l IFE: nº 1.869 - 14
de agosto de 2006 Índice Regulação e Reestruturação do Setor Empresas Leilões Oferta e Demanda de Energia Elétrica Gás e
Termelétricas Grandes
Consumidores Economia Brasileira Internacional Regulação e Reestruturação do Setor 1 CCEE avalia necessitam para a expansão do mercado livre Antônio Carlos
Fraga, presidente da CCEE, avalia que alguns pontos precisam ser solucionados
para que a expansão do mercado livre siga adiante. Um deles diz respeito
à duração dos contratos. Enquanto no ambiente de contratação regulada
(ACR) os contratos para energia têm duração de 30 anos para fonte hídrica
e 15 anos para as térmicas, os consumidores livres costumam estabelecer
os prazos em seus acordos conforme as suas necessidades. Outro ponto,
e que está relacionado à duração dos contratos, diz respeito às garantias.
"O desafio é desenvolver mecanismos de garantia robustos para atrair investidores
e agradar o BNDES. As garantias devem ser adequadas ao perfil dos participantes
e aos contratos", segundo Fraga. Só após o equacionamento dessas questões
que Fraga considera ser possível pensar em flexibilizar as regras para
adicionar novos consumidores ao mercado livre. "Não é possível pulverizar
mais o mercado se não há oferta para garantir a expansão". Como mecanismos
para incluir o mercado livre no planejamento do setor, Fraga também defende
que o ambiente de contratação livre (ACL) seja monitorado pelo Comitê
de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), órgão do MME, e que o mercado
livre tenha compromisso com a segurança do abastecimento e com a expansão
do parque gerador. (Eletrosul - 10.08.2006) 2 Mercado Livre: Abraceel diz que mercado livre está preparado para expansão Para Paulo Pedrosa,
presidente da Abraceel, "o mercado livre está preparado para este novo
desafio de participar da expansão do setor". Pedrosa considera que o conceito
do leilão necessita de aperfeiçoamentos. "É preciso firmar regras que
estimulem o investimento". O executivo lembra que é preciso evitar o que
ocorre com as regras atuais de estímulo para investir no ambiente de contratação
livre (ACL). Hoje, a lei permite que as geradoras vendam a energia remanescente
do leilão para o mercado livre com ágio sobre o preço firmado na licitação.
"Comprar energia mais cara por força da lei não atrai os consumidores",
diz. No que diz respeito à garantia, Pedrosa reconhece que cultura no
Brasil privilegia os contratos de longo prazo. "Entretanto, o mercado
livre apresenta como característica a inovação. É possível criar outros
mecanismos como garantia. As comercializadoras, por exemplo, podem dar
contratos firmados com seus clientes como garantia", explica. (Eletrosul
- 10.08.2006) Maurício Tolmasquim,
presidente da EPE, pediu demissão do cargo de membro do conselho de Furnas
Centrais Elétricas. O objetivo era blindar o governo de risco de denúncia
de conluio nos leilões de energia, por deter informações diferenciadas,
como demanda de energia, e atuar diretamente sobre a ação do leiloeiro.
