l IFE: nº 1.865 - 08
de agosto de 2006 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Leilões Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional Biblioteca
Virtual do SEE
Regulação e Reestruturação do Setor 1 Distribuidores temem novo ciclo de revisões tarifárias Terminado
esse primeiro ciclo de revisões tarifárias, a Aneel divulgou propostas
para fazer mudanças importantes na metodologia do segundo ciclo. Se essas
mudanças forem feitas sem ajustes, alertam representantes das concessionárias,
os investimentos não serão reconhecidos adequadamente pela agência reguladora
e as receitas crescerão menos do que seria justo, prejudicando o balanço
das distribuidoras. Para os consumidores, a preocupação é a contrária:
que os fatores que definem o percentual da revisão tarifária elevem demais
as contas de luz - levando à perda de competitividade, no caso das indústrias,
por exemplo. Na quarta-feira passada, uma audiência pública reuniu mais
de 200 executivos no auditório da Aneel. Representantes de grandes indústrias
consumidoras de energia também registraram suas contribuições. (Valor
Econômico - 08.08.2006) 2 Nova metodologia de revisão tarifária: nível de inadimplência Um dos pontos
mais polêmicos da nova metodologia de revisão tarifária foi o nível de
inadimplência que deve ter uma "empresa de referência" do setor, segundo
conceitos da Aneel. O órgão regulador sugere o índice de 0,2% como provisão
de inadimplência regulatória calculada sobre o faturamento bruto da distribuidora,
sem o ICMS. Esse índice não é para cobrir o atraso eventual no pagamento
das contas, mas as "perdas irrecuperáveis". A agência tenta estimular
as concessionárias a combater a inadimplência para reduzir a conta dos
consumidores que pagam as contas em dia. As distribuidoras concordam com
a teoria, mas reagiram ao índice de 0,2%. "Esse valor está descolado da
realidade brasileira", contestou Solange Ribeiro, diretora de regulação
do Grupo Neoenergia. Segundo ela, uma das distribuidoras do grupo, com
400 mil consumidores, tem 33 mil sujeitos a corte no fornecimento. A Associação
Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) endossa a crítica.
Levantamento da entidade mostra o percentual do faturamento bruto que,
após 15 a 18 meses do lançamento das faturas, as concessionárias não conseguem
recuperar entre 0,6% a 4,5% do total, segundo Fernando Maia, diretor-técnico
da Abradee. Nem as mais eficientes atingiram a meta sugerida pela Aneel.
(Valor Econômico - 08.08.2006) 3 Nova metodologia de revisão tarifária: meta para o combate ao furto A Aneel
pretende incluir na nova metodologia da revisão tarifária uma meta para
o combate ao furto de energia. O não-cumprimento poderá acarretar desvantagens
no momento de calcular a revisão das tarifas. No primeiro ciclo das revisões,
uma amostra da Aneel constatou perdas técnicas de 8,1% e não-técnicas
de 5,6%. As perdas técnicas se referem à quantidade de energia dissipada
entre a distribuição e o consumidor. As não-técnicas são, simplificadamente,
erros de medição e furto. O representante da Celpe, Fabiano Carvalho,
reclamou que os investimentos feitos em ações de combate às perdas não
foram considerados. "É preciso considerar na tarifa os custos e investimentos
adicionais para a manutenção das perdas em níveis eficientes", afirmou
Carvalho. A Ampla, ex-Cerj, deu uma noção do tamanho do problema. De 1997
a 2006, investiu R$ 1,2 bilhão em combate a perdas, mas o índice diminuiu
só quatro pontos percentuais, de 25,4% para 21,1% no período. (Valor Econômico
- 08.08.2006) 4
Nova metodologia de revisão tarifária: correção da base de remuneração
dos ativos 5 Nova metodologia de revisão tarifária: "fator X" Do lado
dos clientes, principalmente as grandes indústrias, um fator de preocupação
na nova metodologia da revisão tarifária da Aneel é a exclusão do índice
de satisfação do consumidor do chamado "fator X". Ele é uma espécie de
meta de produtividade imposta pela Aneel, levando em conta os ganhos de
eficiência obtidos nos anos anteriores, e geralmente traz descontos que
