l IFE: nº 1.838 - 30
de junho de 2006 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Leilões Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Reestruturação do Setor 1 Itaipu: Governo Brasileiro considera proposta do Paraguai inaceitável O governo
brasileiro recebeu mal o anúncio do presidente do Paraguai, Nicanor Duarte
Frutos, de que pedirá ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que compre
bônus da dívida da hidrelétrica de Itaipu. Duarte Frutos anunciou, em
Assunção, que aproveitará a reunião para pedir que Chávez pague parte
da dívida de US$ 19 bilhões de Itaipu, recebendo, em troca, bônus com
juros menores que os pagos atualmente pela usina binacional. Para o governo
brasileiro, é uma proposta inviável e inaceitável. Duarte Frutos não pode
fazer a proposta a Chávez, porque os títulos da dívida da hidrelétrica
não são do Paraguai, mas da Eletrobrás e do Tesouro brasileiro, disse
um graduado assessor do presidente Lula. No governo brasileiro, funcionários
que acompanham o assunto insinuam que Duarte Frutos está seguindo uma
estratégia semelhante a de outros presidentes da região, ao transformar
um problema de política interna em tema da agenda regional: ao culpar
o Brasil por problemas com Itaipu, o presidente paraguaio minimiza outras
críticas levantadas pela oposição, sobre o destino, pouco transparente,
dos recursos já pagos ao Paraguai pela binacional. (Valor Econômico -
30.06.2006) 2 Aneel prorroga prazo para envio de contribuições à metodologia de revisão tarifária A Aneel
prorrogou até o dia 28 de julho o prazo para o envio de contribuições
por escrito às propostas de aperfeiçoamento de metodologias para o 2º
ciclo de revisão tarifária das distribuidoras, que está em audiência pública.
O período anterior seria encerrado no dia 03 de julho. Também foi adiada
do dia 6 de julho para o dia 2 de agosto a data da audiência pública presencial
que será realizada no auditório da Aneel em Brasília. A extensão dos prazos,
a pedido de instituições do setor elétrico, ampliará a participação de
interessados em apresentar sugestões às metodologias. (Aneel - 29.06.2006)
3 Aneel autoriza implantação de PCH A empresa
Guascor Geratec Ltda. foi autorizada pela Aneel a transferir para a empresa
Ouro Energética S/A autorização para implantar e operar a PCH Ouro. A
usina será instalada no município de Barracão (RS) e terá 12 MW de potência.
A Agência também aprovou a prorrogação dos prazos de instalação e de entrada
em operação da usina para novembro deste ano e dezembro de 2007, respectivamente.
(Aneel - 29.06.2006) 4
Unibanco vai financiar projetos de novas usinas e programas de cogeração
5 Procon: corte de energia sem aviso prévio é ilegal Um levantamento
do Ministério Público vai apontar quantas pessoas tiveram os fornecimentos
de energia cortados nos últimos 90 dias em Alta Floresta. Desse contingente,
vão ser identificados os consumidores que não chegaram a ser formalmente
comunicados sobre a suspensão no fornecimento. Com base nesse montante,
o MP deverá ajuizar uma ação coletiva contra a concessionária dos serviços
de energia, questionando seu procedimento. Na avaliação do Procon, o procedimento
da empresa Rede Cemat não está de acordo com o Código de Defesa do Consumidor,
(CDC) ferindo o artigo 22 que trata do fornecimento de serviços essenciais,
como água e luz. "Eles têm que ser ininterruptos. O que acontece quando
a Rede Cemat interrompe o fornecimento de energia: ela está ferindo um
princípio da lei 8.078", explicou o coordenador do Procon, Valdecí do
Nascimento. (Elétrica - 29.06.2006) 6 Usina de Biodiesel de Tauá é inaugurada O município
de Tauá, a 400 km de Fortaleza, recebe hoje uma usina-piloto de biodiesel
instalada pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs)
no Nordeste. Para a instalação das usinas de Tauá e Piquet Carneiro, município
que também terá uma unidade inaugurada em breve, o Dnocs celebrou convênio
de R$ 1,3 milhão com o Instituto Centro de Ensino Tecnológico (Centec).
