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IFE: nº 1.839 - 03 de julho de 2006
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Consumidores livres tiveram economia de R$ 1,6 bi entre janeiro e maio
2 Aneel: reajuste para tarifas de empresas transmissoras
3 Aneel: redução de 11,45% na tarifa de transporte de energia de Itaipu
4 MME: Sobe a oferta de cana no país
5 Comissão discutirá criação de CPI de energia no MS
6 Abraceel e BM&F estudam criação de nova bolsa de energia
7 Curta

Empresas
1 Moody's eleva Furnas
2 Restabelecida ação visando receber da Eletropaulo dívida de mais de R$ 500 mi
3 Cesp fecha contrato de R$ 2,8 bi no leilão A-3
4 S&P eleva rating da Cesp
5 Cemig negocia 355 MW médios no leilão A-3
6 Analistas apostam em equilíbrio do preço do MWh
7 Fitch eleva rating da CPFL Piratininga
8 Energias do Brasil vende energia da PCH Santa Fé

9 Cotações da Eletrobrás

Leilões
1 Leilão de energia nova: Tractebel vendeu 493 MW
2 Leilão de energia nova: Cemig foi segunda maior vendedora
3 Leilão de energia nova: sobra de 60% de energia ofertada

4 Leilão de energia nova: preço médio por fonte de energia

5 Leilão de energia nova: grande parte dos projetos "botox" é atendido

6
Leilão de energia nova: Cesp vende energia "botox" de Porto Primavera
7
Leilão de LTs: 28 empresas entregam documentos para pré-qualificação
8 Leilão de energia nova: baixa variação do preço de fonte hidrelétrica

9 Apine: necessidade de aprimorar mecanismos para botox

10 Apine: mecanismos de compensação do UBP devem ser aprimorados

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Preço Spot - CCEE

Gás e Termelétricas
1 Petrobras corre para expandir rede de gasodutos
2 Custo dos gasodutos sobe após crise na Bolívia
3 Perdas de US$ 35 bilhões de metros cúbicos
4 Petrobras aumenta investimentos em 66%
5 Evo Morales quer discutir preço do gás com Lula
6 Cronograma de negociação sobre gás é estabelecido
7 Gabrielli: alta de gás só em termo dos contratos
8 Rondeau: Alta do gás diminui confiança e atrapalha integração

Grandes Consumidores
1 Obra da Irani deve elevar produção em 30%
2 Produção de químicos
3 Suzano anuncia novo reajuste no preço da celulose de eucalipto
4 Fabricantes mudam perfil e focam negócio na produção de celulose
5 Cotação da celulose atinge quase US$ 700
6 CVM retira ações da Arcelor Brasil do pregão

Economia Brasileira
1 Câmbio remunera maioria dos setores
2 Superávit primário acumula R$ 46,71 bi no ano

3 Balança tem superávit de US$ 19,54 bi no primeiro semestre
4 Focus: mercado espera IPCA inferior a 4%
5 Focus: projeção de crescimento de 3,60% para economia neste ano
6 Focus: BC deve reduzir taxa Selic em 0,5%
7 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Reajuste do gás faz Argentina criar imposto

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Consumidores livres tiveram economia de R$ 1,6 bi entre janeiro e maio

As cerca de 500 indústrias que compram energia no mercado livre tiveram economia de R$ 1,6 bilhão entre janeiro e maio deste ano. De acordo com o vice-presidente da Comerc Energia, Marcelo Parodi, a expectativa para este ano é que sejam economizados R$ 4 bilhões, R$1,1 bilhão a mais do que foi economizado em 2005. A comparação é feita com o valor que seria pago caso as indústrias tivessem comprado energia no mercado cativo. Em 2003, o mercado livre proporcionou economia de R$1 bilhão às empresas, segundo a Comerc, que comercializa e gerencia o consumo de energia elétrica no mercado livre. Se tivessem comprado energia cativa, as indústrias teriam gasto R$1,9 bilhão a mais em 2004. Em 2005, as indústrias economizaram R$ 2,9 bilhões. Este ano, somente em maio, foram gastos R$ 318 milhões a menos por quem consumiu em mercado livre. De acordo com a Comerc, já existem 500 empresas utilizando o sistema de aquisição de energia pelo mercado livre, totalizando 800 unidades industriais. Cerca de 20% da energia consumida no país são consumidos em mercado livre. (Jornal do Commercio - 01.07.2006)

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2 Aneel: reajuste para tarifas de empresas transmissoras

A Aneel autorizou o reajuste das tarifas das empresas transmissoras de energia. A Tarifa de Uso do Sistema de Transmissão (Tust), que é paga por geradores, autoprodutores, distribuidoras, consumidores livres, importadores e exportadores de energia para transportar energia pelo SIN, vai subir 9,35% a partir deste sábado. Com o aumento da Tust, as receitas das empresas transmissoras de energia, inclusive aquelas que entrarão em operação até junho de 2007, somarão R$ 7,01 bilhões, contra R$ 6,4 bilhões calculados para o período de julho de 2005 a junho de 2006. O aumento, de acordo com a agência, se deve principalmente à expansão das redes. (Jornal do Commercio - 03.07.2006)

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3 Aneel: redução de 11,45% na tarifa de transporte de energia de Itaipu

A Aneel autorizou o reajuste de -11,45% para a tarifa de transporte de energia elétrica gerada por Itaipu, passando de R$ 3.456,90 por MW para R$ 3.061,04 por MW. Os novos valores - que agregam encargos, tributos e o IGPM - entraram em vigor no dia 1º de julho. A agência também autorizou reajustes para a tarifa de uso do sistema de transmissão e para a receita anual permitida das transmissoras. (Agência Canal Energia - 30.06.2006)

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4 MME: Sobe a oferta de cana no país

Segundo dados do Balanço Energético Nacional divulgado pelo MME, o álcool e a eletricidade co-gerada responderam no ano passado por 13,9% das 218,6 milhões de toneladas equivalentes de petróleo (tep) ofertadas no país. À frente da cana, só o petróleo e seus derivados, com 38,4% da oferta total, e energia hidráulica e elétrica, com 15% - apenas 1,1 ponto percentual de vantagem sobre a matéria-prima do açúcar. A maior oferta da planta neste ano, por conta das novas fábricas e do aquecido mercado de álcool carburante, tende a tornar a energia da cana como a segunda principal fonte energética do país. A energia da cana resulta da ação da iniciativa privada e, também, de instituições públicas como o BNDES, que financia alguns projetos de co-geração em usinas da região. O governo pode ajudar mais com a liberação de financiamentos do Proinfa, que era considerado mola propulsora da co-geração. (Elétrica - 30.06.2006)

