l IFE: nº 1.866 - 09
de agosto de 2006 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Leilões Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Reestruturação do Setor 1 MME apresenta informações sobre Plano Decenal O representante
do MME, Ronaldo Schuck, apresentou novas informações sobre o Plano Decenal.
Entre os destaques estão a licitação de mais sete empreendimentos, investimentos
para o Rio Xingu e o Complexo do Rio Madeira, que na visão dele já é realidade.
"A previsão de investimentos para o Projeto Rio Madeira é de US$ 7,5 bilhões,
e mais US$ 5,5 bilhões para o Rio Xingu", afirmou. Schuck ressaltou que
até 2009, existe a expectativa da entrada em operação da termelétrica
Jacuí e, em 2010, Candiota, as duas no Rio Grande do Sul, que juntas somarão
700 MW. Para confirmar que os investimentos no setor energético brasileiro
estão sendo importantes e garantindo energia elétrica, explicou que a
interligação entre os submercados (regiões) é eficiente. "A estiagem que
afeta o Sul está servindo de parâmetro para testar a capacidade de geração
das hidrelétricas do Sudeste. Nossa capacidade de exportação de cerca
de 5.300 MW médios, está sendo importante porque um racionamento está
descartado". (Gazeta Mercantil - 09.08.2006) 2 Tolmasquim: defende mecanismos de compra para o Ambiente de Contratação Livre Mauricio
Tolmasquim, presidente da EPE, destacou a necessidade de se analisar a
previsibilidade da demanda dos consumidores livres. "É preciso pensar
em mecanismos de compra para o Ambiente de Contratação Livre, para garantir
a expansão para eles", disse. Na avaliação dele, os agentes precisarão
debater quais serão os aperfeiçoamentos a serem feitos de modo que haja
a garantia da expansão. De acordo com ele, os agentes que integram hoje
o mercado livre estão contratados até 2010, com base nas informações que
compuseram o Plano Decenal de Expansão de Energia Elétrica 2006-2015 e
não há estudos por parte do governo sobre o tema. (Agência Canal Energia
- 08.08.2006) 3 MME: necessidade de aumento em investimentos de transmissão e geração O secretário
do MME, Ronaldo Schuck, falou da necessidade do aumento em investimentos
de transmissão e geração, destacando as fontes alternativas. O investimento
previsto para os próximos dez anos, conforme o Plano Decenal, são de US$
40 bilhões para a geração e mais US$ 16 bilhões para transmissão. "Acreditamos
que surgirão oportunidades de retorno em investimentos nos leilões que
vão acontecer ainda este ano. Para atender a crescente demanda, seriam
necessários investimentos de US$ 414,6 milhões em 2.300 km de linhas".
Quanto ao Programa de Incentivos às Fontes Alternativas de Energia Elétrica
(Proinfa), onde 144 projetos estão contratados, ele reconhece que existe
gargalo. "Reconhecemos as dificuldades que alguns desse projetos apresentam,
como o de eólica, por exemplo, porque ainda encontramos gargalos. Os equipamentos
são muito caros e sua manutenção também", concluiu. (Gazeta Mercantil
- 09.08.2006) 4
Zimmermann: Setor energético precisa de US$ 40 bi nos próximos dez anos
5 Nova reunião para discutir dívida de Itaipu O governo
brasileiro proporá ao Paraguai uma nova reunião, na semana que vem, para
discutir o pedido do país vizinho de retirar o efeito da inflação americana
no serviço da dívida de Itaipu Binacional. Após discutir o assunto com
o presidente Lula, o ministro Rondeau, disse que a idéia é marcar a reunião
em Foz do Iguaçu (PR). Como resiste a desindexar a dívida, o governo brasileiro
apresentou algumas contrapropostas aos paraguaios, como aumentar de US$
15 milhões para aproximadamente US$ 20 milhões por ano (metade para cada
país) os recursos liberados pela usina a esse fundo de desenvolvimento
social, incluindo esse aumento no orçamento da empresa. `Nossa idéia é
continuar negociando com o intuito de tentar flexibilizar o efeito do
fator de ajuste no serviço da dívida de Itaipu`, disse Rondeau. (Elétrica
- 08.08.2006) 6 Aneel aprova incorporação de redes particulares A diretoria
da Aneel aprovou no dia 8 de agosto um conjunto de regras gerais para
a incorporação, pelas distribuidoras, de redes particulares de distribuição
de energia elétrica. A resolução da Aneel estabelece que as distribuidoras
deverão priorizar a incorporação de redes particulares que facilitem o
cumprimento das metas de universalização do programa Luz para Todos. Vidinich
disse, ainda, que a resolução determina que todas as redes particulares
que não têm autorização oficial para funcionar terão que ser incorporadas
à rede das distribuidoras. Porém, não há um prazo para essa adaptação.
