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IFE: nº 1.879 - 28 de agosto de 2006
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Pesquisa da UFRJ mostra que 52% das entidades do SE vêem risco de crise para 2009 e 2010
2 Fiesp: teremos tranqüilidade até 2009
3 Abdib: não temos motivos para preocupação até 2010
4 Abiape: novo modelo excluiu a figura do autoprodutor
5 Energia industrial encarece 108,9% no governo Lula
6 Eletrobrás: estudos de inventário hidrelétrico do rio Teles Pires são aprovados
7 Ibama ameaça suspender licença de operação da usina de Aimorés
8 Aneel deve mudar procedimentos do programa de P&D
9 Mercado livre pode crescer 56% com mudança na lei
10 Governo pretende licitar usina Belo Monte em 2007
11 MPF questiona licença para Usina Mauá
12 Proinfa: Eletrobrás pode não aplicar sanções contra eólicas
13 Eficiência energética recebe R$ 1,362 bi em seis anos
14 Curtas

Empresas
1 Rentabilidade de elétricas aumenta perspectiva de pagamento de dividendos
2 Empresas planejam aumentar participação no mercado livre
3 Eletrobrás planeja investir R$ 14,1 bi em 2007 e 2008
4 Debêntures da Copel
5 Isa: oferta pública para comprar ações da Cteep
6 Cesp remete US$ 61,7 mi para liquidar notas de médio prazo da série 5
7 Standard & Poor's eleva rating da AES Sul para brBB
8 Cotações da Eletrobrás

Leilões
1 CND aprova licitação de mais 2 LTs

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 ONS: investimentos de R$ 13 bi evitam risco de falta de luz
2 Preço Spot - CCEE

Gás e Termelétricas
1 Bolívia pode impor novo contrato
2 Solíz pede respeito à nacionalização
3 BG busca parceria em projeto de regaseificação da Petrobrás
4 Petrobras aluga Araucária para tornar usina viável

Grandes Consumidores
1 Usiminas terá novo desenho societário
2 Aracruz aumenta investimentos
3 CSN contrata chinesas para projeto de nova fábrica

Economia Brasileira
1 BC: pacote de redução dos juros e do "spread" envolve poder de escolha dos clientes
2 Estudo detecta alta concentração industrial

3 Focus: Projeção para IPCA cai para 3,68%
4 Analistas projetam desaceleração no segundo trimestre
5 Confiança do consumidor sobe 0,7% em agosto
6 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Standard & Poor's: SE da América Latina continua com tendência positiva
2 YPFB receberá US$ 120 mi, diz Soliz
3 Repsol reage à invasão de promotores bolivianos
4 Endesa investirá € 400 mi em duas térmicas a gás na França
5 Irã inaugura usina

Biblioteca Virtual do SEE
1 CASTRO, Nivalde J. de; BUENO, Daniel. Pesquisa de Opinião Sobre Perspectivas do Setor Elétrico. 3º ENASE (Encontro Nacional dos Agentes do Setor Elétrico). São Paulo, agosto de 2006.

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Pesquisa da UFRJ mostra que 52% das entidades do SE vêem risco de crise para 2009 e 2010

De acordo com pesquisa realizada pelo Gesel - Grupo de Estudos do Setor Elétrica -, coordenada pelo Professor Nivalde J. de Castro junto a 12 entidades que representam todo o segmento do setor elétrico, incluindo grandes consumidores e produtores de equipamentos, 52 % destas avaliam risco de crise de abastecimento para 2009 e 2010. O principal entrave é a questão ambiental. Segundo a pesquisa, 42% dos entrevistados acreditam que a demora na concessão das licenças pode atrapalhar a ampliação da capacidade instalada do País e que esse processo tende a elevar o custo da energia. Para eles, o setor precisa de legislação pragmática e objetiva que permita o andamento das obras. Para obter relatório completo da pesquisa clique aqui. (Estado de São Paulo e GESEL-IE-UFRJ - 28.08.2006)

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2 Fiesp: teremos tranqüilidade até 2009

"Teremos tranqüilidade até 2009 se a economia continuar crescendo 3% ao ano", afirma o diretor da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Luiz Gonzaga Bertelli. Na opinião dele, continuamos dependentes das chuvas. "Na prática, não está acontecendo nada. Apenas estamos criando papéis", afirma ele. "Há um descompasso grande entre o que o governo fala e o que ocorre no setor. Há um marasmo nas licenças ambientais e nas agências." (Estado de São Paulo - 28.08.2006)

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3 Abdib: não temos motivos para preocupação até 2010

Para o presidente da Associação Brasileira de Infra-Estrutura e Indústrias de Base (Abdib), Paulo Godoy, se considerarmos os papéis não temos motivos para preocupação até 2010. "Mas as usinas precisam entrar em operação." (Estado de São Paulo - 28.08.2006)

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4 Abiape: novo modelo excluiu a figura do autoprodutor

A maior crítica do diretor-técnico da Associação Brasileira dos Investidores em Autoprodução de Energia Elétrica (Abiape), Cristiano Abijaode, é que o novo modelo excluiu a figura do autoprodutor, que foram os grandes investidores de geração nos últimos anos. "Hoje, companhias, como Vale do Rio Doce, não têm o menor interesse em entrar em leilões de hidrelétricas. São R$ 3 bilhões por ano que não estão sendo aplicados no setor. O País não pode dar-se ao luxo de excluir investidores desta forma." (Estado de São Paulo - 28.08.2006)

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5 Energia industrial encarece 108,9% no governo Lula

