l IFE: nº 1.846 - 12
de julho de 2006 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Leilões Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Reestruturação do Setor 1 ABCE: ICMS compromete mais de um terço da receita de elétricas Segundo
estudo feito pelo comitê jurídico-tributário da Associação Brasileira
das Concessionárias de Energia Elétrica, mais de um terço do faturamento
das concessionárias de energia elétrica está comprometido com o recolhimento
do ICMS e custos indiretos com a arrecadação. O levantamento objetiva
identificar as questões de maior impacto para as empresas de energia elétrica.
A ABCE pretende desenvolver um outro documento para quantificar os prejuízos
da arrecadação do tributo para as companhias. O estudo aponta os principais
temas relacionados à incidência do ICMS e seus impactos para as concessionárias.
Entre os pontos identificados, estão a incidência do ICMS na tarifa de
energia, na autoprodução de energia, e nas perdas técnicas; além do impacto
da reforma tributária, caso os projetos de lei em tramitação no Congresso
sejam aprovados. Outro ponto de impacto é a cobrança do tributo sobre
as tarifas de uso do sistema de distribuição e de transmissão. O resultado
do estudo é que, em muitos casos, a cobrança do ICMS é indevida. Os impactos
da carga tributária para as empresas serão incluídos no projeto desenvolvido
pela ABCE e demais associações do setor, a ser entregue aos representantes
dos candidatos à Presidência da República. (Agência Canal Energia - 11.07.2006)
2 Comerc Energia: país enfrentará equilíbrio de energia até 2009 Novos projetos
de fontes alternativas de energia foram desenvolvidos e os mais tradicionais
como hidráulica, passaram a receber novos investimentos por meio das estatais,
enquanto empresas privadas passaram a ver o Brasil como foco de meganegócios.
Mesmo assim, o setor energético tem encontrado na área de geração, gargalos
que podem comprometer a crescente demanda. Pelo levantamento da Comerc
Energia, o consumo atual de energia elétrica no País é de aproximadamente
47 mil MW médios. O crescimento estimado do consumo é de 4% a 4,5% ao
ano. Isso representa um crescimento anual do consumo da ordem de dois
mil MW. Considerando as usinas que entrarão em operação sem restrição,
cujas obras já estão em andamento, o equilíbrio entre oferta e demanda
será atingido em 2009. "A partir de 2009 precisaremos contar com a entrada
em operação de novas usinas, sejam hidrelétricas ou termelétricas", afirma
Marcelo Parodi, vice-presidente da Comerc Energia. Para suprir o País
com esses dois mil MW adicionais anuais, seria necessária a construção
de usinas hidrelétricas com capacidade instalada de algo em torno de quatro
mil MW em novos empreendimentos, ao ano. O cálculo da Comerc sobre investimentos
é de US$ 1,5 milhão por MW instalado. Portanto, serão necessários cerca
de US$ 6 bilhões anuais, só em geração. (Gazeta Mercantil - 12.07.2006)
3 Abrage: novos empreendimentos esbarram nos mesmos problemas Para o presidente
da Abrage, Flávio Antônio Neiva, o processo para a criação de novos empreendimentos
em energia esbarra quase sempre nos mesmos problemas, licenças prévias
e autorizações e, na maioria das vezes, na questão ambiental. "Sempre
depositamos grandes expectativas nos leilões porque assim podemos pensar
em usinas adequadas que vão suprir as necessidades do setor." Neiva avalia
que o setor precisaria, hoje, de investimentos de R$ 12 bilhões a R$ 14
bilhões ao ano para incrementar 2,8 mil MW médios para uma usina de cinco
mil MW de capacidade. "O Brasil precisa buscar uma legislação compatível
com as necessidades de geração", concluiu. (Gazeta Mercantil - 12.07.2006)
4
Governo fixa alíquota de 3,65% para PIS/Pasep e Cofins de contratos iniciais
5 Conta de energia deve vir com conta individual para o CIP Uma representação
do Ministério Público do Ceará, em Tianguá, a 320 km de Fortaleza, contra
a Coelce, fez com que a Aneel mudasse as contas de energia elétrica de
todo o Brasil. Agora as contas de energia devem vir com dois códigos de
barra. Um para a conta individual e outro para a Contribuição de Iluminação
Pública (CIP). Segundo o promotor de justiça, Manuel Adelfo de Façanha,
a medida é necessária porque o contribuinte não pode ser penalizado com
o atrelamento das duas contas. A Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços
Públicos e de Cidadania de Fortaleza (AMC), entende que a cobrança da
CIP juntamente com a conta de energia é amparada pela Constituição Federal,
já que o artigo 149 faculta que a cobrança seja feita na mesma fatura.
