l IFE: nº 1.891 - 15
de setembro de 2006 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Leilões Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Reestruturação do Setor 1 EPE estima licitar aproveitamentos do Rio Teles Pires até 2009 Depois de
concluir os estudos de inventário dos rios Teles Pires e Apiacás, a EPE
pretende licitar a realização dos estudos de viabilidade e de impacto
ambiental (EIA-Rima), além da Avaliação Ambiental Integrada da Bacia do
Rio Tapajós. Segundo o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, ainda não
há previsão de quando ocorrerá a concorrência. A projeção da EPE é que
as usinas estarão aptas para licitação entre 2008 e 2009. Os estudos de
viabilidade e de impacto ambiental, estimou Tolmasquim, têm duração estimada
entre um ano e 18 meses. Os estudos de inventário dos rios Teles Pires
e Apiacás, realizados pela Eletrobrás e aprovados em julho pela Aneel,
revelaram a possibilidade de implementação de 3.697 MW, divididos em seis
aproveitamentos apresentam potencial de exploração. (APMPE - 14.09.2006)
2 Tolmasquim critica Relatório da WWF Mauricio
Tolmasquim, presidente da EPE, criticou o relatório Agenda Elétrica Sustentável
2020, produzido pela Unicamp e apresentado pela WWF. "O mínimo de responsabilidade
é necessário. Sem expansão da oferta de energia elétrica, não é possível
haver desenvolvimento, haver distribuição de renda. Então nós não podemos
iludir a população brasileira. É necessário, sim, expandir a oferta de
energia" afirmou. "A eficiência energética é importante e tem um papel,
deve-se fazer, mas se acreditar que é possível crescer sem construir novas
usinas é uma utopia que levará o país ao não-desenvolvimento", argumentou
o presidente da EPE. Karen Suassuna, assessora do WWF, rebateu as críticas
afirmando que há uma tentativa de se colocar sempre a questão do debate
ambiental contra o desenvolvimento. (Jornal do Commercio - 15.09.2006)
3 Ipea: expansão do mercado livre pode criar problemas para o mercado cativo Na avaliação
do coordenador da área de regulação do Ipea, Ronaldo Seroa da Motta, a
forte expansão do mercado livre pode criar problemas para o mercado cativo.
Segundo ele, como a diferença entre os dois mercados não se restringe
aos tipos de fornecedor e consumidor, mas também na forma de contratação
e precificação da energia, uma forte expansão do mercado livre poderá
fazer com que o mercado cativo fique com a energia mais cara, fazendo
com que administrações futuras tenham que reduzir o bom desempenho do
mercado. Para Motta, no entanto, a solução não seria a supressão do mercado
livre. Segundo ele, a desregulação do mercado livre é favorável e também
deveria valer para o mercado cativo. O pesquisador é contra a realização
de leilões como os que são feitos pela CCEE em que a contratação de longo
prazo é feita junto a um único comprador. Segundo Motta, os leilões monopsônicos
da CCEE acabam fazendo com que a tarifa de energia, em uma situação de
excesso de oferta, fique menor do que seu custo marginal de longo prazo.
"Não há razão para que haja um leilão para energia com contratação de
oferta e demanda", acrescenta. Por outro lado, segundo o pesquisador,
em caso de escassez por falta de investimentos, a CCEE terá que pagar
altos preços para atender a demanda. (Agência Canal Energia - 14.09.2006)
4
Desenvolvimento energético sustentável 5 Seminário discute agências reguladoras Acontece
no dia19 de setembro de 2006, terça-feira, o seminário "Agências Reguladoras
e Estado Contemporâneo - Desafios e Perspectivas", organizado pela ASANP
(Associação dos Servidores da Agência Nacional do Petróleo), com apoio
da FND/UFRJ (Faculdade Nacional de Direito) e da ANER (Associação Nacional
dos Especialistas em Regulação). O evento, a ser realizado no Salão Nobre
da Faculdade Nacional de Direito da UFRJ, tem por objetivo oferecer aos
servidores das agências reguladoras e ao público em geral, no atual período
pré-eleitoral, um evento gratuito em que representantes dos partidos dos
principais candidatos à Presidência da República - PT, PSDB, PSOL e PDT
- possam desenvolver uma abordagem política à temática do Seminário. Maiores
informações pelo e-mail: seminarioagencias@gmail.com. (GESEL-IE-UFRJ -
15.09.2006) A Aneel
liberou a operação comercial da unidade geradora 1 da pequena central
hidrelétrica Sacre 2, pertencente à Brasil Central Energia. A turbina
tem capacidade de 10 MW. A usina está localizada em Brasnorte, Mato Grosso.
