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IFE: nº 1.833 - 22 de junho de 2006
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ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
ABN Amro estima crescimento dos investimentos no SE no 2º semestre
2 Justiça suspende contrato de compra e venda de energia de eólica Tramandaí
3 Comissão de Minas e Energia vota projeto que prevê fiscalização na aplicação da Cide
4 Bahia e Califórnia estudam cooperação na área de energias renováveis
5 Curtas

Empresas
1 Copel lança debêntures para captar R$ 600 mi
2 Copel pode não aplicar integralmente reajuste médio de 5,12%
3 STJ desobriga Cteep de realizar repasse de aposentadorias especiais
4 Eletropaulo e Comgás vão compartilhar informações sobre redes subterrâneas
5 Aneel define tarifa que Cenf terá de pagar a Ampla por energia contratada
6 Cotações da Eletrobrás

Leilões
1 Leilão de energia nova: Instituto Acende Brasil analisa preços-teto

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 80,7%
2 Sul: nível dos reservatórios está em 28,1%
3 NE apresenta 92,2% de capacidade armazenada

4
Norte tem 96,6% da capacidade de armazenamento

Gás e Termelétricas
1 Empresários investem em biodiesel para exportação
2 Alstom quer aumentar fornecimento nacional para novos projetos

Grandes Consumidores
1 CRVD vai recomprar até R$ 2 bi em ações
2 Acesita vai ampliar área de distribuição no Cone Sul

Economia Brasileira
1 FGTS pode financiar projetos de infra-estrutura
2 Captações e investimentos despencam

3 Meirelles: política monetária não muda
4 IGP-M aponta inflação de 0,56%
5 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Ex-dirigente do BID defende nacionalização de gás
2 AIE prevê agravamento do efeito-estufa
3 Presidente da Endesa diz que Iberdrola foi "irresponsável"
4 Endesa espera aprovação da oferta da E.ON
5 Endesa quer investir em Portugal

Regulação e Reestruturação do Setor

1 ABN Amro estima crescimento dos investimentos no SE no 2º semestre

Segundo estimativas do Banco Real ABN Amro, os investimentos no setor elétrico devem crescer no segundo semestre de 2006. A previsão foi reforçada depois que a Aneel fixou os novos preços do MWh para os empreendimentos hidrelétricos e térmicos e com a divulgação de aumento no consumo nacional. (Gazeta Mercantil - 22.06.2006)

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2 Justiça suspende contrato de compra e venda de energia de eólica Tramandaí

Liminar da Justiça Federal suspendeu o contrato de compra e venda de energia entre a Eletrobrás e a Elebrás, que tem projeto de um parque eólico em Tramandaí (70 MW). Com a decisão, o Estado pode perder o investimento de R$ 320 milhões. Segundo Roberto Jardim, diretor-técnico da Elebrás, o Estado pode perder o investimento de R$ 320 milhões com a decisão da justiça. A intenção da empresa, diz, é recorrer da decisão. De acordo com a procuradora da República Márcia Noll Barboza, autora da ação, a Elebrás teria descumprido o Guia de Habilitação de Fonte. Conforme o executivo, a Elebrás tem pareceres favoráveis da Eletrobrás, da Advocacia Geral da União, da Fundação Estadual de Proteção Ambiental e da Secretaria Estadual de Energia. Os próximos passos, como o pedido de financiamento do BNDES, dependem do julgamento do recurso. A Elebrás tem 10 dias para recorrer. (Zero Hora - 22.06.2006)

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3 Comissão de Minas e Energia vota projeto que prevê fiscalização na aplicação da Cide

A Comissão de Minas e Energia realiza reunião ordinária nesta quinta-feira (22/06) para votar, entre outras proposições, a Proposta de Fiscalização e Controle 97/05, que propõe verificar a regularidade da aplicação dos recursos arrecadados com a Cide (contribuição sobre o combustível). A proposta, do deputado Celso Russomanno, recebeu parecer pela aprovação do relator, deputado Betinho Rosado (PFLRN). (Eletrosul - 21.06.2006)

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4 Bahia e Califórnia estudam cooperação na área de energias renováveis

Os estados da Bahia e da Califórnia (EUA) estudam a viabilidade de uma cooperação na área de energias renováveis. Uma delegação do governo californiano esteve em Salvador para identificar possíveis parceiros para investimentos em projetos que utilizem novos tipos de energia. Jan Hamirin, presidente do Center for Resource Solutions, disse que há o interesse em colaborar com o desenvolvimento de potenciais intelectuais e tecnológicos para fins de aplicação em fontes renováveis. (Agência Canal Energia - 21.06.2006)