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5 Comissão discutirá criação de CPI de energia no MS

O pedido de criação de uma CPI para investigar as razões do alto custo da energia elétrica em Mato Grosso do Sul será analisado, em agosto pela Comissão de Legislação Participativa. O ofício foi encaminhado a Casa no dia 29 de junho pelo Inecon (Instituto de Educação para o Consumo), pedindo prestação de contas da Enersul sobre os investimentos no estado. Segundo o presidente da comissão, Semy Ferraz, o pedido é pertinente e oportuno, por se tratar da energia mais cara do Brasil, com reajustes de 117,9% acumulados nos últimos três anos. Para Ferraz, há indícios de que a empresa estaria superfaturando as indicações de investimento, ou fazendo investimentos desnecessários e de padrão incompatível com os consumidores locais. "Entretanto, precisamos avaliar se a CPI é o caminho mais adequado para a investigação, pois a Justiça Estadual barrou as três últimas comissões instaladas na Casa [Telefonia, Novagro e Ecad]", ressaltou. (Elétrica - 30.06.2006)

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6 Abraceel e BM&F estudam criação de nova bolsa de energia

A Abraceel e a Bolsa de Mercadorias & Futuros iniciam na semana que vem, através de um workshop, a avaliação do mercado de energia para identificarem o formato ideal de uma Bolsa de Energia nacional. O estudo será conduzido pelo grupo de trabalho da Abraceel e não tem prazo determinado para ser implementado, segundo o presidente da associação, Paulo Pedrosa. A Abraceel e a BM&F suspenderam no dia 29 de junho os leilões de curto prazo realizados na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. Segundo Pedrosa, o Brasil precisa de um mercado de bolsa ágil, eficiente e líquido que atue na área de gestão de risco e investimentos. A bolsa seria um espaço para negociação de derivativos e para o mercado futuro de energia. Ele explicou que as empresas poderiam vender antecipadamente parte da energia, garantindo o investimento, e as comercializadoras poderiam administrar as carteiras de contratos de curto prazo. "A bolsa seria um instrumento para viabilizar novos investimentos", observou. (Agência Canal Energia - 30.06.2006)

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7 Curta

A Alerj aprovou projeto de lei que proíbe as empresas distribuidoras de energia elétrica, água, gás e telefone de cortar seus serviços em vésperas de fim de semana e feriado nas cidades onde não exista um serviço de plantão. O PL 1.022-A/03, de autoria do deputado Glauco Lopes (PSDB-RJ), determina que os cortes apenas serão permitidos nos casos de ligações clandestinas, cumprimento de determinação judicial ou por motivos de acidente que ponham em risco o patrimônio de terceiros. (Agência Canal Energia - 30.06.2006)

O programa Luz para Todos irá levar energia elétrica à cerca de 90 agricultores de Cacequi. Segundo o secretário da agricultura, Rui Raganin, quase nenhuma residência do interior ficará sem luz elétrica. A instalação deverá começar pelo terceiro distrito, a localidade de Capela do Saican. Após isso, irá para o primeiro distrito, em São Lourenço. (Elétrica - 30.06.2006)

A CCEE elegeu no dia 30 de junho os novos membros de seu conselho fiscal. Os conselheiros fiscais eleitos como titulares foram: Celina Maria de Macedo Brinckmann e José Raimundo Dias da Fonseca, reconduzidos ao cargo; e Marco Aurélio Milani. Os suplentes eleitos foram Paulo Maurício Mantuano de Lima (reconduzido ao cargo), Carlos Augusto Leite Brandão e Luiz Roberto M. Ferreira. (Agência Canal Energia - 30.06.2006)

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Empresas

1 Moody's eleva Furnas

A agência de classificação de risco Moody''s América Latina elevou o rating de emissor de Furnas Centrais Elétricas para Ba1 de Ba2 na escala global e para Aa1.br de Aa3.br na escala nacional brasileira. A perspectiva do rating é estável. Mais de 99% das ações de Furnas são detidas pela Eletrobrás (sem rating). Cerca de 78% das ações ordinárias e 66% do capital total da Eletrobrás estão direta ou indiretamente nas mãos do Governo Federal do Brasil (Ba3/Positivo). (Gazeta Mercantil - 03.07.2006)

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2 Restabelecida ação visando receber da Eletropaulo dívida de mais de R$ 500 mi

O STJ restabeleceu a ação de execução contra a Eletropaulo, que havia sido extinta pelo Tribunal de Justiça de Rio de Janeiro. Com a decisão, a execução de sentença proposta pela Eletrobrás poderá prosseguir, permitindo que a CTEEP, apontada pelo TJ como responsável pela dívida, que supera R$ 500 milhões, possa se manifestar na ação. A questão envolve a responsabilidade pelo pagamento de dívida decorrente da cisão da Eletropaulo, cuja cobrança baseia-se em contrato de financiamento objetivando a capitalização da Eletropaulo por meio do Plano de Recuperação do Setor Elétrico. (Elétrica - 30.06.2006)

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3 Cesp fecha contrato de R$ 2,8 bi no leilão A-3

O leilão de energia nova A-3, realizado em 29 de junho, pela internet, possibilitou à Cesp completar a venda de energia botox. A geradora negociou 82 MW médios da usina Porto Primavera, a um preço de R$ 124,97 por MWh. O valor total do negócio é de R$ 2,867 bilhões. O contrato terá prazo de 30 anos. (Agência Canal Energia - 30.06.2006)