Além da mamona, as usinas poderão utilizar óleos de outros vegetais, como
o babaçu, a soja e o girassol. (Eletrosul - 30.06.2006) A Aneel declarou de utilidade pública faixas de terras nos municípios de Campos de Júlio e Sapezal, em Mato Grosso, necessárias à implantação dos reservatórios e arranjos-gerais (disposições estruturais da usina) das PCHs Telegráfica, Sapezal, Rondon e Parecis. Os empreendimentos deverão entrar em operação comercial em 30 de dezembro de 2007. (Aneel - 29.06.2006) Com o objetivo de preservar o ambiente e ainda gerar renda, teve início no dia 29, o projeto "Vale Luz", que possibilita aos cidadãos trocarem latinhas de alumínio e garrafas pet por bônus a serem descontados na fatura de energia elétrica. (Elétrica - 29.06.2006)
Empresas 1 Eletronorte conclui compactação de LTs em MT A Eletronorte
finalizou, no último fim de semana, as obras de compactação das linhas
de transmissão Couto Magalhães/Rondonópolis, de 138 kV e 230 kV, em um
trecho de 5,3 km, na região da Serra da Petrovina, em Mato Grosso. Segundo
a empresa, as obras, iniciadas há oito meses, vão reforçar a confiabilidade
do atendimento a Cuiabá. A compactação foi realizada para contornar o
processo de erosão do Córrego do Goiano, que colocava em risco as estruturas
das duas linhas de transmissão e aumentava a vulnerabilidade do atendimento.
(Agência Canal Energia -30.06.2006) 2 Ampla vai retomar fornecimento para prefeitura de Magé A Ampla confirmou no dia 29 de junho, que vai retomar o fornecimento de energia para a prefeitura de Magé, na região metropolitana do Rio de Janeiro até a tarde do dia 30. A empresa segue a decisão liminar da Justiça estadual que ordenou o religamento em 24 horas. Segundo a distribuidora, não houve nenhuma tentativa de negociação por parte da prefeitura de Magé. O débito atual da prefeitura está em torno de R$ 3,6 milhões, sem incluir as faturas dos meses de maio e junho ainda não quitadas. (Agência Canal Energia - 29.06.2006) No pregão
do dia 29-06-2006, o IBOVESPA fechou a 36.486,67 pontos, representando
uma alta de 4,74% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 2,36
bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 4,30%,
fechando a 11.176,64 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte
comportamento: ficaram cotadas a R$ 47,49 ON e R$ 45,20 PNB, alta de 10,17%
e 7,36%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior.
Na abertura do pregão do dia 30-06-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas
a R$ 46,99 as ações ON, baixa de 1,67% em relação ao dia anterior e R$
45,48 as ações PNB, alta de 0,62% em relação ao dia anterior. (Investshop
- 30.06.2006) 4
Curtas
Leilões 1 Segundo leilão de energia nova começa com atraso Previsto
para ter início às 10h desta quinta-feira (29/06), o segundo leilão de
compra de energia elétrica proveniente de novos empreendimentos de geração
começou com duas horas de atraso. Isso porque as empresas Enatec Engenharia
e Morro do Conselho Participações obtiveram liminares na justiça para
garantir a participação de três termelétricas na licitação. Uma terceira
liminar também possibilitou o ingresso da CTSul no leilão, mas a empresa
acabou sendo excluída por não apresentar as garantias financeiras para
entrar na disputa. Antes do início do leilão, na madrugada de quinta,
outra liminar foi ajuizada para garantir a participação de uma termelétrica.