As tarifas de energia elétrica para o setor industrial subiram 108,9% durante o governo Lula, segundo dados da Aneel. Em dezembro de 2002, as indústrias pagavam cerca de R$ 95,77 por MW/h na compra de energia elétrica. Em junho último, essas tarifas subiram para R$ 200,03 por MW/h. Nesse preço não estão incluídos os diversos tributos, especialmente o ICMS (estadual) e federais (PIS/Cofins), além dos encargos setoriais (CCC, CDE e Proinfa, entre outros). Estima-se que os impostos encarecem a energia em pelo menos 35%. O reajuste mais forte para a indústria faz parte da estratégia do governo federal de reduzir o chamado 'subsídio cruzado'. O argumento do governo anterior era de que 'é mais barato' entregar energia para a indústria, já que o setor é grande consumidor e opera em alta tensão, exigindo menos instalações. Outro argumento é que tarifas baixas constituem estímulos para atração de investimentos e essa estratégia é adotada na maioria dos países. O governo atual contra-argumenta que o consumidor residencial já não suporta novos aumentos. Devido aos fortes reajustes, a tarifa de energia elétrica no Brasil para o setor industrial está entre as mais caras do mundo, só perdendo para Itália, Japão e Turquia - considerando-se o universo de 32 países integrantes da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), da qual o Brasil não faz parte. (Estado de São Paulo - 26.08.2006)

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6 Eletrobrás: estudos de inventário hidrelétrico do rio Teles Pires são aprovados

Dentro da estratégia de ampliação da oferta de energia elétrica com base no aproveitamento dos recursos hidrológico, onde o Brasil ainda detém cerca de 2/3 de sua capacidade instalada existente em recursos potenciais, a Eletrobrás teve os estudos de inventário hidrelétrico do rio Teles Pires (MT), da Eletrobrás, foram aprovados pela Aneel. Nestes estudos, foram identificados seis aproveitamentos hidrelétricos, que poderão ser levados a leilão e ofertados, no futuro, ao sistema elétrico brasileiro. A capacidade total, de 3.697 MW, seria suficiente para o atendimento de uma população com cerca de 3,5 milhões de habitantes. Este resultado além de viabilizar o processo de expansão da fronteira elétrica nacional, indica um papel estratégico da Eletrobrás no processo de reestruturação do setor. (Folha de São Paulo e GESEL-IE-UFRJ - 26.08.06)

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7 Ibama ameaça suspender licença de operação da usina de Aimorés

O Ibama multou em R$ 400 mil o consórcio responsável pela usina hidrelétrica de Aimorés (MG) e ameaça suspender a licença de operação do empreendimento. Segundo a autarquia, caso não seja revertido o descumprimento de quatro exigências sociais e ambientais que constam da licença ao empreendimento, a hidrelétrica pode ser temporariamente desativada. Em ofício encaminhado a Aneel, o Ibama pede que o órgão regulador e o ONS já estudem alternativas para não colocar em risco o abastecimento de energia, se houver o desligamento. "Não queremos penalizar a sociedade brasileira com perda da geração de energia", afirmou o diretor do Ibama, Luiz Felippe Kunz. A usina de Aimorés tem capacidade para gerar 330 MW - energia suficiente para abastecer cerca de um milhão de consumidores. Segundo o Ibama, são quatro as condicionantes da licença descumpridas. Duas têm caráter social. Como a área do reservatório da usina inundou parte do município de Itueta (MG), cerca de 2 mil habitantes foram realocados, sob responsabilidade do consórcio. Outro programa social descumprido são as indenizações a pescadores locais. Os dois descumprimentos seguintes referem-se ao plano de conservação e uso do entorno do reservatório artificial, cujos documentos estariam incompletos, e à suposta inexecução de um programa de monitoramento do papagaio-chauá - espécie nativa que se encontra ameaçada de extinção. (Valor Econômico - 28.09.2006)

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8 Aneel deve mudar procedimentos do programa de P&D

A Aneel deve mudar a forma de apresentação dos ciclos do programa de pesquisa e desenvolvimento. A idéia é instituir a entrega do programa pelas empresas em data única, dependendo do segmento de atuação: geração, transmissão e distribuição. Com isso, a agência quer acelerar a aprovação dos projetos e estimular a cooperação entre as concessionárias. "Hoje a legislação permite a cooperação entre as empresas, mas como a apresentação dos projetos é feita em datas diferentes, fica mais difícil de ocorrer", observou Manoel Eduardo Miranda Negrisoli, superintendente de Regulação dos Serviços de Distribuição. Negrisoli contou ainda que a Aneel está estudando uma forma de resolver a questão das patentes, que ainda causa controvérsias. "Nossa proposta é dividir entre todos os envolvidos no processo de desenvolvimento. A idéia é 50% para modicidade tarifária e o restante para os outros envolvidos: agentes e instituições", disse. As mudanças incluem ainda a concentração da análise dos projetos em uma única superintendência. O novo manual de P&D, lançado este ano, incluiu avanços pedidos pelos agentes, como o financiamento do protótipo "cabeça de série", que é a versão mais próxima do que seria o produto comercial. (Agência Canal Energia - 25.08.2006)


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9 Mercado livre pode crescer 56% com mudança na lei