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4 S&P eleva rating da Cesp

A Standard & Poor's elevou, em sua escala global, os ratings de crédito corporativo atribuído à Cesp e atribuídos a várias emissões da empresa de 'CCC' para 'CCC+'. Além disso, os mesmos ratings também foram elevados na Escala Nacional Brasil de 'brCCC' para "brCCC+'. A perspectiva dos ratings foi revista de estável para positiva em ambas as escalas. Segundo a S&P, a elevação dos ratings reflete o fim do processo de venda da Transmissão Paulista. Os recursos, que totalizam R$ 1,19 bilhão, serão utilizados para capitalizar a Cesp e amortizar dívidas de curto prazo. Os ratings 'CCC+' também incorporam a disposição da companhia em continuar trabalhando no refinanciamento do seu endividamento de curto prazo em 2006. No caso da revisão da perspectiva, a S&P diz que a indicação reflete o potencial para uma elevação dos ratings após a conclusão com sucesso da nova oferta de ações que a Cesp deverá realizar neste ano, o que permitirá levantar um valor expressivo de novos recursos para reduzir o endividamento e melhorar o perfil de amortização futura. (Agência Canal Energia - 30.06.2006)

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5 Cemig negocia 355 MW médios no leilão A-3

A Cemig anunciou que negociou 355 MW médios no leilão A-3 realizado no dia 29. Segundo a empresa, a negociação envolveu um volume de energia de 93 milhões de MWh com receita anual de R$ 390 milhões. A Cemig comercializou a energia das hidrelétricas de Aimorés (84 MW médios), Irapé (206 MW médios) e Queimado (47 MW médios), negociados ao preço de R$ 125 por MWh, correspondente ao preço inicial da fonte hídrica. A empresa também vendeu por R$ 134,42 por MWh a energia da usina de Porto Estrela (18 MW médios), com a recuperação do UBP. (Agência Canal Energia - 30.06.2006)

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6 Analistas apostam em equilíbrio do preço do MWh

Após o leilão de energia nova, a expectativa dos analistas do mercado é de que a indicação de um maior equilíbrio do preço do MWh se mantenha. Apesar da avaliação positiva, eles temem que não seja possível afirmar com certeza que esteja se confirmando a tendência de um novo comportamento do mercado. Segundo eles, a grande expectativa fica por conta do leilão de setembro, que definirá a capacidade do setor de atrair investimentos. Segundo o analista de investimentos da SLW Consultores, Carlos Nunes, a grande diferença do atual leilão em relação ao anterior foi a maior presença de empresas do setor privado, que contribuiu para que o preço médio do MWh para as usinas hidrelétricas ficasse em R$ 126,77, valor próximo ao teto de R$ 125,00, e em R$ 132,39 para as termelétricas, quando o teto era de R$ 140,00. "Neste leilão a lógica foi outra", diz, sinalizando que, embora o preço fixado no leilão esteja aquém da expectativa do mercado (de R$ 136 MWh), já é possível perceber uma evolução. Ainda de acordo com Nunes, uma das principais reclamações dos players em relação ao preço máximo único foi o estabelecimento de apenas um valor para as hidreletricidade e para a termoeletricidade. "O ideal seria que existissem preços máximos específicos para cada projeto", explica. Para o consultor da Cabrera & Associados, Éder Mutinelli, é arriscado afirmar que há uma nova tendência de preços. (Agência Canal Energia - 30.06.2006)

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7 Fitch eleva rating da CPFL Piratininga

A Fitch Ratings aumentou para 'AA+(bra)', o rating nacional longo prazo das cotas seniores, emitidas em fevereiro de 2004, do Fundo de Investimento em Direitos Creditórios da CPFL Piratininga (FIDC Piratininga), em montante de R$ 200 milhões. Ainda de acordo com a Fitch, a elevação do rating da CPFL Piratininga é baseada na melhora do perfil de risco de crédito de empresas do grupo CPFL e, por sua vez, no risco de continuidade da empresa como concessionária na prestação de serviços públicos. (Agência Canal Energia - 30.06.2006)

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8 Energias do Brasil vende energia da PCH Santa Fé

A Energias do Brasil participou do leilão de energia nova através da subsidiária Castelo Energética. A empresa controla a PCH Santa Fé, que comercializou 16 MW médios durante a licitação. A energia foi vendida por R$ 124,99 por MWh. A Energias do Brasil vai investir R$ 105 milhões para construir a nova PCH, que terá capacidade instalada de 29 MW. A obra está prevista para ser concluída em 2008. (Agência Canal Energia - 30.06.2006)

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9 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 30-06-2006, o IBOVESPA fechou a 36.630,66 pontos, representando uma alta de 0,39% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 2,12 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 0,82%, fechando a 11.268,62 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 47,00 ON e R$ 44,90 PNB, baixa de 1,65% e 0,66%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Na abertura do pregão do dia 03-07-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 48,40 as ações ON, alta de 2,98% em relação ao dia anterior e R$ 44,00 as ações PNB, baixa de 2,00% em relação ao dia anterior. (Investshop - 03.07.2006)

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Leilões

1 Leilão de energia nova: Tractebel vendeu 493 MW

A Tractebel foi a grande vencedora do segundo leilão de energia nova. Dos 1,6 mil MW médios comercializados, a companhia vendeu, sozinha, 493 MW ao "pool" de distribuidoras de energia elétrica, o que lhe garantirá receita anual de R$ 560 milhões, ao longo de 30 anos (2009-2038). "Ficamos satisfeitos com o preço e o prazo também nos dará uma estabilidade na receita da empresa", diz Maurício Bähr, presidente do conselho de administração da Tractebel. A energia vendida pela companhia no leilão será suprida pelas usinas hidrelétricas de Itá e de Cana Brava. (Valor Econômico - 03.07.2006)

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2 Leilão de energia nova: Cemig foi segunda maior vendedora

A Cemig foi a segunda maior vendedora: comercializou 355 MW médios, o que renderá uma receita anual de R$ 390 milhões. A energia será fornecida pelas hidrelétricas de Aimorés, Irapé, Queimado e Porto Estrela. (Valor Econômico - 03.07.2006)

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3 Leilão de energia nova: sobra de 60% de energia ofertada

