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IFE: nº 1.892 - 18 de setembro de 2006
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Tolmasquim: Complexo Madeira já é quase uma realidade
2 FGV: Complexo Madeira é um desafio
3 Nivalde de Castro: Complexo Madeira pode desenvolvido através de um possível consórcio
4 Preço da energia limita migração de clientes ao mercado livre
5 Curtas

Empresas
1 Abradee: distribuidoras perdem R$ 6 bi com inadimplência
2 Transmissoras pagam R$ 59 mi em encargos setoriais
3 Endesa retoma investimentos no Brasil
4 Eletrobrás e Unesp montam laboratório de eficiência energética industrial
5 Consumidor de MS paga até 61% a mais pela energia, diz Semy
6 CPFL Paulista investe R$ 9 mi em P&D
7 RGE divulga Programa de Eficiência Energética para o Ciclo 2006/2007
8 Cotações da Eletrobrás

9 Curtas

Leilões
1 Leilão de energia nova: MME define garantia física de novas hidrelétricas
2 Leilão de energia nova: PCHs do RS vão participar de leilão

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Consumo de energia elétrica cresce 2,6% em julho
2 Norte apresenta maior aumento no consumo em julho
3 Atacado no maior preço desde o racionamento

4 Preço Spot - CCEE


Gás e Termelétricas
1 Encontro otimista no sábado
2 Novo ministro da Bolívia mantém prazo para acordo
3 IBG quer produzir hidrogênio combustível a partir etanol

Grandes Consumidores
1 Schulz estuda nova fábrica no Brasil
2 Cresce produção de resina

Economia Brasileira
1 Mantega faz críticas ao ritmo do FMI
2 Mantega "Não sei se chegaremos a 4%"

3 BNDES libera 26% a mais para exportação
4 Focus: Mercado projeta crescimento de 3,11% PIB de 2006
5 Focus: Analistas esperam IPCA de 3,23% em 2006
6 FGV: IPC-S sobe 0,30%
7 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Holanda constrói usina eólica em alto mar

Biblioteca Virtual do SEE
1 Aneel. Portaria n 246. Brasília: setembro de 2006

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Tolmasquim: Complexo Madeira já é quase uma realidade

O Ibama já aprovou - após uma série de alterações - o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) do Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira, liderado por Furnas e Odebrecht e considerado o mais audacioso depois de Itaipu (PR), a começar pelo investimento inicial - em torno de R$ 20 bilhões. Para Maurício Tolmasquim, presidente da EPE, o aval do Ibama dado na semana passada mostra que Complexo Madeira "já é quase uma realidade". O presidente da EPE acredita que o sinal verde para a construção das duas hidrelétricas ocorrerá em outubro de 2007, com o início das atividades já em 2011. "Com a autorização da licença de operação, que deve sair nos próximos seis meses, a contar da conclusão das audiências públicas que vão ocorrer em 45 dias, poderemos pensar no início das obras", afirma. As duas hidrelétricas do Madeira - em discussão desde 2001 - estão incluídas no Plano Decenal de Expansão de Energia Elétrica, recentemente aprovado pelo MME. (Gazeta Mercantil - 18.09.2006)

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2 FGV: Complexo Madeira é um desafio

Gorete Paulo, consultora da Fundação Getúlio Vargas (FGV), é uma das analistas que vêem a decisão do Ibama e do projeto do Complexo Madeira com muita cautela. "O governo, por meio de Furnas, não tem capacidade para tocar o empreendimento sozinho. Já os empreendedores estão analisando os riscos do projeto e, neste momento, o que eles não querem é correr riscos", diz. Ainda de acordo com a consultora, tradicionalmente, as obras de geração estão sujeitas a atrasos por conta de uma série de licenças. "Essas autorizações e outros fatores significam que o Complexo Madeira é um desafio, o que torna o projeto de alto risco", enfatiza. Para ela, ao contrário do que diz o presidente da EPE, o período de 2009 a 2010 será um "momento crítico para o País", afirma a consultora, referindo-se à possibilidade ocorrer um novo racionamento de energia. (Gazeta Mercantil - 18.09.2006)

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3 Nivalde de Castro: Complexo Madeira pode desenvolvido através de um possível consórcio