Com a inclusão da térmica e mais as usinas Maranguape (Enatec) e Pecém
II e Camaçari Muricy II (ambas da Morro do Conselho), o leilão foi disputado
por 85 empresas, das quais 55 vendedoras e 30 compradoras. Além disso,
a licitação conta com 89 usinas participantes, sendo 33 de fonte hídrica
e 56 correspondentes a fonte térmica. (Eletrosul - 30.06.2006) 2 Leilão de energia nova: volumes negociados de energia movimentam R$ 45,6 bi O segundo leilão de energia nova - A-3 - negociou 356.313.792 MWh, movimentando R$ 45,652 bilhões. Com preço de venda médio de R$ 126,77 por MWh, foram negociados 270.331.104 MWh de energia hídrica, para contratos de 30 anos, totalizando R$ 11,383 bilhões em negócios. O preço médio de venda para térmicas foi de 132,39 por MWh, negociando 85.982.688 MWh, o que totalizou R$ 34,269 bilhões. Para usinas térmicas, os contratos são de 15 anos. (Agência Canal Energia - 30.06.2006) 3 Leilão de energia nova: novas usinas resultarão em investimento de US$ 1,4 bi Os dados
finais do segundo leilão de energia nova, encerrado na madrugada desta
sexta-feira (30/06), mostram que 18 usinas novas serão construídas, num
investimento total estimado em US$ 1,4 bilhão, segundo informou o presidente
da EPE, Mauricio Tolmasquim. Das usinas novas, detalhou, sete são PCHs
e 11 térmicas - três a biomassa e oito movidas a óleo diesel e combustível.
(Agência Canal Energia - 30.06.2006) 4 Leilão de energia nova: demanda total das distribuidoras foi contratada O presidente
da EPE, Maurício Tolmasquim, destacou que toda a demanda das distribuidoras,
de 1.616 MW, foi contratada durante o segundo leilão de energia nova.
Esse valor, explicou, correspondia ao montante de 4,5% da energia não
contratada no primeiro leilão de energia nova, para entrega em 2009. Segundo
ele, o volume de energia vendido ficou em 1.682 MW, sendo 1.028 MW de
fonte hídrica e 654 MW de térmicas. Na avaliação de Tolmasquim, o leilão
foi "o mais interessante realizado desde o início do novo modelo", uma
vez que houve sobreoferta capaz de garantir a competitividade da licitação.
(Agência Canal Energia - 30.06.2006) 5 Leilão de energia nova: Tolmasquim surpreso com quantidade de energia hídrica contratada O leilão,
salientou o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, mostrou-se surpreendente
pela quantidade de energia contratada por fontes hídricas. Segundo ele,
o volume contratado pela fonte hídrica é equivalente a 60% da carga total
negociada, sendo este leilão mais apropriado para as térmicas. Além disso,
contou, o leilão permitiu a negociação de energia botox de forma que o
volume remanescente pode ser considerado como "resíduo". (Agência Canal
Energia - 30.06.2006) 6 Leilão de LTs: 28 empresas entregam documentos para pré-qualificação A documentação
de 28 empresas interessadas na pré-qualificação ao próximo leilão de concessões
de linhas de transmissão foi entregue nesta quinta-feira (29/06) na Bovespa,
em São Paulo. Os documentos foram apresentados por investidores do Brasil,
Espanha, Portugal, Colômbia e Itália. As empresas poderão participar individualmente
ou agrupadas em 10 consórcios. Marcado para o dia 18 de agosto no Rio
de Janeiro, o leilão ofertará sete lotes com 14 linhas de transmissão
de energia e três subestações. A Aneel publicará o resultado da pré-qualificação
no dia 17 de julho, após o exame dos documentos apresentados pelas empresas
interessadas. As garantias deverão ser depositadas pelos pré-qualificados
no dia 17 de agosto. (Aneel - 29.06.2006) 7 Abraceel e BM&F anunciam suspensão de Leilão de Curto Prazo A Associação
Brasileira dos Agentes de Comercializadores de Energia Elétrica (Abraceel)
e a Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) anunciaram a suspensão dos pregões
do contrato de curto prazo de energia. As entidades afirmaram que vão
estudar outras alternativas de produtos. Segundo o comunicado, o desenvolvimento
de novos instrumentos levará em conta a experiência adquirida, o elevado
grau de integração, a convergência de interesses e a possibilidade de
envolvimento de outros segmentos interessados. (Eletrosul - 30.06.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 78,7% O nível
de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 78,7%, apresentando
queda de 0,2% em relação à medição do dia 27 de junho. A usina de Furnas
atinge 85 % de volume de capacidade. (ONS - 28.06.2006) 2 Sul: nível dos reservatórios está em 29,9% A região Sul apresentou alta de 0,1% em relação à última medição, com 29,9% de capacidade armazenada. A usina de Machadinho apresenta 83,4% de capacidade em seus reservatórios. (ONS - 28.06.2006) 3 NE apresenta 90,4% de capacidade armazenada Apresentando
queda de 0,3%, o Nordeste está com 90,4% de sua capacidade de armazenamento.
