l IFE: nº 1.882 - 31
de agosto de 2006 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Leilões Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional Biblioteca
Virtual do SEE
Regulação e Reestruturação do Setor 1 Primeiro dia do Seminário Internacional Reestruturação organizado pelo GESEL Isabel Soares,
professora da Universidade do Porto, no primeiro dia do Seminário Internacional
"Reestruturação e regulação do setor de energia elétrica e gás natural",
promovido pelo GESEL-UFRJ, levantou uma questão polêmica: o preço da energia
vai subir. Segundo a professora, isso se deve a dois fatores: surgimento
de novas formas de energia que encarecem o preço do produto e restrições
ambientais. Amílcar Guerreiro, diretor da EPE, discordou da portuguesa
ao afirmar que a única justificativa seria o impasse relacionado às questões
ambientais. Segundo Guerreiro, não há nada que prove que a o preço da
energia irá subir e não há indícios de que as reservas de petróleo vão
acabar. Já Marcia Leal, gerente do departamento de energia elétrica do
BNDES, destacou que a questão ambiental é um dos motivos da insegurança
de investimento para o investidor. Ao longo do seminário, os palestrantes
Antônio Machado (CCEE) e Mario Daher (ONS) fizeram um histórico do SEB
desde 1995, quando as empresas ainda eram estatais, até a implantação
do novo modelo em 2004 e suas características atualmente. Dentre as tendências
apontadas pelos especialistas para o SEB está o compromisso com o aumento
da geração e também a expansão dos consumidores e da contratação do ambiente
livre. (GESEL-IE-UFRJ - 31.08.2006) 2 BNDES planeja financiar 20% das usinas incluídas no Plano Decenal O BNDES
planeja financiar 20% do total de empreendimentos incluídos no Plano Decenal
de Energia Elétrica 2006-2015. Segundo a gerente do departamento de Energia
Elétrica do BNDES, Marcia Leal, que esteve no Seminário Internacional
"Reestruturação e regulação do setor de energia elétrica e gás natural",
promovido pelo GESEL-UFRJ, 4.296 MW já receberam aprovação para financiamento.
Outros 2.186 MW, que correspondem às usinas de Estreito, Foz do Chapecó
e São Salvador, ainda estão em análise. De acordo com ela, a quantidade
de projetos financiados pode ser ainda 20% maior caso o projeto do rio
Madeira seja viabilizado. O BNDES também incluiu, segundo Marcia, as variáveis
socioambientais em suas avaliações. "Essa é uma questão importante, pois
traz incertezas aos investidores", disse, destacando que, em função disso,
o banco impõe alguns requisitos aos projetos financiados via project finance,
uma linha de financiamento que é adotada pelo banco apenas para o setor
de infra-estrutura. A gerente do BNDES estima desembolso total de R$ 4
bilhões para o setor elétrico ao longo de 2006. Segundo ela, o valor corresponde
a quase 50% de todo o recurso do banco para o financiamento do setor de
infra-estrutura. Marcia contou que o banco está analisando 29 projetos,
que exigirão um financiamento total de R$ 15,3 bilhões. (Agência Canal
Energia - 31.08.2006) 3 EPE: impostos representam a metade da conta de luz O diretor
de Estudos da Expansão de Energia da EPE, Amílcar Guerreiro, que esteve
no Seminário Internacional "Reestruturação e regulação do setor de energia
elétrica e gás natural", promovido pelo GESEL-UFRJ, reclamou da alta carga
tributária vigente no setor de energia que, segundo ele, representa metade
do valor da conta de luz. "Isso tem grande impacto no custo dos produtos
brasileiros, que perdem competitividade no exterior", apontou. Guerreiro.
O crescimento do mercado livre de energia, que hoje representa cerca de
25% do total consumido no Brasil, é outro tema que preocupa a EPE. Guerreiro
disse que, em breve, 1/3 do mercado estará livre, o que dificulta as previsões
sobre o aumento da demanda. No mercado regulado, as distribuidoras fazem
suas projeções, que balizam os estudos do governo sobre a construção de
novas usinas. "O mercado livre vai dar problema. A falta de previsões
pode criar um desequilíbrio no futuro, provocando elevação nas tarifas",
concordou o professor Nivalde de Castro, do Instituto de Economia da UFRJ.
