l IFE: nº 1.879 - 28
de agosto de 2006 Índice Regulação e Reestruturação do Setor Empresas Leilões Oferta e Demanda de Energia Elétrica Gás e
Termelétricas Grandes
Consumidores Economia Brasileira Internacional Biblioteca Virtual do SEE Regulação e Reestruturação do Setor 1 Pesquisa da UFRJ mostra que 52% das entidades do SE vêem risco de crise para 2009 e 2010 De acordo com
pesquisa realizada pelo Gesel - Grupo de Estudos do Setor Elétrica -,
coordenada pelo Professor Nivalde J. de Castro junto a 12 entidades que
representam todo o segmento do setor elétrico, incluindo grandes consumidores
e produtores de equipamentos, 52 % destas avaliam risco de crise de abastecimento
para 2009 e 2010. O principal entrave é a questão ambiental. Segundo a
pesquisa, 42% dos entrevistados acreditam que a demora na concessão das
licenças pode atrapalhar a ampliação da capacidade instalada do País e
que esse processo tende a elevar o custo da energia. Para eles, o setor
precisa de legislação pragmática e objetiva que permita o andamento das
obras. Para obter relatório completo da pesquisa clique aqui.
(Estado de São Paulo e GESEL-IE-UFRJ - 28.08.2006) 2 Fiesp: teremos tranqüilidade até 2009 "Teremos tranqüilidade
até 2009 se a economia continuar crescendo 3% ao ano", afirma o diretor
da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Luiz Gonzaga
Bertelli. Na opinião dele, continuamos dependentes das chuvas. "Na prática,
não está acontecendo nada. Apenas estamos criando papéis", afirma ele.
"Há um descompasso grande entre o que o governo fala e o que ocorre no
setor. Há um marasmo nas licenças ambientais e nas agências." (Estado
de São Paulo - 28.08.2006) 3 Abdib: não temos motivos para preocupação até 2010 Para o presidente
da Associação Brasileira de Infra-Estrutura e Indústrias de Base (Abdib),
Paulo Godoy, se considerarmos os papéis não temos motivos para preocupação
até 2010. "Mas as usinas precisam entrar em operação." (Estado de São
Paulo - 28.08.2006) 4 Abiape: novo modelo excluiu a figura do autoprodutor
5 Energia industrial encarece 108,9% no governo Lula As tarifas
de energia elétrica para o setor industrial subiram 108,9% durante o governo
Lula, segundo dados da Aneel. Em dezembro de 2002, as indústrias pagavam
cerca de R$ 95,77 por MW/h na compra de energia elétrica. Em junho último,
essas tarifas subiram para R$ 200,03 por MW/h. Nesse preço não estão incluídos
os diversos tributos, especialmente o ICMS (estadual) e federais (PIS/Cofins),
além dos encargos setoriais (CCC, CDE e Proinfa, entre outros). Estima-se
que os impostos encarecem a energia em pelo menos 35%. O reajuste mais
forte para a indústria faz parte da estratégia do governo federal de reduzir
o chamado 'subsídio cruzado'. O argumento do governo anterior era de que
'é mais barato' entregar energia para a indústria, já que o setor é grande
consumidor e opera em alta tensão, exigindo menos instalações. Outro argumento
é que tarifas baixas constituem estímulos para atração de investimentos
e essa estratégia é adotada na maioria dos países. O governo atual contra-argumenta
que o consumidor residencial já não suporta novos aumentos. Devido aos
fortes reajustes, a tarifa de energia elétrica no Brasil para o setor
industrial está entre as mais caras do mundo, só perdendo para Itália,
Japão e Turquia - considerando-se o universo de 32 países integrantes
da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE),
da qual o Brasil não faz parte. (Estado de São Paulo - 26.08.2006) 6 Eletrobrás: estudos de inventário hidrelétrico do rio Teles Pires são aprovados Dentro da estratégia
de ampliação da oferta de energia elétrica com base no aproveitamento
dos recursos hidrológico, onde o Brasil ainda detém cerca de 2/3 de sua
capacidade instalada existente em recursos potenciais, a Eletrobrás teve
os estudos de inventário hidrelétrico do rio Teles Pires (MT), da Eletrobrás,
foram aprovados pela Aneel. Nestes estudos, foram identificados seis aproveitamentos
hidrelétricos, que poderão ser levados a leilão e ofertados, no futuro,
ao sistema elétrico brasileiro. A capacidade total, de 3.697 MW, seria
suficiente para o atendimento de uma população com cerca de 3,5 milhões
de habitantes. Este resultado além de viabilizar o processo de expansão
da fronteira elétrica nacional, indica um papel estratégico da Eletrobrás
no processo de reestruturação do setor. (Folha de São Paulo e GESEL-IE-UFRJ
