l IFE: nº 1.893 - 19
de setembro de 2006 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Reestruturação do Setor 1 BNDES liberou R$ 14,4 bi para setor elétrico em 3 anos Nos últimos
3 anos e meio, o BNDES já destinou R$ 14,4 bilhões ao setor elétrico,
com destaque para a área de geração, que obteve R$ 9,3 bilhões no período.
Segundo Nelson Siffert, da área de infraestrutura do banco, de 2003 a
agosto de 2006, a instituição acumula 118 projetos de energia elétrica
aprovados, sendo 81 para o setor de ,16 na área de distribuição e 21 destinados
à transmissão. "No total, são 11,3 mil MW garantidos pelos projetos já
aprovados pelo BNDES", enfatizou. Além disso, o BNDES está próximo de
aprovar a liberação de mais 51 projetos ligados ao setor elétrico, o que
resultará no repasse de mais R$ 8,3 bilhões. Dos 51 empreendimentos em
análise, 30 são projetos de geração, 8 de distribuição e 13 de linhas
de transmissão. São esperados mais 3,171 mil MW. Levando em conta os projetos
hídricos previstos no PDEE 2006-2015, o BNDES já aprovou o financiamento
de 13 usinas, num universo de 85 empreendimentos esperados para até 2015.
"Até o fim do ano, a expectativa é de que seja liberado o apoio financeiro
para mais 4 usinas", disse. Assim, o País terá, no final de 2006, 17 hidrelétricas
financiadas pelo banco, o equivalente a 6,691 mil MW. O banco ainda prevê
destinar recursos para o projeto do Rio Madeira , que prevê a construção
de duas usinas, com início de operação a partir de 2011 e investimentos
totais de R$ 20 bilhões. (Gazeta mercantil - 19.09.2006) 2 Aneel vai aprimorar 2º ciclo de revisão tarifária A Aneel
pretende ser mais transparente, priorizar e reforçar a fiscalização em
empresas do setor de distribuição através do Aprimoramento do 2º Ciclo
de Revisão Tarifária. A informação é do diretor geral da agência, Jerson
Kelman. A partir de março de 2007, serão feitas revisões para verificar
os impactos de avaliação em 61 empresas de distribuição. Existe atualmente
uma preocupação com temas como perdas técnicas, inadimplência e eficiência
na prestação do serviço, cujos dados as empresas são obrigadas a apresentar
à Aneel a cada quatro anos. Para melhorar o processo, agência propôs a
exclusão de um componente do cálculo do Fator X, utilizado para medir
a eficiência das distribuidoras. Esse componente, denominado Xc envolve
a percepção do consumidor sobre o serviços das distribuidoras, através
de um índice de satisfação. O Xc, segundo a proposta seria substituído
por outros índices de qualidade, já aplicados pela Aneel. (Elétrica -
18.09.2006) 3 Aneel quer criar até 2007 "empresa de referência" O diretor-geral
da Aneel, Jerson Kelman, informou que o processo de contratação de uma
consultoria, que será responsável pela formatação da chamada empresa de
referência, deverá estar concluído até outubro. A criação de uma empresa
de referência é importante porque ela será usada para definir alguns parâmetros
como banco de dados sobre salários e materiais elétricos. Isso permitirá
a criação de um parâmetro de custo, que norteará, por exemplo, a discussão
a respeito do segundo ciclo de revisão tarifária que começa no próximo
ano. "Esperamos que os dados dessa empresa já possam ser usados em março
de 2007, quando faremos a primeira negociação do ciclo de revisão tarifária",
informa Kelman. No ano que vem, a primeira discussão de uma lista de sete
empresas acontecerá com a Coelce. No total, entre 2007 e 2010, o processo
de revisão tarifária atingirá 61 distribuidoras. (Valor Econômico - 19.09.2006)
4
Aneel estuda aperfeiçoamento de critérios para baixa renda 5 Projeto de lei destina royalty do setor energético à preservação Estados
e municípios que recebem royalties pela exploração de petróleo, gás natural,
