l IFE: nº 1.844 - 10
de julho de 2006 Índice Regulação e Reestruturação do Setor Empresas Oferta e Demanda de Energia Elétrica Gás e
Termelétricas Grandes
Consumidores Economia Brasileira
Regulação e Reestruturação do Setor 1 Paraguai ameaça ir a júri internacional O Paraguai pode
recorrer a um tribunal internacional caso o Brasil não leve adiante a
sua processa, feita recentemente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
de revisar o Tratado de Itaipu, para reduzir os juros da dívida da hidrelétrica
binacional. A ameaça em levar o assunto a instâncias internacionais foi
feita na sexta-feira pelo presidente do país vizinho, Nicanor Duarte.
Duarte afirmou que Lula "tem boa vontade para solucionar esse problema,
mas que no Brasil há uma estrutura poderosa dominada pelo Ministério das
Relações Exteriores". Considero o presidente Lula um líder humanista,
preocupado com as questões sociais, que entende a injustiça que o Paraguai
sofre, mas existe uma burocracia muito poderosa que exerce de certa forma
o poder real, que é o Itamaraty", afirmou Duarte. A reclamação do Paraguai
se relaciona com a taxa de juros de 7,5% anuais, mais uma dupla taxa baseada
na inflação norte-americana. No total, o país vizinho tem de pagar 13%
de juros pela dívida de Itaipu. A dívida, exigida pela Eletrobrás e pelo
Estado brasileiro chega a US$ 19 bilhões. Os técnicos do governo local
afirmaram que Itaipu "exaure" o Paraguai com os juros, e salientaram que
em 1997 a dívida era de US$ 16 bilhões e que no ano passado chegou a US$
19 bilhões. (Gazeta Mercantil - 10.07.2006) 2 Projeto da hidrelétrica Dardanelos gera polêmica O conjunto de
cachoeiras de Aripuanã, no noroeste de Mato Grosso considerado pelo Ministério
do Meio Ambiente área prioritária para a conservação, deve abrigar uma
hidrelétrica cujos estudos ambientais são contestados por especialistas
e pelo Ministério Público. Em setembro, se tudo correr como desejam a
estatal Eletronorte e o governo mato-grossense, a UHE Dardanelos será
leiloada pela Aneel. A licença prévia do empreendimento foi aprovada pela
Assembléia Legislativa de Mato Grosso no dia 23 de maio. "Se a hidrelétrica
sair, lá acabou", sentencia Allan Milhomens, coordenador do Proecotur
no Ministério do Meio Ambiente. Dos impactos descritos no EIA-Rima (relatório
de impacto ambiental), preparado pela Eletronorte e pela construtora Norberto
Odebrecht, 52 são negativos e 7 são positivos. (Folha de São Paulo - 09.07.2006)
3 Municípios recebem R$ 220,5 mi em compensação financeira no primeiro semestre Balanço feito
pela Aneel mostra que 613 municípios foram beneficiados com o repasse
da compensação financeira pela utilização de recursos hídricos no período
de janeiro a junho deste ano. Segundo o levantamento, os municípios receberam
R$ 220,5 milhões com o encargo. A compensação também beneficiou 21 estados
e o Distrito Federal, além dos ministérios de Minas e Energia e do Meio
Ambiente e do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico Tecnológico.
(Agência Canal Energia - 07.07.06) 4 Curtas A Aneel aprovou a transferência de autorização da empresa Destilaria Itaúnas para a Central Energética Itaúnas S/A para a implantação e ampliação da termelétrica Disa de 5,5 MW para 36 MW. A usina, que passará a se chamar Ceisa, deve entrar em operação comercial no dia 1º de novembro de 2007. (Agência Canal Energia - 10.07.06) A proposta do 3º Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico (Enase 2006) é debater o futuro do setor elétrico no próximo período presidencial, que acontece nos dias 8 e 9 de agosto, em São Paulo. Neste ano, o Enase 2006 apresentará diretrizes e demandas para a política energética do país nos próximos quatro anos. (Agência Canal Energia - 07.07.06)
Empresas 1 Eletrobrás vê prejuízo em privatização de SP Para a Eletrobrás,
a forma como o governo do Estado de São Paulo vendeu o controle acionário
da Cteep lhe causou prejuízo. Ela afirma que o Estado reduziu o preço
mínimo de venda e prejudicou os demais acionistas da companhia. A Eletrobrás
é a segunda maior acionista da Cteep, com 35,3% do capital total da empresa.
