l IFE: nº 1.890 - 14
de setembro de 2006 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Leilões Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional Biblioteca
Virtual do SEE
Regulação e Reestruturação do Setor 1 MME: país precisa de energias alternativas O secretário
de Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME, Márcio Zimmermann,
defendeu ontem que o Brasil terá de buscar fontes alternativas de energia
para atender ao crescimento da demanda. Ele disse, no entanto, que a energia
obtida por meio das hidrelétricas "continuará sendo o carro-chefe". Zimmermann
advertiu que é necessário enfrentar o "desafio de incorporar novas usinas
e abrir espaços para o carvão, o gás, a biomassa e outras alternativas",
diante das projeções de um crescimento anual da economia em torno de 5%.
O secretário informou que daqui a três anos o Brasil ainda estará utilizando
apenas 30% do seu potencial hidrelétrico, atualmente em 260 mil MW. "O
Brasil tem uma vantagem competitiva e um potencial a ser explorado bastante
positivo", apontou, citando que na Alemanha essa exploração já chegou
aos 100%; na França, também já se atingiu o limite dos 100% e nos Estados
Unidos ele está em 70%. Conforme projeções de oferta e demanda até 2015
- feitas em 2003 -, haverá necessidade de um aumento da oferta interna
em cerca de 29 mil MW, prevendo um consumo nacional em torno de 76 mil
MW. (Valor Econômico - 14.09.2006) 2 MME pretende colocar PNE 2030 para consulta pública em novembro O Plano
Nacional de Energia 2030 deve ser disponibilizado para consulta pública
em novembro, segundo Márcio Zimmerman, secretário de Planejamento e Desenvolvimento
do MME. Segundo ele, o documento ficará disponível ao público por 30 a
40 dias. A versão final do PNE 2030 deve ser lançada até o final de dezembro
deste ano. Da série de nove audiências públicas para o Plano Nacional
de Energia 2030 (PNE), restam duas a serem realizadas. Uma ocorrerá no
próximo dia 21, em que será debatida a evolução do mercado de energia
em longo prazo, e no final de outubro, o último encontro do gênero, tratará
da estratégia da expansão da oferta. (Agência Brasil e APMPE - 13.09.2006)
3 Fiscalização avalia a aplicação da tarifa de baixa renda por distribuidoras Técnicos
da Aneel e das agências estaduais conveniadas fiscalizaram este ano a
aplicação da tarifa social por oito das 64 concessionárias de distribuição
de energia elétrica que atuam no país. A expectativa é de que até o final
do ano a fiscalização dos descontos tarifários destinados aos consumidores
de baixa renda se estenda a outras 20 distribuidoras, das quais três já
se encontram em processo de avaliação. O trabalho de fiscalização tem
como objetivo verificar se os valores dos subsídios apresentados pelas
concessionárias e homologados pela Aneel correspondem aos descontos aplicados
à tarifa dos consumidores classificados na Subclasse Residencial Baixa
Renda. Além disso, é verificado se as empresas têm aplicado corretamente
os critérios legais de enquadramento necessários à concessão desse benefício.
(Aneel - 14.09.2006) 4
Abrace reitera preocupação com elevação de preços da energia 5 Projeto propõe alteração nos incentivos sobre ICMS para geração de energia no MT O projeto
que altera a lei 7.293, sobre ICMS incidente em fornecimentos a projetos
de geração de energia elétrica em Mato Grosso foi encaminhado à Assembléia
Legislativa. A proposta pretende inserir parágrafo único ao artigo primeiro.
A mudança proporcionará para a Secretaria de Indústria, Comércio e Minas
e Energia o acompanhamento da execução dos projetos específicos e as renúncias
tributárias. Outra mudança é a possibilidade de transferência de crédito
de ICMS acumulados pelas empresas investidoras em geração de energia.