recursos hídricos ou outros destinados à produção de energia de qualquer
natureza poderão ser obrigados a utilizar 40% dessa compensação na preservação
do meio ambiente. É o que propõe o Projeto de Lei 7164/06, do deputado
Ary Kara (PTB-SP). De acordo a lei 7990/89, o aproveitamento de recursos
hídricos, para geração de energia elétrica, e de recursos minerais leva
a uma compensação financeira para os estados e municípios - ou para o
Distrito Federal - onde ocorre a exploração. A Lei 9648/98 determina que
essa compensação seja de 6,75% do valor da energia elétrica produzida
a partir de recursos hídricos. Os estados recebem 45% desse montante,
e os municípios, outros 45%, segundo a Lei 8001/90. O projeto tramita
em regime de urgência, apensado ao PL 2043/03, do deputado Eduardo Paes
(PSDB-RJ), que obriga estados e municípios a aplicar 20% da arrecadação
dos royalties do petróleo em ações ambientais, excluídas as despesas de
custeio. As propostas devem ser analisadas pela Comissão de Constituição
e Justiça e de Cidadania antes de ir ao Plenário. (Elétrica - 18.09.2006)
6 CE desponta na geração de energia limpa Com 2.800
horas de sol por ano, 573 quilômetros de costa e as melhores condições
de ventos no País, o Ceará desponta no cenário mundial de geração de energia
por meio de fontes alternativas. Somente em projetos de geração eólica,
o Estado deve receber, até 2008, aporte de 500 milhões de euros, cerca
de R$ 1,363 bilhão (pela cotação de 15 de setembro). Serão implantados
14 parques eólicos no litoral cearense que, quando estiverem funcionando,
vão gerar energia superior a 500 MW. Além destes, há parcerias de pesquisa
e projetos-pilotos com usinas de ondas e geração solar. Os projetos em
execução - contemplados no Proinfa -, representam investimento de um milhão
de euros por MW instalado. (Diário do Nordeste - 18.09.2006) 7 Peixe Angical entra em operação comercial integral O terceiro e último conjunto gerador da Usina Peixe Angical entrou em operação comercial em 16/09/2006. Peixe Angical impactará positivamente no Ebitda da Energias do Brasil e esse incremento já poderá ser observado no resultado do terceiro trimestre da empresa. Até o final do ano, o valor pode chegar a R$ 200 milhões na geração operacional do caixa do Grupo. Do total de R$ 1,6 bilhão investidos na construção da usina, R$ 670 milhões foram financiados pelo BNDES e um pool de bancos. Além da entrada em operação de Peixe Angical, que representará contribuição significativa para a geração de caixa da Energias do Brasil, o Grupo prevê, também para o segundo semestre, o funcionamento da quarta máquina de Mascarenhas - cuja capacidade passará de 131 para 181 MW - e da PCH de São João, com potência de 25 MW, ambas localizadas no ES. (Energias do Brasil - 18.09.2006) 8
Curtas
Empresas 1 Empresas elétricas: receita aumenta, mas o lucro cai As 23 empresas
do setor elétrico que atuam na área de distribuição de energia registraram
lucro líquido de R$ 2,7 bilhões no primeiro semestre deste ano, o que
representou queda de 8,7% em relação ao resultado obtido em igual período
do ano passado, de R$ 3 bilhões, segundo balanço especial divulgado durante
o III Painel Setorial de Energia Elétrica. A receita operacional líquida
do setor subiu 2,8% no período, para R$ 27,5 bilhões, em relação aos R$
26,8 bilhões obtidos nos primeiros seis meses de 2005. O Ebtida também
registrou aumento, saltando de R$ 5,9 bilhões para R$ 6,1 bilhões, um
acréscimo de 2,8%. Já o nível de endividamento das 23 empresas da área
de distribuição, de acordo com o balanço geral, apresentou retração de
14%, de R$ 34,5 bilhões, no primeiro semestre de 2005, para R$ 29,6 bilhões,
nos primeiros seis meses de 2006. O patrimônio líquido atingiu R$ 25,4
bilhões no primeiro semestre, ante os R$ 22,9 bilhões em igual intervalo
