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IFE: nº 1.843 - 07 de julho de 2006
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Primeiro fundo de investimento em infra-estrutura é lançado em SP
2 Funcef: interesse em leilões de LTs
3 Brasil investe em energia limpa
4 Tarifas mínimas de energia podem ser extintas
5 Aneel: CIP é desvinculado do consumo de energia elétrica no boleto
6 Brasil e Uruguai vão construir linha de transmissão
7 Curtas

Empresas
1 Pactual: Equatorial Energia está bem posicionada para consolidação
2 Cemig: autorizada a cortar energia em caso de inadimplência
3 Aneel refuta acusação da Celesc de demora na análise de questionamentos
4 Suez reforça presença no Brasil com € 6 bi
5 IFC adquire 2,7% do capital social da Endesa Brasil por US$ 50 mi
6 Enercan é pressionada por MAB e Arcan
7 AES Tietê: investimento de R$ 25,4 mi na modernização de usinas
8 Ashmore Energy: mudanças na venda da Elektro

9 Coelce: investimento de R$ 2,996 mi em projetos de P&D

10 Cotações da Eletrobrás

11 Curtas

Leilões
1 Estrangeiros interessados no leilão de transmissão

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 77,1%
2 Sul: nível dos reservatórios está em 29,5%
3 NE apresenta 88,6% de capacidade armazenada

4 Norte tem 92,1% da capacidade de armazenamento

Gás e Termelétricas
1 Petrobras disputa campo de gás na Índia
2 Petrobras e Petroecuador acertam aliança
3 Cresce o consumo de gás natural
4 Lula busca fortalecer relação com a Bolívia
5 Preço do gás sofre reajuste de 2,1% em MG
6 Transpetro e EPE assinam acordo de cooperação

Grandes Consumidores
1 Novelis quer vender ativos este ano e ganhar com a alta dos metais
2 Indefinição sobre tecnologia atrasa instalação de pólo de ácido acrílico

Economia Brasileira
1 Crédito cresce e deve alcançar 36% do PIB no fim do ano, estima Fazenda
2 Consumo não compensa perda na exportação

3 Captação dos fundos chega a R$ 43,2 bi
4 Abdib: infra-estrutura precisa de US$ 26,8 bilhões ao ano
5 Governo vê espaço para PIB crescer 4,5% no ano
6 INPC de junho aponta recuo de 0,07%
7 IPCA acumula inflação de 4,03% em 12 meses
8 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Venezuela investe 1,168 bi em energia elétrica
2 Chile não aceitará aumento de gás argentino
3 YPFB: embaixador não deve falar sobre negociações

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Primeiro fundo de investimento em infra-estrutura é lançado em SP

Representantes do BID, de fundos de pensão (Petros, da Petrobras, Previ, do Banco do Brasil e Valia, da CVRD) e do banco ABN Amro lançaram, em São Paulo, o InfraBrasil, que terá patrimônio de R$ 620 milhões podendo chegar a R$ 1 bilhão. O fundo investirá em projetos de infra-estrutura nas áreas de transportes, água e saneamento, telecomunicações, energia e transporte e distribuição de gás. "O marco regulatório e o ambiente para transportes e energia são os mais atraentes agora", diz Geoffrey Cleaver, superintendente do ABN Amro, instituição escolhida para gerir a carteira. A duração do fundo deve ser de, no máximo, 15 anos, com expectativa de prazo médio de oito anos. A idéia é buscar um mix de projetos que permita amortizar o investimento dos cotistas periodicamente. Já a expectativa de retorno é de IGP-M mais 11% a 12% ao ano. A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff louvou a iniciativa dos fundos estatais. "Os fundos estão tomando a consciência da importância dessa ação, de viabilizar que a poupança privada do Brasil se destine à infra-estrutura e ao setor produtivo do País", afirmou. (Jornal do Commercio - 07.07.2006)

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2 Funcef: interesse em leilões de LTs

O presidente da Funcef, Guilherme Lacerda, ao falar sobre a perspectiva de investimentos do InfraBrasil em gasodutos, explicou que as restrições jurídicas impedem que os fundos de pensão invistam no exterior, com exceção dos países do Mercosul. "Também estamos analisando a possibilidade de investir em projetos de integração das linhas de transmissão em países da América Latina", demonstrando ainda interesse em participar do próximo leilão de LT na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. No último leilão de LT, a Funcef só conseguiu participar de dois lotes, embora tivesse condições e interesse nos demais. "Nós tínhamos apenas R$ 30 milhões como patrimônio no fundo Brasil Energia e por isso ficamos de fora dos demais lotes. A Aneel terá que prever a participação de fundos de pensão e alterar as regras", diz. (Agência Canal Energia - 06.07.2006)

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3 Brasil investe em energia limpa

O Brasil investe para se tornar um produtor e consumidor de biodiesel e assim atender a demanda por energias renováveis e limpas de nosso planeta. O Programa Brasileiro de Agricultura Energética é o maior projeto energético do país e tem o objetivo de aumentar a participação do país na produção e exportação de biocombustíveis. Já estão sendo investidos o equivalente a 4 milhões de euros na instalação de um centro de alta tecnologia voltado a pesquisa e desenvolvimento de agroenergias. O centro está desenvolvendo pesquisas em cana-de-açúcar, mandioca, oleagionosas adicionáveis em biodiesel e demais fontes de energia alternativa. Em outubro, os governos brasileiro e japonês vão firmar contrato que prevê investimentos da ordem de R$ 1,286 bilhão do Banco de Cooperação Internacional do Japão (JBIC) no programa brasileiro, envolvendo projetos de etanol e biodiesel. A aplicação dos recursos está prevista para começar em abril de 2007. (Elétrica - 06.07.2006)