O ritmo da incorporação será pautado naturalmente pelos custos que serão
agregados por essas novas redes, já que a Aneel estabeleceu que o impacto
da incorporação dessas linhas particulares nas tarifas não podem superar
a casa de 8%. (Hoje em dia - 09.08.2006) 7 CCEE: Liquidação financeira atinge o maior nível de adimplência do ano A CCEE concluiu no dia 8 de agosto, a liquidação financeira relativa às negociações do mercado de curto prazo realizadas no mês de junho, com o maior índice de adimplência do ano: 99,56%. O montante contabilizado foi de R$ 187.108.102,91. Os recursos financeiros depositados pelos agentes devedores somaram R$ 186.283.252,27. Participaram da liquidação 708 agentes de mercado, sendo 375 devedores e 333 credores. As garantias aportadas pelos agentes devedores representaram 43,95% do valor contabilizado. (Agência Canal Energia - 08.08.2006) 8
Camex: Tarifa menor para o setor elétrico 9 3° SENOP será realizado no período de 14 a 17 de agosto O 3º Seminário
Nacional de Operadores de Sistemas Elétricos (SENOP), cujo objetivo primordial
é a busca da excelência na Operação do Sistema Elétrico Brasileiro, em
todos os seus segmentos, será realizado no período de 14 a 17 de agosto
de 2006, na cidade de Belém-PA. Serão apresentados nas sessões técnicas,
27 artigos selecionados entre 84 resumos encaminhados ao Comitê Técnico.
Estes artigos, de diversos autores de várias empresas integrantes do Setor
Elétrico Brasileiro, contemplam variados tópicos dentro dos temas preferenciais
do evento. Além dos artigos técnicos, serão também proferidas quatro palestras
sobre temas estratégicos e atuais, com abordagem ampla para todos os participantes
do evento, por especialistas do setor especialmente convidados. (Eletronorte
- 09.08.2006) 10
Curtas A ABCE pretende sugerir ao governo a criação de reservas hídricas para preservar a realização de estudos de viabilidade em regiões localizadas em áreas de proteção ambiental. A proposta tem como objetivo abrir espaço para a elaboração de estudos relativos à expansão hidrelétrica, que pode ser prejudicada pela criação do Plano Nacional de Áreas Protegidas, pelo MMA. (Agência Canal Energia - 08.08.2006) A AGF Seguros realiza nos dias 9, 10 e 11 de agosto, em Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro, respectivamente, o workshop "Seguros no setor de Energia Elétrica". O evento é gratuito, aberto ao público e será divido em três etapas. (Agência Canal Energia - 08.08.2006)
Empresas A Cemig
divulgou lucro líquido de R$ 325,3 mi no 2o trimestre de 2006, o que representou
queda de 33,17% em relação a 2005. Mesmo com a diminuição do lucro, o
resultado divulgado superou a estimativa dos analistas de mercado, que
apontavam para um ganho de R$ 288 mi. O lucro bruto também caiu, com variação
de -31,50%, totalizando R$ 485,8 mi. Já a receita líquida da energética
somou R$ 2,1 bi, com alta de 8,78%, abaixo das expectativas de R$ 2,2
bi dos analistas. As despesas operacionais caíram 30,72%, para R$ 249,2
mi. A despesa financeira líquida diminuiu 65,89%, para R$ 107,8 mi. O
lucro operacional foi de R$ 236,6 mi, com queda de 32,30%. (Hoje em dia
- 09.08.2006) 2 Moddy's eleva ratings em escala global e nacional de debêntures da Cemig A Moody's Latin America atribuiu o rating B1 na escala global em moeda local e Baa2.br na escala nacional para a emissão de R$ 250 mi em debêntures simples com vencimento em 2014 da Cemig. Simultaneamente, a agência de risco colocou os ratings da Cemig em revisão para possível elevação. De acordo com a Moody's, o rating Baa2.br na escala nacional brasileira reflete a qualidade de crédito da companhia em relação aos demais emissores no mercado doméstico. (Agência Canal Energia - 08.08.2006) 3 CPFL deve apresenta lucro de R$ 339 mi A CPFL deve