(Jornal do Commercio - 31.08.2006) 4
Vasconcelos cobra licença de usinas 5 Vasconcelos: plano estratégico da Eletrobrás está em fase final de elaboração O presidente
da Eletrobrás, Aloísio Vasconcelos, disse que o plano estratégico da estatal
está em fase final de elaboração e deverá ser divulgado em dezembro, onde
serão detalhadas áreas de atuação da companhia. Ele prevê que a empresa
precisará continuar investindo forte em geração e transmissão de energia
elétrica e quer que o governo "encontre uma solução" para as sete distribuidoras
que estão sendo administradas pela Eletrobrás. "São investimentos temporários
e a distribuição não é o nosso negócio", comentou.. (Elétrica - 30.08.2006)
6 Comerc: empresas economizam R$ 1,6 bi no mercado livre As empresas
que compram energia elétrica no mercado livre gastaram 24% menos com a
aquisição do insumo no primeiro semestre do ano em comparação com o valor
gasto pelos consumidores cativos. A informação faz parte de uma pesquisa
realizada pela Comerc. Em valores, as empresas que atuam no mercado livre,
a maioria do setor industrial, conseguiram economizar R$ 1,6 bilhão com
a compra de energia nos primeiros seis meses do ano, de acordo com a Comerc.
"A economia proporcionada pelo mercado livre é muito importante para a
sociedade, pois se transforma em investimento, ganho de competitividade
e geração de empregos", afirma Marcelo Parodi, co-presidente da Comerc.
(Elétrica - 30.08.2006) 7 Estudo ambiental das usinas do Madeira volta ao Ibama Chega hoje ao Ibama, pela quarta vez em 15 meses, o Estudo de Impacto Ambiental do projeto das usinas hidrelétricas do Rio Madeira. Trata-se, na verdade, do detalhamento do que pode ser o último ponto de dúvida do EIA-Rima do chamado "Projeto Madeira", assinado pela estatal de energia Furnas e pela construtora Odebrecht, antes da rodada de realização das audiências públicas. O único item pendente pode estar sanado em uma semana, depois da análise da equipe técnica do Ibama. Se o órgão ambiental der "ok" a este ponto, que versa sobre o fato de o Madeira ser um dos maiores corredores de biodiversidade da Amazônia, o EIA-Rima é aprovado em seu mérito, torna-se aberto a consulta pública e o cronograma passa a contemplar as audiências públicas. As audiências devem ocorrer em outubro, em Porto Velho e outras comunidades da área de influência do projeto de R$ 20 bilhões, que prevê a construção de duas hidrelétricas no Rio Madeira - Jirau e Santo Antônio -, uma na Bolívia e outra, binacional, no Rio Mamoré. (Valor Econômico - 31.08.2006) 8
Grupo Rede defende implementação de fórum para debater redução de tributos
e encargos 9 Estudo aponta risco de apagão em 2010 Um estudo
feito pelo Instituto de Economia da UFRJ mostra que 58% das entidades
ligadas ao setor energético acreditam que o Brasil pode enfrentar um apagão
até 2010. O risco de desabastecimento, de acordo com o coordenador do
grupo de estudos do setor elétrico da universidade, Nivalde de Castro,
se deve à dificuldade que as novas hidrelétricas tem de conseguir licenciamento
ambiental. "O problema que vários empreendimento hidrelétricos vem enfrentando
para conseguir licenciamento ambiental é o que preocupa os grandes consumidores
de energia e entidades do setor elétrico. Das entidades entrevistadas,
duas tem certeza de que o desabastecimento em 2009/ 2010 será inevitável",
comenta Nivalde. No entanto, segundo o professor, o resultado da pesquisa
foi bastante positivo. Nivalde diz que também foi concluído no estudo
que o faturamento do setor elétrico vai crescer acima da inflação e que
os empresários estão interessados em investir no setor. O coordenador
ainda explicou que 80% das entidades do setor acham bom o modelo energético
adotado pelo governo, mas que ele precisa de alguns pequenos ajustes.