(Eletrosul - 10.08.2006)
Empresas 1 Cteep lucra R$ 194,3 mi no primeiro semestre A Cteep anunciou
um lucro semestral 18% menor em comparação ao mesmo período de 2005, indo
de R$ 209,30 milhões para R$ 194,32 milhões. A empresa fechou o balanço
do segundo trimestre com lucro de R$ 111,5 milhões, contra os R$ 126,2
milhões obtidos em 2005. A receita bruta no primeiro semestre chegou a
R$ 681,8 milhões, ante os R$ 612,6 milhões dos primeiros seis meses de
2005. No segundo trimestre, a receita bruta da Cteep fechou em R$ 345,4
milhões, um avanço de 16,8% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Nos primeiros seis meses do ano, a transmissora teve receita líquida de
R$ 601,4 milhões, contra R$ 575 milhões do mesmo período de 2005. A receita
líquida no segundo trimestre ficou em R$ 304,6 milhões, frente aos R$
295 milhões do período abril/junho de 2005. O resultado bruto do semestre
ficou em R$ 221,20 milhões, ligeiramente abaixo dos R$ 223,27 milhões
dos primeiros seis meses de 2005. No segundo trimestre, o resultado bruto
atingiu R$ 118,4 milhões, contra os R$ 122,8 milhões de igual período
do ano passado. O resultado operacional ficou em R$ 213,4 milhões no primeiro
semestre, abaixo dos R$ 235,3 milhões no mesmo semestre de 2005. No segundo
trimestre, o resultado operacional fechou em R$ 84,2 milhões, contra R$
106,2 milhões do mesmo período do ano passado. (Agência Canal Energia
- 11.08.2006) 2 Tractebel tem lucro de R$ 532,5 mi A Tractebel Energia registrou lucro de R$ 532,5 milhões no primeiro semestre de 2006, valor 35,62% acima dos R$ 392,6 milhões verificados no mesmo período em 2005. A receita bruta teve elevação de 7,01% nos primeiros seis meses do ano, em comparação com igual período no ano anterior, ao somar R$ 1,29 bilhão, contra 1,21 bilhão. A receita líquida fechou o período janeiro-junho deste ano com R$ 1,1 bilhão, montante 11,50% superior ao apurado no primeiro semestre do ano passado, de R$ 1 bilhão. A companhia teve ainda resultado operacional de R$ 617,8 milhões na primeira metade do ano, superando em 21,97% os R$ 506,6 milhões obtidos no mesmo período de 2005. A Tractebel verificou ainda lucro de R$ 188,7 milhões no 2o trimestre de 2006, 14,38% abaixo dos R$ 220,4 milhões registrados em igual período em 2005. A receita bruta alcançou R$ 657,5 milhões no período abril-junho, elevando em 7,60% o resultado de R$ 611,1 milhões totalizados pela empresa no mesmo período de 2005. Já a receita líquida apurou R$ 599,1 milhões no 2o trimestre, contra R$ 537,4 milhões somados no mesmo período do ano passado - acréscimo de 11,49%. A Tractebel obteve ainda resultado operacional de R$ 303 milhões no segundo trimestre, valor 14,95% superior ao montante em igual período em 2005, de R$ 263,6 milhões. (Agência Canal Energia - 11.08.2006) 3 Eletropaulo reduz dívida líquida em 12% No período de
janeiro a junho deste ano a AES Eletropaulo conseguiu reduzir a dívida
líquida em 12%, com o aumento da taxa de arrecadação em 99%. A recuperação
se deve aos créditos obtidos nos setores públicos. No segundo trimestre
a AES Eletropaulo obteve lucro líquido de R$ 201,9 milhões, o Ebtida foi
de R$ 523,3 milhões. Ainda no segundo trimestre, a AES Eletropaulo investiu
R$ 174 milhões dos R$ 350 milhões previstos para 2006. A empresa registrou
um crescimento expressivo no mercado de consumidores como um todo de 4,7%
na área de atuação. A AES Eletropaulo não está fazendo declaração de dividendos
em função do prejuízo acumulado. Já a AES Tietê, onde o lucro líquido
foi de R$ 153 milhões, neste segundo trimestre, o resultado está alinhado
com o mercado. No primeiro trimestre, o lucro líquido foi de R$ 306 milhões.