(Elétrica - 13.09.2006) 6 Relatório da WWF traça cenários elétricos para o país de 2004 a 2020 A WWF-Brasil
apresenta nesta quinta-feira (14/09) o relatório intitulado Agenda Elétrica
Sustentável 2020, desenvolvido por uma equipe de especialistas da Unicamp
e balizado por uma coalizão de associações de produtores e comerciantes
de energias limpas, grupos ambientais e de consumidores. O relatório traça
dois cenários elétricos para o país de 2004 a 2020. Ambos assumem as mesmas
hipóteses de crescimento e condições socioeconômicas da população. O cenário
Tendencial segue os moldes adotados atualmente, mantendo o nível de desperdício
de energia e o limitado papel das fontes não convencionais. Já o cenário
Elétrico Sustentável apresenta políticas de planejamento mais agressivas,
maior eficiência na geração e na transmissão, racionalidade no consumo
e maior utilização de fontes não convencionais para a produção de eletricidade.
(WWF - 13.09.2006) 7 Relatório da WWF: aplicação do cenário sustentável resultará em economia de R$ 33 bi A aplicação do cenário Elétrico Sustentável no Brasil resultará na economia de R$ 33 bilhões para os consumidores até o ano de 2020. A redução do desperdício de energia elétrica propiciará a diminuição da expectativa de demanda de energia elétrica em até 38%. A geração de 20% da demanda esperada de eletricidade em 2020 por fontes renováveis irá gerar 8 milhões de novos postos de trabalho. Com a adoção do cenário, estará garantida a estabilização das emissões de dióxido de carbono e de óxido de nitrogênio em um patamar próximo ao de 2004. Para que a Agenda Elétrica Sustentável se concretize é necessário que um conjunto de recomendações de políticas públicas seja adotado e implementado pelo governo e por diversos setores da sociedade. Dentre elas, é possível destacar a implantação de um plano nacional de eficiência energética com metas quantificadas e o lançamento da segunda fase do Proinfa II. (WWF - 13.09.2006) 8
Revisão tarifária é tema de debate no III Painel Setorial O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) vai contestar, em audiências públicas sobre a construção de usinas hidrelétricas no rio Madeira (RO), o Relatório de Impacto Ambiental (Eia-Rima), aprovado pelo Ibama esta semana. A informação é do representante do MAB na região do Madeira, Wesley Ferreira Lopes. (Valor Econômico - 14.09.2006) A Aneel liberou para teste duas novas unidades geradoras de energia. A Brasil Central Energia teve autorização para o funcionamento da terceira geradora, de 10 MW de potência, da PCH Sacre 2, localizada em Campo Novo do Parecis (MT). A Aneel autorizou ainda a operação em teste da segunda geradora da UTE Giasa II, em Pedras de Fogo (PB). A unidade tem 20 MW. (Elétrica - 13.09.2006) O Rio Grande do Sul chegou a marca de 50 PCHs em operação, com potência instalada total de 138,7 MW, segundo levantamento da assessoria técnica da Secretaria Estadual de Minas, Energia e Comunicações. (Elétrica - 13.09.2006) O diretor geral da Aneel, Jerson Kelman, foi escolhido pela Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica (Apine) para receber o Prêmio Apine 2006. (Agência Canal Energia - 13.09.2006)
Empresas 1 BID aprova financiamento de US$ 182 mi para a Coelba O BID aprovou
financiamento no valor de US$ 182 milhões para a Coelba. O investimento
foi feito para apoiar programa de investimento de capital da distribuidora.
O montante inclui empréstimo de até US$ 112 milhões, oriundo do capital
ordinário do BID, além de um empréstimo consorciado, de até US$ 70 milhões.
Esse empréstimo é proveniente de instituições que subscrevem acordos de
participação com o banco. Os recursos, que são parte do programa de investimento
da Coelba para o ciclo 2006/2010, tem como alvo as obras no âmbito do
programa Luz para Todos. Além disso, o plano da distribuidora envolve
investimentos em tecnologia da informação e equipamentos, além de gastos
com expansão da rede de distribuição da empresa e conexões para novos
usuários, segundo o BID. (Agência Canal Energia - 13.09.2006) 2 Aneel mantém multas aplicadas às distribuidoras Bandeirante e Piratininga A diretoria colegiada da Aneel manteve a penalidade de multa aplicada às distribuidoras paulistas Companhia Piratininga de Força e Luz e Bandeirante Energia S/A pelo descumprimento dos prazos para a apresentação dos laudos de avaliação da Base de Remuneração de ativos definida no processo de revisão tarifária periódica das concessionárias em 2003. A Piratininga e a Bandeirante foram multadas em maio de 2005 em R$ 4 milhões, por apresentarem a documentação exigida fora do prazo de 31/08/2004 estabelecido pela Agência. O valor da multa da Piratininga foi estabelecido em R$ 1,42 milhão. No caso da Bandeirante, a penalidade ficou em R$ 1,41 milhão. (Aneel - 14.09.2006) 3 Rede Energia ratifica distribuição primária de até 35,6 milhões de Units O CA da
Rede Energia ratificou a aprovação para distribuição primária de até 35.679.445
Units, que representam 35.679.445 ações ON e 142.717.780 ações PN, na
razão de uma ação ordinária e quatro ações preferenciais para cada Unit.