Atualmente pode tornar-se consumidora livre a empresa que tiver carga mínima de 3 MW. Mas a lei 9074, que regulamenta o mercado livre, abre uma brecha para as empresas que tenham carga mínima de 1 MW. Para isso, segundo o MME, bastaria apenas uma resolução. "O mercado aumentaria em 56% da noite para o dia", afirma Márcio Sant'Anna, diretor da Ecom. A empresa, que atua fortemente no Nordeste, Sul e Sudeste, espera quintuplicar a venda neste ano. A mudança na legislação abriria o segmento a consumidores do porte de shoppings centers e grandes redes de comércio. Na verdade, hoje qualquer consumidor a partir de 0,5 MW de tensão mínima já pode adquirir o insumo no mercado livre, mas apenas de fontes alternativas. A discussão ganha destaque porque a venda de energia livre atingiu a sua maturidade no atual formato, reduzindo a possibilidade de fortes crescimentos de um ano para o outro. (Valor Econômico - 28.08.2006)

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10 Governo pretende licitar usina Belo Monte em 2007

O MME pretende licitar em 2007 a usina hidrelétrica Belo Monte (11,1 mil MW, PA), projeto que o governo considera fundamental para garantir o abastecimento de energia no futuro. A definição do prazo ainda depende da decisão judicial sobre a validade do Decreto n° 788/2005, promulgado pelo Congresso Nacional. O impasse impede que o Ibama e a Eletronorte dêem continuidade aos procedimentos visando o licenciamento ambiental. "Resolvida a questão, os estudos serão concluídos e a usina será licitada no próximo ano", afirma Marcio Zimermann, secretário do MME. Caso a previsão ocorra, a hidrelétrica poderá entrar em operação antes do prazo estipulado no Plano Decenal 2006-2015. Segundo o estudo elaborado pela EPE, Belo Monte está previsto para iniciar operação em dezembro de 2013. Anteriormente, Maurício Tolmasquim, presidente da EPE, havia dito que para cumprir este prazo era necessário licitar o empreendimento até 2009. Pelo cronograma atual do governo, a casa de força complementar está programada para 2012 e a motorização da primeira fase da hidroelétrica estará concluída em 2013. A estimativa do MME é que Belo Monte demandará US$ 5,5 bilhões, ou R$ 14,8 bilhões, mas os valores não são definitivos e devem ser alterados após a realização dos estudos. (Diário Comércio, Indústria & Serviço - 28.08.2006)

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11 MPF questiona licença para Usina Mauá

O MPF de Londrina pediu o afastamento do secretário de Estado de Meio Ambiente, Rasca Rodrigues, por ato de improbidade administrativa. Em ação civil pública, o MPF alega que houve fraudes no Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA-Rima) e irregularidades no licenciamento ambiental referentes à construção da UHE Mauá, no Rio Tibagi, entre Ortigueira e Telêmaco Borba. A ação, assinada por três procuradores da República, também pede a nulidade do EIA-Rima em razão de falhas, omissões, inconsistências e contradições e demais etapas do processo de licenciamento da usina. O MPF alega que graves prejuízos ao meio ambiente foram desconsiderados no EIA-Rima, além do impacto sobre terras indígenas Kaingang. A ação tem respaldo de laudos produzidos por diferentes especialistas. Leva em conta também o depoimento do biólogo Euclides Grando, contratado pela empresa CNEC Engenharia (principal candidata à construção da usina) para realizar análises na Bacia do Tibagi. (Folha de Londrina - 24.08.2006)

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12 Proinfa: Eletrobrás pode não aplicar sanções contra eólicas

A Eletrobrás poderá não aplicar as sanções previstas no Proinfa contra os empreendedores eólicos que não concluírem as obras no prazo final de dezembro de 2007. Segundo Aloísio Vasconcelos, presidente da Eletrobrás, o motivo é a dificuldade de entrega dos aerogeradores. A única fornecedora de aerogeradores do país tem prazo de entrega de 40 meses. No caso dos fornecedores internacionais, a Eletrobrás conseguiu um prazo de três anos da General Eletric. A fonte eólica é responsável por 1.422,96 MW dos 3,3 mil MW previstos pelo Proinfa para entrarem em operação até dezembro de 2007. (Agência Canal Energia - 25.08.2006)

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13 Eficiência energética recebe R$ 1,362 bi em seis anos

A eficiência energética tem crescido de importância no SE nos últimos anos tanto por motivos regulatórios como por estratégia de mercado. O programa de eficiência energética da Aneel recebeu R$ 1,362 bilhão, entre 1999 e 2005. Segundo o superintendente de Regulação da Comercialização da Eletricidade da Aneel, Ricardo Vidinich, os investimentos em eficiência energética no período resultaram em redução de 1,76% da demanda. Vidinich fez um balanço dos resultados dos projetos enquadrados desde o ciclo 1998/1999 até o ciclo 2004/2005. Os projetos conseguiram retirar 1.395 MW do horário de ponta, permitindo economizar 4.635 GWh por ano. Durante esse período, a iluminação pública foi o destaque, recebendo a maior parcela dos recursos. Já as distribuidoras de São Paulo aplicaram R$ 596,721 milhões, de 1999 a 2005, em 906 projetos. Desses projetos, 20 foram focados na baixa renda, com investimentos de R$ 34,637 milhões. "A baixa renda está deixando de ser uma ação regulatória para ser o foco dos programas das concessionárias", avaliou Andrade. (Agência Canal Energia - 25.08.2006)

