l IFE: nº 1.851 - 19
de julho de 2006 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Leilões Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Reestruturação do Setor 1 Licença ambiental atrasa licitação de hidrelétricas do Rio Madeira A licitação
do complexo hidrelétrico do rio Madeira, prioridade do governo federal
na área energética, pode ser adiada para 2007 em razão de problemas ambientais.
O projeto, que exigirá no mínimo R$ 20 bilhões em investimentos, conta
com duas hidrelétricas no município de Porto Velho, que somam 6.450 MW.
O governo pretendia licitar a concessão do Madeira em junho. Mas, no dia
7 de julho, o Ibama, responsável pelo licenciamento, devolveu o estudo
de impacto ambiental realizado por Furnas e pela Odebrecht, por considerá-lo
insatisfatório. As empresas deverão agora refazer alguns dos 29 pontos
do relatório questionados pelo Ibama e submetê-lo a reavaliação. Para
que não ocorra sério problema de oferta de energia em cinco anos, as obras
do Madeira deverão ter início até agosto de 2007. Depois disso, as cheias
do rio não permitirão o início da obra, que teria que ser adiada por mais
um ano. Tolmasquim afirma que as distribuidoras de energia já fecharam
contratos suficientes para atender à demanda até 2010 e que o leilão do
Madeira está previsto para novembro - tempo ainda suficiente para que
o início da geração de energia se dê dentro do previsto, em 2011. (Valor
Econômico - 19.07.2006) 2 Brasil e Argentina discutem soluções para projeto binacional Garabi O secretário
de Energia, Minas e Comunicações do RS, José Carlos Elmer Brack, recebeu
no dia 17 o secretário de Empreendimientos de Infraestructura Regional
da província argentina de Corrientes, Sérgio Cangiani, e o ministro de
Obras Y Servicios Públicos de la Província de Corrientes, Marcelo Atílio
Facione, para discutir o futuro do projeto binacional Garabi. O projeto
prevê a construção de um sistema de até três aproveitamentos hidrelétricos
no Rio Uruguai, na altura do município de Garruchos. Brack informou que
foram discutidos com os dirigentes argentinos estratégias para desenvolver
ações imediatas de natureza política para agilizar o andamento das negociações,
que terá um investimento previsto de cerca de 2 bilhões de dólares para
uma capacidade de geração de energia elétrica de 1.800 MW, podendo atingir
até 3.000 MW. Segundo ele, estão sendo definidos os marcos regulatórios,
os parâmetros legais e os critérios para a licitação da obra, cuja previsão
de conclusão é de seis anos. (APMPE - 18.07.2006) 3 Aneel aprova regulação para operações de importação e exportação de energia A Aneel
aprovou no dia 18 de julho, a regulamentação do processo de anuência às
operações de importação e exportação de energia, nos sistemas Isolado
e Interligado Nacional, no âmbito do Siscomex. O objetivo da regulação
é aprimorar os processos de anuência das operações de intercâmbio internacional
e as autorizações para os devidos pagamentos. Segundo a Aneel, as quitações
eram feitas de forma precária. Um dos pontos observados pelos importadores
e exportadores tinha relação com a dificuldade de efetuar pagamentos das
faturas, em especial, a realização das operações de câmbio, junto ao Banco
Central. (Agência Canal Energia - 18.07.2006) 4
Curtas O Departamento de Iluminação Pública de Guarulhos, na Grande São Paulo, iniciou a troca dos pontos de iluminação pública das principais ruas e avenidas. Até setembro, 11 mil luminárias de mercúrio serão substituídas por modelos de vapor de sódio. Segundo o diretor do Departamento de Iluminação Pública do município, a mudança irá melhorar a iluminação e também reduzirá o consumo de energia em 40%. (Elétrica - 19.07.2006)
Empresas As empresas
Cemig Distribuição e Cemig Geração e Transmissão comunicaram ontem a distribuição
pública de notas promissórias comerciais no montante de R$ 300 milhões
e R$ 900 milhões, respectivamente. Coordenadas pelo BB Investimentos -
que oferece garantia firme para subscrição -, as operações têm prazo de