Dentre as hidrelétricas que estão com problemas para conseguir licenciamento
ambiental estão as usinas do Rio Madeira - Santo Antônio e Jirau - localizadas
no Estado de Rondônia e a usina de Belo Monte, no Pará. (Setorial News
Energia - 29.08.2006) 10
Curtas
Empresas 1 Economática elétrica lucram 9% mais no semestre O desempenho
das empresas de energia elétrica no primeiro semestre de 2006 superou
a média dos demais setores da economia, apesar do crescimento do consumo
abaixo das expectativas nos últimos meses. Essa média, no entanto, não
considera os bancos, a Petrobrás e a CVRD, cujos lucros são os maiores
do País. O lucro líquido das elétricas teve uma alta real de 9% no período
e atingiu R$ 5,1 bilhões. Na média, o ganho de todas as companhias de
capital aberto não financeiras caiu 4,09% de janeiro a junho deste ano
comparado a igual período de 2005. As receitas do setor elétrico tiveram
crescimento real de 1,6%, de R$ 39 bilhões para R$ 39,6 bilhões. O lucro
operacional, antes das despesas com juros, impostos e resultados extraordinários,
subiu 10,4%, de R$ 9,33 bilhões para R$ 10,30 bilhões. Trata-se do melhor
resultado entre todos os demais setores da economia, segundo o levantamento
da Economática. Com isso, a relação entre lucro operacional e dívida,
que mede a capacidade das empresas de honrar compromissos, melhorou: subiu
de 17,4% para 20%. A rentabilidade sobre o patrimônio também aumentou
e atingiu 16,9%.A dívida financeira das companhias do setor manteve-se
estável, em R$ 51 bilhões. Para o próximo semestre, a expectativa é de
que o consumo de energia elétrica retome o ritmo de crescimento, a exemplo
do primeiro trimestre. A previsão é de que o avanço do consumo atinja
4,5% ou 5% em dezembro. Apesar dos bons números, o semestre poderia ter
sido ainda melhor se algumas empresas não tivessem registrado despesas
extraordinárias, como foi o caso da Cemig. A redução no lucro da empresa
mineira reflete o aumento de custos operacionais, incluindo fatores não
recorrentes, que sofreram um acréscimo de 51%. (O Estado de São Paulo
- 31.08.2006) 2 Eletronorte assina acordo com empresa chinesa A Eletronorte e a empresa do governo chinês Citic United Asia Investiments, que atua na área de infra-estrutura, assinaram memorando de entendimento para desenvolver projetos nas áreas de geração e transmissão de energia. A parceria entre a Eletronorte e a Citic está vinculada aos acordos firmados em maio de 2004 entre o Brasil e a China e a protocolos assinados entre os MME dos dois países. Em dezembro de 2005, a Eletronorte e a Citic assinaram um memorando de entendimento para desenvolver projetos de modernização dos parques térmicos de Manaus e Macapá. (Eletronorte - 30.08.2006) 3 Cemig forma consórcio para leilão de energia nova O diretor
de finanças da Cemig, Agostinho Faria, informou que a companhia formou
um consórcio com empresas privadas para participar do leilão de energia
nova, no dia 10 de outubro. Faria não quis adiantar as empresas envolvidas
no negócio nem as usinas de interesse da companhia. O diretor cobrou do
governo federal um preço maior do que o colocado no último leilão de energia
nova - R$ 116 por MhW médio - que, segundo ele, afastou os investidores.
"Nossa expectativa é que o governo institua preços máximos por usina e
não para o leilão como um todo" afirmou. (Gazeta Mercantil - 31.08.2006)
4
Cemig defende realização de leilão de LTs suspenso ainda este ano 5 Cemig registra lucro de R$ 665 mi no 1º semestre Segundo
os números apresentados pelo diretor de finanças da Cemig, Agostinho Faria,
o lucro líquido da empresa no primeiro semestre de 2006 foi de R$ 665
milhões, uma queda de 36% em relação ao mesmo período do ano passado.