de 2005, aumento de 10,8%. Ainda segundo o balanço, a energia faturada
do setor caiu 2% no mesmo período de comparação. A redução é atribuída,
sobretudo, à saída de consumidores livres. (Gazeta Mercantil - 19.09.2006)
2 Eletrobrás planeja ter ADR nível 2 Até o final do mês a Eletrobrás vai entregar toda a documentação necessária à SEC para que seus ADRs subam de patamar na Bolsa de Valores de Nova York. O objetivo ao elevar seus papéis do nível 1 para o nível 2 é impulsionar a classificação de suas ações, o que naturalmente vai possibilitar à empresa melhores condições na hora de tomar dinheiro para viabilizar seus investimentos. Ela está negociando um importante empréstimo para construção de PCHs em Santa Catarina. Espera-se que a operação esteja concluída até o fim do ano. Caso a aprovação na SEC ocorra como esperado, a Eletrobrás terá uma grande chance de comprovar os benefícios de ter ADRs nível 2. Isso porque a estatal está negociando com o banco alemão KFW um financiamento de 40 milhões. Os recursos serão usados para erguer quatro PCHs no Estado de Santa Catarina. Juntas, teriam capacidade instalada de 50 MW. (Valor Econômico - 19.09.2006) 3 Cemig estuda nova aquisição até o final do ano O superintendente
da Cemig, Luiz Fernando Rolla, disse que a empresa estuda realizar nova
aquisição no setor elétrico. Segundo ele, o ativo a ser adquirido seria
do segmento de geração. A Cemig, que pretende fechar 2006 com investimentos
de R$ 2 bilhões, já investiu cerca de R$ 500 milhões. O executivo contou
ainda que o crescimento do parque gerador da Cemig pode ocorrer por meio
da Light, tanto através de aquisições, quanto por leilões de energia nova.
No entanto, nenhuma medida nesse sentido ocorreria no curto prazo. A Cemig
também continua analisando a realização de investimentos em novos projetos
de geração. Dos seis ativos a serem ofertados no leilão de energia nova
- caso as três outorgas do Paraná sejam licitadas - , a Cemig manifestou
interesse em três usinas: Dardanelos (261 MW), Cambuci (50 MW) e Barra
do Pomba (80 MW). (Agência Canal Energia - 18.09.2006) 4
Cemig põe uma vila residencial à venda 5 Equatorial vai disputar distribuidoras no NO e NE As distribuidoras
de energia que foram federalizadas pela estatal Eletrobrás estão na mira
da Equatorial Energia. A expectativa do executivo Octavio Pereira Lopes,
é que esses ativos sejam colocados à venda no ano que vem. A companhia
terá 100% das ações no mercado em no máximo 10 anos, hoje 40% estão nas
mãos da Brasil Energia. Para viabilizar a estratégia, a Equatorial, usará
os R$ 540 milhões que conseguiu na Bovespa. (Valor Econômico - 19.09.2006)
6 Empresas investem em programas de eficiência A Aneel
aprovou os programas de eficiência energética de cinco empresas para o
ciclo 2005/2006. Segundo despachos publicados no DOU, a Elektro investirá
R$ 13 milhões. O valor corresponde a 0,5% de receita operacional líquida,
no valor de R$ 2 bilhões. A CPFL Piratininga aplicará recursos no valor
de R$ 5 milhões oriundos de 0,25% de sua receita líquida. Já a Cepisa
e a CFLO irão destinar R$ 2 milhões e R$ 262 mil respectivamente, para
programas de eficiência. A CPFL Paulista investirá R$ 22 milhões. O montante
equivale a 0,5% de receita líquida, no valor de R$ 4 bilhões. (Agência
Canal Energia - 18.09.2006) No pregão
do dia 18-09-2006, o IBOVESPA fechou a 36.482,78 pontos, representando
uma alta de 0,86% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 2,23
bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 1,38%
fechando a 11.970,20 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte
comportamento: ficaram cotadas a R$ 45,50 ON e R$ 42,29 PNB, alta de 0,44%
e alta de 1,78%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior.
