l IFE: nº 1.856 - 26
de julho de 2006 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Leilões Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Reestruturação do Setor 1 Brasil discute dívida de Itaipu com o Paraguai O Brasil
discute no dia 27 de julho as compensações que serão dadas ao Paraguai,
o qual desde o começo de julho reivindica revisões no Tratado de Itaipu,
para reduzir os juros da dívida da hidrelétrica binacional. A reunião
terá as participações do ministro Guido Mantega, dos ministros de Minas
e Energia de cada um dos países, das empresas Ande (Paraguai) e Eletrobrás,
e dos diretores brasileiro e paraguaio da Itaipu, além de representantes
do ministério do exterior dos dois países. Na reunião também será discutida
a contratação exigida pelo Tratado de Itaipu para a entrada em operação
das duas novas turbinas de 700 MW cada e que estão em fase de testes.
Só depois dessa etapa elas poderão enviar toda sua capacidade de geração
para o Brasil, afastando riscos futuros de racionamento de energia. "A
posição brasileira está bem clara. Vamos tentar convencer o Paraguai a
desistir do seu pedido de retirada do fator de ajuste na dívida da binacional
porque acreditamos que ao longo do tempo ele é um fator de equilíbrio
importante e do qual não podemos abrir mão", explica o diretor brasileiro
da Itaipu, Jorge Miguel Samek. (Gazeta Mercantil - 26.07.2006) 2 Lei proíbe corte de energia no RJ A governadora
do Rio de Janeiro, Rosinha Garotinho, sancionou no dia 25, a lei 4.824,
que proíbe o corte no fornecimento de energia elétrica, água, gás e telefone,
caso as empresas responsáveis pelo fornecimento dos serviços não tenham
plantão de atendimento nesses dias. Mas existem casos que permitem corte
como: quando houver plantão de atendimento para solicitação de religação
aos sábados, domingos e feriados; quando as ligações tiverem sido realizadas
mediante fraude ou de forma clandestina; mediante cumprimento a determinação
judicial, devidamente cientificada; por motivo de acidente que coloque
em risco o patrimônio de terceiros, a segurança ou bem-estar de pessoas
e seres vivos mediante requerimento expressamente formalizado por autoridade
competente, como a defesa civil e o corpo de bombeiros; e para melhoria
do atendimento da coletividade, em caráter emergencial, desde que a cessação
do fornecimento do serviço não perdure por mais de seis horas, durante
o próprio dia do desligamento. (Elétrica - 25.07.2006) 3 Estado do Rio planeja viabilizar implantação de 350 MW em PCHs O secretário
de Energia, Indústria Naval e Petróleo do Rio de Janeiro, Wagner Victer,
disse no dia 25 de julho, que o estado pretende viabilizar a implantação
de um conjunto de 350 MW em PCHs no estado. Segundo ele, alguns desses
ativos são empreendimentos que foram desmobilizados com o incentivo à
construção de grandes usinas. De acordo com Victer, a implementação dessas
usinas demandaria pouco tempo para a apresentação de projeto e de obtenção
de licenciamento ambiental. O secretário confirmou ainda que o estado
já concedeu as licenças prévias de Cambuci e Barra do Pomba, outorgas
que estão listadas para oferta no leilão de energia nova A-5, que acontece
no dia 10 de outubro, pela internet. (Agência Canal Energia - 25.07.2006)
4
Bovespa: setor elétrico teve um dos melhores desempenhos A Aneel aprovou no dia 25 de julho, a nova versão 5.1 do Sistema de Contabilização e Liquidação Financeira (SCL), aplicável às regras da Comercializadora de Energia Elétrica, versão janeiro de 2006. (Agência Canal Energia - 25.07.2006) O Prêmio Nacional de Conservação e Uso Racional de Energia 2006 abriu inscrições até 15 de setembro. Seu objetivo é estimular os projetos que permitem o uso racional e eficiente de energia e que preservam o ambiente. (Elétrica - 25.07.2006)
Empresas 1 Aneel aprova venda da CTEEP à colombiana ISA A diretoria
da Aneel aprovou ontem a venda da CTEEP para a ISA Capital do Brasil Ltda,
que é controlada pela empresa colombiana de energia Interconexión Eléctrica.