Assim como Tolmasquim, o professor de economia da UFRJ, Nivalde de Castro, comemorou a decisão do Ibama e se diz mais confiante em relação ao sucesso do projeto, que, segundo ele, poderá ser desenvolvido através de um possível consórcio. "Eu acredito que a partir de agora, com Furnas, Odebrecht e a possibilidade de mais um empreendedor, teremos, a médio prazo, uma oferta maior que a demanda", afirma Castro. (Gazeta Mercantil - 18.09.2006)

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4 Preço da energia limita migração de clientes ao mercado livre

A sinalização futura de elevação do preço da energia está dificultando a migração de consumidores do mercado cativo - âmbito das distribuidoras - para o mercado livre. Além da baixa atratividade para o cliente, o encarecimento da energia tem feito as empresas de geração repensar a estratégia de comercialização. "Diante de tal cenário, as geradoras estão preferindo segurar os volumes de energia disponíveis e não estão comercializando ao mercado livre", avalia Maurício Correa, diretor de relações institucionais da Associação Brasileira dos Agentes Comercializadores de Energia Elétrica (Abraceel). Segundo a CCEE, os consumidores livres representam 19,7% (8,8 mil MW médios) da energia consumida no Sistema Interligado Nacional, estimada em cerca de 45 mil MW médios. O que se verifica, entretanto, é um desaquecimento da migração. Se de janeiro a julho de 2005 o número de clientes livres passou de 148 para 404, de janeiro a julho de 2006 a evolução foi de 496 para 549. "Hoje há uma estabilização entre os mercados cativos e livres", explica o presidente do Conselho de Administração da CCEE. (Elétrica - 15.09.2006)

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5 Curtas

O futuro da matriz energética brasileira é um dos principais temas do 8º Encontro Nacional de Energia e Eletricidade (Enercon), que acontece a partir do dia 19 no Novotel Center Norte, em São Paulo. (Agência Brasil - 18.09.2006)

O CEFET-AL firmou uma parceria com a Eletrobrás, Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia e Ufal, com o objetivo de disseminar a tecnologia das energias renováveis. O projeto prevê a realização de cursos de qualificação e re-qualificação nos níveis atendidos pela instituição. (Elétrica - 15.09.2006)

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Empresas

1 Abradee: distribuidoras perdem R$ 6 bi com inadimplência

As distribuidoras de energia elétrica no Brasil deixam de arrecadar R$ 6 bilhões anualmente por conta da inadimplência. Essa é uma das conclusões da pesquisa feita pela Abradee. Segundo o levantamento da entidade, na hora de pagar a conta de energia, o setor público é o campeão do calote. Somente no segundo trimestre deste ano, o índice de inadimplência desse segmento foi de 17,7%. É quase o triplo do patamar registrado nos segmentos residencial, industrial e rural no mesmo período, que, respectivamente, foram de 6,1%, 6,2% e 6,3%. A diretora econômica da entidade acredita que a única forma de combater as altas taxas de inadimplência é adotar um trio de medidas. Além de reduzir o peso dos tributos e encargos sobre a conta de luz, que hoje somam 37%, a executiva defende a adoção de experiências internacionais e pede um maior apoio do Judiciário brasileiro. Para a executiva, seria importante que as distribuidoras pudessem exigir alguma garantia de grandes clientes, que têm comprovadamente um perfil ruim de crédito. (Valor Econômico - 18.09.2006)

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2 Transmissoras pagam R$ 59 mi em encargos setoriais

A Aneel fixou os valores das cotas de três encargos setoriais para as transmissoras que atendam consumidor livre e autoprodutor com unidade de consumo ligado à rede básica. Os agentes pagarão R$ 56,1 milhões referentes à Conta de Consumo de Combustíveis Fósseis e à Conta de Desenvolvimento Econômico do mês de julho. Os valores terão que ser recolhidos até o dia 30/09/2006. Em relação à Conta Proinfa, as transmissoras desembolsarão R$ 3,6 milhões até o dia 10/01/2006. Terão que pagar os encargos Cteep, Furnas, Cemig, Celg, Copel, CEEE, Chesf e Eletronorte. (Agência Canal Energia - 15.09.2006)

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3 Endesa retoma investimentos no Brasil