Na abertura do pregão do dia 19-09-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas
a R$ 45,48 as ações ON, baixa de 0,04% em relação ao dia anterior e R$
42,19 as ações PNB, baixa de 0,24% em relação ao dia anterior. (Investshop
- 19.09.2006) A Eletrobrás inaugura a Universidade Coporativa do Sistema Eletrobrás. A Unise tem como objetivo estimular a aprendizagem contínua da força de trabalho das empresas do grupo. Serão oferecidos cursos presenciais e à distância, via internet. (Agência Canal Energia - 18.09.2006) O deputado Carlos Brito (PDT) apresentou projeto de lei obrigando a Rede Cemat a detalhar a conta de energia elétrica por meio de tabelas, as faixas de incidências das alíquotas do ICMS. Pela proposta, o imposto terá um local específico e destacado na fatura. (Elétrica - 18.09.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Horário de verão começa em novembro O MME ainda
vai discutir a data de início do horário de verão com o TSE, mas o ministro
Silas Rondeau disse que neste ano os relógios serão adiantados no início
de novembro, a partir da 0h do domingo dia 5. A medida vai atingir dez
estados brasileiros. Normalmente, o horário de verão tem início em meados
de outubro, mas se ocorrer enre um turno e outro, pode gerar complicações
no sistema eleitoral devido à reprogramação das urnas. Segundo Rondeau,
a tendência é adiar o horário de verão porque a sua antecipação poderia
prejudicar a população. (PI - 19.09.2006) 2 RS produz 70,55% da energia que consome O Rio Grande do Sul ultrapassou dia 15/9 o número 2 mil na produção de energia. Neste dia, conforme o ONS, o RSl produziu 2.107,1 MW médios, ou 70,55% do total da carga que consome, um dos mais altos índices de 2006. Neste dia, o RS importou apenas 879,6 MW médios, 50% abaixo da média de agosto. No dia 15, foram consumidos 2.986,7 MW médios, o que representa 5,79% do Brasil e 35,40% da região Sul. A geração interna média do estado, atingiu dia 15/9 a taxa de 70,55%. (Elétrica - 18.09.2006) 3 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 53,6% O nível
de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 53,6%, apresentando
queda de 0,2% em relação à medição do dia 16 de setembro. A usina de Furnas
atinge 61,4% de volume de capacidade. (ONS - 17.09.2006) 4 Sul: nível dos reservatórios está em 40,3% O nível
de armazenamento na região Sul apresentou alta de 0,3% na capacidade armazenada
em relação à medição do dia 16 de setembro, com 40,3% de capacidade armazenada.
A usina de Machadinho apresenta 29,7% de capacidade em seus reservatórios.
