l IFE: nº 1.839 - 03
de julho de 2006 Índice Regulação e Reestruturação do Setor Empresas Leilões Oferta e Demanda de Energia Elétrica Gás e
Termelétricas Grandes
Consumidores Economia Brasileira Internacional Regulação e Reestruturação do Setor 1 Consumidores livres tiveram economia de R$ 1,6 bi entre janeiro e maio As cerca de
500 indústrias que compram energia no mercado livre tiveram economia de
R$ 1,6 bilhão entre janeiro e maio deste ano. De acordo com o vice-presidente
da Comerc Energia, Marcelo Parodi, a expectativa para este ano é que sejam
economizados R$ 4 bilhões, R$1,1 bilhão a mais do que foi economizado
em 2005. A comparação é feita com o valor que seria pago caso as indústrias
tivessem comprado energia no mercado cativo. Em 2003, o mercado livre
proporcionou economia de R$1 bilhão às empresas, segundo a Comerc, que
comercializa e gerencia o consumo de energia elétrica no mercado livre.
Se tivessem comprado energia cativa, as indústrias teriam gasto R$1,9
bilhão a mais em 2004. Em 2005, as indústrias economizaram R$ 2,9 bilhões.
Este ano, somente em maio, foram gastos R$ 318 milhões a menos por quem
consumiu em mercado livre. De acordo com a Comerc, já existem 500 empresas
utilizando o sistema de aquisição de energia pelo mercado livre, totalizando
800 unidades industriais. Cerca de 20% da energia consumida no país são
consumidos em mercado livre. (Jornal do Commercio - 01.07.2006) 2 Aneel: reajuste para tarifas de empresas transmissoras A Aneel autorizou
o reajuste das tarifas das empresas transmissoras de energia. A Tarifa
de Uso do Sistema de Transmissão (Tust), que é paga por geradores, autoprodutores,
distribuidoras, consumidores livres, importadores e exportadores de energia
para transportar energia pelo SIN, vai subir 9,35% a partir deste sábado.
Com o aumento da Tust, as receitas das empresas transmissoras de energia,
inclusive aquelas que entrarão em operação até junho de 2007, somarão
R$ 7,01 bilhões, contra R$ 6,4 bilhões calculados para o período de julho
de 2005 a junho de 2006. O aumento, de acordo com a agência, se deve principalmente
à expansão das redes. (Jornal do Commercio - 03.07.2006) 3 Aneel: redução de 11,45% na tarifa de transporte de energia de Itaipu A Aneel autorizou
o reajuste de -11,45% para a tarifa de transporte de energia elétrica
gerada por Itaipu, passando de R$ 3.456,90 por MW para R$ 3.061,04 por
MW. Os novos valores - que agregam encargos, tributos e o IGPM - entraram
em vigor no dia 1º de julho. A agência também autorizou reajustes para
a tarifa de uso do sistema de transmissão e para a receita anual permitida
das transmissoras. (Agência Canal Energia - 30.06.2006) 4 MME: Sobe a oferta de cana no país 5 Comissão discutirá criação de CPI de energia no MS O pedido de
criação de uma CPI para investigar as razões do alto custo da energia
elétrica em Mato Grosso do Sul será analisado, em agosto pela Comissão
de Legislação Participativa. O ofício foi encaminhado a Casa no dia 29
de junho pelo Inecon (Instituto de Educação para o Consumo), pedindo prestação
de contas da Enersul sobre os investimentos no estado. Segundo o presidente
da comissão, Semy Ferraz, o pedido é pertinente e oportuno, por se tratar
da energia mais cara do Brasil, com reajustes de 117,9% acumulados nos
últimos três anos. Para Ferraz, há indícios de que a empresa estaria superfaturando
as indicações de investimento, ou fazendo investimentos desnecessários
e de padrão incompatível com os consumidores locais. "Entretanto, precisamos
avaliar se a CPI é o caminho mais adequado para a investigação, pois a
Justiça Estadual barrou as três últimas comissões instaladas na Casa [Telefonia,
Novagro e Ecad]", ressaltou. (Elétrica - 30.06.2006) 6 Abraceel e BM&F estudam criação de nova bolsa de energia A Abraceel e
a Bolsa de Mercadorias & Futuros iniciam na semana que vem, através de
um workshop, a avaliação do mercado de energia para identificarem o formato
ideal de uma Bolsa de Energia nacional. O estudo será conduzido pelo grupo
de trabalho da Abraceel e não tem prazo determinado para ser implementado,
segundo o presidente da associação, Paulo Pedrosa. A Abraceel e a BM&F
suspenderam no dia 29 de junho os leilões de curto prazo realizados na
Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. Segundo Pedrosa, o Brasil precisa
de um mercado de bolsa ágil, eficiente e líquido que atue na área de gestão
de risco e investimentos. A bolsa seria um espaço para negociação de derivativos
e para o mercado futuro de energia. Ele explicou que as empresas poderiam
vender antecipadamente parte da energia, garantindo o investimento, e
as comercializadoras poderiam administrar as carteiras de contratos de
curto prazo. "A bolsa seria um instrumento para viabilizar novos investimentos",
observou. (Agência Canal Energia - 30.06.2006) A Alerj aprovou projeto de lei que proíbe as empresas distribuidoras de energia elétrica, água, gás e telefone de cortar seus serviços em vésperas de fim de semana e feriado nas cidades onde não exista um serviço de plantão. O PL 1.022-A/03, de autoria do deputado Glauco Lopes (PSDB-RJ), determina que os cortes apenas serão permitidos nos casos de ligações clandestinas, cumprimento de determinação judicial ou por motivos de acidente que ponham em risco o patrimônio de terceiros. (Agência Canal Energia - 30.06.2006) O programa Luz para Todos irá levar energia elétrica à cerca de 90 agricultores de Cacequi. Segundo o secretário da agricultura, Rui Raganin, quase nenhuma residência do interior ficará sem luz elétrica. A instalação deverá começar pelo terceiro distrito, a localidade de Capela do Saican. Após isso, irá para o primeiro distrito, em São Lourenço. (Elétrica - 30.06.2006) A CCEE elegeu no dia 30 de junho os novos membros de seu conselho fiscal. Os conselheiros fiscais eleitos como titulares foram: Celina Maria de Macedo Brinckmann e José Raimundo Dias da Fonseca, reconduzidos ao cargo; e Marco Aurélio Milani. Os suplentes eleitos foram Paulo Maurício Mantuano de Lima (reconduzido ao cargo), Carlos Augusto Leite Brandão e Luiz Roberto M. Ferreira. (Agência Canal Energia - 30.06.2006)
Empresas A agência de
classificação de risco Moody''s América Latina elevou o rating de emissor
de Furnas Centrais Elétricas para Ba1 de Ba2 na escala global e para Aa1.br
de Aa3.br na escala nacional brasileira. A perspectiva do rating é estável.