A queda, segundo ele, seria resultado da revisão de tarifas feita no primeiro
trimestre de 2005, que acrescentou R$ 583 milhões aos cofres da empresa,
e a negociações salariais. Nesse período, a venda de energia ao consumidor
final aumentou 4,7%. (Gazeta Mercantil - 31.08.2006) 6 Tractebel quer mais clientes livres A Tractebel
Energia estabeleceu como meta vender metade da energia a clientes livres,
que são as grandes indústrias e estabelecimentos comerciais. O presidente
da empresa, Manoel Arlindo Zaroni Torres afirma que a estratégia permite
à companhia diversificar ao máximo o portfólio de clientes e beneficiar-se
de preços de venda mais altos. Os volumes vendidos para os consumidores
livres crescem a uma taxa de 56% ao ano. A Tractebel estima uma market
share de 15% neste mercado. Para diluir ainda mais o risco, segmentou
a carteira industrial em setores, onde o principal cliente é o de papel
e celulose (30,7%), seguido da petroquímica (17,9%), gases industriais
(13,8%), cimento (11,1%), fertilizantes (9,2%) e automotivo (8,4%). Estima-se
que os clientes livres representem 30% do mercado total de energia elétrica
no País, com potencial de consumo de 14 mil MW médios. (Gazeta Mercantil
- 31.08.2006) 7 Enron é autorizada a realizar segunda etapa da reestruturação A Enron
obteve autorização prévia da Aneel para a transferência do controle societário
indireto da distribuidora, das geradoras e da comercializadora do grupo
da Enron Corp. para a Ashmore Energy International Limited. A operação
envolve as concessionárias Elektro Eletricidade e Serviços S/A, Elektro
Geração S/A e EPE; além da autorizada Elektro Comercializadora de Energia
Ltda. A transferência é mais uma etapa do projeto de reorganização do
grupo americano Enron Corp., previsto no processo que tramita na Corte
de Falências do Distrito Sul de Nova York. Com a mudança aprovada pela
Aneel, o controle indireto das empresas, antes compartilhado com a Enron
Corp, ficará apenas com a Ashmore. (APMPE - 30.08.2006) 8 Energias do Brasil: listagem no IBX-50 e Ibovespa no médio prazo Depois de completar um ano de Novo Mercado, a Energias do Brasil tem como meta a listagem, no médio prazo, nos índices IBX-50 e Ibovespa, da Bovespa. A medida depende da liquidez obtida com as negociações diárias em bolsa. A entrada da holding no Novo Mercado resultou numa negociação diária média de R$ 7 milhões. As iniciativas da empresa rumo ao Novo Mercado resultaram num free float de 38%, acima do piso estabelecido de 25%. A Energias do Brasil está adotando uma política de dividendos que distribui 40% do resultado. O valor restante fica retido para geração de caixa, visando à realização de novos investimentos, em especial em geração. A companhia, que faz distribuição anual de dividendos, pagou R$ 152 milhões em 2005 a título de juros sobre o capital próprio. A holding não estuda novas captações no mercado financeiro, já que as últimas operações ocorridas (lançamento de debêntures pelas distribuidoras Bandeirante e Enersul, no primeiro semestre), já atendem ao plano de captação da companhia. (Agência Canal Energia - 30.08.2006) 9 Cesp distribui R$ 650 mi em quotas seniores de emissão de FIDC A Cesp inicia distribuição de 2 mil quotas seniores de emissão do Fundo FIDC Cesp III. As quotas têm valor unitário de R$ 325 mil, perfazendo o montante total de R$ 650 milhões. O fundo é administrado pela Intrag Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários, e será amortizada em 48 parcelas, cobradas no dia 27 de cada mês. A data de resgate das quotas será no dia 27/09/2010. (Agência Canal Energia - 30.08.2006) No pregão
do dia 30-08-2006, o IBOVESPA fechou a 36.313,43 pontos, representando
uma alta de 0,03% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 1,82
bilhão. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização de 0,12%
fechando a 11.753,05 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte
comportamento: ficaram cotadas a R$ 46,55 ON e R$ 42,45 PNB, baixa de
2,31% e 2,46%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior.