Ao vencer o leilão realizado no fim de junho pelo governo do Estado de
São Paulo, com um lance de R$ 1,193 bilhão, a ISA Capital do Brasil adquiriu
50,10% das ações ordinárias de propriedade do Estado, ou o equivalente
a 21% do capital social da CTEEP. A agência destacou em sua decisão, no
entanto, que a empresa ficará impedida de transferir para os usuários
do serviço de transmissão de energia elétrica encargos não vinculados
diretamente aos contratos de concessão da CTEEP. Ao incluir essa ressalva,
a agência tenta impedir que seja repassada para a tarifa de transmissão
da empresa privatizada os gastos com o pagamento de complementação de
benefícios de aposentados da Cesp. (Jornal do Commercio - 26.07.2006)
2 Saneada, Cesp estará pronta para a privatização em 2007 Até 2007 a Cesp deverá estar saneada e pronta para ser vendida à iniciativa privada. Para isso, a empresa terá de ser dividida em duas ou três novas companhias, informou ontem, o gerente do Departamento de Planejamento Energético da estatal paulista, Jean Cesare Negri Toledo. "A modelagem ainda está sendo feita, mas o Pactual fez uma projeção que mostra que ela vai ficar muito grande e terá que ser dividida em três empresas para se tornar viável aos investidores. Seria uma espécie de pulverização", disse ele. Toledo lembrou que o maior limitador hoje para a venda da empresa é a dívida de quase R$ 10 bilhões, mas ressaltou que a oferta pública de ações que está sendo realizada e os recursos provenientes da venda da Cteep, em junho, tornarão a empresa mais atraente. "A nossa dívida é o principal limitador hoje, mas com o equacionamento dela, com esse lançamento de ações e com a estrutura de venda saneando a empresa, fazendo uma dívida compatível com os recebíveis não tem dúvida que a partir do ano que vem a empresa estaria viável e rentável para ser vendida", afirmou, informando que a receita anual prevista da Cesp é de R$ 2 bilhões. (Gazeta Mercantil - 26.07.2006) A Aneel
aprovou ontem a venda do controle da Light Holding - dona da distribuidora
Light, que opera no estado do Rio - para o consórcio Rio Minas Participações.
O consórcio, que passará a deter 75,4% do capital total da companhia,
é composto por Andrade Gutierrez, Cemig, Pactual Energia e Fundo FIP (formado
por um grupo de investidores brasileiros, entre os quais a Braslight,
fundo de pensão de funcionários da empresa). O negócio, avaliado em cerca
de US$ 320 milhões, foi anunciado no fim de março passado. Para concretizar
a transferência de controle, ainda é necessária a publicação do decreto
ministerial do governo francês autorizando a operação. (Superávit - 26.07.2006)
4
Lucro da Light cresce 176,6% no 1o semestre 5 CEEE concentra sua energia na distribuição O governo
do Rio Grande do Sul está ressuscitando um antigo projeto há tempos trancafiado
nas gavetas da burocracia. Vai privatizar as linhas transmissoras e as
participações em geradoras pertencentes à estatal CEEE. A operação será
retomada na esteira da brecha aberta pela Assembléia Legislativa. Os deputados
estaduais aceitaram negociar com o governo a revogação da lei aprovada
em 2003, que determinava a realização de um plebiscito para qualquer mudança
societária na CEEE. Basta que a Assembléia aprove um Projeto de Emenda
Constitucional (PEC) que torne sem efeito a decisão anterior. As vendas
dos negócios de transmissão e geração deverão gerar um ganho superior
a R$ 1 bilhão para a CEEE. A companhia detém aproximadamente seis mil
quilômetros de linhas. Participa de geradoras que somam 910,6 MW de capacidade,
sem contar os 85,38 MW obtidos de parcerias com companhias privadas. (Elétrica
- 25.07.2006) 6 Chesf registra aumento de 104% nos ganhos brutos com leilões no mercado livre A Chesf
registrou aumento de 104% nos ganhos brutos resultantes dos leilões de
venda de energia para o mercado livre no primeiro semestre do ano em relação