Mais de 99% das ações de Furnas são detidas pela Eletrobrás (sem rating).
Cerca de 78% das ações ordinárias e 66% do capital total da Eletrobrás
estão direta ou indiretamente nas mãos do Governo Federal do Brasil (Ba3/Positivo).
(Gazeta Mercantil - 03.07.2006) 2 Restabelecida ação visando receber da Eletropaulo dívida de mais de R$ 500 mi O STJ restabeleceu a ação de execução contra a Eletropaulo, que havia sido extinta pelo Tribunal de Justiça de Rio de Janeiro. Com a decisão, a execução de sentença proposta pela Eletrobrás poderá prosseguir, permitindo que a CTEEP, apontada pelo TJ como responsável pela dívida, que supera R$ 500 milhões, possa se manifestar na ação. A questão envolve a responsabilidade pelo pagamento de dívida decorrente da cisão da Eletropaulo, cuja cobrança baseia-se em contrato de financiamento objetivando a capitalização da Eletropaulo por meio do Plano de Recuperação do Setor Elétrico. (Elétrica - 30.06.2006) 3 Cesp fecha contrato de R$ 2,8 bi no leilão A-3 O leilão de
energia nova A-3, realizado em 29 de junho, pela internet, possibilitou
à Cesp completar a venda de energia botox. A geradora negociou 82 MW médios
da usina Porto Primavera, a um preço de R$ 124,97 por MWh. O valor total
do negócio é de R$ 2,867 bilhões. O contrato terá prazo de 30 anos. (Agência
Canal Energia - 30.06.2006) 4 S&P eleva rating da Cesp 5 Cemig negocia 355 MW médios no leilão A-3 A Cemig anunciou
que negociou 355 MW médios no leilão A-3 realizado no dia 29. Segundo
a empresa, a negociação envolveu um volume de energia de 93 milhões de
MWh com receita anual de R$ 390 milhões. A Cemig comercializou a energia
das hidrelétricas de Aimorés (84 MW médios), Irapé (206 MW médios) e Queimado
(47 MW médios), negociados ao preço de R$ 125 por MWh, correspondente
ao preço inicial da fonte hídrica. A empresa também vendeu por R$ 134,42
por MWh a energia da usina de Porto Estrela (18 MW médios), com a recuperação
do UBP. (Agência Canal Energia - 30.06.2006) 6 Analistas apostam em equilíbrio do preço do MWh Após o leilão
de energia nova, a expectativa dos analistas do mercado é de que a indicação
de um maior equilíbrio do preço do MWh se mantenha. Apesar da avaliação
positiva, eles temem que não seja possível afirmar com certeza que esteja
se confirmando a tendência de um novo comportamento do mercado. Segundo
eles, a grande expectativa fica por conta do leilão de setembro, que definirá
a capacidade do setor de atrair investimentos. Segundo o analista de investimentos
da SLW Consultores, Carlos Nunes, a grande diferença do atual leilão em
relação ao anterior foi a maior presença de empresas do setor privado,
que contribuiu para que o preço médio do MWh para as usinas hidrelétricas
ficasse em R$ 126,77, valor próximo ao teto de R$ 125,00, e em R$ 132,39
para as termelétricas, quando o teto era de R$ 140,00. "Neste leilão a
lógica foi outra", diz, sinalizando que, embora o preço fixado no leilão
esteja aquém da expectativa do mercado (de R$ 136 MWh), já é possível
perceber uma evolução. Ainda de acordo com Nunes, uma das principais reclamações
dos players em relação ao preço máximo único foi o estabelecimento de
apenas um valor para as hidreletricidade e para a termoeletricidade. "O
ideal seria que existissem preços máximos específicos para cada projeto",
explica. Para o consultor da Cabrera & Associados, Éder Mutinelli, é arriscado
afirmar que há uma nova tendência de preços. (Agência Canal Energia -
30.06.2006) 7 Fitch eleva rating da CPFL Piratininga A Fitch Ratings
aumentou para 'AA+(bra)', o rating nacional longo prazo das cotas seniores,
emitidas em fevereiro de 2004, do Fundo de Investimento em Direitos Creditórios
da CPFL Piratininga (FIDC Piratininga), em montante de R$ 200 milhões.