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4 Tarifas mínimas de energia podem ser extintas

Tramita na Câmara o Projeto de Lei 6724/06, do deputado Carlos Nader (PL-RJ), que proíbe as empresas concessionárias de serviços de água e energia elétrica de cobrar tarifas e taxas de consumo mínimo. Pela proposta, as empresas são autorizadas a cobrar apenas pelos serviços efetivamente utilizados pelo consumidor. Os infratores estarão sujeitos à multa de 200 a 3 milhões de Ufirs. "A cobrança de tarifas ou taxas mínimas constitui prática abusiva exatamente porque exige do consumidor o pagamento referente à mera disponibilização do serviço, sem considerar a sua efetiva prestação. Tal prática é repudiada pelo Código de Defesa do Consumidor", diz o autor do projeto. O projeto tramita em conjunto com o PL 1110/03, do Senado, que proíbe a cobrança de tarifas referentes a serviços que não tenham sido efetivamente prestados. (Elétrica - 06.07.2006)

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5 Aneel: CIP é desvinculado do consumo de energia elétrica no boleto

A Aneel julgou procedente, em última instância administrativa, representação do Ministério Público Estadual contra a Coelce visando a modificação do atual modelo de conta de energia, em que a companhia combina a cobrança do consumo de energia com a contribuição de iluminação pública (CIP). De acordo com o MP, a cobrança conjunta acontece em todo o Brasil, não permitindo que o consumidor tenha a opção de pagar somente o consumo, o tributo ou efetuar o pagamento do dois. "O cidadão é obrigado a pagar tudo, tributo e consumo de energia, ou nada, ficando inadimplente com o fisco municipal e com o fornecedor de energia, o que acarreta o corte do fornecimento", afirma o Promotor de Justiça Manuel Adelfo de Façanha e Gonçalves. Segundo Manuel, com a decisão da agência, o tributo CIP será desvinculado do consumo de energia elétrica, vindo no mesmo boleto, mas cada qual em um espaço próprio, com um código de barras independente. (Elétrica - 06.07.2006)

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6 Brasil e Uruguai vão construir linha de transmissão

Brasil e Uruguai anunciaram a construção, a partir de 2007, de uma linha de transmissão de energia elétrica com capacidade de transportar mil MW entre os dois países, em projeto orçado em US$ 150 milhões. O investimento será feito pelo governo uruguaio, que buscará parcerias com o setor privado para estender a linha entre San Carlos, no Uruguai, e Candiota, no Rio Grande do Sul, em trajeto de 400 km. Construída em 500 kv de tensão, a linha permitirá que o Brasil exporte ou importe energia do Uruguai. Técnicos dos dois países vão concluir os estudos sobre o projeto, de acordo com determinação de memorando de entendimento assinado por Silas Rondeau e o ministro de Indústria, Energia e Mineração do Uruguai, Jorge Lepra. Rondeau informou que na quarta-feira um grupo de trabalho se reunirá em Montevidéu para dar andamento ao projeto do linhão. Em 60 dias, o grupo apresentará uma conclusão e será definido um cronograma para os trabalhos. O ministro uruguaio previu que a linha de transmissão poderá entrar em operação 24 meses após o início das obras. O trecho brasileiro do linhão, com cerca de 60 km, poderá ser construído pela gaúcha CEEE, disse Rondeau. No encontro, também ficou acertado que a Petrobras trabalhará com a Ancap, estatal uruguaia do petróleo, para avaliar ações na área de exploração e produção off shore de gás e óleo no Uruguai. (Valor Econômico - 06.07.2006)

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7 Curtas

O Programa de Conservação de Energia Elétrica (Procel) da Eletrobrás e a PUC-MG assinam no dia 7 de julho, um convênio para avaliar como os equipamentos usados por sistemas solares de aquecimento estão sendo instalados em diversas regiões do país. De acordo com a assessoria de imprensa da Eletrobrás, a implantação do projeto terá investimento de R$ 1,72 milhão. (APMPE - 06.07.2006)

O secretário-executivo do MME, Nelson Hubner, coordenador da Comissão Especial dos Leilões de Energia Elétrica, informa o seguinte: para fins da declaração de necessidades de que trata a Portaria MME nº 120, de 2006, o Montante de Reposição - MR, de que trata o art. 24 do Decreto 5.163, de 2004, inclui a redução das quantidades de energia elétrica de contratos em vigor e não apenas os montantes decorrentes da sua extinção. (APMPE - 06.07.2006)

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Empresas

1 Pactual: Equatorial Energia está bem posicionada para consolidação

Os analistas do banco Pactual recomendaram a compra das units da Equatorial, teceram comentários sobre os principais riscos e, além disso, discorreram sobre a tendência de consolidação no setor elétrico. De acordo com os analistas, nos próximos anos as elétricas deverão experimentar um movimento de consolidação, no qual a Equatorial parece estar muito bem posicionada para se tornar um importante player do setor. Na opinião dos analistas do banco, este movimento já começou e deverá afetar empresas que atuam em todos os segmentos do setor elétrico: geração, distribuição e transmissão. Neste sentido, o Pactual prevê para a Equatorial algumas oportunidades interessantes de aquisição. Entre estas, os analistas conferiram destaque a duas: Cepisa (Companhia Energética do Piauí) e Ceal (Companhia Energética de Alagoas). Além destas, outras companhias também podem ser adquiridas em médio prazo, lembra o banco, como a Celg e a CEB. (Elétrica - 06.07.2006)