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14 Curtas

O 1º Encontro Brasileiro de Energia do Hidrogênio começa no dia 28 de agosto, no Rio de Janeiro. Pesquisadores da Petrobras, Inmetro, Itaipu Binacional, do Instituto Nacional de Tecnologia (INT), da Coppe/UFRJ, do Instituto de Pesquisa em Energia Nuclear (Ipen/MCT) e da Cepel apresentarão os mais recentes avanços em pesquisas e as perspectivas de utilização do hidrogênio no mercado de combustíveis. (Agência Brasil - 28.08.2006)

A Fiesp promove dia 28/08 o seminário "Matriz energética nacional", co objetivo de discutir o futuro do abastecimento energético brasileiro. De acordo com Luiz Gonzaga Bertelli, diretor da Fiesp, é um desafio para o Brasil crescer mais de 4% ao ano até 2015, já que para isso terá que aumentar a geração de eletricidade em mais de 42%. "Se o potencial brasileiro de biomassa energética fosse devidamente aproveitado, teríamos oferta adicional de 15 mil MW, com a adoção de tecnologias modernas e equipamentos produzidos entre nós", diz. (Agência Canal Energia - 25.08.2006)

A Aneel informou que cinco municípios do Paraná e Tocantins receberão, a partir agosto, recursos provenientes do rateio da CFURH. Os recursos serão repassados em conseqüência da inundação de áreas das cidades pelos reservatórios das hidrelétricas Fundão (120 MW) e Peixe Angical (452 MW). No Paraná, receberão repasses os municípios de Foz do Jordão e Pinhão. Já no Tocantins, os municípios que terão recursos são, São Salvador do Tocantins, Paranã e Peixe. (Agência Canal Energia - 25.08.2006)

O pesquisador brasileiro Ronaldo Sato apresentou um protótipo que resultou dos seus sete anos de pesquisas - um novo conceito de fogão a lenha/gerador de eletricidade, batizado de Geralux. Apesar de ter sido inteiramente construído com recursos próprios, o novo fogão já chamou a atenção da Eletronorte, que está estudando a possibilidade de utilizar a nova tecnologia no Acre, na região do Xapuri. (Inovação Tecnológica - 28.08.2006)

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Empresas

1 Rentabilidade de elétricas aumenta perspectiva de pagamento de dividendos

O resultado das empresas do setor elétrico no primeiro semestre mostram que, no longo prazo, as companhias do setor continuarão pagando bons dividendos aos acionistas. Segundo analistas e gestores, a dinâmica interna do setor e a perspectiva de crescimento econômico do país no segundo semestre oferecem um cenário positivo em termos de dividend-yeld, fazendo das companhias da área de energia elétrica uma excelente opção de investimento. Na avaliação do gestor do Unibanco, Welber Brito, empresas como a AES Tietê e Cemig são alguns dos destaques em termos de distribuição de dividendos. Para o gerente da BB Administração de Ativos, Rubens Monteiro, o desempenho das empresas do setor elétrico em termos de distribuição de dividendos é compatível com o desempenho do setor no Ibovespa, atualmente calculado em 9,6%. Para o analista da Ágora Corretora, Marco Melo, algumas variáveis como a valorização do real frente ao dólar e a melhora do nível de governança corporativa das empresas do setor são alguns dos fatores que explicam o bom desempenho contábil e, conseqüentemente, a perspectiva positiva de distribuição de dividendos. Um levantamento feito pela Economática mostra que Cemig, Celpe e Coelce vêm apresentado um bom desempenho em termos de distribuição de dividendos este ano. (APMPE - 28.08.2006)

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2 Empresas planejam aumentar participação no mercado livre

A Comerc e geradoras do porte da Cemig traçam planos para aumentar sua presença no mercado livre. A franco-belga Tractebel, a Ecom e a CPFL Brasil da distribuidora CPFL também desenham estratégias para avançar no mercado independente. O interesse é tamanho que a Cemig já tem uma superintendência dedicada exclusivamente ao segmento de comercialização de energia e conta com uma empresa, segundo o mercado, chamada Cemig Trading S/A. O plano da Comerc é de longo prazo e mira, entre outras coisas, até um lançamento de ações no mercado. Além de ter mudado sua razão social de limitada para sociedade anônima de capital fechado, o que a obrigará a publicar balanços anuais, a empresa resolveu montar um conselho consultivo. A idéia é que o conselho amplie os horizontes da empresa, promovendo discussões a respeito da viabilidade econômica em negociar o insumo proveniente de outras matrizes energéticas ou até mesmo se é o momento de comprar um concorrente. A franco-belga Tractebel acredita que haverá um equilíbrio entre o mercado cativo e o mercado livre. Atualmente, cerca de 55% da energia vendida pela distribuidora CPFL decorre do mercado regulado e 45% do livre. Paulo Cezar Tavares, vice-presidente do grupo CPFL, explica que as metas da empresa não decorrem do tipo de cliente. (Valor Econômico - 28.08.2006)

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3 Eletrobrás planeja investir R$ 14,1 bi em 2007 e 2008

A Eletrobrás planeja investir R$ 14,1 bilhões entre 2007 e 2008, segundo Aloísio Vasconcelos, presidente da estatal. O executivo contou que os planos são de aplicar R$ 6,5 bilhões, no primeiro ano, e R$ 7,6 bilhões, no segundo. Impasses ambientais podem reduzir os investimentos, se não forem solucionados. O grupo não investirá menos de R$ 6 bilhões por ano. A expectativa é que a Eletrobrás tenha um lucro líquido este ano superior ao registrado em 2005, quando chegou a R$ 1 bilhão. Os investimentos para este ano de R$ 5,2 bilhões, sendo R$ 4 bilhões em geração e transmissão. Os R$ 1,2 bilhão restantes serão aplicados nas áreas de distribuição, qualidade ambiental, pesquisa e infra-estrutura. Em relação à Ceam e à Cepisa, Vasconcelos ressaltou que a situação ainda é muito ruim. A Ceam será incorporada pela Manaus Energia, segundo ele. A Cepisa, como a Ceam, tem problemas graves com inadimplência e perdas de energia, de acordo com Vasconcelos. A Justiça do Piauí não tem permitido o corte de energia dos inadimplentes. (Agência Canal Energia - 25.08.2006)