O presidente da Eletrobrás, Aloisio Vasconcelos, enviou uma carta ao secretário
estadual de Energia, Mauro Arce, duas semanas antes do leilão, em que
ele afirma que a companhia federal seria afetada. De acordo com a carta,
o preço mínimo foi reduzido em razão da discussão judicial sobre a responsabilidade
pelo pagamento da aposentadoria de 6.500 ex-funcionários da Cesp e da
Cteep. A Cteep é originária da divisão da Cesp no final dos anos 90. Engenheiros
do setor elétrico calculam que a redução tenha sido de R$ 1,4 bilhão.
O secretário estadual de Energia, Mauro Arce, diz que a redução foi de
cerca de R$ 300 milhões, "em valor presente". (Folha de São Paulo - 09.07.2006)
2 Secretário de Energia diz que não há prejuízo para minoritários Em carta ao presidente da Eletrobrás, o secretário de Energia do Estado de São Paulo, Mauro Arce, diz que é equivocada a interpretação da estatal de que houve prejuízo para os acionistas minoritários da Cteep. Segundo o secretário, a cláusula de ajuste de preço incluída no edital resguarda os interesses do Estado, caso a Justiça venha a desonerar a Cteep da responsabilidade pela complementação das aposentadorias. A carta confirma que as contingências impactaram a fixação do preço mínimo de venda das ações do bloco de controle. Arce argumenta que não houve prejuízo para os minoritários na medida em que a Cteep também sairá beneficiada -e, com ela, os acionistas minoritários-, se ficar livre da obrigação para com os aposentados que têm vantagens especiais decorrentes da lei estadual de 1958. Sobre a crítica da direção da Eletrobrás de que o edital de venda não obriga o novo acionista controlador a se empenhar na Justiça para livrar a companhia do ônus, Mauro Arce responde que tal exigência seria dispensável, porque a legislação vigente obriga os administradores a defender os interesses da companhia. (Folha de São Paulo - 09.07.2006) 3 Eletronorte: pronta para o leilão de Dardanelos A Eletronorte
diz que está pronta para o leilão de Dardanelos. A usina é segura do ponto
de vista ambiental e viável do ponto de vista econômico. "Estamos complementando
os dados do EIA-Rima e vamos entregá-los no início de agosto", diz Silviani
Froelich, gerente da Eletronorte. Segundo Froelich, a vazão remanescente
do rio, recalculada em 21 metros cúbicos por segundo para atender às condições
da licença prévia, permite que as cachoeiras tenham água o ano inteiro
e que Dardanelos siga gerando energia, mesmo na estação seca. Ela admite,
no entanto, que as PCHs Faxinal 1 e 2, já instaladas no salto dos Dardanelos,
poderão ter falta d'água. Sobre a não-inclusão do custo das linhas de
transmissão no estudo de impacto e no valor de Dardanelos no leilão, apontada
como um dos principais problemas do projeto da usina, Froelich afirma
que a estatal e a Odebrecht, sua parceira, se limitaram a atender o que
o governo do Estado havia pedido. "A linha de transmissão não foi solicitada
para licenciamento juntamente com a usina no termo de referência", disse.