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2 Cemig: autorizada a cortar energia em caso de inadimplência

A 7ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minais Gerais manteve a sentença de primeira instância e confirmou o corte de energia de um consumidor. De acordo com os autos, o consumidor alega que em 2004 recebeu um aviso de débito resultado de uma suposta irregularidade no medidor de energia em seu imóvel, que funciona como uma empresa. Ele relatou que não houve qualquer inspeção da Cemig e entrou com recursos administrativos, que foram indeferidos. O desembargador Wander Marotta, relator do processo, afirma que o empresário teve acesso ao Termo de Reconhecimento de Irregularidade, comprovando que ele teve ciência do ocorrido e não juntou ao processo o termo para que fosse analisado. O juiz, com base nos artigos 72 e 90 da Resolução 456 da Aneel, ressaltou que a concessionária pode suspender o fornecimento de energia quando não houver pagamento dos serviços prestados. Assim, a Cemig está autorizada a manter o corte de energia do empresário. Os desembargadores Belizário de Lacerda e Pinheiro Lago acompanharam o voto do relator e negaram provimento. (Elétrica - 06.07.2006)

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3 Aneel refuta acusação da Celesc de demora na análise de questionamentos

A Aneel negou no dia 5 de julho, que tenha demorado a analisar os questionamentos da Celesc sobre o processo de desverticalização. Segundo Romeu Rufino, superintendente da Aneel, a empresa enviou um conjunto de aproximadamente 40 perguntas e todas foram respondidas com celeridade, com exceção de duas que também já foram atendidas. O diretor financeiro da Celesc, Gerson Berti disse que o atraso na conclusão se devia em boa parte à demora das respostas da Aneel. A Aneel vai notificar a Celesc para explicar os motivos do não cumprimento do prazo de desverticalização. A empresa pode ser multada em até 2% do faturamento bruto anual e no extremo perder a concessão de distribuição. A Celesc terá a partir da notificação 15 dias para enviar a Aneel as justificativas. (Agência Canal Energia - 06.07.2006)

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4 Suez reforça presença no Brasil com € 6 bi

A Tractebel Energia, filial brasileira do grupo franco-belga Suez, negociou a venda de eletricidade de suas centrais hidrelétricas de Itá e Cana Brava por um montante de €6 bilhões (US$ 7,6 bilhões) durante 30 anos, a partir de 2009. A venda de 220 e 273 MW das duas usinas representa um preço médio de 46,67 euros por MW/h anunciou Suez em comunicado. O responsável pela atividade internacional de energia em Suez, Dirk Beeuwsaert, afirmou que o novo modelo do mercado de licitações brasileiro se mostrou atrativo para a empresa em seus três anos de funcionamento. "Isto confirma a estratégia internacional da Suez, que consiste em reforçar sua presença no crescente mercado brasileiro, assim como sua posição como primeiro produtor privado no País". "O resultado desse leilão resultou em contratos assegurados para 30 anos e é essencial para a otimização e a administração de riscos do portfólio dos clientes da Tractebel Energia". Outra licitação de energia está ocorrerá no dia 5 de setembro. A Suez pretende propor novos projetos, que oferecerão eletricidade também por um período de 30 anos, a partir de 2011. (Gazeta Mercantil - 07.07.2006)

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5 IFC adquire 2,7% do capital social da Endesa Brasil por US$ 50 mi

A Endesa Brasil, holding na área de energia controlada pela espanhola Endesa International, pode abrir capital. A possibilidade foi estabelecida com a venda de 2,7% do capital da subsidiária brasileira, no montante de US$ 50 milhões, ao International Finance Corporation (IFC), organismo de investimento do Banco Mundial. A transação tem como condicionante a entrada da Endesa Brasil na Bovespa, em um prazo de três anos. Segundo comunicado enviado ao mercado pela espanhola Endesa International, que passa a deter 97,3% do capital da Endesa Brasil, na hipótese de a empresa não abrir seu capital dentro do prazo estipulado no acordo de aquisição, o IFC terá alternativa de vender a participação recém-adquirida a preço de mercado. O acordo prevê possível ajuste do preço pago pela instituição caso o preço de venda das ações na bolsa seja inferior ao desembolso do IFC, em valores atualizados na época da venda das ações. Com a operação, o IFC se tornará o primeiro acionista externo ao grupo a incorporar-se ao controle acionário. (Jornal do Commercio - 07.07.2006)

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6 Enercan é pressionada por MAB e Arcan

Uma comitiva do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e da Associação dos Reassentados de Campos Novos (Arcan) foi recebida, ontem, pelo coordenador do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente (CME), Luciano Trierweiller Naschenweng. O grupo entregou representação relatando irregularidades no processo de licenciamento ambiental e na operação da Usina Hidrelétrica de Campos Novos da Enercan, no rio Canoas, com impacto ambiental na região de Campos Novos e Celso Ramos. Naschenweng explicou que o MP já firmou termos de ajustamento de conduta (TACs) com a Enercan para sanar irregularidades verificadas na construção da barragem. Ele garantiu que o MP também vai apurar a possível ocorrência de crimes ambientais decorrentes dos problemas apresentados atualmente na obra. O MAB também confirmou que protocolou junto à Fundação do Meio Ambiente um pedido de cancelamento da concessão ambiental emitida no dia 26 de janeiro e que permitia o enchimento do lago da barragem. Além disso, está pedindo a Aneel a execução da multa pelo atraso na geração de energia. (A Notícia - 07.07.2006)