- 26.08.06) 7 Ibama ameaça suspender licença de operação da usina de Aimorés O Ibama multou em R$ 400 mil o consórcio responsável pela usina hidrelétrica de Aimorés (MG) e ameaça suspender a licença de operação do empreendimento. Segundo a autarquia, caso não seja revertido o descumprimento de quatro exigências sociais e ambientais que constam da licença ao empreendimento, a hidrelétrica pode ser temporariamente desativada. Em ofício encaminhado a Aneel, o Ibama pede que o órgão regulador e o ONS já estudem alternativas para não colocar em risco o abastecimento de energia, se houver o desligamento. "Não queremos penalizar a sociedade brasileira com perda da geração de energia", afirmou o diretor do Ibama, Luiz Felippe Kunz. A usina de Aimorés tem capacidade para gerar 330 MW - energia suficiente para abastecer cerca de um milhão de consumidores. Segundo o Ibama, são quatro as condicionantes da licença descumpridas. Duas têm caráter social. Como a área do reservatório da usina inundou parte do município de Itueta (MG), cerca de 2 mil habitantes foram realocados, sob responsabilidade do consórcio. Outro programa social descumprido são as indenizações a pescadores locais. Os dois descumprimentos seguintes referem-se ao plano de conservação e uso do entorno do reservatório artificial, cujos documentos estariam incompletos, e à suposta inexecução de um programa de monitoramento do papagaio-chauá - espécie nativa que se encontra ameaçada de extinção. (Valor Econômico - 28.09.2006) 8 Aneel deve mudar procedimentos do
programa de P&D 9 Mercado livre pode crescer 56% com mudança na lei Atualmente pode
tornar-se consumidora livre a empresa que tiver carga mínima de 3 MW.
Mas a lei 9074, que regulamenta o mercado livre, abre uma brecha para
as empresas que tenham carga mínima de 1 MW. Para isso, segundo o MME,
bastaria apenas uma resolução. "O mercado aumentaria em 56% da noite para
o dia", afirma Márcio Sant'Anna, diretor da Ecom. A empresa, que atua
fortemente no Nordeste, Sul e Sudeste, espera quintuplicar a venda neste
ano. A mudança na legislação abriria o segmento a consumidores do porte
de shoppings centers e grandes redes de comércio. Na verdade, hoje qualquer
consumidor a partir de 0,5 MW de tensão mínima já pode adquirir o insumo
no mercado livre, mas apenas de fontes alternativas. A discussão ganha
destaque porque a venda de energia livre atingiu a sua maturidade no atual
formato, reduzindo a possibilidade de fortes crescimentos de um ano para
o outro. (Valor Econômico - 28.08.2006) 10 Governo pretende licitar usina Belo Monte em 2007 11 MPF questiona licença para Usina Mauá O MPF de Londrina pediu o afastamento do secretário de Estado de Meio Ambiente, Rasca Rodrigues, por ato de improbidade administrativa. Em ação civil pública, o MPF alega que houve fraudes no Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA-Rima) e irregularidades no licenciamento ambiental referentes à construção da UHE Mauá, no Rio Tibagi, entre Ortigueira e Telêmaco Borba. A ação, assinada por três procuradores da República, também pede a nulidade do EIA-Rima em razão de falhas, omissões, inconsistências e contradições e demais etapas do processo de licenciamento da usina. O MPF alega que graves prejuízos ao meio ambiente foram desconsiderados no EIA-Rima, além do impacto sobre terras indígenas Kaingang. A ação tem respaldo de laudos produzidos por diferentes especialistas. Leva em conta também o depoimento do biólogo Euclides Grando, contratado pela empresa CNEC Engenharia (principal candidata à construção da usina) para realizar análises na Bacia do Tibagi. (Folha de Londrina - 24.08.2006) 12 Proinfa: Eletrobrás pode não aplicar sanções contra eólicas A Eletrobrás poderá não aplicar as sanções previstas no Proinfa contra os empreendedores eólicos que não concluírem as obras no prazo final de dezembro de 2007. Segundo Aloísio Vasconcelos, presidente da Eletrobrás, o motivo é a dificuldade de entrega dos aerogeradores. A única fornecedora de aerogeradores do país tem prazo de entrega de 40 meses. No caso dos fornecedores internacionais, a Eletrobrás conseguiu um prazo de três anos da General Eletric. A fonte eólica é responsável por 1.422,96 MW dos 3,3 mil MW previstos pelo Proinfa para entrarem em operação até dezembro de 2007. (Agência Canal Energia - 25.08.2006) 13 Eficiência energética recebe R$ 1,362 bi em seis anos A eficiência energética tem crescido de importância no SE nos últimos anos tanto por motivos regulatórios como por estratégia de mercado. O programa de eficiência energética