O 2º leilão de energia nova conseguiu atender a demanda de 1,5 mil MW que havia faltado contratar no último leilão, em dezembro de 2005. Mesmo assim, houve uma sobra de 60% de oferta, o que deve acirrar a concorrência no próximo leilão, marcado para setembro. "O objetivo era estimular a competição e conseguir os melhores preços para o consumidor final", presidente da EPE, Maurício Tolmasquim. Foram vendidos 1.682 MW médios, movimentando R$ 45,6 bilhões. A energia hidrelétrica será entregue a partir de janeiro 2009 até 2038. Já as térmicas terão prazo de 15 anos, a partir de 2009. Do total comercializado, 60% será proveniente de hidrelétricas, que envolvem projetos mais baratos. Dos 89 projetos habilitados para serem oferecidos neste leilão, 31 foram contratados, sendo 15 hidrelétricas e 16 termelétricas. Apenas 18 empreendimentos são novos, dos quais sete são pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e 11 são termelétricas (três de biomassa e oito a combustível). (Valor Econômico - 03.07.2006)

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4 Leilão de energia nova: preço médio por fonte de energia

O preço médio do MWh para as usinas hidrelétricas ficou em R$ 126,77, enquanto para as termelétricas foi de R$ 132,39. O lance máximo estipulado pelo governo foi de R$ 125 para hidrelétrica e R$ 140 para as térmicas. Os valores só foram maiores, em alguns casos de usinas hidrelétricas, porque considerou-se uma taxa pelo uso do bem público (UBP). (Valor Econômico - 03.07.2006)

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5 Leilão de energia nova: grande parte dos projetos "botox" é atendido

O presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, destaca que grande parte dos projetos "botox" foi atendido no segundo leilão de energia nova. O restante terá que competir no próximo leilão, marcado para 5 de setembro, pois este tipo de energia só têm até 2007 para ser vendida como energia nova. A Cemig, a Cesp, a Tractebel e a Baesa venderam lotes de energia hidrelétrica "botox" - concessões já existentes, mas que não tinham energia contratada. (Valor Econômico - 03.07.2006)

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6 Leilão de energia nova: Cesp vende energia "botox" de Porto Primavera

A Cesp, que ainda tinha 82 MW de energia "botox" na hidrelétrica Porto Primavera, conseguiu vender todo o volume residual para 30 distribuidoras, no segundo leilão de energia nova, por R$ 124,97 por MWh. O diretor de geração da estatal, Sílvio Roberto Areco Gomes, disse que havia reservado essa quantia devido à perspectiva de preços altos no leilão. "Foi o melhor preço que já houve", afirmou. Em dezembro do ano passado, a empresa vendeu os outros 148 MW que ainda não haviam sido contratados por R$ 116 por MWh no primeiro leilão de energia nova, em um prazo de 30 anos. (Valor Econômico - 03.07.2006)

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7 Leilão de LTs: 28 empresas entregam documentos para pré-qualificação

O leilão de linhas de transmissão, marcado para o dia 18 de agosto, atraiu o interesse de 28 empresas, que entregaram à Bovespa os documentos de pré-qualificação necessários ao processo. Os investidores do Brasil, Espanha, Portugal, Colômbia e Itália poderão apresentar propostas individualmente ou agrupadas em dez consórcios. A Aneel irá analisar os documentos apresentados e divulgará a lista das empresas pré-qualificadas no dia 17 de julho. A agência estima que serão necessários investimentos de R$ 1,1 bilhão para construção dos 2.250 ikm de linhas. (Jornal do Commercio - 03.07.2006)

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8 Leilão de energia nova: baixa variação do preço de fonte hidrelétrica

A baixa variação para o preço da fonte hidrelétrica no leilão foi uma conjugação de fatores considerados pouco prováveis pela coordenação do leilão, a partir das estratégias adotadas pelas hidrelétricas. Segundo explicou o secretário-executivo do MME, Nelson Hübner, acredita-se que na etapa inicial praticamente todos empreendedores fizeram oferta com o mesmo valor, o preço-teto, de R$ 125 por MWh. "Quando todo mundo coloca o mesmo preço, o sistema ordena aleatoriamente, num sorteio. O grande azar para nós, que queríamos baixar a tarifa, foi que a última usina era nova e com quantidade considerável de energia, o que dificultou deslocar a carga da usina", explicou Hübner. A usina em questão foi a de São Salvador, contou o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim. O empreendimento participou do leilão, sem negociar energia. Segundo o presidente da EPE, a razão do prolongamento do negócio, com duração de mais de 16 horas, se deu em função da ratificação de lances feita pela Tractebel, que manteve-se fazendo ofertas até às 2 horas - 14 horas após o início da licitação. Com a desistência de São Salvador, a demanda passou a ser disputada pelos demais empreendedores, o que permitiu a finalização da licitação. (Agência Canal Energia - 30.06.2006)

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9 Apine: necessidade de aprimorar mecanismos para botox

A ausência das hidrelétricas botox, como São Salvador, surpreendeu Luiz Fernando Leone Vianna, presidente da Apine, em análise preliminar do resultado do leilão de energia nova, ocorrido no dia 29 de junho. Para o executivo, os mecanismos de compensação do UBP já aprimorados para aumentar a competitividade das empresas não foram suficientes. "Eles terão que ser modificados novamente para o leilão A-5, em setembro" avaliou. Vianna disse que se o preço das térmicas tivesse sido maior, as usinas botox poderiam ter chances mais elevadas de entrar no leilão. O preço de venda médio das térmicas ficou em R$ 132,39 por MWh, enquanto das hídricas foi de R$ 126,77 por MWh. As usinas com UBP podiam, segundo as regras da licitação, repassar a diferença com a térmica mais cara para o consumidor. Segundo Vianna, o Custo Marginal de Operação pode ter influenciado o resultado do leilão, porque quanto maior fosse o CMO, igualmente maior seria a competitividade das térmicas mais caras. A associação também estudará o peso de cada fonte no suprimento da demanda. (Agência Canal Energia - 30.06.2006)

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10 Apine: mecanismos de compensação do UBP devem ser aprimorados

A ausência das hidrelétricas botox, como São Salvador, surpreendeu Luiz Fernando Leone Vianna, presidente da Apine, em análise preliminar do resultado do leilão de energia nova. Para o executivo, os mecanismos de compensação do UBP já aprimorados para aumentar a competitividade das empresas não foram suficientes. "Eles terão que ser modificados novamente para o leilão A-5, em setembro" avaliou. Vianna disse que se o preço das térmicas tivesse sido maior, as usinas botox poderiam ter chances mais elevadas de entrar no leilão. O preço de venda médio das térmicas ficou em R$ 132,39 por MWh, enquanto das hídricas foi de R$ 126,77 por MWh. As usinas com UBP podiam, segundo as regras da licitação, repassar a diferença com a térmica mais cara para o consumidor. Segundo Vianna, o Custo Marginal de Operação pode ter influenciado o resultado do leilão, porque quanto maior fosse o CMO, igualmente maior seria a competitividade das térmicas mais caras. (Agência Canal Energia - 30.06.2006)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Preço Spot - CCEE

De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 01/07/2006 a 07/07/2006.

