l IFE: nº 1.883 - 01
de setembro de 2006 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Leilões Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional Biblioteca
Virtual do SEE
Regulação e Reestruturação do Setor 1 Brasil e Argentina discutem parceria para construção de hidrelétrica Os secretários
de Energia do Brasil, Ronaldo Schuck, e da Argentina, Daniel Cameron,
se reuniram para discutir parcerias entre a Eletrobrás e a iniciativa
privada para a construção da Unidade Hidroelétrica Binacional Garabi.
De acordo com o secretário, o investimento previsto para a obra é de cerca
de US$ 2 bilhões. "A capacidade de geração de energia elétrica será de
1.800 MW, podendo atingir, dependendo das soluções de engenharia, até
3.000 MW, valor correspondente à totalidade do consumo atual do Rio Grande
do Sul", explicou. Brack anunciou que pretende lançar uma Frente Parlamentar
"para que o projeto saia do papel e se transforme em realidade". Ele disse
ainda que os marcos regulatórios, os parâmetros legais e os critérios
para a licitação da obra estão sendo definidos. A partir do início das
obras, a previsão de conclusão é de seis anos. (Agência Brasil - 01.09.2006)
2 Cier quer integração energética da América do Sul Representantes
da Comissão de Integração Energética Regional (Cier) estiveram reunidos
com o secretário de Planejamento do MME, Márcio Zimmermann, e com o assessor
especial do ministro Silas Rondeau, Ivo Almeida Costa, para discutir projetos
que viabilizem a integração energética entre os países da América do Sul.
O secretário de Planejamento do MME, Márcio Zimmermann, destacou a importância
dos projetos do Cier: "Essas conversar e projetos são muito produtivas
já que facilitam uma possível integração. Temos que lembrar que o continente
é auto-suficiente em energia e essa aproximação é fundamental para chegarmos
ao objetivo de integrar todos os países da América do Sul", explicou.
Na reunião, os representantes do Cier afirmaram que estão fazendo uma
avaliação geral do que está acontecendo em termos de interconexão na América
do Sul. "O Brasil já tem uma experiência interessante em interconexão
interna e externa. Podemos aprender com esse exemplo e compartilhar outras
experiências bem sucedidas para conseguirmos integrar todos os países",
disse José Antônio Vargas Lleras. (MME - 31.08.2006) 3 MME tem projeto para interligar Manaus O MME tem
um planejamento nacional que pode garantir, em 2011, a interligação de
Manaus ao sistema brasileiro de energia. Diante desta possibilidade, a
Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) subsidiada ao Amazonas seria reduzida
em 20%, passando de R$ 4,6 bilhões, registrados nos últimos seis anos,
para R$ 3,6 bilhões. A informação foi dada pelo secretário de Planejamento
e Desenvolvimento do ministério, Márcio Zimmermann. De acordo com Zimmermann,
o Plano Decenal - 2006 a 2015 - prevê o fim do sistema isolado no qual
a capital amazonense está incluída. "Visto que Manaus terá gás natural
até 2012, a interligação ao sistema nacional chegará em boa hora. Além
disso, já foi constatada a viabilidade técnica e econômica desse processo",
completou. Para o secretário, a Amazônia tem um grande potencial energético,
com características interessantes como, por exemplo, interligações nacionais
e internacionais, inclusive com a Venezuela. Do total de US$ 56 bilhões
a serem investidos no setor energético, nos próximos dez anos, o secretário
disse que entre US$ 12 bilhões e US$ 14 bilhões serão destinados à região
Norte. (InvestNews - 31.08.2006) 4
Curtas Até o final de setembro a PCH Garganta da Jararaca, localizada no Noroeste de Cuiabá, estará em operação. O enchimento do lago deve ser concluído hoje. A PCH vai gerar 29,3 MW de energia constante por meio da concessionária local Rede Cemat para cidades que atualmente integram o sistema isolado geração térmica. (Diário de Cuiabá - 31.08.2006)
