l IFE: nº 1.874 - 21
de agosto de 2006 Índice Regulação e Reestruturação do Setor Empresas Leilões Oferta e Demanda de Energia Elétrica Gás e
Termelétricas Grandes
Consumidores Economia Brasileira Internacional Regulação e Reestruturação do Setor 1 PSDB, PT e PSOL debatem sobre os programas de energia no CEB Os representantes
dos três principais candidatos à presidência da República, Maurício Tolmasquim
(PT), Afonso Henriques (PSDB) e César Benjamin (PSOL), debateram sobre
seus programas energéticos, na mesa redonda "Programas Partidários de
Energia - Eleições 2006" do XI Congresso Brasileiro de Energia realizada
no dia 18 de agosto. Benjamim declarou que o governo da candidata Heloísa
Helena suspenderá todos os leilões de petróleo e irá reter os contratos
do governo com as multinacionais, pois segundo o candidato do PSOL, estes
contratos garantem às multinacionais o controle dos campos petrolíferos
por trinta anos. Tolmasquim e Benjamim enfatizaram a importância da Eletrobrás,
e o coordenador do programa de energia do PT disse que já foi dado o primeiro
passo no sentido de tirar a empresa do PND, e que o segundo passo é dar
mais liberdade para a sua atuação. Henriques afirma que o governo de Alckmim
dará continuidade ao Proinfa 2, enquanto que Tolmasquim não vê necessidade,
já que, segundo ele, o Proinfa 1 ainda está em andamento. O representante
do PSDB ressaltou que o racionamento, no governo FHC, gerou um dos melhores
modelos institucionais de eficiência energética. (GESEL-IE-UFRJ - 21.08.2006)
2 AIE: preço da luz no Brasil é o décimo maior do mundo O brasileiro
paga pela energia elétrica o equivalente ao que pagam os consumidores
de alguns países europeus com renda per capita maior que a do Brasil.
"Pagamos o mesmo que países como a Espanha e o Reino Unido", afirmou o
professor da UFRJ, Luiz Pinguelli Rosa, ex-presidente da Eletrobrás. A
comparação entre as tarifas foi feita no estudo "Key World 2004", da Agência
Internacional de Energia (AIE). Em relação ao Brasil, a base foi o valor
divulgado pela Aneel em 2004, que foi convertido para dólar, quando cada
dólar valia R$ 2,4. Considerando a conversão, a tarifa brasileira só era
mais barata que a de nove países: Suíça, Bélgica, Itália, Portugal, Áustria,
Alemanha, Holanda, Japão e Dinamarca. E mais cara que a de 21 países:
Islândia, Luxemburgo, Irlanda, Reino Unido, Espanha, França, Suécia, Turquia,
Finlândia, México, Polônia, Noruega, Hungria, Coréia, Grécia, Estados
Unidos, República Tcheka, República Eslováquia, Nova Zelândia, Austrália
e Canadá. Segundo o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, o custo para
produzir energia nas hidrelétricas, atualmente, varia entre US$ 35 a US$
40 o megawatt-hora, ou seja, cerca de R$ 0,1 (10 centavos) por quilowatt,
considerando o mesmo câmbio do estudo (R$ 2,4 por dólar). "Entretanto,
o preço da energia para o consumidor brasileiro varia muito de estado
para estado. Temos tarifas diferentes quando ela chega na casa do servidor,
na planta industrial ou no comércio", afirma Tolmasquim. (Agência Brasil
- 20.08.2006) 3 Pinguelli: tarifas começaram a subir mais a partir das privatizações O professor
da UFRJ Luiz Pinguelli Rosa, que presidiu a Eletrobrás, disse que as privatizações
estão diretamente ligadas ao fato de, no Brasil, a tarifa de luz estar
entre as mais caras do mundo. "Quando houve as privatizações, criou-se
uma regulamentação que é supervisionada pela Aneel, que deu a essas empresas
o direito de corrigirem seus valores por índices de variação acima da
inflação geral do país", lembrou. Os principais prejudicados, de acordo
com Pinguelli, foram os consumidores residenciais. Além de pagarem as
tarifas, eles foram onerados com uma série de encargos, como o seguro-apagão.