A previsão de investimentos da AES Tietê para este ano é de R$ 44 milhões,
sendo que 75%, são destinados a manutenção de unidades geradoras e outros
20% ao reflorestamento das bordas das usinas. (Investnews - 11.08.2006)
4 Eletropaulo eleva projeções de investimentos 5 Eletropaulo estima crescimento de 3,9% do mercado total em 2006 A Eletropaulo
estima um crescimento de 3,9% do mercado total de vendas de energia no
ano, apesar da previsão de retração de 0,9% no mercado cativo. No segundo
trimestre, o mercado total cresceu 4,7% com crescimento de 8,7% no segmento
residencial compensado pela queda de 12,5% e 8,9%, respectivamente, nas
vendas de energia para as classes industrial e poder público. Segundo
Britaldo Soares, vice-presidente da Eletropaulo, a queda no volume de
vendas para o segmento industrial e o poder público foi impactada pela
saída de clientes para o mercado livre. Por conta disso, a receita líquida
proveniente da Tarifa do Uso do Sistema de Distribuição ficou em R$ 106
milhões no período. No entanto, Eduardo Bernini, presidente da distribuidora,
acredita que a dinâmica do mercado livre deve se estabilizar. Os dois
executivos avaliam ainda que 2% dos grandes clientes da empresa ainda
poderiam migrar para o mercado livre. "Isso mostra que esse tipo de movimento
está chegando ao seu limite", comentou Bernini. (Agência Canal Energia
- 11.08.2006) 6 Brasiliana terá recursos para pagar 1ª parcela de acordo com BNDES O presidente
da Eletropaulo, Eduardo Bernini, reafirmou que a Brasiliana Energia tem
recursos suficientes para pagar a primeira parcela do acordo com o banco,
que vence em dezembro de 2007, no valor de US$ 20 milhões. Segundo ele,
os recursos virão dos dividendos distribuídos pelas controladas e duas
empresas de telecomunicações. Já a Eletropaulo não fará distribuição de
dividendos porque ainda registra um prejuízo acumulado de aproximadamente
R$ 21 milhões. (Agência Canal Energia - 11.08.2006) 7 Light anuncia provisionamento de R$ 443,7 mi A Light anunciou
a constituição de provisões de aproximadamente R$ 443,7 milhões no resultado
do período de julho, para o pagamento de prováveis processos judiciais,
provisionamentos atuariais entre outras despesas. Do total, R$ 157,8 milhões
serão destinados à constituição adicional de provisões para contingências
avaliadas como "prováveis" de processos judiciais de natureza cível, tributário,
previdenciário e regulatório, assim como de procedimentos administrativos
na área trabalhista. Outros R$ 20,2 milhões para adequação na forma de
contabilizarão das parcelas remanescentes do Programa de Parcelamento
Especial - PAES, de 31 de julho de 2003. (Investnews - 11.08.2006) 8 Light Esco: meta de recuperar clientes do mercado livre A Light Esco será estruturada para atuar como comercializadora. Segundo o diretor-presidente da Light, José Luiz Alquéres, a empresa terá a missão de recuperar clientes que da distribuidora que migraram para o mercado livre, além de captar novos clientes industriais. A Light perdeu 25% de seu mercado consumidor para o mercado livre. A meta é ter a maior parte dos consumidores perdidos de volta num prazo entre quatro e cinco anos. (Agência Canal Energia - 11.08.2006) 9 Cemig quer alongar a dívida da Light De olho em uma estratégia de longo prazo, a Cemig, sócia mineira da distribuidora Light, pretende não só investir em novas geradoras elétricas, como também alongar o perfil da dívida de R$ 3 bilhões com o BNDES, herdada da EDF. Com a aquisição, a participação da Cemig no mercado de distribuição saltará dos 8% de 2005 para 11% neste ano. O consórcio Rio Minas Energia (RME), que além da Cemig conta com a participação da Andrade Gutierrez, Pactual Energia e JLA Participações, espera recuperar os investimentos para adquirir a companhia em um período de até 12 anos. Em relação ao passivo assumido pelo RME, cujo maior credor é o BNDES, o consórcio vai trabalhar para alongar o perfil da dívida. (Eletrosul - 11.08.2006) 10 Celesc aprova grupamento de ações Os acionistas
da Celesc aprovaram o grupamento de ações representativas do capital social.