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7 AES Tietê: investimento de R$ 25,4 mi na modernização de usinas

Para melhorar os índices de disponibilidade e de falhas, a AES Tietê reservou R$ 25,4 milhões para investimentos na modernização e recapacitação de quatro hidrelétricas este ano: Bariri, Água Vermelha, Nova Avanhaduava e Limoeiro. A maior intervenção está sendo realizada na usina de Bariri, cujas unidades geradoras 2 e 3 estão passando pela primeira manutenção preventiva geral. A operação consiste no desmonte de toda a máquina, para revisão e substituição das peças. O objetivo é recuperar as condições do plano original. "Essas máquinas estão em funcionamento há cerca de 30 anos, então, é normal que a vida útil delas chegue ao fim. O trabalho permite recuperar a confiabilidade do equipamento", explicou Juan Carlos Castagnino, diretor de operação e manutenção da AES Tietê. Além da recapacitação das máquinas, observou Castagnino, elas receberão tecnologia digital de controle remoto a partir do centro de despacho. As usinas de Água Vermelha e Nova Avanhaduava receberão este ano novos reguladores de velocidade e transformadores. Já a hidrelétrica de Limoeiro terá as unidades geradoras 1 e 2 automatizadas. Segundo o executivo, a AES Tietê tem um plano de longo prazo para recapacitação e modernização de todas as 32 máquinas. "Queremos ter, pelo menos, uma unidade modernizada por ano", disse. (Agência Canal Energia - 06.07.2006)

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8 Ashmore Energy: mudanças na venda da Elektro

O processo de venda da Elektro ganhou nova forma. O fundo inglês Ashmore Energy International Limited é o novo controlador da Prisma Energy - empresa que reúne os antigos credores da Enron e dona da distribuidora paulista. O presidente da Elektro, Orlando González permanecerá à frente da distribuidora, mas com poderes restritos. Ele não poderá mais, por exemplo, conduzir as gestões para a venda da empresa. Este papel foi assumido pelo próprio Ashmore. Ao mesmo tempo, os ingleses vão mudar o formato de venda do controle da Elektro. Deverão cancelar a oferta primária de ações da empresa, operação que funcionaria como a porta de saída da Prisma Energy. O Ashmore pretende realizar a venda pura e simples da distribuidora. Quer sacramentar o negócio no primeiro trimestre de 2007, tão logo seja feita a distribuição dos dividendos relativa ao atual exercício. Desde que arrematou o controle da Prisma, no mês passado, o Ashmore já foi sondado por três candidatos à compra da Elektro: Copel, Endesa e o fundo norte-americano Carlyle. A Elektro vai puxar a fila dos ativos da antiga Prisma na América do Sul que serão negociados pelo Ashmore. (Elétrica - 06.07.2006)

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9 Coelce: investimento de R$ 2,996 mi em projetos de P&D

A Coelce vai investir R$ 2,996 milhões em projetos de pesquisa e desenvolvimento no ciclo 2005/2006. Segundo o chefe do departamento de P&D da empresa, Odailton Anudo, a Coelce encerrou em maio as atividades do ciclo 2004/2005. Neste ciclo, a empresa investiu R$ 3,275 milhões. Para o atual ciclo, o executivo explica que estão previstos 12 projetos, dos quais seis são novos e outros seis já vinham sendo realizados nos ciclos anteriores. Entre os novos projetos, Anudo destaca o Programa Ecoelce, que propõe aos clientes o pagamento da energia através de matérias recicláveis e tem orçamento previsto de R$ 249 mil. Para o projeto que prevê o corte e religamento do sistema através do dispositivo blue tooth, uma espécie de "controle remoto", o custo será de R$ 233 mil. Segundo Anudo, o projeto de detector de falhas de isoladores, com orçamento de R$ 295 mil, é mais uma das novidades do programa de P&D da Coelce para este ciclo. "Ele permite que o operador verifique qual é a falha sem precisar desligar a rede de distribuição", diz. Outros R$ 275 mil serão aplicados no projeto de criação de um sistema que irá controlar automaticamente os reguladores indutivos. Já para o projeto de avaliação do grau de correlação entre chuva e energia requerida serão investidos R$ 202 mil. (Agência Canal Energia - 06.07.2006)

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10 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 06-07-2006, o IBOVESPA fechou a 36.533,13 pontos, representando uma alta de 0,43% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 2,09 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 0,79%, fechando a 11.380,44 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 46,50 ON e R$ 44,00 PNB, alta de 0,22% e 1,78%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Na abertura do pregão do dia 07-07-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 46,50 as ações ON, estável em relação ao dia anterior e R$ 44,30 as ações PNB, alta de 0,68% em relação ao dia anterior. (Investshop - 07.07.2006)

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11 Curtas

A Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. convocou os acionistas para a assembléia geral extraordinária, que será realizada no dia 25 de julho, às 10 horas. A reunião vai decidir sobre a reformulação da administração da sociedade, em virtude do processo de admissão da companhia ao nível II de governança corporativa da Bovespa. Além disso, a assembléia discutirá o desdobramento das ações em que se divide o capital social da empresa, na proporção de quatro ações da mesma espécie para cada uma ação existente; e a alteração do limite do capital autorizado da sociedade. (Agência Canal Energia - 06.07.2006)

O presidente do grupo CPFL Energia, Wilson Ferreira Jr, assumiu no dia 6 de julho, a presidência da RGE Energia (RS). O executivo também exercerá a presidência do conselho de administração da distribuidora gaúcha. Segundo a RGE, Sidney Simonaggio, que ocupou o cargo nos últimos seis anos, assumirá uma nova diretoria da CPFL Energia, voltada para o ingresso da holding na área de transmissão. (Agência Canal Energia - 06.07.2006)