(Folha de São Paulo - 10.07.2006) 4 Chefe da Casa Civil negocia projeto de cisão da
CEEE 5 Capital quer parcelar débito com a Celesc A Prefeitura
da Capital está devendo R$ 1,02 milhão às Celesc. A dívida é acumulada
de 1985 a 2005. Para resolver o imbróglio, o Executivo encaminhou à Câmara
de Vereadores projeto para parcelar o débito em cem vezes, acrescidos
de encargos definidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC),
mais juros de 1% ao mês. Em outra proposta encaminhada, a Prefeitura reconhece
ainda dívida de R$ 521 mil relativa à Cosip. A idéia também é parcelar
em cem vezes, nas mesmas condições. (Eletrosul - 10.07.2006) 6 Celesc tenta manter geradoras Após receber
oficialmente da Aneel a negativa de prorrogação dos prazos para se desfazer
dos ativos e participações desvinculados à distribuição de energia, a
maior estatal de Santa Catarina estuda a criação de uma empresa específica
para abarcar suas 12 PCHs. O prazo para desverticalização da Celesc já
foi prorrogado antes e expirou novamente em 30 de junho. Em maio a empresa
enviou à Aneel um novo pedido de alongamento do prazo. A Celesc tem mais
15 dias, a partir de ontem, para enviar uma nova contra-argumentação que
justifique a prorrogação. A novela da desverticalização vem das nova legislação
do setor, que proíbe uma única empresa de ser ao mesmo tempo geradora
e distribuidora de energia. (Eletrosul - 10.07.2006) Ao mesmo tempo
em que a Campos Novos Energia S.A. (Enercan) divulgou que espera entrar
em operação comercial com geração de energia ainda este ano, assim que
forem sanados os problemas encontrados na usina hidrelétrica, uma comitiva
do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e da Associação dos Reassentados
de Campos Novos (Arcan) foi recebida, pelo coordenador do Centro de Apoio
Operacional do Meio Ambiente (CME), promotor Luciano Trierweiller Naschenweng.
O grupo entregou representação relatando irregularidades no processo de
licenciamento ambiental e na operação da Usina Hidrelétrica de Campos
Novos com impacto ambiental na região de Campos Novos e Celso Ramos. Naschenweng
explicou que o MP já firmou termos de ajustamento de conduta (TACs) com
a Enercan para sanar irregularidades verificadas na construção da barragem.
Ele garantiu que o MP também vai apurar a possível ocorrência de crimes
ambientais decorrentes dos problemas apresentados atualmente na obra.
(Eletrosul - 10.07.2006) 8 Assembléia aprova adesão da Cesp ao Nível 1 A assembléia geral extraordinária da Cesp aprovou a adesão da companhia ao Nível 1 do mercado da Bovespa. A bolsa exige requisitos mínimos de governança corporativa para o ingresso de empresas neste segmento. A assembléia também determinou que 20% dos membros do conselho de administração sejam independentes. A Cesp também poderá criar uma nova classe de ações preferenciais do tipo B, nominativas escriturais e sem valor nominal. Os detentores dos novos papéis PNB terão direito de participar, em igualdade de condições com as ações ordinárias, da distribuição de dividendos obrigatórios. Estes acionistas também terão direito ao recebimento de um valor por ação, correspondente a 100% do valor pago por ação ao acionista controlador alienante, na hipótese de alienação do controle. (Investnews - 10.07.2006) 9 Consumidores fazem queixas da Coelba Queixas com relação ao consumo, cobranças de contas indevidas, pedidos de reembolso por danos causados por queda de energia não faltaram durante a audiência pública realizada ontem pela Aneel sobre a qualidade dos serviços prestados pela Coelba. A companhia é a quinta concessionária a ser submetida este ano ao processo de consulta pública para avaliação da prestação do serviço de distribuição de energia. Nos últimos quatro anos, a Coelba conseguiu reduzir em 85% o número de reclamações dos clientes na Bahia. Ainda assim, a multa que acumula na Aneel referente a 14 autos de infrações realizados no mesmo período é de R$4 milhões. Durante a fiscalização, este número pode receber um incremento. Para cada caso apresentado ontem durante a audiência, a Aneel encaminhará uma resposta formal. De acordo com o superintendente do Procon, Archimedes Pedreira Franco, a queda no número de reclamações registradas pelo órgão de defesa do consumidor tem sido expressiva nos últimos anos. Contra as 222 reclamações recebidas em 2002, ano passado elas somaram 83. (Eletrosul - 10.07.2006) 10 Ampla corta fornecimento da prefeitura de Magé A Ampla voltou