Depois de um longo período de ofertas hostis da alemã E.On e da conterrânea Gas Natural, o grupo Endesa decidiu retomar os investimentos no Brasil. Até o fim de 2007, vai aportar cerca de R$ 1,5 bilhão no país. A Ampla e a Coelce ficarão com aproximadamente 80% desse valor. O restante será repartido entre a hidrelétrica Cachoeira Dourada, a termelétrica Endesa Fortaleza e a empresa de transmissão Cien. Este aporte é apenas o início. Além da ampliação das suas subsidiárias, os espanhóis estariam dispostos a desembolsar até US$ 2 bilhões na compra de distribuidoras e geradoras. Os novos investimentos correrão paralelamente à reestruturação societária do grupo no mercado brasileiro. (Elétrica - 18.09.2006)

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4 Eletrobrás e Unesp montam laboratório de eficiência energética industrial

O presidente da Eletrobrás, Aloisio Vasconcelos, e o reitor da Unesp, Marcos Macari, assinaram um convênio no valor de R$ 526 mil, para a montagem do Laboratório de Otimização de Sistemas Motrizes (Lamotriz), que permitirá a avaliação da eficiência energética de indústrias de São Paulo. A holding do setor elétrico investirá R$ 420 mil, correspondentes a 79,01% do valor total, e a universidade será responsável pelos restantes 20,99% (R$ 106 mil). A iniciativa dá continuidade às ações para implantação de motores mais eficientes, promovidas pela Eletrobrás, por meio do seu Procel Indústria, em parceria com a Fiesp. (Eletrobrás - 14.09.2006)

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5 Consumidor de MS paga até 61% a mais pela energia, diz Semy

Num comparativo da conta média residencial de 500 kWh, o consumidor da Enersul pagaria R$ 209,58, enquanto que o consumidor da CER, em Boa Vista, pagaria R$ 130,42, ou seja, 61% de diferença. Além de pagar a tarifa de energia elétrica mais cara do Brasil, o consumidor de Mato Grosso do Sul paga até 61% a mais do que em outras regiões do país. A afirmação é do deputado estadual Semy Ferraz (PT), coordenador do Fórum Permanente do Consumidor, com base em dados fornecidos pela Aneel. Num comparativo da conta média residencial de 500 kWh, o deputado aponta que o consumidor da Enersul, em Campo Grande, pagaria R$ 209,58, enquanto que o consumidor da CER, em Boa Vista, pagaria R$ 130,42, ou seja, 61% de diferença. Em relação a empresas com perfil semelhante à Enersul e próximas ao Estado, a diferença também é significativa. A mesma conta para o consumidor da Cemat, em Rondonópolis - MT, custaria R$ 152,50, diferença de 37,42% em relação à empresa sul-mato-grossense, e para o consumidor da Caiuá, em Presidente Prudente - SP, custaria R$ 139,26, diferença de 50,49%. Nos dados, não estão incluídos ICMS, tributos, encargos e a taxa de iluminação. (MS Notícias - 15.09.2006)

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6 CPFL Paulista investe R$ 9 mi em P&D

A Aneel aprovou o programa de P&D para o ciclo 2005/2006 da CPFL Paulista. A empresa investirá R$ 9 milhões em P&D. O montante corresponde a 0,20% de receita operacional líquida da concessionária de R$ 4 bilhões. As metas físicas do ciclo 2005/2006 do programa devem ser concluídos até dia 31/10/2007. (Agência Canal Energia - 15.09.2006)

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7 RGE divulga Programa de Eficiência Energética para o Ciclo 2006/2007

A RGE comunicou que realizará audiência pública para apresentar seu Programa de Eficiência Energética - Ciclo 2006/2007 no dia 18/09/2006. As inscrições poderão ser feitas pelo endereço eletrônico csippel@rge-rs.com.br. A aplicação total de recursos previstos para o ciclo 2006 / 2007 será de R$ 3 milhões e corresponde a 0,25% da receita operacional líquida. (RGE - 16.09.2006)

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8 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 15-09-2006, o IBOVESPA fechou a 36.169,93 pontos, representando uma alta de 0,05% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 1,72 bilhão. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 0,21% fechando a 11.807,64 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 45,30 ON e R$ 41,55 PNB, baixa de 0,66% e alta de 1,59%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Na abertura do pregão do dia 18-09-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 45,30 as ações ON, estável em relação ao dia anterior e R$ 41,50 as ações PNB, baixa de 0,12% em relação ao dia anterior. (Investshop - 18.09.2006)