beneficiam os consumidores. Até agora, um dos componentes do fator X era
uma pesquisa anual da Aneel com consumidores de todo o país. Estabelecia-se
uma nota de corte, e se a distribuidora ficasse abaixo dela, em tese,
era um sinal de que seus consumidores estavam insatisfeitos e, portanto,
deveriam receber um desconto adicional nas contas de luz. Agora, a Aneel
sugeriu a retirada da pesquisa no cálculo do fator X. O Instituto Brasileiro
de Siderurgia (IBS) se opõe frontalmente. "Enquanto não houver um mecanismo
que reflita melhor o grau de satisfação dos consumidores com os serviços
prestados pelas concessionárias, o IASC (Índice Anual de Satisfação do
Consumidor) não pode ser retirado do fator X", disse Cláudio Lindenmeyer,
do IBS. Diante de tantas posições antagônicas, o trabalho da Aneel dificilmente
conciliará todos os interesses. (Valor Econômico - 08.08.2006) 6 Nova metodologia de revisão tarifária: Aneel não tem posição fechada As áreas
técnicas da Aneel vão finalizar as suas análises da nova metodologia de
revisão tarifária no dia 29. As minutas de resolução serão divulgadas
em 14 de setembro. Uma decisão final é aguardada para a última semana
de setembro. O diretor-geral Jerson Kelman garante que a Aneel não tem
posição fechada sobre nada e vai considerar todas as contribuições. Para
ele, o mais importante é garantir a estabilidade das regras e, principalmente,
não fazer com que as decisões de agora contaminem as contas antigas das
distribuidoras. (Valor Econômico - 08.08.2006) 7 Governo sugere IPCA para aumento anual A equipe econômica parece disposta a ressuscitar o debate sobre a troca de indexadores para corrigir as contas de luz. Em parecer encaminhado na última semana de julho à Aneel, a Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) do Ministério da Fazenda defende a adoção do IPCA como base para o índice de reajuste anual das tarifas praticadas pelas distribuidoras. Hoje, os reajustes ordinários de cada ano têm o IGPM como taxa de referência. O documento da Seae foi preparado com o objetivo de contribuir com outra discussão: a mudança da metodologia aplicada pela Aneel às revisões tarifárias, que são feitas a cada quatro anos para "corrigir" distorções acumuladas durante os períodos de reajustes ordinários. O parecer faz uma ampla análise das propostas feitas pela Aneel, mas acaba surpreendendo mesmo por voltar a falar na substituição do IGPM pelo IPCA. Segundo o secretário Marcelo Saintive, que assina o parecer, o IPCA reflete melhor a percepção de gastos do consumidor, por estar baseada na Pesquisa de Orçamento Familiar. Para ler na íntegra o documento da Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae), clique aqui. (Valor Econômico - 08.08.2006) 8
Projeto pode transferir para concessionárias custos de instalação de medidores
9 Deputado pede auditoria no Complexo de Belo Monte O deputado
federal Nicias Ribeiro (PSDB) apresentou requerimento para que a Comissão
de Minas e Energia da Câmara encaminhe ofício ao Conselho Federal de Engenharia,
Arquitetura e Agronomia (Confea) solicitando da entidade uma auditoria
no orçamento de custos para a construção do Complexo Hidrelétrico de Belo
Monte, no rio Xingu, oeste do Pará. O projeto foi encaminhado à Aneel
em fevereiro de 2002, conjuntamente pela Eletrobrás e Eletronorte. O objetivo
da auditoria seria esclarecer o real dimensionamento da usina, avaliando,
inclusive, o seu desempenho em relação as demais usinas do seu nível existentes
no mundo. Segundo o deputado, a idéia de se aproveitar o potencial hidrelétrico
da volta grande do rio Xingu já se arrasta há mais de 20 anos. (Eletrosul
- 07.08.2006) 10
Tese sobre Rentabilidade e Solvência das Distribuidoras
Empresas A Coelba
obteve um lucro líquido de R$ 245,2 mi no 1o semestre deste ano.É uma
redução de 31,7% em relação a 2005 (R$ 359,2 mi). O EBITDA/LAJIDA no período
de janeiro a junho deste ano foi de R$ 488,6 mi, representando redução
de 25,3% em relação ao mesmo período de 2005 (R$ 654,5 mi). A receita
operacional bruta totalizou R$ 1,96 bi no semestre, um crescimento de