a corta o fornecimento de energia para 17 unidades administrativas da
prefeitura de Magé, na região metropolitana do Rio de Janeiro dia 7 de
julho. Segundo a distribuidora, a ação foi possível após a revogação da
liminar, que impedia o corte, concedida pela 10ª Câmara Cível do Tribunal
de Justiça do Rio de Janeiro. A prefeitura tem um débito de R$ 4,6 milhões
referente aos anos de 2005 e 2006. Além do débito, existe uma dívida vencida
de cotas de parcelamento em torno de R$ 600 mil - de um parcelamento total
de R$ 15 milhões -, que vinha sendo paga até então. Entretanto, desde
março de 2006, a prefeitura interrompeu o pagamento. (Agência Canal Energia
- 07.07.2006) 11 Escelsa conclui distribuição de debêntures A Escelsa anunciou o encerramento da distribuição de debêntures simples, não conversíveis em ações. A distribuidora arrecadou R$ 264 milhões com o lançamento de 26.400 papéis, com valor nominal de R$ 10 mil. A maior demanda veio de 47 fundos de pensão, que ficaram com 24.600 debêntures. Os outros 1,800 mil papéis foram adquiridos por duas instituições financeiras. Com a emissão, o grupo Energias do Brasil encerrou os lançamentos de debêntures das distribuidoras da holding, que arrecadaram R$ 815 milhões neste ano. A operação objetivou o alongamento do perfil da dívida, redução dos custos financeiros e diversificação das fontes de financiamento. Segundo a Energias do Brasil, a dívida consolidada de curto prazo, que antes das emissões representava 34,5%, passa para 6,5% do total da dívida bruta consolidada de R$ 3,036 bilhões. A Bandeirante Energia (SP) arrecadou R$ 250 milhões e a Enersul (MS), R$ 337,5 milhões com as emissões. (CVM - 07.07.2006) 12 Grupo Suez: modelo do mercado brasileiro é atrativo para investimentos O grupo francês
Suez anunciou que sua unidade internacional de energia assegurou 6 bilhões
de euros (US$ 7,6 bilhões) para o provável fluxo de caixa, durante 30
anos, a partir de 2009, da Tractebel Energia, controlada do grupo. A Tractebel
assinará novos contratos de energia, depois que o grupo Suez vendeu 493
MW nos leilões de energia organizados pelo governo brasileiro. Para a
Suez, os preços de eletricidade estão internacionalmente competitivos.
"Por meio de diferentes leilões, o novo modelo do mercado brasileiro se
mostrou capaz de trazer previsibilidade e de gradualmente melhorar a atratividade
do setor de energia para a Suez", declarou o CEO da Suez Energy International,
Dirk Beeuwsaert. O executivo acrescentou que o último leilão resultou
em contratos de 30 anos, o que é "essencial para a otimização e a administração
de riscos do portfólio dos clientes da Tractebel Energia". (Elétrica 07.07.2006)
13 CMS Energy é novo cliente Conectt A gaúcha Conectt
fechou contrato com a CMS Energy, holding composta por empresas que operam
nos segmentos de geração, distribuição e comercialização de energia elétrica
no interior do estado de São Paulo e possui mais de 172 mil clientes distribuídos
em 18 municípios. O projeto inicia com foco nas informações institucionais
do grupo e relacionamento com acionistas da holding, bem como fornecedores
e consumidores das subsidiárias, entre as quais Companhia Paulista de
Energia Elétrica, Companhia Jaguari de Energia, Companhia Sul Paulista
de Energia, Companhia Luz e Força de Mococa e CMS Energy Equipamentos,
Serviços, Indústria e Comércio S/A. Em um segundo momento, o site trará
outras informações e focará também no atendimento aos diferentes públicos
das empresas, desde seus consumidores, até fornecedores e comunidades.