(Elétrica - 11.07.2006) 6 Aneel autoriza operação comercial de segunda turbina de Hidrelétrica Picada A Aneel
liberou para operação comercial a segunda unidade geradora da hidrelétrica
Picada. A turbina tem capacidade instalada de 25 MW e está em operação
desde o dia 7 de julho. A primeira unidade entrou em operação no dia 1º
deste mês. A usina, do consórcio Paraibuna, está localizada em Juiz de
Fora (MG). (Agência Canal Energia - 11.07.2006) A Associação
Brasileira de Empresas Geradoras de Energia Elétrica constituiu
Comitê de Segurança de Barragens e de Estruturas Civis de
Usinas com o objetivo de proporcionar às 13 empresas associadas
um fórum específico para troca de experiências, conhecimentos
e informações sobre esse assunto. O comitê vai tratar
das melhores técnicas para manutenção da barragens
existentes. (Agência Canal Energia - 11.07.2006) As famílias carentes do município de Passo Fundo (RS) cadastradas em um programa social do governo podem receber descontos de até 65% nas tarifas de água e luz. Os benefícios podem ser requeridos junto às repartições públicas por qualquer cidadão que comprove a necessidade. (Eletrosul - 11.07.2006)
Empresas 1 Venda da Cteep é investigada Em janeiro
deste ano, cinco meses antes do leilão de privatização da Cteep, o presidente
da estatal, José Sidnei Colombo Martini, reuniu-se na Colômbia com dirigentes
da Isa. O Ministério Público do Estado de São Paulo soube da viagem por
carta anônima e decidiu investigá-la. O promotor de Justiça Saad Maslun
disse ontem à noite que o secretário estadual de Energia, Mauro Arce,
será chamado para prestar depoimento no procedimento investigatório aberto
antes da realização do leilão. Segundo o promotor, o presidente da Cteep,
que já prestara depoimento no dia seguinte ao leilão, será convocado novamente.
Ele havia afirmado que não tinha tido participação no edital de venda,
mas, segundo o promotor, não esclareceu se teve participação em alguma
outra etapa da venda. Segundo o promotor, Mauro Arce e o presidente da
Cteep serão chamados para esclarecer as razões da viagem e se houve tratamento
privilegiado à empresa colombiana. O presidente da Cteep afirma no relatório
que foi designado pelo governo do Estado para empreender a viagem à Colômbia
e fazer apresentações técnico-institucionais sobre a transmissão paulista.
(Folha de São Paulo - 12.07.2006) Começa hoje a votação, na Assembléia, do acordo para liberar a divisão da CEEE. Para votar a proposta de emenda constitucional que dispensa plebiscito na aprovação da mudança, foi negociada a revogação da Lei 10.900, que permite a privatização da CEEE e da Companhia Riograndense de Mineração. Com o início do processo de votação, o governo espera convencer a Aneel a não multar a estatal por perda do prazo para a separação. (Zero Hora - 12.07.2006) 3 Eletropaulo aprova criação de nova classe B de ações PN A Eletropaulo
aprovou a criação da nova classe B de ações PN passando os papéis PN existentes
a constituir a classe A. Em assembléia geral extraordinária, a distribuidora
estabeleceu que as ações PNB terão as mesmas características que as da
classe A, além de terem o direito ao recebimento de um valor por ação
correspondente a, no mínimo, 100% do valor pago aos acionistas detentores
de papéis ON, na hipótese de alienação do controle da companhia. Os detentores
de ações PNB também terão direito de voto pleno, se a empresa deixar de
pagar, por três exercícios consecutivos, os dividendos aos acionistas.
