l IFE: nº 1.841 - 05
de julho de 2006 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Leilões Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Reestruturação do Setor 1 Interrompido julgamento de empréstimo compulsório sobre energia elétrica Um pedido
de vista do ministro Teori Albino Zavascki interrompeu o julgamento de
um recurso especial na Primeira Seção do STJ, que trata de créditos referentes
a empréstimo compulsório sobre energia elétrica. A relatora do recurso,
ministra Eliana Calmon votou para que se atenda, em parte, ao pedido da
Fazenda Nacional e da Eletrobrás, apenas para afastar a correção monetária
dos créditos integralmente convertidos em ações, a partir de 31 de dezembro
do ano anterior à assembléia de conversão. Valendo-se da possibilidade
legal, a Eletrobrás, mediante as assembléias gerais de acionistas, estabeleceu
a antecipação dos vencimentos das obrigações, convertendo os créditos
em ações, em três operações distintas: a primeira, aprovada pela 72ª AGE
realizada em 20/4/1988, abrangeu os créditos constituídos no período de
1978 a 1985; a segunda, aprovada pela 82ª AGE de 26/4/1990, abrangeu os
créditos constituídos de 1986 a 1987; e a terceira, aprovada pela 142ª
AGE, de 28/4/2005, abrangeu todos os créditos constituídos a partir de
1988, até o fim da vigência do empréstimo compulsório, em 1993. (Elétrica
- 05.07.2006) 2 Eletrobrás é contra posição do TRF em julgamento de empréstimo compulsório Uma das
controvérsias debatidas nos recursos especiais apresentados pela Fazenda
Nacional e pela Eletrobrás contra decisão do Tribunal Regional Federal
da 4ª Região, que foi favorável à empresa Sadia, trata da prescrição do
direito de questionar a correção monetária dos valores recolhidos como
empréstimo compulsório. A segunda instância decidiu favoravelmente aos
interesses do contribuinte, entendendo que a assembléia de conversão não
alterou o termo inicial de prescrição que deve ser contado a partir de
20 anos para o resgate. Já a Eletrobrás defende a posição de que a contagem
do prazo prescricional deve se iniciar a partir da data da assembléia
de conversão. No caso em análise, a ministra Eliana Calmon concordou com
a decisão do TRF. De acordo com a relatora, apenas com o recebimento dos
certificados de ações pelo credor via Correios (seguindo a sistemática
do DL 1.512/76), é que se iniciaria o prazo para discutir em juízo o critério
de correção monetária aplicada pela Eletrobrás. (Elétrica - 05.07.2006)
3 Paraguai quer renegociar tratado de Itaipu O presidente
paraguaio, Nicanor Duarte Frutos, deu a entender que poderá sugerir ao
Brasil a renegociação do tratado de Itaipu, para reduzir os juros da dívida
da binacional. Os dois países são sócios da usina, que tem dívidas de
US$ 19 bilhões com o Estado brasileiro. Segundo Frutos, a binacional Itaipu
paga juros anuais de 7,1% e agrega a isso outra taxa "imoral," de 5%,
que governos anteriores aceitaram incorporar e que representa "um despojamento
financeiro da pátria." Um diplomata brasileiro em Assunção disse que o
Brasil considera o tratado de Itaipu um documento justo e equilibrado,
e que o país não tem intenções de renegociá-lo. Há pouco mais de uma semana,
Duarte Frutos afirmou que pedirá ao seu colega da Venezuela, Hugo Chávez,
que demonstre solidariedade com o Paraguai, adquirindo parte da dívida
de Itaipu. Duarte tentaria que Chávez comprasse títulos da dívida da empresa
binacional, negociados pela estatal brasileira Eletrobrás, principal credora
de Itaipu, na Bolsa de Nova York. Tal proposta precisaria da aprovação
do governo brasileiro. O presidente paraguaio ressaltou ainda que se o
Brasil não aceitar a proposta deveria, pelo menos, reduzir os juros "usurários"
pagos pela empresa. (Gazeta Mercantil - 05.07.2006) 4
