraty - 20.09.2006) A Transsen Aquecedor Solar, empresa do mercado brasileiro de equipamentos solares para banho e piscina, formalizou recentemente a doação de 50 equipamentos para um empreendimento da CDHU - Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano -, órgão do Governo do Estado de São Paulo - em construção no município paulista de Cafelândia, na região de Araçatuba. (APMPE - 24.08.2006)
Leilões 1 Leilão de Energia Nova: Tolmasquim considera "remota" participação de usinas do PR O presidente
da EPE, Maurício Tolmasquim, classificou como "remotas" as possibilidades
de os projetos das usinas hidrelétricas de Salto Grande (53 MW) e Baixo
Iguaçu (350 MW), ambas no Paraná, serem oferecidos no leilão de energia
nova, no dia 10 de outubro. As duas usinas ainda não têm licença ambiental
prévia e, além disso, estão com o processo de licenciamento paralisado
por conta de ações judiciais. Tolmasquim reforçou que as outras quatro
novas usinas que o governo pretende oferecer devem entrar no leilão. São
elas: Barra do Pomba (RJ / 80 MW); Cambuci (RJ / 50 MW); Dardanelos (MT
/ 261 MW); Mauá (PR / 361 MW). (Elétrica - 22.09.2006) 2 Leilão de Energia Nova: edital O edital do leilão de energia proveniente de novos empreendimentos de geração, aprovado esta semana, já está disponível no endereço eletrônico da Aneel (www.aneel.gov.br). Além do edital com as regras de participação no leilão, estão disponíveis os seguintes anexos: Contrato de Concessão de usinas hidrelétricas; Contratos de Comercialização de Energia Elétrica (CCEAR) por quantidade e por disponibilidade; atos autorizativos de pequenas centrais hidrelétricas, de usinas termelétricas, de ampliação de usinas e de importação de energia; Termo de Ratificação do Lance, entre outros documentos. Para ter acesso ao edital, clique aqui. (Aneel - 21.09.2006) 3 Leilão de energia nova realizado em junho ainda não teve resultado ratificado O primeiro
leilão de energia nova de 2006, realizado no dia 28 de junho, ainda não
teve o resultado final ratificado pela Aneel, devido a uma decisão judicial
que impediu a publicação da lista das empresas pós-qualificadas em 26
de julho. O processo ficará paralisado até o julgamento do mérito de liminar
concedida pela Justiça Federal do Rio de Janeiro, em ação impetrada pelas
empresas Morro do Conselho Participações Ltda. e Enatec Engenharia Ltda.
com a finalidade de garantir a participação no leilão. (Aneel - 21.09.2006)
4 Aneel autoriza produtor independente a realizar reestruturação societária A Aurium
Trading Importação e Exportação S/A recebeu autorização da Aneel para
assumir o controle societário do produtor independente Boa Sorte Energética
S/A, detido pelas empresas Crema Participações e Investimentos Ltda.,
Energética São Patrício e J.I. Participações Ltda.. A Aurium passa a deter
50% do controle acionário da empresa, que tem também como acionista a
Nova Vitória Imobiliária e Participações Ltda., com os 50% restantes.
A Boa Sorte Energética S/A é responsável pela exploração da PCH Boa Sorte,
de 16 MW de potência. (Aneel - 21.09.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 EPE: não existe risco de racionamento até 2010 O Conselho
de Energia da Firjan e o Instituto de Economia da UFRJ divulgaram dia
21/09 um estudo alertando para o risco de desabastecimento de energia
no país devido ao período desfavorável de chuvas em 2006 e a situação
dos reservatórios a partir de 2008. Além de propor a adoção de medidas
imediatas, como a expansão da capacidade de geração e alternativas de
remanejamento. Maurício Tolmasquim, presidente da EPE, descartou por completo
a ameaça, garantindo que não existe risco de racionamento até 2010. "A
situação até 2010 é de tranqüilidade", afirmou. "Ao contrário do que indica
o estudo, este ano foi bastante chuvoso tanto no Nordeste como no Sudeste,
e os reservatórios estão em um nível adequado. Houve um problema de seca
no Sul, mas o sistema do Sul é pequeno e não afeta o sistema nacional".