Tabela
Brasil - Mercado Spot por Região.
(valores expressos em R$/Mwh)

Sudeste/Centro Oeste
Sul
Nordeste
Norte
 pesada                             93,90  pesada                      93,90  pesada                     28,72  pesada                    93,90
 média                               93,90  média                        93,90  média                       28,72  média                      93,90
 leve                                  90,66  leve                           93,90  leve                          28,72  leve                         90,66
  
    Fonte: www.ccee.org.br


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Gás e Termoelétricas

1 Petrobras corre para expandir rede de gasodutos

Em junho, a Petrobras lançou, sempre ao lado de Lula, o início das obras de pelo menos dois importantes gasodutos programados para o País - o Urucu-Manaus e Cabiúnas-Vitória, que irão demandar investimentos totais de US$ 842 milhões e US$ 500 milhões, respectivamente. Além desses dois empreendimentos, a Petrobras tem programado diversos outros projetos para expansão da rede nacional de gasodutos, hoje considerada por analistas bastante incipiente em relação ao grande potencial de crescimento da demanda pelo energético extraído do solo brasileiro. A maioria dos projetos tem entrega prevista para 2007 e 2008. A meta é aumentar, até o fim de 2008, a produção interna em mais de 24 milhões de metros cúbicos diários, passando dos atuais 15,8 milhões de metros cúbicos por dia para cerca de 40 milhões de metros cúbicos - volume antes esperado para ser alcançado em sete anos. (Gazeta Mercantil - 03.07.2006)

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2 Custo dos gasodutos sobe após crise na Bolívia

A nacionalização das reservas bolivianas provocou uma corrida da Petrobras para tirar do papel seus diversos projetos de expansão da rede interna de gasodutos. No caso do Urucu-Manaus, a Petrobras vinha tendo problemas com as construtoras por causa dos preços exorbitantes sugeridos durante os processos licitatórios - até 40% acima do valor estimado pela Petrobras. No entanto, depois de cancelar três licitações seguidas, a Petrobras acabou aceitando as novas propostas dos consórcios encarregados pelas obras no gasoduto Urucu-Manaus. Segundo texto da petrobras, o custo para a construção desse gasoduto ficará em torno de R$ 1,4 bilhão. "Os preços para a construção e montagem do gasoduto Urucu-Manaus apresentados pelos vencedores do certame encerrado em junho de 2006 ficaram dentro da estimativa feita pela Petrobras", diz o comunicado da Petrobras. Para o consultor Humberto Viana Guimarães, as obras no trecho Cabiúnas-Vitória terão um custo muito elevado. "Para esse trecho de 300 quilômetros, serão gastos, segundo a própria Petrobras, US$ 500 milhões, ou US$ 1,67 milhão por quilômetro", diz. Já o projeto Urucu-Manaus, compara o analista, terá um custo total de US$ 1,26 milhão por quilômetro. A Petrobras enviou texto em que também nega a informação de que o custo do gasoduto Cabiúnas-Vitória tenha ficado acima do valor do projeto Urucu-Manaus. (Gazeta Mercantil - 03.07.2006)

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3 Perdas de US$ 35 bilhões de metros cúbicos

A falta de gasodutos no Brasil para o escoamento da produção interna já fez a Petrobras e seus parceiros na exploração das reservas nacionais deixarem de utilizar mais de 35 bilhões de metros cúbicos retirados dos poços brasileiros desde 1999, ano em que foi lançado o gasoduto Bolívia-Brasil. O volume de gás não utilizado pelo País foi calculado pelo engenheiro civil Humberto Viana Guimarães, com base em dados recolhidos pela ANP até março deste ano. Segundo Guimarães, convertida em valores, as perdas com o gás natural desde 1999 somam mais de US$ 5 bilhões, dinheiro suficiente para construir dois Gasbol ou quatro gasodutos do tamanho do Gasene. Na atividade de extração do petróleo, dependendo do perfil do poço explorado, o gás natural vem associado ao óleo. Assim, como a Petrobras não tem condições de colocar no mercado todo o combustível retirado - justamente pela falta de uma rede de gasodutos -, a única saída encontrada é reinjetar parte do volume do gás ou queimá-lo. (Gazeta Mercantil - 03.07.2006)

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4 Petrobras aumenta investimentos em 66%

O compromisso de manter o abastecimento de gás natural nos próximos anos junto ao CNPE foi a principal razão da Petrobras para elevar os investimentos em 66%. A estatal anunciou que investirá US$ 87,1 bilhões nos próximos cinco anos, conforme prevê o Plano de Negócios de 2007 a 2011. No planejamento anterior, de 2005, a previsão de investimento era de US$ 52,4 bilhões. A antecipação de projetos de gás natural na bacia do Espírito Santo, bem como a opção de importar GNL como saída para fugir da dependência exclusiva da Bolívia fizeram saltar investimentos nas áreas de Exploração e Produção e Gás e Energia. A diretoria de Exploração e Produção ganhou mais US$ 15,7 bilhões, num salto de 63% em relação ao plano anterior, que previa US$ 25 bilhões para a área. Já a área de gás terá US$ 7,2 bilhões, 56% a mais que o planejado anteriormente. O diretor de Gás e Energia, Ildo Sauer, lembrou também dos investimentos superiores a US$ 10 bilhões na bacia de Santos e da necessidade de promover infra-estrutura, com a construção de gasodutos. A estatal também comunicou que o governo boliviano tomará a frente dos negócios de distribuição de combustíveis na Bolívia, mercado até então operado pela Petrobras. (Gazeta Mercantil - 03.07.2006)