Empresas 1 AES: reestruturação e venda de ações da Eletropaulo Os acionistas
da holding Brasiliana Energia S/A, o grupo norte-americano AES Corporation
e o BNDESPar aprovaram a realização de uma reorganização societária, que
incluirá uma oferta pública secundária de ações preferenciais da distribuidora
de energia Eletropaulo. As ações estão em poder de outra subsidiária da
Brasiliana, a AES Transgas Empreendimentos S.A. (Transgas) e a realização
da oferta está prevista para ainda este mês. Os recursos serão usados
para reduzir dívidas da Brasiliana. Antes de dar início à operação, alguns
passos ainda terão que ser dados. O primeiro deles é a assinatura, pela
diretoria da holding, de um contrato para a liberação do penhor das ações
da Eletropaulo a serem ofertadas no mercado. Caso a operação não ocorra
até 30/09/2006, a diretoria também foi autorizada a fazer o inverso: assinar
todos os documentos e contratos necessários para o restabelecimento do
penhor. (Gazeta Mercantil - 01.08.2006) 2 Estado da Paraíba vende suas ações na Celb e Saelpa O governo do Estado da Paraíba vai vender sua pequena participação acionária nas distribuidoras de energia elétrica que atuam no Estado, a Celb e a Saelpa. A venda está marcada para 06/09/2006, no pregão eletrônico na Bovespa. De acordo com o edital, o governo paraibano venderá seus 4,22% do capital total da Celb a um preço de R$ 146,57 o papel. Já os 0,32% de ações do capital total da Saelpa será negociado a R$ 0,35 a unidade. (Valor Econômico - 01.08.2006) 3 Energias do Brasil prevê dobrar capacidade A Energias
do prevê dobrar, até o fim do ano, a sua capacidade de geração, acionando
em outubro a terceira turbina da Usina de Peixe Angical, no rio Tocantins
que, sozinha, recebeu investimentos totais de R$ 1,6 bilhão, sendo R$
670 milhões financiados pelo BNDES. A capacidade irá de 131 para 181MW.
Além disso, a holding prevê a entrada em operação da quarta máquina da
unidade de Mascarenhas (ES), que ampliará a capacidade da hidrelétrica
de 131 para 181 MW. Por fim, o grupo ainda colocará em operação este ano
a PCH de São João, com potência de 25 MW, no mesmo Estado. (InvestNews
- 31.08.2006) 4
Copel quer concessões em outros estados 5 Celpe aprova emissão de R$ 170 mi em debêntures simples A Superintendência
de Fiscalização Econômica e Financeira da Aneel aprovou a emissão de R$
170 milhões em debêntures simples, não conversíveis em ações e sem garantias
de recebíveis, pela Celpe. De acordo com despachos publicados no DOU,
o pagamento do montante pode ser feito em até seis anos, com carência
de cinco anos para pagamento do principal. O custo nominal máximo é de
105% do CDI, destinados à adequação do perfil do endividamento da empresa.
(Agência Canal Energia - 31.08.2006) 6 Redução de tarifa da Coopera A conta
de energia elétrica ficará 3,43% mais barata no mês que vem para consumidores
e associados da Coopera das classes residencial, rural, comercial e industrial
(grupo B). A redução da tarifa não vale porém para a classe industrial
(grupo A). Essa categoria terá aumento entre 3,5% e 5%. "As novas tarifas
representarão uma redução no faturamento da Coopera de aproximadamente
R$ 65 mil mensais. Os consumidores só notarão a diferença integral na
fatura da conta de energia a partir do mês de outubro, já que, no mês
de setembro, a leitura e a cobrança serão feitas de forma proporcional
ao número de dias", disse o presidente da Coopera, Carlos Alberto Arns.
(Jornal da Manhã - 01.09.2006) 7 Comerc institui conselho consultivo para melhorar gestão A Comerc
inicia uma nova fase a partir desta sexta-feira, 1º de setembro, quando
ocorre a primeira reunião do novo conselho consultivo da comercializadora.