Ele também salientou que como o ano não acabou ainda não se pode saber
se a média de chuva no Sul será muito baixa ou não. "Temos que aguardar
o final do ano", recomendou. "De qualquer forma podemos tranqüilizar a
todos que o nível dos reservatórios atual é suficiente para nos dar uma
tranqüilidade de que no ano que vem não haverá problema e nos demais anos
a oferta existente no sistema é suficiente para que o risco de déficit
seja muito pequeno", afirmou. (Agência Brasil - 21.09.2006) 2 EPE: Consumo deve aumentar 4,5% ao ano até 2030 Segundo a EPE, o consumo de energia elétrica no país deverá aumentar cerca de 4,5% ao ano até 2030, se confirmado um crescimento de 4,1% PIB. Em um cenário com crescimento econômico de 5,1% ao ano, a alta no consumo pode chegar a 5,2% ao ano. Se o crescimento for de 3,2%, estima-se alta de 3,8% n oconsumo. As projeções fazem parte do plano nacional de energia para o longo prazo, até o ano de 2030, divulgado por Maurício Tolmasquim, presidente da EPE. Não foram consideradas no estudo ações de conservação e eficiência energética, que deverão ser implementadas ao longo dos próximos anos a fim de evitar o desperdício. Para este ano, a EPE projeta um crescimento de aproximadamente 4% no consumo. Se confirmadas as estimativas, que tomam como cenário um crescimento de de 4,1% do PIB ao ano, o consumo geral de energia saltará de 346,7 milhões de MWh em 2004, para 1 bilhão de MWh no ano de 2030. Para atender a essa expansão, a potência do parque nacional precisará crescer 3,6 mil MW por ano. (Valor Econômico - 22.09.2006) 3 Chuva faz região Sul reduzir dependência do Sudeste O fornecimento
de energia à região Sul caiu de 65% para 30% da necessidade total. Com
as chuvas, no entanto, o quadro começou a mudar. Segundo boletim do ONS,
o fornecimento já caiu para 30% das necessidades da região. Embora existam
previsões como as do Sistema Meteorológico do Paraná anunciando a chegada
das chuvas a partir da segunda quinzena de setembro, as precipitações
tem sido mais freqüentes e generosas no RS. No Paraná, segundo a Copel,
os reservatórios aumentaram sua capacidade de 30% para 40% e, por isso,
os níveis de geração das hidrelétricas do rio Iguaçu ainda continuam baixos.
Para compensar as deficiências pluviométricas, pelo menos 20% da geração
obtida no Sul ainda está vindo das termoelétricas. O que poderá normalizar
a situação, porém, é o anunciado retorno El Niño. (Gazeta Mercantil -
22.09.2006) 4 Falta de água faz Itá e Machadinho operarem com 30% de capacidade Mesmo com
aumento na freqüência de chuvas, as hidrelétricas de Ita e Machadinho
continuam produzindo energia abaixo da capacidade normal para esta época
do ano. Ambas operam com pouco mais de 30% da capacidade instalada, mas
a queda na produção, não afeta a oferta de energia em Santa Catarina.
A precipitação pluviométrica na bacia do rio Uruguai nos oito primeiros
meses de 2006 está 50% abaixo do nível histórico e, em dois momentos,
as hidrelétricas quase foram desativadas para que o rio não corresse perigo
ambiental. Na maior parte do ano, cada hidrelétrica operou com apenas
uma turbina. (A Notícia - 22.09.2006) 5 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 52,5% O nível
de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 52,5%, apresentando
queda de 0,4% em relação à medição do dia 19 de setembro. A usina de Furnas
atinge 59,9% de volume de capacidade. (ONS - 20.09.2006) 6 Sul: nível dos reservatórios está em 40,3% O nível
de armazenamento na região Sul apresentou alta de 0,1% na capacidade armazenada
em relação à medição do dia 19 de setembro, com 40,3% de capacidade armazenada.
A usina de Machadinho apresenta 23,6% de capacidade em seus reservatórios.