Na abertura do pregão do dia 31-08-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas
a R$ 46,57 as ações ON, alta de 0,04% em relação ao dia anterior e R$
42,90 as ações PNB, alta de 1,06% em relação ao dia anterior. (Investshop
- 31.08.2006) O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul concedeu uma liminar que suspende o trabalho da CPI da Energia, instalada pela Assembléia Legislativa há duas semanas para investigar a Enersul. (Elétrica - 30.08.2006) A Aneel autorizou a transferência da participação da CVRD na hidrelétrica de Foz do Chapecó para a Chapecoense Geração. Com isso, a composição do Consórcio Energético Foz do Chapecó ficará: Foz do Chapecó Energia, com 60%, e Chapecoense Geração, 40%. A usina Foz do Chapecó tem 855 MW. As empresas terão que enviar cópia do termo aditivo ao contrato de constituição do Consórcio Energético Foz do Chapecó, em até 90 dias a contar da data de publicação da resolução. (Agência Canal Energia - 30.08.2006) O grupo finlandês de engenharia Wartsila fechou com a Rio Amazonas Energia um contrato de cinco anos relativo a operações e manutenção de uma usina. A companhia finlandesa informou que vai entregar cinco conjuntos geradores em outubro para uma usina que está sendo construída em Manaus. (Valor Econômico - 31.08.2006)
Leilões 1 CGTEE assina contrato de venda de energia comercializada em leilão de energia O presidente
da Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE), Sereno Chaise,
e o diretor Financeiro, Clovis Ilgenfritz da Silva, assinaram os contratos
de venda de energia comercializada no leilão de energia nova, realizado
em dezembro do ano passado. Os contratos totalizam 292 MW médios e correspondem
a R$ 331 milhões anuais. A comercialização no leilão garantiu a construção
da Fase C de Candiota II. (Agência Canal Energia - 30.08.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 59,8% O nível
de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 59,8%, apresentando
queda de 0,3% em relação à medição do dia 28 de agosto. A usina de Furnas
atinge 68,4% de volume de capacidade. (ONS - 29.08.2006) 2 Sul: nível dos reservatórios está em 38,8% O nível de armazenamento na região Sul praticamente não apresentou variação na capacidade armazenada em relação à medição do dia 28 de agosto, mantendo 38,8% de capacidade armazenada. A usina de Machadinho apresenta 56,9% de capacidade em seus reservatórios. (ONS - 29.08.2006) 3 NE apresenta 71,6% de capacidade armazenada Apresentando
queda de 0,1% em relação à medição do dia 28 de agosto, o Nordeste está
com 71,6% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de Sobradinho
opera com 69% de volume de capacidade. (ONS - 29.08.2006) 4 Norte tem 55,8% da capacidade de armazenamento O nível
de armazenamento da região Norte está em 55,8% apresentando queda de 0,7%
em relação ao dia 28 de agosto. A usina de Tucuruí opera com 47,7% do
volume de armazenamento. (ONS - 29.08.2006)
Gás e Termoelétricas 1 Lula diz não antecipará meta do biodiesel sem garantia de abastecimento O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o governo não vai antecipar metas do programa de biodiesel, se o setor não tiver condições de abastecer o mercado. Lula afirmou que o governo respeitará o "ritmo natural" da instalação das indústrias, formação de mercado e fortalecimento da agricultura. "Mais importante do que antecipar metas ou planejar o mercado com base em previsões demasiadamente otimistas é consolidar a cadeia produtiva". (Agência Brasil - 30.08.2006) 2 BNDES libera R$ 42 mi para construção de usina de biodiesel em Goiás O BNDES
liberou empréstimo de R$ 42,8 mi para a empresa Caramuru Alimentos construir
fábrica de biodiesel em São Simão (GO). A usina da Caramuru produzirá
100 mil toneladas de biodiesel anuais a partir do óleo de soja, equivalente
a 8% do volume nacional previsto para 2008, ano em que se torna obrigatória
a adição de 2% de biodiesel ao óleo diesel. O Grupo Caramuru atua no esmagamento
de soja e girassol para produção de óleo em quatro estados. Os seis projetos
de investimentos em biodiesel analisados pelo BNDES somam R$ 256 mi e
capacidade de produção de 580 milhões de litros do biocombustível. Com
o financiamento para a Caramuru, são três as operações já aprovadas pela
instituição para a produção de biodiesel - as outras duas são a BSBios
e a Bertin. (Agência Brasil - 30.08.2006) 3 Bolívia inviabiliza o setor de gás, diz Petrobras O presidente
da Petrobras Bolívia, José Fernando de Freitas, se disse "moderadamente
otimista" sobre a possibilidade de iniciar nova rodada de negociações
com a Bolívia após a nomeação de Juan Carlos Ortiz Banzer para a presidência
da YPFB. Freitas está preocupado com o curto período de tempo para negociar.
As negociações com o governo continuam paradas. Apesar da intenção da
Bolívia de aumentar as exportações de gás, o país não tem mais capacidade
adicional sem realizar pesados investimentos em exploração e produção.