2,49% em relação à obtida no 1o semestre de 2005 (R$ 1,91 bi). A receita
líquida registrada nos seis primeiros meses deste ano somou R$ 1,33 bi,
4,7% inferior à receita líquida apurada no mesmo período de 2005, que
foi de R$ 1,4 bi. O fornecimento de energia elétrica atingiu a marca de
5.296.612 MWh, no 1o semestre, representando um crescimento de 4,1% em
relação a 2005. Em junho de 2006, o número de consumidores apresentou
um crescimento de 5,68% em relação ao mesmo período de 2005, um incremento
de 212.280 novos consumidores. Os investimentos totais da Coelba no 1o
semestre de 2006 atingiram o montante de R$ 329 mi. (Coelba - 07.08.2006)
A Celpe registrou lucro de R$ 116,2 mi no 1o semestre de 2006, valor 89,93% superior ao de 2005 que foi de R$ 61,2 mi. A receita bruta foi de R$ 1,4 bi neste 1o semestre, 31,80% maior que em 2005. A receita líquida da Celpe fechou neste 1o semestre em R$ 995,3 mi, 33% superior aos R$ 746,5 mi de 2005. O resultado operacional ficou em R$ 142,7 mi entre janeiro e junho deste ano, ante os R$ 90,1 mi de 2005, um aumento de 58,30%. Já no 2o trimestre deste ano, o lucro da Celpe foi de R$ 77 mi, superior em 344,32% se comparado a 2005, quando foram obtidos R$ 17,3 mi. A receita bruta ficou em R$ 766,1 mi no período abril-junho de 2006, valor 30,33% acima dos R$ 587,8 mi apurados em 2005. A Celpe obteve receita líquida de R$ 515,9 mi no 2o trimestre deste ano, aumentando em 36,76% o montante de R$ 377,2 mi fechado em 2005. O resultado operacional subiu 203,94% no 2o trimestre de 2006, em relação a igual período de 2005, ao apurar, respectivamente, R$ 80,9 mi contra R$ 26,6 mi. (Investnews - 07.08.2006) A Cosern
registrou lucro de R$ 56,6 mi no 1o semestre deste ano, valor 10,08% acima
dos R$ 51,4 mi verificados em 2005. A receita bruta chegou neste ano a
R$ 461,6 mi, elevando o montante em 10,59% em comparação com os R$ 417,4
mi totalizados em 2005. A receita líquida chegou a R$ 327,8 mi nos seis
primeiros meses de 2006, 8,65% superior ao montante de R$ 301,6 mi apurado
em 2005. A Cosern teve ainda resultado operacional de R$ 71,2 mi no período
janeiro-junho de 2006, valor 10,71% inferior ao obtido nos primeiros seis
meses de 2005, de R$ 79,8 mi. A Cosern verificou ainda lucro de R$ 28,1
mi no 2o trimestre de 2006, 14,78% acima dos R$ 24,5 mi registrados em
igual período em 2005. A receita bruta alcançou R$ 230,7 mi no período
abril-junho, elevando em 5,36% o resultado de R$ 219 mi totalizados em
2005. Já a receita líquida apurou R$ 164,3 mi no 2o trimestre, contra
R$ 155,2 mi somados no mesmo período de 2005 - acréscimo de 5,82%. A Cosern
obteve ainda resultado operacional de R$ 27,9 mi no 2o trimestre, valor
26,58% inferior ao montante totalizado pela companhia em igual período
no ano passado, de R$ 38 mi. (Agência Canal Energia - 07.08.2006) 4
ABN Amro: Eletrobrás promete excelentes resultados 5 Malucelli Energia constrói hidrelétrica em Goiás Utilizando
a sinergia existente entre as empresas do grupo paranaense J. Malucelli,
a J. Malucelli Energia S.A. colocou em operação a sua primeira usina hidrelétrica,
construída no estado de Goiás. A Usina Hidroelétrica de Espora tem uma
potência instalada de 32 MW. Nela foram investidos cerca de R$ 150 mi
e resultou na criação da concessionária de energia Espora Energética S.A.,
onde a J. Malucelli Energia S.A. tem 43,7% de participação. "O nosso desejo
é que o setor de energia em pouco tempo represente entre 20% a 30% do
faturamento do grupo que, em 2006, deverá ser de R$ 1 bi. Para 2007 já
projetamos um crescimento para R$ 1 bi e 200 mi", explica o diretor presidente
do grupo, Joel Malucelli. (Gazeta Mercantil - 08.08.2006) No pregão
do dia 07-08-2006, o IBOVESPA fechou a 37.697,55 pontos, representando
uma baixa de 0,40% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$
1,35 bilhão. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de
0,91%, fechando a 11.688,39 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte
comportamento: ficaram cotadas a R$ 49,20 ON e R$ 44,90 PNB, alta de 2,93%
e 2,86%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior.