A PCH está disponível ao sistema a partir desta quinta-feira, 14 de setembro.
O despacho foi publicado no Diário Oficial da União hoje. (Agência Canal
Energia - 14.09.2006)
Empresas 1 Economática: elétricas lucram R$ 5 bi no semestre As empresas
de energia elétrica listadas na Bovespa registraram, juntas, lucro líquido
de R$ 5,1 bilhões no primeiro semestre deste ano, o que representou um
valor recorde para o período, segundo estudo feito pela Economática a
partir dos resultados semestrais divulgados anualmente por 30 companhias
do setor que atuam no mercado financeiro. "Vistos os valores obtidos no
passado recente, essas companhias têm atualmente muito o que comemorar",
diz Fernando Exel, presidente da Economática. "A união dos dados financeiros
de todas as elétricas em um único balanço mostrou um setor altamente saudável,
com resultados bem superiores a muitos outros setores da economia", ressalta
o economista. O estudo da Economática comparou o desempenho das empresas
energia elétrica nos primeiros seis meses do ano com o resultado geral
obtido no mesmo período por todas as empresas de capital aberto - exceção
feita aos bancos e à Petrobras. O trabalho mostra que as elétricas elevaram
em 8,5% o lucro na comparação com o valor obtido em igual período do ano
passado, de R$ 4,7 bilhões. Ainda segundo os dados apurados pela Economática,
as empresas de energia elétrica tiveram um faturamento líquido de R$ 39,6
bilhões nos primeiros seis meses do ano, com crescimento de 1,6% sobre
o valor de igual intervalo de 2005. (Gazeta Mercantil - 15.09.2006) 2 Relação entre o lucro operacional próprio e a dívida das elétricas avançou para 20% O estudo feito pela Economática também mostra que a relação entre o lucro operacional próprio e a dívida (que mede a capacidade das empresas de honrar seus compromissos) das elétricas avançou para 20% no primeiro semestre de 2006, ante os 17,4% vistos no mesmo intervalo de 2005. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido também teve crescimento no período, de 16,1% para 16,9%. Já a dívida das companhias de energia elétrica manteve-se estável no período, em R$ 51 milhões, enquanto o patrimônio líquido acumulado em junho atingiu R$ 60 bilhões, 7% acima do valor registrado em junho de 2005, de R$ 56,2 bilhões. Turbulências ficam para trás. (Gazeta Mercantil - 15.09.2006) 3 Celesc cancela venda de ativos e planeja desverticalização A Celesc
abandonou o plano de vender parte dos ativos de transmissão e geração,
que previa colocar em leilão neste ano. Em vez da alienação de todos os
ativos, a empresa decidiu iniciar os processos de reestruturação societária
para que suas operações sejam desverticalizadas, com a criação de subsidiárias
para transmissão e geração e uma holding. A empresa deixará de vender
as 12 PCH's e os 20% que detém na ECTE, ativos considerados rentáveis,
e ainda os 40% que possui no projeto da Usina Cubatão. Mas continuará
com a venda da participação de 19,3% que tem na Casan, os 23,03% que têm
na Usina Hidrelétrica Dona Francisca e 14,63% na Maesa. O principal motivo
para a mudança na estratégia é o fato de a empresa não ter, até agora,
conseguido vender seus ativos, com os primeiros processos ainda em avaliação
pela Anee, além de estar com o prazo de cumprimento da lei de desverticalização
estourado. Ela já foi notificada pela agência e pode pagar multa pelos
atrasos. Há ainda outros motivos. No caso das PCHs, a Celesc não conseguir
alterar os prazos de concessão para o leilão. O CA da Celesc avalia os
estatutos das subsidiárias que serão constituídas. (Valor Econômico -
15.09.2006) 4
Elektro negocia ações preferenciais na Bovespa 5 Tractebel: recuperação de tributos terá impacto de R$ 58 mi no lucro líquido A Tractebel
Energia obteve, no STJ, a certificação do trânsito em julgado da disputa
judicial sobre afastamento da base de cálculo do PIS e da COFINS. Com
a decisão, a Tractebel e a CEM serão desoneradas da tributação, que representa
um valor no Ebtida de R$ 88 milhões, a ser compensado no mês de setembro.