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4 Debêntures da Copel

Copel começa road show para atrair investidores para a emissão de R$ 600 milhões que fará em debêntures. A rodada de apresentações vai até 01/09/2006. Os papéis de cinco anos pagarão no máximo 4% acima do CDI. (Gazeta Mercantil - 28.08.2006)

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5 Isa: oferta pública para comprar ações da Cteep

A Cteep informou que a Isa Capital do Brasil Ltda apresentou à CVM pedido de registro de oferta pública de aquisição por alienação de ações. O objeto da operação é adquirir as ações ordinárias da estatal em circulação no mercado. (Agência Canal Energia - 25.08.2006)

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6 Cesp remete US$ 61,7 mi para liquidar notas de médio prazo da série 5

A Cesp informou que realizou remessa de US$ 61 milhões, refererentes a notas de médio prazo da série 05, que são denominadas em dólares americanos, com juros de 14% ao ano. Com a efetivação deste pagamento, destaca o fato relevante, a Cesp exerce opção de compra antecipada e liquida as notas da série 5 do Programa de Notas de Médio Prazo. Segundo a empresa, do montante, US$ 57 milhões refere-se ao principal, que tem vencimento em 27/02/2011, e US$ 4 milhões a juros que vencem no dia 27/09/2006. (Agência Canal Energia - 25.08.2006)

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7 Standard & Poor's eleva rating da AES Sul para brBB

A Standard & Poor's elevou o rating atribuído à AES Sul de 'brCC' para 'brBB' e colocou a avaliação em CreditWatch com implicações positivas. O rating reflete a reorganização financeira promovida pela empresa ao final de junho deste ano. A reorganização da companhia, segundo a S&P, compreendeu, entre outros, a capitalização de cerca de R$ 1,5 bilhão em floating reate notes - títulos com taxa de juros flutuantes - que foram cedidos para a controladora AES Guaíba II e posteriormente capitalizados na AES Sul. Em relação ao CreditWatch com implicações positivas, a AES Sul poderá ter seu rating elevado dentro de 90 dias. Uma próxima revisão irá, segundo a S&P, considerar a nova realidade da empresa, considerando aspectos como a política financeira, o acesso a crédito, a perspectiva de geração de caixa, a estratégia de negócio, os níveis de investimentos futuros e a política de distribuição de dividendos daqui para frente. (Agência Canal Energia - 25.08.2006)

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8 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 25-08-2006, o IBOVESPA fechou a 35.957,52 pontos, representando uma alta de 0,45% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 1,47 bilhão. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 1,47% fechando a 11.699,43 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 48,80 ON e R$ 43,69 PNB, baixa de 1,91% e 1,27%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Na abertura do pregão do dia 28-08-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 48,80 as ações ON, estável em relação ao dia anterior e R$ 43,62 as ações PNB, alta de 0,53% em relação ao dia anterior. (Investshop - 28.08.2006)

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Leilões

1 CND aprova licitação de mais 2 LTs

O Conselho Nacional de Desestatização propôs a inclusão de mais duas linhas de transmissão e três subestações nos processos de licitação. A recomendação foi publicada no Diário Oficial da União e dela constam as linhas Juba - Jauru e Maggi - Nova Mutum, além das subestações Juba, Maggi e Nova Mutum, todas no Mato Grosso. Segundo a Aneel as linhas não constam da lista dos leilões que serão realizados neste ano e, para serem incluídas em licitações futuras, o MME precisa encaminhar um pedido formal à Agência. (Jornal do Commercio - 27.08.2006)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 ONS: investimentos de R$ 13 bi evitam risco de falta de luz

A rede elétrica vai precisar de investimentos de R$ 13,8 bilhões entre 2007 e 2009 para evitar o risco de colapsos localizados no fornecimento de energia. A conclusão é do ONS, que lançou em junho o Programa de Ampliação de Reforços da Rede Básica de Energia (PAR) para os próximos três anos. Parte das obras já está em processo de concessão pela Aneel. O PAR propõe medidas para reduzir o risco de apagões, que devem ser tomadas por geradoras, distribuidoras ou licitadas pela Aneel. O objetivo é reforçar a rede, criando alternativas de fornecimento em caso de sobrecarga ou falhas na rede existente, como a queda de uma linha de transmissão. Para o período de 2007 a 2009, o ONS sugere a instalação de 12,4 mil quilômetros de linhas e 176 novos transformadores para reforçar as subestações em todo o País. Do investimento total previsto, R$ 7,6 bilhões serão aplicados em linhas e R$ 6,2 bilhões, na compra e instalação de transformadores. Alguns projetos servirão para preparar a rede para a entrada de novas usinas no Sistema Interligado Nacional. (Estado de São Paulo - 28.08.2006)

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2 Preço Spot - CCEE

De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 26/08/2006 a 01/09/2006.