Na abertura do pregão do dia 08-08-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas
a R$ 49,20 as ações ON, estável em relação ao dia anterior e R$ 44,90
as ações PNB, estável em relação ao dia anterior. (Investshop - 08.08.2006)
A Eletrobrás começou a comercializar na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica a energia gerada pelo parque eólico Rio do Fogo, situado no Rio Grande do Norte. O parque, que faz parte do Proinfa, tem capacidade de gerar 49,3 MW, mas, nesse primeiro momento, a Eletrobrás comercializa 42,1 MW (85% do total). (Eletrosul - 07.08.2006) Apontadas como vilãs da conta de luz da baixa renda, as velhas geladeiras de 1.300 famílias serão trocadas pela Celpe para tornar o consumo desses clientes mais eficiente. (Eletrosul - 07.08.2006) A Light lança dia 08/08/2006, o projeto Light nas Escolas III. A iniciativa levará a escolas da rede pública do RJ, dicas do uso eficiente de energia. A empresa apresentará detalhes do projeto para representantes da Secretaria Municipal de Educação, diretores e coordenadores das escolas selecionadas. (Agência Canal Energia - 08.08.2006)
Leilões 1 Alusa pede adiamento de leilão de LTs A direção
da Alusa entrou com mandado de segurança pedindo o adiamento do leilão
de linhas de transmissão, marcado para o dia 18 de agosto .A Alusa contesta
a adoção de critérios de revisão tarifária no edital, e a empresa quer
o adiamento do leilão até a definição do processo de revisão tarifária,
cuja metodologia ainda está em análise pela Aneel. Segundo José Luiz Godoy,
diretor financeiro da Alusa, o edital do leilão de transmissão prevê a
realização de revisão tarifária, mas não deixa claro quais seriam os critérios
da revisão. (Elétrica - 07.08.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Consumo sobe 3,1% no 1º semestre O montante
de energia elétrica consumido por consumidores cativos e livres no Brasil
totalizou 171.982 GWh no primeiro semestre de 2006, registrando crescimento
de 3,1% na comparação com o mesmo período do ano anterior. De acordo com
levantamento divulgado pelo presidente da EPE, Mauricio Tolmasquim, o
mercado no mês de junho apresentou um salto de 1,7%, com 28.266 GWh demandados.
No semestre, foram incorporados aos sistemas de distribuição das concessionárias
998 mil novos consumidores, com uma média de 165 mil ligações/mês. Tal
acréscimo reflete não só o aumento vegetativo de consumidores, mas também
aquele decorrente do Programa Luz para Todos, responsável por 283 mil
ligações. A classe residencial cresceu 3,5%. O consumo industrial, que
normalmente acompanha o desempenho da economia, expandiu 2,0% frente ao
primeiro semestre de 2005, pouco abaixo do crescimento da produção industrial
no país no mesmo período (2,6%), de acordo com informações do IBGE. A
classe comercial e o conjunto denominado "Outros" ampliaram o consumo
em 4,3% e 4,4%, respectivamente, mantendo-se na liderança do crescimento
do mercado, a exemplo do que já havia ocorrido em 2005. Quanto aos resultados
por região, o melhor desempenho do mercado frente ao primeiro semestre
de 2005 ocorreu no Nordeste, com a taxa de 4,0%. As demais regiões apresentaram
expansão em torno dos 3%. (EPE - 08.08.2006) 2 Crescimento do consumo é marcado por 2 momentos distintos O primeiro semestre caracterizou-se por dois períodos distintos no que toca o crescimento do mercado de energia elétrica em relação ao ano anterior. No primeiro trimestre, o crescimento do consumo total foi de 4,5%, acima do crescimento de 3,4% do PIB. Neste período, a classe residencial registrou aumento de 4,4% no seu consumo, a industrial de 3% e a comercial de 7,0%. O agregado das demais classes de consumo registrou acréscimo de 6,4%. Já no segundo trimestre, o crescimento do consumo total de energia elétrica foi baixo, de 1,7%. Todas as classes de consumo também apontaram nível de crescimento mais baixo que o ocorrido no primeiro trimestre: 2,5% (residencial), 1,1% (industrial), 1,6% (comercial) e 2,4% (outras classes). A queda no nível de crescimento do mercado do primeiro para o segundo trimestre se deveu a alguns fatores, entre os quais: temperaturas médias mais baixas; queda no nível de crescimento da produção industrial; menor número de dias úteis; consumo industrial mais baixo no segundo trimestre e a continuada estiagem no Sul do país, afetando a produção agrícola e industrial na região. (EPE - 08.08.2006) 3 Tolmasquim: baixo crescimento do 2º trimestre não se repetirá no ano Segundo
o presidente da EPE, o baixo crescimento do mercado no segundo trimestre