Ainda de acordo com a Fitch, a elevação do rating da CPFL Piratininga
é baseada na melhora do perfil de risco de crédito de empresas do grupo
CPFL e, por sua vez, no risco de continuidade da empresa como concessionária
na prestação de serviços públicos. (Agência Canal Energia - 30.06.2006)
8 Energias do Brasil vende energia da PCH Santa Fé A Energias do Brasil participou do leilão de energia nova através da subsidiária Castelo Energética. A empresa controla a PCH Santa Fé, que comercializou 16 MW médios durante a licitação. A energia foi vendida por R$ 124,99 por MWh. A Energias do Brasil vai investir R$ 105 milhões para construir a nova PCH, que terá capacidade instalada de 29 MW. A obra está prevista para ser concluída em 2008. (Agência Canal Energia - 30.06.2006) No pregão do dia 30-06-2006, o IBOVESPA fechou a 36.630,66 pontos, representando uma alta de 0,39% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 2,12 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 0,82%, fechando a 11.268,62 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 47,00 ON e R$ 44,90 PNB, baixa de 1,65% e 0,66%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Na abertura do pregão do dia 03-07-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 48,40 as ações ON, alta de 2,98% em relação ao dia anterior e R$ 44,00 as ações PNB, baixa de 2,00% em relação ao dia anterior. (Investshop - 03.07.2006)
Leilões 1 Leilão de energia nova: Tractebel vendeu 493 MW A Tractebel
foi a grande vencedora do segundo leilão de energia nova. Dos 1,6 mil
MW médios comercializados, a companhia vendeu, sozinha, 493 MW ao "pool"
de distribuidoras de energia elétrica, o que lhe garantirá receita anual
de R$ 560 milhões, ao longo de 30 anos (2009-2038). "Ficamos satisfeitos
com o preço e o prazo também nos dará uma estabilidade na receita da empresa",
diz Maurício Bähr, presidente do conselho de administração da Tractebel.
A energia vendida pela companhia no leilão será suprida pelas usinas hidrelétricas
de Itá e de Cana Brava. (Valor Econômico - 03.07.2006) 2 Leilão de energia nova: Cemig foi segunda maior vendedora A Cemig foi a segunda maior vendedora: comercializou 355 MW médios, o que renderá uma receita anual de R$ 390 milhões. A energia será fornecida pelas hidrelétricas de Aimorés, Irapé, Queimado e Porto Estrela. (Valor Econômico - 03.07.2006) 3 Leilão de energia nova: sobra de 60% de energia ofertada O 2º leilão
de energia nova conseguiu atender a demanda de 1,5 mil MW que havia faltado
contratar no último leilão, em dezembro de 2005. Mesmo assim, houve uma
sobra de 60% de oferta, o que deve acirrar a concorrência no próximo leilão,
marcado para setembro. "O objetivo era estimular a competição e conseguir
os melhores preços para o consumidor final", presidente da EPE, Maurício
Tolmasquim. Foram vendidos 1.682 MW médios, movimentando R$ 45,6 bilhões.
A energia hidrelétrica será entregue a partir de janeiro 2009 até 2038.
Já as térmicas terão prazo de 15 anos, a partir de 2009. Do total comercializado,
60% será proveniente de hidrelétricas, que envolvem projetos mais baratos.
Dos 89 projetos habilitados para serem oferecidos neste leilão, 31 foram
contratados, sendo 15 hidrelétricas e 16 termelétricas. Apenas 18 empreendimentos
são novos, dos quais sete são pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e
11 são termelétricas (três de biomassa e oito a combustível). (Valor Econômico
- 03.07.2006) 4 Leilão de energia nova: preço médio por fonte de energia O preço médio
do MWh para as usinas hidrelétricas ficou em R$ 126,77, enquanto para
as termelétricas foi de R$ 132,39. O lance máximo estipulado pelo governo
foi de R$ 125 para hidrelétrica e R$ 140 para as térmicas. Os valores
só foram maiores, em alguns casos de usinas hidrelétricas, porque considerou-se
uma taxa pelo uso do bem público (UBP). (Valor Econômico - 03.07.2006)
5 Leilão de energia nova: grande parte dos projetos "botox" é atendido O presidente
da EPE, Maurício Tolmasquim, destaca que grande parte dos projetos "botox"
foi atendido no segundo leilão de energia nova. O restante terá que competir
no próximo leilão, marcado para 5 de setembro, pois este tipo de energia
só têm até 2007 para ser vendida como energia nova. A Cemig, a Cesp, a
Tractebel e a Baesa venderam lotes de energia hidrelétrica "botox" - concessões
já existentes, mas que não tinham energia contratada. (Valor Econômico
- 03.07.2006) 6 Leilão de energia nova: Cesp vende energia "botox" de Porto Primavera A Cesp, que
ainda tinha 82 MW de energia "botox" na hidrelétrica Porto Primavera,
conseguiu vender todo o volume residual para 30 distribuidoras, no segundo
leilão de energia nova, por R$ 124,97 por MWh. O diretor de geração da
estatal, Sílvio Roberto Areco Gomes, disse que havia reservado essa quantia
devido à perspectiva de preços altos no leilão. "Foi o melhor preço que
já houve", afirmou. Em dezembro do ano passado, a empresa vendeu os outros
148 MW que ainda não haviam sido contratados por R$ 116 por MWh no primeiro
leilão de energia nova, em um prazo de 30 anos. (Valor Econômico - 03.07.2006)
7 Leilão de LTs: 28 empresas entregam documentos para pré-qualificação O leilão de
linhas de transmissão, marcado para o dia 18 de agosto, atraiu o interesse