da Aneel recebeu R$ 1,362 bilhão, entre 1999 e 2005. Segundo o superintendente de Regulação da Comercialização da Eletricidade da Aneel, Ricardo Vidinich, os investimentos em eficiência energética no período resultaram em redução de 1,76% da demanda. Vidinich fez um balanço dos resultados dos projetos enquadrados desde o ciclo 1998/1999 até o ciclo 2004/2005. Os projetos conseguiram retirar 1.395 MW do horário de ponta, permitindo economizar 4.635 GWh por ano. Durante esse período, a iluminação pública foi o destaque, recebendo a maior parcela dos recursos. Já as distribuidoras de São Paulo aplicaram R$ 596,721 milhões, de 1999 a 2005, em 906 projetos. Desses projetos, 20 foram focados na baixa renda, com investimentos de R$ 34,637 milhões. "A baixa renda está deixando de ser uma ação regulatória para ser o foco dos programas das concessionárias", avaliou Andrade. (Agência Canal Energia - 25.08.2006) O 1º Encontro Brasileiro de Energia do Hidrogênio começa no dia 28 de agosto, no Rio de Janeiro. Pesquisadores da Petrobras, Inmetro, Itaipu Binacional, do Instituto Nacional de Tecnologia (INT), da Coppe/UFRJ, do Instituto de Pesquisa em Energia Nuclear (Ipen/MCT) e da Cepel apresentarão os mais recentes avanços em pesquisas e as perspectivas de utilização do hidrogênio no mercado de combustíveis. (Agência Brasil - 28.08.2006) A Fiesp promove dia 28/08 o seminário "Matriz energética nacional", co objetivo de discutir o futuro do abastecimento energético brasileiro. De acordo com Luiz Gonzaga Bertelli, diretor da Fiesp, é um desafio para o Brasil crescer mais de 4% ao ano até 2015, já que para isso terá que aumentar a geração de eletricidade em mais de 42%. "Se o potencial brasileiro de biomassa energética fosse devidamente aproveitado, teríamos oferta adicional de 15 mil MW, com a adoção de tecnologias modernas e equipamentos produzidos entre nós", diz. (Agência Canal Energia - 25.08.2006) A Aneel informou que cinco municípios do Paraná e Tocantins receberão, a partir agosto, recursos provenientes do rateio da CFURH. Os recursos serão repassados em conseqüência da inundação de áreas das cidades pelos reservatórios das hidrelétricas Fundão (120 MW) e Peixe Angical (452 MW). No Paraná, receberão repasses os municípios de Foz do Jordão e Pinhão. Já no Tocantins, os municípios que terão recursos são, São Salvador do Tocantins, Paranã e Peixe. (Agência Canal Energia - 25.08.2006) O pesquisador brasileiro Ronaldo Sato apresentou um protótipo que resultou dos seus sete anos de pesquisas - um novo conceito de fogão a lenha/gerador de eletricidade, batizado de Geralux. Apesar de ter sido inteiramente construído com recursos próprios, o novo fogão já chamou a atenção da Eletronorte, que está estudando a possibilidade de utilizar a nova tecnologia no Acre, na região do Xapuri. (Inovação Tecnológica - 28.08.2006)
Empresas 1 Rentabilidade de elétricas aumenta perspectiva de pagamento de dividendos O resultado
das empresas do setor elétrico no primeiro semestre mostram que, no longo
prazo, as companhias do setor continuarão pagando bons dividendos aos
acionistas. Segundo analistas e gestores, a dinâmica interna do setor
e a perspectiva de crescimento econômico do país no segundo semestre oferecem
um cenário positivo em termos de dividend-yeld, fazendo das companhias
da área de energia elétrica uma excelente opção de investimento. Na avaliação
do gestor do Unibanco, Welber Brito, empresas como a AES Tietê e Cemig
são alguns dos destaques em termos de distribuição de dividendos. Para
o gerente da BB Administração de Ativos, Rubens Monteiro, o desempenho
das empresas do setor elétrico em termos de distribuição de dividendos
é compatível com o desempenho do setor no Ibovespa, atualmente calculado
em 9,6%. Para o analista da Ágora Corretora, Marco Melo, algumas variáveis
como a valorização do real frente ao dólar e a melhora do nível de governança
corporativa das empresas do setor são alguns dos fatores que explicam
o bom desempenho contábil e, conseqüentemente, a perspectiva positiva
de distribuição de dividendos. Um levantamento feito pela Economática
mostra que Cemig, Celpe e Coelce vêm apresentado um bom desempenho em