A empresa convocou quatro especialistas na economia do país e no setor
elétrico para avaliarem o planejamento estratégico e o desempenho dos
negócios. As reuniões do conselho contarão com a presença dos 12 sócios
da Comerc. Por trás da decisão de constituir um conselho consultivo está
a estratégia de crescimento de um empresa que administra um volume de
805 MW médios, correspondente a 9% do total do mercado livre, e tem 91
unidades industriais, 11% desse mercado. A Comerc acaba de se tornar uma
Sociedade Anônima de capital fechado, o que a levará a apresentar ao mercado
o balanço financeiro. (Agência Canal Energia - 31.08.2006) No pregão do dia 31-08-2006, o IBOVESPA fechou a 36.232,22 pontos, representando uma baixa de 0,22% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 2,52 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 0,96% fechando a 11.865,77 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 46,80 ON e R$ 42,80 PNB, alta de 0,54% e 0,82%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Na abertura do pregão do dia 01-09-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 46,80 as ações ON, estável em relação ao dia anterior e R$ 42,81 as ações PNB, alta de 0,02% em relação ao dia anterior. (Investshop - 01.09.2006) A Eletropaulo anunciou que fará ajuste de provisionamento de contingências trabalhistas de R$ 120 milhões e que alongou o prazo da dívida de R$ 2,7 bilhões com a Cesp. (Gazeta mercantil - 01.08.2006) A Aneel liberou na última quarta-feira, 30 de agosto, duas novas unidades geradoras de energia. A Nova América - Alimentos teve autorização para iniciar o funcionamento das geradoras 1 e 2, de 13.220 kW e 23.600 KW de potência, respectivamente, da UTE Maracaí, localizada no município de Maracaí, em São Paulo. (Agência Canal Energia - 31.08.2006)
Leilões 1 CCEE publica edital de 3º Leilão de Ajustes A CCEE publicou
edital pararealização do 3º Leilão de Ajustes para o dia 29 de setembro.
O principal marco do cronograma, disponível no site www.ccee.org.br, é
o dia 15 de setembro, prazo para a entrega do aviso de compra pelas distribuidoras.
Se não houver demanda por parte das distribuidoras, o Leilão não será
realizado. O produto disponibilizado neste leilão cobre os eventuais déficits
de energia até o final do ano - inicia-se em 1º de outubro e encerra-se
em 31 de dezembro de 2006. Os Leilões de Ajuste têm por objetivo complementar
a carga de energia necessária ao atendimento do mercado consumidor das
concessionárias de distribuição, até o limite de 1% dessa carga. (CCEE
- 31.08.2006) 2 CCEE pretende desenvolver cronograma para Leilões de Ajuste A CCEE estuda desenvolver, em conjunto com a Aneel, um cronograma para a realização dos Leilões de Ajuste e do Mecanismo de Compensação de Sobras e Déficits (MCSD) para o ano de 2007, encadeado com o prazo para a declaração das necessidades das distribuidoras para o Leilão A-1, o que deve dar origem a um calendário anual a ser divulgado para o mercado. (CCEE - 31.08.2006) 3 Aneel prevê lançamento de edital de novo leilão de LTs para setembro A Aneel
prevê o lançamento, até o final de setembro, do edital para o leilão de
mais dez linhas de transmissão e três subestações. A Aneel deverá promover
o leilão até o final do ano. As linhas somarão 1.033 km de extensão e
passarão por nove estados brasileiros: Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraná,
Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
O conjunto de empreendimentos integra o planejamento do governo para a
ampliação da Rede Básica do Sistema Interligado Nacional (SIN) e a melhoria
do atendimento nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste. A construção das linhas
tem investimentos totais estimados em R$ 680 milhões. (Aneel - 31.08.2006)
4 Aneel divulgará em setembro novo edital para leilão de LTs suspenso A Aneel
divulgará em setembro o novo edital para o leilão de concessões de 14
linhas de transmissão, que foi suspenso no dia 18 de agosto. O tema está
previsto para ser apreciado em reunião de diretoria do dia 5 de setembro.