Hidrelétrica Picada inicia operação da primeira turbina 5 Barragem é construída na região sul A instalação
de uma barragem em Timbé do Sul, no Sul do Estado, foi anunciada ontem
em Florianópolis pelo novo secretário do Desenvolvimento Sustentável,
Sérgio Silva. Orçada em R$ 72 milhões, a barragem do Rio do Salto deverá
atender cinco municípios e abastecer mais de 100 mil pessoas. A previsão
é que a construção da barragem seja iniciada somente no próximo ano. (Diário
Catarinense - 05.07.2006)
Empresas 1 Agências de classificação de risco elevam ratings da Tractebel O rating
de crédito corporativo da Tractebel foi elevado por duas agências de classificação
de risco, segundo comunicado divulgado aos acionistas pela empresa. A
Standard & Poor's, por exemplo, elevou o rating de crédito corporativo
da Tractebel de 'brA+' para 'brAA'. A revisão, segundo o comunicado, foi
baseada no desempenho financeiro apresentado pela companhia nos últimos
trimestres. A Fitch Ratings também elevou o rating da empresa de 'AA-(bra)'
para 'AA(bra)'. O comunicado explica ainda que a S&P considerou o nível
de energia contratada pela Tractebel até 2010 e o equilíbrio entre suas
vendas nos mercados regulado e competitivo. Também influenciou na revisão
dos ratings o desempenho operacional adequado das unidades geradoras da
empresa, que apresentaram disponibilidade geral acima de 90%, de acordo
com o comunicado da companhia. (Agência Canal Energia - 04.07.2006) 2 Escelsa inicia distribuição de R$ 264 mi em debêntures A Escelsa iniciou nesta terça-feira, 4 de julho, a distribuição pública de R$ 264 milhões em debêntures. A operação envolve a emissão, em série única, de 26,4 mil debêntures simples, não conversíveis em ações, de forma nominativa e escritural, ao valor unitário de R$ 10 mil. A emissão terá vencimento de cinco anos, com o pagamento integral em 1º de junho de 2011. A operação será coordenada pelos bancos Bradesco Corporate (líder), Citigroup Corporate and Investiment Banking, Itaú BBA e Banco Santander. (Agência Canal Energia - 04.07.2006) 3 Cataguazes-Leopoldina registra R$ 936,5 mi de receita operacional bruta O Sistema
Cataguazes-Leopoldina registrou receita operacional bruta de R$ 936,5
milhões nos primeiros cinco meses do ano. O montante é 23% maior em comparação
ao mesmo período do ano passado. O resultado foi influenciado pelo forte
crescimento das receitas das distribuidoras do grupo, em conseqüência
da melhora do consumo de energia elétrica das classes residencial e comercial
das distribuidoras. Do montante das receitas consolidadas, R$ 51,6 milhões
são provenientes do uso do sistema de transmissão e distribuição por consumidores
livres. A Saelpa registrou receita operacional bruta de R$ 355,3 milhões
de janeiro a maio deste ano, o que significou crescimento de 28,7%, em
comparação a 2005. A Energipe teve receita de R$ 253 milhões no período,
alta de 23,3%. Já a CFLCL apurou R$ 171,4 milhões, com aumento de 12,1%
de janeiro a maio. A Celb teve aumento de 21,6% na receita, alcançando
R$ 58,1 milhões. A Cenf teve receita de R$ 48,1 milhões, aumento de 16,5%
em comparação ao ano passado. (Agência Canal Energia - 04.07.2006) 4
Demanda de energia do grupo Cataguazes-Leopoldina cresce 5,3% 5 CEEE e Aneel se reúnem para discutir desverticalização O diretor-geral
da Aneel, Jerson Kelman, discute nesta quarta-feira, dia 5, com o diretor-presidente
da CEEE, Edson Zart, o processo de desverticalização da empresa. O secretário
de Energia, Minas e Comunicação do Rio Grande do Sul, José Carlos Elmer
Brack, foi convidado a participar da reunião. O encontro será realizado
às 14 horas na sede da Aneel em Brasília. A reunião tratará da inadimplência
da empresa com o processo de separação das atividades de distribuição
das de geração e transmissão, previsto na lei 10.848/04. O prazo fixado