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9 Curtas

O CA da AES Elpa elegeu o novo diretor de Relações Institucionais da empresa. O executivo Britaldo Soares exercerá o cargo. (Agência Canal Energia - 15.09.2006)

O grupo alemão CCC Macchinery vai reduzir sua participação na Eleja, controladora da térmica de Jacuí I, para até 30% do capital total. A reestruturação da empresa permitirá a entrada de um banco de investimentos dos Estados Unidos e de um grande grupo de energia do país. (Agência Canal Energia - 15.09.2006)

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Leilões

1 Leilão de energia nova: MME define garantia física de novas hidrelétricas

O MME publicou no dia 14 de setembro, no Diário Oficial da União, a Portaria Nº 246, que apresenta as Garantias Física dos novos empreendimentos hidrelétricos de geração que serão objetos de concessão no Leilão A-5, a ser realizado no dia 10 de outubro. Para ver a íntegra da portaria, clique aqui. (MME - 14.09.2006)

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2 Leilão de energia nova: PCHs do RS vão participar de leilão

A assessoria técnica da Secretaria de Energia, Minas e Comunicações do RS informou que o leilão de energia nova, marcado para o dia 10 de outubro, terá a participação de sete PCH com projetos no Rio Grande do Sul. (Zero Hora - 18.09.2006)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Consumo de energia elétrica cresce 2,6% em julho

De acordo com a EPE, o consumo de energia elétrica no Brasil cresceu 2,6% em julho, comparando com o mesmo mês de 2005, indicando melhora na trajetória de crescimento da demanda. No acumulado do ano até julho, a EPE identifica uma elevação do consumo de 3,6% sobre igual período de 2005. Na classe comercial, o crescimento foi de 1,7% em julho, comparando com o mesmo período em 2005. No acumulado do ano, o percentual atinge 3,9 %. Esse desempenho foi influenciado negativamente pelas baixas temperaturas, a ocorrência da Copa do Mundo e um menor número de dias úteis. O setor industrial teve a maior recuperação, com aumento de 2,2%, passando para 3,3% no acumulado janeiro-julho. A classe residencial registrou crescimento de 3,7% em julho, enquanto no acumulado a alta chegou a 3,5%. Embora as baixas temperaturas tenham influenciado na queda da utilização, o desempenho desta classe tende a melhorar nos próximos meses em função das vendas de produtos eletrodomésticos e eletroeletrônicos. (EPE - 15.09.2006)

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2 Norte apresenta maior aumento no consumo em julho

A região Norte foi a que apresentou maior índice de elevação no consumo de energia em julho, segundo dados da EPE. A região apresentou aumento de 4,8% no consumo em julho, em relação ao mesmo mês de 2005, registrando 1.799 GWh de demanda, contra 1.717 GWh anteriores. O consumo no Sudeste aumentou 2,7% em julho, demandando 15.208 GWh contra os 14.816 GWh em julho de 2005. A região Sul obteve elevação de 2,4%, com 4.807 GWh consumidos em julho, contra 4.692 GWh em julho de 2005. No Nordeste, a demanda cresceu 2,3%, 4.749 GWh e, julho deste ano contra 4.640 GWh em 2006. O Centro-Oeste foi a região que apresentou o menor crescimento na demanda, com 1,3%, correspondente a um consumo de 1.723 GWh contra 1.700 GWh. (EPE - 15.09.2006)

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3 Atacado no maior preço desde o racionamento

Segundo dados da CCEE, o MW/h na região Sudeste subiu para R$ 128,09. Em 2005, na mesma época do ano, o preço de referência estava em R$ 28,06 por MW/h na região. Em janeiro de 2002, em pleno racionamento, esses preços chegaram a atingir R$ 336,00 no Sudeste, caindo para R$ 134,76 em fevereiro e desabando para R$ 9,25 por MW/h em março com a rápida recuperação dos reservatórios e o fim do racionamento, após um verão com muita chuva. O principal fator para os altos preços continua sendo a seca na região Sul. "A esperança agora é a cheia de São Miguel, no final de setembro. Sempre há esperança de chuvas fortes nesse período, recuperando os reservatórios", comentou um especialista do setor elétrico. (Jornal do Commercio - 16.09.2006)

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4 Preço Spot - CCEE

De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 16/09/2006 a 22/09/2006.