Tabela
Brasil - Mercado Spot por Região.
(valores expressos em R$/Mwh)

Sudeste/Centro Oeste
Sul
Nordeste
Norte
 pesada                             129,69  pesada                      129,69  pesada                     65,00  pesada                    129,69
 média                               127,33  média                        127,33  média                       64,88  média                      127,33
 leve                                  125,24  leve                           125,24  leve                          64,88  leve                         125,24
  
    Fonte: www.ccee.org.br


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Gás e Termoelétricas

1 Bolívia pode impor novo contrato

O governo boliviano poderá impor um novo modelo de contrato às companhias petroleiras até outubro. Segundo a Câmara Boliviana de Hidrocarbonetos (CBH) não há tempo para uma negociação amigável com as petroleiras antes do prazo final. Além de negociar a cláusula que define a fórmula de reajuste do gás natural importado pelo Brasil, a Bolívia se comprometeu a voltar à mesa para discutir com a Petrobrás o destino dos ativos da companhia brasileira. Para o gerente de coordenação e estratégia da CBH, Yussef Akly, há pouco tempo para que a Bolívia faça o que não conseguiu até agora: definir um novo modelo para o setor de petróleo e gás. "Não há uma proposta de contrato para o qual as empresas, entre elas a Petrobrás, devem migrar. O risco de o governo impor um modelo não negociado de contrato é grande". O fracasso da nacionalização pode deixar a Bolívia numa situação crítica do ponto de vista econômico e político. (O Estado de São Paulo - 28.08.2006)

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2 Solíz pede respeito à nacionalização

O ministro boliviano dos Hidrocarbonetos, Andrés Solíz Rada, afirmou que a condição para negociar novos contratos com a Petrobrás e a companhia hispano-argentina Repsol-YPF envolve o respeito à nacionalização do setor no país andino. Solíz acredita que as duas petrolíferas "seguirão o mesmo caminho e entrarão em um clima de negociação cordial". O respeito à nacionalização é, segundo ele, condição fundamental para que haja diálogo. (O Estado de São Paulo - 28.08.2006)

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3 BG busca parceria em projeto de regaseificação da Petrobrás

A britânica BG iniciou conversas com a Petrobras, ainda em caráter extra-oficial, para entrar no projeto das duas unidades de regaseificação que a estatal quer instalar no Brasil. Disposta a dobrar as resistências da ala mais nacionalista dos executivos da empresa brasileira, a companhia britânica tem uma carta na manga que considera estratégica: reservas de gás natural em diferentes partes do mundo, que podem garantir um contrato de fornecimento firme GNL ao Brasil. As duas unidades de regaseificação de gás natural serão erguidas na Baía de Guanabara, no Rio, e no Porto de Pecem, no Ceará. São consideradas fundamentais para evitar um racionamento do insumo no Brasil. Ainda não foi iniciada uma negociação formal mas já ocorreram contatos iniciais entre as duas companhias, a partir de uma iniciativa da companhia britânica. Se por um lado, a BG tem contra si o atual peso da ala nacionalista da diretoria da Petrobras, por outro, especialistas advertem que a companhia brasileira deverá encontrar dificuldades para achar fornecedores que garantam uma oferta firme do insumo. Outra alternativa seria o mercado spot, que não garante qualquer margem de segurança para o abastecimento, devido às flutuações dos preços. (Gazeta Mercantil - 28.08.2006)

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4 Petrobras aluga Araucária para tornar usina viável

A Petrobras está negociando com a Copel o aluguel da térmica de Araucária (no Paraná). A estatal tem participação societária de 20% na usina, que está em fase de testes e deve entrar em operação comercial nos próximos dias. Na quinta-feira passada, Araucária gerou 324 megawatts médios (MWmed) e conseguiu manter sua capacidade máxima gerando 449 MWmed no horário de ponta. Ildo Sauer, diretor de gás e energia da Petrobras, explicou que está estudando "uma parceria" com a Copel para operar Araucária. Como a Petrobras é dona do gás que abastece a usina, o aluguel reduz o custo de geração e sua operação passa a ser viável. Sem dar detalhes comerciais do contrato, Sauer listou, entre os objetivos da parceria a recuperação da usina para torná-la operacional, e para a venda dessa energia pela estatal. "Queremos rentabilizar o ativo", disse o diretor. (Valor Econômico - 28.08.2006)

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Grandes Consumidores

1 Usiminas terá novo desenho societário

A entrada da CVRD no bloco de controle da Usiminas pode ser definida dia 30/08/2006 quando acontecerá reunião do CA de acionistas da siderúrgica mineira. A idéia é que, nesse jogo de xadrez, os 13% de ordinárias que não migrarem para o bloco de controle da usina mineira, sejam oferecidos aos sócios ou vendidos em um pacote no mercado local ou na bolsa de Nova York. A segunda opção permitiria que a Usiminas passasse a ter ADR nível 2 naquele mercado. Esta oferta poderia render à Vale no mínimo R$ 1,1 bilhão, permitindo que a mineradora dê uma demonstração às agências de risco de que não está disposta a aumentar sua alavancagem. As agências colocaram a classificação da Vale em observação depois que a empresa anunciou a oferta de compra da canadense Inco. Os US$ 18 bilhões que a companhia emprestará para pagar a aquisição elevarão sua dívida líquida a duas vezes sua geração de caixa. No desenho da reestruturação da Usiminas, a expectativa é de que a Nippon amplie sua participação de 19,4%. É dado também como certa a saída do Bradesco do capital da companhia, vendendo seus 2,6% para os sócios. (Valor Econômico - 28.08.2006)

