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IFE: nº 1.891 - 15 de setembro de 2006
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
EPE estima licitar aproveitamentos do Rio Teles Pires até 2009
2 Tolmasquim critica Relatório da WWF
3 Ipea: expansão do mercado livre pode criar problemas para o mercado cativo
4 Desenvolvimento energético sustentável
5 Seminário discute agências reguladoras
6 Curtas

Empresas
1 Economática: elétricas lucram R$ 5 bi no semestre
2 Relação entre o lucro operacional próprio e a dívida das elétricas avançou para 20%
3 Celesc cancela venda de ativos e planeja desverticalização
4 Elektro negocia ações preferenciais na Bovespa
5 Tractebel: recuperação de tributos terá impacto de R$ 58 mi no lucro líquido
6 Cotações da Eletrobrás
7 Curtas

Leilões
1 Leilão de energia nova: 171 empreendimentos interessados em participar de leilão
2 Leilão de energia nova: Portaria do MME aprova sistemática do leilão A-5
3 Leilão de energia nova: EPE disponibiliza informe com CMO de empreendimentos para leilão

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 55%
2 Sul: nível dos reservatórios está em 40,2%
3 NE apresenta 66,7% de capacidade armazenada

4 Norte tem 49,5% da capacidade de armazenamento

Gás e Termelétricas
1 Tolmasquim: Brasil terá um excedente de gás em 2015
2 EPE negocia com Ministério da Fazenda para diminuir custos de geração
3 Petrobras ameaça recorrer ao Bird
4 Bolívia suspende medidas contra Petrobras
5 Gabrielli: Crise boliviana não afetará fornecimento de GN
6 Resolução será incluída nas negociações sobre o preço do gás
7 Petrobras no Brasil: queda da produção de petróleo e gás
8 Reajuste de GNL pode ter como base mercado spot dos EUA
9 SC: comercialização de GN bate recorde
10 Termelétrica de Cuiabá vai continuar parada

Grandes Consumidores
1 BNDES libera R$ 719 mi para CST-Arcelor
2 Votorantim amplia em 25% a produção de gipsita em Pernambuco
3 Klabin investe R$ 300 mi em geração de energia

Economia Brasileira
1 Dividendos recordes das estatais para o Tesouro
2 Febraban reduz previsão de PIB para 3,23%

3 FMI: juros no Brasil podem cair
4 FMI: Brasil gasta mal e "desaponta"
5 Meirelles diz ser "guardião da moeda" no país
6 Governo quer gastar R$ 5 bi a mais que limite fixado na LDO
7 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Bolívia: FMI vê "perigo para futuros investimentos"
2 Peru: Contratos de gás poderão ser revistos
3 Irã: AIEA acusa comissão americana de mentir
4 Chávez convoca G-15 para apoiar programa nuclear do Irã

Regulação e Reestruturação do Setor

1 EPE estima licitar aproveitamentos do Rio Teles Pires até 2009

Depois de concluir os estudos de inventário dos rios Teles Pires e Apiacás, a EPE pretende licitar a realização dos estudos de viabilidade e de impacto ambiental (EIA-Rima), além da Avaliação Ambiental Integrada da Bacia do Rio Tapajós. Segundo o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, ainda não há previsão de quando ocorrerá a concorrência. A projeção da EPE é que as usinas estarão aptas para licitação entre 2008 e 2009. Os estudos de viabilidade e de impacto ambiental, estimou Tolmasquim, têm duração estimada entre um ano e 18 meses. Os estudos de inventário dos rios Teles Pires e Apiacás, realizados pela Eletrobrás e aprovados em julho pela Aneel, revelaram a possibilidade de implementação de 3.697 MW, divididos em seis aproveitamentos apresentam potencial de exploração. (APMPE - 14.09.2006)

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2 Tolmasquim critica Relatório da WWF

Mauricio Tolmasquim, presidente da EPE, criticou o relatório Agenda Elétrica Sustentável 2020, produzido pela Unicamp e apresentado pela WWF. "O mínimo de responsabilidade é necessário. Sem expansão da oferta de energia elétrica, não é possível haver desenvolvimento, haver distribuição de renda. Então nós não podemos iludir a população brasileira. É necessário, sim, expandir a oferta de energia" afirmou. "A eficiência energética é importante e tem um papel, deve-se fazer, mas se acreditar que é possível crescer sem construir novas usinas é uma utopia que levará o país ao não-desenvolvimento", argumentou o presidente da EPE. Karen Suassuna, assessora do WWF, rebateu as críticas afirmando que há uma tentativa de se colocar sempre a questão do debate ambiental contra o desenvolvimento. (Jornal do Commercio - 15.09.2006)

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3 Ipea: expansão do mercado livre pode criar problemas para o mercado cativo