O CA do Grupo Rede terá de aprovar o preço de emissão antes da concessão
do registro da oferta pela CVM. A operação será realizada em mercado de
balcão não-organizado e em regime de garantia firme de liquidação. Haverá
ainda esforços de venda no exterior, para investidores institucionais
qualificados. O conselho também autorizou os coordenadores da oferta de
opção a emitirem até 3.320.555 Units suplementares, correspondentes a
3.320.555 ações ordinárias e 13.282.220 ações preferenciais suplementares.
O preço por Unit será fixado com base no resultado do procedimento de
coleta de intenções de investimento (bookbuilding). (Agência Canal Energia
- 13.09.2006) 4
Cotações da Eletrobrás O presidente da empresa Ventos do Sul, Telmo Magadan, disse que a empresa Ventos do Sul tem interesse em participar numa futura reedição do Proinfa. Embora previsto no programa inicial, essa segunda edição não tem data definida, nem capacidade de geração determinada para homologação. (Eletrosul - 14.09.2006) Enersul ganhou o terceiro prêmio do ano. A certificação agora vem pela revista Eletricidade Moderna, uma publicação de referência no setor elétrico brasileiro que elege as melhores distribuidoras do país por meio de uma pesquisa que confronta uma série de indicadores fornecidos pelas próprias empresas. (Elétrica - 13.09.2006)
Leilões 1 Leilão de energia nova: sete PCHs do RS devem participar de leilão A Secretaria
Estadual de Minas, Energia e Comunicações do RS informou que sete PCHs
devem participar do leilão de energia nova marcado para o dia 10 de outubro.
Estas usinas são responsáveis por uma potência instalada total de 116
MW. As PCHs são Criúva (20 MW), Palanquim (19 MW), Pezzi (20 MW), Quebrada
Funda (16 MW), Autódromo (15 MW), Boa Fé (15 MW) e São Paulo (11 MW).
(Elétrica - 13.09.2006) 2 MME planeja leilão de usina de Santo Antonio para dezembro Segundo o secretário de Planejamento e Desenvolvimento do MME, Márcio Zimmermann, o ministério trabalha com a possibilidade de realizar o leilão da hidrelétrica de Santo Antonio (RO / 3.150 MW) em dezembro deste ano. O executivo não descartou que a oferta seja feita no primeiro bimestre de 2007. A concretização do processo depende da concessão da licença ambiental prevista para ocorrer em novembro. Quanto à Jirau (3.300 MW), Zimmermann afirmou que a oferta ocorrerá na primeira oportunidade que houver. (Agência Canal Energia - 13.09.2006) 3 MME: exploração energética da Amazônia é uma decisão da sociedade O secretário
de Planejamento e Desenvolvimento do MME, Márcio Zimmermann, salientou
que a exploração do potencial energético da Amazônia, estimado em 100
mil MW, dependerá de uma decisão da sociedade. Ele afirmou que o ministério
realiza estudos para precisar o real potencial que poderá ser explorado
no futuro. "Temos que adaptar a estimativa aos requisitos ambientais que
ficaram mais exigentes nos últimos anos", salientou. (Agência Canal Energia
- 13.09.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 55,4% O nível
de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 55,4%, apresentando
queda de 0,4% em relação à medição do dia 11 de setembro. A usina de Furnas
atinge 63,6% de volume de capacidade. (ONS - 12.09.2006) 2 Sul: nível dos reservatórios está em 40,4% O nível de armazenamento na região Sul apresentou queda de 0,1% na capacidade armazenada em relação à medição do dia 11 de setembro, com 40,4% de capacidade armazenada. A usina de Machadinho apresenta 37,8% de capacidade em seus reservatórios. (ONS - 12.09.2006) 3 NE apresenta 67% de capacidade armazenada Apresentando
queda de 0,4% em relação à medição do dia 11 de setembro, o Nordeste está
com 67% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de Sobradinho
opera com 63,5% de volume de capacidade. (ONS - 12.09.2006) 4 Norte tem 50% da capacidade de armazenamento O nível
de armazenamento da região Norte está em 50% apresentando queda de 0,3%