(ONS - 20.09.2006) 7 NE apresenta 64,1% de capacidade armazenada Apresentando
queda de 0,3% em relação à medição do dia 19 de setembro, o Nordeste está
com 64,1% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de Sobradinho
opera com 59,4% de volume de capacidade. (ONS - 20.09.2006) 8 Norte tem 47,1% da capacidade de armazenamento O nível
de armazenamento da região Norte está em 47,1% apresentando queda de 0,4%
em relação ao dia 19 de setembro. A usina de Tucuruí opera com 38,4% do
volume de armazenamento. (ONS - 20.09.2006)
Gás e Termoelétricas 1 Lula propõe negociar crise do gás depois da eleição O presidente Lula disse ontem, em entrevista ao "Bom Dia Brasil" que, depois das eleições, voltará a conversar com o presidente boliviano sobre a crise que envolve os dois países. "Depois das eleições, talvez eu traga o presidente Evo aqui, talvez eu vá à Bolívia. E nós vamos fazer um acordo", assegurou. O presidente confia que a Bolívia terá "a exata noção da importância do Brasil, como temos a exata noção da importância do gás boliviano". Aproveitou para criticar, veladamente, o governo anterior: "Eu gostaria que o Brasil não dependesse do gás boliviano". Enumerou, ainda, as parcerias comerciais em andamento entre os dois países. "Estamos com um projeto de desenvolvimento conjunto, um pólo gás-químico na fronteira. Poderíamos fazer uma hidrelétrica conjunta no rio Madeira. A Bolívia só tem a ganhar na parceria com o Brasil". (Valor Econômico - 22.09.2006) 2 Firjan recomenda uso de termelétrica A Firjan
vai recomendar ao governo que amplie o fornecimento de gás natural para
as térmicas para evitar problemas no suprimento de energia nos próximos
anos. "É preciso preservar os reservatórios das grandes hidrelétricas
para evitar problemas de abastecimento já a partir de 2008. Nós construímos
as térmicas, mas elas não estão operando plenamente devido à falta de
gás natural", disse Adilson de Oliveira, professor do Instituto de Economia
da UFRJ. Para contornar essa situação, Oliveira sugere que o governo já
prepare os grandes consumidores para reduzir o consumo de gás natural,
substituindo-no por outros combustíveis, como o diesel ou óleo combustível.
"Não estou afirmando que vai haver racionamento a curto prazo. Mas uma
indústria precisa de tempo para mudar o seu combustível e, por isso, as
medidas precisam ser tomadas de imediato, já preparando um cenário futuro",
enfatizou. (Jornal do Commercio - 22.09.2006)
Grandes Consumidores 1 Vale fecha contratos de longo prazo com chineses A CVRD anunciou
que fechou dois contratos de longo prazo de fornecimento de minério de
ferro com siderúrgicas chinesas. Foi estendido seu contrato de longo-prazo
com a Beitai Iron & Steel Group, envolvendo o fornecimento de 4,2 milhões
de toneladas de minério de ferro por ano, até 2031. Este é o contrato
de maior duração assinado pela Vale com clientes chineses e o volume pode
ser aumentado para 7,2 milhões de toneladas a partir de 2009. Um novo
contrato de longo prazo foi assinado com a Maanshan Iron & Steel para
fornecimento de minério de ferro de 2007 a 2013. Em 2007 serão fornecidos
7 milhões de toneladas, podendo alcançar 8,3 milhões de toneladas/ano
a partir de 2009. Em termos de volume anual, este é o segundo maior contrato
assinado na história da Vale com clientes chineses. (Valor Econômico -
22.09.2006) 2 Rusal planeja projetos de bauxita no País A Russian
Aluminium planeja investir US$ 16,7 bilhões até 2013 em projetos de energia,
mineração e de alumínio, afirmou o diretor, Pavel Ulyanov. A companhia
está buscando projetos de bauxita no Brasil, Vietnã, Índia, Jamaica e
Venezuela para aumentar a oferta de matéria-prima depois de 2013. A Rusal
pretende passar a Alcoa e também a Alcan para se tornar a maior produtora
mundial de alumínio até 2013, quase dobrando sua capacidade anual para