ao mesmo período de 2005. Segundo o presidente da companhia, Dilton da
Conti, o ganho bruto com o mercado livre ficou em R$ 25,579 milhões entre
janeiro e junho deste ano, contra R$ 12,529 milhões verificados nos seis
primeiros meses do ano passado. O volume de energia negociada apresentou
crescimento de 34% no primeiro semestre em comparação com igual período
de 2005, negociando, respectivamente, 345,52 MW médios, contra 258,69
MW médios. Ainda de acordo com o executivo, a receita da companhia subiu
90,1%, com os negócios no mercado livre. Conti contou ainda que a Chesf
possui, atualmente, um nível de contratação da energia acima de 90% para
este ano. (Agência Canal Energia - 25.07.2006) 7 Chesf planeja disputar hidrelétricas no Nordeste e LTs do lote A A Chesf
manifestou interesse em disputar a concessão de oito empreendimentos previstos
pelo PLano Decenal para a região Nordeste. Segundo o presidente Dilton
da Conti, a estatal está realizando os estudos de inventário e viabilidade
dos aproveitamentos, localizados nas bacias do Parnaíba e São Francisco.
A potência total estimada é de 1.441 MW (739 MW médios de energia firme)
e os investimentos previstos são da ordem de US$ 1,854 bilhão. O interesse
da companhia, destacou Conti, faz parte da estratégia de participar de
todos os nichos ligados à comercialização de energia. O executivo confirmou
que a estatal já definiu qual ativo pretende disputar no leilão de linhas
de transmissão, que acontecerá no dia 18 de agosto, na Bolsa de Valores
do Rio de Janeiro. Segundo o executivo, a estatal pretende arrematar o
lote A, composto por quatro linhas de transmissão, em parceria com a Eletronorte.
(Agência Canal Energia - 25.07.2006) 8 Desverticalização: aprovado processo da Celg A Aneel aprovou nesta terça-feira, 25 de julho, a proposta de segregação das atividades de distribuição e de geração e transmissão da Celg. Com isso, serão criadas as empresas Celg Distribuição e Celg Geração & Transmissão. A diretoria da Aneel deu 90 dias para a Celg apresentar certidão conjunta negativa de débito relativos à dívida ativa da União e o certificado de adimplemento com as obrigações intra-setoriais. A diretoria avisou que a empresa pode sofrer penalidades, se não apresentar a documentação exigida. A Celg devia ter concluído o processo de desverticalização em março deste ano. (Agência Canal Energia - 25.07.2006) No pregão do dia 25-07-2006, o IBOVESPA fechou a 36.680,83 pontos, representando uma alta de 1,26% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 1,89 bilhão. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização de 0,13%, fechando a 11.448,14 pontos. Este As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 49,11 ON e R$ 45,20 PNB, alta de 2,96% e 3,69%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Na abertura do pregão do dia 26-07-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 48,49 as ações ON, baixa de 1,26% em relação ao dia anterior e R$ 44,41 as ações PNB, baixa de 1,75% em relação ao dia anterior. (Investshop - 26.07.2006)
Leilões 1 Leilão de energia nova: EPE divulga lista amanhã A EPE divulga
nesta quinta-feira (27/07) os empreendimentos cadastrados para participar
do leilão de energia nova A-5, previsto para 10 de outubro. Até o dia
20 de julho, a EPE contabilizava, pelo menos, 134 empreendimentos cadastrados
para a habilitação técnica, num levantamento preliminar. Das 134 usinas,
18 empreendimentos são hidrelétricas e 25 PCHs. (Agência Canal Energia
- 25.07.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 ONS amplia transferência para a Região Sul Dois terços
da energia elétrica consumida atualmente na Região Sul estão sendo fornecidos
pelo Sudeste. O aumento na transferência, realizada pelo ONS, é conseqüência
da escassez de chuvas, que baixou o nível das barragens das hidrelétricas.