A taxa foi criada em 2001 (época do racionamento de energia elétrica),
com o objetivo de comprar geradores emergenciais, e extinta em dezembro
de 2005. Também foi cobrado do consumidor o ressarcimento feito às empresas
distribuidoras pelas perdas com o racionamento. "Isso tudo onerou muito
a tarifa elétrica. Tirando a camada de renda muito baixa protegida por
uma tarifa social, a classe média em geral e os consumidores que têm um
certo nível de consumo e pertencem àquelas classes ainda de renda muito
baixa que já tem famílias de certo tamanho estão pagando muito pelo quilowatt-hora",
conclui Pinguelli. (Agência Brasil - 20.08.2006) 4 Decisão judicial poderá dar descontos para parte
dos consumidores de energia 5 Pinguelli defende pacto entre governo e sociedade civil para garantir expansão O professor
da Luiz Pinguelli Rosa divulgou nesta sexta-feira, 18 de agosto, documento
com os principais pontos debatidos durante o XI Congresso Brasileiro de
Energia. Entre os itens levantados, o professor destaca a criação de um
pacto nacional para o setor elétrico, através de um acordo entre o governo
e a sociedade civil, e a redefinição da atuação do Grupo Eletrobrás que,
segundo ele, deve assumir um papel na expansão da geração hidrelétrica
semelhante à atuação da Petrobras na área de petróleo. Outro ponto atentado
por Pinguelli é a inserção das termelétricas no sistema hidrelétrico brasileiro.
Segundo ele, as hidrelétricas da região Norte, com reservatórios reduzidos
para minimizar os impactos ambientais, irão exigir uma forte complementação
termelétrica. "Nesse contexto, há uma forte necessidade de redefinir os
papéis para as usinas a gás natural, biomassa, nuclear e carvão", comentou.
Para Pinguelli, existe ainda a necessidade de encontrar uma solução para
que as usinas a gás da Petrobras sejam adaptadas para bicombustível, podendo,
em caráter emergencial, queimar diesel, GLP ou álcool em caso de problemas
na expansão da geração. O governo, acrescenta, já reconheceu que a situação
em relação ao suprimento de gás natural é emergencial. (Agência Canal
Energia - 18.08.2006) 6 MME descarta interferência do TCU em questões regulatórias O ministro Silas
Rondeau descartou a existência de instabilidade regulatória no setor por
conta das recentes ações do Tribunal de Contas da União em assuntos ligados
à regulamentação. Segundo Rondeau, as iniciativas do tribunal contribuem
para a busca de regras estáveis para o setor. O TCU determinou à Aneel
que estabelecesse metodologia de revisão tarifária para empresas de transmissão,
o que gerou protestos de agentes do setor em diversos aspectos, culminando
na suspensão do leilão, nesta sexta-feira, 18 de agosto. Além disso, o
TCU fez questionamentos ao MME a respeito da fixação de preço-teto diferenciado
para novas outorgas nos leilões de energia nova. "Isso faz parte do amadurecimento
da estabilidade regulatória que estamos buscando. É preciso haver essa
discussão", afirmou. (Agência Canal Energia - 18.08.2006) 7 Aneel avalia que revisão tarifária de transmissão é desnecessária O diretor da, Jerson Kelman, disse que a agência entende que a implementação do processo de revisão tarifária de transmissão, determinada pelo Tribunal de Contas da União em 2005, é desnecessária para o segmento. Segundo ele, a Aneel apenas teve que cumprir a lei. Os agentes que questionam a posição de estabelecer a metodologia de revisão tarifária devem se mobilizar em favor de mudanças legais, sugeriu. O tribunal, explicou Kelman, tem competência para apontar a falta de cumprimento de obrigações legais pela agência. "Ele apenas não pode dizer como deve ser feita a revisão tarifária, pois isso é atribuição da Aneel", observou. (Agência Canal Energia - 18.08.2006) 8 Abrate espera que TCU reveja decisão
sobre exigência de revisão tarifária 9 Firjan inclui ações para o setor elétrico no mapa do desenvolvimento do RJ Com o objetivo
de assegurar o suprimento energético ao estado do Rio de Janeiro nos próximos
anos, a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) apresentou
ações básicas voltadas para o setor elétrico que fazem parte do Mapa do
Desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro. A Firjan traz propostas a
serem concretizadas até 2015, visando elevar o crescimento econômico do
estado. Segundo a assessora do conselho empresarial de energia do Sistema
Firjan, Karine Fragoso, o documento mostra a importância do planejamento,
não apenas para a indústria como um todo, mas principalmente para o setor
elétrico. Entre os pontos do tema infra-estrutura e logística, Karine
destaca as propostas da Firjan de monitorar os investimentos em linhas
de transmissão. Para esta ação, está previsto um monitoramento da disputa
entre empresas pré-qualificadas nos leilões de linhas de transmissão e
seus resultados por lote, extensão e tensão. Além disso, está previsto
um acompanhamento das estimativas de investimentos em linhas e subestações.