A Universidade Federal do Mato Grosso passará por obras de adequação dos circuitos elétricos e substituição de 300 condicionadores de ar de duas faculdades e do hospital universitário. Segundo a Cemat, a meta é reduzir consumo em 30%. As obras serão iniciadas em agosto ao custo de R$ 627.485,80, dos quais R$ 345.672,00 serão repassados pela universidade em 68 vezes. (Agência Canal Energia - 07.07.2006)

Os investimentos da Cemar em 2007 deverão estar concentrados no programa Luz para Todos, iniciativa que, de acordo com o banco, deverá apresentar um retorno muito baixo, mas que será financiado em grande parte com recursos do Governo Federal. Mais especificamente, 74% do Capex tem no governo sua fonte de financiamento, enquanto 11% será financiado pela Eletrobrás, com um custo nominal de 6% ao ano. O restante, referente a investimentos indiretos, será financiando com recursos da própria Cemar. (Elétrica - 06.07.2006)

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Leilões

1 Estrangeiros interessados no leilão de transmissão

Os investidores estrangeiros avançam sobre o setor de transmissão de energia brasileiro e prometem acirrar a disputa do próximo leilão de novas linhas, marcado para 18 de agosto. Para se ter uma idéia, 11 das 28 empresas que entregaram a documentação para a pré-qualificação na licitação são estrangeiras. Entre as interessadas, destaca-se a colombiana ISA e a Terna Participações , que pretende abrir capital no Brasil. Vários fatores explicam o interesse estrangeiro em transmissão, entre eles o menor custo ambiental se comparado com os projetos de geração e a previsibilidade em termos de receita. Somam-se a esses pontos o marco regulatório estável e a operação do sistema por uma entidade independente e com regras isonômicas para todos os agentes, no caso o ONS. A conjugação desses fatores contribui para que a transmissão tenha o menor risco entre as atividades da cadeia do setor elétrico. Até 2012, serão construídos 20 mil km de LT, como destacou César Augusto Ramírez, vice-presidente de estratégia corporativa da ISA. Estimativas do governo federal indicam que a expansão do setor de transmissão consumirá R$ 40 bilhões em investimentos nos próximos 10 anos. (Elétrica - 06.07.2006)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 77,1%

O nível de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 77,1%, apresentando queda de 0,4% em relação à medição do dia 03 de julho. A usina de Furnas atinge 83,6 % de volume de capacidade. (ONS - 05.07.2006)

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2 Sul: nível dos reservatórios está em 29,5%

A região Sul apresentou queda de 0,6% em relação à última medição, com 29,5% de capacidade armazenada. A usina de Machadinho apresenta 86,6% de capacidade em seus reservatórios. (ONS - 05.07.2006)

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3 NE apresenta 88,6% de capacidade armazenada

Apresentando queda de 0,3%, o Nordeste está com 88,6% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de Sobradinho opera com 88,2% de volume de capacidade. (ONS - 05.07.2006)

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4 Norte tem 92,1% da capacidade de armazenamento

O nível de armazenamento da região Norte está em 92,1% apresentando queda de 0,5% em relação ao dia 03 de julho. A usina de Tucuruí opera com 92,6% de volume de armazenamento. (ONS - 05.07.2006)

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Gás e Termoelétricas

1 Petrobras disputa campo de gás na Índia

A Petrobras e mais 12 petrolíferas, incluindo a Exxon Mobil, Royal Dutch Shell, BP, BG Group e Total apresentaram propostas iniciais para comprar uma participação em um dos maiores campos de gás natural da Índia. A companhia estatal indiana de exploração Gujarat State Petroleum descobriu gás no sudeste da Índia em junho do ano passado e informou que o campo deve conter até 20 trilhões de pés cúbicos. Representantes locais da Exxon e da BG confirmaram o interesse no campo, enquanto as outras empresas não comentaram o assunto. As demais petrolíferas que participam da disputa são a Petronas (Malásia), ENI (Itália), Statoil (Noruega), Repsol YPF (Espanha), Anadarko Petroleum (EUA), Husky Energy (Canadá) e Crescent Petroleum (Emirados Árabes). (Gazeta Mercantil - 07.07.2006)

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2 Petrobras e Petroecuador acertam aliança

A Petrobras e a Petroecuador acertaram uma aliança estratégica para projetos conjuntos de petróleo e gás nos próximos cinco anos. O acordo entre as duas petrolíferas estatais se concretiza no momento em que o governo equatoriano prepara uma licitação para este ano de áreas petrolíferas, com reservas provadas de mais de 1 bilhão de barris de óleo cru em sua selva amazônica. As duas empresas formarão um comitê executivo para identificação dos projetos. A instrumentação poderá ser feita por meio de filiais, operadores ou prestadores de serviço, segundo cópia do convênio obtida pela Reuters. (Gazeta Mercantil - 07.07.2006)

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3 Cresce o consumo de gás natural