para a chamada desverticalização das empresas de distribuição do Sistema
Interligado Nacional (SIN) terminou em 16 de setembro de 2005. Houve prorrogação
do período até 30 de junho de 2006 para a conclusão do processo. Entretanto,
o prazo não foi cumprido. (Elétrica - 04.07.2006) 6 Cemar recebe multa de R$ 5,6 mi da Aneel A Cemar
foi multada em R$ 5,6 milhões pela Aneel pelo descumprimento de Termo
de Ajuste de Conduta assinado para garantir a qualidade do serviço de
distribuição de energia elétrica no Estado do Maranhão. Nesse termo, a
Cemar obteve da Aneel a fixação de metas de qualidade mais flexíveis para
o período 2004/2005 e a anistia de uma outra multa de R$ 4,8 milhões em
troca de obedecer aos novos padrões de qualidade fixados no Acordo, permitindo
que a maioria dos consumidores de energia elétrica do Estado ficassem
mais tempo sem o fornecimento de energia e/ou que a energia faltasse mais
vezes, sem que isso causasse qualquer punição à Cemar. Mesmo assim, segundo
relatório da Aneel, divulgado, ontem, pela Secretaria de Estado de Minas
e Energia, a Cemar ultrapassou muitos dos parâmetros de qualidades flexibilizados
pela Aneel para os anos 2004 e 2005, o que levou a agência reguladora
a emitir um termo de descumprimento do Termo de Ajuste de Conduta no valor
de R$ 5,6 milhões contra a empresa, que será cobrado judicialmente pelo
Governo Federal. (Elétrica - 05.07.2006) No pregão
do dia 04-07-2006, o IBOVESPA fechou a 37.367,34 pontos, representando
uma alta de 0,03% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 1,07
bilhão. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 0,01%,
fechando a 11.560,73 pontos. Este As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte
comportamento: ficaram cotadas a R$ 48,40 ON e R$ 45,20 PNB, baixa de
0,92% e 1,74%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior.
Na abertura do pregão do dia 05-07-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas
a R$ 47,79 as ações ON, baixa de 1,26% em relação ao dia anterior e R$
44,54 as ações PNB, baixa de 1,46% em relação ao dia anterior. (Investshop
- 05.07.2006) Aproximadamente 6 mil aposentados e pensionistas da CESP voltarão a receber a restituição de valores referentes à redução nas complementações de aposentadoria, cortes de adicionais e contribuição previdenciária descontados indevidamente desde o início de 2004. Em caráter liminar, o STJ reestaleceu sentença que havia determinado a manutenção do pagamento de aposentadoria de acordo com o plano previdenciário da Cesp. (Jornal do Commercio - 05.07.2006) A Copel reforçou o sistema de distribuição de energia para os municípios da região de Maringá, com o início da operação comercial da subestação Sarandi, em 230 kV. A unidade, que está funcionando desde sábado, dia 1º de julho e recebeu investimentos de R$ 22 milhões. (Agência Canal Energia - 04.07.2006) A Aneel aprovou o ciclo 2004/2005 do programa de pesquisa e desenvolvimento da Empresa Catarinense de Transmissão de Energia Elétrica. A ECTE investirá R$ 174.234,37 nos projetos. O programa tem que ser concluído até o dia 30 de setembro de 2006. O despacho 1406 foi publicado ontem, no Diário Oficial da União. (Agência Canal Energia - 04.07.2006) O Grupo CPFL Energia, em parceria com a Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), o Instituto Ethos, o Instituto Paulista de Excelência em Gestão (IPEG) e o Sebrae em São Paulo, lançará hoje, na sede da Fiesp, o Programa CPFL Conhecer e Crescer - Excelência em Gestão para Pequenas e Médias Empresas, cujo objetivo é disseminar conceitos de qualidade na gestão, responsabilidade social e competitividade para empreendedores. (Eletrosul - 04.07.2006) A Celpe assina nesta terça-feira, 4 de julho, o protocolo de intenção de três novos projetos de eficiência energética em entidades beneficentes da área de saúde. No total, a distribuidora investirá R$ 449.601,5. (Agência Canal Energia - 04.07.2006)