A operação prevê o grupamento da totalidade de ações, na proporção de
20 para uma ação da mesma espécie. Com isso, o capital social da companhia
passará a ser representado por 38.571.591 ações nominativas, sendo 15.527.137
ordinárias, 1.329.073 preferenciais da classe A e 21.715.381 preferenciais
da classe B. Os acionistas interessados poderão ajustar suas posições
de ações, por espécies, no período entre 14/08/2006 e 29/09/2006, mediante
negociação por meio de corretoras autorizadas pela Bovespa. As ações na
forma grupada passarão a ser negociadas a partir do dia 02/10/2006. O
somatório das frações resultantes do grupamento será vendido em leilão
da bolsa de valores no dia 18/10/2006. (Agência Canal Energia - 11.08.2006)
No pregão do dia 11-08-2006, o IBOVESPA fechou a 36.944,43 pontos, representando uma baixa de 1,10% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 1,94 bilhão. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização de 0,96%, fechando a 11.818,63 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 52,60 ON e R$ 46,70 PNB, baixa de 3,13% e 5,08%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Na abertura do pregão do dia 14-08-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 53,00 as ações ON, alta de 0,76% em relação ao dia anterior e R$ 47,00 as ações PNB, baixa de 0,64% em relação ao dia anterior. (Investshop - 14.08.2006) O lançamento
de uma nova plataforma de negócios foi um dos principais fatores que contribuíram
para que a ABB fosse escolhida pela Eletrosul para o fornecimento de sistemas
de proteção, controle e supervisão de montagem e comissionamento de três
subestações no Rio Grande do Sul (Gravataí 3, Atlântida 2 e Osório 2).
(Gazeta Mercantil - 14.08.2006)
Leilões O artigo "Leilões
de Linhas de Transmissão e o Modelo de Parceria Estratégica Pública Privada"
- de autoria do professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador
do GESEL, Nivalde J. de Castro e do pesquisador do GESEL, Daniel Bueno,
conclui que as parcerias estratégicas pública-privada (PEEP), via LLTs,
permitem o avanço da reestruturação do setor elétrico brasileiro (SEB).
Dessa forma, os leilões teriam se tornado uma forma eficiente de reestruturação
do SEB, iniciada em 2003, com a retomada da participação mais efetiva
do Estado no SE. As estatais atraem a participação das empresas nacionais
para os leilões. O estudo revela que os LLTs têm se mostrado instrumento
estratégico das PEPPs. Ao analisar a atuação das parcerias nos LLTs, o
trabalho verifica que de 1999 a 2005 - período em que foram realizados
onze leilões - a maioria dos consórcios a conseguir trechos nos LLTs foi
formada por empresas estatais e nacionais privadas (dos 27 consórcios
vencedores, 10 foram formados por estatais e nacionais). Com isso, estes
leilões podem ser considerados uma ferramenta na ampliação da capacidade
instalada, aumentando o grau de segurança no SIN. O estudo explica a metodologia
dos leilões e ainda faz uma trajetória das mudanças ocorridas no setor
elétrico brasileiro desde a década de 1990 com o preocesso de privatização.
(GESEL-IE-UFRJ - 14.08.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Estiagem pára produção de energia em usina no Paraná A estiagem
obrigou a Copel a parar a produção na Usina Governador José Richa, em
Capitão Leônidas Marques já que a água do Rio Iguaçu não é suficiente
para manter as turbinas funcionando. Dos 15 vertedouros da Usina, apenas
um está aberto e a energia está sendo importada da região Sudeste. Outras
usinas do mesmo rio só estão sendo ligadas no começo da noite, quando
o consumo de energia é maior. (Elétrica 11.08.2006) De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 12/08/2006 a 18/08/2006 . Tabela
Fonte: www.ccee.org.br
Gás e Termoelétricas 1 Petrobras tem resultado recorde Seguindo a boa fase das maiores petroleiras do mundo, a Petrobras fechou o semestre com lucro líquido de R$ 13,634 bi, o maior de sua história e 37% superior ao obtido no primeiro semestre de 2005. No rastro desses bons resultados, o valor de mercado da companhia alcançou a cifra de R$ 202, 6 bilhões no dia 30 de junho. No segundo trimestre, o lucro da estatal foi de R$ 6,959 bi. Em grande parte, o resultado foi impulsionado pela alta dos preços do petróleo. Na contabilização da estatal, ela registrou superávit financeiro e volumétrico em sua balança comercial (importações versus exportações de petróleo e derivados), tendo saldo líquido de 76 mil barris por dia, equivalente a US$ 176 milhões. Contudo, os números não incluem despesas de US$ 600 milhões no semestre para importar gás natural da Bolívia. (Valor Econômico - 14.08.2006) 2 Petrobras e YPFB adiam por 2 meses negociação A Petrobras