apresentar um lucro líquido de R$ 339 mi para o 2O trimestre do ano, um
crescimento de 44,3% em comparação com os R$ 235 mi obtidos 2005. O banco
mantém a recomendação de compra e o preço alvo de R$ 38,76 por ação. A
previsão é de receita liquida em R$ 2,17 bi, alta de 12% no comparativo
anual. O Ebitda deve fica em 710 mi, crescimento de 28% em relação ao
2O trimestre de 2005. A margem Ebitda está projetada em 32,7%, sobre os
28,6% registrados entre abril e junho de 2005. A companhia deve anunciar
um aumento no volume de energia distribuída, com uma evolução no consumo
total de cerca de 3%. (Investnews - 08.08.2006) 4
CPFL Energia reavalia estratégias de atuação na transmissão A CPFL anuncia
a compra de 11% da usina hidrelétrica Foz do Iguaçu da CEEE por R$ 8,8
mi. Com isso, a CPFL passa a deter 51% da usina. Em construção, a obra
deve ser concluída em 2010. O investimento supera a casa de R$ 1 bi. Com
o negócio, a CPFL se torna a maior empresa de energia do país. (Folha
de São Paulo - 09.08.2006) 6 Cesp reforça estratégia para mercado livre A Cesp está
apostando suas fichas na expansão do mercado livre. A estratégia, segundo
o diretor de Geração Oeste da companhia, Sílvio Areco, tem como meta contratar
grandes volume de energia neste ambiente de negócios, a partir da experiência
acumulada no segmento. "Hoje nós apostamos muito no mercado livre e, se
tivermos oportunidade, vamos levar 100% da produção da Cesp para este
mercado", disse. A Cesp está com toda a geração contratada até 2010. A
partir de 2011 a estatal começa a registrar os primeiros casos de descontratação.
Em 2013, a Cesp verificará a primeira descontratação mais pesada, de 800
MW, relativos a um contrato de oito anos, fechado em leilão de energia
existente. Em 2014, o montante descontratado será de 1.150 MW. O executivo
contou ainda que a Cesp trabalha com quatro linhas de ação para o mercado
livre. (Agência Canal Energia - 08.08.2006) 7 Aneel mantém multa de Manaus Energia A diretoria
da Aneel manteve multa de R$ 2,3 mi aplicada à distribuidora Manaus Energia.
A multa foi aplicada por conta de um apagão que deixou quase toda a cidade
de Manaus sem energia na noite de 04/10/2005. Segundo relatório da agência,
houve falha de operação durante o processo de retomada do abastecimento.
(O Estado de São Paulo - 09.08.2006) No pregão do dia 08-08-2006, o IBOVESPA fechou a 37.600,44 pontos, representando uma baixa de 0,26% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 2,13 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 0,41%, fechando a 11.735,83 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 49,80 ON e R$ 45,60 PNB, alta de 1,22% e 1,56%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Na abertura do pregão do dia 09-08-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 50,11 as ações ON, alta de 0,62% em relação ao dia anterior e R$ 45,50 as ações PNB, baixa de 0,22% em relação ao dia anterior. (Investshop - 09.08.2006)
Leilões 1 Governo estuda a realização de leilão de comercialização O governo
estuda a possibilidade da realização de um leilão para as comercializadoras
de energia elétrica, informou o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim.