Com a operação, o capital social da companhia passa a ser de R$ 1,057
bilhões, divididos em 41,835 bilhões de ações escriturais. Deste total,
16,651 bilhões são ações ON e 25,184 bilhões, PNA e/ou PNB. (Agência Canal
Energia - 11.07.2006) 4
Ampla aguarda empréstimo de R$ 300 mi do BNDES 5 Celpa terá consulta pública sobre prestação de serviços A Aneel
realiza na próximo dia 13 de junho em Belém, no Pará, consulta pública
para ouvir os consumidores sobre a qualidade dos serviços prestados pela
Celpa. As contribuições coletadas durante a reunião servirão como subsídio
à operação periódica de fiscalização da Agência programada para os meses
de setembro e outubro próximos na área de concessão da distribuidora.
Além de incentivar a melhoria da prestação dos serviços de energia elétrica,
o objetivo da consulta pública é proporcionar aos consumidores o acesso
direto a Aneel para contribuir com os processos de fiscalização. (Elétrica
- 11.07.2006) No pregão
do dia 11-07-2006, o IBOVESPA fechou a 36.553,56 pontos, representando
uma alta de 1,14% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 2,09
bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 0,52%,
fechando a 11.384,82 pontos. Este As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte
comportamento: ficaram cotadas a R$ 47,00 ON e R$ 44,51 PNB, alta de 1,34%
e 2,68%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior.
Na abertura do pregão do dia 12-07-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas
a R$ 47,00 as ações ON, estável em relação ao dia anterior e R$ 44,40
as ações PNB, baixa de 0,25% em relação ao dia anterior. (Investshop -
12.07.2006) A Aneel
aprovou na semana passada o ciclo 2005/2006 dos programas de Eficiência
Energética da Celg e Energipe. A Celg investirá R$ 4,232
milhões nos projetos do programa, enquanto a Energipe aplicará
R$ 2,686 milhões. Os projetos deverão ser finalizados até
30 de junho de 2007. (Agência Canal Energia - 11.07.2006) A Elektro tem realizado inspeções no município de Limeira para detectar fraudes na energia elétrica e coibir prejuízos. Nos primeiros seis meses deste ano, 465 procedimentos irregulares foram constatados - média de 2,5 por dia. (Elétrica - 12.07.06)
Leilões 1 Leilão de energia terá pouca oferta de novas hidroelétricas O próximo
leilão de energia nova, marcado para setembro, contará novamente com uma
baixa oferta de energia nova. A menos de dois meses da licitação, apenas
quatro usinas estão garantidas, de uma lista de 10 projetos. A exemplo
do leilão de dezembro de 2005, o impasse permanece na questão ambiental.
Isso porque as regras condicionam a inclusão dos projetos à obtenção da
licença prévia ambiental (LP). De uma oferta total de 1,986 mil MW, apenas
773,2 MW devem participar da disputa, volume inferior aos 804,6 MW da
licitação de 2005. Por enquanto, apenas as hidroelétricas Mauá (382,2
MW, PR), Dardanelos (261 MW, MT), Barra da Pomba (80 MW, RJ) e Cambuci
(50 MW, RJ) possuem a licença. Apesar disso, a questão ambiental não está
totalmente resolvida. Em Dardanelos, a licença prévia expira em 7 de agosto.