O consumo de gás natural no mercado brasileiro cresceu 7,79% em maio deste ano na comparação a igual mês de 2005, passando de 37,3 milhões para 40,2 milhões de metros cúbicos diários, informou a Abegás. O aumento ocorreu apesar das incertezas causadas pela nacionalização das reservas de gás natural da Petrobras na Bolívia e da previsão de um aumento, ainda no mês, do preço da commodity importada. As termelétricas, que representam aproximadamente 20% do consumo brasileiro de gás natural, registraram queda de 4,82% na comparação entre os dois períodos. Segundo o presidente da Abegás, Romero de Oliveira, o resultado do setor de geração elétrica foi influenciado pelo rompimento de um oleoduto em Chaco, na Bolívia. As termelétricas são as primeiras a terem fornecimento de gás natural cortado em caso de risco de desabastecimento do produto no mercado interno. Por causa do rompimento do oleoduto boliviano, ocorrido depois de chuvas intensas no país vizinho, as termelétricas brasileiras foram obrigadas a utilizar óleo combustível. Na comparação entre abril e maio deste ano, no entanto, a geração elétrica apresentou recuperação, com crescimento de 16,24%, frente à queda de 43% março e abril de 2006. (Jornal do Commercio - 06.07.2006)

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4 Lula busca fortalecer relação com a Bolívia

O presidente Lula reuniu-se a portas fechadas com seu colega boliviano Evo Morales, na noite de terça-feira. Lula conversou por meia hora com Evo. Disse a ele que o Brasil pretende retomar a "agenda positiva" com a Bolívia, mas insistiu num ponto considerado crucial para o Palácio do Planalto: a aliança não pode ser contaminada pela negociação em torno do preço do gás natural. Lula procurou amenizar as divergências motivadas pela tentativa boliviana de politizar o debate, exigindo antes de mais nada o reajuste do preço do gás fornecido ao Brasil. Diplomático, pediu paciência para que seja formada uma "parceria mais efetiva". "Isso é que nem casamento: demora, mas o que queremos é que seja duradouro", comparou o presidente. "Não temos que discutir apenas os problemas do gás, até porque o contrato (com a Petrobras) já prevê isso", ponderou Lula. Evo acabou adotando o mesmo tom conciliador e disse ter ficado "muito surpreso" com a solidariedade. Observou, no entanto, que sua decisão de nacionalizar as reservas de gás, em maio, não foi tomada para provocar conflito com a Petrobras, nem com o governo brasileiro. Mesmo assim, ele garantiu não ter intenção de entrar numa "peleja" com Lula. (Jornal do Commercio - 06.07.2006)

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5 Preço do gás sofre reajuste de 2,1% em MG

O preço do gás natural em Minas será reajustado a partir da próxima sexta-feira, dia 14. O aumento médio a ser aplicado pela Gasmig será de 2,1%, bem abaixo da média de 6% esperada pelo mercado. O reajuste será inferior ao esperado porque a elevação do preço do combustível na Bolívia também ficou abaixo das expectativas. Em Minas, o aumento será menor do que o aplicado em outros estados. É que apenas 30% do gás consumido aqui é proveniente da Bolívia contra 70% em São Paulo e 100% no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. De acordo com o diretor comercial da Gasmig, Roberto Garcia, o preço do gás boliviano vendido ao Brasil sofre reajuste a cada três meses. "A mídia trabalhava com a hipótese de um reajuste de 11%, mas o aumento da commoditie na Bolívia ficou em 7,4%. Agregado ao preço do transporte do produto, a elevação total ficou na casa dos 4,96%. Mas o impacto será muito menor em Minas", explica. Ainda segundo ele, o rompimento de um oleoduto em território boliviano no mês de abril está restringindo o funcionamento das termelétricas mineiras movidas a gás natural. "Das duas usinas mineiras, a Termelétrica de Juiz de Fora está parada e a Ibiritermo funciona a meia carga", explica. A expectativa, segundo ele, é que o problema seja normalizado até o final de agosto. (Jornal do Commercio - 06.07.2006)

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6 Transpetro e EPE assinam acordo de cooperação

A Transpetro e a EPE do MME assinaram um acordo de intercâmbio de informações e de cooperação técnica para elaboração do plano de expansão do setor de transportes de petróleo, derivados, gás natural e biocombustíveis. A Transpetro oferecerá à EPE estudos sobre infra-estrutura dos sistemas de transporte (dutos e navios) e de terminais de armazenamento de produtos, além de se comprometer a informar questões como investimentos e dados econômicos. A empresa de transportes também deverá prestar informações sobre a localização de seus terminais e do traçado de seus dutos. A estatal oferecerá ainda sistemas e modelos que sejam de interesse para os estudos de viabilidade econômica e de planejamento da EPE. A EPE se comprometeu, em contrapartida, a prestar informações sobre dados do Balanço Energético Nacional. Está prevista também a cessão de estudos referentes ao Plano Nacional de Energia, à integração energética com outros países, e ao desenvolvimento da indústria. O acordo de cooperação engloba a divulgação, por parte da EPE, de programas de eficiência energética, de planos de metas para conservação de energia, e de estudos voltados para a avaliação e ampliação da infra-estrutura de transporte de petróleo e derivados, gás nacional e biocombustíveis. (Jornal do Commercio - 06.07.2006)

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Grandes Consumidores

1 Novelis quer vender ativos este ano e ganhar com a alta dos metais

A Novelis pretende vender as suas operações de alumínio primário, mineração de bauxita e geração de energia elétrica no Brasil até o final deste ano, informou o presidente da Novelis na América do Sul, Tadeu Nardocci. O executivo disse que a empresa pretende aproveitar a valorização do alumínio para conseguir um melhor preço. A cotação do alumínio atingiu US$ 2,497 mil a tonelada ontem na Bolsa de Metais de Londres (LME). Para três meses, o metal é vendido a US$ 2,540 por tonelada. Há um ano (julho de 2005) a cotação era de US$ 1,706 a tonelada, segundo dados da M.Flocke Consult. A Novelis quer vender os ativos para centralizar sua atuação no core business da empresa, o segmento de laminados de alumínio (chapas e folhas), como acontece nos outros 10 países onde atua. "A venda é para alinhar o Brasil com a estratégia mundial da empresa de se concentrar na área de laminação de alumínio", disse. (Gazeta Mercantil - 07.07.2006)