"Por enquanto, é apenas um estudo, será preciso debater o tema com agenciadores",
afirmou. Para o vice-presidente da Comerc Energia, Marcelo Parodi, essa
possibilidade seria um passo importante para o mercado livre. "Se for
concretizado será um processo excelente porque o mercado livre vive momentos
de apreensão, com casos práticos de empreendedores que querem desenvolver
plantas mas, por incertezas acabam não realizando", afirmou. (Gazeta Mercantil
- 09.08.2006) 2 EPE estima que estudos sobre preço-teto serão concluídos em 10 dias Mauricio Tolmasquim disse que a avaliação feita pela EPE a respeito da fixação do preço-teto diferenciado para o leilão de energia nova A-5, que acontece no próximo dia 10 de outubro, deve ser entregue ao MME em até 10 dias. Segundo ele, técnicos da estatal ainda estão finalizando detalhes do estudo, que balizará a definição da questão pelo Ministério. O MME está trabalhando com a possibilidade de adotar, já nesse leilão, preços-teto individuais para cada nova outorga negociada na primeira fase do leilão. O leilão tem 171 empreendimentos que pediram cadastramento na EPE para habilitação. Desse total, cinco novas concessões serão licitadas: Mauá (PR, 388 MW), Dardanelos (MT, 261 MW), Cambuci (RJ, 50 MW), Barra do Pomba (RJ, 80 MW) e Salto Grande (PR, 53 MW). Tolmasquim afirmou também que os sete estudos de viabilidade em andamento na EPE têm previsão de serem concluídos em um ano. Os estudos envolvem aproveitamentos no rio Teles Pires. (Agência Canal Energia - 08.08.2006) 3 Abraget defende leilão de energia nova por fonte de energia A Associação
Brasileira de Geradoras Termelétricas defendeu a realização de leilões
de energia nova por tipo de fonte de energia. Segundo o presidente da
Abraget, Xisto Vieira Filho, a medida poderia ser adotada como saída para
atrair investidores em geração térmica de base para os leilões, desestimulados
diante de taxas de retorno sobre investimento (ROI) consideradas baixas.
Para a adoção da medida, seria necessário calcular o risco de déficit
aceitável - que na avaliação de Xisto deve ser de 1%, contra os atuais
5%. Outro ponto necessário, acrescentou, envolve a fixação de qual montante
hídrico e térmico deve ser adotado para que seja alcançado o risco de
déficit definido pelo governo. Segundo Xisto, resultados preliminares
de estudos realizados pela Abraget indicam que a taxa de retorno dos empreendimentos
que negociaram energia no leilão de energia nova A-3, que aconteceu no
final de junho, ficou situada em 0% - para usinas a óleo diesel - e 4%,
para termelétricas a óleo combustível. Na avaliação do executivo, a taxa
ideal de retorno situa-se na faixa entre 13% e 15%. Segundo ele, a fixação
do preço-teto foi inadequada, o que afastou empreendedores tradicionais
em geração térmica de base. O cálculo para o resultado, disse, envolveu
os parâmetros de calculo do Índice Custo-Benefício das térmicas. (Agência
Canal Energia - 08.08.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 MME: Sudeste é responsável por 70% de abastecimento de energia no Sul Ronaldo
Schuck, secretário de Ministério de Minas e Energia, afirmou que a região
Sudeste responde atualmente por 70% da energia que abastece o Sul. Segundo
ele, a entrada em operação de duas linhas de transmissão entre as regiões
nos últimos três anos permitiu o dobro do envio de carga. (Agência Canal
Energia - 08.08.2006) 2 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 68,2% O nível de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 68,2%, apresentando queda de 0,3% em relação à medição do dia 6 de agosto. A usina de Furnas atinge 76,6% de volume de capacidade. (ONS - 07.08.2006) 3 Sul: nível dos reservatórios está em 32,1% A região
Sul não apresentou variação em relação à medição do dia 6 de agosto, com
32,1% de capacidade armazenada. A usina de Machadinho apresenta 62,7%
de capacidade em seus reservatórios. (ONS - 07.08.2006) 4 NE apresenta 78,4% de capacidade armazenada Apresentando