A retomada da construção de Angra 3, visando o desenvolvimento da indústria
nuclear fluminense, também está entre os pontos apresentados no documento.
Em relação ao aspecto regulatório, Karine destaca que o mapa também pretende
monitorar a implementação do novo modelo do setor elétrico, além de acompanhar
a metodologia da revisão tarifária e seus impactos sobre o setor. (Agência
Canal Energia - 18.08.2006) 10 Curtas A Associação Brasileira dos Pequenos e Médios Produtores de Energia Elétrica aprovou, em assembléia realizada esta semana, a criação de diretorias estaduais para fortalecer a representatividade nos estados. O principal objetivo é estreitar os laços da APMPE com os órgãos ambientais, de recursos hídricos e com os governos estaduais para solução de problemas que envolvam os empreendimentos dos associados. (Agência Canal Energia - 18.08.2006)
Empresas 1 Eletrobrás: pagamento de dividendos atrasados O diretor financeiro
da Eletrobrás, José Drummond Saraiva, afastou a possibilidade de a estatal
pagar, em dinheiro, os dividendos atrasados da empresa, estimados em R$
6,9 bilhões. Ele considera possível que haja uma definição sobre a questão
até o final do ano. O valor original era inferior a R$ 1 bilhão, mas a
empresa foi obrigada a arcar com os custos referentes à taxa de juros
Selic, o que elevou a dívida de forma exponencial. Drummond reafirmou
que a empresa espera concluir nos próximos meses o up grade dos títulos
da companhia negociados na Bolsa de Nova York para o nível 2 (ADR 2).
A estatal fez novas provisões referentes ao primeiro semestre, no valor
de R$ 264 milhões para os empréstimos compulsórios aos grandes consumidores
de energia elétrica. Com o novo acréscimo, essas provisões subiram para
R$ 1,6 bilhão. (Eletrosul - 18.08.2006) 2 Tractebel tem investimentos de R$ 1,9 bi em espera O grupo Tractebel tem investimentos de R$ 1,9 bilhão para sair da gaveta à espera de melhores condições de mercado e licenças de instalação. Além disso, afirma estar de olho em oportunidades decorrentes de privatizações. O principal desembolso desses cerca de R$ 2 bilhões, R$ 1,1 bilhão, tem como destino a usina hidrelétrica de Estreito, em Tocantins. Já o volume de recursos restante, R$ 830 milhões, será usado na construção da hidrelétrica São Salvador também em Tocantins.Caso a empresa consiga vender toda energia no próximo pregão, a usina sairá do papel e deverá estar pronta até 2009. O empreendimento de São Salvador é 100% Tractebel. A Tractebel tem tido boa geração de caixa. A lajida cresceu de R$ 400 milhões no primeiro trimestre para R$ 416 milhões entre abril e junho deste ano. Em relação ao segundo trimestre do ano passado, o aumento foi de 14,6%. Na última linha do balanço do segundo trimestre deste ano, a empresa registrou R$ 189 milhões, queda de 14% em relação aos R$ 220 milhões obtidos em igual período de 2005. (Valor Econômico - 21.08.2006) 3 Celg quer investir R$ 1 bi até 2010 A Celg deverá
investir R$ 1 bilhão até 2010 na consolidação de seu sistema de distribuição
e transmissão de energia. Ao completar 51 anos, o maior desafio da Celg
é continuar acompanhando o crescimento do Estado. Para isso, busca financiamentos
de organismos internacionais para custear a construção de 20 novas subestações,
reforma e ampliação de outras 87 e construção de 705 quilômetros de linhas
de distribuição. O POPULAR (GO) (Eletrosul - 21.08.2006) 4 AES Sul: plano de investimento de R$ 677,5 mi
até 2011 Para modernizar
sistemas de iluminação pública, ar-condicionado e sistemas de bombeamento,
com a introdução de tecnologias mais eficientes, visando a redução do
consumo e da demanda de energia elétrica no horário de ponta do sistema,
a Cemar lançou o Programa de Eficiência Energética para o ano de 2006.