de 2006 (1,7%) não deverá se repetir no segundo semestre do ano, tendo
em vista que foi provocado por um conjunto de questões, muitas delas de
cunho conjuntural. Os indicadores econômicos apontam para um segundo semestre
com atividade industrial melhor que a do primeiro semestre, o que refletirá
positivamente sobre o consumo industrial. Para a economia como um todo,
a perspectiva é de crescimento entre 4% e 4,5%, portanto acima do crescimento
do ano passado, que foi de 2,3%. Essa expectativa de melhor dinamismo
para a economia no segundo semestre refletirá sobre o mercado de energia
elétrica, que deverá fechar o ano 2006 com um crescimento entre 4,4% e
5,0%. (EPE - 08.08.2006) 4 Especialista diz que risco de racionamento é especulação A possibilidade
de um futuro déficit energético não passa de mera especulação. A opinião
é do especialista em Conservação de Energia e Programa Energético Brasileiro
da (UFF), Fady Castor. O especialista disse que o modelo baseado em hidroeletricidade,
trabalha com margem de segurança de dois ou três anos e que a rede de
transmissão atual é integrada e confiável. "Risco sempre existe, mas o
sistema brasileiro trabalha com folga. Por isso, a curto e médio prazo
não há risco de racionamento", garantiu Castor. (Furnas - 07.08.2006)
5 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 68,6% O nível
de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 68,6%, apresentando
queda de 0,2% em relação à medição do dia 5 de agosto. A usina de Furnas
atinge 77% de volume de capacidade. (ONS - 06.08.2006) 6 Sul: nível dos reservatórios está em 32,1% A região
Sul apresentou alta de 0,1% em relação à medição do dia 5 de agosto, com
32,1% de capacidade armazenada. A usina de Machadinho apresenta 65,6%
de capacidade em seus reservatórios. (ONS - 06.08.2006) 7 NE apresenta 78,7% de capacidade armazenada Apresentando
queda de 0,2% em relação à medição do dia 5 de agosto, o Nordeste está
com 78,7% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de Sobradinho
opera com 78,1% de volume de capacidade. (ONS - 06.08.2006) 8 Norte tem 73,1% da capacidade de armazenamento O nível
de armazenamento da região Norte está em 73,1% apresentando queda de 0,5%
em relação ao dia 5 de agosto. A usina de Tucuruí opera com 69,6% de volume
de armazenamento. (ONS - 06.08.2006)
Gás e Termoelétricas 1 Petrobras quer atingir 30 milhões de m³ na Bolívia A Petrobras continua a trabalhar na Bolívia para aumentar a produção de gás natural até atingir a capacidade máxima de transporte de 30 milhões de m³ por dia, via Gasbol. Hoje o fluxo médio de transporte é de cerca de 24 milhões de metros cúbicos/dia, disse ontem o diretor da área internacional da Petrobras, Nestor Cerveró. Ele negou que o desenvolvimento da produção de gás signifique uma retomada dos investimentos da Petrobras na Bolívia. Para aumentar a produção, a Petrobras está perfurando um quinto poço no Campo de San Antonio, na Bolívia. O objetivo da Petrobras é cumprir o contrato de compra do gás boliviano, que termina em 2019. Com essa estratégia, a estatal poderá eventualmente perfurar mais poços para compensar a queda de produção em poços mais antigos. Cerveró reconheceu, porém, que a estatal abandonou o projeto de ampliar a capacidade de transporte do Gasbol em projeto que demandaria investimento da estatal entre US$ 1,5 bi e US$ 2 bi. O diretor informou ainda que não existe definição sobre a revisão do preço de gás nas negociações com a Bolívia. (Valor Econômico - 08.08.2006) 2 Petrobras investirá US$ 2 bi em projeto de gás com PDVSA A Petrobras
espera concluir negociações e assinar até o fim do ano acordo que envolve
um projeto de gás natural com a venezuelana PDVSA. O empreendimento inclui
a produção de gás em mar na Venezuela e construção de uma unidade de GNL,
prevista para operar em 2011. O investimento da Petrobras no projeto será
de US$ 2 bi, disse o diretor, Nestor Cerveró. O executivo informou que
a unidade de GNL deverá ter capacidade inicial de produção e 20 milhões
de m³ por dia. Parte deste gás, após ser liquefeito, será exportado e
poderá atender ao mercado brasileiro. O projeto também contempla o início
da produção offshore de gás na região de Mariscal Sucre, a partir de 2009-2010.
Segundo Cerveró, a Petrobras é a PDVSA irão criar uma terceira empresa,
que será a responsável pelo negócio: "Mariscal Sucre é o nome do projeto,
que envolve vários campos de produção de gás e liquefação. Vamos criar
uma empresa mista (para gerir o negócio) em que a PDVSA terá 65% e nós,
35%. A venda do gás na Venezuela será centralizada pela PDVSA", disse.