(Aneel - 31.08.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 59,5% O nível
de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 59,5%, apresentando
queda de 0,3% em relação à medição do dia 29 de agosto. A usina de Furnas
atinge 67,9% de volume de capacidade. (ONS - 30.08.2006) 2 Sul: nível dos reservatórios está em 38,7% O nível de armazenamento na região Sul apresentou queda de 0,1% na capacidade armazenada em relação à medição do dia 29 de agosto, com 38,7% de capacidade armazenada. A usina de Machadinho apresenta 54,4% de capacidade em seus reservatórios. (ONS - 30.08.2006) 3 NE apresenta 71,3% de capacidade armazenada Apresentando
queda de 0,3% em relação à medição do dia 29 de agosto, o Nordeste está
com 71,3% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de Sobradinho
opera com 68,6% de volume de capacidade. (ONS - 30.08.2006) 4 Norte tem 55,1% da capacidade de armazenamento O nível
de armazenamento da região Norte está em 55,1% apresentando queda de 0,6%
em relação ao dia 29 de agosto. A usina de Tucuruí opera com 46,9% do
volume de armazenamento. (ONS - 30.08.2006)
Gás e Termoelétricas 1 Brasil e Bolívia voltam a negociar no dia 15 Brasil e Bolívia retomam no dia 15 as conversas sobre a nacionalização dos ativos da Petrobrás. Segundo o MME, o governo brasileiro vai apresentar aos bolivianos a experiência nacional na produção de biocombustíveis, como álcool e biodiesel, na avaliação de potenciais hidrelétricos e em geração térmica de energia, entre outros. A reunião, em La Paz, marca a retomada das conversas do grupo de alto nível criado pelos países em maio. Coordenado pelo ministro brasileiro de Minas e Energia, Silas Rondeau, e por seu colega boliviano, Andrés Soliz Rada, o grupo discute a questão de um ponto de vista mais político que os três grupos técnicos, compostos por executivos da Petrobrás e da YPFB. Quanto à nacionalização dos ativos da Petrobrás, três assuntos importantes estão em aberto: como ficarão as operações da empresa naquele país, as indenizações pela transferência do controle de refinarias a YPFB e os novos contratos de concessão que serão assinados à luz do decreto de nacionalização. (Jornal do Commercio e O Estado de São Paulo - 01.09.2006) 2 Petrobras estuda exploração no Paraguai A Petrobras
começou a estudar propostas para definir se é rentável a exploração de
hidrocarbonetos no Chaco paraguaio em Assunção. A Petrobras manteve conversações
com representantes de subsidiária da britânica CDS Oil& Gas, que em 2005
perfurou poço de 1,6 mil metros e constatou a exitência de gás natural,
mas suspendeu a exploração após comprovar que o petróleo encontrado era
difícil de se extrair."A Petrobras está trabalhando com a CDS para tomar
conhecimento dos trabalhos realizados por esta companhia e pelo potencial
que existe na região", disse o vice-ministro de Minas e Energia do Paraguai,
Héctor Ruiz Díaz. "Logo após essa revisão técnica, devemos receber uma
posição da empresa em 60 dias", acrescentou. (Jornal do Commercio e Gazeta
Mercantil - 01.09.2006) 3 Petrobras cria a Tag para unificar transporte de gás A Petrobras
vai incorporar todas as suas transportadoras de gás em uma só companhia,
que se chamará Transportadora Associada de Gás (Tag). Gradualmente, a
Tag vai absorver sete transportadoras nas quais a estatal tem participação
acionária relevante, controle acionário ou 100% das ações, hoje detidas
pela Gaspetro, assim como os novos projetos. A nova empresa nasce com
ativos de R$ 4 bi, faturamento anual de R$ 1,7 bi, e capacidade de transportar
diariamente 50 milhões de m³ de gás por dia em seus 7.756 Km de gasodutos.