(Eletrosul - 21.08.2006)
Leilões 1 Aneel estima em R$ 80 mi prejuízo mensal com atraso no leilão de LTs A decisão judicial
de suspensão do leilão de linhas de transmissão deverá causar prejuízo
de R$ 80 milhões por cada mês de atraso de entrada em operação da linha
que viabilizará a interligação dos estados do Acre e Rondônia ao Sistema
Interligado Nacional. A avaliação foi feita pela Aneel. Segundo o diretor-geral
da Aneel, Jerson Kelman, a quantia diz respeito ao pagamento da Conta
de Consumo de Combustíveis (CCC), pagamento que é repassado nas contas
de luz aos consumidores das outras regiões do país, como forma de subsídio
pelo alto custo do óleo utilizado pelas empresas de energia que operam
na Região Norte. Com investimento total de R$ 336,3 milhões, o Lote A
do leilão (que interligará os estados do Acre, Rondônia e Mato Grosso)
deverá gerar cerca de mil empregos diretos durante os dois anos de duração
da obra. Para a Aneel, além do atraso na entrada em operação da linha
que interligará os estados do Acre e Rondônia ao Sistema Interligado Nacional,
a decisão do Tribunal Regional Federal (TRF) traz insegurança para os
investidores. (Agência Brasil - 18.08.2006) 2 Transmissão: Abdib considera necessária suspensão do leilão A Associação Brasileira de Infra-Estrutura e Indústrias de Base considerou como necessária a suspensão do leilão de linhas de transmissão, que estava previsto para esta sexta-feira, 18 de agosto, na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. Segundo a Abdib, a paralisação do certame, através de liminares da Isolux e Elecnor na Justiça Federal do Distrito Federal, foi motivada pela falta de diversos esclarecimentos sobre as mudanças de regras introduzidas no edital. De acordo com vice-presidente executivo da Abdib, Ralph Lima Terra, o setor de transmissão tem sido bem-sucedido e se caracterizado pela atração de grande volume de investimentos públicos e privados, justamente pela existência de segurança e clareza nas regras regulatórias. Segundo Terra, a Abdib havia alertado à Aneel sobre a existência de incertezas e riscos com a alteração do edital. Para a entidade, a suspensão do processo é oportunidade para tentar mensurar e explicar melhor as mudanças - e as conseqüências delas. A razão do conflito, destacou Terra, é o estabelecimento de uma regra de revisão tarifária nos contratos que, na ótica dos agentes, é desnecessária. (Agência Canal Energia - 18.08.2006) 3 Leilão de LTs: Alusa avalia que empresas tentaram alertar TCU com liminares O diretor da
Alusa, César Godoy, avalia que a intenção das empresas que entraram com
liminares na Justiça Federal foi no sentido de alertar o Tribunal de Contas
da União para o fato de que a revisão tarifária das empresas de transmissão
é desnecessária. Segundo Godoy, o momento propício para que as empresas
tirem proveito da situação, expondo as diferenças entre o setor de transmissão
e de distribuição, a fim de convencer o TCU a rever sua decisão. Segundo
Godoy, a explicação da Aneel sobre as diferenças existentes no comportamento
dos setores na hora de realizar investimentos é coerente. "A revisão tarifária
acontece daqui a 15 anios, quando a tarifa cai pela metade", observou.
(Agência Canal Energia - 18.08.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Tolmasquim: Consumo cresce 3,1% no primeiro semestre O consumo
de eletricidade subiu 3,1% de janeiro a junho deste, na comparação com
o mesmo período do ano anterior, totalizando 171,9 TWh. Os dados estão
no levantamento divulgado por Maurício Tolmasquim, presidente da EPE.