(Valor Econômico - 08.08.2006) 3 Petrobras discute associação com a PetroPeru O presidente
da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, se encontrará com o presidente do
Peru, Alan García, para discutir a possibilidade de uma associação entre
a estatal brasileira e a PetroPeru. A Petrobras tem interesse em investir
principalmente na área de gás no Peru. A viagem de Gabrielli atende pedido
feito pelo próprio Alan García ao presidente Lula para que a Petrobras
se tornasse sócia da PetroPeru. García disse a Lula que o Peru não tem
conhecimento tecnológico suficiente para explorar petróleo e gás. A parceria
da Petrobras com a PetroPeru pode ser encarada de duas formas. No curto
prazo, mais um lance no jogo de xadrez da disputa política pelo poder
na América do Sul entre Lula e seu colega venezuelano Hugo Chávez. Já
no médio e longo prazos, a associação com a PetroPeru pode ser importante
para a Petrobras para o fornecimento de gás natural para o Brasil. O Peru
está construindo a segunda unidade de GNL da América do Sul e o produto
pode abastecer o mercado brasileiro, o que ajudaria a reduzir a dependência
que existe atualmente do gás boliviano. (Folha de São Paulo - 08.08.2006)
4 Filial argentina da Petrobras tem lucro de US$ 221 mi Petrobras
Energía Participaciones, filial argentina da Petrobras, obteve um lucro
líquido de cerca de US$ 221 mi no 1o semestre do ano, 27,5% a mais do
que no ano passado. Porém, os ganhos líquidos do 2o trimestre do ano foram
de US$ 99,3 mi - uma baixa anualizada de 19,6%. Os lucros brutos do 1o
semestre foram de US$ 646,6 mi, com uma alta de 10,6% frente ao mesmo
período de 2005. O lucro semestral por exploração totalizou US$ 432,6
mi, o que representa um aumento de 9,16% em comparação a 2005. As vendas
líquidas totais da filial argentina alcançaram, entre janeiro e junho,
US$ 1,9 bi, com um aumento anualizado de 14,9%. O patrimônio líquido aumentou
em 13% no período, para US$ 1,9 bilhão. (Elétrica - 07.08.2006) 5 Petrobras dobra investimento no exterior A Petrobras vai investir duas vezes mais no exterior entre 2007 e 2011, na comparação com o planejamento estratégico divulgado no ano anterior, que envolvia o período entre 2006 e 2010. Em nota, a empresa anunciou um orçamento de US$ 12,1 bi nos próximos cinco anos. As atividades de Exploração e Produção ficarão com 70,2% deste valor, com foco no Oeste da África, especialmente Nigéria e Angola, e o Golfo do México, em função das perspectivas de exploração em águas profundas. A segunda maior parcela de investimentos, de 24,8%, será destinada às atividades de refino e comercialização. A empresa irá ainda investir em petroquímica, distribuição e gás e energia. Dos US$ 12,1 bi, 28% irão para a AL, 23% para a América do Norte, 16% (para a África e 33% para novos projetos não detalhados. "A estratégia corporativa da Petrobras no Plano de Negócios para o período 2007 - 2011 é de liderança no mercado de petróleo, gás natural, derivados e biocombustíveis na AL atuando como empresa integrada de energia, com expansão seletiva na petroquímica, em energia renovável e na atividade internacional', diz a empresa. (Hoje em dia - 08.08.2006) 6 ANP reafirma foco no gás natural A ANP reafirmou que a 8ª Rodada de Licitações de Blocos Exploratórios terá como foco as áreas com potencial para a exploração e produção de gás natural. "Serão ofertados 284 blocos em 14 setores de sete bacias sedimentares do país". A ANP confirmou que a rodada manterá o modelo adotado anteriormente, "com a oferta de blocos em setores de elevado potencial, de novas fronteiras e em bacias maduras". Entre estes, 35 blocos marítimos em cinco setores das bacias do Espírito Santo e de Santos. Serão incluídos, ainda, 153 blocos em setores considerados como novas fronteiras marítimas. "O objetivo, nessas áreas, é possibilitar o surgimento de novas zonas de produção nas bacias de Barreirinhas, Espírito Santo, Pará-Maranhão, Pelotas, Santos e Sergipe-Alagoas", afirma a agência. Na categoria de novas fronteiras terrestres, serão incluídos 47 blocos em um setor na bacia de Tucano Sul, com o objetivo de atrair investimentos e aumentar o conhecimento geológico na área. Também serão ofertadas 49 áreas classificadas como maduras da bacia terrestre de Sergipe-Alagoas. (Agência Brasil - 07.08.2006) 7 Pioneiros Bioenergia inaugura termelétrica no interior de São Paulo A Pioneiros Bioenergia inaugura no dia 10 de agosto a termelétrica Pioneiros, no município de Sud Menuucci, em São Paulo. Com capacidade de produção de 142.300 MWh/ano, a nova central, que utilizará como combustível bagaço da cana-de-açúcar, foi construída com recursos exclusivos da iniciativa privada, no valor de R$ 70 mi. Com o aumento da geração, será possível fornecer energia ao SIN, através da Eletrobrás. (Agência Canal Energia - 07.08.2006) 8 Aneel autoriza instalação de duas térmicas no país A Aneel autorizou instalação de duas