mais de 5 milhões de toneladas. A Rusal vai investir US$ 6,2 bilhões na
modernização e aquisição de ativos de alumínio, outros US$ 5,2 bilhões
em projetos de energia e mais US$ 4,6 bilhões em bauxita e alumina, bem
como mais de US$ 500 milhões em projetos relacionados ao meio ambiente,
pesquisa e desenvolvimento. A Rusal busca investir em mineração em diversos
países ricos em bauxita. (Gazeta Mercantil - 22.09.2006) 3 Indefinição do cenário econômico barra expansão da Belgo em Minas O projeto
de duplicação da siderúrgica da Belgo em João Monlevade, no Vale do Aço,
Minas Gerais, orçado em US$ 600 milhões, foi colocado em compasso de espera
pela Arcelor Brasil. O motivo é a indefinição do cenário econômico do
país, onde as reformas não avançam e o crescimento não decola. Há uma
série de problemas antes que seja batido o martelo para a ampliação da
produção em João Monlevade, das atuais 1,2 milhão de toneladas anuais
para 2,4 milhões. Entres os obstáculos, a burocracia e a alta carga tributária
do país, que faz com que o investimento em uma siderúrgica pague impostos
antes mesmo do início da produção. O câmbio valorizado também é outro
fator de incerteza. Todos os projetos ainda dependem de detalhamento,
mas a estratégia de crescimento da empresa deverá passar também por aquisições
de siderúrgicas. O planejamento estratégico da Arcelor Brasil prevê elevar
a capacidade de produção de 11 milhões de toneladas por ano para 20 milhões
ao final de 2012. (Tribuna de Minas - 22.09.2006) 4 Formitex anuncia compra da Bandeirante Química O Grupo
Formitex anunciou a compra da distribuidora de produtos químicos Bandeirante
Química, sem revelar o valor da operação. A aquisição permitirá o crescimento
da empresa nessa atividade, além de incrementar as relações com clientes
e fornecedores. A principal vantagem será o aumento da capilaridade do
Grupo Formitex. Outro ganho da aquisição será o aumento do portfólio de
produtos, pois a maioria dos itens comercializados pelas empresas é diferente.
(Valor Econômico - 22.09.2006) 5 RN perde pólo gás-químico para Mato Grosso do Sul O estado
de Mato Grosso do Sul não será contemplado com o pólo gás-químico já que
o governo federal optou por realizar o empreendimento em Corumbá, na fronteira
do Brasil com a Bolívia. Segundo o ex-presidente da Fiern Abelírio Rocha,
os estudos de viabilidade realizados pelo BNDES, pela Abiquim e pela própria
Petrobras indicam que o país só comporta mais uma planta industrial desse
tipo e desde o ano passado a estatal adia a decisão sobre onde realizar
o investimento. O projeto do pólo gás-químico de Corumbá prevê investimentos
de 1,3 bilhão de dólares e está previsto para entrar em funcionamento
no último trimestre de 2009 em Corumbá. Os principais potenciais sócios
do projeto, que tem no comando a Petrobras, são a Copagas, a Repsol, Brasken
e a YPFB. (Tribuna do Norte - 22.09.2006)
Economia Brasileira 1 BC: Resultado de US$ 2,5 bi para todo o ano de 2007 O Banco Central divulgou ontem as primeiras projeções para as contas externas em 2007. Segundo a autoridade monetária, a conta de transações correntes vai registrar superávit de US$ 2,5 bilhões no próximo ano. Se confirmadas as projeções para as transações correntes, o resultado será 78,9% menor do que a projeção para este ano, de US$ 11,9 bilhões. O BC espera saldo positivo na balança comercial de US$ 30 bilhões, 26,8% abaixo da estimativa para este ano, de US$ 41 bilhões. A queda explica-se pela expectativa de crescimento menor das exportações ? 