queda de 0,3% em relação à medição do dia 6 de agosto, o Nordeste está
com 78,% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de Sobradinho
opera com 77,7% de volume de capacidade. (ONS - 07.08.2006) 5 Norte tem 72,3% da capacidade de armazenamento O nível
de armazenamento da região Norte está em 72,3% apresentando queda de 0,8%
em relação ao dia 6 de agosto. A usina de Tucuruí opera com 68,6 de volume
de armazenamento. (ONS - 07.08.2006)
Gás e Termoelétricas 1 Governo traça plano para eventual falta de GN O MME estuda em conjunto com o setor privado e governos estaduais plano de contingenciamento para eventual falta de gás natural. Previsto para ficar pronto em 60 dias, o planejamento prevê medidas a serem adotadas em uma eventual escassez do combustível. O secretário de Energia Elétrica do ministério, Ronaldo Schuck, descartou, porém, qualquer problema com o abastecimento da Bolívia. "O abastecimento da Bolívia está garantido. Mas como a demanda vem crescendo muito e ninguém está livre de um acidente como o de abril, estamos preparando um plano de contingenciamento", afirmou. (Agência Estado - 09.08.2006) 2 Negociação entre Petrobrás e YPFB deve ser adiada A Petrobrás
e a YPFB devem prorrogar o prazo das negociações sobre o preço do gás
natural importado pelo Brasil, que vence na semana que vem. As empresas
iniciam hoje, no RJ, a última rodada de conversas, mas admitem que a reunião
pode não ser conclusiva. A Petrobrás mantém a disposição de não aceitar
aumentos, enquanto a YPFB quer elevar o preço para até US$ 8 por mi de
BTU - atualmente, o custo é de US$ 4. O ministro boliviano dos Hidrocarbonetos,
Andrés Soliz Rada, disse ontem que a YPFB pode recorrer à arbitragem internacional
caso não haja consenso e acrescentou que há "uma posição cada vez mais
compreensiva do Brasil em relação à possibilidade de aumentar os preços
de pagamento pelo gás natural" da Bolívia. (O Estado de São Paulo/ O Diário
Catarinense - 09.08.2006) 3 PEC direciona arrecadação de royalties de petróleo e gás Tramita
na Câmara a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 545/06, da deputada
Iriny Lopes (PT-ES), que define a destinação dos royalties pagos à União
pela exploração de petróleo ou GN, de recursos hídricos para geração de
energia elétrica e dos demais recursos minerais. Pela proposta, os royalties
serão destinados a um fundo sendo que 12% desse montante serão repassados
aos órgãos da administração federal que tenham relação direta com a exploração
dos referidos recursos; 33% serão transferidos aos estados; e 55%, aos
municípios. A PEC determina que os recursos sejam aplicados "preferencialmente"
em obras de infra-estrutura e investimentos na área social. Essa distribuição
também deverá seguir critérios geográficos e socioeconômicos. A parcela
destinada aos estados, por exemplo, deverá respeitar as seguintes orientações:
35% do montante serão definidos a partir da população residente; 15% respeitarão
a extensão territorial; e 50% serão repassados em razão inversamente proporcional
aos respectivos IDH. Já a parcela relativa aos municípios será distribuída
sob os mesmos critérios, mas em proporções diferentes: 25% em função da
população residente; 10% de acordo com a extensão territorial; e 65% segundo
a razão inversa do IDH. (Agência Câmara - 09.08.2006) 4 Projeto piloto tem auto-produção de energia a partir do biocombustível no AC De uma só
vez, cinco comunidades da localidade de Nova Cintra (AC) vão se beneficiar
de um projeto piloto de geração de renda com auto-produção de energia
a partir do biocombustível tirado dos óleos de ouricuri e do buriti. A
sede do projeto se situa às margens do rio Juruá numa área doada pelo
Incra, onde será montada toda a infra-estrutura para a instalação dos
equipamentos das unidades de secagem, de extração de óleo vegetal e de
produção de biocombustível. As obras civis deverão ser concluídas até
o final de setembro, quando começarão a ser instalados os equipamentos
da unidade de extração. Segundo a Eletronorte, até o final do ano, será