90 dias e tem como objetivo captar recursos para recomposição de caixa
referente às dívidas vencidas desde janeiro e pagamento de dívidas vincendas
no resto do ano. A oferta destina-se a investidores qualificados. (Gazeta
Mercantil - 19.07.2006) 2 Celpa discute implantação de linha de transmissão A partir das 14 horas de hoje a Celpa realiza uma reunião pública na Câmara de Vereadores de Itupiranga, no sudeste do Pará. A iniciativa vai discutir o projeto de construção da LT Itacaiúnas/ Itupiranga, que atenderá a esses dois municípios localizados próximo à região de Marabá. O objetivo é expor as características da obra e tirar dúvidas dos moradores sobre a implantação e execução do projeto. Aberto ao público, o encontro terá a presença da população local, representantes do município e da concessionária de energia. A Linha de Transmissão (LT) Itacaiúnas / Itupiranga terá 58.000 metros de extensão e tensão de 138 kV. O investimento visa a melhoria do sistema e o atendimento a novos mercados, situados na região do entorno do lago da Usina Hidrelétrica de Tucuruí. O empreendimento vai beneficiar também as comunidades que ainda não têm acesso a energia elétrica em suas residências e que serão contempladas pelo Programa 'Luz Para Todos'. (Eletrosul - 18.07.2006) 3 Cataguazes Leopoldina troca a sua fiação societária A Cataguazes
Leopoldina vai aproveitar a desverticalização obrigatória das suas operações
para promover uma drástica reestruturação societária. Na nova organização,
a Energisa se tornará a holding do grupo. Passará a englobar as distribuidoras
Saelpa, Celb, Energipe, Cenf e CFLCL. A família Botelho, acionista majoritária
na companhia por meio da Gipar, pretende ficar com 50% do bloco de controle
da Energisa, a outra metade será vendida a um novo sócio. Entre os principais
candidatos ao negócio, estariam GP, Endesa e Cemig. A reestruturação prevê
ainda um descruzamento de ações entre a Energipe e as distribuidoras Saelpa
e Celb. A Gipar e o novo investidor assinarão um acordo de acionistas.
A Cataguazes vai promover ainda uma troca de ações das distribuidoras
Energipe e CFLCL por títulos da Energisa. A holding passará a ser a única
empresa do grupo negociada em Bolsa. (Elétrica - 19.07.2006) 4
Cotações da Eletrobrás A Energias do Brasil foi eleita como a melhor empresa de capital aberto do país em 2005. Os 350 membros da Associação Brasileira dos Analistas de Mercado de Capitais (Abamec) escolheram a empresa do universo EDP com base em critérios como a transparência administrativa, periodicidade e qualidade da divulgação de informações espontâneas ao mercado. (Elétrica - 19.07.2006) A Celesc recebeu premiação pelo desempenho corporativo obtido no último ano, durante o lançamento do Anuário Maiores & Melhores 2006 da Revista Exame, realizado em São Paulo. Teve também destaque como a melhor em serviços no Sul. (Elétrica - 19.07.2006) A Aneel realiza nesta semana consultas públicas para ouvir os consumidores sobre a qualidade sobre a prestação de serviço da Manaus Energia e da Ceam. As contribuições coletadas servirão de subsídio à fiscalização periódica dos serviços das duas distribuidoras. A consulta sobre a Ceam será realizada no dia 19 de julho e sobre a Manaus Energia a consulta pública da Aneel acontecerá no dia 20. (Agência Canal Energia - 18.07.2006)
Leilões 1 Leilão de energia nova: EPE divulga valores do CMO A EPE divulgou
a relação dos valores dos Custos Marginais de Operação das termelétricas
que entraram com pedido de habilitação para o leilão de energia nova,
que será realizado no dia 10 de outubro. Segundo o presidente da EPE,
Maurício Tolmasquim, duas mudanças foram introduzidas no cálculo do CMO,
parâmetro utilizado para o cálculo do Custo de Operação (COP) e do Custo
Econômico de Curto Prazo (CEC). A relação de CMOs, informou Tolmasquim,
considera para cada valor a média dos custos marginais de operação calculadas
para o Plano Decenal de Expansão de Energia Elétrica 2006-2015. Outra