6%, contra 12% deste ano ?, e de alta das importações. A previsão é de expansão de 21% nas compras externas no ano que vem. Outro destaque no relatório é a previsão de crescimento do investimento brasileiro no exterior. Segundo o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, o valor crescerá 40%, para US$ 14 bilhões em 2007. "Isso faz parte do processo de internacionalização das nossas empresas." (Gazeta Mercantil - 22.09.2006) 2 Funcex prevê saldo de US$ 4,2 bi em setembro O superávit comercial deve encerrar setembro 2,7% inferior ao obtido no mesmo mês do ano passado, totalizando US$ 4,2 bilhões, segundo estimativa da Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior (Funcex) em boletim da instituição divulgado ontem. Com isso, o saldo acumulando em 12 meses chegaria a US$ 45,9 bilhões e US$ 33,8 bilhões de janeiro a setembro. Os números preliminares deste mês, até a terceira semana, indicam que a média diária de exportações no período foi de US$ 612,9 milhões, valor que representa um aumento de 21% em relação à média de setembro do ano passado. Já as importações registraram média de US$ 402,5 milhões, com crescimento de 33,8% em relação à média do mesmo mês de 2005. Mantidos estes números até o final do mês, as vendas externas alcançarão o montante de US$ 12,3 bilhões enquanto as importações fecharão em US$ 8,1 bilhões. O boletim da Funcex destaca ainda que, em agosto, apesar das exportações e importações terem registrado recorde, a balança comercial atingiu superávit de apenas US$ 4,5 bilhões, abaixo do recorde de US$ 5,6 bilhões atingido em julho deste ano. Mesmo assim, os resultados acumulados do saldo comercial permanecem significativamente altos, registrando o total de US$ 29,6 bilhões no ano e de US$ 46 bilhões em 12 meses até agosto. (Gazeta Mercantil - 22.09.2006) 3
Superávit chega a US$ 2,1 bi em agosto 4 Investimento externo recua 25% em agosto O fluxo
de investimentos estrangeiros para o Brasil sofreu uma queda no mês passado
e ficou um pouco mais distante das projeções do Banco Central para o ingresso
de capital externo neste ano. Em agosto, o país recebeu investimentos
de US$ 1,182 bilhão, 25% menos do que o valor de julho. Neste mês, segundo
dado parcial fechado ontem pelo BC, empresas estrangeiras haviam investido
US$ 900 milhões, devendo chegar a US$ 1,3 bilhão até a semana que vem.
Confirmada essa expectativa, o ingresso acumulado entre janeiro e setembro
deste ano chegaria a aproximadamente US$ 11,5 bilhões. Pelas projeções
do BC, o país receberia US$ 18 bilhões em investimentos estrangeiros neste
ano. Para isso, seria necessário que, entre outubro e dezembro, os ingressos
fossem de pouco mais de US$ 2 bilhões por mês. O ingresso de investimentos
estrangeiros em ações e em títulos de renda fixa também foi bastante fraco
no mês passado, totalizando só US$ 51 milhões, contra os US$ 640 milhões
de julho. (Folha de São Paulo - 22.09.2006) 5 CNI reduz projeção para o PIB deste ano de 3,6% para 2,9% A CNI rebaixou
suas estimativas de crescimento da produção do setor neste ano e também
do PIB que tinham sido anunciadas no fim de abril. A revisão mais pessimista
é a da própria indústria, que a CNI espera crescer 3,5%, ante os 5% calculados
no início do ano. O PIB deve elevar-se apenas 2,9%, frustrando a expectativa
de variação de 3,7% para 2006. O presidente licenciado da CNI, deputado
federal Armando Monteiro Neto (PTB-PE), admitiu que as revisões feitas
obedeceram ao medíocre crescimento do PIB no segundo trimestre, estimado
pelo IBGE em 0,5% em relação ao período anterior. Mas o pior é que alguns
dados deste terceiro trimestre também foram considerados. "Essa revisão
foi marcada por aquele tombo do segundo trimestre. Não é provável algo
que possa nos levar a pensar em recuperação no segundo semestre, porque
o tombo foi grande e a contribuição do setor externo está começando a
perder força", comentou. (Valor Econômico -22.09.2006) 6 IPCA-15 registra ligeira alta de 0,05% O IPCA-15 aumentou 0,05% em setembro, ante variação positiva de 0,19% em agosto. No ano, o índice acumula alta de 1,92% e nos últimos 12 meses, de 3,69%. Os principais responsáveis pela desaceleração do IPCA-15 foram os grupos transportes ? que passou da alta de 0,23% em agosto para deflação de 0,38% em setembro ? e alimentação e bebidas (de 0,18% para ?0,06%). No primeiro grupo, o destaque ficou por conta dos preços da gasolina (de 0,46% para ?0,38%) e do álcool (de 1,87% para ?2,59%). (Gazeta Mercantil - 22.09.2006) 7