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5 Curtas

A Aneel retirou da pauta da reunião semanal da terça-feira, 20 de junho, a regulamentação que trata da regularização de redes particulares de distribuição de energia. Segundo a Aneel, o motivo foi a necessidade de aperfeiçoamentos em questões relativas a investimentos prudentes e à fiscalização de cumprimento de metas estabelecidas. (Agência Canal Energia - 21.06.2006)

Projeto de lei em tramitação na Câmara Municipal de Cuiabá (MT) cria o programa de incentivo ao aquecimento solar de água no município. O programa tem o objetivo de promover e fomentar o uso e o desenvolvimento tecnológico de sistemas de aproveitamento da energia solar para aquecimento de água em imóveis urbanos, bem como contribuir para minimização dos impactos ambientais causados pelas fontes de energia convencional. (Elétrica - 21.06.2006)

A Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e Consumidores Livres informou que Maria Patrícia Arce assumiu a diretoria-executiva da instituição, no lugar de Paulo Ludmer. (Agência Canal Energia - 21.06.2006)

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Empresas

1 Copel lança debêntures para captar R$ 600 mi

A Copel informou que vai lançar debêntures no mercado, visando a captar R$ 600 milhões e melhorar o perfil de endividamento. "A idéia é liquidar compromissos de curto prazo. Vamos tirar proveito da receptividade do mercado a papéis emitidos pela empresa para trocar as dívidas hoje existentes por outra mais barata", informou o diretor Paulo Roberto Trompczynski. A operação será coordenada pelo Banco do Brasil, mas a empresa não forneceu mais detalhes sobre as taxas de remuneração. Trompczynski dissse que a as taxas serão menores do que as garantidas nos papéis atualmente em circulação. A dívida total da Copel - consolidada nas demonstrações financeiras encerradas em 31 de março deste ano - é de R$ 1,9 bilhão, o que corresponde a 33,7% do seu patrimônio líquido. A empresa também pretende fazer caixa para participar dos novos leilões de usinas ofertadas pela Aneel. Entre os alvos da paranaense Copel, estão as usinas de Salto Grande, no Rio Chopim, Baixo Iguaçu, no Rio Iguaçu, e Mauá, no Rio Tibagi. (Gazeta Mercantil - 22.06.2006)

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2 Copel pode não aplicar integralmente reajuste médio de 5,12%

A Copel estuda a possibilidade de não aplicar integralmente o reajuste médio de 5,12%, autorizado pela Aneel. Assim como fez em 2003, a companhia poderá conceder descontos para os consumidores que pagarem a conta de luz em dia. Segundo a estatal, a partir do aumento autorizado pela Aneel, a empresa concluirá as projeções de impacto ao consumidor e discutirá o tema com sócio majoritário - o governo do Estado. Para os consumidores de baixa tensão, o reajuste será negativo de 12,71%. Já os clientes ligados à alta tensão terão aumento de 1,44%. (Agência Canal Energia - 21.06.2006)

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3 STJ desobriga Cteep de realizar repasse de aposentadorias especiais

A Transmissão Paulista está desobrigada de pagar proventos relativos à lei estadual 4.819/58, que trata das aposentadorias especiais. Segundo fato relevante publicado pela companhia, o Superior Tribunal de Justiça decidiu que os proventos instituídos pela lei estadual terão que ser pagos diretamente pela Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo e não mais pela Fundação Cesp, mediante repasse da Cteep. A medida anula a decisão da 49ª Vara do Trabalho de SP, que obrigava o repasse de cerca de R$ 110 milhões pela Cteep. (Agência Canal Energia - 21.06.2006)

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4 Eletropaulo e Comgás vão compartilhar informações sobre redes subterrâneas

A AES Eletropaulo e a Comgás assinaram um protocolo de entendimentos para integrar o trabalho das duas empresas. O acordo de prevenção de danos prevê a troca de informações sobre os cadastros das redes elétricas e de gás, além do treinamento dos funcionários das duas empresas para evitar que ocorram incidentes durante a execução de obras, reparos ou instalação das redes subterrâneas na Região Metropolitana de São Paulo. Segundo a Eletropaulo, as empresas vão se reunir mensalmente para avaliar e definir ações para facilitar o trabalho em campo. (Agência Canal Energia - 21.06.2006)

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5 Aneel define tarifa que Cenf terá de pagar a Ampla por energia contratada