e a YPFB estenderam por 60 dias o prazo para negociações sobre o pedido
de revisão do preço do gás boliviano exportado para o Brasil. A decisão
foi tomada na terceira reunião entre as duas empresas, realizada nesta
sexta-feira no Rio de Janeiro, conforme cronograma de encontros estipulado
pela estatal boliviana. A próxima reunião está marcada para 14 de setembro
na Bolívia. A YPFB deseja elevar o preço do gás para 5 dólares por milhão
de BTUs, um dólar acima do valor atual. (Reuters - 14.08.2006) 3 Compagas vai garantir temporariamente gás à UEG A Compagas vai
garantir o fornecimento de gás para que a termelétrica UEG Araucária entre
em operação em setembro, em caráter emergencial. A empresa está finalizando
a negociação de um contrato que deve ser firmado com a Copel,. A Copel
nega que esteja tratando do fornecimento de gás para a UEG neste momento,
mas ela tem apenas 20 dias para colocar a termelétrica em funcionamento
se quiser atender a um pedido do ONS. O objetivo é reduzir os riscos de
falta de energia no Sul por conta da seca na região. Essa é a estratégia
usada pelo ONS para que o nível dos reservatórios no Sul não caiam abaixo
de 30% da capacidade. Segundo a Compagas, é possível fornecer a quantidade
máxima de gás que a UEG pode receber, ou 2,1 milhões de m³/dia. O contrato
de fornecimento será de curto prazo. A Petrobras usaria uma capacidade
que está ociosa apenas porque outros clientes não estão demandando gás
no momento. Como o volume de fornecimento será muito maior do que para
qualquer outro cliente e o governo federal solicitou a operação emergencial,
fontes do mercado esperam que haja um grande desconto. O sócio da consultoria
Gas Energy, Marco Aurélio Tavares, estima que o preço seja de cerca de
R$ 0,60 o m³. (Eletrosul - 10.08.2006) 4 Uruguaiana ainda espera acordo de gás argentino O presidente
do grupo AES no Brasil, Eduardo Bernini, disse que aguarda negociações
finais do acordo entre os governos do Brasil e da Argentina sobre o fornecimento
de gás natural argentino para térmica de Uruguaiana (600 MW). Segundo
o executivo, atualmente, as conversas envolvem a imposição do governo
argentino de tributação sobre as exportações do gás natural para os países
do Chile, Uruguai e Brasil. "Não temos expectativas de resolução sobre
o caso, mas o MME está atuando fortemente para resolver logo essa questão",
informou Bernini. O executivo contou ainda que o acordo visa a garantir
volume mínimo de gás natural argentino no período de setembro deste ano
até maio de 2007 para a térmica. De acordo com Bernini, a quantidade de
gás natural que será importada também ainda está em fase de negociação.
(Agência Canal Energia - 11.08.2006) 5 AleSat antecipa chegada do biodiesel ao NE A AleSat fechou acordo com a BR Distribuidora para compartilhar com a subsidiária da Petrobras tanques de armazenagem de biodiesel no Nordeste, o que vai permitir que a empresa acelere ainda mais expansão dos postos que vendem o combustível ecologicamente correto. "Atualmente, nossa rede de postos vende biodiesel até o estado de Goiás. Já temos parceria com a BR no compartilhamento de tanques para álcool e gasolina. Ainda temos que detalhar algumas coisas a respeito desse acordo", informou o presidente do Conselho de Administração da AleSat, Sérgio Cavalieri. Pioneira na venda de biodiesel em postos, a AleSat define até o fim deste ano a entrada na produção do biocombustível. A AleSat desenvolve estudos de viabilidade para o negócio, que vai indicar quantas plantas seriam feitas e em que locais. "Estamos avaliando esse investimento, e devemos decidir até o final do ano se passaremos a produzir biodiesel. Não sabemos se será uma ou duas unidades. Uma planta com capacidade de produção de 100 mil toneladas demandaria um investimento de R$ 40 mi apenas na parte industrial", afirmou o executivo. Atualmente, 210 postos da rede Alesat vendem biodiesel em 79 cidades espalhadas em cinco estados. (Jornal do Commercio- 14.08.2006)
Grandes Consumidores 1 BNDES empresta R$ 345,4 mi à Gerdau Açominas A Gerdau Açominas
obteve financiamento de R$ 345,4 milhões do BNDES para expansão de da
produção de aço líquido da unidade industrial de Ouro Branco, MG. O investimento
total no projeto é de R$ 1,2 bilhão, dos quais 29% financiados pelo BNDES.