de 28 empresas, que entregaram à Bovespa os documentos de pré-qualificação
necessários ao processo. Os investidores do Brasil, Espanha, Portugal,
Colômbia e Itália poderão apresentar propostas individualmente ou agrupadas
em dez consórcios. A Aneel irá analisar os documentos apresentados e divulgará
a lista das empresas pré-qualificadas no dia 17 de julho. A agência estima
que serão necessários investimentos de R$ 1,1 bilhão para construção dos
2.250 ikm de linhas. (Jornal do Commercio - 03.07.2006) 8 Leilão de energia nova: baixa variação do preço de fonte hidrelétrica A baixa variação
para o preço da fonte hidrelétrica no leilão foi uma conjugação de fatores
considerados pouco prováveis pela coordenação do leilão, a partir das
estratégias adotadas pelas hidrelétricas. Segundo explicou o secretário-executivo
do MME, Nelson Hübner, acredita-se que na etapa inicial praticamente todos
empreendedores fizeram oferta com o mesmo valor, o preço-teto, de R$ 125
por MWh. "Quando todo mundo coloca o mesmo preço, o sistema ordena aleatoriamente,
num sorteio. O grande azar para nós, que queríamos baixar a tarifa, foi
que a última usina era nova e com quantidade considerável de energia,
o que dificultou deslocar a carga da usina", explicou Hübner. A usina
em questão foi a de São Salvador, contou o presidente da EPE, Maurício
Tolmasquim. O empreendimento participou do leilão, sem negociar energia.
Segundo o presidente da EPE, a razão do prolongamento do negócio, com
duração de mais de 16 horas, se deu em função da ratificação de lances
feita pela Tractebel, que manteve-se fazendo ofertas até às 2 horas -
14 horas após o início da licitação. Com a desistência de São Salvador,
a demanda passou a ser disputada pelos demais empreendedores, o que permitiu
a finalização da licitação. (Agência Canal Energia - 30.06.2006) 9 Apine: necessidade de aprimorar mecanismos para botox A ausência das
hidrelétricas botox, como São Salvador, surpreendeu Luiz Fernando Leone
Vianna, presidente da Apine, em análise preliminar do resultado do leilão
de energia nova, ocorrido no dia 29 de junho. Para o executivo, os mecanismos
de compensação do UBP já aprimorados para aumentar a competitividade das
empresas não foram suficientes. "Eles terão que ser modificados novamente
para o leilão A-5, em setembro" avaliou. Vianna disse que se o preço das
térmicas tivesse sido maior, as usinas botox poderiam ter chances mais
elevadas de entrar no leilão. O preço de venda médio das térmicas ficou
em R$ 132,39 por MWh, enquanto das hídricas foi de R$ 126,77 por MWh.
As usinas com UBP podiam, segundo as regras da licitação, repassar a diferença
com a térmica mais cara para o consumidor. Segundo Vianna, o Custo Marginal
de Operação pode ter influenciado o resultado do leilão, porque quanto
maior fosse o CMO, igualmente maior seria a competitividade das térmicas
mais caras. A associação também estudará o peso de cada fonte no suprimento
da demanda. (Agência Canal Energia - 30.06.2006) 10 Apine: mecanismos de compensação do UBP devem ser aprimorados A ausência das
hidrelétricas botox, como São Salvador, surpreendeu Luiz Fernando Leone
Vianna, presidente da Apine, em análise preliminar do resultado do leilão
de energia nova. Para o executivo, os mecanismos de compensação do UBP
já aprimorados para aumentar a competitividade das empresas não foram
suficientes. "Eles terão que ser modificados novamente para o leilão A-5,
em setembro" avaliou. Vianna disse que se o preço das térmicas tivesse
sido maior, as usinas botox poderiam ter chances mais elevadas de entrar
no leilão. O preço de venda médio das térmicas ficou em R$ 132,39 por
MWh, enquanto das hídricas foi de R$ 126,77 por MWh. As usinas com UBP
podiam, segundo as regras da licitação, repassar a diferença com a térmica
mais cara para o consumidor. Segundo Vianna, o Custo Marginal de Operação
pode ter influenciado o resultado do leilão, porque quanto maior fosse
o CMO, igualmente maior seria a competitividade das térmicas mais caras.
(Agência Canal Energia - 30.06.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 01/07/2006 a 07/07/2006. Tabela
Fonte: www.ccee.org.br
Gás e Termoelétricas 1 Petrobras corre para expandir rede de gasodutos Em junho, a Petrobras lançou, sempre ao lado de Lula, o início das obras de pelo menos dois importantes gasodutos programados para o País - o Urucu-Manaus e Cabiúnas-Vitória, que irão demandar investimentos totais de US$ 842 milhões e US$ 500 milhões, respectivamente. Além desses dois empreendimentos, a Petrobras tem programado diversos outros projetos para expansão da rede nacional de gasodutos, hoje considerada por analistas bastante incipiente em relação ao grande potencial de crescimento da demanda pelo energético extraído do solo brasileiro. A maioria dos projetos tem entrega prevista para 2007 e 2008. A meta é aumentar, até o fim de 2008, a produção interna em mais de 24 milhões de metros cúbicos diários, passando dos atuais 15,8 milhões de metros cúbicos por dia para cerca de 40 milhões de metros cúbicos - volume antes esperado para ser alcançado em sete anos. (Gazeta Mercantil - 03.07.2006) 2 Custo dos gasodutos sobe após crise na Bolívia A nacionalização
das reservas bolivianas provocou uma corrida da Petrobras para tirar do
papel seus diversos projetos de expansão da rede interna de gasodutos.