A Aneel homologou a cobrança, pela Ampla, de R$ 57,31 o MWh sobre as tarifas de fornecimento de energia para a Cenf. Segundo a diretoria da Aneel, a tarifa de energia a ser praticada no contrato entre as empresas deve ser o valor resultante do leilão de energia existente, em dezembro de 2004. Com a decisão, a Aneel atendeu a um pleito feito em recurso administrativo pela Ampla, que fornece energia à Cenf. De acordo com a lei 10.848, distribuidoras com demanda de até 500 GWh/ano ficam desobrigadas de adquirir energia por meio do pool de energia formado nos leilões. A Ampla, segundo o processo analisado na reunião, adquiriu energia no leilão para atender aos clientes da Cenf, entre outros. (Agência Canal Energia - 21.06.2006)

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6 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 21-06-2006, o IBOVESPA fechou a 34.546,64 pontos, representando uma alta de 2,72% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 2,26 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 0,85%, fechando a 10.500,20 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 42,80 ON e R$ 40,00 PNB, alta de 2,66% e 1,65%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Na abertura do pregão do dia 22-06-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 42,35 as ações ON, baixa de 1,05% em relação ao dia anterior e R$ 40,15 as ações PNB, alta de 0,35% em relação ao dia anterior. (Investshop - 22.06.2006)

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Leilões

1 Leilão de energia nova: Instituto Acende Brasil analisa preços-teto

O Instituto Acende Brasil está avaliando os preços-teto estabelecidos pelo governo para o leilão de energia nova A-3, que acontece dia 29 de junho. Os preços fixados são de R$ 125 por MWh para hidrelétricas e de R$ 140 para termelétricas. O presidente do Instituto, Claudio Sales, disse que as avaliações preliminares indicam que os preços melhoraram, mas o governo poderia ter utilizado a fixação destes valores como uma forma de garantir maior participação de competidores na licitação. Para ele, um dos pontos que ainda precisam ser revistos pelo governo é a questão relativa ao Uso do Bem Público de usinas licitadas sobre o regime de maior ágio. (Agência Canal Energia - 21.06.2006)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 80,7%

O nível de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 80,7%, apresentando queda de 0,3% em relação à medição do dia 19 de junho. A usina de Furnas atinge 87,3% de volume de capacidade. (ONS - 20.06.2006)

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2 Sul: nível dos reservatórios está em 28,1%

A região Sul apresentou alta de 0,1% em relação à última medição, com 28,1% de capacidade armazenada. A usina de Machadinho apresenta 26,1% de capacidade em seus reservatórios. (ONS - 20.06.2006)

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3 NE apresenta 92,2% de capacidade armazenada

Apresentando queda de 0,2%, o Nordeste está com 92,2% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de Sobradinho opera com 92,5% de volume de capacidade. (ONS - 20.06.2006)

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4 Norte tem 96,6% da capacidade de armazenamento

O nível de armazenamento da região Norte está em 96,6%, apresentando queda de 0,5% em relação ao dia 19 de junho. A usina de Tucuruí opera com 97,4 % de volume de armazenamento. (ONS - 20.06.2006)

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Gás e Termoelétricas

1 Empresários investem em biodiesel para exportação

Empresários brasileiros, alemães, italianos e japoneses investem R$ 140 milhões na construção de duas usinas para fabricar biodiesel no interior São Paulo e de Minas Gerais, exclusivamente, para exportação. O investimento é liderado pela empresa Biodiesel Triângulo, de Iturama (MG), com recursos próprios. Os sócios estrangeiros bancarão 10% dos investimentos. De acordo com o diretor-presidente da Triângulo, Pedro Martins Filho, as usinas deverão produzir 220 milhões de litros de biodiesel por ano, todos destinados ao mercado externo, usando o pinhão-manso como matéria-prima. Martins Filho disse que a empresa fechou pré-contratos para a entrega de 120 milhões de litros de biodiesel a compradores do Japão e Alemanha a partir de 2008. Para atender à produção das duas usinas, serão plantados, inicialmente, 220 mil hectares de mudas de pinhão-manso por milhares de pequenos, médios e grandes agricultores. (Jornal do Commercio - 22.06.2006)

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2 Alstom quer aumentar fornecimento nacional para novos projetos