Na avaliação do coordenador da área de regulação do Ipea, Ronaldo Seroa da Motta, a forte expansão do mercado livre pode criar problemas para o mercado cativo. Segundo ele, como a diferença entre os dois mercados não se restringe aos tipos de fornecedor e consumidor, mas também na forma de contratação e precificação da energia, uma forte expansão do mercado livre poderá fazer com que o mercado cativo fique com a energia mais cara, fazendo com que administrações futuras tenham que reduzir o bom desempenho do mercado. Para Motta, no entanto, a solução não seria a supressão do mercado livre. Segundo ele, a desregulação do mercado livre é favorável e também deveria valer para o mercado cativo. O pesquisador é contra a realização de leilões como os que são feitos pela CCEE em que a contratação de longo prazo é feita junto a um único comprador. Segundo Motta, os leilões monopsônicos da CCEE acabam fazendo com que a tarifa de energia, em uma situação de excesso de oferta, fique menor do que seu custo marginal de longo prazo. "Não há razão para que haja um leilão para energia com contratação de oferta e demanda", acrescenta. Por outro lado, segundo o pesquisador, em caso de escassez por falta de investimentos, a CCEE terá que pagar altos preços para atender a demanda. (Agência Canal Energia - 14.09.2006)

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4 Desenvolvimento energético sustentável

Miguel Ximenes de Melo Filho, presidente da Celesc, fez um desabafo em seu artigo Política Sustentável, a respeito dos entraves ao desenvolvimento energético do país. O executivo enfatizou a importância de o governo promover mudanças para o alcance do desenvolvimento sustentável econômico. Melo Filho chamou a atenção para a necessidade de um tratamento igualitário às empresas públicas e privadas, uma vez que as concessionárias estatais encontram restrições (impostas pelo Banco Central) ao acesso às fontes externas e internas. O presidente da Celesc mencionou o risco Brasil como um dos potencializadores da diminuição de investimentos por parte das empresas privadas. A baixa atratividade dos preços tetos nos leilões e as questões ambiental e tributária também foram avaliados pelo autor como obstáculos ao desenvolvimento sustentável do setor. O autor apontou o Enercon, que será realizado nos dias 18 e 19 de setembro, em São Paulo, como uma possibilidade de discussão responsável sobre os rumos da política energética. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ - 15.09.2006)

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5 Seminário discute agências reguladoras

Acontece no dia19 de setembro de 2006, terça-feira, o seminário "Agências Reguladoras e Estado Contemporâneo - Desafios e Perspectivas", organizado pela ASANP (Associação dos Servidores da Agência Nacional do Petróleo), com apoio da FND/UFRJ (Faculdade Nacional de Direito) e da ANER (Associação Nacional dos Especialistas em Regulação). O evento, a ser realizado no Salão Nobre da Faculdade Nacional de Direito da UFRJ, tem por objetivo oferecer aos servidores das agências reguladoras e ao público em geral, no atual período pré-eleitoral, um evento gratuito em que representantes dos partidos dos principais candidatos à Presidência da República - PT, PSDB, PSOL e PDT - possam desenvolver uma abordagem política à temática do Seminário. Maiores informações pelo e-mail: seminarioagencias@gmail.com. (GESEL-IE-UFRJ - 15.09.2006)

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6 Curtas

A Aneel liberou a operação comercial da unidade geradora 1 da pequena central hidrelétrica Sacre 2, pertencente à Brasil Central Energia. A turbina tem capacidade de 10 MW. A usina está localizada em Brasnorte, Mato Grosso. A PCH está disponível ao sistema a partir desta quinta-feira, 14 de setembro. O despacho foi publicado no Diário Oficial da União hoje. (Agência Canal Energia - 14.09.2006)

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Empresas

1 Economática: elétricas lucram R$ 5 bi no semestre

As empresas de energia elétrica listadas na Bovespa registraram, juntas, lucro líquido de R$ 5,1 bilhões no primeiro semestre deste ano, o que representou um valor recorde para o período, segundo estudo feito pela Economática a partir dos resultados semestrais divulgados anualmente por 30 companhias do setor que atuam no mercado financeiro. "Vistos os valores obtidos no passado recente, essas companhias têm atualmente muito o que comemorar", diz Fernando Exel, presidente da Economática. "A união dos dados financeiros de todas as elétricas em um único balanço mostrou um setor altamente saudável, com resultados bem superiores a muitos outros setores da economia", ressalta o economista. O estudo da Economática comparou o desempenho das empresas energia elétrica nos primeiros seis meses do ano com o resultado geral obtido no mesmo período por todas as empresas de capital aberto - exceção feita aos bancos e à Petrobras. O trabalho mostra que as elétricas elevaram em 8,5% o lucro na comparação com o valor obtido em igual período do ano passado, de R$ 4,7 bilhões. Ainda segundo os dados apurados pela Economática, as empresas de energia elétrica tiveram um faturamento líquido de R$ 39,6 bilhões nos primeiros seis meses do ano, com crescimento de 1,6% sobre o valor de igual intervalo de 2005. (Gazeta Mercantil - 15.09.2006)

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2 Relação entre o lucro operacional próprio e a dívida das elétricas avançou para 20%

O estudo feito pela Economática também mostra que a relação entre o lucro operacional próprio e a dívida (que mede a capacidade das empresas de honrar seus compromissos) das elétricas avançou para 20% no primeiro semestre de 2006, ante os 17,4% vistos no mesmo intervalo de 2005. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido também teve crescimento no período, de 16,1% para 16,9%. Já a dívida das companhias de energia elétrica manteve-se estável no período, em R$ 51 milhões, enquanto o patrimônio líquido acumulado em junho atingiu R$ 60 bilhões, 7% acima do valor registrado em junho de 2005, de R$ 56,2 bilhões. Turbulências ficam para trás. (Gazeta Mercantil - 15.09.2006)