O reservatório de Sobradinho opera com 90,6% de volume de capacidade.
(ONS - 28.06.2006) 4 Norte tem 94,2% da capacidade de armazenamento O nível
de armazenamento da região Norte está em 94,2% apresentando queda de 0,4%
em relação ao dia 27 de junho. A usina de Tucuruí opera com 94,8% de volume
de armazenamento. (ONS - 28.06.2006)
Gás e Termoelétricas 1 Argentina e Bolívia assinam acordo sobre novo preço do gás boliviano A Argentina assinou ontem o acordo que aumenta em 56% o preço do gás natural que importa da Bolívia. Os presidentes Néstor Kirchner e Evo Morales selaram o pacto em Buenos Aires. A Argentina importará a partir de 15 de julho gás boliviano a US$ 5 por milhão de BTU até 31 de dezembro. O preço cobrado anteriormente pelo gás era de US$ 3,20 por milhão de BTU. Os dois países deverão definir, antes do fim do ano, uma fórmula para calcular o valor da importação que será aplicado a partir de 1º de janeiro de 2007. O acordo, com duração de 20 anos, prevê que a Argentina amplie os volumes que compra da Bolívia até um máximo de 27,7 milhões de metros cúbicos por dia. Atualmente, a Argentina importa 5,5 milhões de metros cúbicos por dia -- de um total de 7,7 milhões que está habilitada a adquirir --, mas necessitará de 20 milhões de metros cúbicos adicionais para poder avançar com a construção de um gasoduto que abastecerá o nordeste do país. O volume atual de importação de gás representa cerca de 5% do consumo total argentino. O convênio estabelece que a Argentina não poderá destinar ao mercado chileno o gás que importa do país andino. (Gazeta Mercantil e Valor Econômico - 30.06.2006) 2 Bolívia: preço de gás para o Brasil é de US$ 8 por milhão de BTU A Bolívia
pretende negociar um preço de venda de seu gás ao Brasil mais alto do
que o acertado com a Argentina. O ministro de Hidrocarbonetos boliviano,
Andrés Soliz Rada, disse que o preço pretendido é de US$ 7,5 por milhão
de BTU, mais uma taxa de US$ 0,50 que chamou de "ajuste ecológico", que
elevaria o valor a US$ 8. Soliz Rada justificou o valor porque este seria
o "preço de mercado" pago pelo gás boliviano no Sudeste brasileiro. O
ministro não explicou a razão da cobrança do "ajuste ecológico" nem em
que consistiria a taxa. (Valor Econômico - 30.06.2006) 3 Petrobras rejeita reajuste fora dos padrões do contrato O diretor
da área de gás e energia da Petrobras, Ildo Sauer, disse desconhecer o
pleito da Bolívia de aumentar o preço do gás para US$ 8 o milhão de BTU.
"Uma coisa é pedir [um aumento]. A outra é poder alterar o preço definido
em contrato", disse Sauer, acrescentando que a decisão de mudar o preço
de referência do gás não pode ser unilateral. Segundo Sauer, a YPFB enviou
na semana passada uma notificação à Petrobras informando que deseja negociar
aumento no preço de referência do gás definido no contrato de fornecimento,
válido até 2019. Ontem, a Bolívia formalizou, em La Paz, o pedido para
subir o preço do gás vendido ao Brasil. Sauer afirmou, porém, que a Petrobras
continua rejeitando um reajuste fora dos padrões do contrato. "Não vejo
nem margem nem razão para aumentar". (Folha de São Paulo - 30.06.2006)
4 Petrobras: definido cronograma para negociação de preço de gás boliviano A Petrobras
divulgou nota na qual afirma que, em reunião em La Paz, tomou conhecimento
formal dos argumentos da Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos
(YPFB) para a revisão da cláusula de preços do contrato de compra e venda
de Gás Boliviano (GSA). Segundo a estatal, foi acertado um cronograma
de negociações para o próximo mês com o objetivo de concluir as discussões
dentro do prazo contratual de 45 dias. Na visão da Petrobras, os aumentos
de preço que vêm ocorrendo regularmente na forma prevista em contrato
são suficientes para garantir o equilíbrio econômico-financeiro da operação.