Ontem, o ONS transferiu 5.113 MW do Sudeste para o Sul, o que representou
64,8% do consumo da região. Além disso, o Sul gerou 1 mil MW a partir
de térmicas a carvão e apenas 1.610 MW foram supridos por hidrelétricas.
Um possível racionamento de energia na região é descartado, não só pelo
governo federal, como também na opinião de analistas do setor. Na avaliação
do ONS, embora delicada, a situação está sob controle. (Zero Hora - 26.07.2006)
2 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 72,3% O nível de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 72,3%, apresentando queda de 0,3% em relação à medição do dia 23 de julho. A usina de Furnas atinge 79,7% de volume de capacidade. (ONS - 24.07.2006) 3 Sul: nível dos reservatórios está em 28,2% A região
Sul apresentou queda de 0,1% em relação à medição do dia 23 de julho,
com 28,2% capacidade armazenada. A usina de Machadinho apresenta 76,7%
de capacidade em seus reservatórios. (ONS - 24.07.2006) 4 NE apresenta 82,6% de capacidade armazenada Apresentando
queda de 0,2% em relação à medição do dia 23 de julho, o Nordeste está
com 82,6% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de Sobradinho
opera com 82,6% de volume de capacidade. (ONS - 24.07.2006) 5 Norte tem 82% da capacidade de armazenamento O nível
de armazenamento da região Norte está em 82% apresentando queda de 0,7%
em relação ao dia 23 de julho. A usina de Tucuruí opera com 80,6% de volume
de armazenamento. (ONS - 24.07.2006)
Gás e Termoelétricas 1 Petrobras avança com projeto de gás em Santos Gabrielli anunciou a aprovação do estudo de viabilidade técnico-econômica do pólo de gás de Mexilhão, um dos cinco complexos de produção a serem implantados na Bacia de Santos. O projeto do pólo de Mexilhão, orçado em US$ 2 bi, prevê a produção diária de 8 a 9 milhões de m³ de gás no primeiro semestre de 2009. Já sua capacidade máxima deve ser atingida em 2011, quando serão produzidos até 15 milhões de m³ de gás e 200 mil barris de condensado de gás natural por dia. Questionado sobre o volume de "royalties" que deve ser repassado às cidades da Baixada Santista, o presidente da Petrobras afirmou que não cabe à empresa essa definição, mas que o valor será calculado a partir do início da produção. Nos próximos dez anos, a Petrobras, junto com empresas parceiras, deve investir cerca de US$ 18 bi em projetos na Bacia de Santos, de onde deverão ser extraídos cerca de 30 milhões de m³ de gás ao dia a partir de 2011. (Folha de São Paulo - 26.07.2006) 2 Petrobras licitará plataformas FPSO A Petrobras
vai licitar duas plataformas do tipo FPSO que atuarão de forma itinerante
nas bacias de Santos e do Espírito Santo. O investimento estimado nessas
duas plataformas gira em torno de US$ 1 bi. A intenção da Petrobras é
a de antecipar projetos, principalmente relativos à produção de gás, que
estão previstos para entrar em operação após 2010. "Levaremos a mercado
no mês que vem duas plataformas do tipo FPSO. Uma será voltada para óleo,
e terá produção média de 100 mil barris/dia. A outra produzirá aproximadamente
10 milhões de m³/dia de gás", explicou o gerente-executivo do Sul e Sudeste
da área de E&P, José Antônio Figueiredo. A plataforma FPSO que produzirá
gás será direcionada para o Campo de Merluza. Atualmente, a Petrobras
produz 1,2 milhão de m³/dia de gás nessa região. Os planos da empresa
prevêem dobrar essa produção em 2008, com a ampliação do chamado Campo
de Merluza 1, com a entrada em produção do Campo de Lagosta, e adicionar
ainda entre 9 milhões e 10 milhões de m³ já em 2009, com a entrada da
FPSO, que, posteriormente, será substituída pela plataforma fixa prevista
para o campo. Em seguida, a FPSO seria deslocada para outro campo, entre
as bacias de Santos e do Espírito Santo. (Jornal do Commercio - 26.07.2006)
3 Petrobras inaugura Cepema e estuda novas formas de produzir energia térmica Ontem, em
Cubatão, Gabrielli inaugurou o Cepema (Centro de Capacitação e Pesquisa
em Meio Ambiente), construído a título de compensação ambiental. O investimento
foi de R$ 12 mi. O presidente da estatal também anunciou que a empresa
concluirá até o fim deste mês os testes técnicos no Centro de Pesquisa
da Petrobras (Cenpes) para produzir energia térmica a partir de álcool.