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3 Celesc cancela venda de ativos e planeja desverticalização

A Celesc abandonou o plano de vender parte dos ativos de transmissão e geração, que previa colocar em leilão neste ano. Em vez da alienação de todos os ativos, a empresa decidiu iniciar os processos de reestruturação societária para que suas operações sejam desverticalizadas, com a criação de subsidiárias para transmissão e geração e uma holding. A empresa deixará de vender as 12 PCH's e os 20% que detém na ECTE, ativos considerados rentáveis, e ainda os 40% que possui no projeto da Usina Cubatão. Mas continuará com a venda da participação de 19,3% que tem na Casan, os 23,03% que têm na Usina Hidrelétrica Dona Francisca e 14,63% na Maesa. O principal motivo para a mudança na estratégia é o fato de a empresa não ter, até agora, conseguido vender seus ativos, com os primeiros processos ainda em avaliação pela Anee, além de estar com o prazo de cumprimento da lei de desverticalização estourado. Ela já foi notificada pela agência e pode pagar multa pelos atrasos. Há ainda outros motivos. No caso das PCHs, a Celesc não conseguir alterar os prazos de concessão para o leilão. O CA da Celesc avalia os estatutos das subsidiárias que serão constituídas. (Valor Econômico - 15.09.2006)

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4 Elektro negocia ações preferenciais na Bovespa

A BOVESPA efetuou a seguinte consulta à Elektro: "considerando os termos do fato relevante de 11/9/2006, solicitamos informar se será realizada oferta pública para aquisição das ações ordinárias de titularidade dos demais acionistas da Elektro. Caso positivo, detalhar preço em R$ por lote de mil ações, condições de pagamento e se essa oferta será extensiva aos acionistas preferencialistas. Informamos que os negócios com as ações de emissão dessa Empresa estão suspensos desde o pregão de 11/9/2006 até que seja atendida nossa solicitação". A Companhia esclareceu que, a partir de cálculos preliminares, verificou-se que o valor do lote de mil ações não excederá o nível de preço atual de negociação, tendo em vista o peso relativo da Elektro dentro do grupo econômico Prisma Energy. A eventual oferta de aquisição de ações se dará para pagamento à vista e não se estenderá às ações preferenciais de emissão da Companhia. Com os esclarecimentos, solicitou que os negócios com as ações de emissão da Elektro voltassem a ser regularmente realizados a partir do próximo pregão. Foram reabertos no pregão de 14/9/2006 os negócios com as ações preferenciais de emissão dessa Empresa. Permaneceram suspensos os negócios com as ações ordinárias. (Jornal do Commercio - 15.09.2006)

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5 Tractebel: recuperação de tributos terá impacto de R$ 58 mi no lucro líquido

A Tractebel Energia obteve, no STJ, a certificação do trânsito em julgado da disputa judicial sobre afastamento da base de cálculo do PIS e da COFINS. Com a decisão, a Tractebel e a CEM serão desoneradas da tributação, que representa um valor no Ebtida de R$ 88 milhões, a ser compensado no mês de setembro. A recuperação dos tributos cobrados de forma indevida provocará um impacto de R$ 58 milhões no lucro líquido da Tractebel e da CEM, a ser contabilizado no balanço do terceiro trimestre deste ano. (Agência Canal Energia - 14.09.2006)

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6 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 14-09-2006, o IBOVESPA fechou a 36.153,60 pontos, representando uma baixa de 1,08% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 1,69 bilhão. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização de 1,07% fechando a 11.782,99 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 45,60 ON e R$ 40,90 PNB, baixa de 2,88% e 2,85%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Na abertura do pregão do dia 15-09-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 46,10 as ações ON, alta de 1,10% em relação ao dia anterior e R$ 41,36 as ações PNB, alta de 1,12% em relação ao dia anterior. (Investshop - 15.09.2006)

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7 Curtas

Um software desenvolvido pela carteira do Ciclo 2003 de P&D da Eletronorte vai garantir mais eficiência aos serviços prestados pela empresa. A ferramenta integra os sistemas Info-POR, Sage e SAP/R3-Módulo PM, que armazenam e fornecem, em tempo real, informações de manutenção e de operação. (Eletronorte - 14.09.2006)

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Leilões

1 Leilão de energia nova: 171 empreendimentos interessados em participar de leilão

A EPE recebeu 171 pedidos de cadastramento de empreendimentos de geração interessados em participar do leilão de energia nova A-5, que ocorrerá dia 10 de outubro. Entre os empreendimentos, 45 são de fonte termelétrica movida a óleo combustível. Inscreveram-se ainda 32 PCHs, 29 térmicas movidas à biomassa, 27 térmicas a óleo diesel, 25 usinas hidrelétricas, 9 térmicas a gás natural, 3 usinas termelétricas a carvão mineral e 1 térmica a gás gerado em processamento industrial (cogeração). (EPE - 14.09.2006)

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2 Leilão de energia nova: Portaria do MME aprova sistemática do leilão A-5