Além disso, a LP depende da aprovação dos deputados estaduais. O significativo
número de condicionantes é a preocupação de investidores interessados
em Cambuci e Barra da Pomba. A Fundação Estadual de Engenharia de Meio
Ambiente (Feema-RJ) concedeu a LP para os dois empreendimentos com 74
condicionantes, no total. (Elétrica - 11.07.2006) 2 Usinas ainda tentam licença prévia Das seis usinas sem a licença prévia ambiental LP, é certo que Ipueiras (480 MW, TO) e Itaguaçu (130 MW, GO) ficarão de fora do leilão. As usinas foram consideradas inviáveis do ponto de vista ambiental. Em situação indefinida estão Mirador (80 MW, GO), Salto Grande (53,3 MW, PR), Baixo Iguaçu (350 MW, PR) e Telêmaco Borba (120 MW, PR). Segundo a Agência Ambiental de Goiás (Agma), a concessão da LP para Mirador depende da elaboração do estudo integrado de bacias hidrográficas (EIBH), que avalia os impactos sinérgicos de várias hidroelétricas em uma bacia. De acordo com o IAP, Salto Grande é o projeto no Paraná que tem a maior chance de obter a LP. Mas isso deve ocorrer após setembro, já que o IAP tenta cassar ação civil pública movida pelo Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB) e pelo MST contra a usina, sob alegação de que a construção afeta área indígena. Em Telêmaco Borba, é provável que seja necessário a elaboração do EIBH. Isso porque a população em torno do rio Tibagi - onde também será construída Mauá - pressiona para a conservação do local. A situação mais complicada é a de Baixo Iguaçu. A usina impacta diretamente o Parque Nacional do Iguaçu. A grande preocupação do IAP diz respeito à etapa de construção do projeto, na qual o deslocamento de operários para a obra afetará de maneira irreversível o meio biótico do parque. (Elétrica - 11.07.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Blecaute no PA deixa 80 mil sem luz Mais de
80 mil moradores de Belém (PA) estão sem energia elétrica desde o início
da tarde de ontem. Acidente envolvendo duas torres de transmissão da Celpa
interrompeu o fornecimento de energia em dez bairros da cidade e ainda
deixou sem água os moradores de onze conjuntos residenciais. O problema
só deve ser contornado no final da noite de hoje, conforme previsão da
Celpa. O número de consumidores prejudicados passava dos 100 mil até o
início da noite de ontem, mas serviços emergencias, feitos pelos operários
da Rede Celpa, logo após o acidente, conseguiram restabelecer o fornecimento
de energia elétrica para pelo menos 20 mil pessoas. De acordo com informações
repassadas pela assessoria da Celpa, um trator que operava no local derrubou
as estruturas de concreto que sustentavam as duas torres de linha de transmissão,
cada uma com potência de 69 KV. A Rede Celpa garante que, apesar do esforço
e do intenso ritmo de trabalho de suas equipes, a previsão "mais otimista"
de restabelecimento de energia é de 36 horas. (O Liberal - 11.07.2006)
2 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 76% O nível de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 76%, apresentando queda de 0,2% em relação à medição do dia 09 de julho. A usina de Furnas atinge 82,6 % de volume de capacidade. (ONS - 10.07.2006) 3 Sul: nível dos reservatórios está em 29,2% A região
Sul apresentou queda de 0,1% em relação à última medição, com 29,2% de
capacidade armazenada. A usina de Machadinho apresenta 86,4% de capacidade
em seus reservatórios. (ONS - 10.07.2006) 4 NE apresenta 87,7% de capacidade armazenada Apresentando
queda de 0,2%, o Nordeste está com 87,7% de sua capacidade de armazenamento.
O reservatório de Sobradinho opera com 86,7% de volume de capacidade.