No caso do Urucu-Manaus, a Petrobras vinha tendo problemas com as construtoras
por causa dos preços exorbitantes sugeridos durante os processos licitatórios
- até 40% acima do valor estimado pela Petrobras. No entanto, depois de
cancelar três licitações seguidas, a Petrobras acabou aceitando as novas
propostas dos consórcios encarregados pelas obras no gasoduto Urucu-Manaus.
Segundo texto da petrobras, o custo para a construção desse gasoduto ficará
em torno de R$ 1,4 bilhão. "Os preços para a construção e montagem do
gasoduto Urucu-Manaus apresentados pelos vencedores do certame encerrado
em junho de 2006 ficaram dentro da estimativa feita pela Petrobras", diz
o comunicado da Petrobras. Para o consultor Humberto Viana Guimarães,
as obras no trecho Cabiúnas-Vitória terão um custo muito elevado. "Para
esse trecho de 300 quilômetros, serão gastos, segundo a própria Petrobras,
US$ 500 milhões, ou US$ 1,67 milhão por quilômetro", diz. Já o projeto
Urucu-Manaus, compara o analista, terá um custo total de US$ 1,26 milhão
por quilômetro. A Petrobras enviou texto em que também nega a informação
de que o custo do gasoduto Cabiúnas-Vitória tenha ficado acima do valor
do projeto Urucu-Manaus. (Gazeta Mercantil - 03.07.2006) 3 Perdas de US$ 35 bilhões de metros cúbicos A falta de gasodutos
no Brasil para o escoamento da produção interna já fez a Petrobras e seus
parceiros na exploração das reservas nacionais deixarem de utilizar mais
de 35 bilhões de metros cúbicos retirados dos poços brasileiros desde
1999, ano em que foi lançado o gasoduto Bolívia-Brasil. O volume de gás
não utilizado pelo País foi calculado pelo engenheiro civil Humberto Viana
Guimarães, com base em dados recolhidos pela ANP até março deste ano.
Segundo Guimarães, convertida em valores, as perdas com o gás natural
desde 1999 somam mais de US$ 5 bilhões, dinheiro suficiente para construir
dois Gasbol ou quatro gasodutos do tamanho do Gasene. Na atividade de
extração do petróleo, dependendo do perfil do poço explorado, o gás natural
vem associado ao óleo. Assim, como a Petrobras não tem condições de colocar
no mercado todo o combustível retirado - justamente pela falta de uma
rede de gasodutos -, a única saída encontrada é reinjetar parte do volume
do gás ou queimá-lo. (Gazeta Mercantil - 03.07.2006) 4 Petrobras aumenta investimentos em 66% O compromisso
de manter o abastecimento de gás natural nos próximos anos junto ao CNPE
foi a principal razão da Petrobras para elevar os investimentos em 66%.
A estatal anunciou que investirá US$ 87,1 bilhões nos próximos cinco anos,
conforme prevê o Plano de Negócios de 2007 a 2011. No planejamento anterior,
de 2005, a previsão de investimento era de US$ 52,4 bilhões. A antecipação
de projetos de gás natural na bacia do Espírito Santo, bem como a opção
de importar GNL como saída para fugir da dependência exclusiva da Bolívia
fizeram saltar investimentos nas áreas de Exploração e Produção e Gás
e Energia. A diretoria de Exploração e Produção ganhou mais US$ 15,7 bilhões,
num salto de 63% em relação ao plano anterior, que previa US$ 25 bilhões
para a área. Já a área de gás terá US$ 7,2 bilhões, 56% a mais que o planejado
anteriormente. O diretor de Gás e Energia, Ildo Sauer, lembrou também
dos investimentos superiores a US$ 10 bilhões na bacia de Santos e da
necessidade de promover infra-estrutura, com a construção de gasodutos.