A Portaria 242/2006 do MME, publicada no dia 8 de setembro no Diário Oficial da União, aprova as diretrizes para o Leilão de Energia Nova A-5, a serem promovidos pela Aneel. O documento define a sistemática do processo licitatório, marcado para o dia 10 de outubro. Para ver a íntegra da sistemática, clique aqui. (EPE - 14.09.2006)

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3 Leilão de energia nova: EPE disponibiliza informe com CMO de empreendimentos para leilão

O EPE disponibilizou o Informe Técnico EPE-DEE-004/06 que trata do conjunto dos Custos Marginais de Operação (CMO) que serão utilizados no cálculo dos valores do Custo de Operação (COP) e do Custo Econômico de Curto Prazo (CEC) das termelétricos habilitadas para o Leilão de Energia Nova A-5. Para ter acesso ao informe, clique aqui. (EPE - 14.09.2006)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 55%

O nível de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 55%, apresentando queda de 0,4% em relação à medição do dia 12 de setembro. A usina de Furnas atinge 63,2% de volume de capacidade. (ONS - 13.09.2006)

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2 Sul: nível dos reservatórios está em 40,2%

O nível de armazenamento na região Sul apresentou queda de 0,2% na capacidade armazenada em relação à medição do dia 12 de setembro, com 40,2% de capacidade armazenada. A usina de Machadinho apresenta 34,6% de capacidade em seus reservatórios. (ONS - 13.09.2006)

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3 NE apresenta 66,7% de capacidade armazenada

Apresentando queda de 0,3% em relação à medição do dia 12 de setembro, o Nordeste está com 67,7% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de Sobradinho opera com 62,9% de volume de capacidade. (ONS - 13.09.2006)

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4 Norte tem 49,5% da capacidade de armazenamento

O nível de armazenamento da região Norte está em 49,5% apresentando queda de 0,4% em relação ao dia 12 de setembro. A usina de Tucuruí opera com 40,7% do volume de armazenamento. (ONS - 13.09.2006)

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Gás e Termoelétricas

1 Tolmasquim: Brasil terá um excedente de gás em 2015

Os investimentos em exploração e produção, a construção de novos gasodutos e a viabilização de infra-estrutura para importação de GNL permitirá ao Brasil apresentar em 2015 um excedente de 24 milhões de m³ diários de gás natural. A informação é do presidente da EPE Maurício Tolmasquim. Por outro lado, até 2009 a relação entre oferta e demanda precisará ser "segurada". Segundo estudo elaborado pela EPE, a demanda por gás natural em 2005 será da ordem de 128 milhões de m³/dia, frente a 60 milhões consumidos hoje. O consumo da Petrobras responderá por 21 milhões, das distribuidoras por 60 milhões e das termelétricas por 47 milhões de m³ diários. No caso das térmicas, o cenário considera despacho de 85% da capacidade instalada. A oferta no mercado brasileiro será, por outro lado, da ordem de 152 milhões de m³/dia em 2015, aumento de 162% frente a oferta atual. "Claro que, para chegar a esse saldo em 2015, será necessário investir em exploração e produção e também tornar viável a importação de GNL, principalmente para ter flexibilidade para atender à demanda das usinas termelétricas", disse o presidente da EPE. (Jornal do Commercio - 15.09.2006)

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2 EPE negocia com Ministério da Fazenda para diminuir custos de geração

A EPE está negociando com o Ministério da Fazenda a possibilidade de indexar o GNL vendido a usinas termelétricas ao Henry Hub, preço futuro da commodity comercializada na NYMEX. A medida reduziria os riscos do empreendimento e poderia diminuir os custos de geração no mercado. "Desta forma, o contrato firme de fornecimento de gás natural permaneceria atrelado a uma cesta de óleos negociados no mercado internacional. As compras excedentes a esse contrato, onde entraria o GNL, teria reajuste pelo Henry Hub. As empresas geradoras reduziriam, desta forma, a necessidade de realizar hedge para enfrentar as oscilações do mercado internacional. Seria uma fator mitigador de riscos", afirmou Tolmasquim. (Jornal do Commercio - 15.09.2006)

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3 Petrobras ameaça recorrer ao Bird

Antes de o governo da Bolívia confirmar que havia congelado a medida de se apossar das receitas das refinarias da Petrobras, o presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, dissera que não aceitaria que a empresa fosse "expulsa" do país e que ela iria "aonde for preciso para defender seus investimentos" no país. Gabrielli disse que o primeiro passo, se o governo Evo Morales vier a levar a medida adiante, será recorrer ao próprio ministério com o objetivo de que seja revogada a resolução do ministro Andrés Soliz Rada. A empresa tem dez dias para apresentar o recurso. Caso ele seja desprezado, a empresa irá à Justiça boliviana para tentar anular a decisão. Se o recurso for em vão, a Petrobras vai recorrer ao Centro Internacional para Arbitragem de Disputa sobre Investimento, órgão do Bird. (Folha de São Paulo - 15.09.2006)

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4 Bolívia suspende medidas contra Petrobras