O diretor de Gás e Energia da Petrobras, Ildo Sauer, disse que o objetivo
dessa reestruturação organizacional é melhorar a gestão das empresas e
torná-las mais eficientes, o que trará ganhos financeiros, comerciais
e operacionais. Os cálculos são de que a criação da Tag permitirá uma
economia de US$ 1 bilhão se trazidos a valor presente a redução dos custos
estimados para os próximos 20 anos. (Valor Econômico - 01.09.2006) 4 Empresas privadas vão investir US$ 12 bi Assim como
a Petrobras, as empresas privadas do setor de petróleo e gás revisaram
para cima os investimentos em E&P. A estimativa do IBP é de que as companhias
petrolíferas privadas investirão no Brasil US$ 12 bi, entre 2007 e 2011,
para desenvolver áreas e iniciar a produção de petróleo em parte delas.
O planejamento anterior, válido para o período 2006-2010, previa investimentos
de US$ 7,4 bi no segmento de E&P por parte das empresas privadas. Somando-se
a participação da Petrobras os investimentos em E&P chegarão a US$ 52,8
bilhões nos próximos cinco anos. A maior parte desses investimentos do
setor privado ficará concentrado no Rio de Janeiro. Isto se deve ao desenvolvimento
de projetos na Bacia de Campos, que começam a entrar em operação a partir
do ano que vem. (Jornal do Commercio - 01.09.2006) 5 CGTEE tem autorização para usar biodiesel na geração de energia A CGTEE recebeu autorização da ANP para a queima experimental de biodiesel em sua unidade de Candiota, a Usina Termelétrica Presidente Médici. A BR Distribuidora fornecerá o combustível, que será utilizado experimentalmente no lugar do "fuel oil", no processo de queima do carvão para a geração de energia elétrica. Serão realizados dois tipos de testes, o primeiro com 100% biodiesel e o segundo com metade biodiesel e os 50% restantes de "fuel oil". No momento, a empresa aguarda a entrega do combustível para testá-lo. Esta é a primeira experiência no mundo de substituição do "fuel oil" na geração de energia térmica à carvão. (CGTEE - 30.08.2006) Com investimentos de R$ 3,5 milhões, do MCT, foram iniciadas neste mês as pesquisas para aumentar de 2% para 5% a participação do carvão mineral na geração de energia até o ano de 2015. O projeto, com recursos provenientes do CT Energ da Finep/MCT, é voltado para a capacitação de laboratórios de universidades, institutos e centros de pesquisa, bem como, qualificar recursos humanos e promover cooperação internacional que resultem no aproveitamento adequado e eficaz dessa matriz energética. O Cetem unidade vinculada ao MCT, participa do comitê gestor do projeto, juntamente com entidades do setor produtivo, centros de pesquisas e o Ministério das Minas e Energia. Sob a coordenação do professor Carlos Hoffmann Sampaio, da UFRGS, o trabalho do comitê se estenderá por 3 anos retomando, assim, o programa do carvão brasileiro. Atualmente, o País consome 5 milhões de toneladas/ano do mineral, e, de acordo com as pesquisas até hoje feitas, possui cerca de 31 bilhões de toneladas em reservas localizadas no sul do país, onde o carvão beneficiado é utilizado em usinas termoeléticas. (MCT e Agência FAPESP - 31.08.2006) 7 Senai desenvolve planta piloto de biodiesel O Senai desenvolveu uma planta piloto de uma fábrica de biodiesel que foi exposta na sede da CNI. A fábrica, com capacidade para produzir 50 litros de biodiesel por dia, é economicamente viável para produtores de soja, que poderiam fabricar o combustível para uso em máquinas