em relação ao dia 11 de setembro. A usina de Tucuruí opera com 41,2% do
volume de armazenamento. (ONS - 12.09.2006)
Gás e Termoelétricas 1 Petrobras se manifesta descontente com resolução boliviana Em nota, diante da edição da Resolução Ministerial 207/2006, publicada no dia 12.09.2006, a Petrobras manifestou seu desacordo com a medida, desde o ponto de vista legal, operacional e financeiro, já que a decisão inviabiliza totalmente os negócios de refino da Companhia no país. A resolução compromete a manutenção das atividades de refino. Além disso, a apropriação dos fluxos de caixa da Companhia por parte da YPFB põe em risco a manutenção dos financiamentos já contratados pela empresa e, em conseqüência, a manutenção normal de suas atividades. Neste sentido, a Petrobras está avaliando possíveis medidas a adotar em virtude desta determinação unilateral do Ministério de Hidrocarbonetos e Energia. A empresa reiterou seu compromisso com o desenvolvimento do país e manifestou sua profunda preocupação com os efeitos negativos que esta decisão unilateral terá para a indústria nacional e regional. A companhia sustentou, ainda, que atua e atuará sempre com transparência, respeitando as leis vigentes na Bolívia. (Petrobras e Agência Brasil - 13.09.2006) 2 Brasil cancela encontro com Bolívia O Ministério
de Minas e Energia e a Petrobras decidiram cancelar a viagem a La Paz
marcada para 15/09 do ministro Silas Rondeau e do presidente da estatal,
José Sérgio Gabrielli, em protesto contra a resolução governo boliviano
que rebaixa as duas refinarias da empresa a prestadoras de serviço. A
decisão ainda dependia de ratificação do presidente Lula, mas dificilmente
seria revertida. Com o cancelamento da reunião, as negociações com o governo
boliviano, paralisadas há dois meses, voltam à estaca zero. (Folha de
São Paulo - 14.09.2006) 3 Petrobras quer reduzir a dependência do gás natural da Bolívia O gerente
de Planejamento Energético da Petrobras, Paulo Roberto de Oliveira, mostrou
que a estatal pretende antecipar para 2008 a meta de atingir a marca de
40 milhões de metros cúbicos de gás por dia de produção nacional. Para
isso, a empresa está intensificando os investimentos em campos de exploração
e em dutos para transporte. A expectativa da Petrobras, segundo ele, é
que o mercado consumidor brasileiro tenha capacidade de oferecer 121 milhões
de metros cúbicos por dia em 2011. A empresa também trabalha para reduzir
a dependência do gás natural importado da Bolívia, atualmente, em 24 milhões
de metros cúbicos por dia; contra uma produção nacional de 15,8 milhões
de metros cúbicos por dia. Uma das medidas, segundo ele, é a implantação
de dois pontos de regaseificação de gás natural liquefeito; uma no Rio
de Janeiro e outra em Pecém (CE). (Agência Canal Energia - 13.09.2006)
4 Petrobras fecha acordo na Argentina A Petrobras
Energía, subsidiária da Petrobras na Argentina, assinou com as empresas
Enarsa e Repsol YPF um acordo para a constituição de um consórcio que
terá como objetivo a exploração, desenvolvimento, produção e comercialização
de petróleo e gás natural em águas profundas da plataforma continental
argentina. A empresa informa que a Petrobras Energía integrará o consórcio
com uma participação de 35%, sendo a operadora da área, enquanto a Enarsa
e a YPF terão participações de 35% e 30%, respectivamente. A Petrobras
Energía e a YPF serão responsáveis por aportar os fundos necessários para
financiar o investimento correspondente à Enarsa nesta etapa. No caso
de haver uma descoberta comercial, a Enarsa reembolsará a Petrobras Energía
e a YPF os investimentos realizados, referentes à sua participação. Este
projeto se beneficiará, segundo a companhia brasileira, "da reconhecida
liderança e capacitação tecnológica da Petrobras em exploração e produção
em águas profundas e ultraprofundas, no Brasil e no Exterior". (A Notícia