montada a unidade de craqueamento de óleo vegetal que produzirá o combustível
para os geradores que serão instalados nas cinco comunidades no início
do próximo ano. (Elétrica - 08.08.2006) 5 Câmara Setorial do Açúcar e Álcoo: preço limita os investimentos O setor sucroalcooleiro espera do governo uma política de incentivos mais clara para a co-geração de energia elétrica a partir do bagaço da cana-de-açúcar. "A maior parte das novas usinas que estão surgindo não incluem investimentos em co-geração", constata o presidente da Câmara Setorial do Açúcar e Álcool, Luiz Carlos Corrêa de Carvalho, diretor da Usina Alto Alegre e da consultoria Canaplan. O problema apontado pelo setor é o preço de cerca de R$ 135 por MW pago pela energia de biomassa no último leilão de energia nova da Aneel. A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, convocou uma reunião com representantes do setor privado e do MME para debater os problemas apresentados no leilão, que visa incentivar a adoção de fontes alternativas de energia, como a biomassa, PCHs e usinas térmicas movidas a óleo combustível. A questão central do encontro girou em torno do Custo Econômico de Curto Prazo (CEC), um cálculo que gera um bônus para os projetos de biomassa de cana sobre o preço acertado no leilão. No último leilão, o baixo preço pago pela energia de biomassa fez com que apenas quatro projetos de bagaço de cana fossem contratados, dos 21 inicialmente apresentados. (Elétrica - 08.08.2006) 6 Linhas de crédito do BNDES estimulam co-geração A alteração na linha de crédito que o BNDES possui para financiar caldeiras de alta pressão, utilizadas para a co-geração foi discutida em reunião na Casa Civil convocada pela ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, com representantes do setor privado e do MME para debater os problemas apresentados no último leilão de energia nova. De acordo com fonte do governo, o banco deve anunciar em breve a ampliação do prazo de carência de dois para três anos e o prazo de pagamento de 12 para 15 anos, na tentativa de estimular mais investimentos na co-geração de energia. (Elétrica - 08.08.2006) 7 Falha em equipamento pára Angra 2 A Usina Angra 2 desligou automaticamente devido à falha de uma das bombas do Sistema de Fluido de Controle da Turbina. A bomba encontra-se em reparo, sem previsão para a unidade retornar à operação. Conforme estabelecido nos procedimentos da empresa, foi declarado Evento Não Usual. O sistema afetado não tem qualquer interação com material radioativo. Todos os sistemas da Usina operaram conforme previsto e não houve liberação de material radioativo tanto para o ambiente interno quanto para o ambiente externo da Central Nuclear. (Eletronuclear - 09.08.2006)
Grandes Consumidores 1 Klabin tem crédito de R$ 1,7 bi O Palácio
do Planalto formalizou ontem duas linhas de financiamento do BNDES para
as indústrias de papéis Klabin (R$ 1,7 bi) e para a rede de lojas Magazine
Luiza (R$ 50 mi). A Klabin Papéis usará o financiamento num investimento
na ordem de R$ 2,6 bi em Telêmaco Borba, no Paraná. O presidente do BNDES,
Demian Fiocca, disse que o financiamento para a Klabin é o quinto maior
da história do banco. O financiamento terá juros de 12% ao ano, incluindo
TJLP e spreads bancários. Os investimentos da Klabin permitirão aumento
da produção de papéis, de atualmente 680 mil toneladas para 1,1 mi de
toneladas por ano e aumento nas exportações da empresa para US$ 1,5 bi,
no período entre 2008 e 2016. O investimento permitirá também à Klabin
aumentar em 34 mil hectares o cultivo de florestas de pinus e eucalipto
no Paraná, até 2008. O empresário Pedro Piva, da Klabin, ressaltou que
o financiamento permitirá que o grupo implante a primeira máquina de produzir
papel de grande porte, em 12 anos, no País. (O Estado de São Paulo - 09.08.2006)
2 Suzano vai construir terminal marítimo A Suzano
Petroquímica vai investir R$ 100 mi na unidade Duque de Caxias no período
2006-2007, segundo o gerente industrial da empresa, Sérgio Fernandes.