Leilões 1 MME disponibiliza Termo de Compromisso de Compra para Leilão A-5 O MME disponibilizou
o Termo de Compromisso de Compra de Energia Elétrica. O documento é voltado
para as distribuidoras e contemplará a Declaração de Necessidades de Compra
de Energia para o leilão de energia nova A-5, previsto para o dia 5 de
setembro. Segundo o MME, o termo deverá ser encaminhado ao secretário
executivo do ministério até o dia 7 de julho. O MME informou que não aceitará
declarações enviadas por e-mail ou fax. (Agência Canal Energia - 04.07.2006)
2 Instituto Acende Brasil: preços do Leilão A-3 seguiram realidade de mercado Segundo avaliação do presidente do Instituto Acende Brasil, Claudio Sales, os preços relativos ao leilão de energia nova A-3 seguiram a realidade do mercado. Segundo ele, o preço teto de R$ 125 por MWh para hidrelétricas não significou impedimento à entrada de investidores. Um dos exemplos foi o fato de 31 empreendimentos hidrelétrico terem encerrado leilão com energia contratada, diante de um total de 88 usinas participantes. Além disso, observou, 55% do volume negociado é de empresas privadas, ao passo que o percentual no primeiro leilão de energia nova era de 30%. Sales apontou ainda a baixa atuação das estatais federais nos leilões como ponto positivo do processo. (Agência Canal Energia - 04.07.2006) 3 Instituto Acende Brasil destaca pontos a serem aperfeiçoados nos leilões A contratação
de térmicas utilizando-se de critérios semelhantes aos adotados na figura
da energia emergencial é tida pelo presidente do Instituto Acende Brasil,
Claudio Sales, como um ponto negativo nos leilões de energia nova. Para
Sales, a compra de energia de térmicas por 15 anos pode implicar em risco
de passe de energia mais cara para os consumidores. Outro aspecto que
demanda ajustes, a fim de melhorar a atratividade dos leilões tem relação
com a recuperação do ágio pago pelas usinas licitadas pelo antigo modelo
de comercialização. Uma saída, sugeriu, é a possibilidade de diferimento
do UBP - pagamento da diferença entre o custo marginal do leilão e o valor
pago pelo ágio durante o período em que a concessão estiver nas mãos do
empreendedor. O diferimento ajudaria a diminuir eventuais impactos sobre
o fluxo de caixa dos empreendedores, especialmente na fase inicial do
projeto. (Agência Canal Energia - 04.07.2006) 4 Abrage: leilão A-3 indica evolução positiva dos preços finais O presidente
da Associação Brasileira das Empresas Geradoras de Energia Elétrica, Flávio
Neiva, afirmou que o leilão A-3 apresentou evolução positiva nos preços
finais, em comparação com licitações anteriores. O leilão teve preço médio
para fonte hídrica de R$ 126,77 por MWh. Já as térmicas tiveram preço
médio de R$ 132,39 por MWh. Para Neiva, os preços ficaram num patamar
satisfatório, uma vez que as usinas puderam se aproximar do custo marginal
de expansão, ao contrário das ocasiões anteriores.. Segundo Neiva, um
dos fatores que atestam a melhor condição de negócios em relação aos demais
leilões é o volume de 1.028 MW médios contratado por hidrelétricas. As
térmicas fecharam o leilão com 654 MW médios negociados. (Agência Canal
Energia - 04.07.2006) 5 Abrage assinala pontos a serem aperfeiçoados nos leilões de energia nova O presidente
da Abrage, Flávio Neiva, destacou um ponto que precisa de melhor análise
pelo governo a fim de que os futuros leilões sejam aperfeiçoados. Segundo
Neiva, os contratos das térmicas não contemplam a necessidade de contratação
de energia de ponta, enquanto o mecanismo está previsto nos contratos
das hidrelétricas, que negociam em leilões pelo critério da quantidade.