A companhia informou, porém, que realizará estudos mais detalhados antes
de comunicar formalmente sua resposta à YPFB. A próxima reunião entre
as empresas será na semana de 10 a 14 de julho, em Santa Cruz de La Sierra.
Caso haja impasse, será resolvido por um tribunal de arbitragem, com sede
em Nova York, conforme prevê o contrato. (Valor Econômico e Folha de São
Paulo - 30.06.2006) 5 Morales quer encontro com Presidente Lula para fechar acordo O presidente boliviano, Evo Morales, quer reunir-se com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tentar fechar um acordo sobre o tema. "Necessitamos um encontro com o presidente Lula", pediu Morales. A intenção do governo Morales é modificar a forma do cálculo do preço, hoje estipulado a partir de uma cesta de óleos combustíveis. O presidente boliviano disse confiar na "sensibilidade do presidente Lula" e também nas discussões dos grupos técnicos para chegar ao novo preço. Disse considerar uma "abertura [ao diálogo]" ter lido na imprensa que a Petrobras está disposta a aceitar um aumento do combustível. Atualmente, a estatal importa da Bolívia cerca de 26 milhões de m3 de gás por dia. Paga US$ 3,43 por milhão de BTU até o volume de 16 milhões de m3/dia. Acima desse total, o custo sobe para US$ 4,21. (Valor Econômico e Folha de São Paulo - 30.06.2006) 6 Ministro boliviano vê possibilidade de arbitragem com otimismo O ministro de Hidrocarbonetos, Andrés Soliz, disse que o Governo da Bolívia está "muito otimista" com a possibilidade de ter de deixar nas mãos de um tribunal de arbitragem internacional a reivindicação para que o Brasil pague mais pelo gás natural. Soliz disse que "os preços que hoje vigoram com o Brasil, são muito baixos e qualquer árbitro entenderia que essas condições têm que melhorar para a Bolívia". (Gazeta Mercantil - 30.06.2006) 7 Segunda Rodada de Campos Marginais da ANP arrecada R$ 10,667 mi A Segunda Rodada de Licitações de Áreas Inativas com Acumulações Marginais da ANP registrou um total de R$ 10,667 milhões em arrecadação de Bônus de Assinatura, que é o valor pago pela aquisição de 11 campos leiloados ontem, em um total de 14 ofertados pela ANP. Somado aos investimentos iniciais compromissados nas ofertas, que chegam a R$ 24 milhões, o valor mínimo gerado pela rodada foi de R$ 34,667 milhões. Apenas três campos não tiveram interessados ontem: os de Carnaubais e Quixaba, na Bacia Potiguar, e Rio Barra Nova, na Bacia do Espírito Santo, não receberam propostas. Das 55 empresas habilitadas, 31 apresentaram ofertas e nove arremataram áreas. "Atribuo o resultado dessa rodada à avidez do pequeno e médio empresário em investir em exploração e produção. O empresariado deixou claro nesse leilão que quer entrar nesse ramo", afirmou o diretor-geral da ANP, Haroldo Lima. (Jornal do Commercio - 30.06.2006) 8 Leilão da ANP: cinco empresas estrangeiras participam da licitação Cinco empresas estrangeiras - Gold Oil (Inglaterra), as americanas JP Oil Company, River Business e Koch Petróleo, além da Sociedade Petrolífera Angolana (Somoil) - participaram da Segunda Rodada de Licitações de Áreas Inativas com Acumulações Marginais da ANP. Somente a Koch arrematou o Campo de Crejoá, na Bacia do Espírito Santo. (Jornal do Commercio - 30.06.2006) 9 Oitava Rodada de Licitações da ANP deve ser realizada em setembro A Oitava Rodada de Licitações da ANP foi adiada, informou o diretor-geral do órgão regulador, Haroldo Lima. A licitação estava marcada para o dia 28 de agosto. Segundo ele, o mais provável é que o leilão ocorra na segunda quinzena de setembro. A justificativa para o adiamento foi que a ANP não conseguiria cumprir o cronograma previsto para 28 de agosto. A Oitava Rodada estava