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5 Evo Morales quer discutir preço do gás com Lula

O presidente boliviano, Evo Morales, anunciou que quer uma reunião pessoal com o presidente Lula para negociar um novo preço do gás que a Bolívia exporta para o Brasil. Morales informou que aproveitará a Cúpula do Mercosul, que acontece terça-feira em Caracas, para falar com o presidente brasileiro. "Quero aproveitar a reunião de presidentes do Mercosul, que será realizada na Venezuela, para me reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tratar de dois temas: a elevação do preço do gás e o aumento do volume de exportação para o Brasil", explicou. Morales fez este anúncio na inauguração do processo de comercialização de hidrocarbonetos da estatal YPFB, que será a principal empresa encarregada deste serviço no país. "Depois de ter firmado acordos com Venezuela e Argentina, tenho confiança que o presidente Lula da Silva vai se somar ao processo de mudanças profundas e vai aumentar o preço do gás natural", disse Morales. A Bolívia esperar usar o acordo com a Argentina como base da negociação com o Brasil, embora o governo boliviano não tenha encontrado predisposição das autoridades brasileiras para negociar um aumento no volume de exportação. (Jornal do Commercio - 01.07.2006)

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6 Cronograma de negociação sobre gás é estabelecido

A Petrobras acertou um cronograma de negociações para revisar a cláusula de preços do contrato de compra e venda de gás com a YPFB. A estatal aceitou fazer as negociações após ouvir os argumentos da empresa boliviana. Os encontros acontecerão no próximo mês, visando a conclusão dentro do prazo contratual de 45 dias. A próxima reunião entre as empresas está marcada para a semana de 10 a 14 de julho em Santa Cruz de la Sierra, Bolívia. A Petrobras considera que, em princípio, os aumentos de preços ocorridos na forma prevista em contrato são suficientes para manter o equilíbrio econômico-financeiro da operação. A companhia se comprometeu a realizar estudos mais detalhados antes de comunicar formalmente sua resposta à YPFB. (Agência Canal Energia - 30.06.2006)

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7 Gabrielli: alta de gás só em termo dos contratos

O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, reafirmou que a companhia só negociará com a Bolívia "nos termos do contrato", que prevê uma fórmula de reajuste trimestral. "Nós sentamos à mesa para conversar só que nos termos do contrato", disse. Ou seja: o executivo indicou que não aceitará o novo preço proposto pela Bolívia para o gás, de US$ 8 por milhão de BTU. A pedido da Bolívia, representantes da Petrobras se reuniram em La Paz com a YPFB, mas não chegaram a um acordo. Se não ocorrer um acerto entre as partes em até 45 dias, a questão será decidida pela Justiça de Nova York. Indagado se o aumento do gás vendido à Argentina é uma forma de pressão à Petrobras, Gabrielli disse apenas que "nossos contratos com a Bolívia são diferentes" dos firmados com os argentinos. (Folha de São Paulo - 01.07.2006)

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8 Rondeau: Alta do gás diminui confiança e atrapalha integração

O ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, disse hoje que a elevação dos preços do gás natural boliviano fora das regras contratuais "diminui a confiança dos agentes, afasta investidores e atrapalha o projeto de integração energética da região, particularmente as discussões para a construção do Grande Gasoduto do Sul". A declaração do ministro foi uma resposta ao anúncio do governo boliviano de que o valor de referência para a negociação do preço do gás exportado para o Brasil é de US$ 8 por milhão de BTU, valor US$ 3 superior ao fechado com a Argentina (US$ 5). De acordo com dados do MME, os preços do petróleo no mercado internacional variou 270%, enquanto o preço do gás importado pelo Brasil da Bolívia aumentou 311%, sem que houvesse descumprimento do contrato por parte do Brasil. A Petrobras espera que o preço definitivo do gás boliviano seja conhecido no início de julho, com base no cálculo de uma cesta de óleos combustíveis do mercado internacional. (Elétrica - 30.06.2006)

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Grandes Consumidores

1 Obra da Irani deve elevar produção em 30%

A empresa de celulose Irani inaugurou oficialmente neste sábado uma planta de recuperação de produtos químicos na fábrica de papel e celulose no município de Vargem Bonita, meio oeste catarinense. A obra teve investimento de R$ 20 milhões e vai ampliar a produção de celulose em até 30%, com aumento da capacidade instalada de 170 t/dia para 220 toneladas por dia. A fábrica já está em funcionamento há mais de um mês. Segundo o superintendente da Irani, Péricles Pereira Druck, a obra reflete a preocupação da companhia nos últimos em realizar investimentos de "retaguarda", ou seja, de suporte à produção do produto final. "Esse tipo de investimento nos permite ter segurança de produção e capacidade de crescimento", explica o executivo, que estima uma economia para a Irani decorrente do investimento em torno de seis mil toneladas de biomassa por mês. "Em abril de 2005, entrou em operação o projeto de Co-geração de energia na Divisão Papel em Vargem Bonita - SC, onde foram investidos R$ 22,5 milhões", diz. (InvestNews - 03.07.2006)

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2 Produção de químicos

A produção de químicos de uso industrial cresceu 1,59% em maio na comparação com abril. As vendas internas, que haviam recuado 4,38% em abril, aumentaram 8,13%, na mesma comparação, segundo a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). De janeiro a maio, a fabricação de químicos aumentou 0,9% e as vendas internas 5,48% em comparação aos cinco primeiros meses de 2005. (Gazeta Mercantil - 03.07.2006)

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3 Suzano anuncia novo reajuste no preço da celulose de eucalipto

A partir desta segunda-feira a Suzano Papel e Celulose eleva pela terceira vez este ano o preço da celulose de eucalipto vendida para a Europa e a América do Norte. O diretor da unidade de celulose da Suzano, Rogério Ziviani, informou que o preço referência por tonelada fica US$ 20 mais caro neste mês de julho. Na Europa, os preços atingem o maior valor desde fevereiro de 2001, com US$ 660 por tonelada. Nos meses de verão na Europa e América do Norte a demanda reduz, mas este ano houve um aquecimento que, somado ao fechamento de produções que já alcançou 1,8 milhões de toneladas neste primeiro semestre, favorece a elevação dos preços. A Suzano vem revendo os contratos para assegurar a colocação da capacidade extra de cerca de 1 milhão de toneladas que terá com a nova linha em Mucuri, na Bahia. A Suzano deverá se transformar na segunda maior produtora mundial de celulose de eucalipto para venda ao mercado em 2009, quando a ampliação da capacidade estiver completa, disse Ziviani. (Gazeta Mercantil - 03.07.2006)