Dólar ontem e hoje
Internacional 1 Investidores estrangeiros apostam em energia na Argentina Investidores
internacionais voltaram os olhos para o setor energético argentino, que,
nos últimos anos, recebeu poucos investimentos. O segundo homem mais rico
do mundo, o americano Warren Buffett e o húngaro George Soros, têm na
mira negócios na área. Buffett busca investir em concessionárias de serviços
públicos em países emergentes. Na Argentina, está interessado no potencial
(e na necessidade) de expansão do setor elétrico -que receberá grande
apoio do governo, que quer escapar a todo custo da crise energética. Soros
deve investir em uma fábrica de biocombustíveis,. O investimento, segundo
o governo argentino, seria de cerca de US$ 300 milhões, podendo chegar
a US$ 500 milhões. Ontem, a Occidental Petroleum confirmou que duplicará
seus negócios na Argentina nos próximos cinco anos. O governo Kirchner
já ameaça as concessionárias petroleiras do país que não têm feito investimentos
nas áreas cedidas para explorar petróleo e gás -há 18 concessões à prova.
(Folha de São Paulo - 22.09.2006) 2 Paraguai nega acordo com Argentina para entrega de usina Autoridades
desmentiram que o presidente uruguaio, Nicanor Duarte, tenha se comprometido
com o argentino, Néstor Kirchner, sobre a entrega de energia produzida
pela represa hidroelétrica binacional Yacyretá. "Absolutamente não se
está entregando a soberania nacional. O Paraguai tem direito a 50% dessa
energia, e fará valer isso na medida de suas necessidades", disse Martín
González, chefe do setor elétrico estatal. A dívida da represa com o Tesouro
da Argentina alcança US$ 10,7 bilhões. Os especialistas e a oposição do
Paraguai sustentam que o presidente paraguaio não deve aceitar a dita
dívida como paraguaia, e alegam que a mesma foi gerada pelos juros acumulados
com a paralisação das obras, atribuídas a governos argentinos anteriores.
No entanto, o presidente da Administração Nacional de Eletricidade do
Paraguai informou que a proposta da Argentina pretende dar uma solução
definitiva para o vultoso passivo da Yacyretá com seu Tesouro. O presidente
da Argentina e Duarte prometeram revelar dentro de 30 dias algo mais sobre
o teor do acordo. (Gazeta Mercantil - 21.09.2006) 3 Países da UE são grandes importadores A dependência energética da União Européia atingiu 56,2% de seu consumo em 2005, contra 53,9% do ano anterior, informou ontem o escritório de estatística Eurostat. Os dados da última década mostram que a UE manteve uma tendência constante de aumento de sua dependência energética desde 1995, quando era de 44%. O Reino Unido, por exemplo, passou a ser um importador em 2004 após mais de uma década como exportador de energia Entre 1995 e 2004, o consumo de energia da UE aumentou 11%, a produção caiu 2% e as importações aumentaram 29%. O Eurostat destacou o alto índice de dependência dos países principais da UE - Alemanha (65,1%), França (54,5%), Espanha (85,1%) e Itália (86,8%). (Gazeta Mercantil - 22.09.2006) 4
Egito quer desenvolver energia nuclear
Biblioteca Virtual do SEE 1 ANEEL. Edital de Leilão número 004/2006. Brasília, setembro de 2006 Para ler
o texto na íntegra, clique aqui. 2 EPE. Plano Nacional de Energia 2030 - Seminários Temáticos Projeções do Consumo Final de Energia. Brasília, setembro de 2006 Para ler
apresentação dos estudos, clique aqui.
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
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do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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