termos de distribuição de dividendos este ano. (APMPE - 28.08.2006) 2 Empresas planejam aumentar participação no mercado livre A Comerc e geradoras do porte da Cemig traçam planos para aumentar sua presença no mercado livre. A franco-belga Tractebel, a Ecom e a CPFL Brasil da distribuidora CPFL também desenham estratégias para avançar no mercado independente. O interesse é tamanho que a Cemig já tem uma superintendência dedicada exclusivamente ao segmento de comercialização de energia e conta com uma empresa, segundo o mercado, chamada Cemig Trading S/A. O plano da Comerc é de longo prazo e mira, entre outras coisas, até um lançamento de ações no mercado. Além de ter mudado sua razão social de limitada para sociedade anônima de capital fechado, o que a obrigará a publicar balanços anuais, a empresa resolveu montar um conselho consultivo. A idéia é que o conselho amplie os horizontes da empresa, promovendo discussões a respeito da viabilidade econômica em negociar o insumo proveniente de outras matrizes energéticas ou até mesmo se é o momento de comprar um concorrente. A franco-belga Tractebel acredita que haverá um equilíbrio entre o mercado cativo e o mercado livre. Atualmente, cerca de 55% da energia vendida pela distribuidora CPFL decorre do mercado regulado e 45% do livre. Paulo Cezar Tavares, vice-presidente do grupo CPFL, explica que as metas da empresa não decorrem do tipo de cliente. (Valor Econômico - 28.08.2006) 3 Eletrobrás planeja investir R$ 14,1 bi em 2007 e 2008 A Eletrobrás
planeja investir R$ 14,1 bilhões entre 2007 e 2008, segundo Aloísio Vasconcelos,
presidente da estatal. O executivo contou que os planos são de aplicar
R$ 6,5 bilhões, no primeiro ano, e R$ 7,6 bilhões, no segundo. Impasses
ambientais podem reduzir os investimentos, se não forem solucionados.
O grupo não investirá menos de R$ 6 bilhões por ano. A expectativa é que
a Eletrobrás tenha um lucro líquido este ano superior ao registrado em
2005, quando chegou a R$ 1 bilhão. Os investimentos para este ano de R$
5,2 bilhões, sendo R$ 4 bilhões em geração e transmissão. Os R$ 1,2 bilhão
restantes serão aplicados nas áreas de distribuição, qualidade ambiental,
pesquisa e infra-estrutura. Em relação à Ceam e à Cepisa, Vasconcelos
ressaltou que a situação ainda é muito ruim. A Ceam será incorporada pela
Manaus Energia, segundo ele. A Cepisa, como a Ceam, tem problemas graves
com inadimplência e perdas de energia, de acordo com Vasconcelos. A Justiça
do Piauí não tem permitido o corte de energia dos inadimplentes. (Agência
Canal Energia - 25.08.2006) 4 Debêntures da Copel 5 Isa: oferta pública para comprar ações da Cteep A Cteep informou
que a Isa Capital do Brasil Ltda apresentou à CVM pedido de registro de
oferta pública de aquisição por alienação de ações. O objeto da operação
é adquirir as ações ordinárias da estatal em circulação no mercado. (Agência
Canal Energia - 25.08.2006) 6 Cesp remete US$ 61,7 mi para liquidar notas de médio prazo da série 5 A Cesp informou
que realizou remessa de US$ 61 milhões, refererentes a notas de médio
prazo da série 05, que são denominadas em dólares americanos, com juros
de 14% ao ano. Com a efetivação deste pagamento, destaca o fato relevante,
a Cesp exerce opção de compra antecipada e liquida as notas da série 5
do Programa de Notas de Médio Prazo. Segundo a empresa, do montante, US$
57 milhões refere-se ao principal, que tem vencimento em 27/02/2011, e
US$ 4 milhões a juros que vencem no dia 27/09/2006. (Agência Canal Energia
- 25.08.2006) 7 Standard & Poor's eleva rating da AES Sul para brBB A Standard &
Poor's elevou o rating atribuído à AES Sul de 'brCC' para 'brBB' e colocou
a avaliação em CreditWatch com implicações positivas. O rating reflete
a reorganização financeira promovida pela empresa ao final de junho deste
ano. A reorganização da companhia, segundo a S&P, compreendeu, entre outros,
a capitalização de cerca de R$ 1,5 bilhão em floating reate notes - títulos
com taxa de juros flutuantes - que foram cedidos para a controladora AES
Guaíba II e posteriormente capitalizados na AES Sul. Em relação ao CreditWatch
com implicações positivas, a AES Sul poderá ter seu rating elevado dentro
de 90 dias. Uma próxima revisão irá, segundo a S&P, considerar a nova
realidade da empresa, considerando aspectos como a política financeira,
o acesso a crédito, a perspectiva de geração de caixa, a estratégia de
negócio, os níveis de investimentos futuros e a política de distribuição
de dividendos daqui para frente. (Agência Canal Energia - 25.08.2006)