A recuperação dos tributos cobrados de forma indevida provocará um impacto
de R$ 58 milhões no lucro líquido da Tractebel e da CEM, a ser contabilizado
no balanço do terceiro trimestre deste ano. (Agência Canal Energia - 14.09.2006)
No pregão
do dia 14-09-2006, o IBOVESPA fechou a 36.153,60 pontos, representando
uma baixa de 1,08% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$
1,69 bilhão. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização
de 1,07% fechando a 11.782,99 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o
seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 45,60 ON e R$ 40,90 PNB,
baixa de 2,88% e 2,85%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão
anterior. Na abertura do pregão do dia 15-09-2006 as ações da Eletrobrás
foram cotadas a R$ 46,10 as ações ON, alta de 1,10% em relação ao dia
anterior e R$ 41,36 as ações PNB, alta de 1,12% em relação ao dia anterior.
(Investshop - 15.09.2006) Um software
desenvolvido pela carteira do Ciclo 2003 de P&D da Eletronorte vai garantir
mais eficiência aos serviços prestados pela empresa. A ferramenta integra
os sistemas Info-POR, Sage e SAP/R3-Módulo PM, que armazenam e fornecem,
em tempo real, informações de manutenção e de operação. (Eletronorte -
14.09.2006)
Leilões 1 Leilão de energia nova: 171 empreendimentos interessados em participar de leilão A EPE recebeu
171 pedidos de cadastramento de empreendimentos de geração interessados
em participar do leilão de energia nova A-5, que ocorrerá dia 10 de outubro.
Entre os empreendimentos, 45 são de fonte termelétrica movida a óleo combustível.
Inscreveram-se ainda 32 PCHs, 29 térmicas movidas à biomassa, 27 térmicas
a óleo diesel, 25 usinas hidrelétricas, 9 térmicas a gás natural, 3 usinas
termelétricas a carvão mineral e 1 térmica a gás gerado em processamento
industrial (cogeração). (EPE - 14.09.2006) 2 Leilão de energia nova: Portaria do MME aprova sistemática do leilão A-5 A Portaria 242/2006 do MME, publicada no dia 8 de setembro no Diário Oficial da União, aprova as diretrizes para o Leilão de Energia Nova A-5, a serem promovidos pela Aneel. O documento define a sistemática do processo licitatório, marcado para o dia 10 de outubro. Para ver a íntegra da sistemática, clique aqui. (EPE - 14.09.2006) 3 Leilão de energia nova: EPE disponibiliza informe com CMO de empreendimentos para leilão O EPE disponibilizou
o Informe Técnico EPE-DEE-004/06 que trata do conjunto dos Custos Marginais
de Operação (CMO) que serão utilizados no cálculo dos valores do Custo
de Operação (COP) e do Custo Econômico de Curto Prazo (CEC) das termelétricos
habilitadas para o Leilão de Energia Nova A-5. Para ter acesso ao informe,
clique aqui.
(EPE - 14.09.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 55% O nível
de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 55%, apresentando
queda de 0,4% em relação à medição do dia 12 de setembro. A usina de Furnas
atinge 63,2% de volume de capacidade. (ONS - 13.09.2006) 2 Sul: nível dos reservatórios está em 40,2% O nível de armazenamento na região Sul apresentou queda de 0,2% na capacidade armazenada em relação à medição do dia 12 de setembro, com 40,2% de capacidade armazenada. A usina de Machadinho apresenta 34,6% de capacidade em seus reservatórios. (ONS - 13.09.2006) 3 NE apresenta 66,7% de capacidade armazenada Apresentando
queda de 0,3% em relação à medição do dia 12 de setembro, o Nordeste está
com 67,7% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de Sobradinho
opera com 62,9% de volume de capacidade. (ONS - 13.09.2006) 4 Norte tem 49,5% da capacidade de armazenamento O nível
de armazenamento da região Norte está em 49,5% apresentando queda de 0,4%
em relação ao dia 12 de setembro. A usina de Tucuruí opera com 40,7% do
volume de armazenamento. (ONS - 13.09.2006)
Gás e Termoelétricas 1 Tolmasquim: Brasil terá um excedente de gás em 2015 Os investimentos em exploração e produção, a construção de novos gasodutos e a viabilização de infra-estrutura para importação de GNL permitirá ao Brasil apresentar em 2015 um excedente de 24 milhões de m³ diários de gás natural. A informação é do presidente da EPE Maurício Tolmasquim. Por outro lado, até 2009 a relação entre oferta e demanda precisará ser "segurada". Segundo estudo elaborado pela EPE, a demanda por gás natural em 2005 será da ordem de 128 milhões de m³/dia, frente a 60 milhões consumidos hoje. O consumo da Petrobras responderá por 21 milhões, das distribuidoras por 60 milhões e das termelétricas por 47 milhões de m³ diários. No caso das térmicas, o cenário considera despacho de 85% da capacidade instalada. A oferta no mercado brasileiro será, por outro lado, da ordem de 152 milhões de m³/dia em 2015, aumento de 162% frente a oferta atual. "Claro que, para chegar a esse saldo em 2015, será necessário investir em exploração e produção e também tornar viável a importação de GNL, principalmente para ter flexibilidade para atender à demanda das usinas termelétricas", disse o presidente da EPE. (Jornal do Commercio - 15.09.2006) 2 EPE negocia com Ministério da Fazenda para diminuir custos de geração A EPE está