O projeto prevê a instalação de coquerias, sinterização e um novo alto-forno.
A nova capacidade deverá entrar em produção no final de 2007. Os investimentos
permitirão que a produção de sínter passe dos atuais 4,4 milhões de toneladas/ano
para 6,8 milhões de toneladas/ano. A produção de coque sairá de 1,2 milhão
de tonelada ao ano para 1,8 milhão de tonelada e a produção de gusa será
ampliada para 4,3 milhões de toneladas anuais, um crescimento de 1,5 milhão
de tonelada por ano em relação à capacidade atual de 2,8 milhões de toneladas.
Do total do financiamento aprovado pela diretoria do Banco, R$ 3,4 milhões
(1%), irão para projetos sociais na área de atuação da Açominas. No primeiro
semestre os investimentos do Grupo Gerdau superaram US$ 1,1 bilhão. Deste
total, os recursos destinados à aquisição de empresas responderam por
US$ 697 milhões. (Jornal do Commercio- 12.08.2006) 2 Lucro da Petroquisa recua 90% no tri A Petroquisa
registrou um lucro líquido de R$ 8,6 milhões no segundo trimestre deste
ano, o que significou um recuo de 90% em comparação aos R$ 83,4 milhões
obtidos no mesmo período do ano passado. No acumulado do ano, o lucro
atingiu R$ 48,5 milhões, montante 71% abaixo dos R$ 165,6 milhões apurados
no primeiro semestre de 2005. A receita líquida alcançou R$ 238,2 milhões
entre abril e junho, 47% a mais que os R$ 161,9 milhões de igual intervalo
de 2005. No primeiro semestre, a receita somou R$ 399,7 milhões, valor
13% maior que os R$ 353,3 milhões conquistados entre janeiro e junho de
2005. (Gazeta Mercantil - 14.08.2006) 3 Moody's e Fitch vão rever classificação de risco da Vale O anúncio da
proposta de aquisição da Inco por parte da CVRD causou um reboliço no
mercado: duas agências de avaliação de risco colocaram as notas da mineradora
brasileira em revisão para baixo e as ações da companhia encerraram o
pregão da sexta-feira da Bovespa como as mais negociadas, fechando o dia
com queda de 1,82% nas ações ordinárias, para R$ 48,40, e de 2,21% nas
preferenciais, para R$ 42 por ação. As ações da companhia deverão seguir
pressionadas no curto prazo, devido à incerteza dos investidores quanto
a uma eventual disputa de preços. Em nota, o Fitch Rating informou que
foram colocadas em observação negativa o rating nacional de longo prazo
"AAA(bra)", o índice de probabilidade de inadimplência do emissor de longo
prazo em moeda local (LC IDR) "BBB", o IDR de longo prazo da CVRD Finance
série 2000-1 e série 2000-3 (notas de exportação securitizadas) "BBB+".