O presidente Lula anunciou que a Bolívia havia "congelado" a decisão de assumir a rede produtiva de hidrocarbonetos e a venda de gás e derivados de petróleo no país. Horas depois, em La Paz, o governo Evo Morales confirmou a suspensão para que as novas condições sejam negociadas com a companhia brasileira.Como o recuo não é definitivo, Lula endureceu um pouco mais o discurso em relação aos bolivianos. "Obviamente que, se a Bolívia teimar em tomar essas atitudes unilaterais, o Brasil vai ter de pensar em como fazer uma coisa mais dura com a Bolívia". Os ministros de Lula e a Petrobras adotaram um tom mais duro ao longo do dia. "O seqüestro de receita [das refinarias] consideramos inaceitável", disse o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, que chegou a anunciar uma "reação à altura da ação". (Folha de São Paulo - 15.09.2006)

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5 Gabrielli: Crise boliviana não afetará fornecimento de GN

Gabrielli disse que a questão do gás natural não está contemplada na atual disputa entre a estatal e a Bolívia. Segundo ele, o contrato de fornecimento de gás natural produzido na Bolívia para o Brasil não será afetado pela atual crise. O contrato tem validade até 2019. Trata do fornecimento de 30 milhões de m³ de gás natural por dia. Metade do consumo brasileiro é importada da Bolívia. "A resolução do ministério da Bolívia refere-se essencialmente à área de refino, à comercialização de GLP, diesel e gasolina. Portanto, não tem nada a ver com gás natural. A situação do contrato de venda de gás natural para o Brasil é totalmente separada", afirmou ele. (Folha de São Paulo e Jornal de Brasília - 15.09.2006)

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6 Resolução será incluída nas negociações sobre o preço do gás

A resolução do governo boliviano de confiscar a receita das refinarias da Petrobras na Bolívia -posteriormente suspensa- será incluída nas negociações sobre preço do gás, que seriam retomadas hoje, mas foram adiadas temporariamente, disse ontem Marco Aurélio Garcia, assessor especial da Presidência da República.Após Lula ter informado de que a decisão de assumir o controle das refinarias sem pagar nada à Petrobras havia sido congelada, Garcia explicou que conversou por telefone com o vice-presidente da Bolívia, Álvaro Linera, sobre o assunto e manifestou o "mal-estar" do governo brasileiro em relação à decisão. Linera informou que a medida fora congelada por tempo indeterminado e seria incluída na pauta das negociações já em andamento. Linera acrescentou que enviará uma carta explicando a posição do governo boliviano sobre a medida que foi suspensa. E que o governo não voltará atrás na nacionalização dos hidrocarbonetos, apesar de ter "congelado" a decisão de rebaixar as refinarias da Petrobras à condição de prestadoras de serviço. "É um congelamento para favorecer o diálogo e as negociações com a Petrobras", afirmou. (Folha de São Paulo e Superávit - 15.09.2006)

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7 Petrobras no Brasil: queda da produção de petróleo e gás

A produção de petróleo e gás da Petrobras no Brasil somou o equivalente a 2,042 milhões de barris/dia. O resultado representa uma queda de 1,2% na comparação com julho e uma alta de 3,8% em relação a agosto de 2005. A redução na comparação com o mês anterior pode ser atribuída à parada programada da plataforma P-20 na bacia de Campos. Também houve queda na produção se a conta incluir a produção no exterior. A média diária de petróleo e gás somou 2,291 milhões de barris/ dia, um recuo de 1% em relação a julho e a agosto de 2005. No exterior, a produção cresceu 1,4% e somou 248.688 barris/dia em razão do aumento da produção de gás na Bolívia e nos EUA. (Folha de São Paulo - 15.09.2006)

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8 Reajuste de GNL pode ter como base mercado spot dos EUA

O presidente da EPE, Mauricio Tolmasquim, disse que o Ministério da Fazenda está analisando uma proposta de reajuste de preços do gás natural flexível, via GNL, com base na cotação do Henry Hub , para térmicas que venham a competir em leilões de energia nova. Segundo ele, a iniciativa tem como objetivo reduzir o preço da energia térmica, que embute hedge aplicado pelos investidores. Para o preço dos contratos firmes de gás, destacou, o reajuste do combustível continuaria atrelado à cotação de uma cesta de óleos no mercado internacional. O gerente executivo de Comercialização e Marketing da Petrobras, Rogério Manso, destacou que o preço de regaseificação do gás liqüefeito seria fixado em US$ 0,80 por milhão de BTUs. Segundo ele, os contratos de gás de curto prazo tenderiam a migrar para o GNL diante das vantagens que surgirão neste tipo de contrato. Na avaliação de Manso, as térmicas que operaram com GNL serão mais competitivas. (Agência Canal Energia - 14.09.2006)

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9 SC: comercialização de GN bate recorde

A SC Gás bateu recordes de comercialização de gás natural em agosto. O volume total consumido no mês foi de 46.029.572 m³. A média diária e o pico de consumo no mês também bateram recorde. A média diária foi de 1.484.825 m³. Walter Fernando Piazza Júnior, presidente interino da SC Gás, destacou que o gás natural continua sendo a opção do empresariado catarinense (segmentos industrial, comercial e automotivo) por suas vantagens econômicas e pelos aspectos ecológicos, de segurança e a comodidade operacional. (A notícia - 15.09.2006)

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10 Termelétrica de Cuiabá vai continuar parada