(Elétrica - 07.07.2006) No pregão do
dia 07-07-2006, o IBOVESPA fechou a 36.101,98 pontos, representando uma
baixa de 1,18% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 1,71
bilhão. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização de 1,11%,
fechando a 11.254,17 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte
comportamento: ficaram cotadas a R$ 45,47 ON e R$ 42,90 PNB, baixa de
2,22% e 2,50%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior.
Na abertura do pregão do dia 10-07-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas
a R$ 45,50 as ações ON, alta de 0,07% em relação ao dia anterior e R$
42,89 as ações PNB, baixa de 0,02% em relação ao dia anterior. (Investshop
- 10.07.2006) O grupo privado
CPFL, de São Paulo (que tem como sócios a Votorantim, Bradesco e Camargo
Correa) ganhou a disputa e vai realizar as obras de infra-estrutura e
vender energia à Portonave, que implementa porto no município de Navegantes.
O negócio beira os R$ 15 milhões. (Eletrosul - 10.07.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 08/07/2006 a 14/07/2006. Tabela
Fonte: www.ccee.org.br
Gás e Termoelétricas 1 Petrobras: investimento na Colômbia e no Equador A Petrobras investirá US$ 150 milhões na Colômbia este ano, de acordo com Dirceu Abrahão, executivo-chefe (CEO) das operações colombianas do grupo. Serão investidos US$ 35 milhões no campo de Tayrona, bloco localizado na costa caribenha, informou Abrahão. A estatal vai explorar o bloco de Tayrona em associação com a Exxon Mobil Corp. e com a estatal colombiana Ecopetrol SA. Abrahão revelou que as três companhias poderiam iniciar a perfuração de poços no campo de Tayrona em 2007. Em outro comunicado, a Petrobras divulgou o aumento da produção do campo de Guando para 35 mil barris por dia. "A idéia é manter a produção durante o ano para que a companhia e o país possam se beneficiar do alto preço do petróleo", disse o CEO. A Petrobras investirá até US$ 500 milhões no Equador nos próximos cinco anos, de acordo com o diretor da Petrobras International, Nestor Cunar Cervero. "Este ano vamos investir US$ 160 milhões e nosso plano estratégico até 2011 prevê investimento de US$ 500 milhões no Equador", disse Cervero após assinatura de aliança estratégica com a estatal equatoriana Petroecuador para desenvolvimento de projetos no setor. Segundo Cunar, a companhia tem interesse no projeto de petróleo Ishpingo-Tambococha-Tiputini (ITT). (Jornal do Commercio - 08.07.2006) 2 Petrobras: investimento de R$ 200 mi em porto cearense A Petrobras
iniciará no dia 10, investimento de R$ 200 milhões na instalação de terminal
de armazenamento e de distribuição de derivados de petróleo no Porto do
Pecém (CE). A unidade movimentará, dentro de 18 meses, gasolina, óleo
diesel, álcool e biodiesel para a BR Distribuidora e demais empresas do
segmento, que recebem os derivados pelo Porto de Macuripe, em Fortaleza.
A movimentação será de cerca de 1,5 milhão de m3 por ano. O terminal terá
capacidade para armazenar 111,7 mil m3 em nove tanques. Ele ficará localizado
a 10 km do píer de líquidos do Porto do Pecém, que será operado pela Transpetro,
empresa de transportes da Petrobras. Uma vez atracado ao píer, o navio
será conectado a seis oleodutos que conduzirão os derivados até o terminal
da Petrobras. Ele, por sua vez, será conectado a base da BR Distribuidora,
que tem capacidade adicional de tancagem de 30 mil m3. Serão gerados 500
empregos diretos nas obras, que serão concluídas no segundo semestre de
2008. Em funcionamento, o Terminal manterá 100 empregos diretos e 200
indiretos. A estatal estima que a comercialização de produtos pelo terminal
representará R$ 2,5 bilhões por ano. (Jornal do Commercio - 08.07.2006)
3 Biodiesel terá 2 leilões nesta semana O governo vai
realizar na próxima semana o terceiro e o quarto leilões para compra de
biodiesel, com volume conjunto para 600 milhões de litros, informou a
ANP. No leilão do dia 11, em que serão oferecidos 50 milhões de litros
de biodiesel. Já no leilão do dia 12 serão ofertados 550 milhões de litros.