A Moody''s Investors Service informou também ter colocado a classificação
de Baa1 dos títulos da Vale em moeda local e a classificação nacional
da Vale Aaa.br sob revisão com vistas a um possível rebaixamento. (Gazeta
Mercantil - 14.08.2006) 4 CSN reitera perspectiva de embarque de 5 mi de ton. neste ano A CSN reiterou
sua perspectiva de embarcar 5 milhões de toneladas de aço em 2006. O banco
Pactual, no entanto, se mostra desconfiado em relação ao guidance. De
acordo com as perspectivas da fabricante de aço, a produção no segundo
semestre deste ano pode atingir 2,5 milhões de toneladas, contando com
1,8 milhão de toneladas do paralisado alto-forno nº 3. O alto-forno nº
3 prejudicou os números da CSN no segundo trimestre. Do rendimento de
76% no mês passado, a despesa na produção de placas de aço do alto-forno
nº 3 foi de US$ 230 por tonelada. Deste modo, o cenário é positivo para
a projeção da companhia de obter um custo de US$ 200 por tonelada na produção
de placas de aço no segundo semestre. (Reuters - 13.08.2006)
Economia Brasileira 1 IBGE: Situação da inflação é de estabilidade Apesar da alta de 0,19% do IPCA em julho, a coordenadora do IBGE, Eulina N. dos Santos, avalia que o comportamento geral dos preços se manteve estável em relação a junho. "A alta de julho não foi expressiva. Houve o fim de uma queda pontual em junho, localizada principalmente no álcool. Não é uma situação diferente agora. O que estava puxando o indicador para baixo em junho deixou de puxar ", disse. Para reiterar o bom comportamento dos preços, Eulina cita os resultados da inflação acumulada em 12 meses. Desde o início deste ano, este indicador vem se desacelerando. No ano até julho, o IPCA acumula alta de apenas 1,73%, deixando um espaço para o cumprimento da meta de inflação fixada pelo governo para este ano, de 4,5%. O INPC apresentou elevação de 0,11% em julho, representando uma inversão do rumo registrado em junho. No acumulado do ano, o indicador cresceu 1,18. (Valor Econômico - 14.08.2006) 2 CNI: Indústria cresce em ritmo lento Segundo a CNI, em junho, a indústria brasileira operou com 82,3% da capacidade instalada, a mais alta de 2006, mas não altera a tendência de estabilidade do índice, que vem sendo observada desde o final de 2005. Na média do primeiro semestre, o indicador ficou em 81,5%. É possível que os indicadores da CNI sofram algum efeito da Copa do Mundo, embora não nas mesmas proporções que o indicador do IBGE. O fato é que a indústria mostra sinais de desaceleração que certamente se refletirão no PIB. Segundo o Itaú, a produção industrial fechou o segundo trimestre com um crescimento de 0,5% em relação ao primeiro. Segundo o departamento econômico do banco, o PIB do segundo trimestre deve ter registrado um crescimento de apenas 0,6% em relação ao primeiro. Em razão dessa desaceleração, os economistas do Itaú prevêem que o PIB irá crescer 3,4% neste ano, bem inferior aos 4% projetados pelo BC. (Folha de São Paulo - 14.08.2006) 3 IBGE: valor da folha de pagamento da indústria aumenta 0,2% em junho
4 Analistas consultados pelo BC projetam expansão menor do PIB em 2006 O mercado financeiro
estima que o PIB cresça 3,55% neste ano e não 3,60% como o aguardado anteriormente.
Para 2007, a perspectiva é de expansão de 3,7%. O superávit da balança
comercial deve situar-se em US$ 41 bilhões neste exercício, enquanto que
no ano seguinte este deve ficar positivo em US$ 35,73 bilhões. A estimativa
para a entrada de investimentos estrangeiros neste ano foi mantida em
US$ 15,50 bilhões em 2006 e em US$ 16 bilhões nos 12 meses seguintes.
A previsão média para as contas correntes é de um superávit de US$ 9 bilhões
até dezembro e de US$ 4,10 bilhões em 2007. A mediana das expectativas
dos analistas para a produção industrial é de incremento de 4% neste ano
e de elevação de 4,50% em 2007, percentuais esses idênticos àqueles contidos
no documento passado. (Valor Econômico - 14.08.2006) 5 Mantega: bancos precisam fazer a parte deles O ministro Guido
Mantega diz que há espaço para corte nos "spreads". Ele fez questão de
colocar um ponto final na polêmica em torno da desoneração de alguns setores
da economia "Não há planos do governo para desonerar novos setores, pelo
menos este ano", disse, esclarecendo que haverá isenção fiscal para a
fabricação de semicondutores, combinada com a implantação da TV digital
no País. De resto, "não haverá nenhuma redução de tributos na área de