- 13.09.2006) 5 Falta gás para térmicas, diz estudo da Gás Energy Estudo apresentado pela Gás Energy,com base no Planejamento Mensal da Operação, elaborado pelo ONS, aponta para um cenário ruim no sistema elétrico durante os próximos dois anos. Segundo Marco Tavares, sócio da consultoria, já está faltando gás para geração térmica e a tendência é que a situação se agrave até 2009, quando o país começará a importar GNL. Ele não fala em risco imediato, mas diz que, sem as térmicas, o País caminha para uma redução significativa dos reservatórios das hidrelétricas. "A alternativa é gastar água dos reservatórios, em uma situação semelhante à que vivemos antes do racionamento de energia", comparou. Segundo os dados disponíveis, o custo atual de geração já justificaria o uso de pelo menos quatro térmicas no País, que não estão sendo despachadas por indisponibilidade de gás. Em 2007, diz Tavares, o Brasil precisará de 22 milhões de m³ de gás natural para geração térmica, caso os preços se mantenham no atual patamar, mas não haverá gás disponível para todas as usinas. Em 2008, segundo os cálculos da Gás Energy, o Brasil terá capacidade para abastecer apenas 32% da capacidade do parque térmico. (Jornal do Commercio - 14.09.2006) 6 Grupo belga-francês investe em biodiesel O grupo belga-francês Menaa Finance está participando de um projeto, com duas parceiras brasileiras, para a construção de uma fábrica de biodiesel no município de Acreúna (GO). A unidade, que vai utilizar como matérias-prima óleo de soja e de caroço de algodão, deve receber investimento total de 53 mi de euros, de bancos privados. A pedra fundamental da usina será lançada no dia 23, na área de 30 hectares definida para o projeto, no município que fica a 150 Km da capital do Estado, Goiânia. A outra participante do projeto é a All Cotton. "Ela será responsável por fornecer as matérias-primas", afirmou Borges, que participou de um evento mundial sobre algodão realizado em Goiânia nesta semana. A unidade utilizará equipamentos da alemã Lurgi e a estimativa é que fique pronta em 14 meses. (Jornal do Commercio - 14.09.2006)
Grandes Consumidores 1 Vale já tem mais dinheiro do que precisa para comprar a Inco A CVRD já
conseguiu no mercado financeiro internacional mais que os US$ 18 bilhões
necessários para pagar o lance que fez pela mineradora canadense de níquel
Inco. Há uma corrida dos bancos para participar da operação. Esse é um
sinal de confiança na Vale e uma aposta que a empresa vai levar a rival
canadense. Os bancos que já aderiram ao pool para financiar o negócio
colocaram mais de US$ 20 bilhões à disposição da Vale. A data limite para
os bancos aderirem a operação é dia 18/09/2006. A distribuição de cotas
para o empréstimo é três vezes maior que o montante sindicalizado durante
um ano inteiro no Brasil. Esta é a maior operação sindicalizada feita
na América Latina e é o triplo do que é feito anualmente no País. (Folha
de São Paulo - 14.09.2006) 2 Comperj fica quase US$ 2 bi mais caro O projeto
do Comperj demandará US$ 8,4 bilhões de investimentos, US$ 1,9 bilhão
a mais do que o inicialmente esperado pela Petrobras e o grupo Ultra,
sócios do empreendimento junto com o BNDES. O presidente da Petroquisa,
José Lima de Andrade Neto, atribuiu a elevação do custo à conclusão do
detalhamento do projeto, finalizado no início deste mês. A complexidade
tecnológica e o aumento dos custos de equipamentos contribuíram para encarecer
o empreendimento. Os sócios admitem a possibilidade de incorporar investidores
estrangeiros ao projeto, como forma de dividir os riscos envolvidos. Com
relação ao custo do Comperj, Andrade Neto revelou que, dos US$ 8,4 bilhões,
US$ 5,2 bilhões serão desembolsados só para tornar viável a central de
matérias-primas do complexo. (Gazeta Mercantil - 14.09.2006) 3 Suzano: ampliação, de olho em Itaboraí No mesmo