novidade será a adoção de limites mínimos e máximos de CMOs para o cálculo
de COP e CEC. Os limites serão, respectivamente, os Preços de Liquidação
de Diferenças mínimo e máximo estabelecidos pela Aneel. (Agência Canal
Energia - 18.07.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Relatório da Aneel mostra menor oferta de MW após 2009 Segundo
relatório de fiscalização da Aneel, não há absolutamente nenhum MW previsto
para entrar em operação a partir de 2009, sem alguma restrição. Existem,
segundo a Aneel, 1.531 MWs de hidrelétricas que poderiam ser agregados
ao sistema em 2009, mas que estão com "sérios problemas para a entrada
em operação", segundo classificação da agência reguladora. Outros 1.136
MWs de fonte hídrica estariam disponíveis em 2010, caso também não houvessem
"sérias restrições", que podem ser de ordem ambiental, judicial ou mesmo
econômica. Maurício Tolmasquim disse que a oferta de eletricidade no país
está garantida nos próximos quatro anos. "O último leilão realizado em
junho garante o abastecimento em 2009 e as distribuidoras estão contratadas
até 2010. Para o presidente do Instituto Acende Brasil, Claudio Sales,
os últimos leilões realizados pelo governo foram um "fracasso". O executivo
afirma que as distribuidoras não conseguiram comprar toda a eletricidade
que necessitavam nos leilões e que 70% da oferta do último pregão foi
de energia termoelétrica - mais cara - e que apenas as estatais ofertaram
energia. (Valor Econômico - 19.07.2006) 2 Cresce risco de racionamento de energia no Sul do País A escassez de energia na região Sul, provocada pela pior seca dos últimos 70 anos, já sobrecarrega as linhas de transmissão do eixo Sudeste-Sul. Apesar de reduzir a confiabilidade do SIN e aumentar o risco de blecautes, o governo estuda ampliar ainda mais a quantidade de carga despachada para a região para evitar um racionamento. Até fevereiro, a transmissão para o Sul se limitava a 3 mil MW médios. Neste mês, atingiu 5.100 MW médios. Governo e parte do setor produtivo alegam, porém, que os repasses são normais, e descartam qualquer tipo de problema como conseqüência. O diretor-geral do ONS, Hermes Chipp, admite que as transmissões estão dentro do limite máximo, mas adianta que o governo estuda formas de estender esse limite. Chipp descarta qualquer possibilidade de desabastecimento, mesmo em caso de queda de linhas. (Gazeta Mercantil - 19.07.2006) 3 ONS atualizará curva de aversão ao risco da região Sul A Aneel
autorizou o NOS, no dia 18 de julho, a utilizar a versão atualizada da
curva de aversão ao risco para a Região Sul para o período entre 1° de
junho de 2006 e 31 de dezembro de 2007. A decisão, segundo o processo
analisado na reunião semanal da diretoria da Aneel, foi adotada em virtude
da redução da garantia física da estação conversora de Garabi (RS), da
Cien. Em junho, a Aneel estabeleceu garantia física zero para o emprendimento
e determinou que o ONS considerasse o valor como limite de disponibilidade
de geração, para fins de elaboração do Programa Mensal de Operação. Além
disso, o operador deveria reavaliar a curva. Em fevereiro, a reguladora
havia autorizado o ONS à utilizar a curva bianual de aversão, com validade
entre 1° de janeiro deste ano e 31 de dezembro de 2007. (Agência Canal
Energia - 18.07.2006) 4 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 74,3% O nível
de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 74,3%, apresentando
queda de 0,3% em relação à medição do dia 16 de julho. A usina de Furnas
atinge 81,4% de volume de capacidade. (ONS - 17.07.2006) 5 Sul: nível dos reservatórios está em 28,8% A região
Sul apresentou queda de 0,1% em relação à última medição, com 28,8% capacidade
armazenada. A usina de Machadinho apresenta 86,2% de capacidade em seus
reservatórios. (ONS - 17.07.2006) 6 NE apresenta 84,5% de capacidade armazenada Apresentando
queda de 0,3%, o Nordeste está com 84,5% de sua capacidade de armazenamento.
O reservatório de Sobradinho opera com 84,8% de volume de capacidade.