Os setores que lideram o crescimento são o comercial (+4,3%) e residencial
(+3,5%). No primeiro trimestre o consumo cresceu 4,5%, enquanto no segundo
houve desaceleração para 1,7%. Segundo Tolmasquim, a queda foi causada
pelas baixas temperaturas, feriados e jogos da Copa. Ele afirmou que está
otimista sobre a reação dos setores produtivos e o conseqüente aumento
do consumo. "Nós deveremos ter um reaquecimento porque a previsão é de
uma atividade industrial mais intensa. Estamos projetando, ainda, um crescimento
da economia entre 4% e 4,5%, e um crescimento no consumo de energia em
torno de 4,4% a 5% no ano", afirmou. (Agência Brasil - 20.08.2006) 2 MME estuda postergar início do horário de verão O ministro Silas Rondeau, afirmou que o MME está estudando a possibilidade de postergar a entrada em vigor do horário de verão. Segundo ele, o ministério está analisando o momento ideal de adotar a medida sem interferir na parte operacional das eleições. Rondeau calcula que o horário de verão pode começar nos primeiros dias de novembro, após o segundo turno. Rondeau disse ainda que não vê necessidade, depois, de ampliar em duas semanas o horário de verão a fim de compensar o atraso no início da medida. (Agência Canal Energia - 18.08.2006) De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 19/08/2006 a 25/08/2006. Tabela
Fonte: www.ccee.org.br
Gás e Termoelétricas 1 Rondeau diz que Bolívia terá que justificar prejuízo para aumentar o preço do gásv As negociações entre a Petrobras e a YPFB terão que se dar dentro do limite do razoável, e para que haja aumento de preços, é necessário que fique claro que o vendedor está tendo prejuízo com a negociação. A afirmação foi feita pelo ministro Silas Rondeau ao garantir que a Petrobras não agiria de uma forma unilateral caso tivesse a certeza da necessidade deste aumento. "A posição da Petrobras não é a de não aceitar, é de negociar dentro do limite do razoável. Se houver clareza de que existe prejuízo da parte do fornecedor, é claro que a Petrobras não agiria de uma forma unilateral. O problema é que nós estamos esperando que eles demonstrem isto para a Petrobras", afirmou o ministro. O ministro negou, no entanto, que suas declarações caracterizem uma mudança de posição. Com relação a possibilidade de que o impasse nas negociações permaneça, Rondeau garantiu que não caberá à Petrobras recorrer a uma corte arbitral internacional, embora a opção faça parte do acordo."Ainda não há impasse. Há uma busca de entendimento e eu acho que as negociações estão caminhando. Agora, a decisão (de ir á arbitragem internacional) terá que ser uma iniciativa da parte dos bolivianos, pois foram eles que pediram a abertura do processo", disse. (Agência Brasil - 18.08.2006) 2 Índios bolivianos ameaçam cortar gás para o Brasil A Petrobras
tem um novo problema na Bolívia, além da negociação do preço do gás. Índios
guaranis tomaram uma das estações do gasoduto Yacuíba-Rio Grande por onde
é transportado o gás dos campos de San Alberto e Sábalo para o gasoduto
Bolívia-Brasil e ameaçam interromper o abastecimento. Eles exigem o pagamento
de US$ 250 mil, referentes a um acordo feito no ano passado sobre compensações
pelo uso de sete áreas indígenas. "Estamos nas instalações da petroleira
e prontos para agir, caso a empresa não cumpra o compromisso acertado
em 2005", afirmou o presidente da Assembléia do Povo Guarani. Uma fonte
da Petrobras na Bolívia reconheceu ontem que há perigo de interrupção
no suprimento de gás. A Transierra diz que "sempre demonstrou predisposição
ao diálogo e ao firme compromisso de cumprir a totalidade do convênio
assinado com os povos guaranis", mas "encontrou uma posição intransigente
e unilateral dos representantes do povo guarani, que impossibilitou a
resolução do incidente, o que põe em risco o cumprimento do contrato de
exportação de gás ao Brasil". (Jornal do Commercio- 21.08.2006) 3 Biodiesel: governo planeja novo leilão O governo federal
planeja fazer um novo leilão até o fim do ano para garantir a oferta de
biodiesel programada para 2007. Conforme o cronograma da ANP, até o fim
deste mês as empresas que arremataram lotes no primeiro leilão da Petrobras
deveriam entregar 20% do volume negociado, ou 14 milhões de litros. Edna
Carmélio, coordenadora de biocombustíveis do MDA, diz que "Os volumes
que deixarem de ser entregues serão substituídos por um novo leilão e
a empresa que deixar de entregar o volume arrematado ficará fora de novos
leilões". Ricardo Dornelles, diretor do departamento de combustíveis renováveis
do MME, acrescenta que o governo avalia o andamento dos projetos privados,
até para decidir se adiantará para 2007 a mistura obrigatória de 2% de
biodiesel no diesel. (Valor Econômico - 21.08.2006) 4 Repsol ingressa no Sul do Brasil com GLP A Repsol Gas,
prepara-se para ingressar na Região Sul do Brasil, a partir do próximo
ano, com foco no mercado a granel. O objetivo da companhia é fornecer,
além do combustível, equipamentos que tornem o GLP uma alternativa de
energia nos períodos de pico das fábricas de pequeno e médio portes. "Em
outubro, colocaremos em funcionamento o primeiro gerador de energia a
GLP, desenvolvido inteiramente no País", afirma Marcos Capdepont, diretor
de GLP da Repsol Gas. O equipamento - inédito no País - será utilizado
por uma fabricante de baterias em São Paulo e promete reduzir em 30% o
consumo energético com uma potência média de 500 kW. O dispositivo terá
aplicação em indústrias cerâmicas, de vidros, alimentícias, e até hotéis
e restaurantes. "Ele pode ser um substituto ao gerador de energia elétrica,
especialmente nos horários de pico das fábricas, quando o custo da energia
é mais oneroso", explica Capdepont. O gerador de energia a GLP da Repsol
deverá custar, em média, US$ 120 mil ao cliente final. "Mas o retorno
do investimento é percebido em um período de três anos", cita Capdepont.