(Valor Econômico - 31.08.2006) 4 Petrobras se reúne com gerente da Transierra e com a APG A Petrobras
começa a discutir hoje as reivindicações dos índios guaranis que ameaçam
cortar o fornecimento de gás para o Brasil. A reunião entre o gerente
geral da Transierra, Marcos Benício Antunes, com representantes da Assembléia
do Povo Guarani (APG), vai acontecer em um hotel na cidade de Camiri,
um local considerado "neutro". A segurança dos negociadores foi garantida
pelo ministro do Desenvolvimento Rural da Bolívia, Hugo Salvatierra. Freitas
disse que a companhia está disposta aumentar a contribuição estabelecida
no contrato nos primeiros anos, desde que seja possível deduzir esses
valores das prestações pagas no últimos anos de vigência. Mas frisou que
não há espaço no caixa da Transierra para desembolsar US$ 9 mi de uma
única vez, como querem os guaranis, já que a empresa tem uma dívida com
o Internacional Finance Corporation, do Banco Mundial, que está sendo
amortizada. (Valor Econômico - 31.08.2006) 5 Energias do Brasil planeja investir em térmicas a carvão O Grupo Energias do Brasil pretende investir cerca de R$ 650 milhões em 2007, número inferior ao previsto para 2006 que é de R$ 754 milhões. O foco será para os setores de geração, distribuição entre outros projetos como o "Luz para Todos" do governo federal. A redução acontece por conta da conclusão das obras da usina hidrelétrica Peixe Angical, que será inaugurada no próximo mês de outubro. Além disso, a holding não descarta a possibilidade de destinar investimentos ainda no mesmo ano, para termelétricas. "O Brasil vai precisar nos próximos anos de algo entre 2.500 MWh a 3.000 MW/h, por essa razão estamos pensando em carvão que pode ser importado ou nacional, o que não podemos é pensar em gás. Vamos esperar o resultado de um novo leilão para olharmos com cuidado esse projeto", afirmou o vice-presidente da EDB, Custódio Miguens. Para essa nova possibilidade a holding poderá destinar cerca de US$ 1,1 bilhão e gerar 700 MW. "Se conseguirmos realizar o projeto de termelétricas com carvão nacional, vamos para a região Sul. Se houver a necessidade de carvão importado, temos que pensar em infra-estrutura, sendo assim vamos analisar a região Nordeste, mais crítica do Pais em energia", argumentou o executivo. A energia gerada de biomassa também é uma possibilidade. "Estamos analisando cerca de 100 projetos de biomassa mas, tudo com muito cuidado porque não queremos cometer erros", disse Miguens. (Gazeta Mercantil - 31.08.2006) 6 Governo deve dar sinal verde para Angra 3 Apesar de não ter sido incluída no programa de um possível segundo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a usina nuclear de Angra 3 deverá ser construída, afirmou ontem o presidente da Eletrobrás, Aloisio Vasconcelos. De acordo com ele, a obra tem apoio de nove de 11 ministros de Estado ligados ao assunto. "A decisão é política e estou esperançoso que saia em algum momento entre 1º de outubro e 31 de dezembro", declarou Vasconcelos, sugerindo que a confirmação do empreendimento virá após as eleições. (Gazeta Mercantil - 31.08.2006)
Grandes Consumidores 1 Arcelor Mittal já pensa em aquisições A gigante
mundial do setor siderúrgico Arcelor Mittal deve estar completamente integrada
até o final de 2007 e continuará de olhos abertos para novas aquisições,
disse ontem Roland Junck, futuro presidente do grupo. "Vamos expandir
ainda mais", disse, em entrevista à revista Telecran. A companhia combinada
produzirá cerca de 10% do aço mundial e terá um faturamento conjunto de
cerca de 55 bilhões e um total de 334 mil funcionários. (O Estado de São
Paulo - 31.08.2006) 2 Solvay Indupa amplia fábrica no País Serão investidos
US$ 150 milhões para aumentar a capacidade de produção. A Solvay Indupa
anunciou que vai investir US$ 150 milhões para expandir e modernizar sua
unidade de produção de PVC (Policloreto de Vinila) e cloro-soda cáustica
em Santo André. Os investimentos devem ser realizados com fundos próprios,
mas há possibilidade de "eventualmente", obter empréstimos bancários.
No término da expansão, previsto para o último trimestre de 2008, as fábricas
brasileiras terão capacidade instalada para produzir 300 mil toneladas
de PVC por ano, 25% mais que a atual. Já capacidade de produção de soda
cáustica terá aumento de 70%, atingindo 170 mil toneladas anuais. Levando
em consideração a capacidade instalada no complexo industrial de Bahía
Blanca (Argentina), a capacidade instalada da Solvay Indupa para a produção
de PVC terá elevação de 20%, totalizando 540 mil toneladas por ano, enquanto
a produção de soda cáustica será ampliada em 25%, para 350 mil toneladas
anuais. Os investimentos têm como objetivo tornar as fábricas mais competitivas.