No pregão do dia 25-08-2006, o IBOVESPA fechou a 35.957,52 pontos, representando uma alta de 0,45% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 1,47 bilhão. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 1,47% fechando a 11.699,43 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 48,80 ON e R$ 43,69 PNB, baixa de 1,91% e 1,27%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Na abertura do pregão do dia 28-08-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 48,80 as ações ON, estável em relação ao dia anterior e R$ 43,62 as ações PNB, alta de 0,53% em relação ao dia anterior. (Investshop - 28.08.2006)
Leilões 1 CND aprova licitação de mais 2 LTs O Conselho Nacional
de Desestatização propôs a inclusão de mais duas linhas de transmissão
e três subestações nos processos de licitação. A recomendação foi publicada
no Diário Oficial da União e dela constam as linhas Juba - Jauru e Maggi
- Nova Mutum, além das subestações Juba, Maggi e Nova Mutum, todas no
Mato Grosso. Segundo a Aneel as linhas não constam da lista dos leilões
que serão realizados neste ano e, para serem incluídas em licitações futuras,
o MME precisa encaminhar um pedido formal à Agência. (Jornal do Commercio
- 27.08.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 ONS: investimentos de R$ 13 bi evitam risco de falta de luz A rede elétrica
vai precisar de investimentos de R$ 13,8 bilhões entre 2007 e 2009 para
evitar o risco de colapsos localizados no fornecimento de energia. A conclusão
é do ONS, que lançou em junho o Programa de Ampliação de Reforços da Rede
Básica de Energia (PAR) para os próximos três anos. Parte das obras já
está em processo de concessão pela Aneel. O PAR propõe medidas para reduzir
o risco de apagões, que devem ser tomadas por geradoras, distribuidoras
ou licitadas pela Aneel. O objetivo é reforçar a rede, criando alternativas
de fornecimento em caso de sobrecarga ou falhas na rede existente, como
a queda de uma linha de transmissão. Para o período de 2007 a 2009, o
ONS sugere a instalação de 12,4 mil quilômetros de linhas e 176 novos
transformadores para reforçar as subestações em todo o País. Do investimento
total previsto, R$ 7,6 bilhões serão aplicados em linhas e R$ 6,2 bilhões,
na compra e instalação de transformadores. Alguns projetos servirão para
preparar a rede para a entrada de novas usinas no Sistema Interligado
Nacional. (Estado de São Paulo - 28.08.2006) De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 26/08/2006 a 01/09/2006. Tabela
Fonte: www.ccee.org.br
Gás e Termoelétricas 1 Bolívia pode impor novo contrato O governo boliviano poderá impor um novo modelo de contrato às companhias petroleiras até outubro. Segundo a Câmara Boliviana de Hidrocarbonetos (CBH) não há tempo para uma negociação amigável com as petroleiras antes do prazo final. Além de negociar a cláusula que define a fórmula de reajuste do gás natural importado pelo Brasil, a Bolívia se comprometeu a voltar à mesa para discutir com a Petrobrás o destino dos ativos da companhia brasileira. Para o gerente de coordenação e estratégia da CBH, Yussef Akly, há pouco tempo para que a Bolívia faça o que não conseguiu até agora: definir um novo modelo para o setor de petróleo e gás. "Não há uma proposta de contrato para o qual as empresas, entre elas a Petrobrás, devem migrar. O risco de o governo impor um modelo não negociado de contrato é grande". O fracasso da nacionalização pode deixar a Bolívia numa situação crítica do ponto de vista econômico e político. (O Estado de São Paulo - 28.08.2006) 2 Solíz pede respeito à nacionalização O ministro boliviano
dos Hidrocarbonetos, Andrés Solíz Rada, afirmou que a condição para negociar
novos contratos com a Petrobrás e a companhia hispano-argentina Repsol-YPF
envolve o respeito à nacionalização do setor no país andino. Solíz acredita
que as duas petrolíferas "seguirão o mesmo caminho e entrarão em um clima
de negociação cordial". O respeito à nacionalização é, segundo ele, condição
fundamental para que haja diálogo. (O Estado de São Paulo - 28.08.2006)
3 BG busca parceria em projeto de regaseificação da Petrobrás A britânica
BG iniciou conversas com a Petrobras, ainda em caráter extra-oficial,
para entrar no projeto das duas unidades de regaseificação que a estatal
quer instalar no Brasil. Disposta a dobrar as resistências da ala mais
nacionalista dos executivos da empresa brasileira, a companhia britânica
tem uma carta na manga que considera estratégica: reservas de gás natural
em diferentes partes do mundo, que podem garantir um contrato de fornecimento
firme GNL ao Brasil. As duas unidades de regaseificação de gás natural
serão erguidas na Baía de Guanabara, no Rio, e no Porto de Pecem, no Ceará.