(Diário Comércio, Indústria & Serviços - 21.08.2006) 5 Eletronuclear: prejuízo de R$ 3,8 mi no primeiro semestre A Eletronuclear registrou prejuízo de R$ 3,8 milhões no primeiro semestre do ano, revertendo o lucro de R$ 171,6 milhões obtido em igual período de 2005. A estatal teve uma receita operacional líquida de R$ 514,5 milhões nos primeiro seis meses do ano, contra R$ 468,5 milhões registrados em igual período do ano passado. O resultado do serviço foi de R$ 104,4 milhões de janeiro a junho, 23% acima dos R$ 84,7 milhões do mesmo período de 2005. O resultado operacional ficou negativo no semestre em R$ 3,2 milhões, contra um resultado positivo de R$ 172,3 milhões no mesmo período do passado. A Eletronuclear apurou Ebtida de R$ 199,5 milhões nos seis primeiros meses, frente aos R$ 180,6 milhões de igual período do ano passado. No segundo trimestre, o Ebtida da geradora nuclear fechou em R$ 116,8 milhões, ante R$ 117,6 milhões do período abril a junho de 2005. A empresa fez investimentos de R$ 54,6 milhões no segundo trimestre, 24,6% menos que os R$ 72,4 milhões do mesmo trimestre de 2005. A maior redução em investimentos foi na usina de Angra 1, de R$ 35,2 milhões, em 2005, para R$ 15,7 milhões no período abril a junho deste ano. (Agência Canal Energia - 18.08.2006) 6 Representante da Eletronuclear fala sobre papel da energia nuclear Leonam dos Santos Guimarães, assessor do diretor-presidente da Eletronuclear, em entrevista exclusiva ao Gesel-UFRJ, discute o papel da energia nuclear no futuro do país. Guimarães enfatizou durante a entrevista que as diferentes formas de geração de energia não devem ser vistas como competidoras, pois todas têm um papel fundamental de complementaridade no SEB. O assessor destacou a importância das usinas nucleares como reguladoras, pois apesar da grande disponibilidade da energia hídrica no Brasil, esta sofre ciclos naturais, como a baixa vazão dos rios, demandando uma energia que atue na complementação do sistema. Além disso, Guimarães explicou que as novas hidrelétricas têm seus reservatórios muito pequenos. "O Paradigma do futuro é o que se chama de usina fio d'água, que tem zero de reservatório, ela gera conforme a vazão do rio. Para isso é necessária a complementação térmica", disse o executivo. Apesar do custo médio (kW/h) do sistema se elevar devido à geração térmica - por esta trabalhar na base - o assessor explica que não há alternativa. "A questão do sistema elétrico não é só que a tarifa seja módica. É ótimo que a tarifa seja módica, mas deve haver segurança de fornecimento". (GESEL-IE-UFRJ - 21.08.2006)
Grandes Consumidores 1 CVM: 10 dias úteis para decidir caso Arcelor A área técnica
da CVM tem até dia 30/08/2006, para definir se aceita o recurso da siderúrgica
indiana Mittal contra a decisão que a obriga a fazer uma oferta pública
para os minoritários da Arcelor no Brasil. Se a área técnica decidir que
o recurso não tem fundamento, o processo seguirá então para o Colegiado
da CVM, que não tem prazo para definir a questão. A Mittal contesta a
decisão da área técnica da CVM, que considerou que houve mudança no controle
da Arcelor. Já a empresa diz que o que houve foi uma fusão da Mittal com
a Arcelor e, portanto, não houve troca de controle. A empresa sinalizou
que, se não conseguir reverter a decisão da CVM, poderá entrar na Justiça.