negociando com o Ministério da Fazenda a possibilidade de indexar o GNL
vendido a usinas termelétricas ao Henry Hub, preço futuro da commodity
comercializada na NYMEX. A medida reduziria os riscos do empreendimento
e poderia diminuir os custos de geração no mercado. "Desta forma, o contrato
firme de fornecimento de gás natural permaneceria atrelado a uma cesta
de óleos negociados no mercado internacional. As compras excedentes a
esse contrato, onde entraria o GNL, teria reajuste pelo Henry Hub. As
empresas geradoras reduziriam, desta forma, a necessidade de realizar
hedge para enfrentar as oscilações do mercado internacional. Seria uma
fator mitigador de riscos", afirmou Tolmasquim. (Jornal do Commercio -
15.09.2006) 3 Petrobras ameaça recorrer ao Bird Antes de
o governo da Bolívia confirmar que havia congelado a medida de se apossar
das receitas das refinarias da Petrobras, o presidente da estatal, José
Sérgio Gabrielli, dissera que não aceitaria que a empresa fosse "expulsa"
do país e que ela iria "aonde for preciso para defender seus investimentos"
no país. Gabrielli disse que o primeiro passo, se o governo Evo Morales
vier a levar a medida adiante, será recorrer ao próprio ministério com
o objetivo de que seja revogada a resolução do ministro Andrés Soliz Rada.
A empresa tem dez dias para apresentar o recurso. Caso ele seja desprezado,
a empresa irá à Justiça boliviana para tentar anular a decisão. Se o recurso
for em vão, a Petrobras vai recorrer ao Centro Internacional para Arbitragem
de Disputa sobre Investimento, órgão do Bird. (Folha de São Paulo - 15.09.2006)
4 Bolívia suspende medidas contra Petrobras O presidente
Lula anunciou que a Bolívia havia "congelado" a decisão de assumir a rede
produtiva de hidrocarbonetos e a venda de gás e derivados de petróleo
no país. Horas depois, em La Paz, o governo Evo Morales confirmou a suspensão
para que as novas condições sejam negociadas com a companhia brasileira.Como
o recuo não é definitivo, Lula endureceu um pouco mais o discurso em relação
aos bolivianos. "Obviamente que, se a Bolívia teimar em tomar essas atitudes
unilaterais, o Brasil vai ter de pensar em como fazer uma coisa mais dura
com a Bolívia". Os ministros de Lula e a Petrobras adotaram um tom mais
duro ao longo do dia. "O seqüestro de receita [das refinarias] consideramos
inaceitável", disse o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, que
chegou a anunciar uma "reação à altura da ação". (Folha de São Paulo -
15.09.2006) 5 Gabrielli: Crise boliviana não afetará fornecimento de GN Gabrielli disse que a questão do gás natural não está contemplada na atual disputa entre a estatal e a Bolívia. Segundo ele, o contrato de fornecimento de gás natural produzido na Bolívia para o Brasil não será afetado pela atual crise. O contrato tem validade até 2019. Trata do fornecimento de 30 milhões de m³ de gás natural por dia. Metade do consumo brasileiro é importada da Bolívia. "A resolução do ministério da Bolívia refere-se essencialmente à área de refino, à comercialização de GLP, diesel e gasolina. Portanto, não tem nada a ver com gás natural. A situação do contrato de venda de gás natural para o Brasil é totalmente separada", afirmou ele. (Folha de São Paulo e Jornal de Brasília - 15.09.2006) 6 Resolução será incluída nas negociações sobre o preço do gás A resolução do governo boliviano de confiscar a receita das refinarias da Petrobras na Bolívia -posteriormente suspensa- será incluída nas negociações sobre preço do gás, que seriam retomadas hoje, mas foram adiadas temporariamente, disse ontem Marco Aurélio Garcia, assessor especial da Presidência da República.Após Lula ter informado de que a decisão de assumir o controle das refinarias sem pagar nada à Petrobras havia sido congelada, Garcia explicou que conversou por telefone com o vice-presidente da Bolívia, Álvaro Linera, sobre o assunto e manifestou o "mal-estar" do governo brasileiro em relação