Tabela
Brasil - Mercado Spot por Região.
(valores expressos em R$/Mwh)

Sudeste/Centro Oeste
Sul
Nordeste
Norte
 pesada                             131,59  pesada                      131,59  pesada                     70,99  pesada                    131,59
 média                               128,09  média                        128,09  média                       69,88  média                      128,09
 leve                                  123,32  leve                           123,32  leve                          69,42  leve                         123,32
  
    Fonte: www.ccee.org.br


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Gás e Termoelétricas

1 Encontro otimista no sábado

O ministro de Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, teve novo encontro com o presidente da Bolívia no sábado. Os dois haviam conversado antes da renúncia do ministro, em situação tensa. Segundo o Itamaraty, a conversa foi amistosa e positiva, e ambos se dispuseram a negociar de maneira tranqüila - antes que o chanceler soubesse do tom do novo ministro. Amorim e Morales estavam em Havana, Cuba, onde participaram da 14ª Conferência dos Países Não-Alinhados. (Zero Hora - 18.09.2006)

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2 Novo ministro da Bolívia mantém prazo para acordo

O novo ministro dos Hidrocarbonetos da Bolívia, Carlos Villegas, afirmou que as companhias de petróleo terão até o "início de outubro" para renegociar as bases contratuais para continuar a operar no país. "Haverá continuidade no processo de nacionalização, mas primeiro devemos estabelecer acordos sobre os novos contratos. Para isso, se respeitará o cronograma das rodadas de negociação com as petroleiras até o dia 9 de outubro", afirmou. A Petrobras apresentará alegações para tentar junto ao governo a suspensão definitiva da resolução ministérial 207/2006. A primeira reunião do novo ministro será com a petrolífera Andina S/A. Segundo a agenda de reuniões, a reunião com a Petrobras Bolívia ocorrerá entre os dias 26 e 27. As datas, porém, não estão confirmadas. (Jornal do Commercio - 18.09.2006)

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3 IBG quer produzir hidrogênio combustível a partir etanol

De acordo com o presidente da IBG, Newton de Oliveira, a empresa está estudando produzir o hidrogênio via etanol a partir do próximo ano. O gás é produzido atualmente a partir do gás natural, ou por eletrólise. A empresa já negocia o fornecimento com uma grande montadora instalada no País, interessada em fazer testes com o hidrogênio. O presidente apontou as vantagens da produção via etanol: "A produção através do gás natural depende de tubulação próxima à unidade industrial, e a partir da eletrólise requer altos gastos de energia", informou Oliveira, ressaltando que o hidrogênio possui a vantagem de ser mais potente em relação aos seus concorrentes. (Gazeta Mercantil - 18.09.2006)

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Grandes Consumidores

1 Schulz estuda nova fábrica no Brasil

A fabricante de tubos alemã Schulz, que está investindo R$ 85 milhões em três projetos no Rio de Janeiro, pode trazer também para o estado o que seria o seu maior investimento até agora Brasil. A matriz da empresa vai definir em janeiro a localização da nova fábrica de tubos sem costura da empresa, e de acordo com o diretor executivo da Schulz para a América Latina, Marcelo Bueno, o Rio de Janeiro tem as maiores chances de receber o empreendimento. Devido à maior complexidade de fabricação dos equipamentos, que tem maior valor agregado, os investimentos estimados nesse empreendimento chegam a R$ 80 milhões. A empresa assinou, durante a Rio Oil & Gás 2006, termo de intenção de financiamento com o Fundecam. O acordo destina-se à construção de fábrica de tubos com costura em ligas resistentes à corrosão para os setores de petróleo, gás natural, naval, petroquímico e siderúrgico. A construção da nova fábrica terá investimentos iniciais de R$ 35 milhões. A empresa inaugura no fim deste ano uma fábrica de conexões tubulares na mesma região. A fábrica de tubos com costura tem previsão de que as operações sejam iniciadas no final do ano que vem. (Jornal do Commercio - 18.09.2006)