dia em que iniciou as obras de expansão de capacidade em sua unidade de
Duque de Caxias, a Suzano Petroquímica sinalizou com a possibilidade de
construir nova planta de polipropileno na região: o projeto poderia ser
colocado em prática a partir de 2012, quando está prevista a entrada em
operação do Comperj, que forneceria a matéria-prima, neste caso o propeno,
para a nova linha de produção. De acordo com o co-presidente da Suzano
Petroquímica, José Ricardo Roriz Coelho, a empresa estuda a implantação
de uma linha de 800 mil toneladas de capacidade, o que consumiria investimento
estimado de US$ 800 milhões (US$ 1 mil por tonelada). De concreto, a Suzano
planeja concluir as obras em Duque de Caxias em meados do ano que vem,
aumentando a produção das atuais 200 mil toneladas, para 300 mil toneladas/ano
de poliropileno. (Jornal do Commercio - 14.09.2006)
Economia Brasileira 1 Artigo sobre desindustrialização no Brasil Não houve um processo de desindustrialização no Brasil, seja por vias naturais ou por contração da chamada "doença holandesa", segundo o artigo Há Evidências de Desindustrialização no Brasil?, de André Nassif, economista do BNDES. Apesar de argumentações a respeito da reprimarização do país, devido às transformações ocorridas desde 1990, Nassif aponta que a indústria de transformação doméstica conseguiu estabilizar a participação média no PIB brasileiro entre os anos de 1990 e 2000 e já apresentou um pequeno aumento nos últimos anos. A impossibilidade da existência da "doença holandesa" (conceito analisado no trabalho) no país se dá porque não houve uma realocação de fatores produtivos para os segmentos que constituem o grupo de indústrias com tecnologias baseada em recursos naturais e também porque não se constatou um regresso ao padrão de especialização exportadora em produtos intensivos em recursos naturais ou em trabalho. O estudo, apesar de afirmar que o processo de desindustrialização não é sempre um fenômeno negativo, alerta para os riscos de uma futura desindustrialização no Brasil. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ -13.09.2006) 2 FMI: Brasil deve expandir-se 3,6% O FMI espera para o Brasil uma expansão real do PIB de 3,6% em 2006 e de 4% em 2007. Antes, a previsão era de incremento de 3,5%. A Argentina deve crescer 8% em 2006 e 6% nos 12 meses seguintes. A economia chilena deve aumentar 5,2% até dezembro e 5,5% em 2007. As economias que participam do Mercosul devem ter crescimento de 4,8% agora e de 4,5% no próximo calendário. "A convergência da inflação para as metas deram espaço para relaxar o aperto monetário passado no Brasil e México, sustentando uma retomada no crescimento em ambos países. Em uma Argentina de rápida expansão, a política monetária tem sido apertada gradualmente em resposta a uma inflação de dois dígitos, mas permanece acomodatícia", observou o Fundo. O organismo notou ainda sinais de recuperação do investimento privado, ajudado pela melhoria da confiança, pelas taxas de juros em queda e pelo aumento no crédito bancário, embora chamou a atenção para o fato de as taxas de investimento permanecerem bem abaixo daquelas dos emergentes asiáticos. (Valor Econômico - 14.09.2006) 3
Governo acelera investimento depois de abril 4 Mesmo com Selic menor, juro bancário recua pouco Os juros
bancários continuam a declinar de forma bastante lenta, mesmo após a redução
da Selic para 14,25% ao ano. Os juros médios do cheque especial apresentaram
pequena oscilação, passando de 8,17% em agosto para 8,16% ao mês em setembro,
segundo pesquisa do Procon-SP realizada junto a dez bancos. Apenas o BB
e o Bradesco reduziram suas taxas. Já a taxa do empréstimo pessoal, passou
de 5,36% para 5,29% ao mês. Estas aconteceram no HSBC, Caixa, Bradesco
e no BB. Apesar do ritmo lento, os juros do cheque especial e do empréstimo
pessoal atingiram em setembro o menor patamar desde fevereiro de 2005.