(Gazeta Mercantil/ Folha de São Paulo - 26.07.2006) 4 Petrobras nega ter cometido irregularidades na Bolívia A Petrobras
rebateu as acusações feitas pelo governo da Bolívia. Segundo a estatal
brasileira, a empresa opera com um sistema de medição de última geração
na Bolívia, que permite a visualização simultânea de todos os medidores
na sala de controle, à qual têm acesso os fiscais da YPFB, estatal boliviana
de petróleo e gás. "Diariamente, a Petrobras fornece todas as informações
relacionadas ao volume da produção de gás. Além disso, os fluxos medidos
na Petrobras são comparados com as quantidades recebidas pelas empresas
Transredes e Transierra, que fazem parte do sistema de transporte de gás
do país", afirmou a empresa em um comunicado. O ministro de Minas e Energia,
Silas Rondeau, disse que "não acredita" que a Petrobrás tenha fraudado
a medição do gás que produz na Bolívia. "Não acredito nisso. A Petrobrás
segue com todo o rigor todos os critérios de medição. O gás que sai de
lá é o que é vendido. A Petrobrás tem de medir para vender". (Gazeta Mercantil/
Valor Econômico/ Folha de S - 26.07.2006) 5 RPBC irá construir termelétrica bicombustível O gerente geral da RPBC, Luiz Alberto Verri, disse que está prevista a construção de uma usina termelétrica com capacidade para gerar 200 MW a partir de 2008. O gerente explicou que, como será bicombustível, a unidade produzirá energia a partir da queima de gás natural, mas também poderá fazê-lo a partir de óleo combustível. A usina começará a ser construída nos próximos dois meses e terá como função gerar energia para a Petrobras (60 MW) e também para o mercado livre (120 MW). (Gazeta Mercantil - 26.07.2006) 6 Novos contratos de biodiesel Para incentivar a produção e a introdução do biodiesel no mercado nacional, novos contratos de compra do produto foram assinados ontem em cerimônia no Palácio do Planalto. Seis empresas de refinaria se comprometeram a fornecer à Petrobras, até o final de junho de 2007, 170 milhões de litros de biodiesel. Todas possuem o selo Combustível Social, criado para identificar produtores de biodiesel que promovem inclusão social e desenvolvimento sustentável. Este é o segundo lote adquirido pela Petrobras por meio de leilão público. Todo o biodiesel arrematado pela estatal será revendido às distribuidoras de combustível para ser misturado ao diesel convencional. O terceiro e quarto leilões já foram realizados, embora os contratos ainda não tenham sido firmados. O volume total negociado até agora é de 840 milhões de litros. Segundo o Ministério de Minas e Energia, Silas Rondeau, esse montante é suficiente para atender à demanda a partir de janeiro de 2008. Cerca de mil postos já vendem biocombustível no Brasil, e até o final do ano, esse número deve chegar a pelo menos 3 mil, segundo estimativa do governo federal. (Jornal do Commercio - 26.07.2006) 7 Victer: Rio de Janeiro negocia instalação de térmica a carvão com MPX O secretário de Energia, Indústria Naval e Petróleo do Rio de Janeiro, Wagner Victer, informou que está negociando com o grupo MPX a instalação de uma termelétrica a carvão no Norte Fluminense. Segundo ele, os entendimentos estão na fase inicial, mas o projeto poderia gerar energia por meio de carvão importado, trazido por navios que transportarão minérios ao mercado externo. Victer, que participou do segundo