A estatal também comunicou que o governo boliviano tomará a frente dos
negócios de distribuição de combustíveis na Bolívia, mercado até então
operado pela Petrobras. (Gazeta Mercantil - 03.07.2006) 5 Evo Morales quer discutir preço do gás com Lula O presidente boliviano, Evo Morales, anunciou que quer uma reunião pessoal com o presidente Lula para negociar um novo preço do gás que a Bolívia exporta para o Brasil. Morales informou que aproveitará a Cúpula do Mercosul, que acontece terça-feira em Caracas, para falar com o presidente brasileiro. "Quero aproveitar a reunião de presidentes do Mercosul, que será realizada na Venezuela, para me reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tratar de dois temas: a elevação do preço do gás e o aumento do volume de exportação para o Brasil", explicou. Morales fez este anúncio na inauguração do processo de comercialização de hidrocarbonetos da estatal YPFB, que será a principal empresa encarregada deste serviço no país. "Depois de ter firmado acordos com Venezuela e Argentina, tenho confiança que o presidente Lula da Silva vai se somar ao processo de mudanças profundas e vai aumentar o preço do gás natural", disse Morales. A Bolívia esperar usar o acordo com a Argentina como base da negociação com o Brasil, embora o governo boliviano não tenha encontrado predisposição das autoridades brasileiras para negociar um aumento no volume de exportação. (Jornal do Commercio - 01.07.2006) 6 Cronograma de negociação sobre gás é estabelecido A Petrobras acertou um cronograma de negociações para revisar a cláusula de preços do contrato de compra e venda de gás com a YPFB. A estatal aceitou fazer as negociações após ouvir os argumentos da empresa boliviana. Os encontros acontecerão no próximo mês, visando a conclusão dentro do prazo contratual de 45 dias. A próxima reunião entre as empresas está marcada para a semana de 10 a 14 de julho em Santa Cruz de la Sierra, Bolívia. A Petrobras considera que, em princípio, os aumentos de preços ocorridos na forma prevista em contrato são suficientes para manter o equilíbrio econômico-financeiro da operação. A companhia se comprometeu a realizar estudos mais detalhados antes de comunicar formalmente sua resposta à YPFB. (Agência Canal Energia - 30.06.2006) 7 Gabrielli: alta de gás só em termo dos contratos O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, reafirmou que a companhia só negociará com a Bolívia "nos termos do contrato", que prevê uma fórmula de reajuste trimestral. "Nós sentamos à mesa para conversar só que nos termos do contrato", disse. Ou seja: o executivo indicou que não aceitará o novo preço proposto pela Bolívia para o gás, de US$ 8 por milhão de BTU. A pedido da Bolívia, representantes da Petrobras se reuniram em La Paz com a YPFB, mas não chegaram a um acordo. Se não ocorrer um acerto entre as partes em até 45 dias, a questão será decidida pela Justiça de Nova York. Indagado se o aumento do gás vendido à Argentina é uma forma de pressão à Petrobras, Gabrielli disse apenas que "nossos contratos com a Bolívia são diferentes" dos firmados com os argentinos. (Folha de São Paulo - 01.07.2006) 8 Rondeau: Alta do gás diminui confiança e atrapalha integração O ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, disse hoje que a elevação dos preços do gás natural boliviano fora das regras contratuais "diminui a confiança dos agentes, afasta investidores e atrapalha o projeto de integração energética da região, particularmente as discussões para a construção do Grande Gasoduto do Sul". A declaração do ministro foi uma resposta ao anúncio do governo boliviano de que o valor de referência para a negociação do preço do gás exportado para o Brasil é de US$ 8 por milhão de BTU, valor US$ 3 superior ao fechado com a Argentina (US$ 5). De acordo com dados do MME, os preços do petróleo no mercado internacional variou 270%, enquanto o preço do gás importado pelo Brasil da Bolívia aumentou 311%, sem que houvesse descumprimento do contrato por parte do Brasil. A Petrobras espera que o preço definitivo do gás boliviano seja conhecido no início de julho, com base no cálculo de uma cesta de óleos combustíveis do mercado internacional. (Elétrica - 30.06.2006)
Grandes Consumidores 1 Obra da Irani deve elevar produção em 30% A empresa de
celulose Irani inaugurou oficialmente neste sábado uma planta de recuperação
de produtos químicos na fábrica de papel e celulose no município de Vargem
Bonita, meio oeste catarinense. A obra teve investimento de R$ 20 milhões
e vai ampliar a produção de celulose em até 30%, com aumento da capacidade
instalada de 170 t/dia para 220 toneladas por dia. A fábrica já está em
funcionamento há mais de um mês. Segundo o superintendente da Irani, Péricles
Pereira Druck, a obra reflete a preocupação da companhia nos últimos em
realizar investimentos de "retaguarda", ou seja, de suporte à produção
do produto final. "Esse tipo de investimento nos permite ter segurança
de produção e capacidade de crescimento", explica o executivo, que estima
uma economia para a Irani decorrente do investimento em torno de seis
mil toneladas de biomassa por mês. "Em abril de 2005, entrou em operação
o projeto de Co-geração de energia na Divisão Papel em Vargem Bonita -
SC, onde foram investidos R$ 22,5 milhões", diz. (InvestNews - 03.07.2006)
A produção de
químicos de uso industrial cresceu 1,59% em maio na comparação com abril.
As vendas internas, que haviam recuado 4,38% em abril, aumentaram 8,13%,
na mesma comparação, segundo a Associação Brasileira da Indústria Química
(Abiquim). De janeiro a maio, a fabricação de químicos aumentou 0,9% e
as vendas internas 5,48% em comparação aos cinco primeiros meses de 2005.