(ONS - 17.09.2006) 5 NE apresenta 65,3% de capacidade armazenada Apresentando
queda de 0,2% em relação à medição do dia 16 de setembro, o Nordeste está
com 65,3% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de Sobradinho
opera com 61% de volume de capacidade. (ONS - 17.09.2006) 6 Norte tem 49,2% da capacidade de armazenamento O nível
de armazenamento da região Norte está em 49,2% apresentando alta de 0,7%
em relação ao dia 16 de setembro. A usina de Tucuruí opera com 39,4% do
volume de armazenamento. (ONS - 17.09.2006)
Gás e Termoelétricas 1 Morales nega confisco e diz que Brasil é "um aliado" O presidente da Bolívia, Evo Morales, negou que a resolução assinada na semana passada pelo então ministro dos Hidrocarbonetos, Andrés Soliz Rada, de retenção das receitas da Petrobras fosse um confisco. "Jamais iremos confiscar", disse Morales em entrevista à rede de TV americana CNN, de acordo com a agência estatal boliviana de notícias. Morales afirmou que a nacionalização das reservas de hidrocarbonetos do país, decretada no dia 1º de maio deste ano, tem o objetivo de recuperar a propriedade dos bolivianos sobre os hidrocarbonetos, mas em nenhum caso confiscar propriedades de petrolíferas estrangeiras. Sobre a negociação com o Brasil para o reajuste do preço gás natural que é exportado ao país, Morales afirmou que aos poucos serão resolvidas as diferenças sobre aspectos técnicos, uma vez que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva é "um irmão mais velho, e o Brasil é um país aliado". (Folha de São Paulo - 19.09.2006) 2 Bolívia diz que não se "dobrará" à Petrobras Considerado
mais moderado que seu antecessor, o ministro dos Hidrocarbonetos da Bolívia,
Carlos Villegas, deu sinais de que não haverá mudanças no processo de
nacionalização. Ele afirmou ontem que foi "congelada" a resolução da semana
passada que confiscava as receitas das duas refinarias da Petrobras no
país, mas disse que ela "será aplicada". Segundo o ministro, que substituiu
Andrés Soliz Rada, a estatal brasileira "não dobrará" o governo boliviano
nas negociações. Ele não deu o prazo para que a medida entre em vigor.
"A decisão fundamental foi congelar, não anular, colocá-las entre parênteses,
para criar condições auspiciosas com a Petrobras", disse em La Paz. "Com
o Brasil vamos iniciar uma negociação que tem que dar os resultados que
o povo da Bolívia espera. Não haverá pontos intermediários nessa postura,
preços e volumes devem realmente beneficiar o conjunto do país." (Folha
de São Paulo - 19.09.2006) 3 Zimmermann: "não há espaço para elevações do gás" O preço
que o Brasil está pagando pelo gás natural da Bolívia já está próximo
ao vigente no mercado internacional e não há espaço para novas elevações
a curto prazo. A avaliação é do secretário de Planejamento e Desenvolvimento
do MME, Márcio Zimmermann. Segundo ele, o preço "na fronteira" para o
gás boliviano está em US$ 4,70 por milhão de BTU (unidade de medida do
poder calorífico), além de US$ 1,80 referente ao transporte. "Com isso,
o preço chega aos US$ 6,50 por milhão de BTU, enquanto os preços no mercado
internacional estão entre US$ 6,50 e US$ 6,70 por milhão de BTU", comparou.
Zimmermann considera que "faltou maturidade" aos dirigentes da Bolívia
ao exigirem reajustes acentuados para o preço do combustível. "Quando
o gás atingiu US$ 14 por milhão de BTU, no fim do ano passado, a Bolívia
considerou que os preços que vendia ao Brasil estavam baixos. Só que foi
um momento específico e desde então os preços caíram muito". Segundo ele,
se o gás boliviano subir muito viabilizará outros recursos. "A partir
de US$ 8 por milhão de BTU, o óleo combustível fica mais interessante
que o gás natural", avaliou. (O Estado de São Paulo - 19.09.2006) 4 Governo autoriza linha de crédito para financiar usinas de biodisel O Art. 3°
da Lei Complementar Nº 140, que versa sobre os fundamentos da MT Fomento,
ganhou uma nova atribuição. Trata-se de um 'Inciso' que garante a abertura
de linha de crédito para a instalação de usinas de biodiesel no Mato Grosso.