Os investimentos terão como objetivo a construção de um terminal marítimo
próprio para recebimento de matérias-primas e, ainda, o aumento da capacidade
instalada. A implantação do novo terminal terá início ainda no mês de
agosto. (O Estado de São Paulo - 09.08.2006)
Economia Brasileira 1 Mantega: menores taxas de crédito impulsionam crescimento O ministro Guido Mantega afirmou que a economia brasileira terá um crescimento mais acelerado neste segundo semestre impulsionado pelas menores taxas de empréstimo. Para ele, a economia tem condições de crescer entre 4% e 4,5% neste ano, estimulado pelo aumento do consumo entre as camadas mais pobres da população. "O mercado interno é o que mais cresce no Brasil. Milhões de brasileiros estão começando a fazer parte do mercado consumidor doméstico por causa do aumento de suas rendas e do acesso ao crédito". De acordo com Mantega, a inflação está controlada, permitindo que o BC continue cortando a Selic. O ministro reiterou que o Brasil tem condições de diminuir para 5% os juros reais nos próximos anos e que deverá atingir em 2007 a classificação de grau de investimento. (Folha de São Paulo - 09.08.2006) 2 FGV: Mudança de humor não deve elevar inflação Segundo a última sondagem da FGV, o empresariado pretende elevar os preços de seus produtos no terceiro trimestre. O economista Celso Toledo calcula que os preços industriais deverão crescer, no atacado, cerca de 8% ao ano, o que pode ser considerado alto, podendo ensejar preocupação sobre o eventual impacto sobre preços ao consumidor. A comparação dos dados atuais com o histórico dos últimos anos, no entanto, sugere que a inflação ao consumidor deverá ser igual à metade da elevação esperada dos preços no atacado, algo em torno de 4% ao ano. "Não se deve temer, portanto, que as intenções reveladas pelos empresários sejam sementes inflacionárias." (Folha de São Paulo - 09.08.2006) 3
BNDES tira o risco cambial de empréstimo 4 IBGE: Produção industrial cai em 10 de 14 regiões A produção
industrial apresentou em junho queda em 10 dentre 14 regiões brasileiras,
segundo o IBGE.Apenas Espírito Santo, Pernambuco, Ceará e Pará registraram
avanço. O maior recuo ocorreu no Amazonas, com decréscimo de 5,4%. O Paraná
ficou em segundo lugar com queda de 4,3%. São Paulo apresentou baixa de
2,3%. Na comparação com junho de 2005, houve recuo em 6 das 14 regiões.
Os desempenho do Espírito Santo reflete o com bom desempenho da indústria
de transformação e extrativa na região. (Valor Econômico - 09.08.2006)
5 IGP-DI avança 0,17% em julho O IGP-DI
apresentou alta de 0,17% em julho. Nos 12 meses encerrados em julho, o
indicador acumula avanço de 1,56%. No ano, a variação é positiva em 1,45%.
O IPA subiu 0,17%, a uva, o arroz em casca e o minério de ferro estiveram
entre as maiores influências positivas, com alta respectiva de 25,60%,
14,01% e 8,34%. Os Bens Intermediários caíram 0,21%, os Bens Finais tiveram
incremento de 0,58%. O indicador de Matérias-Primas Brutas elevou-se 0,37%.