prevista, inicialmente, para ser realizada em novembro. Segundo Haroldo Lima, a crise de gás com a Bolívia fez com que o Governo solicitasse a antecipação do leilão. A ANP não terá tempo para disponibilizar informações a respeito de áreas oferecidas a tempo de serem estudadas pelas empresas. "A Oitava Rodada deve ser realizada em setembro. A eleição dificulta que seja em outubro, e marcá-la para novembro é temerário, pois será o último leilão do ano no cenário internacional. Há o risco de muitos agentes estarem descapitalizados", explicou. (Jornal do Commercio - 30.06.2006)
Grandes Consumidores 1 Arcelor Brasil recorre à matriz para atender CVM A CVM suspendeu
do pregão da bolsa paulista as ações da Arcelor Brasil, alegando falta
de informações consistentes da companhia, visto que os papéis poderiam
ser alvos de especulação face à incerteza sobre uma oferta pública após
a fusão da controladora Arcelor com a Mittal. "A existência ou não de
oferta pública tem forte impacto potencial nas cotações das ações da Arcelor
Brasil e esta situação de incerteza pode prejudicar os investidores",
alegou a CVM em comunicado. A suspensão deve durar até a prestação de
uma informação relevante pela companhia. A Arcelor Brasil divulgou sua
posição a respeito da decisão da CVM. Comunicou que, atendendo determinação
da CVM, formalizou solicitação à controladora Arcelor, para ter as informações
requeridas pela autarquia (obrigação ou não de tag along de seus acionistas)
e tão logo as consiga "dará diligentemente conhecimento à CVM". A CVM
não suspendeu as ações da Acesita porque 90% das ordinárias da companhia
estão nas mãos da Arcelor, razão suficiente para não retirá-las do pregão.
(Valor Econômico - 30.06.2006) 2 Aracruz investe US$ 1,2 bi em nova fábrica no RS A Aracruz
vai construir uma nova fábrica de celulose no Rio Grande do Sul, integrada
à unidade de Guaíba, na Grande Porto Alegre. A nova unidade irá receber
um investimento de US$ 1,2 bilhão e terá uma capacidade instalada de 1,3
milhão de toneladas por ano. O diretor-presidente da empresa, Carlos Aguiar,
afirmou que a idéia é operar com a nova fábrica entre 2010 e 2013, dependendo
das condições do mercado internacional e também da disponibilidade de
matéria-prima. A fábrica de Guaíba tem hoje uma capacidade instalada de
430 mil toneladas por ano de celulose branqueada de eucalipto. Com a ampliação,
a produção poderá se aproximar de 1,8 milhão de toneladas por ano. De
acordo com o diretor de Operações da companhia a nova fábrica está projetada
para gerar um faturamento de pelo menos US$ 500 milhões por ano, estimativa
que já é considerada conservadora, podendo alcançar mais de US$ 600 milhões.
(Gazeta Mercantil - 30.06.2006) 3 Aracruz encomenda equipamento de US$ 80 mi A fabricante
austríaca de máquinas para manufatura Andritz anunciou ontem que recebeu
da Aracruz encomenda de equipamento para processamento de celulose no
valor US$ 80 milhões. No comunicado, a empresa informa que a brasileira
está expandindo sua linha de lavagem, separação e branqueamento de celulose
de 700 mil toneladas por ano para 950 mil toneladas. A entrega dos equipamentos
está prevista para o segundo semestre de 2007. (Jornal do Commercio -
30.06.2006) 4 Exportação de minério registra US$ 4 bi de janeiro a maio A receita
das mineradoras brasileiras com a exportação de minério de ferro nos cinco
primeiros meses deste ano superou em cerca de US$ 1 bilhão a obtida em
igual período do ano passado, informou o Sindicato Nacional da Indústria
de Extração do Ferro e Metais Básicos (Sinferbase). De janeiro a maio
deste ano, as exportações somaram US$ 4,054 bilhões, ante os US$ 3,067
bilhões apresentados nos cinco primeiros meses de 2004, aumento de 32,18%.