(ONS - 17.07.2006) 7 Norte tem 86,5% da capacidade de armazenamento O nível
de armazenamento da região Norte está em 86,5% apresentando queda de 0,5%
em relação ao dia 16 de julho. A usina de Tucuruí opera com 86% de volume
de armazenamento. (ONS - 17.07.2006)
Gás e Termoelétricas 1 MME autoriza ampliação da capacidade instalada de duas térmicas O MME autorizou a ampliação da capacidade instalada das termelétricas Costa Pinto (SP), da Cosan Bioenergia; e Presidente Médice (RS), da CGTEE. As autorizações foram publicadas no dia 18 de julho, no Diário Oficial. A usina Costa Pinto passará a ser constituída de duas turbinas de 20,5 MW cada e uma de 24,5 MW, totalizando 65,5 MW de capacidade instalada. As obras serão iniciadas em 1° de março de 2007 e a entrada em operação comercial está marcada para 5 de maio de 2009. Já a UTE Presidente Médici será constituída de duas turbinas de 63 MW cada e outras duas de 160 MW, totalizando uma capacidade total de 68,1 MW, nas duas primeiras fases da obra. Na fase seguinte, a usina receberá uma quinta unidade geradora de 350 MW de capacidade instalada. No total, a usina terá uma capacidade de 796 MW. (Agência Canal Energia - 18.07.2006)
Grandes Consumidores 1 Bracelpa: exportação de celulose e papel deve crescer 14% A produção
brasileira de celulose deverá crescer 6,3% este ano para 11 milhões de
toneladas, puxada principalmente pela demanda internacional, segundo o
novo presidente do Conselho Deliberativo da Associação Brasileira de Celulose
e Papel (Bracelpa), Horácio Lafer Piva. Já a produção de papel deve subir
1,8% para 8,8 milhões de toneladas. A exportação do setor deverá crescer
14% este ano, para US$ 3,9 bilhões. Piva, da Klabin, assumiu a presidência
da entidade ontem e entre os desafios que tem pela frente está a mudança
de postura do setor quanto a comunicação, com o objetivo de esclarecer
a população quanto a sustentabilidade do negócio. O setor tem um programa
de investimentos de US$ 14,4 bilhões no período de 2003 a 2014, boa parte
para ampliar produção de celulose, produto no qual o País tem se destacado
por seu custo competitivo. (Gazeta Mercantil - 19.07.2006) 2 CSN vai vender ações da mina Casa de Pedra A CSN pretende
desmembrar a mina Casa de Pedra numa empresa separada e fazer uma oferta
pública de ações, vendendo 20% de sua participação na unidade em bolsa
de valores. A expectativa é que operação aconteça no quarto trimestre
deste ano. Pelas estimativas da CSN, a mina está avaliada em cerca de
US$ 5 bi, sem considerar a ferrovia e o porto. (Gazeta Mercantil - 19.07.2006)
3 Kimberly Clark vai investir US$ 50 mi em fábrica Ao comemorar
dez anos de atuação no Brasil, a Kimberly Clark, fabricante de papéis
e produtos de higiene pessoal, está confiante no potencial de crescimento
do mercado consumidor brasileiro: segundo o presidente da empresa, João
Luiz Damato, até 2007 serão investidos US$ 50 milhões na modernização
do parque fabril, melhoria da infra-estrutura de logística e no lançamento
de produtos. Os planos de aumento da capacidade produtiva são motivados
pelos resultados positivos que o grupo vem alcançando em nível nacional.
Nos últimos três anos, o faturamento gerado no país duplicou, passando
de R$ 750 milhões em 2002 para R$ 1,5 bilhão em 2005. (Jornal do Commercio
- 19.07.2006) 4 Mittal-Arcelor obtém adesão de acionistas O sucesso
da operação de troca de ações entre as siderúrgicas Arcelor e Mittal Steel
dá corpo ao pedido dos acionistas minoritários da Arcelor Brasil sobre
a realização de uma OPA no país. "Agora será inevitável uma batalha jurídica",
afirmou Helder Soares, um dos diretores da Amec. A Mittal Steel anunciou
que pelo menos 50% dos acionistas da Arcelor aceitaram a proposta de união
das duas companhias. A Mittal deverá informar às bolsas de valores européias
no dia 26 de julho quantos acionistas aderiram à proposta. A empresa ainda
estuda se vai prolongar a proposta de troca de ações. Os minoritários
brasileiros ainda não sabem ao certo o quanto poderiam ganhar com a operação,
mas avaliam que os cálculos feitos pela Tarpon Investimentos estão próximos
do real. Estudo da gestora revela que a Mittal Steel teria que desembolsar
cerca de US$ 5 bilhões se estendesse a oferta realizada à Arcelor Europa.