Assim como os dois primeiros, os novos leilões serão realizados através
do sistema de Licitações-e do Banco do Brasil. O biodiesel vendido nos
novos leilões terá de ser entregue de 1º de janeiro a 31 de dezembro de
2007. As compras serão feitas pela Petrobras (93%) e pela Refinaria Alberto
Pasqualini, a Refap (7%). Com os leilões, o governo pretende garantir
produto para as refinarias e mercado para os produtores, especialmente
os ligados a agricultura familiar num momento em que a mistura do produto
ao diesel convencional ainda é incipiente. A mistura de 2% já é obrigatória,
mas desde que haja oferta. A partir de 2008, no entanto, os fornecedores
de diesel serão obrigados a incluir o biodiesel no produto. (Jornal do
Commercio - 08.07.2006) 4 Petrobras continua conversando com Bolívia O presidente
da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, disse que os grupos técnicos do Brasil
e da Bolívia continuam conversando sobre o preço do gás importado no país
vizinho. Segundo ele, as reuniões tem um caráter estritamente técnico.
"Estamos nos reunindo toda semana com a YPFB em reuniões técnicas", disse
Gabrielli ao ser questionado se a decisão sobre a Bolívia poderia ter
também um caráter político. Gabrielli lembrou que o preço do GNL no mercado
internacional está caindo. A cotação do combustível é usada como argumento
pela Bolívia para sugerir um aumento do preço do gás vendido ao Brasil.
"O preço do gás é diferente do petróleo. Não tem referência mundial, depende
da infra-estrutura existente". (Gazeta Mercantil - 10.07.2006) 5 Fundo investe em projetos de biomassa no Brasil A empresa de engenharia gaúcha PTZ Bioenergy lança oficialmente no dia 18, em Porto Alegre, a criação de um fundo de private equity, de 50 milhões de euros, para investimentos em geração de energia a partir de biomassa. Os recursos, aportados pelas holandesas BTG (Biomass Technology Group) e BioHeat International, serão destinados a empresários dos setores madeireiro e agroindustrial que desenvolverem projetos como o da Camil, que em 2001 implantou uma usina movida a casca de arroz em Itaqui (RS), com potência de 4,2 MW. (Valor Econômico - 10.07.2006)
Grandes Consumidores 1 Aracruz registra lucro de R$ 230,1 mi A Aracruz Celulose
registrou lucro líquido de R$ 230,1 milhões no segundo trimestre deste
ano, resultado 53,3% inferior aos R$ 492,9 milhões obtidos entre abril
e junho do ano anterior. Segundo o diretor financeiro da companhia, Isac
Zagury, no segundo trimestre de 2005 a Aracruz foi beneficiada pelo efeito
da apreciação de 17% do real, principalmente sobre seu endividamento em
dólar, gerando receita monetária de R$ 320 milhões, o que não se repetiu
este ano. No semestre a fabricante de celulose branqueada de eucalipto
acumulou lucro de R$ 578 milhões, contra R$ 693,7 milhões nos seis primeiros
meses de 2005. Apesar do desempenho negativo em reais, o lucro da companhia
em dólar foi positivo, 88% superior ao registrado nos meses de abril a
junho de 2005. A receita da companhia foi de R$ 881,8 milhões de abril
a junho, praticamente estável em relação ao ano anterior. No acumulado
de janeiro a junho a receita da Aracruz teve alta de 8,6%, chegando a
R$ 1,732 bilhão. O Ebitda ajustado do trimestre foi de R$ 427 milhões
(48% de margem), comparado a R$ 426 milhões (53% de margem) no mesmo período
de 2005. (Jornal do Commercio - 08.07.2006) 2 Aracruz ainge volume de produção de 793 mil toneladas A Aracruz Celulose
atingiu volume de produção recorde de 793 mil toneladas de celulose branqueada
de eucalipto no trimestre, um incremento de 17% sobre o segundo trimestre
de 2005. O resultado inclui a participação na Veracel (50% controlada
pela Aracruz), que também atingiu produção recorde de 238 mil toneladas
de celulose, das quais 119 mil toneladas foram vendidas para a Aracruz.