A expectativa da Usina Mário Covas voltar a funcionar a gás natural em curto prazo caiu por terra com o adiamento da reunião oficial que aconteceria em La Paz entre os governos brasileiro e boliviano. Em resolução ministerial, o governo boliviano dá à YPFB o direito proprietário do petróleo e gás naquele país. Carlos Eduardo Baldi, presidente da Pantanal Energia, operadora da Termelétrica Cuiabá, afirma que ainda está "tentando digerir as informações das novas regras impostas pela Bolívia". O executivo entende que a medida é uma maneira de tentar pressionar para aumentar os valores dos contratos. "Mas sem uma decisão política do governo daquele país para retomar o abastecimento, fica muito complicado tentar conversar sobre qualquer questão comercial". Ele mantém a posição de indefinição sobre a usina voltar a funcionar a óleo diesel. "Temos que ter contrapartida comercial para poder mudar a fonte de geração". A demanda diária da empresa é de 2,2 milhões de metros cúbicos por dia. (Gazeta Digital - 15.09.2006)

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Grandes Consumidores

1 BNDES libera R$ 719 mi para CST-Arcelor

A CST teve o pedido de financiamento de R$ 719,4 milhões aprovado pelo BNDES. O dinheiro será aplicado na expansão da capacidade de produção da usina, localizada no ES, das atuais 5 milhões de toneladas de placas de aço por ano para 7,5 milhões de toneladas de placas de aço por ano. O BNDES será responsável por 28% do investimento total, que somará R$ 2,5 bilhões. O prazo final para a siderúrgica quitar o empréstimo junto ao banco é de 11,5 anos. Segundo o diretor da Arcelor Brasil, Maurício Lustosa de Castro, grande parte desses recursos será aplicada no quarto trimestre deste ano, para a fase de ajuste dos equipamentos. "A compra dos equipamentos e as obras civis já estão encerradas, cerca de 80% das obras estão concluídas", destacou Castro. A expectativa é que a produção comece em janeiro de 2007. (Gazeta Mercantil - 15.09.2006)

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2 Votorantim amplia em 25% a produção de gipsita em Pernambuco

A unidade mineradora Ponta da Serra, controlada pela Votorantim Cimentos, está iniciando obras para elevar em 25% a produção de gipsita, matéria-prima utilizada na fabricação de cimento. A ampliação deverá ser concluída em 12 meses. A mineradora produz hoje 25 mil toneladas por mês, ou 300 mil toneladas por ano, e a meta é dobrar o volume nos próximos anos, para 600 mil toneladas por ano. De acordo com Jacinto Alves Carvalho Neto, gerente da Ponta da Serra, a ampliação será possível por causa de dois fatores: o aumento no número de clientes e a implantação da ferrovia transnordestina. As jazidas da Votorantim Cimentos no sertão de Pernambuco têm reservas de 28 milhões de toneladas. Considerando o atual nível de consumo, a empresa poderá explorar a mina por mais 90 anos. (Gazeta Mercantil - 15.09.2006)

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3 Klabin investe R$ 300 mi em geração de energia

A empresa estima uma economia mínima inicial com o uso de biomassa de R$ 16,5 milhões. Petróleo caro e possibilidades de crise no abastecimento de energia elétrica num futuro próximo. Para afastar estes dois fantasmas, a Klabin está investindo no mais ambicioso projeto de cogeração de energia a partir da biomassa em implantação no País e que, de quebra, poderá trazer polpudos dividendos ao habilitar a empresa para a obtenção de créditos de carbono previstos pelo Protocolo de Kyoto. No bojo do investimento da empresa de R$ 2,2 bilhões que irá aumentar a produção de sua fábrica de Telêmaco Borba, de 700 mil para 1,1 milhão de toneladas anuais de papel cartão, perto de R$ 300 milhões estão sendo gastos com o projeto que deverá estar operando no final de 2007, somente a caldeira e um gerador de 70 MW, do tamanho de uma pequena usina, vão custar R$ 200 milhões. (Gazeta Mercantil - 15.09.2006)

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Economia Brasileira

1 Dividendos recordes das estatais para o Tesouro

Os dividendos das empresas públicas para o TN bateram todos os recordes, se confrontados com os últimos dez anos. A expectativa para 2006 é de que os bancos e as empresas remetam para o Tesouro pelo menos R$ 10,8 bilhões. Dados oficiais indicam que no primeiro semestre os pagamentos superaram o dobro do realizado no mesmo período de 2005, passando de R$ 3,04 bilhões para R$ 6,37 bilhões. O sistema financeiro federal, pagou R$ 3,62 bilhões de dividendos, cifra que já foi ampliada em R$ 1,8 bilhão de novos dividendos do BNDES e R$ 1,1 bilhão depositados pelo BB até agosto. O BNDES fez esse pagamento um mês depois de ter tido uma operação de capitalização por parte do acionista majoritário, o Tesouro Nacional, de pouco mais de R$ 5,3 bilhões. A Petrobras foi a empresa que mais pagou ao Tesouro no primeiro semestre de 2006 (R$ 2,3 bi). A Eletrobrás remeteu R$ 137,8 milhões. (Valor Econômico - 15.09.2006)

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2 Febraban reduz previsão de PIB para 3,23%