São consideradas fundamentais para evitar um racionamento do insumo no
Brasil. Ainda não foi iniciada uma negociação formal mas já ocorreram
contatos iniciais entre as duas companhias, a partir de uma iniciativa
da companhia britânica. Se por um lado, a BG tem contra si o atual peso
da ala nacionalista da diretoria da Petrobras, por outro, especialistas
advertem que a companhia brasileira deverá encontrar dificuldades para
achar fornecedores que garantam uma oferta firme do insumo. Outra alternativa
seria o mercado spot, que não garante qualquer margem de segurança para
o abastecimento, devido às flutuações dos preços. (Gazeta Mercantil -
28.08.2006) 4 Petrobras aluga Araucária para tornar usina viável A Petrobras
está negociando com a Copel o aluguel da térmica de Araucária (no Paraná).
A estatal tem participação societária de 20% na usina, que está em fase
de testes e deve entrar em operação comercial nos próximos dias. Na quinta-feira
passada, Araucária gerou 324 megawatts médios (MWmed) e conseguiu manter
sua capacidade máxima gerando 449 MWmed no horário de ponta. Ildo Sauer,
diretor de gás e energia da Petrobras, explicou que está estudando "uma
parceria" com a Copel para operar Araucária. Como a Petrobras é dona do
gás que abastece a usina, o aluguel reduz o custo de geração e sua operação
passa a ser viável. Sem dar detalhes comerciais do contrato, Sauer listou,
entre os objetivos da parceria a recuperação da usina para torná-la operacional,
e para a venda dessa energia pela estatal. "Queremos rentabilizar o ativo",
disse o diretor. (Valor Econômico - 28.08.2006)
Grandes Consumidores 1 Usiminas terá novo desenho societário A entrada da
CVRD no bloco de controle da Usiminas pode ser definida dia 30/08/2006
quando acontecerá reunião do CA de acionistas da siderúrgica mineira.
A idéia é que, nesse jogo de xadrez, os 13% de ordinárias que não migrarem
para o bloco de controle da usina mineira, sejam oferecidos aos sócios
ou vendidos em um pacote no mercado local ou na bolsa de Nova York. A
segunda opção permitiria que a Usiminas passasse a ter ADR nível 2 naquele
mercado. Esta oferta poderia render à Vale no mínimo R$ 1,1 bilhão, permitindo
que a mineradora dê uma demonstração às agências de risco de que não está
disposta a aumentar sua alavancagem. As agências colocaram a classificação
da Vale em observação depois que a empresa anunciou a oferta de compra
da canadense Inco. Os US$ 18 bilhões que a companhia emprestará para pagar
a aquisição elevarão sua dívida líquida a duas vezes sua geração de caixa.