De acordo com dados do sindicato, as exportações somaram, em volume, 95,616
milhões de toneladas de janeiro a maio, crescimento de 9,27% sobre as
87,498 milhões de toneladas de igual período do ano passado. O crescimento
da receita com as exportações acima do aumento de volume ocorre porque
a CVRD conseguiu reajustar em 71,5% o preço do minério de ferro. As vendas
para o mercado nacional foram mais tímidas, com aumento de 5,88%. Passaram
de 15,05 milhões de toneladas nos cinco primeiros meses do ano passado
para 15,93 milhões de toneladas em igual período deste ano. (Jornal do
Commercio - 30.06.2006) 5 Nafta baterá novo recorde histórico Pressionado
pela escalada recorde do petróleo, o preço da nafta vendida pela Petrobras
para abastecer às centrais petroquímicas deve atingir em julho o valor
mais alto da história tanto em dólares como em reais. De acordo com a
consultoria MaxiQuim, a matéria-prima subirá, pelo terceiro mês consecutivo,
5,7% em reais no próximo mês, atingindo a cotação de R$ 1.390 por tonelada,
o equivalente a US$ 616. O câmbio teve mais impacto do que a alta no preço
internacional, explicou a consultoria. Neste mês, os fabricantes de resinas
anunciaram aumentos de preços justificados pela intensa pressão de custos
de suas matérias-primas em meio a um aquecimento maior do mercado. Caso
a demanda continue aquecida, os fabricantes ficarão mais propensos a repassar,
nos próximos meses, os aumentos de custos da nafta. (Valor Econômico -
30.06.2006)
Economia Brasileira 1 Economia perde fôlego no 2º trimestre A economia brasileira desacelerou o ritmo de crescimento do primeiro para o segundo trimestre. A produção industrial, que mostrou estabilidade em abril em relação a março, teve expansão mais forte em maio, mas os sinais da indústria em junho sugerem um desempenho mais fraco, prejudicado em parte pela greve da Receita Federal e pela interrupção das atividades em dias de jogo do Brasil na Copa do Mundo. O aumento das importações - substituindo produção local - também contribuiu. Com isso, depois do crescimento de 1,4% no primeiro trimestre em relação ao anterior, na série livre de influências sazonais, o PIB deve avançar algo como 1% no segundo em relação ao primeiro. Juros em queda, aumento da massa salarial e crédito farto ainda puxam a economia. (Valor Econômico - 30.06.2006) 2 Indústria paulista já prevê expansão menor em 2006 A indústria paulista cresceu 2,7% no mês passado em relação a abril, já descontados os fatores sazonais, mas o resultado não foi suficiente para que a Fiesp veja com mais otimismo o desempenho do setor até o final do ano. Com base nos números até maio, a entidade revisou, para baixo, a expectativa de expansão em 2006. A projeção de alta, que era de 5%, caiu para 4%. Para o diretor do Fiesp, Paulo Francini, o avanço registrado no mês passado foi fortemente influenciado pela queda de 1,4% na atividade em abril, mês que teve apenas 18 dias úteis (em maio, eles foram 22). O que pesou mais na revisão de projeções da Fiesp foi o crescimento das importações em ritmo superior ao das exportações, o que, segundo Francini, está trazendo efeitos "trágicos" para alguns setores da indústria de transformação. As importações cresceram 22% entre janeiro e maio deste ano, enquanto as importações subiram 13% no período, disse Francini. (Valor Econômico - 30.06.2006) 3
Indicador de Nível de Atividade registra alta de 9,3% 4 CMN fixa em 4,5% a meta de inflação para 2008 Seguindo
orientação do presidente Lula, o CMN confirmou ontem as expectativas do
mercado e fixou em 4,5% a meta de variação do IPCA a ser perseguida pelo
Banco Central em 2008. Também foi confirmado o intervalo de tolerância,
segundo o qual a meta estará cumprida se a inflação do índice ficar entre
2,5% e 6,5%. O percentual e o intervalo de dois pontos, para cima e para
baixo, são os mesmos já fixados para 2006 e 2007. Apesar disso, o governo
entende que 4,5% ao ano ainda é um patamar alto para ser estabelecido
como meta de inflação de longo prazo. Tal entendimento foi claramente
sinalizado pelo presidente do Banco Central, ministro Henrique Meirelles,
um dos três integrantes do CMN, ao explicar por que a meta vale só até
2008 e não por período indeterminado. Ele reconheceu que a meta brasileira
"ainda está um pouco acima da inflação" de parceiros comerciais do Brasil
e de outros países emergentes. "Por isso, não anunciamos ainda uma meta
de longo prazo", explicou. (Valor Econômico - 30.06.2006) O CMN tomou
ontem duas decisões que afetam diretamente o BNDES e suas relações com
o setor produtivo. Primeiro, reduziu de 8,15% para 7,5% ao ano a TJLP.