IPC aumentou 0,06% em julho, tendo maiores contribuições nos grupos Alimentação
e Transportes. (Valor Econômico - 09.08.2006) O dólar comercial abriu o dia em baixa perante o fechamento de ontem, a R$ 2,1660. Às 9h27, a moeda recuava 0,36%, cotada a R$ 2,1680 na compra e a R$ 2,17 na venda. Ontem, o dólar comercial declinou 0,36%, a R$ 2,1760 na compra e R$ 2,1780 na venda. (Valor Online - 09.08.2006)
Internacional 1 Venezuela licita exploração e exportação de gás A Venezuela
lançou ontem um processo de licitação internacional para oferecer contratos
de exploração e exportação de gás, em quatro blocos já identificados pela
PDVSA, informou o ministro da Energia, Rafael Ramírez. Três dos blocos
licitados ficam ao norte da Ilha de Margarita, e o quarto em Punta Pescador.
"Essas áreas são potencialmente prolíficas em hidrocarbonetos gasosos
e de baixo risco exploratório", disse Ramírez, segundo quem a potencialidade
dos blocos ofertados "está na ordem de 308 bilhões de m³. A PDVSA oferece
às empresas estrangeiras uma participação acionária de 65% em três dos
projetos licitados, e de 30% em um quarto, com contratos que vão de 20
a 35 anos. Trinta e seis empresas foram convidadas para a licitação, entre
elas a Petrobras, as americanas Chevron, Conoco e Exxon-Mobil, a anglo-holandesa
Shell, as russas Gazprom e Lukoil, a iraniana Petropars, a norueguesa
Statoil e a japonesa Teikoku. O período de cumprimento do programa mínimo
exploratório é de quatro anos, com opção de um ano adicional. (Jornal
do Commercio- 09.08.2006) 2 Rússia investirá US$ 74 bi em expansão energética O governo
da Itália instou ontem a UE a diversificar seus suprimentos de energia,
depois que estatais de petróleo e gás da Rússia e da Argélia informaram
que cooperarão na produção e refino de combustíveis. Ao mesmo tempo, a
Rússia anunciou ontem que investirá US$ 74 bi até 2010, no aumento da
produção de energia, para suprir o seu mercado interno. A estatal OAO
Unified Energy System diz que a soma de US$ 74 bi será investida nas suas
doze subsidiárias. A capacidade de geração de energia deverá ser aumentada
em 20.9 GW, cerca de 13% da capacidade atual de geração da empresa. Cerca
de 25% dos investimentos serão feitos em usinas térmicas e o restante
será aplicado em usinas hidroelétricas. Já a aproximação com a Argélia
envolve um acordo entre a paraestatal OAO Gazprom e a petrolífera argelina
Sonatrach. As duas empresas concordaram, na semana passada, em trabalhar
juntas. "O acordo entre duas das maiores fornecedoras de gás da Europa
poderá pressionar os preços na economia", disse ontem o ministro italiano
de Indústria, Pierluigi Bersani. Já Paolo Sacaroni, executivo-chefe da
estatal petrolífera italiana Eni SpA , diz que uma aliança entre as maiores
empresas da Rússia e da Argélia "levará à criação de uma Opep do gás natural".
(DCI - 09.08.2006) 3 Colômbia: Uribe pretende privatizar a maior termelétrica O presidente colombiano, Álvaro Uribe, deu início ontem, em caráter oficial, ao segundo mandato com a proposta de privatizar a Corelca, maior empresa geradora e comercializadora de energia térmica do país. Uribe expôs a iniciativa em um encontro com governadores e prefeitos do litoral colombiano, em uma base militar aérea próxima a Barranquilla (norte) para avaliar o avanço de projetos regionais. A diretora do DNP, Carolina Rentería, e os ministros Carlos Martinez e Andrés Uriel Galego, acompanharam Uribe na cerimônia. "Venho propor que o governo possa vender a Corelca para aplicar esses recursos com o objetivo de contribuir para o financiamento das obras de infra-estrutura de competitividade do mar do Caribe", disse García. Os valores da privatização, que não foram revelados, "seriam destinados a um fundo de financiamento de obras de infra-estrutura". A companhia regional de eletricidade tem em funcionamento quatro fábricas, com capacidade efetiva de geração de 1.387,9 MW, e cobre sete estados, seis deles no litoral. (Gazeta Mercantil - 09.08.2006)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
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