A Solvay ressaltou que o projeto permitirá também expandir o mix de produtos,
e aperfeiçoar as qualidades do PVC. (Gazeta Mercantil - 31.08.2006)
Economia Brasileira 1 PIB brasileiro cresce 0,5% no segundo trimestre Segundo o IBGE, o PIB cresceu 0,5% no segundo trimestre em relação ao período de janeiro e março deste ano, quando houve expansão de 1,3%, levando em conta ajuste sazonal. A agropecuária avançou 0,8%, a indústria teve baixa de 0,3% e os serviços apresentaram elevação de 0,6%, na comparação com o primeiro trimestre de 2006. Entre os componentes da demanda do PIB, a formação bruta de capital fixo caiu 2,2% perante o trimestre anterior. O consumo das famílias aumentou 1,2%, enquanto o governo subiu 0,8%. As exportações de bens e serviços declinaram 5,1% no segundo semestre, após 12 consecutivos de alta, e registraram a menor taxa desde o primeiro trimestre de 2003, quando cederam 8,2%. As importações diminuíram 0,1%, sucedendo um incremento de 10,4% no primeiro trimestre em comparação com os três últimos meses de 2005. (Valor Econômico - 31.08.2006) O Copom surpreendeu a ampla maioria dos economistas e manteve o ritmo de corte da taxa, indo a 14,25% ao ano. A decisão foi unânime e sem viés. Economistas citavam o próprio Copom, que afirmara que agiria "com maior parcimônia dizia" para estimar corte menor. (Gazeta Mercantil - 31.08.2006) 3
IGP-M avança para 0,37% no mês de agosto O dólar
comercial iniciou o dia em baixa perante o fechamento de ontem, a R$ 2,1340.
Às 9h19, a moeda apresentava decréscimo de 0,18%, a R$ 2,1320 na compra
e a R$ 2,1340 na venda. Ontem, o dólar comercial saiu a R$ 2,1360 na compra
e a R$ 2,1380 na venda, estável. (Valor Online - 31.08.2006)
Internacional 1 EUA tratará cooperação da energia nuclear na Líbia Uma delegação
americana, formada por especialistas em energia nuclear para usos pacíficos,
manteve hoje pelo segundo dia uma série de encontros em Trípoli a respeito
da cooperação oferecida pelos Estados Unidos nesse assunto. A delegação
se reuniu com membros do comitê de Relações Exteriores do Congresso do
Povo, e as discussões se concentraram no uso da energia nuclear por parte
da Líbia, estritamente para usos pacíficos. Em seu aspecto técnico, as
conversas foram com especialistas do centro nacional líbio de pesquisas
e desenvolvimento, acrescenta a agência. (Elétrica - 30.08.2006) A Comissão
Européia concedeu mais tempo para a Espanha responder sobre as condições
que o órgão regulador espanhol impôs para uma proposta de fusão entre
as gigantes de energia Endesa e a alemã E.ON. "Recebemos um pedido formal
da Espanha sobre o prazo final e concedemos sete dias úteis", disse o
porta-voz da comissão, Jonathan Todd. A data foi prorrogada de 4 de setembro
para 13 de setembro. (Valor Econômico - 31.08.2006) 3 Estudo analisa necessidade indiana de uma política energética integrada Pradeep Chaturvedi, presidente do Instituto de Engenheiros da Índia, escreveu um artigo para o World Energy in 2006 acerca da necessidade indiana de uma política energética integrada. Segundo ele, a Índia tem que crescer 8% ao ano até 2031é 2031 para erradicar a pobreza e alcançar sua meta de desenvolvimento humano. Para sustentar tal crescimento, será preciso aumentar a oferta de eletricidade de 5 a 7 vezes. Além do lado quantitativo, Chaturvedi alega que a oferta de energia deve ser melhorada qualitativamente. Segubdo ele, o carvão continuará sendo a principal fonte energética indiana no cenário feito para 2031-32, mas se forem feitos investimentos em hidroeletricidade e energia nuclear, o uso do carvão se reduziria. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ - 30.08.2006)
Biblioteca Virtual do SEE 1 CHATURVEDI, Pradeep. An integrated policy for Índia. World Energy in 2006: Londres, junho de 2006. Para ler
o texto na íntegra, clique aqui.
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
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