agrícolas. "A nova tecnologia separa o biodiesel da glicerina em apenas 15 minutos, enquanto a tecnologia usada atualmente pelas usinas leva de uma hora e meia a seis horas", compara o diretor da escola do Senai de Jacareí, Domingos Gonçalves da Costa. O projeto, de R$ 1,5 mi, está concorrendo em edital para financiamento de projetos no setor de biodiesel da Finep do MCT. Entre outros projetos divulgados pelo Senai, está a Plataforma de Pesquisa, Desenvolvimento e Tecnologia em Agroenergia da Embrapa, que realizará pesquisas de produção de combustíveis como o álcool e biodiesel a partir de diversos vegetais oleaginosos. (InvestNews - 31.08.2006) 8 Biocombustível receberá investimento de R$ 355 mi A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse que os investimentos do governo, incluindo as empresas estatais, em pesquisa e desenvolvimento de biocombustíveis entre 2006 e 2008, deverão somar cerca de R$ 355 mi. Esse "orçamento" para o setor inclui recursos aportados pelos ministérios de Minas e Energia, e Ciência e Tecnologia, pela Petrobrás e pela Embrapa. Em pronunciamento durante o 1º Encontro Nacional do Biocombustível, promovido pela CNI, Dilma ressaltou que boa parte dos recursos será investida pela Petrobrás - cerca de R$ 129 mi até 2008. (Gazeta de Alagoas - 31.08.2006) 9 Aben manifesta preocupação com ausência de Angra 3 no programa de governo do PT A Associação Brasileira de Energia Nuclear manifestou preocupação com a ausência da construção da usina nuclear de Angra 3 no programa de governo apresentado esta semana pelo Partido dos Trabalhadores. O presidente da Aben, Edson Kuramoto, disse que estranhou o fato de o atual governo, que busca a reeleição, ter incluído o empreendimento no Plano Decenal de Expansão de Energia Elétrica 2006-2015, mas não o considerou no programa apresentado para a próxima gestão presidencial. (Agência Canal Energia - 31.08.2006)
Grandes Consumidores 1 Usiminas obtém do BNDES R$ 900 mi O Banco
BNDES aprovou limite de crédito de até R$ 900 milhões ao Sistema Usiminas.
Os recursos serão divididos em dois subcréditos, utilizados para financiar
a modernização de duas usinas do grupo. A Usiminas receberá cerca de R$
400 milhões, enquanto a Cosipa terá desembolsos de até R$ 500 milhões.
De acordo com a Usiminas, os recursos serão acessados para viabilizar
o plano de investimentos da companhia até 2010, que corresponde a um valor
entre US$ 1,6 bilhão e US$ 1,8 bilhão. O plano prevê melhorias nos equipamentos
de aciaria nas usinas de Ipatinga e Cubatão e equipamentos no laminador
de chapas grossas em Ipatinga. O objetivo desses investimentos, a serem
concluídos entre 2009 e 2010, é atender e antecipar a demanda crescente
de chapas grossas tanto no mercado interno quanto externo e aumentar em
volume e qualidade a oferta de laminados a quente. A Usiminas também ampliará
a capacidade de placas em Cubatão. A produção será elevada em 500 mil
toneladas ao ano, para suprir a demanda de placas para laminação da empresa
até aproximadamente 2012, viabilizando inclusive oportunidades de laminação
no exterior. (Jornal do Commercio - 01.09.2006) 2 Icec inaugura fábrica no Rio As obras
de ampliação da usina de aços especiais controlada pela Gerdau e as operações
da CSA, em Itaguaí, pesaram na decisão da construtora paulista Icec de
expandir operações no estado do Rio de Janeiro: o grupo investiu R$ 5
milhões para instalação de fábrica de estruturas metálicas em Campo Grande.