à decisão. Linera informou que a medida fora congelada por tempo indeterminado e seria incluída na pauta das negociações já em andamento. Linera acrescentou que enviará uma carta explicando a posição do governo boliviano sobre a medida que foi suspensa. E que o governo não voltará atrás na nacionalização dos hidrocarbonetos, apesar de ter "congelado" a decisão de rebaixar as refinarias da Petrobras à condição de prestadoras de serviço. "É um congelamento para favorecer o diálogo e as negociações com a Petrobras", afirmou. (Folha de São Paulo e Superávit - 15.09.2006) 7 Petrobras no Brasil: queda da produção de petróleo e gás A produção de petróleo e gás da Petrobras no Brasil somou o equivalente a 2,042 milhões de barris/dia. O resultado representa uma queda de 1,2% na comparação com julho e uma alta de 3,8% em relação a agosto de 2005. A redução na comparação com o mês anterior pode ser atribuída à parada programada da plataforma P-20 na bacia de Campos. Também houve queda na produção se a conta incluir a produção no exterior. A média diária de petróleo e gás somou 2,291 milhões de barris/ dia, um recuo de 1% em relação a julho e a agosto de 2005. No exterior, a produção cresceu 1,4% e somou 248.688 barris/dia em razão do aumento da produção de gás na Bolívia e nos EUA. (Folha de São Paulo - 15.09.2006) 8 Reajuste de GNL pode ter como base mercado spot dos EUA O presidente da EPE, Mauricio Tolmasquim, disse que o Ministério da Fazenda está analisando uma proposta de reajuste de preços do gás natural flexível, via GNL, com base na cotação do Henry Hub , para térmicas que venham a competir em leilões de energia nova. Segundo ele, a iniciativa tem como objetivo reduzir o preço da energia térmica, que embute hedge aplicado pelos investidores. Para o preço dos contratos firmes de gás, destacou, o reajuste do combustível continuaria atrelado à cotação de uma cesta de óleos no mercado internacional. O gerente executivo de Comercialização e Marketing da Petrobras, Rogério Manso, destacou que o preço de regaseificação do gás liqüefeito seria fixado em US$ 0,80 por milhão de BTUs. Segundo ele, os contratos de gás de curto prazo tenderiam a migrar para o GNL diante das vantagens que surgirão neste tipo de contrato. Na avaliação de Manso, as térmicas que operaram com GNL serão mais competitivas. (Agência Canal Energia - 14.09.2006) 9 SC: comercialização de GN bate recorde A SC Gás bateu recordes de comercialização de gás natural em agosto. O volume total consumido no mês foi de 46.029.572 m³. A média diária e o pico de consumo no mês também bateram recorde. A média diária foi de 1.484.825 m³. Walter Fernando Piazza Júnior, presidente interino da SC Gás, destacou que o gás natural continua sendo a opção do empresariado catarinense (segmentos industrial, comercial e automotivo) por suas vantagens econômicas e pelos aspectos ecológicos, de segurança e a comodidade operacional. (A notícia - 15.09.2006) 10 Termelétrica de Cuiabá vai continuar parada A expectativa da Usina Mário Covas voltar a funcionar a gás natural em curto prazo caiu por terra com o adiamento da reunião oficial que aconteceria em La Paz entre os governos brasileiro e boliviano. Em resolução ministerial, o governo boliviano dá à YPFB o direito proprietário do petróleo e gás naquele país. Carlos Eduardo Baldi, presidente da Pantanal Energia, operadora da Termelétrica Cuiabá, afirma que ainda está "tentando digerir as informações das novas regras impostas pela Bolívia". O executivo entende que a medida é uma maneira de tentar pressionar para aumentar os valores dos contratos. "Mas sem uma decisão política do governo daquele país para retomar o abastecimento, fica muito complicado tentar conversar sobre qualquer questão comercial". Ele mantém a posição de indefinição sobre a usina voltar a funcionar a óleo diesel. "Temos que ter contrapartida comercial para poder mudar a fonte de geração". A demanda diária da empresa é de 2,2 milhões de metros cúbicos por dia. (Gazeta Digital - 15.09.2006)
Grandes Consumidores 1 BNDES libera R$ 719 mi para CST-Arcelor A CST teve
o pedido de financiamento de R$ 719,4 milhões aprovado pelo BNDES. O dinheiro
será aplicado na expansão da capacidade de produção da usina, localizada
no ES, das atuais 5 milhões de toneladas de placas de aço por ano para
7,5 milhões de toneladas de placas de aço por ano. O BNDES será responsável
por 28% do investimento total, que somará R$ 2,5 bilhões. O prazo final
para a siderúrgica quitar o empréstimo junto ao banco é de 11,5 anos.