A lei complementar (Nº 253 de 14 de setembro 2006), de autoria do deputado
José Riva (PP), foi sancionada pelo governo do Estado e publicada no Diário
Oficial (D.O.E) na edição Nº 24433, de quarta-feira (14/09) passada. A
regra para operacionalização das linhas de crédito na produção e refinamento
de biocombustíveis equivale às usinas com capacidade produtiva de 80 a
8.000 litros por dia. Riva, parlamentar progressista, entre outras defesas
para a geração de emprego e renda, tem intensificado sua ação neste segmento
por considerar uma saída na composição da economia, através de investidores
ecologicamente corretos. (24 horas News - 18.09.2006) 5 Celg investir no setor sucroalcooleiro O estado de Goiás se prepara para viver o "boom" do setor sucroalcooleiro, depois de ter passado pela explosão do agronegócio e, mais recentemente, do segmento de mineração. A afirmação foi feita por André Rocha, presidente da Celg. Ele prevê investir R$ 1 bilhão no estado até 2010. "A maior parte desse valor será destinada para a expansão de linhas de transmissão, investimento necessário para acompanhar o crescimento do consumo de energia elétrica motivado pela entrada de novas usinas no estado", afirmou. Existem atualmente 38 projetos para instalação de usinas sucroalcooleiras no estado. Atualmente, existem 15 usinas de açúcar e álcool no estado. De acordo com Rocha, duas usinas recém-instaladas já começam a moer os primeiros lotes de cana e farão o estado dobrar a capacidade de moagem, atualmente de 10 milhões de toneladas. A infra-estrutura do estado, além dos investimentos em transmissão, será reforçada pelo projeto de alcoolduto previsto pela Petrobras. Além da produção de álcool, as novas usinas instaladas no estado terá capacidade para fornecer 200 MW com projetos de cogeração a partir do bagaço da cana. (Gazeta Mercantil - 19.09.2006) 6 Eletronuclear está pronta para construir Angra 3 "Assim que o governo federal decidir, a Eletrobrás Termonuclear está pronta para construir Angra 3". A afirmação foi feita pelo presidente da empresa, Othon Luiz Pinheiro da Silva. Para ele, o sistema hidrelétrico continua sendo prioridade no Brasil, mas não se pode desprezar a quantidade de recursos disponíveis no país para aumentar a capacidade de geração de energia e proporcionar outras fontes de energia. Segundo Silva, a energia de origem nuclear é segura, barata, e a fonte primária, o urânio, existe em abundância no país. "O importante é não faltar energia e o governo está tomando essa providência", afirmou. (Agência Brasil - 18.09.2006)
Grandes Consumidores 1 Braskem já cogita usar etanol para fazer plástico Na última
reunião de apresentação de resultados da Braskem, o presidente da empresa,
José Carlos Grubisich, falou pela primeira vez aos acionistas sobre a
possibilidade de construir, no futuro, uma fábrica para produzir plástico
a partir do etanol. A empresa já teve uma fábrica desse tipo no passado,
mas teria de atualizar a tecnologia de produção para entrar nesse mercado.