Da linha de produção da fábrica, vão sair 15 mil toneladas de estruturas
por ano em função da demanda acentuada por minério de ferro e aço no mercado
fluminense - cuja produção deverá chegar a 21,3 milhões de toneladas por
ano até 2008 - resultando no incremento da quantidade de projetos do rol
de clientes. A intenção da empresa é oferecer estruturas com preços e
no prazo de encomendas reduzidos. Projeções apontam crescimento de 44%
este ano, sobre o faturamento de R$ 240 milhões. O aporte de R$ 5 milhões
será aplicado em obras para reajustar o espaço físico disponível. A empresa
mira no fornecimento de painéis estruturais para centros comerciais e
refinarias da Petrobras. (Jornal do Commercio - 01.09.2006) 3 Justiça pede fianças de Gerdau e Belgo A Gerdau
e a Belgo-Mineira terão de apresentar cartas de fiança de R$ 245 milhões
e R$ 75 milhões, respectivamente, para continuar recorrendo à Justiça
contra a decisão do Cade que condenou as duas siderúrgicas por formação
de cartel. Em nota, a Gerdau informou que "obteve na Justiça a antecipação
de tutela, suspendendo os efeitos da decisão do Cade" e que "a suspensão
da cobrança da multa foi concedida em decorrência de seu pedido de garantir
o eventual pagamento mediante a apresentação de carta-fiança bancária
e não de depósito em dinheiro". Apesar disso, o Cade entende que foi uma
vitória importante e comemorou a decisão. Apesar de não ter de pagar as
multas, as empresas terão de provisionar esses valores. Com a decisão,
as empresas terão de pagar caso queiram continuar a batalha jurídica contra
o Cade. (Valor Econômico - 01.09.2006)
Economia Brasileira 1 Conjuntura da UFRJ: descasamento entre oferta e demanda Para o economista Caio Prates, do grupo de Conjuntura da UFRJ, a economia passa hoje por um descasamento entre oferta e demanda. Se, por um lado, a demanda interna está aquecida, a oferta não acompanha o ritmo. Segundo Prates, houve um crescimento de 3,9% no consumo frente o primeiro semestre do ano passado, em grande parte abastecido pelas importações. "O resultado ainda não apareceu na balança devido ao aumento de preços no exterior, o que funciona em termos de balança comercial, mas não para o PIB, no qual valem as negociações em quantidade", lembra o especialista. O descompasso é fruto do desequilíbrio verificado na taxa de câmbio, o que não deve ser revertido até o fim do ano. (Gazeta Mercantil - 01.09.2006) 2 Analistas cortam previsão do PIB para 3% O crescimento do PIB no segundo trimestre ficou abaixo das projeções mais pessimistas do mercado, levando economistas de bancos e consultorias a iniciar ontem a revisão, para baixo, de suas estimativas para este ano. O Bradesco, está revendo o crescimento para cerca de 3,5%. O Banco Pátria reduziu sua projeção de 3,2% para 3%. A MB Associados, que previa uma expansão de 3,5% em 2006, reduziu suas expectativas para 3%. Para 2007, a projeção caiu de 3,1% para 2,8%. A RC Consultoria mantém sua projeção de crescimento para o ano em 3,7. (Folha de São Paulo - 01.09.2006) 3
País cresce menos que emergentes e desenvolvidos 4 Mantega mantém meta de 4% neste ano O ministro
Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento) atribuiu ontem o crescimento de
0,5% no segundo trimestre à queda nas exportações das indústrias, greves
de fiscais da Anvisa e da Receita que atuam no comércio exterior e ao
câmbio valorizado.Com o retorno dos fiscais ao trabalho, em julho, o país
já bateu recorde de exportação e importação no período, e essa é a tendência
para o mês de agosto. Sobre os efeitos da taxa de câmbio, o ministro disse
que ela "tem sua responsabilidade porque alguns setores que usam predominantemente
insumos nacionais estão perdendo velocidade". (Folha de São Paulo - 01.09.2006)
5 Investimentos recuam 2,2% no tri Os investimentos
captados no PIB no segundo trimestre de 2006 caíram 2,2% em relação ao
período anterior. O apetite por investimentos produtivos diminuíram, apesar
de terem aumentado tanto o consumo das famílias (1,2%) quanto o do governo
(0,8%). Em relação ao segundo trimestre de 2005, a formação bruta de capital
fixo aumentou 2,9%, enquanto o consumo das famílias, 4%, e o do governo,