Segundo o diretor da Arcelor Brasil, Maurício Lustosa de Castro, grande
parte desses recursos será aplicada no quarto trimestre deste ano, para
a fase de ajuste dos equipamentos. "A compra dos equipamentos e as obras
civis já estão encerradas, cerca de 80% das obras estão concluídas", destacou
Castro. A expectativa é que a produção comece em janeiro de 2007. (Gazeta
Mercantil - 15.09.2006) 2 Votorantim amplia em 25% a produção de gipsita em Pernambuco A unidade
mineradora Ponta da Serra, controlada pela Votorantim Cimentos, está iniciando
obras para elevar em 25% a produção de gipsita, matéria-prima utilizada
na fabricação de cimento. A ampliação deverá ser concluída em 12 meses.
A mineradora produz hoje 25 mil toneladas por mês, ou 300 mil toneladas
por ano, e a meta é dobrar o volume nos próximos anos, para 600 mil toneladas
por ano. De acordo com Jacinto Alves Carvalho Neto, gerente da Ponta da
Serra, a ampliação será possível por causa de dois fatores: o aumento
no número de clientes e a implantação da ferrovia transnordestina. As
jazidas da Votorantim Cimentos no sertão de Pernambuco têm reservas de
28 milhões de toneladas. Considerando o atual nível de consumo, a empresa
poderá explorar a mina por mais 90 anos. (Gazeta Mercantil - 15.09.2006)
3 Klabin investe R$ 300 mi em geração de energia A empresa
estima uma economia mínima inicial com o uso de biomassa de R$ 16,5 milhões.
Petróleo caro e possibilidades de crise no abastecimento de energia elétrica
num futuro próximo. Para afastar estes dois fantasmas, a Klabin está investindo
no mais ambicioso projeto de cogeração de energia a partir da biomassa
em implantação no País e que, de quebra, poderá trazer polpudos dividendos
ao habilitar a empresa para a obtenção de créditos de carbono previstos
pelo Protocolo de Kyoto. No bojo do investimento da empresa de R$ 2,2
bilhões que irá aumentar a produção de sua fábrica de Telêmaco Borba,
de 700 mil para 1,1 milhão de toneladas anuais de papel cartão, perto
de R$ 300 milhões estão sendo gastos com o projeto que deverá estar operando
no final de 2007, somente a caldeira e um gerador de 70 MW, do tamanho
de uma pequena usina, vão custar R$ 200 milhões. (Gazeta Mercantil - 15.09.2006)
Economia Brasileira 1 Dividendos recordes das estatais para o Tesouro Os dividendos das empresas públicas para o TN bateram todos os recordes, se confrontados com os últimos dez anos. A expectativa para 2006 é de que os bancos e as empresas remetam para o Tesouro pelo menos R$ 10,8 bilhões. Dados oficiais indicam que no primeiro semestre os pagamentos superaram o dobro do realizado no mesmo período de 2005, passando de R$ 3,04 bilhões para R$ 6,37 bilhões. O sistema financeiro federal, pagou R$ 3,62 bilhões de dividendos, cifra que já foi ampliada em R$ 1,8 bilhão de novos dividendos do BNDES e R$ 1,1 bilhão depositados pelo BB até agosto. O BNDES fez esse pagamento um mês depois de ter tido uma operação de capitalização por parte do acionista majoritário, o Tesouro Nacional, de pouco mais de R$ 5,3 bilhões. A Petrobras foi a empresa que mais pagou ao Tesouro no primeiro semestre de 2006 (R$ 2,3 bi). A Eletrobrás remeteu R$ 137,8 milhões. (Valor Econômico - 15.09.2006) 2 Febraban reduz previsão