"As hídricas são obrigadas a contratar potência para complementar a venda",
afirmou. Para ele, os leilões por disponibilidade deveriam prever o atendimento
ao horário de ponta a partir de 2009. Uma das saídas, sugere, seria a
criação de metodologia, envolvendo as garantias físicas das usinas. Outro
pleito da Abrage é a fixação de preços-teto individuais para cada empreendimento
que negocia energia nos leilões. (Agência Canal Energia - 04.07.2006)
6 Cemig negocia 355 MW médios em leilão A-3 A Cemig
negociou 355 MW médios no Leilão A-3 de energia nova, no dia 29 de junho.
A negociação envolveu volume de energia de 93 milhões de MW/h com uma
receita anual de R$ 390 milhões. Os contratos terão duração de 30 anos,
com início do fornecimento para 01 de janeiro de 2009, e contemplarão
os empreendimentos de Aimorés (84 MW médios), Irapé (206 MW médios) e
Queimado (47 MW médios), negociados ao preço de R$ 125,00/MWh (preço inicial
do Leilão para fonte), além do empreendimento de Porto Estrela (18 MW
médios), negociado por R$ 134,42/MWh, custo marginal do leilão. (Jornal
do Commercio - 05.07.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 77,7% O nível
de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 77,7%, apresentando
queda de 0,3% em relação à medição do dia 02 de julho. A usina de Furnas
atinge 84,5 % de volume de capacidade. (ONS - 03.07.2006) 2 Sul: nível dos reservatórios está em 29,7% A região Sul apresentou queda de 0,1% em relação à última medição, com 29,7% de capacidade armazenada. A usina de Machadinho apresenta 85,6% de capacidade em seus reservatórios. (ONS - 03.07.2006) 3 NE apresenta 89,2% de capacidade armazenada Apresentando
queda de 0,3%, o Nordeste está com 89,2% de sua capacidade de armazenamento.
O reservatório de Sobradinho opera com 89,4% de volume de capacidade.
(ONS - 03.07.2006) 4 Norte tem 93% da capacidade de armazenamento O nível
de armazenamento da região Norte está em 93% apresentando queda de 0,4%
em relação ao dia 02 de julho. A usina de Tucuruí opera com 94,1% de volume
de armazenamento. (ONS - 03.07.2006)
Gás e Termoelétricas 1 Duas plantas de regaisificação de GNL serão licitadas este ano A Petrobras pretende realizar, até o final deste ano, licitação para construção de duas plantas de regaisificação de GNL, uma no Rio de Janeiro e outra no Ceará. Segundo o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, elas devem começar a produzir em 2008 com capacidade de 14 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia e 6 milhões de metros cúbicos diários, respectivamente. O edital deverá ser lançado nas próximas semanas. "Teremos grande crescimento no consumo de gás natural até 2011, prazo no qual pretendemos suprir a demanda brasileira com projetos de GNL e com os 30 milhões de metros cúbicos de gás natural importados da Bolívia. Ela também será suprida com a entrada em operação de campos brasileiros, no Espírito Santos, Rio de Janeiro, São Paulo e na Bahia", disse Gabrielli. Segundo os planos da Petrobras, serão produzidos 20 milhões de metros cúbicos diários de gás natural liqüefeito nos próximos cinco anos e aumentada a produção de gás natural não-associado a petróleo em campos da Bacia de Santos, como o de Mexilhão, e de bacias no Espírito Santo e na Bahia. (Jornal do Commercio -05.07.2006) 2 Governo evita politizar discussão de preço com Bolívia O governo
brasileiro não dará tom político às negociações com a Bolívia sobre o
preço do gás natural, apesar das pressões feitas nos últimos dias pelo
governo de La Paz. Importante fonte do governo brasileiro ligada às negociações
disse que, como a Petrobras é empresa listada em Bolsa de Valores, as
negociações sobre o gás terão de ser feitas tecnicamente, nos termos exatos
que estão definidos no contrato entre a empresa brasileira e a estatal
boliviana YPFB. Por conta disso, a expectativa entre as autoridades do
governo era de que dificilmente o presidente Lula discutiria a questão
do gás em alguma reunião paralela com o presidente boliviano, Evo Morales.