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4 Fabricantes mudam perfil e focam negócio na produção de celulose

Até meados dos anos 90, a produção brasileira de celulose ficava praticamente equilibrada com a de papel. Essa realidade começou a mudar nos últimos dois anos com a ampliação cada vez maior da oferta de matéria-prima. Em 2004, produziu-se 8,4 milhões de toneladas de papel e 9,6 milhões de toneladas de celulose, segundo dados da Bracelpa, entidade que reúne os fabricantes. A tendência é que a diferença fique maior. Até 2009, está prevista a oferta adicional de pelo menos 2 milhões de toneladas de celulose ao passo que a nova produção de papel ficará em pouco mais do que 500 mil toneladas, segundo estimativas de algumas consultorias. As fabricantes brasileiras têm tirado vantagem dos custos mais baixos para produzir mais celulose. Segundo dados da consultoria Hawkins Writght, o custo caixa para produção de celulose de eucalipto ficou em US$ 246 por tonelada no Brasil, um dos mais baixos do mundo. (Valor Econômico - 03.07.2006)

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5 Cotação da celulose atinge quase US$ 700

O preço da celulose de eucalipto de mercado voltou a arranhar a casa dos US$ 700 por tonelada nos Estados Unidos, um recorde que não acontecia desde os primeiros meses de 2001. Os principais fabricantes da commodity anunciaram na semana passada novos aumentos de preços, de US$ 20 por tonelada, para venda neste mês nos mercados americanos e europeu, seguindo um reajuste feito em junho na Ásia. Com o reajuste, os preços da celulose passaram a US$ 695 por tonelada nos EUA e US$ 660 por tonelada na Europa. No mercado asiático, os preços tinham sido reajustados em US$ 20 por tonelada em junho, atingindo a cotação de US$ 610. A demanda na Europa está mais aquecida em virtude do maior número de anúncios, explicou Rogério Ziviani, diretor Suzano Papel e Celulose. Lembrou ainda que houve uma procura maior na Alemanha por causa da Copa do Mundo de futebol. No caso dos EUA, ele lembrou que a oferta local continua a ser afetada por conta do fechamento de capacidades de produção. (Valor Econômico - 03.07.2006)

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6 CVM retira ações da Arcelor Brasil do pregão

A CVM manteve na sexta-feira a suspensão dos negócios das ações da Arcelor na Bovespa, determinada um dia antes. A autarquia considerou insuficientes os esclarecimentos feitos pela companhia sobre a necessidade de realizar, ou não, uma oferta pública de ações no Brasil, por causa da associação entre sua matriz e a indiana Mittal Steel. Caso prevaleça o entendimento de que deve haver a oferta, todos os acionistas brasileiros terão direito a 100% de tag along. A Arcelor argumenta que a resposta sobre a necessidade de realizar a oferta deve ser dada pela Mittal, por entender que ainda não está claro se houve, ou haverá, alienação de controle ou apenas uma fusão. No entanto, a CVM entende que ao ter concordado com os termos da proposta feita pela Mittal, os membros do Conselho de Administração da Arcelor tomaram conhecimento dos detalhes da operação para seus acionistas no mundo inteiro. Além disso, a autarquia lembrou que um comunicado enviado pela Mittal à SEC (a CVM norte-americana) esclarece que todas as comunicações feitas sobre a união, incluindo a necessidade de realizar oferta pública de ações, deveriam ter aprovação conjunta. (Gazeta Mercantil - 03.07.2006)

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Economia Brasileira

1 Câmbio remunera maioria dos setores

As reclamações contra o nível do dólar continua forte, mas muitos setores da economia não têm do que reclamar, de acordo com um estudo da MCM Consultores Associados. Cálculos da MCM mostram que, em 17 de 31 setores analisados, o câmbio de equilíbrio seria inferior aos R$ 2,166 do fechamento da sexta-feira. O trabalho sugere que setores como os de extração de petróleo, siderurgia, abate de animais e de açúcar manteriam o fôlego exportador mesmo com um dólar bem abaixo do atual. O câmbio de equilíbrio do segmento de abate de animais seria de R$ 0,83 e o da indústria de açúcar, de R$ 1,56. Na outra ponta está o setor agropecuário, que necessitaria de um dólar de R$ 2,95 para voltar a ser rentável como nos últimos anos. A percepção dos empresários, porém, por vezes confronta com as conclusões da MCM. No estudo, o câmbio de equilíbrio é definido como o que leva a rentabilidade do segmento para o nível médio dos últimos cinco anos, dados os atuais preços em reais dos produtos. Para chegar lá, a MCM considerou as cotações dos produtos de cada setor e sua estrutura de custos, levando em conta a matriz insumo-produto. (Valor Econômico - 03.07.2006)

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2 Superávit primário acumula R$ 46,71 bi no ano

O superávit primário do setor público consolidado - que incluiu governo central, governos regionais e estatais - foi de R$ 46,710 bilhões, ou 5,79% do Produto Interno Bruto (PIB), nos cinco primeiros meses de 2006. O resultado é quase um ponto percentual inferior ao registrado no mesmo período do ano passado, quando ficou em 6,70% do PIB. Nos 12 meses encerrados em maio, a economia para pagamento de juros da dívida chegou a 4,51% do PIB, acima da meta do governo, de 4,25%. No mês passado, o superávit do setor público foi de R$ 6,303 bilhões. O valor é 67,5% menor do que o de abril, mas próximo aos R$ 6,314 bilhões de maio do ano passado. No mês passado, o superávit foi determinado pelo resultado positivo de R$ 3,146 bilhões do governo central, R$ 2,129 bilhões dos governos regionais e R$ 1,028 bilhão das estatais. No mês passado, a dívida líquida do setor público fechou em 50,7% do PIB ou cerca de R$ 1,018 trilhão. (Gazeta Mercantil - 03.07.2006)