No semestre foram produzidas 1,559 milhão de toneladas de celulose, 16,4%
a mais que em igual período do ano passado. Acompanhando a produção, as
vendas de celulose foram 17% maiores no segundo trimestre, passando a
722 mil toneladas. O início das operações da Veracel, em maio de 2005,
foi um dos principais fatores a impulsionar as vendas da companhia. No
lado da oferta, a análise destaca o impacto dos fechamentos de fábricas
de celulose que vêm ocorrendo nos últimos 12 meses, continua a ser sentido
pelo mercado, especialmente porque tais empresas estão ficando sem estoques
para venda. Esse quadro favoreceu os preços da celulose de mercado no
primeiro semestre. Até o momento a Aracruz reajustou três vezes os preços
da commodity no ano. (Jornal do Commercio - 08.07.2006) 3 Samarco deve obter US$ 600 mi no mercado externo A Samarco está
com operação no mercado internacional de empréstimos sindicalizados para
captar US$ 600 milhões, sob a liderança do Citigroup. Mas o total pode
crescer para US$ 800 milhões, segundo o "IFR Markets", visto que a oferta
de linhas de crédito para a empresa já ultrapassou os US$ 600 milhões.
Dez bancos já participam do empréstimo. Trata-se de um pré-pagamento à
exportação com duas parcelas. Uma delas, de US$ 300 milhões, tem prazo
de vencimento em sete anos e vai pagar prêmios de 0,65 ponto percentual
sobre a Libor - taxa interbancária de Londres - nos dois primeiros anos
de vigência mais 0,75 ponto percentual nos cinco demais. A outra parcela
de US$ 300 milhões tem vencimento em cinco anos e vai pagar spread de
0,45 ponto percentual sobre a Libor para os dois primeiros anos e de 0,50
ponto percentual nos 3 demais. (Valor Econômico - 10.07.2006) 4 BNDES libera verba maior para petroquímica O BNDES aumentou
em 16,5%, para R$ 662 milhões, a previsão de desembolsos totais para o
setor petroquímico em 2006. A alta é resultado da ampliação dos investimentos
das empresas. No ano passado, os desembolsos do BNDES para o setor somaram
R$ 568 milhões. Ao todo, segundo o banco, a carteira de projetos petroquímicos
alcança R$ 1,29 bilhão. Um outro termômetro da urgência da petroquímica
nacional, até pelo peso que exerce sobre a balança comercial brasileira,
é o novo plano de negócios da Petrobras anunciado na semana passada. O
plano prevê o acréscimo de US$ 1 bilhão no total de recursos que a estatal
vai investir no setor nos próximos seis anos. A previsão de investimentos,
que se limitava a US$ 2,3 bilhões no plano anterior, de 2006 a 2010, envolve
um montante que chega a US$ 3,3 bilhões entre 2007 e 2011, com destaque
para o novo Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, que deverá ser erguido
no município fluminense de Itaboraí. (Gazeta Mercantil - 10.07.2006)
Economia Brasileira 1 Combustível leva IPCA a deflação de 0,21% Com recuo dos preços do álcool e gasolina, o IPCA registrou em junho a primeira deflação do ano, de 0,21%, segundo o IBGE. Em maio, o IPCA registrou inflação de 0,10%. A taxa está ainda abaixo das previsões do Relatório de Mercado, do Banco Central, que projetavam deflação de 0,10%. O primeiro semestre do ano fechou com 1,54%, resultado inferior ao do mesmo período do ano passado (3,16%). Nos últimos 12 meses, o acumulado ficou em 4,03%, também abaixo da taxa de 4,23%, registrada nos 12 meses imediatamente anteriores. O aumento da oferta