dia do 7° Energy Summit, acredita que a capacidade da planta pode chegar a 1 mil MW, a um custo competitivo. O secretário disse ainda que concedeu na semana passada a licença prévia da usina a gás de processo que a Companhia Siderúrgica do Atlântico, do grupo alemão ThyssenKrupp, cadastrada para participar do leilão de energia nova, A-5, previsto para o dia 10 de outubro, pela internet. O projeto, contou Victer, tem capacidade de gerar 450 MW, sendo que 160 MW será utilizado pela CSA para atender a demanda da siderúrgica, que será construída no estado. A previsão de investimentos na usina é de US$ 250 mi. (Agência Canal Energia - 25.07.2006) 8 Eletronuclear quer 15 usinas até 2035 A Eletronuclear prepara um estudo sobre a viabilidade de instalação de 10 a 15 usinas nucleares no País entre 2030 e 2035, com investimentos em torno de US$ 30 bi. "O estudo é apenas uma projeção conservadora que será oferecida à Empresa de Pesquisa Energética a respeito das oportunidades que o sistema nuclear pode vir a ter no País. Deixaremos claro que se o governo tiver intenção de aumentar esse porcentual, os valores aumentam. Da mesma forma que se quiser diminuir, também é opção a ser revista", disse o presidente da empresa, Othon Luiz Pinheiro da Silva. O presidente da Eletronuclear explicou que as novas centrais adotariam módulos secundários, cada um com capacidade de 500 MW. No total, a expectativa é gerar 15 mil MW e as plantas estariam espalhadas em todo o País, inicialmente com maior concentração na Região Nordeste. Ele explicou que todos os projetos devem ser concentrados nas mãos das estatais, para atender à Constituição brasileira, mas nada impede que a Eletrobrás capte recursos no mercado para a construção das usinas. (O Estado de São Paulo/ Jornal do Commercio - 26.07.2006) 9 Presidente da Eletronuclear não aposta em breve aprovação de Angra 3 O presidente da Eletronuclear disse que não acredita numa possível aprovação de Angra 3 ainda este ano, em razão do período eleitoral. Mesmo que isso ocorresse, entretanto, ele justifica que a usina não seria ofertada num leilão de energia nova, mas num esquema diferenciado de contratação de energia com Angra 1 e 2, mais semelhante ao hoje existente com relação àUsina de Itaipu, com toda a energia sendo adquirida por Furnas Centrais Elétricas. De acordo com Pinheiro da Silva, a perspectiva é de que o custo da energia gerada a partir de Angra 3, segundo estudos realizados pela companhia, fique em torno de R$ 138 por MW, ante R$ 98,64 das Usinas de Angra 1 e 2. (O Estado de São Paulo/ Jornal do Commercio - 26.07.2006)
Grandes Consumidores 1 Suzano Petroquímica aumenta produção Líder latino-americana
na produção da resina polipropileno (utilizada para a fabricação de peças
e embalagens de plástico), a Suzano Petroquímica acaba de concluir a primeira
fase de expansão da planta fabril de Mauá. A companhia investiu cerca
de R$ 15 milhões para passar de uma capacidade produtiva de 300 mil para
360 mil toneladas anuais da resina. No processo de ampliação, a empresa
aproveitou para desenvolver inovações tecnológicas para a melhoria dos
processos. Uma das inovações foi a implementação de um sistema de separação
de alta pressão, uma tecnologia que propicia ganhos em eficiência e aumento
de produtividade. "O resultado é uma melhora na flexibilidade e na confiabilidade.