(Valor Econômico - 19.07.2006)
Economia Brasileira 1 Juro real segue acima dos níveis de 2004 Apesar de a taxa básica Selic estar próxima de alcançar seu menor nível desde a criação do Copom, os juros reais ainda seguem acima dos níveis praticados há dois anos, oscilando em torno dos dois dígitos. Como os juros reais são a referência do setor privado na hora de tomar suas decisões de investimentos futuros, isso significa que o atual cenário é menos favorável para a expansão da economia do que o verificado em um passado recente. Calculado com base na taxa básica Selic, e descontando dela o IPCA projetado para os próximos 12 meses, o juro real terminou junho a 10,64% anuais. Se for confirmada a previsão do mercado e a Selic for reduzida hoje de 15,25% para 14,75%, a taxa real cairá a 10,58%. A última vez em que a taxa real, calculada por esse critério, ficou abaixo de 10% foi em outubro de 2004 -era de 9,97%. Segundo o último boletim Focus, feito semanalmente pelo Banco Central, a previsão média do mercado é de que a Selic estará em 14,25% no fim de 2006 e em 13% no fim de 2007. Ou seja, os juros estão se aproximando de seu piso. (Folha de São Paulo - 19.07.2006) 2 Medidas cambiais adiadas para próxima semana O anúncio das novas regras cambiais para compensar o setor exportador diante da desvalorização do dólar ficou para a próxima semana. A divulgação estava prevista para hoje, mas o ministro Guido Mantega, da Fazenda, não conseguiu finalizar os acertos com técnicos da área econômica e tem que estar na Argentina, para reunião do Mercosul. O anúncio foi retardado porque os técnicos ainda não encontraram forma jurídica de cobrar virtualmente a CPMF que deixará de ser recolhida dos recursos das exportações que poderão ficar fora do país. Mantega reafirmou que o governo continuará cobrando a CPMF sobre os dólares que as empresas exportadoras deixarem depositados no exterior - a partir da permissão em estudo na área econômica. O ministro admitiu também que há dificuldades jurídicas para fazer a cobrança da CPMF sobre os recursos que ficarem fora do país. De acordo com ele, a flexibilização das regras cambiais não implicará perda de arrecadação. O modelo em estudo permitirá aos exportadores deixar parte dos dólares depositados em contas no exterior, mas eles precisarão recolher a CPMF sobre o dinheiro que ficou lá fora. (Jornal do Commercio -19.07.2006) 3
Superávit comercial de 15 entre 31 setores caiu no semestre 4 IPC-S em SP tem a nona deflação seguida Das sete
capitais pesquisadas pela FGV para o cálculo do IPC-S , cinco registraram
aceleração ou queda mais fraca de preços, entre a primeira e segunda semana
deste mês. Foram os casos de São Paulo (-0,39% para -0,25%), Belo Horizonte
(de 0,32% para 0,43%); Brasília (de -0,53% para -0,19%); Porto Alegre
(de -0,10% para -0,04%) e Rio de Janeiro (de -0,32% para -0,18%). As outras
cidades registraram deflação mais intensa ou, até mesmo, saíram de elevação
para queda de preços, no mesmo período. É o caso de Recife (de -0,21%
para -0,22%) e Salvador (de 0,05% para -0,05%). No caso de São Paulo,
foi a nona deflação consecutiva registrada na cidade. Segundo o economista
da FGV, André Braz, a perda de força na queda de preços no varejo foi
influenciada pelo setor de alimentação. (Jornal do Commercio - 19.07.2006)
5 IGP-10 fica em 0,39% em julho O IGP-10
registrou em julho variação de 0,39%. Em junho, a taxa foi de 0,57%, segundo
a FGV. Os três componentes do IGP-10 apresentaram as seguintes trajetórias,
na passagem de junho para julho: IPA, de 0,77% para 0,61%; IPC, de -0,39%