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2 Indefinição sobre tecnologia atrasa instalação de pólo de ácido acrílico

O pólo de ácido acrílico de Betim (MG), uma das prioridades da Petrobras na área petroquímica, está transformando-se em uma dor de cabeça para a estatal. O problema está na escolha da parceria tecnológica, o sócio internacional que vai fornecer o conhecimento necessário à montagem da unidade. Até o final do ano passado esse parceiro era a Dow Química, mas a Petrobras acabou rompendo a parceria por discordar do preço que a empresa americana queria cobrar pela transferência da tecnologia. "É complexa a escolha do parceiro", disse o novo presidente da Petroquisa, braço petroquímico da Petrobras, José Lima de Andrade Neto. A dificuldade, segundo explicou o executivo, está no fato de os detentores da tecnologia, que preferem ser sócios do projeto a simplesmente venderem o pacote tecnológico, abastecerem o mercado brasileiro a partir de bases localizadas em outros países. Entrando no Brasil, essas companhias estarão, ao mesmo tempo, criando um competidor para si próprias e perdendo um mercado até hoje importador. (Valor Econômico - 07.07.2006)

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Economia Brasileira

1 Crédito cresce e deve alcançar 36% do PIB no fim do ano, estima Fazenda

O volume do crédito, que atualmente é de 32,6% do PIB, pode chegar a 36% no final deste ano se for mantido o ritmo de crescimento mensal de 0,5 ponto percentual. A afirmação é do ministro da Fazenda, Guido Mantega, e foi dada durante entrevista coletiva realizada ontem no Palácio do Planalto para divulgar um balanço da atuação dos bancos federais. Os números do crédito oficial no país estavam sendo reunidos desde a semana passada pelos presidentes das instituições financeiras públicas. O ministro revelou que a determinação do presidente Lula é a de continuar com o movimento de ampliação do crédito com juros mais baixos, mas "de maneira responsável". (Valor Econômico - 07.07.2006)

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2 Consumo não compensa perda na exportação

O aumento do consumo interno não tem sido suficiente para contrabalançar a perda de vendas no mercado externo provocada pela valorização do real. Os setores de calçados, vestuário e móveis amargam queda na produção de janeiro a maio deste ano, apesar da recuperação da renda, provocada pelo aumento do salário mínimo e pelos programas sociais do governo federal. A perda desses segmentos é consequência da queda das exportações e da maior concorrência com produtos importados. Os dados evidenciam um descompasso entre indústria e varejo. De janeiro a maio de 2006 em relação a igual período de 2005, a produção industrial recuou 6,1% no setor têxtil e 3,5% no calçadista. Já as vendas do comércio varejista de tecidos, vestuário e calçados cresceu 2,6% de janeiro a abril, segundo dados do IBGE. "Essa dicotomia entre o varejo e a indústria ocorre por conta da quedas das exportações e do aumento das importações", explica Fernando Pimentel, diretor-executivo da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit). (Valor Econômico - 07.07.2006)

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3 Captação dos fundos chega a R$ 43,2 bi

As reviravoltas do mercado a partir de meados de maio não foram suficientes para reverter o movimento de expansão dos fundos brasileiros. A captação líquida (captações e resgates, descontada a rentabilidade) no primeiro semestre foi de R$ 43,2 bilhões, a maior desde 1999, segundo dados da Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid). O estoque de recursos aplicados nos fundos fechou o semestre em R$ 816,8 bilhões. A captação ganha mais destaque se comparada com os primeiros seis meses de 2005, quando a captação líquida foi de apenas R$ 11,9 bilhões, ou seja, um crescimento de 263% de um período para o outro. Para os próximos seis meses do ano, a expectativa é que os reflexos do aumento da taxa de juros americana na economia global possam prejudicar os ativos dos mercados emergentes, impactando negativamente o retorno dos fundos e também a captação. (Valor Econômico - 07.07.2006)

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4 Abdib: infra-estrutura precisa de US$ 26,8 bilhões ao ano

O presidente da Associação Brasileira de Infra-Estrutura e Indústrias de Base (Abdib), Paulo Godoy, disse que a infra-estrutura requer, anualmente, US$ 26,8 bilhões em investimentos. "Se não formos capazes de construir alternativas para angariar recursos em volumes suficientes e custos competitivos, não conseguiremos desobstruir os principais gargalos ao crescimento deste país", disse Godoy. O financiamento é o principal gargalo à expansão da infra-estrutura no Brasil. No entanto, felizmente, uma série de alternativas começa a ganhar corpo no País, pelas mãos do Estado ou do mercado. (Investnews - 07.07.2006)

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5 Governo vê espaço para PIB crescer 4,5% no ano

A equipe econômica festejou, ontem, o forte crescimento da produção industrial de maio, que registrou alta de 1,6% em relação a abril na série que já desconta os efeitos sazonais. A "alegria" teve duas causas. Primeiro, o ritmo forte foi lido como um sinal de que o PIB pode mesmo fechar o ano em 4% ou até acelerar para 4,5%. Além de confirmar essa trajetória benigna da atividade, o resultado de maio trouxe, para o governo, argumentos para rebater críticas recentes de que estaria em curso no país um perfil de crescimento econômico que levaria o país a uma "mexicanização" - cada vez mais a indústria local seria uma montadora de peças e componentes importados, a exemplo das famosas "maquiladoras" mexicanas. "A indústria pode crescer 5% este ano ou chegar a 6%, se alguma aceleração acontecer" , avaliou o secretário de Política Econômica, Júlio Sérgio Gomes de Almeida. "Se a indústria chegar a 6%, o PIB pode alcançar 4,5%" , acrescenta. (Valor Econômico - 07.07.2006)