Os dois deverão encontrar-se, durante a cerimônia de adesão da Venezuela
ao Mercosul, em Caracas. Embora venha insistindo em politizar a discussão,
o governo da Bolívia vem aos poucos movendo-se no campo técnico, o que
encaminha solução mais adequada. (Jornal do Commercio - 05.07.2006) 3 Petrobras prevê aumento de 66% em investimento O aumento
de 66% nos investimentos da Petrobras para o período 2007-2011, em relação
ao anteriormente estimado, alcançando US$ 87,1 bilhões, terá um reflexo
muito pequeno na produção. Segundo o presidente da Petrobras, José Sergio
Gabrielli, a produção nacional de gás vai passar do equivalente a 289
mil barris/dia de petróleo este ano para o equivalente a 724 mil barris/dia,
em 2011. Já a capacidade de refino da empresa crescerá de 1,908 milhão
de barris para 2,376 milhões no mesmo período. O plano de investimentos
da Petrobras para 2006-2010 previa investimento de US$ 56,4 bilhões a
uma taxa de câmbio de R$ 2,117. Descontados os investimentos previstos
para este ano (cerca de US$ 15 bilhões) e somados os valores de 2011 nos
parâmetros do plano anterior, o valor para 2007-2011 passaria para US$
52,4 bilhões. Foi sobre esse número que a estatal projetou seu novo planejamento,
aumentando o total a ser investido para US$ 87,1 bilhões, a uma taxa de
câmbio de R$ 2,50. (Valor Econômico - 05.07.2006)
Grandes Consumidores 1 CVM permite a volta da Arcelor Brasil ao pregão A CVM autorizou
a retomada dos negócios com ações da Arcelor Brasil, na Bovespa, que haviam
sido suspensos na dia 29. Segundo a CVM, a reabertura foi autorizada porque
a medida causaria mais danos aos investidores da empresa do que a falta
de informações sobre a oferta de compra, feita pela indiana Mittal Steel
à sua controladora, a franco-belga Arcelor, motivo da suspensão. Apesar
da liberação, as ações da Arcelor Brasil não foram negociadas na Bovespa.
A CVM alertou, no entanto, que ainda não foram prestadas as informações
sobre qual será o reflexo da oferta pública da Mittal aos acionistas da
Arcelor Brasil. Fontes ligadas à operação informaram, ontem, que a Mittal
já havia obtido a adesão de 50% dos acionistas da Arcelor à sua oferta,
o que garante o sucesso do negócio. A siderúrgica indiana quer comprar
a totalidade das ações da Arcelor. Parte da compra será paga com ações
da Mittal, diluindo a participação do seu atual controlador, Lakshmi Mittal,
dos atuais 80% para 45%. (Gazeta Mercantil - 05.07.2006) 2 Abiquim: consumo de resina sobe 133% até 2015 O aumento
da demanda por petroquímicos básicos e resinas termoplásticas necessitará
da diversificação das fontes de matéria-prima, além da nafta. A oferta
interna por esse insumo não vai crescer, mesmo com expansões e a construção
de uma refinaria, devido ao aumento do processamento de crus pesados nacionais,
cujo rendimento é inferior para a produção de nafta, aponta estudo da
Abiquim. O consumo aparente (produção mais importações, menos o total
de exportações) de resinas termoplásticas deverá superar as 10 milhões
de toneladas em 2015, um volume 133% maior que as 4,3 milhões de toneladas
consumidas em 2005. Para atender a esse crescimento, a demanda por nafta
petroquímica aumentará para cerca de 9,3 milhões de toneladas. O déficit
na oferta interna de nafta em 2015, estimado em 3,4 milhões de toneladas,
deverá ser suprido com o aumento de importações e diversificação de fontes
de matérias-primas, como o gás natural e gás de refinaria. Já a demanda
por eteno e propeno subirá, respectivamente, para cerca de 6,5 milhões
de toneladas e 4,3 milhões de toneladas em 2015. (Gazeta Mercantil - 05.07.2006)