Estimativas de acionistas são de que, se a oferta ocorrer, e for pelo
preço equivalente ao da feita no mercado externo, a Mittal teria um gasto
extra de cerca de US$ 5 bilhões. (Valor Econômico - 21.08.2006) 2 Inco baixaria custo de capital da Vale, diz Merrill Lynch A compra da
Inco levaria a redução do custo de capital da CVRD, avaliou a corretora
Merril Lynch em relatório. "Nós estimamos que para cada 50 pontos-básicos
em potencial redução do custo de capital, nosso NPV (sigla em inglês para
valor presente líquido) da Vale e da Inco somadas mudaria em US$ 7,5 bilhões,
o equivalente a US$ 3,2 por ação, levando provavelmente a queda significativa
dos custos de aquisição da Inco." A Merrill Lynch pondera que o custo
da Vale para a obtenção de recursos tende a reduzir-se graças à diversificação
geográfica e de produtos. Nos cálculos da corretora, se comprar a Inco,
que produz principalmente níquel, a Vale passa a ter 56% de sua receita
oriunda do minério de ferro, em vez de 74%. Atualmente, a mineradora brasileira
tem 98% de seus ativos no Brasil, o que, lembra a Merrill Lynch, limita
o rating da companhia em relação à nota da República, ainda fora da camada
chamada de 'investment grade'. Com a Inco, 60%s ativos ficariam no país,
e 27% na América do Norte. (Jornal do Commercio- 19.08.2006) 3 Klabin recebe R$ 1,74 bi para aumentar fábrica de papel No início de
agosto, o BNDES aprovou um financiamento de R$ 1,7 bilhão para a Klabin
S/A, voltado ao aumento da capacidade de produção da unidade em Telêmaco
Borba (PR). A capacidade será ampliada das 680 mil toneladas atuais para
1,1 milhão de toneladas de papéis e cartões por ano. A participação do
Banco equivale a 65,9% do orçamento do projeto (R$ 2,6 bilhões). (Jornal
do Commercio- 21.08.2006)
Economia Brasileira 1 Focus: Projeção para IPCA em 12 meses de 4,48% A estimativa média do mercado financeiro para o IPCA acumulado nos próximos 12 meses ficou inalterada em 4,48%. A projeção para o IGP-M em 12 meses foi revista de 4,37% para 4,33%. O prognóstico para o IGP-DI em 12 meses é de elevação de 4,33% e para o IPC da Fipe em 12 meses é de expansão de 4,27%. Os analistas esperam crescimento de 3,53% do PIB este ano. Também foram revisadas as projeções para a relação dívida/PIB (de 50,4% para 50,3%), superávit da balança comercial (de US$ 41 bilhões para US$ 41,2 bilhões) e investimento estrangeiro direto (de US$ 15,5 bilhões para US$ 16 bilhões). (Folha de São Paulo & Valor Econômico - 21.08.2006) O dólar comercial abriu o dia com queda perante o fechamento de sexta-feira, a R$ 2,1440. Às 9h24, a moeda mantinha essa tendência e recuava 0,13%, cotada a R$ 2,1410 na compra e a R$ 2,1430 na venda. Na sexta-feira, o dólar comercial aumentou 0,23%, para R$ 2,1440 na compra e R$ 2,1460 na venda. Na semana, entretanto, houve perda de 0,92%. (Valor Online - 21.08.2006)
Internacional 1 Argentina retomará de usina nuclear O Ministro do
Planejamento Federal, Julio De Vido, anunciou que o governo do presidente
Néstor Kirchner retomará a construção da terceira usina nuclear argentina,
paralisada há um quarto de século. Além disso, declarou que a intenção
do governo é também começar a construção de uma quarta usina nos próximos
anos. De Vido, um dos braços-direitos de Kirchner, explicou que a conclusão
da usina de Atucha II implicará em investimentos de US$ 1,5 bilhão. O
plano é que a terceira usina comece a funcionar em meados de 2009. (Gazeta
do Sul - 21.08.2006)
Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados
sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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