para -0,24% e INCC, de 1,75% para 0,52%. (Investnews - 19.07.2006) 6 IPC da Fipe registra alta em SP O IPC da Fipe voltou a registrar inflação na cidade de São Paulo na 2a quadrissemana de julho, após quase dois meses de taxas negativas. A taxa ficou em 0,02%. Apenas dois itens pesquisados pela Fipe registraram taxa negativa nesta apuração, Alimentação (-0,40%) e Vestuário (-0,37%). Todos os outros grupos tiveram alta: Habitação (0,17%), Transportes (0,16%), Despesas Pessoais (0,17%), Saúde (0,44%) e Educação (0,04%). (Investnews - 19.07.2006) 7
Dólar ontem e hoje
Internacional 1 G-8 deixa de lado proposta de Lula para energia renovável O presidente
Luiz Inácio Lula da Silva acumulou frustração também na forma como foi
tratada a sua outra prioridade na reunião de cúpula do G-8 (os sete países
mais industrializados do mundo, somados à Rússia) e das seis economias
em desenvolvimento, o G8+6. Sua proposta de investir na criação de um
mercado mundial para o etanol, o biodiesel e o H-Bio perdeu-se nas entrelinhas
do documento adicional dos 13 líderes reunidos ontem em São Petersburgo.
O relator do encontro, Sergey Prikhodko, deixou claro em seu parecer que
houve respaldo na implementação do Plano de Ação definido no dia anterior,
exclusivamente pelo G-8, e indicou que o grupo prefere a energia nuclear
como alternativa. Nenhum destaque especial foi dado aos combustíveis renováveis
tão caros ao governo brasileiro. (Elétrica - 19.07.2006) 2 Argentina e Paraguai fecham acordos no setor de energia O presidente
argentino Néstor Kirchner e o mandatário paraguaio Nicanor Duarte Frutos
assinaram nesta terça-feira acordos no setor de saúde, imigração e energia,
especialmente sobre a hidrelétrica binacional de Yacyretá, na fronteira
entre Paraguai e Argentina. Ambos dirigentes concordaram formar uma comissão
de especialistas para, em 90 dias, extrair conclusões sobre a viabilidade
técnica e administrativa do projeto hídrico. "Yacyretá lamentavelmente
tem uma história de desencontros, corrupção, frustrações e nada menos
do que 24 anos de atraso. Hoje demos um passo muito importante, que marca
o início de um rumo para um projeto que sempre esteve marcado por grande
obscurantismo", concluiu Kirchner. Calcula-se que são necessários US$
653 milhões para terminar o projeto. (Elétrica - 19.07.2006) 3 Chile quer independência em dois anos A presidente do Chile, Michelle Bachelet, afirmou no domingo que espera ver seu país tornar-se independente no setor energético dentro de dois anos. A declaração foi feita num momento em que os chilenos enfrentam problemas devido à alta dos preços do gás natural importado da Argentina pelo Chile. O Chile, que importa a maior parte do combustível que consome, tem no país vizinho seu único fornecedor de gás natural e viu-se obrigado a enfrentar cortes no fornecimento devido uma diminuição das reservas argentinas e a um aumento da demanda ali. Além disso, desde sábado a Argentina começou a cobrar mais pelo gás exportado, que compra da Bolívia. Parte desse aumento deve ser repassado aos chilenos. O Chile já entregou uma proposta sobre a forma como serão feitos esses aumentos. O país tenta diversificar sua matriz energética e espera colocar em funcionamento, dentro de dois anos, o projeto de gás natural liquefeito (GNL), com sede na região central. Além disso, há outros projetos energéticos sendo realizados pelo setor privado e pelo governo chilenos. Bachelet garantiu ainda que negocia com os argentinos a fim de que a alta do gás não tenha impacto sobre o orçamento das famílias chilenas. A presidente também negocia com as empresas de seu país responsáveis pela distribuição do gás natural. (Eletrosul - 18.07.2006)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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