(Gazeta Mercantil - 03.07.2006) 3 Suzano anuncia novo reajuste no preço da celulose de eucalipto A partir desta
segunda-feira a Suzano Papel e Celulose eleva pela terceira vez este ano
o preço da celulose de eucalipto vendida para a Europa e a América do
Norte. O diretor da unidade de celulose da Suzano, Rogério Ziviani, informou
que o preço referência por tonelada fica US$ 20 mais caro neste mês de
julho. Na Europa, os preços atingem o maior valor desde fevereiro de 2001,
com US$ 660 por tonelada. Nos meses de verão na Europa e América do Norte
a demanda reduz, mas este ano houve um aquecimento que, somado ao fechamento
de produções que já alcançou 1,8 milhões de toneladas neste primeiro semestre,
favorece a elevação dos preços. A Suzano vem revendo os contratos para
assegurar a colocação da capacidade extra de cerca de 1 milhão de toneladas
que terá com a nova linha em Mucuri, na Bahia. A Suzano deverá se transformar
na segunda maior produtora mundial de celulose de eucalipto para venda
ao mercado em 2009, quando a ampliação da capacidade estiver completa,
disse Ziviani. (Gazeta Mercantil - 03.07.2006) 4 Fabricantes mudam perfil e focam negócio na produção de celulose Até meados dos
anos 90, a produção brasileira de celulose ficava praticamente equilibrada
com a de papel. Essa realidade começou a mudar nos últimos dois anos com
a ampliação cada vez maior da oferta de matéria-prima. Em 2004, produziu-se
8,4 milhões de toneladas de papel e 9,6 milhões de toneladas de celulose,
segundo dados da Bracelpa, entidade que reúne os fabricantes. A tendência
é que a diferença fique maior. Até 2009, está prevista a oferta adicional
de pelo menos 2 milhões de toneladas de celulose ao passo que a nova produção
de papel ficará em pouco mais do que 500 mil toneladas, segundo estimativas
de algumas consultorias. As fabricantes brasileiras têm tirado vantagem
dos custos mais baixos para produzir mais celulose. Segundo dados da consultoria
Hawkins Writght, o custo caixa para produção de celulose de eucalipto
ficou em US$ 246 por tonelada no Brasil, um dos mais baixos do mundo.
(Valor Econômico - 03.07.2006) 5 Cotação da celulose atinge quase US$ 700 O preço da celulose
de eucalipto de mercado voltou a arranhar a casa dos US$ 700 por tonelada
nos Estados Unidos, um recorde que não acontecia desde os primeiros meses
de 2001. Os principais fabricantes da commodity anunciaram na semana passada
novos aumentos de preços, de US$ 20 por tonelada, para venda neste mês
nos mercados americanos e europeu, seguindo um reajuste feito em junho
na Ásia. Com o reajuste, os preços da celulose passaram a US$ 695 por
tonelada nos EUA e US$ 660 por tonelada na Europa. No mercado asiático,
os preços tinham sido reajustados em US$ 20 por tonelada em junho, atingindo
a cotação de US$ 610. A demanda na Europa está mais aquecida em virtude
do maior número de anúncios, explicou Rogério Ziviani, diretor Suzano
Papel e Celulose. Lembrou ainda que houve uma procura maior na Alemanha
por causa da Copa do Mundo de futebol. No caso dos EUA, ele lembrou que
a oferta local continua a ser afetada por conta do fechamento de capacidades
de produção. (Valor Econômico - 03.07.2006) 6 CVM retira ações da Arcelor Brasil do pregão A CVM manteve
na sexta-feira a suspensão dos negócios das ações da Arcelor na Bovespa,
determinada um dia antes. A autarquia considerou insuficientes os esclarecimentos
feitos pela companhia sobre a necessidade de realizar, ou não, uma oferta
pública de ações no Brasil, por causa da associação entre sua matriz e
a indiana Mittal Steel. Caso prevaleça o entendimento de que deve haver
a oferta, todos os acionistas brasileiros terão direito a 100% de tag
along. A Arcelor argumenta que a resposta sobre a necessidade de realizar
a oferta deve ser dada pela Mittal, por entender que ainda não está claro
se houve, ou haverá, alienação de controle ou apenas uma fusão. No entanto,
a CVM entende que ao ter concordado com os termos da proposta feita pela
Mittal, os membros do Conselho de Administração da Arcelor tomaram conhecimento
dos detalhes da operação para seus acionistas no mundo inteiro. Além disso,
a autarquia lembrou que um comunicado enviado pela Mittal à SEC (a CVM
norte-americana) esclarece que todas as comunicações feitas sobre a união,
incluindo a necessidade de realizar oferta pública de ações, deveriam
ter aprovação conjunta. (Gazeta Mercantil - 03.07.2006)
Economia Brasileira 1 Câmbio remunera maioria dos setores As reclamações contra o nível do dólar continua forte, mas muitos setores da economia não têm do que reclamar, de acordo com um estudo da MCM Consultores Associados. Cálculos da MCM mostram que, em 17 de 31 setores analisados, o câmbio de equilíbrio seria inferior aos R$ 2,166 do fechamento da sexta-feira. O trabalho sugere que setores como os de extração de petróleo, siderurgia, abate de animais e de açúcar manteriam o fôlego exportador mesmo com um dólar bem abaixo do atual. O câmbio de equilíbrio do segmento de abate de animais seria de R$ 0,83 e o da indústria de açúcar, de R$ 1,56. Na outra ponta está o setor agropecuário, que necessitaria de um dólar de R$ 2,95 para voltar a ser rentável como nos últimos anos. A percepção dos empresários, porém, por vezes confronta com as conclusões da MCM. No estudo, o câmbio de equilíbrio é definido como o que leva a rentabilidade do segmento para o nível médio dos últimos cinco anos, dados os