Teremos menos problemas de manutenção e vantagens na operação da fábrica",
afirma Ulisses de Almeida, executivo da área de Tecnologia, P&D e Meio
Ambiente da companhia. A unidade do Grande ABC será a única no mundo a
contar com esse diferencial competitivo. (Diário Grande ABC - 26.07.2006)
2 Vale opera nova mina e compras da China dobram A CVRD colocará
em operação para testes esta semana a mina de minério de ferro que se
transformará na maior do mundo. O diretor do Departamento de Ferrosos
Sul da Vale, Sérgio de Freitas Leite disse que a nova mina de Brucutu,
em MG, terá capacidade de 30 mi de toneladas/ano. A produção efetiva deve
ter início antes do final deste ano. As importações de minério de ferro
brasileiro pela China atingiram 6,717 mi de toneladas, 94% superior ao
ano passado. No semestre, o volume foi de 36 mi de toneladas, total 44,2%
maior. A maior fornecedora, Austrália, teve aumento de apenas 6,5% nas
vendas em junho, totalizando 10,1 mi de toneladas. (Gazeta Mercantil -
26.07.2006)
Economia Brasileira 1 Gastos do governo crescem 14% e superávit cai para 3,87% do PIB Os gastos do governo federal explodiram no primeiro semestre deste ano. No primeiro semestre, as despesas primárias totais (sem o pagamento de juros) do governo central cresceram R$ 21,7 bilhões em relação ao mesmo período do ano passado. Por isso, o superávit primário do governo central nos seis primeiros meses do ano em que Lula tenta a reeleição ficou em 3,87% do PIB, ante 4,18% no mesmo período de 2005. A causa disso é que, de janeiro a junho, as despesas cresceram 14%, enquanto as receitas aumentaram 11%. Os números foram divulgados ontem pelo secretário do Tesouro Nacional, Carlos Kawall, que admitiu que essa trajetória das despesas é incompatível com a meta de superávit primário de 4,25% do PIB fixada na LDO para este ano. "A tendência de o crescimento da despesa ser maior que o da receita não é coerente com a meta fixada", reconheceu. "Isso pode ocorrer durante algum tempo, mas não durante todo o tempo", acrescentou. (O Estado de São Paulo - 26.07.2006) 2 BNDES rebate críticas sobre aumento de gastos O presidente do BNDES, Demian Fiocca, rebateu as críticas ao aumento de gastos governamentais nos últimos anos. Com base em boletim Secretaria de Assuntos Econômicos do banco, Fiocca defendeu que a elevação dos gastos não se deve à máquina pública e é que preciso "desmistificar o debate em torno das despesas do governo". O levantamento defende que a maior parte dos gastos, em grande parte composto por despesas com previdência, projetos assistenciais, educação e saúde representando benefícios diretos à população. (Jornal do Commercio - 26.07.2006) 3
Tesouro nega nova emissão 4 Taxas do crédito voltam a diminuir Pelo terceiro
mês seguido, os "spreads" médios dos empréstimos bancários caíram, chegando
a 28 pontos percentuais em junho, esboçando uma tendência de redução pela
primeira vez desde setembro de 2005. No relatório de inflação de junho,
o BC divulgou um estudo mostrando que os "spreads" resistiam a cair por
fatores estatísticos.Um fator positivo, disse o chefe do Departamento
Econômico do BC, Altamir Lopes, é que o aumento dos volumes de crédito
da economia tem proporcionado ganhos de escala. "Os custos médios para
os bancos estão se reduzindo, e esse ganho é repassado para os clientes
por meio de 'spreads' menores", afirmou. Os dados parciais de julho sobre
a média dos juros bancários para pessoas físicas, que cobrem até o dia
13, apontam uma queda, para 54,7% ao ano, para pessoas jurídicas há uma
queda para 28,5%. (Valor Econômico - 26.07.2006) 5 Governo prepara medidas cambiais adicionais As mudanças
na legislação cambial preparadas pelo governo não serão suficientes para
reverter a tendência de valorização do real ante o dólar. Por isso, novas
alterações já estão sendo avaliadas, segundo o secretário de Política
Econômica do Ministério da Fazenda, Júlio Sérgio Gomes de Almeida. Ele
afirma que o tema continuará na pauta e uma das preocupações será "avançar
na modernização" da lei brasileira. O que incluirá a redução da burocracia
e melhoria nas formas de controle e registro das operações. Para o Ministério
da Fazenda, apesar de o câmbio ser flutuante, os ajustes são necessários
porque há uma série de fatores que estão forçando uma valorização excessiva.