Economia Brasileira 1 Governo lança plano estratégico para estimular setor de biotecnologia Apostando na expansão acelerada da indústria de biotecnologia, o governo lançou um plano estratégico para levar o país a liderar as áreas específicas de saúde humana, industrial e agropecuária até 2020. O governo estima ser possível movimentar até R$ 7 bilhões em investimentos públicos e privados no setor pelos próximos dez anos. Com foco na inovação e na integração entre pesquisa e produção, o governo busca desenvolver produtos e processos biotecnológicos inovadores, elevar a eficiência produtiva, ampliar a capacidade de inovação das empresas e expandir as exportações. A ambição dos planos do governo depende, porém, do desenvolvimento de chamados "pontos-chave" para consolidar a base industrial do país, que compreende desde regras estáveis até políticas de crédito e tributárias. No setor industrial, sobretudo o segmento químico, a estratégia do governo abre portas para apoiar a geração de tecnologias e produtos ou processos de biomassa. Um exemplo é a produção de etanol e biodiesel ou a hidrólise enzimática, com a produção de etanol a partir da celulose. O incentivo também busca a produção de etanol a partir de celulose e lignocelulose, a produção de plásticos biodegradáveis, do novo combustível "H-Bio" hidrogenado e a transformação de biomassa em energia elétrica. (Valor Econômico - 05.07.2006) O IPC-S da FGV apresentou queda de -0,27% no Recife, diante de uma taxa de 0,00% registrada na terceira semana do mês. Em Brasília e no Rio de Janeiro, os preços continuaram a trajetória de queda da semana anterior. Na capital federal, o IPC-S passou de -0,58% para -0,67% e no Rio de Janeiro, de -0,39% para -0,47%. Belo Horizonte, São Paulo e Salvador registraram aceleração nos preços. Na capital mineira, o indicador passou de 0,03% na terceira semana de junho para 0,13% na leitura de 30 de junho; em São Paulo, de -0,73% para -0,64%, e em Salvador, de -0,01% para 0,05%. Porto Alegre foi a única capital a manter a estabilidade de preços (-0,18% de uma semana para outra). (Gazeta Mercantil - 05.07.2006) 3
Ações lideram captações no primeiro semestre 4 IPC da Fipe tem queda de 0,31% em junho Em junho,
o IPC de São Paulo apontou deflação de 0,31%, depois de ter cair 0,22%
em maio, segundo a Fipe. A maior queda entre os grupos que compõem o IPC
foi observada nos preços dos alimentos. O grupo Alimentação passou de
-0,89% em maio para -1,36% nesta apuração. O grupo Transportes caíram
0,32%, contra queda de 0,61% no mês anterior. Despesas Pessoais também
apresentaram deflação, caindo 0,30% contra a alta de 0,02% de maio. Na
outra ponta, os gastos com Saúde tiveram inflação de 0,06% em junho, contra
0,80%. Educação desacelerou dos 0,10% observados em maio, mas ainda manteve
variação positiva, de 0,04%. Vestuário acelerou de 0,39% para 0,45%. Habitação,
que em maio apontou deflação de 0,01%, teve alta de 0,17% em junho. (Investnews
- 05.07.2006) O dólar
comercial abriu o dia em alta, a R$ 2,1790. Às 9h19, a moeda acentuava
essa tendência, com elevação de 0,59%, a R$ 2,1810 na compra e a R$ 2,1830
na venda. Ontem, o dólar teve desvalorização de 0,45%, saindo a R$ 2,1680
na compra e R$ 2,17 na venda. (Valor Online - 05.07.2006)
Internacional 1 China reajusta preço de energia elétrica A China
vive uma onda de reajuste nos preços da energia elétrica. Duas das maiores
geradoras do país, a Datang e a China Resources, elevaram seus preços
nesta semana, em até 14% e 7,8% respectivamente. O governo vem autorizando
as empresas a cobrir os recentes aumentos do preço do carvão, a principal
fonte de energia elétrica no país. O aumento visa ainda estimular a redução
de consumo. As altas temperaturas do verão na China fazem disparar o uso
de aparelhos de ar-condicionado, o que eleva o consumo de energia e faz
o sistema operar no limite, com freqüentes apagões. Para aliviar a pressão,
o governo pretende construir várias centrais nucleares nas próximas décadas.