Em seguida, dispensou o banco de iniciar no mês que vem a venda obrigatória
de parte de sua carteira de ações. A TJLP de 7,5% ao ano vale para o trimestre
que começa agora em julho. Guido Mantega explicou que a taxa foi revista
levando-se em consideração a meta de inflação para o IPCA, de 4,5%, tanto
para 2006 quanto para 2007, e o risco-país. O ministro justificou a opção
conservadora dizendo que a TJLP não precisa levar em conta o patamar exato
do risco-país no momento, pois o Embi+ "é só um parâmetro, que varia".
O corte decidido ontem pelo CMN, diz, é suficiente para estimular os investimentos.
Quando era presidente do BNDES, Mantega defendeu uma TJLP de 7% ao ano.
Ontem, disse que "isso nunca foi uma reivindicação" e sim manifestação
do entendimento de que a taxa pode descer a esse patamar em algum momento.
(Valor Econômico - 30.06.2006) 6 Fiesp: há espaço para uma queda maior O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, admitiu que a queda da TJLP para 7,5% ao ano foi "positiva". Mas não se deu por feliz. "Não há motivo para que a TJLP esteja acima de 1% da meta de inflação", comentou. Para o presidente da Fiesp, o custo do dinheiro emprestado pelo BNDES em suas linhas de financiamento para investimentos produtivos deveria ser de no máximo 5,5%, ou o equivalente à meta de inflação (4,5%) mais 1%, apenas para remunerar o capital cuja fonte é o Fundo de Amparo ao Trabalhador. "Fico satisfeito que a TJLP tenha caído, é uma reivindicação permanente nossa, mas poderia estar muito mais baixa", afirmou Skaf. "Quanto menor a TJLP, mais estimula os investimentos das empresas e mais gera emprego e renda". (Valor Econômico - 30.06.2006) 7
Dólar ontem e hoje
Internacional 1 Petrolíferas demonstram interesse em explorar gás natural no Chile As petrolíferas
Marathon Oil e Apache, dos Estados Unidos, a British Gas e a Petrobras
manifestaram a autoridades do Chile a intenção de explorar de gás natural
naquele país. As áreas de interesse são a Terra do Fogo e a Zona Continental
de Magalhães, cujos trabalhos de exploração são realizados pela estatal
Empresa Nacional de Petróleo no Lago Mercedes e nos blocos de Dorado-Puerto
Sara e Riquelme-Manzano. Antes que o Ministério das Minas entregue qualquer
concessão em Magalhães a uma empresa estrangeira, a Enap deve definir
que blocos da Terra do Fogo e de Magalhães Continental ficarão para sua
exclusiva exploração. A Enap continua seus trabalhos de exploração no
segundo poço para definir se o gás é comercialmente exportável. Uma vez
finalizado esse trabalho ainda restará a exploração de pelo menos três
poços no Lago Mercedes. (Gazeta Mercantil - 30.06.2006) 2 Copa dá prejuízo de US$ 1,3 milhão a companhia de eletricidade na Índia A Copa do
Mundo da Alemanha está dando prejuízo à companhia nacional de eletricidade
da Indonésia. Segundo o presidente da empresa, Juanda Nugraha Ibrahim,
as perdas alcançarão US$ 1,3 milhão até o final do torneio. Todas as noites,
um consumo extra de 1,2 milhões de kw/h é registrado no país, cuja população
é fanática por futebol - apesar de a seleção local não ter se classificado
para o torneio. Por causa do fuso horário, há partidas da Copa que chegam
a começar às 23h. "Temos observado que TVs e luzes têm sido mantidas acesas
nas casas até o amanhecer", disse Ibrahim, revelando que a companhia é
obrigada a consumir mais combustível do que poderia para atender à demanda.
(Elétrica - 29.06.2006)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
|