"O câmbio flutuante no Brasil não opera como na teoria. Dizem para ter
calma porque vamos encontrar um câmbio de equilíbrio. Mas isso pode demorar
tanto que estaremos todos mortos", diz Almeida. Para ele, pelo menos três
fatores devem ser levados em conta ao tratar da questão cambial brasileira:
encontrar o nível adequado de risco para as condições atuais, a elevada
taxa de juros brasileira e o aumento do preço internacional de produtos
que o Brasil exporta. Os ganhos maiores lá fora se traduzem no ingresso
de moeda estrangeira e fazem a taxa de câmbio cair. É por isso que a medida
prevista para hoje permitirá que parte do dinheiro obtido com a exportação
fique depositada no exterior. (Folha de São Paulo - 26.07.2006) 6 IPCA-15 tem deflação menos intensa em julho O IPCA-15 apresentou em julho deflação pelo segundo mês consecutivo, mas em ritmo mais moderado. A deflação foi de 0,02%. Segundo o IBGE, a perda de fôlego do índice se deve à menor pressão exercida pelos combustíveis, principalmente o álcool e alimentos. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 1,68%. Em 12 meses, a taxa apresenta avanço de 3,89%. (Folha de São Paulo - 26.07.2006) 7
IPC-S registra deflação em cinco capitais 8 IPC da Fipe volta a registrar alta em SP O IPC Fipe
voltou a subir na cidade de São Paulo na 3a quadrissemana de julho. A
taxa passou de 0,02% na semana anterior para 0,16%. Apenas um item pesquisado
pela Fipe registrou taxa negativa nesta apuração: Vestuário (-0,58%).
Todos os outros grupos tiveram alta: Alimentação (0,18%), Habitação (0,11%),
Transportes (0,24%), Despesas Pessoais (0,33%), Saúde (0,50%) e Educação
(0,04%). (Investnews - 26.07.2006) O dólar
comercial abriu o dia em alta perante o fechamento de ontem, a R$ 2,2050.
Às 9h21, a divisa avançava 0,31%, a R$ 2,2080 na compra e a R$ 2,21 na
venda. Ontem, o dólar comercial subiu 0,45%, para R$ 2,2010 na compra
e R$ 2,2030 na venda. (Valor Online - 26.07.2006)
Internacional 1 Inaugurada a busca por petróleo e gás no Ártico A Groenlândia
inaugurou ontem uma nova rodada de concessões para licenças de exploração,
e várias das maiores empresas petrolíferas mundiais esperam se estabelecer
em possíveis reservas de petróleo e gás natural no exterior, na frágil
região do Ártico. Os olhos de um planeta sedento por petróleo se voltam
para as terras da Groenlândia, em meio aos crescentes preços dos combustíveis,
à instabilidade no Oriente Médio, e às preocupações sobre futuros fornecimentos.
O governo da Groenlândia espera conseguir grandes receitas das profundezas
de suas águas geladas. Entretanto os especialistas em meio ambiente dizem
que a exploração de petróleo ali poderá danificar uma região sensível
já ameaçada pelo aquecimento global. "Temos certeza que há petróleo, mas
não sabemos quanto exatamente, e se poderá ser lucrativo", informou Joern
Skov Nielsen, gerente da Comissão de Minerais e Petróleo da Groenlândia.
Nielsen se recusou a dizer quais empresas compareceram ao encontro, e
quais os pré-requisitos que o governo groenlandês irá propor para a exploração
em Disko Bay, área a ser aberta para a atual rodada de concessões. "Tudo
que posso dizer é que contamos com a presença das 15 maiores empresas
na América do Norte e Europa", anunciou. O prazo para ofertas pelas novas
concessões vai até 15 de dezembro. (Gazeta Mercantil - 26.07.2006)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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