atuais preços em reais dos produtos. Para chegar lá, a MCM considerou as cotações dos produtos de cada setor e sua estrutura de custos, levando em conta a matriz insumo-produto. (Valor Econômico - 03.07.2006) 2 Superávit primário acumula R$ 46,71 bi no ano O superávit primário do setor público consolidado - que incluiu governo central, governos regionais e estatais - foi de R$ 46,710 bilhões, ou 5,79% do Produto Interno Bruto (PIB), nos cinco primeiros meses de 2006. O resultado é quase um ponto percentual inferior ao registrado no mesmo período do ano passado, quando ficou em 6,70% do PIB. Nos 12 meses encerrados em maio, a economia para pagamento de juros da dívida chegou a 4,51% do PIB, acima da meta do governo, de 4,25%. No mês passado, o superávit do setor público foi de R$ 6,303 bilhões. O valor é 67,5% menor do que o de abril, mas próximo aos R$ 6,314 bilhões de maio do ano passado. No mês passado, o superávit foi determinado pelo resultado positivo de R$ 3,146 bilhões do governo central, R$ 2,129 bilhões dos governos regionais e R$ 1,028 bilhão das estatais. No mês passado, a dívida líquida do setor público fechou em 50,7% do PIB ou cerca de R$ 1,018 trilhão. (Gazeta Mercantil - 03.07.2006) 3 Balança tem superávit de US$ 19,54 bi no primeiro semestre 4 Focus: mercado espera IPCA inferior a 4% Pela quinta
semana consecutiva, o mercado financeiro reduziu suas projeções para a
inflação em 2006. Conforme o boletim Focus, a expectativa para o IPCA
caiu de 4,04% na semana anterior para 3,98% no acumulado do ano. Com a
redução observada nesta semana, a expectativa dos analistas se distancia
ainda mais do centro da meta de inflação determinada pelo CMN, que prevê
IPCA de 4,5% em 2006. Esse objetivo tem, ainda, a margem de tolerância
de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Entre os demais indicadores
de preço pesquisados pelo relatório, o IPC Fipe também teve redução. Nesse
caso, pela segunda vez consecutiva. Com o ajuste, a expectativa para o
índice caiu de 3,02% para 2,91%. Em trajetória inversa, as projeções para
a família de indicadores da FGV, os IGPs, tiveram elevação. Para o IGP-M,
a expectativa subiu de 3,40% para 3,69%. Já a aposta para o IGP-DI subiu
de 3,41% para 3,45%. (Investnews - 03.07.2006) 5 Focus: projeção de crescimento de 3,60% para economia neste ano O mercado financeiro
calcula que o PIB apresente crescimento de 3,60% neste ano, reforçando
estimativa apresentada uma semana atrás. O relatório do BC mostrou também
que os analistas consultados pela autoridade monetária esperam um incremento
de 3,7% para a economia brasileira em 2007, percentual esse inalterado
há 12 semanas.O superávit da balança comercial deve alcançar US$ 40 bilhões
em 2006, sem modificação em relação ao documento anterior do BC, e deve
atingir US$ 35,51 bilhões nos 12 meses seguintes, superior aos US$ 35,26
bilhões projetados antes. A previsão para a entrada de investimentos estrangeiros
neste ano foi alterada de US$ 15,35 bilhões para US$ 15,45 bilhões, mas
a de 2007 foi conservada em US$ 16 bilhões. A mediana das expectativas
dos analistas para a produção industrial é de uma alta de 4,25% neste
calendário e de 4,50% para 2007. (Valor Econômico - 03.07.2006) 6 Focus: BC deve reduzir taxa Selic em 0,5% Os analistas financeiros acreditam que o Banco Central determine uma redução de 0,50 ponto percentual no juro básico da economia na reunião do Copom dos dias 18 e 19 de julho.A mediana das expectativas dos analistas é de uma Selic de 14,75% anuais. No encontro de maio, o BC estipulou um corte de 0,5 ponto no juro primário, estabelecendo que o custo do dinheiro se situasse em 15,25% ao ano. Para este ano, a mediana das estimativas da Selic média é de 15,38%, percentual idêntico ao apresentado no levantamento de uma semana atrás. A expectativa para a taxa de câmbio no final deste ano é de que chegue a R$ 2,24. (Valor Econômico - 03.07.2006) 7 Dólar ontem e hoje
Internacional 1 Reajuste do gás faz Argentina criar imposto A Argentina
imporá um imposto às exportações de gás para compensar o custo fiscal
por vender o hidrocarboneto ao mercado interno a um valor menor que o
novo preço de importação do gás boliviano, de US$ 5 por milhões de BTUs.
"A Argentina taxará as exportações de gás para que não tenha nenhum impacto
no mercado interno", disse o ministro de Planejamento argentino, Julio
de Vido. A Argentina exporta 20 milhões de metros cúbicos diários de gás
a países como o Chile, Brasil e Uruguai, embora por lei possa diminuir
suas vendas para satisfazer a crescente demanda interna. A compra e venda
de gás com a Bolívia era feita até agora entre as empresas privadas, sobretudo
a hispano-argentina Repsol YPF, que opera nos dois lados da fronteira.
Mas, a partir da entrada em vigor do novo acordo, agora as operações de
exportação e importação serão realizadas exclusivamente entre as empresas
estatais YPFB, da Bolívia, e Enarsa, da Argentina. De Vido afirmou que
a Enarsa venderá o gás boliviano no mercado argentino pelo valor atual,
de US$ 1,80 por milhão de BTUs, e por isso o impacto interno do novo preço
de importação "será zero". "A Enarsa será compensada para que não tenha
prejuízo, e assim terá uma pequena margem de lucro". (Gazeta Mercantil
- 03.07.2006)
Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados
sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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