No desenho da reestruturação da Usiminas, a expectativa é de que a Nippon
amplie sua participação de 19,4%. É dado também como certa a saída do
Bradesco do capital da companhia, vendendo seus 2,6% para os sócios. (Valor
Econômico - 28.08.2006) 2 Aracruz aumenta investimentos A Aracruz Celulose
aumenta em 15%, este ano, os investimentos no programa de plantação de
eucalipto e compra de madeira de produtores independentes para suas fábricas
de celulose no Espírito Santo, Rio Grande do Sul, e para a Veracel, na
Bahia. Para Carlos Aguiar, presidente da empresa, o total aplicado neste
ano alcançará R$ 80 milhões e envolverá 3.500 pequenos, médios e grandes
produtores. (Folha de São Paulo - 28.08.2006) 3 CSN contrata chinesas para projeto de nova fábrica A CSN anunciou
o fechamento de contrato com as chinesas Shenyang Heavy Machinery Group
e Chengdu Design Institute para fornecimento de equipamentos e projeto
da fábrica de clínquer localizada em Arcos. O diretor da CSN, Marcos Paim,
informou ao mercado que o contrato alia investimento competitivo, segurança
de implantação e processo de produção moderno e eficaz em custos. Destacou
também que o modelo contratado é o mais utilizado na China. (Gazeta Mercantil
- 28.08.2006)
Economia Brasileira 1 BC: pacote de redução dos juros e do "spread" envolve poder de escolha dos clientes A prioridade do governo no pacote de redução dos juros e do "spread" é ampliar o poder de escolha dos clientes. Das dez medidas em estudo, oito atacam esse problema. O BC divulgou estudo que procura medir o quanto é difícil para os clientes migrarem suas operações de um banco para outro, diagnosticando que, se não há um problema de competição entre os bancos que exija a intervenção dos órgãos de defesa da concorrência, o setor bancário é um mercado imperfeito, dificultando as escolhas dos clientes. As medidas em estudo pelo governo procuram ao menos atenuar essas imperfeições. No estudo, os economistas mediram o quanto os clientes estão "presos" a uma instituição financeira, que um cliente que toma agora um empréstimo num determinado banco tem 63,05% de chances de fazê-lo novamente na mesma instituição no semestre seguinte. Outra conclusão é que 57% do valor que um cliente tem para determinado banco se deve ao fato de ele estar "preso" a essa instituição. A maioria das medidas em estudo visa a reduzir a margem de lucro dos bancos, mas algumas das medidas têm também o efeito de reduzir riscos de inadimplência. (Valor Econômico - 28.08.2006) 2 Estudo detecta alta concentração industrial Depois da abertura do país às importações, a indústria brasileira vive uma nova fase que pode mudar a sua configuração. Antonio Barros de Castro, diretor do BNDES estudou o comportamento de 76 segmentos industriais e conclui que o setor cresce hoje de forma muito concentrada. "A difusão do crescimento na indústria está tão restrita quanto nos anos de recessão", diz. Em 2004, 9 segmentos contribuíram para explicar 75% do crescimento , já em 2005, apenas 5 segmentos explicam a maior parte do crescimento. Mais preocupantes são os setores onde se concentra o crescimento. As indústrias "extrativas" e de "refino de petróleo e álcool" estão associadas a recursos naturais e pesquisas. Já "máquinas para escritório e equipamentos de informática" e "máquinas, aparelhos e materiais elétricos" possuem alto conteúdo de importação. Castro concluiu que a indústria brasileira estaria passando por um processo de concentração que parece avançar com grande rapidez. "Não é esse o Brasil que a gente conhece", diz. O preocupante, é que essa especialização não é resultado de uma escolha consciente do país, e sim de um processo avassalador e ainda pouco entendido. Para o economista, essa concentração contraria a atitude do governo brasileiro. (Folha de São Paulo - 28.08.2006) 3 Focus: Projeção para IPCA cai para 3,68% 4 Analistas projetam desaceleração no segundo trimestre Para analistas,
o crescimento não passará de 3,7. Com dois terços de 2006 cumpridos, as
projeções de analistas para o desempenho do PIB no segundo trimestre deste
ano chegam ao máximo em 1,1%, na comparação com o trimestre anterior,
apontando para uma desaceleração da atividade que resultará em uma expansão
entre 3,3% e 3,7% ao final do ano, bem aquém das estimativas do governo,
que chegaram a prever 5%. (Gazeta Mercantil - 28.08.2006) 5 Confiança do consumidor sobe 0,7% em agosto O índice de
confiança do consumidor na economia brasileira subiu 0,7% entre julho
e agosto, passando de 101,9 para 102,6. Houve melhora nas expectativas
em relação aos próximos seis meses, mas deterioração nas avaliações sobre
a situação presente. O Índice da Situação Atual recuou de 102,7 para 99,7,