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2 Cresce produção de resina

A reação nas vendas internas e o aumento nas exportações fez com que a produção de resinas termoplásticas superasse as 3 milhões de toneladas, no acumulado de janeiro a agosto de 2006, segundo informou na sexta-feira a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). Na comparação com o mesmo período de 2005, a produção aumentou 11,96%, informou a entidade. Já as vendas no mercado brasileiro tiveram alta de 15,72%, chegando 2,2 milhões de toneladas. As exportações somaram 682 mil toneladas no período de oito meses, 6,2% maiores. As importações, na mesma base de comparação, declinaram 2%, para 367 mil toneladas. No acumulado do ano até agosto, o consumo aparente de resinas termoplásticas no Brasil ficou em 2,8 milhões de toneladas, com aumento de 11,35% em relação aos oito primeiros meses do ano passado. O consumo aparente é o resultado da soma da produção com as importações, menos as exportações. (Gazeta Mercantil - 18.09.2006)

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Economia Brasileira

1 Mantega faz críticas ao ritmo do FMI

A oposição do Brasil à proposta de reforma do FMI, patrocinada pela diretoria da instituição, causou desconforto entre o ministro da Fazenda e outros líderes do órgão. Além de dizer que o Fundo poderia entrar num processo de esclerose se não ampliasse o poder de voto dos países em desenvolvimento. Ele também disse que o FMI caminha a passos lentos para se modernizar, enquanto e a economia globalizada avança de maneira célere. (Gazeta Mercantil - 18.09.2006)

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2 Mantega "Não sei se chegaremos a 4%"

O ministro Guido Mantega (Fazenda) admitiu que a economia brasileira pode não crescer neste ano os 4% previstos pelo governo. Em entrevista coletiva durante a reunião anual do FMI e do Bird, Mantega manteve a projeção oficial, mas poucas horas depois não demonstrou o mesmo otimismo em discurso para empresários e investidores. "Não sei se chegaremos a 4%", disse. A estimativa oficial do governo atualizada será divulgada no fim do mês. Mantega disse que o crescimento do País é baixo porque o governo decidiu priorizar o combate à inflação, mas que agora foram estabelecidas as condições para entrar no clube dos países emergentes mais dinâmicos. Entre tais condições, figurariam a confiança dos investidores no Brasil, o maior nível das reservas internacionais, o controle da inflação e a trajetória de queda da taxa de juros. "Estamos numa situação favorável em relação à inflação. Poderíamos colocar o pé no acelerador, mas optamos por um crescimento sólido, mesmo que em bases mais modestas", disse. (Gazeta Mercantil - 18.09.2006)

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3 BNDES libera 26% a mais para exportação

O Luiz Antonio Dantas, superintendente do BNDES, diz acreditar que, em 2006, os desembolsos para financiamento à exportação de bens e serviços brasileiros de maior valor agregado devem totalizar cerca de US$ 5 bilhões. Dantas destaca a crescente demanda por recursos entre os segmentos de bens de capital e serviços de engenharia, principalmente para a AL. "Só para exportações para o Equador foram liberados US$ 100 milhões entre janeiro e agosto deste ano. Outros US$ 69 milhões foram para a República Dominicana e US$ 51 milhões para o Chile, disse." Os desembolsos para bens de capital somam US$ 3 bilhões de janeiro a agosto e para serviços de engenharia as liberações são de US$ 100 milhões no período. O superintendente destaca que, apesar de concentrado em grandes empresas, os financiamentos para serviços de engenharia são de grande importância pela alavancagem de toda a cadeia de subfornecedores. Seguindo a mesma estratégia, a linha de Empresa Âncora desembolsou US$ 31 milhões entre dezembro de 2004 e agosto de 2006. "Até o final do ano os desembolsos pelo Empresa Âncora devem chegar a um valor entre US$ 45 milhões e US$ 50 milhões. E as exportações das empresas âncora, provenientes da produção de pequenas empresas, devem superar US$ 250 milhões em 2006", avalia. (Gazeta Mercantil - 18.09.2006)

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4 Focus: Mercado projeta crescimento de 3,11% PIB de 2006