A pesquisa de setembro da Febraban mostra uma revisão nas expectativas de desempenho da economia brasileira em 2006 e 2007. Se por um lado as estimativas apontam para um menor crescimento, por outro, a expectativa é de uma inflação mais baixa e, conseqüentemente, menores taxas de juros. As estimativas do PIB em 2006 foram revistas de 3,61% na pesquisa de agosto para 3,23% em setembro. Para 2007, a projeção para o crescimento diminuiu ligeiramente, de 3,66% para 3,57%, em setembro. A projeção para o IPCA em 2006 diminuiu de 3,88% em agosto para 3,48% em setembro, e em 2007 de 4,42% para 4,34%. O arrefecimento da alta do preço do petróleo no mercado internacional diminuiu a expectativa de elevação do preço da gasolina no mercado doméstico e contribuiu para a queda mais acentuada do índice neste ano. A projeção para Selic do final de ano 2006 passou de 14,14% para 13,77%, e para o próximo ano houve queda de 13,15% para 12,72%. (Gazeta Mercantil - 15.09.2006)

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3 FMI: juros no Brasil podem cair

O FMI acredita que a queda das expectativas de inflação permite mais reduções dos juros no Brasil, cuja economia crescerá em 2006 e 2007 em ritmo um pouco maior que o previsto inicialmente pelo órgão. Charles Collyns, o "número dois" do departamento de análise do FMI, disse que "o BC está em posição muito boa" e que há espaço para reduções adicionais que possam estimular o investimento. Collyns, especialista na economia brasileira, reconheceu que "a resposta do crescimento foi desanimadora", mas pediu "paciência". Segundo ele, o Governo "fez muito nos últimos anos para criar as bases macroeconômicas para um crescimento sustentado". Ele elogiou medidas como o alto superávit primário e o estabelecimento de um marco "muito confiável" no combate à alta dos preços. (Gazeta Mercantil - 15.09.2006)

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4 FMI: Brasil gasta mal e "desaponta"

O FMI afirmou que o crescimento no Brasil tem sido "desapontador" e que o gasto público cresceu demais nos últimos anos, sem estar necessariamente focalizado em programas sociais ou em investimentos em infra-estrutura. Para o Fundo, o Brasil e outros países latino-americanos erram ao usar o atual aumento na arrecadação tributária para financiar o crescimento da despesa pública. Em caso de uma bastante provável piora no cenário internacional, diz o FMI, ficará mais difícil para o país manter os superávits primários e reduzir o peso da dívida pública. "O Brasil tem feito muito nos últimos anos em termos macroeconômicos. Mas temos de reconhecer que a resposta em termos de crescimento tem sido desapontadora e que alguma paciência ainda será necessária", afirmou Charles Collyns, economista do FMI especialista em Brasil. "Há uma extensa agenda de reformas a ser perseguida. O gasto público é um dos pontos, pois têm crescido de modo rápido no Brasil ao longo dos últimos dois anos. O que consideramos importante é que esse gasto seja mais focalizado em programas sociais específicos para os mais pobres. O governo Lula conseguiu sucesso nessa área, mas há mais a ser feito", disse. (Folha de São Paulo - 15.09.2006)

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5 Meirelles diz ser "guardião da moeda" no país

Em resposta aos comentários do FMI de que o Brasil está gastando mais e mal, o presidente do BC, Henrique Meirelles, disse que é "o guardião da moeda" no país. "Temos de olhar esse debate todo sob esse ponto de vista", disse. Quanto ao combate à inflação, "O importante é que a meta de superávit primário seja atendida." Questionado se os gastos não o preocupam, Meirelles afirmou: "Por definição, banqueiros centrais são preocupados o tempo todo. Nossa hipótese de trabalho é que o Brasil vai cumprir a meta e é esse compromisso que estamos ouvindo das autoridades responsáveis. Mas, como o BC não pode deixar de ser vigilante, ele se reúne a cada 45 dias para tomar decisões", disse o presidente do BC. Confrontado com os números do FMI que indicam crescimento de 3,6% neste ano, Meirelles afirmou que o próximo relatório sobre a inflação do BC terá "uma previsão de crescimento atualizada". Até agora, o Brasil trabalha oficialmente com uma expectativa de 4%. Meirelles tentou minimizar o fato de o país registrar o menor crescimento previsto na América Latina e afirmou que "o Brasil está no caminho certo". (Folha de São Paulo - 15.09.2006)

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6 Governo quer gastar R$ 5 bi a mais que limite fixado na LDO

Existe uma incompatibilidade de, pelo menos, R$ 5,06 bilhões entre a proposta de Orçamento apresentada pelo governo federal para 2007 e o PLDO. Esse é, na interpretação mais otimista dos consultores do Congresso, o montante de despesas correntes que ultrapassa o limite fixado, aprovado pela Comissão Mista de Orçamento para 2007. Diante da dificuldade de fazer tamanho corte, a tendência do Legislativo é suprimir do texto a regra de redução das despesas correntes como proporção do PIB sugerida, originalmente, pelo próprio Executivo, que acabou descumprindo-a. Excluindo despesas não sujeitas ao teto, o projeto prevê cerca de R$ 409,56 bilhões de despesas correntes, equivalente a 17,81% do PIB projetado para 2007. No entanto, o máximo que o governo poderia ter colocado no projeto seria 17,59% do PIB. Na interpretação mais rígida, o limite fica menor, 17,17% do PIB, o que eleva o excedente a cerca de R$ 14 bilhões. (Valor Econômico - 15.09.2006)