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6 INPC de junho aponta recuo de 0,07%

O INPC apurou queda de 0,07% em junho. O resultado representa uma inversão do rumo registrado em maio, quando o indicador aumentou 0,13%. Em junho de 2005, o INPC havia caído 0,11%. No primeiro semestre de 2006, a alta do índice é de 1,06%, bem abaixo dos 3,28% do mesmo período do ano passado. Nos 12 meses encerrados em junho, o indicador acumula elevação de 2,79%, bem próxima dos 2,75% dos 12 meses imediatamente antecedentes. O INPC é usado no reajuste do salário mínimo. O comportamento do INPC de junho refletiu o comportamento dos preços dos alimentos, que declinaram 0,42% no mês. Os produtos não-alimentícios por sua vez, subiram 0,07%. O INPC é calculado entre as famílias com renda mensal até 8 salários mínimos nas nove principais regiões metropolitanas do país. O maior índice regional de maio foi registrado em Recife (inflação de 0,25%). O menor resultado regional ocorreu em Fortaleza (deflação de 0,42%). (Valor Online - 07.07.2006)

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7 IPCA acumula inflação de 4,03% em 12 meses

A inflação acumulada pelo IPCA nos últimos 12 meses findos em junho, de 4,03%, ficou abaixo do centro da meta de 4,5% estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para 2006. Nos seis primeiros meses deste calendário, a alta do índice foi de 1,54%. Somente no sexto mês de 2006, o IPCA registrou deflação de 0,21%, invertendo a direção registrada em maio, quando aumentou 0,10%. Em junho de 2005, o indicador caiu 0,02%. O IPCA é calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) desde 1980 e se refere às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários-mínimos. Abrange nove regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília. (Valor Online - 07.07.2006)


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8 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial abriu o dia estável, a R$ 2,1750. Às 9h28, a moeda perdia 0,13%, a R$ 2,17 na compra e a R$ 2,1720 na venda. Ontem, o dólar comercial cedeu 1,13%, a R$ 2,1730 na compra e a R$ 2,1750 na venda. (Valor Online - 07.07.2006)

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Internacional

1 Venezuela investe 1,168 bi em energia elétrica

A estatal venezuelana de energia elétrica Cadafe anunciou ontem que investirá US$ 1,168 bilhão entre 2006 e 2007 para aumentar sua capacidade de geração, distribuição e transmissão. Com os investimentos, que serão garantidos com a renda do petróleo do país, a empresa disse que acrescentará cerca de 1.500 MW de energia ao sistema elétrico do quinto exportador mundial de petróleo. (Valor Econômico - 07.07.2006)

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2 Chile não aceitará aumento de gás argentino

O Chile excluiu a possibilidade de uma negociação com a Argentina sobre os novos preços que este país pretende aplicar ao gás vendido aos chilenos, informou a ministra de Minas e Energia, Karen Poniachik. "Não negociaremos por que nós não negociamos", disse a ministra, que viajou para o país vizinho a fim de conhecer de quanto estes valores serão acrescidos, depois que o governo de Kirchner aceitou um aumento de 56% do preço do gás que a Argentina importa da Bolívia. Poniachik admitiu que, se este aumento for superado devido a um imposto sobre as exportações de gás natural para o Chile, esta será "uma decisão do governo argentino que tem a ver com impostos locais". "Iremos nos informar sobre o que está acontecendo, conversaremos e exporemos nossos pontos de vista". A Argentina é o único fornecedor de gás natural com que o Chile conta para atender a suas necessidades industriais e domésticas, e a possibilidade de um aumento do preço fez com que a presidente, Michelle Bachelet, encarregasse sua ministra da missão que cumprirá em Buenos Aires juntamente com o subsecretário de Relações Exteriores, Alberto Klaveren. (Valor Econômico - 07.07.2006)

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3 YPFB: embaixador não deve falar sobre negociações

A empresa estatal YPFB acredita que o embaixador brasileiro em La Paz, Antonino Mena Gonçalves, está passando à imprensa informações negativas sobre as negociações para reajustar o preço do gás que a Bolívia vende ao Brasil. "Eu acho que o senhor embaixador está passando informações à imprensa, o que não é apropriado em um tipo de negociação como este", disse o titular da YPFB, Jorge Alvarado. A YPFB propôs à Petrobras aumentar o preço do gás que a vende desde 1999, para um valor ainda não revelado. O embaixador brasileiro assinalou que, de acordo com o contrato, o Brasil já aceitou pagar US$ 4 desde o dia 1 de julho, e não considera o preço estipulado com a Argentina como referência, pois o contrato com o Brasil é diferente, valendo até 2019. Segundo a Petrobras, a nova tarifa teve um aumento de 10% em relação aos US$ 3,73 por milhão de BTU que pagava em maio, em aplicação de um mecanismo gradual de ajuste previsto no contrato. No entanto, o presidente da YPFB ressaltou que o convênio estabelece ainda que a cada cinco anos, completados já em 2004, qualquer das partes pode requerer a modificação dos preços. (Gazeta Mercantil - 07.07.2006)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Beatriz Mello Affonso, Marcelo Machado, Guilherme Branquinho e Larissa Barbosa

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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