de PIB para 3,23% A pesquisa de setembro da Febraban mostra uma revisão nas expectativas de desempenho da economia brasileira em 2006 e 2007. Se por um lado as estimativas apontam para um menor crescimento, por outro, a expectativa é de uma inflação mais baixa e, conseqüentemente, menores taxas de juros. As estimativas do PIB em 2006 foram revistas de 3,61% na pesquisa de agosto para 3,23% em setembro. Para 2007, a projeção para o crescimento diminuiu ligeiramente, de 3,66% para 3,57%, em setembro. A projeção para o IPCA em 2006 diminuiu de 3,88% em agosto para 3,48% em setembro, e em 2007 de 4,42% para 4,34%. O arrefecimento da alta do preço do petróleo no mercado internacional diminuiu a expectativa de elevação do preço da gasolina no mercado doméstico e contribuiu para a queda mais acentuada do índice neste ano. A projeção para Selic do final de ano 2006 passou de 14,14% para 13,77%, e para o próximo ano houve queda de 13,15% para 12,72%. (Gazeta Mercantil - 15.09.2006) 3
FMI: juros no Brasil podem cair 4 FMI: Brasil gasta mal e "desaponta" O FMI afirmou
que o crescimento no Brasil tem sido "desapontador" e que o gasto público
cresceu demais nos últimos anos, sem estar necessariamente focalizado
em programas sociais ou em investimentos em infra-estrutura. Para o Fundo,
o Brasil e outros países latino-americanos erram ao usar o atual aumento
na arrecadação tributária para financiar o crescimento da despesa pública.
Em caso de uma bastante provável piora no cenário internacional, diz o
FMI, ficará mais difícil para o país manter os superávits primários e
reduzir o peso da dívida pública. "O Brasil tem feito muito nos últimos
anos em termos macroeconômicos. Mas temos de reconhecer que a resposta
em termos de crescimento tem sido desapontadora e que alguma paciência
ainda será necessária", afirmou Charles Collyns, economista do FMI especialista
em Brasil. "Há uma extensa agenda de reformas a ser perseguida. O gasto
público é um dos pontos, pois têm crescido de modo rápido no Brasil ao
longo dos últimos dois anos. O que consideramos importante é que esse
gasto seja mais focalizado em programas sociais específicos para os mais
pobres. O governo Lula conseguiu sucesso nessa área, mas há mais a ser
feito", disse. (Folha de São Paulo - 15.09.2006) 5 Meirelles diz ser "guardião da moeda" no país Em resposta
aos comentários do FMI de que o Brasil está gastando mais e mal, o presidente
do BC, Henrique Meirelles, disse que é "o guardião da moeda" no país.
"Temos de olhar esse debate todo sob esse ponto de vista", disse. Quanto
ao combate à inflação, "O importante é que a meta de superávit primário
seja atendida." Questionado se os gastos não o preocupam, Meirelles afirmou:
"Por definição, banqueiros centrais são preocupados o tempo todo. Nossa
hipótese de trabalho é que o Brasil vai cumprir a meta e é esse compromisso
que estamos ouvindo das autoridades responsáveis. Mas, como o BC não pode
deixar de ser vigilante, ele se reúne a cada 45 dias para tomar decisões",
disse o presidente do BC. Confrontado com os números do FMI que indicam
crescimento de 3,6% neste ano, Meirelles afirmou que o próximo relatório
sobre a inflação do BC terá "uma previsão de crescimento atualizada".