Os analistas consultados pelo BC calculam que o PIB nacional tenha expansão de 3,11% em 2006, ao invés dos 3,2% previstos anteriormente. Para 2007, a estimativa é de crescimento de 3,50%, idêntica à da pesquisa anterior. O superávit da balança comercial deve situar-se em US$ 43 bilhões em 2006, acima dos US$ 42,8 bilhões esperados antes, e em US$ 36 bilhões em 2007, sem modificação na comparação com o relatório antecedente. O prognóstico para a entrada de investimentos estrangeiros é de US$ 15,85 bilhões para 2006 e de US$ 16 bilhões para 2007, cifras idênticas àquelas da semana passada. A estimativa média para as contas correntes é de um superávit de US$ 10 bilhões em 2006, maior do que os US$ 9,85 bilhões calculados uma semana atrás, e de US$ 5 bilhões em 2007, superior aos US$ 4,50 bilhões contemplados anteriormente. A mediana das expectativas para a produção industrial é de elevação de 3,66% em 2006 e de 4,50% em 2007. (Valor Econômico - 18.09.2006)

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5 Focus: Analistas esperam IPCA de 3,23% em 2006

Pelo relatório Focus publicado em 18/09, a estimativa do IPCA ficou em 3,23% em vez dos 3,32% do relatório anterior, abaixo da meta estipulada para este ano, de 4,50%. Para 2007, o prognóstico também foi modificado, de 4,40% para 4,34%. As estimativas para o IGP-DI permaneceram em 3,46%. A expectativa para o IGP-M situou-se em 3,45% e não em 3,50% como o esperado antes. A previsão para IPC da Fipe saiu de 1,93% para 1,86%. Para setembro, o IPCA deve subir 0,23% em vez de 0,25% como o calculado anteriormente. O prognóstico para IGP-DI é de alta de 0,30%, inferior ao 0,32% do documento passado. A perspectiva para o IGP-M foi modificada de um incremento de 0,30% para 0,31%. A estimativa para o IPC da Fipe, foi conservada em 0,30%. Para outubro, a mediana das estimativas para o IPCA, ficou em 0,33% em vez de 0,35%. Para o IGP-DI, estima-se avanço de 0,35% e para o IGP-M, crescimento de 0,33%, ao invés dos 0,39% previstos anteriormente. A perspectiva para o IPC da Fipe é de 0,35%, e não de 0,37%. (Valor Econômico - 18.09.2006)

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6 FGV: IPC-S sobe 0,30%

O IPC-S apresentou alta de 0,30% na segunda leitura de setembro. Na primeira medição do mês, foi registrada inflação de 0,35%. Alimentação registrou inflação de 0,63% ante incremento de 1,01% apurado na pesquisa anterior. Transportes subiram 0,08%, depois de uma elevação de 0,12% no primeiro levantamento do mês, em decorrência da queda mais acentuada do Álcool combustível, cuja taxa saiu de um decréscimo de 0,22% para um de 1,43%. Habitação (+0,27%) e Saúde e cuidados pessoais (0,20%), por sua vez, aprofundaram a trajetória de alta vista anteriormente. No levantamento passado, os índices dos dois grupos cresceram 0,17%. Houve ainda uma inversão no rumo dos ramos Vestuário e Despesas Diversas, com altas de 0,21% e 0,10, respectivamente, em razão do comportamento dos preços das roupas e do cigarro. Educação, leitura e recreação terminou o mês até o dia 15 com acréscimo de 0,04%, sucedendo uma elevação de apenas 0,01% na medição inicial de setembro. (FGV - 15.09.2006)

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7 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial abriu as operações em baixa perante o fechamento de sexta-feira, cotado a R$ 2,1490. Às 9h51, a moeda estava a R$ 2,1460 na compra e a R$ 2,1480 na venda, com queda de 0,18%. Na sexta-feira, o dólar comercial declinou 0,55%, vendido a R$ 2,1520. Na compra, saiu a R$ 2,15. O giro interbancário somou US$ 1,45 bilhão. Na semana passada, a perda acumulada foi de 0,37%. (Valor Online - 18.09.2006)


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Internacional

1 Holanda constrói usina eólica em alto mar

O governo holandês disse que deve inaugurar até o fim do ano sua primeira grande rede de turbinas a vento para geração de energia elétrica. O complexo ficará localizado longe da costa, atendendo à reivindicação de ativistas anti-poluição visual. (Folha de São Paulo - 18.09.2006)

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Biblioteca Virtual do SEE

1 Aneel. Portaria n 246. Brasília: setembro de 2006

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro mailto:nivalde@ufrj.br
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Beatriz Mello Affonso, Bianca Reich, Guilherme Branquinho, Larissa Barbosa, Laryssa Naumann e Rodrigo Fonseca.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

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