(ONS - 10.07.2006) 5 Norte tem 90% da capacidade de armazenamento O nível
de armazenamento da região Norte está em 90% apresentando queda de 0,5%
em relação ao dia 09 de julho. A usina de Tucuruí opera com 90,1% de volume
de armazenamento. (ONS - 10.07.2006)
Gás e Termoelétricas 1 Crédito de carbono pode gerar 30 bi Em 2007, o mercado de crédito carbono terá um potencial em todo o mundo, de 30 bilhões e o Brasil poderá responder por 20% desse total, com um potencial de ganho extra de cerca de 6 bilhões, revela uma pesquisa conduzida pelo consultor Antonio Carlos Porto Araújo, da Trevisan Escola de Negócios. Segundo o estudo da Trevisan Consult, atualmente o comércio de crédito de carbono, está movimentando a economia de grandes países. O Brasil que até há alguns meses ocupava o primeiro lugar no ranking dos principais produtores, acabou perdendo o lugar para a China e a Índia. Esses dois países em conjunto com a Austrália, Coréia do Sul e Japão produzem quase metade dos gases causadores do aquecimento global. Segundo a dados da consultoria, o Banco Mundial criou o "Prototype Carbon Fund", um fundo de investimento cujo objetivo é fomentar o projeto de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) nos países em desenvolvimento através dos recursos públicos e privados dos países industrializados. Segundo análise da Trevisan , a estimativa é que durante o ano passado tenham sido comercializadas aproximadamente 799 mil toneladas de dióxido de carbono, movimentando cerca de 9, 4 milhões. (Gazeta Mercantil - 12.07.2006) 2 Câmara dos Deputados analisa projeto de segurança nuclear A Câmara
dos Deputados deve analisar nesta quarta-feira, 12 de julho, projetos
de interesse do setor como segurança nuclear, biomassa e o Programa de
Financiamento de Geração de Energia (Energer) para Amazônia. A Comissão
de Minas e Energia pode votar o projeto de lei 7.068/06, que regulamenta
o acesso público aos documentos, expedientes e processos administrativos
que tratem de matéria de radioproteção, salvaguarda e segurança nuclear.
Pela proposta, o órgão regulador da área de radioproteção e segurança
nuclear ficará obrigado a fornecer informações sobre instalações nucleares
e radioativas, rejeitos nucleares e acidentes, situações de risco ou planos
de emergência nuclear. A comissão também tem em pauta o PL 3.960/04, que
determina a substituição dos combustíveis derivados de petróleo pelos
produzidos por fontes de biomassa. O Energer está na pauta da Comissão
de Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional. O programa
tem o objetivo de incentivar a instalação de unidades geradoras de energia
elétrica de pequeno porte - com capacidade de até 100 kW - para atender
os consumidores residenciais e rurais. (Agência Canal Energia - 11.07.2006)
Grandes Consumidores 1 CRVD: investidores fazem pressão por direito a voto Investidores
e analistas da Vale vêm se movimentando para convencer a empresa a adotar
uma estrutura societária unificada, seguindo modelo mundial das grandes
grupos internacionais, convertendo suas ações preferenciais em ordinárias
e passando, assim, a ter uma única classe de ações. Essa nova estrutura,
argumentam, colocaria a mineradora em pé de igualdade com suas principais
competidoras, a Rio Tinto e a BHP Billiton, que só possuem ações votantes.
Assim, mineradora brasileira passaria a ser avaliada de forma equânime
com suas concorrentes. Um dos argumentos mais fortes usados por analistas
na defesa da unificação é que a Vale passaria a ter uma moeda forte (uma
única ação) para ter mais criatividade no campo das aquisições de ativos.