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7 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial abriu as operações com queda perante o fechamento de ontem, cotado a R$ 2,1620. Às 9h43, a moeda estava a R$ 2,1550 na compra e a R$ 2,1570 na venda, com decréscimo de 0,32%. Ontem, o dólar comercial teve alta de 0,27%, aos R$ 2,1620 na compra e R$ 2,1640 na venda. (Valor Online - 15.09.2006)


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Internacional

1 Bolívia: FMI vê "perigo para futuros investimentos"

O FMI criticou a política energética colocada em prática pelo presidente boliviano, Evo Morales. Para o organismo, a decisão de nacionalizar petróleo e gás e aumentar os impostos "aumenta a incerteza e pode colocar em perigo as perspectivas de novos investimentos". "Essas companhias realizam investimentos a longo prazo e precisam que eles sejam previsíveis", afirmou o economista-chefe do Fundo, Raghuram Rajan. "O perigo de alterar os termos dos contratos é que torna mais imprevisível o clima dos investimentos." O FMI aconselhou o governo Morales a encontrar um equilíbrio em suas políticas para não afugentar os investidores. Segundo o órgão, a Bolívia conseguiu um rápido aumento de suas exportações de gás depois de abrir seu setor de hidrocarbonetos para empresas privadas. Para o Fundo, o cenário econômico do país andino é promissor devido aos altos preços dos hidrocarbonetos. As autoridades também disseram que Morales recebeu o país em condições econômicas favoráveis. O organismo também criticou o governo equatoriano, que cancelou, em maio, o contrato com a petrolífera americana Oxy. O FMI disse que é preciso estabelecer um marco regulador "estável e previsível" para atrair os investimentos do capital privado. (Folha de São Paulo - 15.09.2006)

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2 Peru: Contratos de gás poderão ser revistos

A comercialização maciça de GN no Peru superou as expectativas dos operadores dois anos depois do início da instalação das redes em Lima. Os progressos prosseguem mas ainda não está claro como o novo governo social-democrata pretende abordar sua promessa de rever o contrato básico de gás da jazida de Camisea, sem chegar ao extremo de uma renegociação integral. "Não descartamos a possibilidade de renegociar o contrato, mas acreditamos que é necessário estabelecer o respeito dos contratos para dar credibilidade no país aos investimentos privados que são o motor do desenvolvimento", afirmou o gerente-geral da Cálidda, Marcelo Coppellotti. A empresa francesa apresentou um balanço de seus trabalhos em um contexto marcado pelas críticas do MME aos lentos avanços da distribuição do gás e aos esforços limitados da Suez para criar m mercado. A Cálidda superou em mais de 100% as metas acertadas com as autoridades quando foi habilitada em Lima uma rede de dutos para 32 mil clientes em potencial, pouco mais do dobro do que havia sido acordado em 2004, no início dos trabalhos, disse Coppellotti. A rede traçada corta ao meio toda a capital peruana. (Gazeta Mercantil - 15.09.2006)

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3 Irã: AIEA acusa comissão americana de mentir

A AIEA protestou contra a difusão de falsas informações sobre o programa nuclear iraniano por uma comissão do Congresso americano. Segundo uma carta assinada pelo diretor de relações exteriores da AIEA, Vilmos Cserveny, um relatório de da Comissão Permanente de Informação da Câmara, que apresenta o Irã como uma ameaça estratégica "contém informações errôneas, enganadoras e não-confirmadas". A carta protesta e qualifica de "insultante e desonesta" a alegação "contra a asserção incorreta e enganadora segundo a qual o diretor-geral da AIEA teria decidido transferir o belga Chris Charlier", um inspetor conceituado da agência, por "ele não ter respeitado uma regra não escrita da AIEA que proíbe revelar toda a verdade sobre o programa nuclear iraniano". Os responsáveis da agência indicaram que este especialista era responsável pelas inspeções no Irã e não retornou a este país em virtude da hostilidade de Teerã, que tem a prerrogativa de conceder ou não o credenciamento. (Diário do grande ABC - 14.09.2006)

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4 Chávez convoca G-15 para apoiar programa nuclear do Irã

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, pediu ao G-15 que apóie o direito do Irã de "desenvolver sua energia nuclear para fins pacíficos", durante uma reunião do organismo em Havana. "Peço todo o apoio para o governo e o povo do Irã em seu direito soberano de promover pesquisas e prosseguir, sem ameaças, com seu programa de energia atômica", disse Chávez. Ao discursar para os chefes de Estado e representantes do G-15, Chávez denunciou "as ameaças do império (americano), que pretende impedir que o Irã desenvolva sua energia nuclear para fins pacíficos". Para apoiar sua proposta, Chávez disse vários países do G-15 estão interessados em desenvolver energia nuclear para fins pacíficos, e citou Brasil e Argentina. (Diário do grande ABC - 15.09.2006)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Beatriz Mello Affonso, Bianca Reich, Guilherme Branquinho, Larissa Barbosa, Laryssa Naumann e Rodrigo Fonseca.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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