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2 Aracruz aumenta investimentos

A Aracruz Celulose aumenta em 15%, este ano, os investimentos no programa de plantação de eucalipto e compra de madeira de produtores independentes para suas fábricas de celulose no Espírito Santo, Rio Grande do Sul, e para a Veracel, na Bahia. Para Carlos Aguiar, presidente da empresa, o total aplicado neste ano alcançará R$ 80 milhões e envolverá 3.500 pequenos, médios e grandes produtores. (Folha de São Paulo - 28.08.2006)

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3 CSN contrata chinesas para projeto de nova fábrica

A CSN anunciou o fechamento de contrato com as chinesas Shenyang Heavy Machinery Group e Chengdu Design Institute para fornecimento de equipamentos e projeto da fábrica de clínquer localizada em Arcos. O diretor da CSN, Marcos Paim, informou ao mercado que o contrato alia investimento competitivo, segurança de implantação e processo de produção moderno e eficaz em custos. Destacou também que o modelo contratado é o mais utilizado na China. (Gazeta Mercantil - 28.08.2006)

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Economia Brasileira

1 BC: pacote de redução dos juros e do "spread" envolve poder de escolha dos clientes

A prioridade do governo no pacote de redução dos juros e do "spread" é ampliar o poder de escolha dos clientes. Das dez medidas em estudo, oito atacam esse problema. O BC divulgou estudo que procura medir o quanto é difícil para os clientes migrarem suas operações de um banco para outro, diagnosticando que, se não há um problema de competição entre os bancos que exija a intervenção dos órgãos de defesa da concorrência, o setor bancário é um mercado imperfeito, dificultando as escolhas dos clientes. As medidas em estudo pelo governo procuram ao menos atenuar essas imperfeições. No estudo, os economistas mediram o quanto os clientes estão "presos" a uma instituição financeira, que um cliente que toma agora um empréstimo num determinado banco tem 63,05% de chances de fazê-lo novamente na mesma instituição no semestre seguinte. Outra conclusão é que 57% do valor que um cliente tem para determinado banco se deve ao fato de ele estar "preso" a essa instituição. A maioria das medidas em estudo visa a reduzir a margem de lucro dos bancos, mas algumas das medidas têm também o efeito de reduzir riscos de inadimplência. (Valor Econômico - 28.08.2006)

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2 Estudo detecta alta concentração industrial

Depois da abertura do país às importações, a indústria brasileira vive uma nova fase que pode mudar a sua configuração. Antonio Barros de Castro, diretor do BNDES estudou o comportamento de 76 segmentos industriais e conclui que o setor cresce hoje de forma muito concentrada. "A difusão do crescimento na indústria está tão restrita quanto nos anos de recessão", diz. Em 2004, 9 segmentos contribuíram para explicar 75% do crescimento , já em 2005, apenas 5 segmentos explicam a maior parte do crescimento. Mais preocupantes são os setores onde se concentra o crescimento. As indústrias "extrativas" e de "refino de petróleo e álcool" estão associadas a recursos naturais e pesquisas. Já "máquinas para escritório e equipamentos de informática" e "máquinas, aparelhos e materiais elétricos" possuem alto conteúdo de importação. Castro concluiu que a indústria brasileira estaria passando por um processo de concentração que parece avançar com grande rapidez. "Não é esse o Brasil que a gente conhece", diz. O preocupante, é que essa especialização não é resultado de uma escolha consciente do país, e sim de um processo avassalador e ainda pouco entendido. Para o economista, essa concentração contraria a atitude do governo brasileiro. (Folha de São Paulo - 28.08.2006)

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3 Focus: Projeção para IPCA cai para 3,68%

No relatório de mercado produzido em 25/08, a aposta de alta do IPCA foi reduzida de 3,73% para 3,68% no acumulado de 2006, a segunda redução consecutiva da projeção. Com essa queda, o mercado espera que o indicador termine o ano em patamar quase um p.p. abaixo do centro da meta de inflação, que está em 4,50% no IPCA para 2006. Entre os demais indicadores, a aposta para o IGP-DI foi alterada de 3,50% para 3,46%. IPC da Fipe, o corte foi de 2,26% para 2,20% no ano. Ficaram inalteradas as projeções para o IGP-M), em 3,53%, e para a elevação dos preços administrados - tarifas públicas, em 4,50%. (Investnews - 28.08.2006)

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4 Analistas projetam desaceleração no segundo trimestre

Para analistas, o crescimento não passará de 3,7. Com dois terços de 2006 cumpridos, as projeções de analistas para o desempenho do PIB no segundo trimestre deste ano chegam ao máximo em 1,1%, na comparação com o trimestre anterior, apontando para uma desaceleração da atividade que resultará em uma expansão entre 3,3% e 3,7% ao final do ano, bem aquém das estimativas do governo, que chegaram a prever 5%. (Gazeta Mercantil - 28.08.2006)

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5 Confiança do consumidor sobe 0,7% em agosto

O índice de confiança do consumidor na economia brasileira subiu 0,7% entre julho e agosto, passando de 101,9 para 102,6. Houve melhora nas expectativas em relação aos próximos seis meses, mas deterioração nas avaliações sobre a situação presente. O Índice da Situação Atual recuou de 102,7 para 99,7, enquanto Índice de Expectativas avançou de 101,6 para 104,1. A proporção dos que consideram a situação boa na família caiu de 18,4% para 15,3%; e a dos que a julgam ruim, subiu de 15,5% para 16,2%. Em relação ao futuro, houve aumento de 23,8% para 30,3% na parcela de informantes que prevêem melhora na situação financeira da família nos próximos meses e uma redução de 4,1% para 2,5% na proporção dos que acreditam em piora. (Diário do Grande ABC - 28.08.2006)