Até agora, o Brasil trabalha oficialmente com uma expectativa de 4%. Meirelles
tentou minimizar o fato de o país registrar o menor crescimento previsto
na América Latina e afirmou que "o Brasil está no caminho certo". (Folha
de São Paulo - 15.09.2006) 6 Governo quer gastar R$ 5 bi a mais que limite fixado na LDO Existe uma incompatibilidade de, pelo menos, R$ 5,06 bilhões entre a proposta de Orçamento apresentada pelo governo federal para 2007 e o PLDO. Esse é, na interpretação mais otimista dos consultores do Congresso, o montante de despesas correntes que ultrapassa o limite fixado, aprovado pela Comissão Mista de Orçamento para 2007. Diante da dificuldade de fazer tamanho corte, a tendência do Legislativo é suprimir do texto a regra de redução das despesas correntes como proporção do PIB sugerida, originalmente, pelo próprio Executivo, que acabou descumprindo-a. Excluindo despesas não sujeitas ao teto, o projeto prevê cerca de R$ 409,56 bilhões de despesas correntes, equivalente a 17,81% do PIB projetado para 2007. No entanto, o máximo que o governo poderia ter colocado no projeto seria 17,59% do PIB. Na interpretação mais rígida, o limite fica menor, 17,17% do PIB, o que eleva o excedente a cerca de R$ 14 bilhões. (Valor Econômico - 15.09.2006) 7
Dólar ontem e hoje
Internacional 1 Bolívia: FMI vê "perigo para futuros investimentos" O FMI criticou
a política energética colocada em prática pelo presidente boliviano, Evo
Morales. Para o organismo, a decisão de nacionalizar petróleo e gás e
aumentar os impostos "aumenta a incerteza e pode colocar em perigo as
perspectivas de novos investimentos". "Essas companhias realizam investimentos
a longo prazo e precisam que eles sejam previsíveis", afirmou o economista-chefe
do Fundo, Raghuram Rajan. "O perigo de alterar os termos dos contratos
é que torna mais imprevisível o clima dos investimentos." O FMI aconselhou
o governo Morales a encontrar um equilíbrio em suas políticas para não
afugentar os investidores. Segundo o órgão, a Bolívia conseguiu um rápido
aumento de suas exportações de gás depois de abrir seu setor de hidrocarbonetos
para empresas privadas. Para o Fundo, o cenário econômico do país andino
é promissor devido aos altos preços dos hidrocarbonetos. As autoridades
também disseram que Morales recebeu o país em condições econômicas favoráveis.
O organismo também criticou o governo equatoriano, que cancelou, em maio,
o contrato com a petrolífera americana Oxy. O FMI disse que é preciso
estabelecer um marco regulador "estável e previsível" para atrair os investimentos
do capital privado. (Folha de São Paulo - 15.09.2006) 2 Peru: Contratos de gás poderão ser revistos A comercialização
maciça de GN no Peru superou as expectativas dos operadores dois anos
depois do início da instalação das redes em Lima. Os progressos prosseguem
mas ainda não está claro como o novo governo social-democrata pretende
abordar sua promessa de rever o contrato básico de gás da jazida de Camisea,
sem chegar ao extremo de uma renegociação integral. "Não descartamos a
possibilidade de renegociar o contrato, mas acreditamos que é necessário
estabelecer o respeito dos contratos para dar credibilidade no país aos
investimentos privados que são o motor do desenvolvimento", afirmou o
gerente-geral da Cálidda, Marcelo Coppellotti. A empresa francesa apresentou
um balanço de seus trabalhos em um contexto marcado pelas críticas do
MME aos lentos avanços da distribuição do gás e aos esforços limitados
da Suez para criar m mercado. A Cálidda superou em mais de 100% as metas
acertadas com as autoridades quando foi habilitada em Lima uma rede de
dutos para 32 mil clientes em potencial, pouco mais do dobro do que havia
sido acordado em 2004, no início dos trabalhos, disse Coppellotti. A rede
traçada corta ao meio toda a capital peruana. (Gazeta Mercantil - 15.09.2006)
3 Irã: AIEA acusa comissão americana de mentir A AIEA protestou contra a difusão de falsas informações sobre o programa nuclear iraniano por uma comissão do Congresso americano. Segundo uma carta assinada pelo diretor de relações exteriores da AIEA, Vilmos Cserveny, um relatório de da Comissão Permanente de Informação da Câmara, que apresenta o Irã como uma ameaça estratégica "contém informações errôneas, enganadoras e não-confirmadas". A carta protesta e qualifica de "insultante e desonesta" a alegação "contra a asserção incorreta e enganadora segundo a qual o diretor-geral da AIEA teria decidido transferir o belga Chris Charlier", um inspetor conceituado da agência, por "ele não ter respeitado uma regra não escrita da AIEA que proíbe revelar toda a verdade sobre o programa nuclear iraniano". Os responsáveis da agência indicaram que este especialista era responsável pelas inspeções no Irã e não retornou a este país em virtude da hostilidade de Teerã, que tem a prerrogativa de conceder ou não o credenciamento. (Diário do grande ABC - 14.09.2006) 4
Chávez convoca G-15 para apoiar programa nuclear do Irã
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
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