Atualmente, os movimentos de consolidação globais, com destaque para os
setores de mineração e siderurgia, passam por dezenas de bilhões de dólares,
exigindo que as ações das empresas compradoras tenham valor e entrem como
moeda de pagamento na negociação. A empresa prefere não se pronunciar
sobre o assunto. (Valor Econômico - 12.07.2006)
Economia Brasileira 1 Fiesp: emprego cresce 3,65% no ano O nível de emprego na indústria paulista cresceu 3,65% no primeiro semestre deste ano. No período, foram criadas 75 mil novas vagas, de acordo com levantamento da Fiesp. Mas no mês passado a indústria gerou só 500 vagas e registrou estabilidade, com variação de 0,02%. Para a entidade, esse crescimento pode ser considerado nulo. Segundo o diretor da Fiesp, Paulo Francini, o número acumulado neste ano não pode ser comparado aos primeiros seis meses de 2005 devido à nova metodologia aplicada pela entidade. "Se tivéssemos a capacidade de dessazonalizar o setor, certamente esse índice estaria negativo", afirmou. (Folha de São Paulo - 12.07.2006) 2 Fiesp corta pela metade projeção de alta do PIB industrial A Fiesp revisou para baixo a projeção de crescimento do PIB industrial em 2006. De acordo com a nova estimativa a alta será de 3,5%, em vez dos 6% anunciados anteriormente . Além disso, a entidade prevê que, no encerramento do ano, a indústria de transformação nacional terá criado apenas 2% mais empregos do que em 2005. O diretor da Fiesp, Paulo Francini, explicou que em anos de sobrevalorização da moeda, como ocorre em 2006, o PIB industrial pode ter desempenho inferior ao do PIB nacional. "Neste cenário, o PIB pode crescer mais que a indústria, pois as importações levam parte da produção doméstica", disse Francini. A questão cambial continua sendo apontada como a grande vilã da produção industrial nacional, pois além de reduzir a margem de ganhos das empresas exportadoras, torna mais atrativa a importação de produtos industrializados, prejudicando as vendas internas da indústria. (Valor Econômico - 12.07.2006) 3
Produção industrial no AM cresce abaixo da média nacional 4 Mantega prevê crescimento acima da inflação O ministro
da Fazenda, Guido Mantega, disse que o país vai crescer, este ano, a uma
taxa superior à inflação, o que é uma situação inédita. Mantega afirmou
que, em 2006, o crescimento do PIB deverá ficar entre 4% e 4,5%, para
uma inflação, medida pelo IPCA, abaixo de 4%. Em 2007, o PIB será de 4,5%
ou 5% e, em 2008, poderá chegar a 5,5%. A economia brasileira, avaliou
Mantega, já entrou na rota do crescimento sustentado, porque vários fatores
positivos estão combinados. Ele destacou que a combinação de fatores positivos
que impulsiona o crescimento sustentado do Brasil é formada, principalmente,
por inflação baixa com expansão da economia, responsabilidade fiscal com
ampliação de programas sociais, queda do endividamento do governo e da
dívida externa e redução da taxa de juros em um cenário de turbulência
financeira internacional. (Valor Econômico - 12.07.2006) 5 Fundos são oportunidade de financiamento Os fundos
de participação (FIP) surgem como uma fonte alternativa de recursos para
infra-estrutura, setor altamente carente de investimentos. Estimativa
da Abvcap é que essas carteiras direcionem cerca de R$ 2,5 bilhões para
o financiamento de projetos no segmento até 2007. O pontapé inicial já
foi dado, com o lançamento na semana passada do fundo InfraBrasil, que
reúne patrimônio de R$ 620 milhões para investir - a meta do ABN Amro
Real, responsável pela gestão do FIP, é atingir uma captação de R$ 1 bilhão.
Para o diretor da Abvcap, Joubert Castro Filho, o déficit de investimentos
em infra-estrutura no País gera uma "oportunidade singular" para o investidor.
"A demanda no setor já existe", afirma. Segundo ele, além do InfraBrasil,
há pelos menos mais quatro fundos de private equity voltados para infra-estrutura
em fase de captação de recursos. Com uma necessidade estimada de investimentos
no setor acima de R$ 15 bilhões por ano, a Abdib fala em US$ 26,8 bilhões,
e o BNDES como principal fonte de financiamento, há espaço para a criação
de muitos fundos de participação. O FIP InfraBrasil, idealizado pelo BID,
tem como meta destinar recursos a cerca de dez projetos de infra-estrutura.