Uma foi anunciada ontem. (Valor Econômico - 05.07.2006) 2 EDP disputa projeto eólico português de 1,51 bi Um consórcio
liderado pela Energias de Portugal (EDP) que está disputando uma licitação
do governo português para produção de energia eólica vai investir 1,51
bilhão e criar aproximadamente 1.800 empregos se sua oferta for aceita.
Se o consórcio for o vencedor da licitação, a fabricante alemã de turbinas
eólicas Enercom deverá instalar quatro fábricas na cidade portuguesa de
Viana do Castelo, informou o executivo português Anibal Fernandes, que
dirige o grupo de investidores. "A implementação deste projeto criará
as condições para um significativo aumento das exportações portuguesas",
disse Fernandes. O consórcio apresentou proposta para a primeira fase
da licitação, que totaliza cerca de 1.000 MW. O consórcio também inclui
a espanhola Endesa, o conglomerado português Sonae e o grupo belga Electrabel.
O governo de Portugal não anunciou ainda a data em que será apresentado
o resultado da licitação, que foi lançada em fevereiro deste ano. Três
outros grupos entraram na disputa disputam pela construção das unidades.
(Gazeta Mercantil - 05.07.2006) 3 Espanha condiciona bolsa portuguesa de energia A bolsa portuguesa de eletricidade vai ser condicionada pelo Governo espanhol. De acordo com o jornal Público, a legislação sobre o Mercado Ibérico de Energia Eléctrica (Mibel), que entrou em vigor ontem, prevê que Espanha estabeleça limites para os preços da eletricidade em Portugal. Madrid aprovou um pacote legislativo onde se prevê que o Governo espanhol possa impor tetos nos preços da energia que for comprada em Portugal para ser usada no outro lado da fronteira.O objetivo é travar a crise nos preços da energia que se vive no país vizinho. Na Espanha, os preços têm um teto máximo e mínimo e por isso muitas empresas vêm comprar eletricidade a Portugal para fugir a esses limites. Desta forma, haverá na bolsa portuguesa de eletricidade um preço reconhecido por Espanha, independentemente da tendência do mercado. Perante a ação do Governo espanhol cenário, a ERSE (Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos Portugueses) vê os seus poderes reguladores muito limitados. O Mercado Ibérico de Eletricidade prevê que produtores e distribuidores de energia, e até empresas e particulares, possam comprar e vender eletricidade. No Mibel, o pólo português passa a ser palco as operações a prazo, isto é, onde se realizam os contratos para comprar ou vender mais tarde. O pólo espanhol fica na posse do mercado diário. (Elétrica - 05.07.2006) 4
Histórico afasta investidor de setor nuclear nos EUA 5 Gazprom quer ser líder mundial em gás O presidente
do consórcio russo Gazprom, Alexéi Miller, afirmou que o objetivo da empresa
é se transformar em líder mundial no mercado de hidrocarbonetos. "Podemos
dizer com certeza que a época dos recursos energéticos baratos acabou",
afirmou Miller na reunião anual de acionistas. O presidente da Gazprom
ressaltou que no mundo se observa um "recrudescimento da luta pelo controle
sobre o petróleo e o gás", lembrando que o gigante russo do gás se desenvolve
com sucesso e conforme as tendências de aumento da globalização dos mercados.
Explicou que os pontos-chave da estratégia da Gazprom são a diversificação
de seus campos de atividade, que incluem os setores do gás, petróleo e
energia elétrica, e o fortalecimento da integração vertical. "Esta estratégia
já deu frutos. A Gazprom está no auge e se desenvolve de um modo muito
dinâmico", disse. "A união dos enfoques comerciais e de Estado permitem
garantir um planejamento a longo prazo", acrescentou. (Gazeta Mercantil
- 05.07.2006)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
|