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6 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial iniciou o dia em baixa perante o fechamento da última sexta-feira, a R$ 2,1560. Às 9h19, a moeda perdia 0,09%, a R$ 2,1530 na compra e a R$ 2,1550 na venda. Na sexta-feira passada, o dólar comercial subiu 0,13%, a R$ 2,1550 na compra e R$ 2,1570 na venda. Na semana, a apreciação acumulada foi de 0,51%. (Valor Online - 28.08.2006)

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Internacional

1 Standard & Poor's: SE da América Latina continua com tendência positiva

As atuais condições econômicas favoráveis na América Latina fizeram com que a Standard & Poor's Ratings Services elevasse os ratings de diversas empresas do SE na região nos últimos doze meses, dando continuidade à tendência positiva que começou em 2003, de acordo com o relatório intitulado "Industry Report Card: A Power Surge For Many Latin American Utilities", publicado em 17 de agosto de 2006. Como elementos dessa tendência, o relatório cita o crescimento da demanda por energia; o maior volume de vendas de energia combinado a moedas locais mais estáveis em relação ao dólar, o que melhorou os índices de cobertura do serviço da dívida; e o melhor ambiente de mercado, o que permitiu um maior volume de emissão de dívidas em moeda local nos mercados domésticos, aprimorando, portanto, os perfis de vencimentos de dívidas dessas empresas e reduzindo os custos de financiamento. (Standard and Poor's - 24.08.2006)

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2 YPFB receberá US$ 120 mi, diz Soliz

As principais companhias petrolíferas que operam na Bolívia deverão pagar US$ 120 mi nos primeiros quatro meses de vigência do novo imposto fixado após a nacionalização dos hidrocarbonetos do país. Segundo o ministro de Hidrocarbonetos da Bolívia, Andrés Soliz, esses recursos serão utilizados pela estatal YPFB para assumir o controle da cadeia produtiva do setor. As negociações com as petrolíferas para que aceitem as novas regras do governo e a assinem os novos contratos estão estagnadas, mas o Executivo se diz confiante de que serão concluídas até o fim de outubro, quando expira o prazo outorgado pelo decreto. Faltando dois meses para o fim do prazo, o governo decidiu que "os ministros com maior experiência em negociação com empresas fortalecerão a equipe negociadora". Esses ministros são o de Planejamento do Desenvolvimento, Carlos Villegas; da Presidência, Juan Ramón Quintana; da Fazenda, Luis Alberto Arce, e da Defesa, Walker San Miguel. (Gazeta Mercantil - 28.08.2006)

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3 Repsol reage à invasão de promotores bolivianos

A Repsol comunicou ontem que tomará medidas legais caso a Bolívia mantenha 'perseguição judicial injustificada e repetitiva' contra a empresa. Promotores bolivianos invadiram a Andina, subsidiária da Repsol no país, em busca de documentos ligados ao contrato de fornecimento entre ela e a Petrobras. A Andina é acusada de vender gás natural à brasileira pela metade do preço de mercado atual. (Reuters - Gazeta Mercantil - 28.08.2006)

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4 Endesa investirá € 400 mi em duas térmicas a gás na França

A espanhola Endesa informou que recebeu autorização das autoridades de Saint Avold, na França, para construir duas térmicas à gás, em ciclo combinado, que totalizarão 800 MW. Segundo a companhia, o investimento total previsto é de 400 mi de euros e a previsão é que as duas usinas entrem em operação no primeiro semestre de 2009. As usinas serão implementadas pela subsidiária francesa Snet, que estima aumento de 30% na capacidade instalada da empresa. Ainda de acordo com a Endesa, as usinas fazem parte dos planos de adicionar 2 mil MW ao sistema elétrico francês. (Agência Canal Energia - 25.08.2006)

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5 Irã inaugura usina

O presidente do Irã, Mahmud Ahmadinejad, inaugurou formalmente a usina de água pesada de Arak, abrindo nova etapa do programa nuclear iraniano. Ahmadinejad declarou que o Irã não desistirá do direito de possuir tecnologia nuclear, apesar do temor do Ocidente de que possa produzir bombas atômicas. A inauguração foi interpretada por diplomatas ocidentais como um gesto desafiador, já que ocorreu a poucos dias do vencimento do prazo fixado pelo Conselho de Segurança da ONU para que o Irã pare com o enriquecimento de urânio. A resolução do CS da ONU que determinou o prazo para o fim do enriquecimento de urânio também cita um pedido da AIEA para que o Irã reconsidere a construção de seu reator de água pesada. Seis potências mundiais - EUA, Grã-Bretanha, Alemanha, França, China e Rússia - ofereceram incentivos ao Irã para que ele pare de enriquecer urânio. (A Notícia - 27.08.2006)

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Biblioteca Virtual do SEE

1 CASTRO, Nivalde J. de; BUENO, Daniel. Pesquisa de Opinião Sobre Perspectivas do Setor Elétrico. 3º ENASE (Encontro Nacional dos Agentes do Setor Elétrico). São Paulo, agosto de 2006.

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro mailto:nivalde@ufrj.br
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Beatriz Mello Affonso, Bianca Reich, Guilherme Branquinho, Larissa Barbosa, Laryssa Naumann e Rodrigo Fonseca.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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