de cana-de-açúcar e menor demanda pelo produto fizeram com que o preço do preço do litro do álcool ficasse 8,77% mais barato em junho. A gasolina passou a custar menos 1,60%. Os artigos de vestuário, que recuaram de 0,90% para 0,59%, e os remédios, que desaceleraram de 1,41% para 0,21%, também contribuíram na redução do IPCA. Os produtos não-alimentícios apresentaram deflação de 0,10%, menos do que o resultado de 0,14% de maio. Na comparação entre 11 regiões do país, apenas Recife (0,21%) e Belo Horizonte (0,15%) não mostraram deflação. Brasília registrou o mais baixo resultado: -0,69%. Já São Paulo apresentou deflação de 0,30%. (Valor Econômico - 10.07.2006) 2 Focus: com IPCA menor mercado reduz aposta para Selic A contínua redução das projeções para a inflação abrem espaço para que o mercado aposte em uma redução do juro um pouco mais forte até o final do ano. Conforme o boletim Focus, a expectativa para a Selic caiu de 14,38% para 14,25% ao final do ano. Essa foi a segunda redução consecutiva do indicador. Apesar da queda, a projeção para o juro médio durante 2006 ficou inalterada em 15,38% no relatório divulgado na manha desta segunda-feira. A inflação menor e a chance de juro mais baixo até o final do ano, no entanto, não devem fazer efeito na produção, pelo menos por enquanto. Para a produção industrial, houve, inclusive, ligeira redução de 4,25% para 4,21% no acumulado do ano. Para o PIB, a aposta continua em 3,60%. (Investnews - 10.07.2006) 3 Focus: projeção do IPCA cai e atinge 3,81% 4 Focus: reduzida projeção do dólar para R$ 2,23 ao final do ano Analistas fizeram
um ligeiro ajuste das apostas para o dólar nos próximos meses. Conforme
o boletim Focus, foi reduzida a projeção para a moeda norte-americana
ao final do ano em um centavo, para R$ 2,23. Essa foi a segunda redução
seguida do dado. Apesar da queda da taxa ao final do período, ficou mantida
a projeção de dólar médio de R$ 2,20 durante o decorrer de 2006. Entre
os demais indicadores, houve redução da expectativa para o investimento
direto estrangeiro, que passou de US$ 15,45 bilhões para US$ 15 bilhões.
Para a balança comercial, ficou inalterada a projeção de saldo acumulado
de US$ 40 bilhões no ano. (Investnews - 10.07.2006) 5 Balança comercial tem superávit de US$ 1,693 bi na primeira semana de julho As contas do
comércio exterior nacional apresentaram superávit de US$ 1,693 bilhão
na primeira semana de julho (dias 1º a 9), com cinco dias úteis. O saldo
é resultado de exportações de US$ 3,561 bilhões - uma média diária de
US$ 712,2 milhões - e de importações de US$ 1,868 bilhão - média de US$
373,6 milhões por dia útil. Segundo a Secex, a balança comercial acumula
no ano, até o dia 9 de julho, superávit de US$ 21,226 bilhões. No período,
as exportações somam US$ 64,462 bilhões e as importações, US$ 43,236 bilhões.
No ano, a média diária de vendas ao exterior é de US$ 499,7 milhões e
a de compras, de US$ 335,2 milhões. (Valor Econômico - 10.07.2006) O dólar comercial abriu o dia em queda, a R$ 2,1730. Às 9h31, a moeda recuava 0,27%, a R$ 2,1740 na compra e a R$ 2,1760 na venda. Na última sexta-feira, o dólar comercial avançou 0,32%, cotado a R$ 2,18 na compra e a R$ 2,1820 na venda. (Valor Online - 10.07.2006)
Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados
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