térmicas entre 2007 e 2008. A usina Goiânia II, da Brentech Energia, localizada em Aparecida de Goiania (GO), terá capacidade total de 140 MW e 65,3 MW médios de garantia física de energia. A térmica goiania terá 88 unidades geradoras com 1,6 MW cada, utilizando óleo combustível. Segundo cronograma aprovado pela Aneel, as obras civis dever começar até 1º de março de 2008 e o início da operação comercial, até 1º de janeiro de 2009. Em São Paulo, a empresa Usina Interlagos instalará uma térmica de 40 MW no município de Pereira Barreto. As obras já começaram, de acordo com o cronograma, e começo de operação comercial previsto para até 1º de maio de 2007. A térmica utilizará bagaço de cana de açúcar como combustível. (Agência Canal Energia - 07.08.2006) 9 Termope: lucro de R$ 55,262 mi no 1o semestre A Termopernambuco registrou lucro líquido de R$ 55,2 mi no 1o semestre deste ano, menor que os R$ 58,5 mi apurados em 2005. No 2o trimestre deste ano, o lucro de R$ 29,2 mi recuou 32,55% em relação aos R$ 43,2 mi obtidos em 2005. A empresa teve receita bruta de R$ 266,9 mi no 1o semestre deste ano, resultado inferior aos R$ 278,2 mi de 2005. A receita bruta do 2o trimestre ficou em R$ 128,5 mi, contra R$ 139,9 mi no mesmo trimestre de 2005. A térmica teve receita líquida de R$ 253,1 mi nos primeiros seis meses do ano, contra R$ 250,2 mi nos mesmos meses de 2005. A receita líquida do 2o trimestre foi de R$ 123,8 mi, ante R$ 126,9 mi em 2005. A Termope registrou receita bruta de R$ 138,5 mi de janeiro a junho, acima dos R$ 105,2 mi de 2005. A receita bruta foi R$ 69,3 mi de abril a junho deste ano, ante R$ 55,5 mi em 2005. A térmica alcançou R$ 71 mi em receita operacional no semestre, contra R$ 86,3 mi em igual semestre de 2005. No segundo trimestre, a receita operacional foi de R$ 30,7 mi, ante R$ 68,6 mi de abril a junho de 2005. (Agência Canal Energia - 07.08.2006)
Grandes Consumidores 1 Metalúrgicas de SC investem R$ 300 mi As fundições
catarinenses devem investir quase R$ 300 mi até 2010. Isto representa
um quarto do R$ 1,2 bi que será investido em todo o país para ampliar
a capacidade de produção que já opera próximo do limite. As ampliações
em SC serão proporcionais à produção do Estado que é o terceiro maior
produtor nacional e responde por 24% do total de fundidos feitos no país,
de acordo com o diretor da Abifa para a Região Sul, Mário Krüger. Alguns
dos investimentos estão em andamento. É com esta expectativa que empresários
do segmento abrem a Metalurgia - Feira e Congresso Internacional de Tecnologia
para Fundição, Siderurgia, Forjaria, Alumínio e Serviços. O evento reunirá
até sexta-feira 300 expositores. (O Diário Catarinense - 08.08.2006)
Economia Brasileira 1 Saldo até a primeira semana de agosto é de US$ 25,8 bi A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 25,823 bilhões entre janeiro e a primeira semana de agosto, crescimento de 1,02% na comparação com os US$ 25,562 bilhões de igual período do ano passado. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Neste ano, exportações já somam US$ 76,907 bilhões, 14,7% a mais na comparação com o mesmo período de 2005. O crescimento das vendas ao mercado externo ocorre em ritmo menos acelerado do que o das compras, devido à valorização do real ante o dólar. As importações cresceram 23,1%, para US$ 51,084 bilhões. De acordo com relatório de mercado do Banco Central, analistas reajustaram ligeiramente a aposta sobre o saldo positivo da balança comercial neste ano. A expectativa passou de R$ 40 bilhões para US$ 40,05 bilhões. O novo valor ainda é menor do que os US$ 45 bilhões obtidos durante o ano passado. (Gazeta Mercantil - 08.08.2006) 2 Furlan: Superávit estimado elevado para US$ 42 bi As importações e exportações devem continuar crescendo nos próximos anos, segundo o ministro, que manteve sua estimativa para as exportações em US$ 132 bilhões e anunciou a previsão de US$ 90 bilhões em importações, elevando a projeção de superávit para US$ 42 bilhões. "Estamos com exportações de US$ 128 bilhões em 12 meses e, portanto, faltaria US$ 4 bilhões para completar a meta do ano. No ritmo que estão crescendo as importações achamos que teremos um número muito próximo de US$ 90 bilhões, um pouco menos ou um pouco mais. Com isso teríamos US$ 42 bilhões de saldo", disse o ministro. De acordo com Furlan, esse patamar de importação daria um ritmo de crescimento de 22% no ano, o que praticamente dobraria o valor obtido em 2002, em quatro anos. "Isso é muito bom, porque é um momento em que a economia brasileira se abre sem grandes traumas, com algumas ameaças, mas sem grandes traumas. Tudo isso favorece o consumidor brasileiro que pode escolher melhor produtos de qualidade a preços competitivos", disse. (Gazeta Mercantil - 08.08.2006) 3
IPC-S aumenta 0,21% no mês findo em 7 de agosto, revela FGV O dólar
comercial abriu o dia em queda perante o fechamento de ontem, a R$ 2,1830.