1,8%. (Folha de São Paulo - 01.09.2006) 6 Carga tributária mantém crescimento Segundo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, a carga fiscal entre janeiro e junho deste ano aumentou para 39,41% do PIB, superando em 0,25 ponto percentual os 39,16% do primeiro semestre do ano passado. ParaGilberto Luiz do Amaral, presidente do Instituto, "tudo indica que 2006 registrará mais um recorde na cobrança de tributos. Essa estupidez e hipocrisia tributária condena o Brasil ao atraso." As reduções tributárias divulgadas pelo governo são "um grande engodo", diz. "Não adianta reduzir os tributos do arroz, do feijão e da farinha e aumentar a taxação sobre energia, telecomunicações e combustíveis, pois as pessoas precisam daqueles produtos para comer e viver." Segundo cálculos do IBPT, foram arrecadados R$ 392,78 bilhões no semestre, em valores nominais, a arrecadação cresceu R$ 33,09 bilhões neste ano em relação a 2005. Descontada a inflação pelo IPCA, foram pagos mais R$ 18,85 bilhões. Desse total, a União ficou com R$ 12,71 bilhões (+ 4,95%); os Estados, R$ 5 bilhões (+5,1%), e os municípios, R$ 1,14 bilhão (+5,94%). A carga per capita subiu 8,97%, para R$ 2.133 no semestre. No ano, deverá ser de R$ 4.380. (Folha de São Paulo - 01.09.2006) 7
Real forte leva exportações a ter 1ª queda em 13 trimestres 8 IPC-S varia 0,16%. Cai 0,04 p.p. O IPC-S
de agosto de 2006 registrou variação de 0,16%, 0,04 p.p. abaixo da taxa
divulgada na última semana. Cinco dos sete grupos que formam o índice
registraram taxas de variação inferiores às da apuração anterior. Apenas
os grupos Habitação e Vestuário aceleraram-se. Alimentação, Educação e
Leitura e Recreação foram os principais responsáveis pela redução da taxa.
Os grupos Saúde e Cuidados Pessoais, Transportes e Despesas Diversas também
tiveram desaceleração, porém sem maior impacto. Em sentido inverso, os
grupos Habitação e Vestuário apresentaram acréscimos em suas taxas. (InvestNews
- 01.08.2006) O dólar
comercial iniciou o dia em alta perante o fechamento de ontem, a R$ 2,15.
Em mais de 30 minutos de operações, a moeda subia 0,13%, a R$ 2,1460 na
compra e a R$ 2,1480 na venda. Ontem, o dólar comercial subiu 0,32%, a
R$ 2,1430 na compra e R$ 2,1450 na venda. (Valor Online - 01.09.2006)
Internacional 1 China negocia construção de seis usinas nucleares no Paquistão A China
pode assinar em novembro um acordo com o Paquistão para construir seis
usinas nucleares no país. As centrais seriam construídas durante os próximos
10 anos, cada uma delas com uma capacidade de 300 MW. As negociações começaram
durante a visita do general Pervez Musharraf à China em fevereiro. Na
ocasião, o presidente paquistanês também se mostrou interessado em centrais
de mais capacidade. O Paquistão vê na China um possível aliado nuclear.
Seria, segundo os analistas, um "consolo" para Islamabad, diante do pouco
apoio por parte dos EUA. O objetivo do país é, até 2025, ter uma capacidade
nuclear de 8 mil MW. (Eletrica - 31.08.2006) Linda Cook,
diretora-executiva da Shell, escreveu um artigo para World Energy in 2006
sobre o ganho de importância do GNL. Segundo ela, o mercado de GNL está
crescendo muito rapidamente, o que pode acabar levando a uma globalização
do setor. Pode-se citar como evidências desse processo as projeções de
que esse mercado apresentará um crescimento de 10% até 2015, e em 2020
o GNL representará 17% do total de comercialização mundial de gás. Cook
diz que um dos principais motivos para a ocorrência desse fenômeno é a
necessidade de diversificar a oferta de energia e de assegurar segurança
energética, além do fato de o GNL ser uma opção muito mais atraente para
se importar gás do que a construção de gasodutos e de seu preço estar
se reduzindo. A demanda também está crescendo em ritmo bastante acelerado,
principalmente na América do Norte e Europa. Para ler o texto na íntegra,
clique aqui.
(GESEL-IE-UFRJ - 31.08.2006)
Biblioteca Virtual do SEE 1 COOK, Linda. Fuelling the future - the transition to a global LNG market. World Energy in 2006: Londres, junho de 2006. Para ler
o texto na íntegra, clique aqui.
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
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do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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