A seleção dos investimentos será feita nos primeiros três anos do fundo
e os desembolsos a partir do quarto ano. Há três projetos em análise nas
áreas de energia e transporte/logística. (Gazeta Mercantil - 12.07.2006)
6 IPC da Fipe aponta deflação de 0,19% A deflação do município de São Paulo desacelerou para 0,19% na primeira quadrissemana de julho, período de 30 dias até 07/07. Na divulgação anterior, referente ao fechamento de junho, o IPC havia apontado deflação de 0,31% em São Paulo, contra queda média nos preços de 0,22% em maio. A deflação, entretanto, já vinha desaceleração no decorrer de junho. Na segunda quadrissemana do mês passado, o índice chegou a apontar queda média de 0,50% nos preços. A perspectiva é de fim da trajetória de deflação em São Paulo. Esse movimento vai acompanhar os alimentos, que já vêm diminuindo o ritmo de baixa.Nos últimos 30 dias, a maior queda ainda foi do grupo Alimentação, de 1,11%. Mas menor do que no fechamento do mês anterior (-1,36%). Os demais itens apresentaram as seguintes variações nos últimos 30 dias: Saúde (0,23%), Habitação (0,17%); Transportes (-0,02%); Despesas Pessoais (-0,11%); Vestuário (0,18%); e Educação (0,03%). Julho deve fechar com inflação em torno de 0,20%, segundo previsão feita na última semana pelo coordenador do IPC-Fipe, Paulo Picchetti. O maior impacto deverá vir dos pacotes de viagens, que devem subir na média 6,5% no mês. O índice acumulou no primeiro semestre deste ano inflação de 0,10%. O coordenador da Fipe reduziu a previsão de taxa para o acumulado do ano, de 4% para 2,5%. (Folha de São Paulo - 12.07.2006) 7
Dólar ontem e hoje
Internacional 1 Projeto nuclear britânico agita o setor A promessa
do premiê britânico, Tony Blair, de reformular o mercado de energia do
país, encorajando a construção de usinas nucleares, abriu uma corrida
bilionária entre empresas francesas, alemãs e japonesas do setor. Com
a publicação da revisão do setor energético, o documento a partir do qual
Londres vai definir sua nova política pública para o setor, o governo
deu o primeiro passo para colocar em prática o plano de começar, a partir
de setembro, a conceder licenças para a construção de até 12 usinas nucleares
privadas. Entre as maiores multinacionais estão as francesas Areva, na
área nuclear, e a EDF na distribuição. As alemãs Eon e RWE também estão
se colocando no páreo, segundo analistas. A Westinghouse, que é da japonesa
Toshiba, e a americana General Electric também concorrem para abocanhar
um pedaço do programa nuclear britânico. O secretário (ministro) de Indústria
e Comércio do Reino Unido, Alistair Darling, disse que um terço das 23
usinas nucleares atualmente em operação no país vão terminar sua vida
útil nos próximos 20 anos. A expectativa do secretário é de que as primeiras
usinas da nova geração comecem a funcionar em 2016. O governo pretende
aumentar os preços dos combustíveis fósseis, como diesel e gasolina, para
encorajar os investimentos em energia nuclear e eólica. (Valor Econômico
- 12.07.06) 2 WWF pede investimento em energia renovável a G8 O WWF (World
Wildlife Fund) divulgou um estudo no qual recomenda aos países investir
mais no ambiente, já que isso resultará em benefício para um sistema energético
mais seguro. "O conceito de segurança energética não significa nada, a
menos que seja visto no contexto mais amplo de segurança ambiental, cuja
maior ameaça é a mudança climática causada pelo uso de energias fósseis",
explicou Jennifer Morgan, diretora dos programas sobre mudança climática
do WWF. Ela acrescentou que o G8 tem a "enorme responsabilidade de livrar
o mundo [das conseqüências] da mudança climática e da insegurança energética,
para o levar a um futuro mais são e seguro", e por isso recomendou que
esse assunto deva ser tratado na cúpula do G8 do próximo fim de semana.
Para a organização ecológica, os governos de todo o mundo deveriam realizar
um plano global de segurança climática e energética similar ao Plano Marshall.
Esse plano seria projetado para aprimorar as medidas de eficiência energética
e as fontes de energias renováveis e reduzir as emissões globais de CO2
e outros poluentes ambientais nos próximos 10 a 15 anos. O WWF disse ao
G8 que esse plano seria viável se os atuais subsídios aos combustíveis
fósseis, que chegam a US$ 250 bilhões ao ano, fossem destinados a iniciativas
em favor das energias renováveis. (Elétrica - 11.07.2006)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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