Às 9h45, a moeda tinha ligeiro recuo, de 0,04%, cotada a R$ 2,1830 na
compra e a R$ 2,1850 na venda. Ontem, o dólar comercial avançou 0,13%,
a R$ 2,1840 na compra e R$ 2,1860 na venda. (Valor Online - 08.08.2006)
Internacional 1 Lei para poupar energia na China ficará mais rigorosa O setor
da construção será incluído na revisão da lei para a economia de energia
que deve ser aprovada até o fim deste ano na China. O Comitê Financeiro
e Econômico da Assembléia Nacional Popular e a Comissão Nacional de Reforma
e Desenvolvimento estão revisando a lei, que, embora tenha entrado em
vigor em 1997, não proibiu nenhum dos projetos imobiliários chineses com
óbvio desperdício energético. A atual lei de poupança de energia se concentra
no setor manufatureiro, enquanto a nova emenda afetará também a construção
de edifícios particulares, governamentais e públicos e o setor de transporte,
entre outros setores. A meta do governo para 2006 é reduzir o consumo
de energia em 4% por unidade de PIB. A eficiência da China em seu uso
de energia está muito abaixo da média dos países desenvolvidos e sua dependência
do petróleo é cada vez maior. Segundo o atual plano qüinqüenal (2006-10),
a China deveria reduzir em 20% o total da energia de que necessita para
criar uma unidade de PIB antes de 2010. A emenda, que deve ser aprovada
ainda este ano, possibilitará a punição dos infratores e limitará os novos
projetos que desperdicem energia. (Elétrica - 07.08.2006) 2 AES Corp. dobra lucro no trimestre A AES Corp.
disse que seu lucro quase dobrou no segundo trimestre deste ano com a
elevação dos preços da energia elétrica. O lucro líquido cresceu para
US$ 169 mi, ou US$ 0,25 por ação, a partir dos US$ 85 mi, ou US$ 0,13,
do mesmo período do ano passado. As vendas aumentaram 15%, passando a
totalizar US$ 3,04 bilhões, comparativamente aos US$ 2,65 bilhões anteriores.
A AES se beneficiou com a alta da demanda por energia elétrica nas regiões
onde estão localizadas suas centrais elétricas, como Nova York, Cazaquistão
e Chile. "A receita e a margem bruta mostraram solidez no trimestre, puxadas
pela alta dos preços em todos os segmentos e pelo aumento dos volumes",
disse Victoria Harker, diretora financeira da AES, em conferência por
telefone com analistas. A empresa elevou sua projeção para os lucros de
2006 das divisões operantes há pelo menos um ano para US$ 1,05 por ação,
a partir dos US$ 0,96 anteriores. (Gazeta Mercantil - 08.08.2006)
Biblioteca Virtual do SEE 1 SAINTIVE, Marcelo Barbosa; Chacur, Regina Simões. A Regulação Tarifária e o Comportamento dos Preços Administrados. Secretaria de Acompanhamento Econômico. Brasília, maio de 2006. Para ler
o texto na íntegra, clique aqui. 2 CATAPAN, Edilson Antonio. A Privatização Do Setor Elétrico Brasileiro: Os reflexos na rentabilidade e solvência das empresas distribuidoras de energia. Universidade Federal de Santa Catarina - Tese de Doutorado. Florianópolis, 2005. Para ler
o texto na íntegra, clique aqui.
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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