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3 Balança tem superávit de US$ 19,54 bi no primeiro semestre

Com o maior saldo mensal do ano, de US$ 4,082 bilhões somente em junho, a balança comercial brasileira alcançou no primeiro semestre de 2006 um superávit de US$ 19,541 bilhões, segundo a Secex. As exportações nos seis primeiros meses do ano cresceram 13,5% em relação ao mesmo período do ano passado, e alcançaram US$ 60,901 bilhões. Já as importações, cresceram 21,6% no período, e totalizaram US$ 41,360 bilhões.Com isso, o saldo comercial de US$ 19,541 bilhões no semestre ficou bem próximo do verificado no ano anterior, quando atingiu US$ 19,654 bilhões. A queda foi de apenas 0,57%. O saldo comercial de junho (US$ 4,082 bilhões) ficou acima dos US$ 4,033 bilhões registrados no mesmo mês do ano passado, e também superou o melhor mês do ano até então (março), quando o superávit comercial havia ficado em US$ 3,677 bilhões. As exportações de junho totalizaram US$ 11,435 bilhões. Já as importações somaram US$ 7,353 bilhões. O saldo comercial da última semana de junho foi de US$ 1,602 bilhão, com exportações de US$ 3,147 bilhões e importações de US$ 1,545 bilhão. (Folha de São Paulo - 03.07.2006)

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4 Focus: mercado espera IPCA inferior a 4%

Pela quinta semana consecutiva, o mercado financeiro reduziu suas projeções para a inflação em 2006. Conforme o boletim Focus, a expectativa para o IPCA caiu de 4,04% na semana anterior para 3,98% no acumulado do ano. Com a redução observada nesta semana, a expectativa dos analistas se distancia ainda mais do centro da meta de inflação determinada pelo CMN, que prevê IPCA de 4,5% em 2006. Esse objetivo tem, ainda, a margem de tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Entre os demais indicadores de preço pesquisados pelo relatório, o IPC Fipe também teve redução. Nesse caso, pela segunda vez consecutiva. Com o ajuste, a expectativa para o índice caiu de 3,02% para 2,91%. Em trajetória inversa, as projeções para a família de indicadores da FGV, os IGPs, tiveram elevação. Para o IGP-M, a expectativa subiu de 3,40% para 3,69%. Já a aposta para o IGP-DI subiu de 3,41% para 3,45%. (Investnews - 03.07.2006)

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5 Focus: projeção de crescimento de 3,60% para economia neste ano

O mercado financeiro calcula que o PIB apresente crescimento de 3,60% neste ano, reforçando estimativa apresentada uma semana atrás. O relatório do BC mostrou também que os analistas consultados pela autoridade monetária esperam um incremento de 3,7% para a economia brasileira em 2007, percentual esse inalterado há 12 semanas.O superávit da balança comercial deve alcançar US$ 40 bilhões em 2006, sem modificação em relação ao documento anterior do BC, e deve atingir US$ 35,51 bilhões nos 12 meses seguintes, superior aos US$ 35,26 bilhões projetados antes. A previsão para a entrada de investimentos estrangeiros neste ano foi alterada de US$ 15,35 bilhões para US$ 15,45 bilhões, mas a de 2007 foi conservada em US$ 16 bilhões. A mediana das expectativas dos analistas para a produção industrial é de uma alta de 4,25% neste calendário e de 4,50% para 2007. (Valor Econômico - 03.07.2006)

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6 Focus: BC deve reduzir taxa Selic em 0,5%

Os analistas financeiros acreditam que o Banco Central determine uma redução de 0,50 ponto percentual no juro básico da economia na reunião do Copom dos dias 18 e 19 de julho.A mediana das expectativas dos analistas é de uma Selic de 14,75% anuais. No encontro de maio, o BC estipulou um corte de 0,5 ponto no juro primário, estabelecendo que o custo do dinheiro se situasse em 15,25% ao ano. Para este ano, a mediana das estimativas da Selic média é de 15,38%, percentual idêntico ao apresentado no levantamento de uma semana atrás. A expectativa para a taxa de câmbio no final deste ano é de que chegue a R$ 2,24. (Valor Econômico - 03.07.2006)

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7 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial abriu o dia em baixa, a R$ 2,1590. Às 9h30, a moeda recuava 0,23%, a R$ 2,1590 na compra e a R$ 2,1610 na venda. Na última sexta-feira, o dólar caiu 0,41%, a R$ 2,1640 na compra e R$ 2,1660 na venda. Na semana, a divisa cedeu 2,82%. Em junho, a moeda declinou 6,8%. No primeiro semestre do ano, a queda foi de 6,84%. (Valor Online - 03.07.2006)


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Internacional

1 Reajuste do gás faz Argentina criar imposto

A Argentina imporá um imposto às exportações de gás para compensar o custo fiscal por vender o hidrocarboneto ao mercado interno a um valor menor que o novo preço de importação do gás boliviano, de US$ 5 por milhões de BTUs. "A Argentina taxará as exportações de gás para que não tenha nenhum impacto no mercado interno", disse o ministro de Planejamento argentino, Julio de Vido. A Argentina exporta 20 milhões de metros cúbicos diários de gás a países como o Chile, Brasil e Uruguai, embora por lei possa diminuir suas vendas para satisfazer a crescente demanda interna. A compra e venda de gás com a Bolívia era feita até agora entre as empresas privadas, sobretudo a hispano-argentina Repsol YPF, que opera nos dois lados da fronteira. Mas, a partir da entrada em vigor do novo acordo, agora as operações de exportação e importação serão realizadas exclusivamente entre as empresas estatais YPFB, da Bolívia, e Enarsa, da Argentina. De Vido afirmou que a Enarsa venderá o gás boliviano no mercado argentino pelo valor atual, de US$ 1,80 por milhão de BTUs, e por isso o impacto interno do novo preço de importação "será zero". "A Enarsa será compensada para que não tenha prejuízo, e assim terá uma pequena margem de lucro". (Gazeta Mercantil - 03.07.2006)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro mailto:nivalde@ufrj.br
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Beatriz Mello Affonso, Camila Nobrega, Marcelo Machado, Guilherme Branquinho e Larissa Barbosa

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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