"A discreta redução das taxas não significa que estejam em níveis aceitáveis",
afirmou o Procon em nota. "É preciso ter cautela ao contratar qualquer
modalidade de crédito." (Folha de São Paulo - 14.09.2006) 5 IGP-10 registra taxa de variação de 0,36% em setembro O IGP-10
registrou variação de 0,36%, em setembro, 0,09p.p superior à taxa registrada
em agosto(0,27%). O IPA registrou variação de 0,45% no mês, acelerando-se
0,14 p.p. em relação a agosto(0,31%). Bens Finais passou de 0,60% para
-0,40%. Bens Intermediários registrou variação de 0,38%, acelerando-se
0,2 p.p. em relação a agosto(0,18%). Quatro dos cinco subgrupos componentes
apresentaram aceleração, com destaque para suprimentos, passando de -0,87%
para 0,94. Matérias-Primas Brutas passou de 0,19% para 1,76. O IPC registrou
variação de 0,22%, em setembro, 0,13 p.p. acima da taxa de agosto (0,09%).
A maior contribuição para o avanço partiu de Habitação, cuja taxa passou
de -0,18% para 0,21%. Neste grupo, destaca-se tarifa de eletricidade residencial
(-0,45% para -0,08%). Contribuíram também para o avanço do IPC os grupos
Alimentação e Vestuário, passando de 0,47% e -1,19% em agosto para 0,61%
e -0,44% em setembro, respectivamente. O INCC desacelerou-se 0,25 p.p.,
passando de 0,41% para 0,16%. Dos três componentes, apenas Mão-de-Obra
apresentou decréscimo, de 0,61% para 0,02. Materiais, cuja taxa passou
de 0,25% para 0,3%, subiu 0,5p.p. e Serviços passou de 0,14% para 0,16%.
(FGV - 14.09.2006) O dólar comercial abriu as operações com valorização perante o fechamento de ontem, cotado a R$ 2,1640. Às 10h05, a moeda estava a R$ 2,1630 na compra e a R$ 2,1650 na venda, com elevação de 0,32%. Ontem, o dólar comercial declinou 0,50%, a R$ 2,1560 na compra e R$ 2,1580 na venda. (Valor Online - 14.09.2006)
Internacional 1 Argentina nega crise energética O ministro
de Planejamento Federal da Argentina, Julio De Vido, descartou a existência
de uma crise energética, mas apelou para o consumo "racional" de energia,
com o objetivo de que o país possa continuar com as taxas "quase orientais"
de crescimento da economia. "Apesar dos prognósticos de mau agouro da
famosa e desejada crise energética, esta não chega", criticou De Vido.
(Elétrica - 13.09.2006) 2 Espanha pode mudar exigência à oferta da E.ON O governo
espanhol informou que comunicou à UE que poderia modificar a maior parte
das condições impostas à oferta do grupo alemão E.ON pela elétrica local
Endesa, embora as duas devam garantir o fornecimento energético do país.
O Ministério da Economia anunciou que poderia mudar 15 das 19 condições
estabelecidas pela CNE para a proposta de compra da E.ON, inclusive as
relativas a desinvestimentos.O ministro da Economia, Pedro Solbes, disse
que as dúvidas da Comissão Européia e as solicitações das companhias envolvidas
devem ser resolvidas até outubro. (Jornal do Commercio - 14.09.2006) 3 NOAL: países têm direito à pesquisa de energia nuclear para fins pacíficos Os representantes dos 118 Países Não-Alinhados, reunidos em Havana, vão ter que confrontar as posições tradicionais de seu movimento ao programa nuclear do Irã, que deve receber o aval da conferência por ser considerado pelos participantes um programa "civil". Entre os Não-Alinhados, o Paquistão e a Índia já dispõem da arma nuclear, enquanto que a Coréia do Norte é considerada como tendo as capacidades para fabricar uma ou mais bombas. Os membros do NOAL "reafirmam que a eliminação total das armas nucleares é a única garantia absoluta contra a utilização ou a ameaça de utilização de tais armas". Ao mesmo tempo, eles "reafirmam que os países em desenvolvimento têm o direito inalienável de participar de atividades de pesquisa, de produção e de utilização de energia nuclear com fins pacíficos sem discriminação". (Diário do grande ABC - 13.09.2006)
Biblioteca Virtual do SEE 1 NASSIF, André. Há evidências de desindustrialização no Brasil?. BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Rio de Janeiro: julho de 2006 Para ler
o texto na íntegra, clique aqui.
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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