enquanto Índice de Expectativas avançou de 101,6 para 104,1. A proporção
dos que consideram a situação boa na família caiu de 18,4% para 15,3%;
e a dos que a julgam ruim, subiu de 15,5% para 16,2%. Em relação ao futuro,
houve aumento de 23,8% para 30,3% na parcela de informantes que prevêem
melhora na situação financeira da família nos próximos meses e uma redução
de 4,1% para 2,5% na proporção dos que acreditam em piora. (Diário do
Grande ABC - 28.08.2006) O dólar comercial iniciou o dia em baixa perante o fechamento da última sexta-feira, a R$ 2,1560. Às 9h19, a moeda perdia 0,09%, a R$ 2,1530 na compra e a R$ 2,1550 na venda. Na sexta-feira passada, o dólar comercial subiu 0,13%, a R$ 2,1550 na compra e R$ 2,1570 na venda. Na semana, a apreciação acumulada foi de 0,51%. (Valor Online - 28.08.2006)
Internacional 1 Standard & Poor's: SE da América Latina continua com tendência positiva As atuais condições
econômicas favoráveis na América Latina fizeram com que a Standard & Poor's
Ratings Services elevasse os ratings de diversas empresas do SE na região
nos últimos doze meses, dando continuidade à tendência positiva que começou
em 2003, de acordo com o relatório intitulado "Industry Report Card: A
Power Surge For Many Latin American Utilities", publicado em 17 de agosto
de 2006. Como elementos dessa tendência, o relatório cita o crescimento
da demanda por energia; o maior volume de vendas de energia combinado
a moedas locais mais estáveis em relação ao dólar, o que melhorou os índices
de cobertura do serviço da dívida; e o melhor ambiente de mercado, o que
permitiu um maior volume de emissão de dívidas em moeda local nos mercados
domésticos, aprimorando, portanto, os perfis de vencimentos de dívidas
dessas empresas e reduzindo os custos de financiamento. (Standard and
Poor's - 24.08.2006) 2 YPFB receberá US$ 120 mi, diz Soliz As principais
companhias petrolíferas que operam na Bolívia deverão pagar US$ 120 mi
nos primeiros quatro meses de vigência do novo imposto fixado após a nacionalização
dos hidrocarbonetos do país. Segundo o ministro de Hidrocarbonetos da
Bolívia, Andrés Soliz, esses recursos serão utilizados pela estatal YPFB
para assumir o controle da cadeia produtiva do setor. As negociações com
as petrolíferas para que aceitem as novas regras do governo e a assinem
os novos contratos estão estagnadas, mas o Executivo se diz confiante
de que serão concluídas até o fim de outubro, quando expira o prazo outorgado
pelo decreto. Faltando dois meses para o fim do prazo, o governo decidiu
que "os ministros com maior experiência em negociação com empresas fortalecerão
a equipe negociadora". Esses ministros são o de Planejamento do Desenvolvimento,
Carlos Villegas; da Presidência, Juan Ramón Quintana; da Fazenda, Luis
Alberto Arce, e da Defesa, Walker San Miguel. (Gazeta Mercantil - 28.08.2006)
3 Repsol reage à invasão de promotores bolivianos A Repsol comunicou ontem que tomará medidas legais caso a Bolívia mantenha 'perseguição judicial injustificada e repetitiva' contra a empresa. Promotores bolivianos invadiram a Andina, subsidiária da Repsol no país, em busca de documentos ligados ao contrato de fornecimento entre ela e a Petrobras. A Andina é acusada de vender gás natural à brasileira pela metade do preço de mercado atual. (Reuters - Gazeta Mercantil - 28.08.2006) 4 Endesa investirá 400 mi em duas térmicas a gás na França O presidente
do Irã, Mahmud Ahmadinejad, inaugurou formalmente a usina de água pesada
de Arak, abrindo nova etapa do programa nuclear iraniano. Ahmadinejad
declarou que o Irã não desistirá do direito de possuir tecnologia nuclear,
apesar do temor do Ocidente de que possa produzir bombas atômicas. A inauguração
foi interpretada por diplomatas ocidentais como um gesto desafiador, já
que ocorreu a poucos dias do vencimento do prazo fixado pelo Conselho
de Segurança da ONU para que o Irã pare com o enriquecimento de urânio.
A resolução do CS da ONU que determinou o prazo para o fim do enriquecimento
de urânio também cita um pedido da AIEA para que o Irã reconsidere a construção
de seu reator de água pesada. Seis potências mundiais - EUA, Grã-Bretanha,
Alemanha, França, China e Rússia - ofereceram incentivos ao Irã para que
ele pare de enriquecer urânio. (A Notícia - 27.08.2006)
Biblioteca Virtual do SEE 1 CASTRO, Nivalde J. de; BUENO, Daniel. Pesquisa de Opinião Sobre Perspectivas do Setor Elétrico. 3º ENASE (Encontro Nacional dos Agentes do Setor Elétrico). São Paulo, agosto de 2006. Para ler o texto na íntegra, clique aqui.
Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados
sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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