bens de capital e, no caso da construção civil, os estudos são de natureza
financeira". Mantega opõe-se frontalmente ao pleito do setor financeiro
no que diz respeito à redução do compulsório bancário e quer a extinção
da Lei Kandir. Para estes, mandou um recado direto: "Está na hora de os
bancos fazerem a parte deles. A prova mais cabal de que há espaço para
a reduzir o spread é que os lucros estão subindo", disse. "Não faz sentido
a taxa de spread brasileira ser uma das mais altas do mundo. O meu receio
é que aumentem o lucro e não baixem o spread." (Gazeta Mercantil - 14.08.2006)
O dólar comercial abriu o dia em queda perante o fechamento de sexta-feira, a R$ 2,1620. Às 9h41, a moeda cedia 0,18%, cotada a R$ 2,16 na compra e a R$ 2,1620 na venda. Na última sexta-feira, o dólar comercial subiu 0,27%, para R$ 2,1640 na compra e R$ 2,1660 na venda. Na semana, a moeda acumulou baixa de 0,78%. (Valor Online - 14.08.2006)
Internacional 1 Bolívia adia nacionalização do gás O Ministério
de Hidrocarbonetos da Bolívia anunciou o adiamento do programa de nacionalização
das reservas e refinarias de gás no país, por falta de dinheiro para pagar
as indenizações necessárias. O comunicado do ministério declarou suspensa
temporariamente a "plena vigência" da participação da estatal boliviana
YPFB na cadeira produtiva de gás e petróleo, por falta de recursos para
pagar indenizações. A YPFB, que, pelo decreto de nacionalização, chegaria
a julho como uma empresa reestruturada, "eficiente e com controle social"
ainda não se sustenta nos próprios pés, apesar de ter representantes nas
direções das companhias afetadas pela "nacionalização" de maio. O aumento
de impostos decretado na ocasião também não entrou em vigor, segundo informam
executivos das empresas. Tampouco se concluiu a auditoria com que o governo
pretendia provar lucros exagerados nas empresas em operação na Bolívia,
o que poderia levar à redução ou até eliminação das indenizações devidas
pelo governo. (Valor Econômico - 14.08.2006) 2 Estados norte-americanos vão ampliar uso do etanol Os governadores
do Kansas e do Missouri congratularam-se com centenas de representantes
do setor do etanol pelos ganhos obtidos com o combustível à base de milho
nos últimos anos. Contudo, o governador de Missouri, Matt Blunt, e a do
Kansas, Kathleen Sebelius, falando na convenção anual da American Coalition
for Ethanol, disseram que o setor está ainda engatinhando e precisa continuar
lutando para encontrar novos mercados e fazer com que o etanol tenha uma
contribuição maior na oferta de combustível do país. "Este é o momento
para a nossa nação dar importantes passos para distanciar-se da perigosa
dependência do Oriente Médio e voltar-se com confiança para o Centro-Oeste",
disse Blunt, que recentemente sancionou uma lei que exige que, até 2008,
praticamente toda a gasolina vendida no Missouri contenha 10% de etanol.
Sebelius, porta-voz da Coalizão dos Governadores para o Etanol, disse
que seu grupo está pressionando para que o etanol constitua 25% do combustível
até 2025. Agora, é de cerca de 3%. (Gazeta Mercantil - 14.08.2006) 3 Falta de energia provoca situação caótica em Tóquio Um corte no fornecimento de energia elétrica resultante de um acidente provocou em grande parte de Tóquio e por cerca de três horas, uma situação caótica, atrapalhando a realização de transações financeiras, deixando pessoas presas em elevadores e paralisando o sistema de transporte. O problema, causado quando um guindaste colocado em um barco atingiu linhas de transmissão, começou por volta das 7h40 (19h40 de domingo em Brasília), no momento em que as empresas abriam suas portas e as pessoas dirigiam-se para o trabalho. O fornecimento de energia foi totalmente restabelecido três horas depois, e a maior parte do sistema de transporte público voltou a operar normalmente na capital. Mais de 1,39 milhão de residências foram afetadas. Os faróis de trânsito ficaram fora de operação em ao menos 440 lugares. Várias empresas enfrentaram problemas com seus computadores. As autoridades do metrô de Tóquio afirmaram que cerca de 120 mil passageiros tinham sido atingidos pela falta de eletricidade. Os responsáveis pela Tokyo Disneyland e pela Tokyo DisneySea informaram que o corte no fornecimento de energia havia atrasado em uma hora a abertura dos portões desses lugares. (Reuters - 14.08.2006)
Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados
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