Para a Braskem, essa é uma decisão de longo prazo, pois exige cautela
e planejamento. O preço do etanol ainda é alto perto do petróleo e há
o temor de faltar matéria-prima no período de entressafra da cana. O exemplo
da Braskem é um bom indicador dos novos tempos. "As empresas químicas
não pensam no curto prazo. Algumas já estão fazendo a migração porque
estão calculando o preço do petróleo daqui a quinze anos", diz Fernando
Reinach, presidente do conselho da CanaVialis, empresas de biotecnologia
do grupo Votorantim. (O Estado de São Paulo - 19.09.2006) 2 IP e Votorantim prontas para concluir acordo O Grupo
Votorantim e a International Paper, maior produtor mundial de papel e
celulose, tem tudo pronto para anunciar o fechamento de um negócio avaliado
em cerca de US$ 700 milhões no Brasil. A International Paper está vendendo
suas florestas no município de Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul para
a Votorantim Celulose e Papel (VCP). O negócio inclui uma área de 100
mil hectares plantada com eucaliptos, além do projeto de uma fábrica de
produção de celulose e as licenças ambientais para tocar o projeto. Ali,
o Grupo Votorantim pretende montar uma fábrica e produzir 1,5 milhão de
toneladas de celulose por ano. O pagamento à International Paper deverá
ser feito com uma troca de ativos. A Votorantim deverá ceder para a IP
uma fábrica de papéis não-revestidos e embalagens na cidade de Luiz Antônio,
no interior de São Paulo. (O Estado de São Paulo - 19.09.2006)
Economia Brasileira 1 Balança registra superávit semanal de US$ 1,2 bi A balança comercial alcançou na terceira semana (11 a 17) de setembro saldo positivo de US$ 1,2 bilhão, resultado de US$ 3,1 bilhões em exportações contra US$ 1,8 bilhão em importações, segundo dados do MDIC. No acumulado do mês, o superávit comercial está em US$ 2,1 bilhões, com exportações de US$ 6,1 bilhões e importações de US$ 4,0 bilhões. No ano, o saldo da balança está em US$ 31,7 bilhões, representando crescimento de 2,39% na comparação com o mesmo período de 2005. As exportações acumulam US$ 94,2 bilhões, alta de 15,2%, enquanto as importações somam, no acumulado do ano, US$ 62,5 bilhões, 23% maior que o registrado no mesmo período de 2005. O ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento) admitiu que o saldo da balança neste ano poderá ultrapassar o recorde de 2005, que foi de US$ 44,764 bilhões. (Folha de São Paulo - 19.09.2006) 2 Meta do superávit primário deve baixar em 2007 O governo ainda deverá fechar este ano com superávit primário de 4,25% do PIB, mas será muito difícil mantê-la em 2007 e 2008. O aumento dos gastos correntes devem comprometer a meta de superávit, principalmente se houver aumento do salário mínimo em 2007. Caio Megale, sócio da Mauá Investimentos, fez as contas e chegou à conclusão de que a única saída para o governo será baixar um pouco a meta. "As contas estão ficando muito difíceis de serem fechadas", diz.Para ele, o governo terá até argumentos convincentes para justificar essa redução. Se, por exemplo, a meta baixar para 3,75% do PIB, a relação dívida/PIB irá continuar em queda em razão da redução dos juros. A relação dívida/PIB, que hoje está em 50% do índice, cai para 44% do PIB em 2010.O governo também pode argumentar que estaria baixando o superávit primário para aumentar os investimentos públicos, embora o objetivo seja mesmo o de cobrir os rombos deixados pelos aumentos das despesas. (Folha de São Paulo - 19.09.2006) 3
Dólar ontem e hoje
Internacional 1 Argentina troca dívida paraguaia por energia Apesar de
negar a existência de crise energética na Argentina, o presidente Néstor
Kirchner, que está em Nova York, acertou ontem com o presidente paraguaio,
Nicanor Duarte Frutos, o recebimento por 40 anos de 8.000 gigawatts-hora
anuais de energia elétrica como pagamento de dívida de US$ 11 bilhões
que o Paraguai tem com a Argentina. A informação foi dada pelo ministro
do Planejamento argentino, Julio De Vido, que afirmou, após a reunião
entre os dois presidentes, que foi fechado um acordo de cavalheiros. Nada
foi colocado no papel, segundo o ministro. (Folha de São Paulo - 19.09.2006)
A espanhola
Endesa anunciou a compra de uma participação majoritária em duas centrais
de geração na Itália. A Endesa adquiriu 58,35% das sociedades Centro Energia
Teverola e Centro Energia Ferrara, proprietárias das unidades industriais,
por 116 milhões de euros (US$ 146 milhões). Os empreendimentos contam
com uma potência de 150 MW cada e uma produção anual em torno de 2.000
GWh. (Valor Econômico - 19.09.2006)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
|