A Alstom deve aumentar o fornecimento nacional para atender a demanda de novos projetos de termelétricas no Brasil. A expectativa da empresa é atingir 50% nos próximos 10 anos para estas usinas. Atualmente, o fornecimento nacional é da ordem de 30% a 35% de equipamentos e serviços utilizados em projetos térmicos no País. Os demais equipamentos são importados. A empresa vê nos indicativos brasileiros uma boa oportunidade para ampliar a fabricação de equipamentos para termelétricas, já que, segundo o Plano Decenal, o Brasil prevê um incremento substancial de energia térmica no parque nacional nos próximos dez anos, o que significa dobrar a capacidade instalada de geração térmica no País. Segundo Marcos Brandizzi, superintendente de Desenvolvimento de Novos Negócios da Alstom, a estratégia é alinhar a produção de equipamentos para termelétricas à medida que o mercado cresça no Brasil. (Elétrica - 21.06.2006)

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Grandes Consumidores

1 CRVD vai recomprar até R$ 2 bi em ações

A Vale do Rio Doce anunciou ontem um programa de recompra de até 48 milhões de ações PNA. A operação, que tem prazo de 180 dias, equivale a 5% do montante desses papéis em circulação no mercado. Com base no valor de fechamento de ontem, a transação pode atingir R$ 1,95 bilhão. Na Bolsa, o papel fechou com valorização de 5,76%, para R$ 49,71, com a segunda maior alta do dia do Ibovespa. No comunicado enviado à CVM, a companhia explicou que vai usar recursos do caixa para a recompra, que visa a manter a liquidez das ações. Segundo a Vale, a operação também pretende corrigir a diferença entre os múltiplos de mercado observados nas últimas semanas e o diferencial de preços entre ações ordinárias e preferenciais. "O forte compromisso com a disciplina na alocação do capital e a confiança nas perspectivas da companhia e em sua capacidade de geração de valor para os acionistas orientaram a decisão", diz trecho do documento. (Gazeta Mercantil - 22.06.2006)

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2 Acesita vai ampliar área de distribuição no Cone Sul

Até o fim do ano a Acesita, fabricante de aços especiais ligada ao grupo Arcelor, definirá seus novos investimentos no segmento de serviços, transformação e distribuição de inox e aços siliciosos. A intenção da empresa é abrir unidades no Sul do país, para atendimento no Cone Sul, e na Colômbia, para distribuição para países do Pacto Andino. Essa expansão tem como meta, a partir de 2007, ampliar para 5% a participação na área de serviços no faturamento da Acesita. Hoje, esse valor é incipiente. Os números perseguidos pela subsidiária estão muito longe da média apresentada pela Arcelor em todo o mundo. Cerca de 25% do faturamento da divisão de aços especiais foi originada por prestação de serviços. A empresa poderá adquirir ativos de outras distribuidoras ou partir para a construção da nova usina. A Acesita tem a perspectiva de recuperar o patamar de faturamento de 2004. No ano passado, a empresa também foi atingida pelo fraco desempenho do setor siderúrgico e viu suas vendas caírem 5%. (Valor Econômico - 22.06.2006)

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Economia Brasileira

1 FGTS pode financiar projetos de infra-estrutura

O presidente Lula pretende investir R$ 20 bilhões das reservas do FGTS na construção de estradas, portos, redes de esgoto e outros projetos, disse ontem o ministro do Trabalho, Luiz Marinho. O governo brasileiro pretende empregar as reservas do FGTS para criar um fundo para a implementação de projetos de infra-estrutura, disse. Ele considera pouco provável que os recursos do FGTS tenham de ser acionados para pagar garantias e benefícios aos trabalhadores. A proposta, que ainda está em estudo, prevê que os trabalhadores poderão investir parcelas de suas contas individuais do Fundo de Garantia em ações do novo fundo. "Pretendemos investir em infra-estrutura porque é disso que o Brasil precisa para impulsionar o crescimento da economia", afirmou. Os detalhes ainda estão sendo discutidos e o plano ainda precisa ser aprovado por Lula e pelo conselho curador do FGTS. (Gazeta Mercantil - 22.06.2006)

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2 Captações e investimentos despencam

O aumento da volatilidade nos principais mercados financeiros do mundo afetou drasticamente a taxa de rolagem dos empréstimos externos de médio e longo prazo ao setor privado brasileiro desde o início do mês. O fluxo de investimentos estrangeiros diretos para o país também despencou. Por outro lado, a desvalorização cambial acabou servindo para frear remessas de lucros e dividendos ao exterior. Esse foi, em resumo, o quadro descrito pelo chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, ao fazer um balanço parcial das contas externas do país no mês de junho. Considerando operações liquidadas até dia 21, ele percebeu que o volume captado pelas empresas em novos empréstimos externos de médio e longo prazos foi suficiente para financiar só 24% da dívida principal paga no período. Comparada com a média dos primeiros cinco meses de 2006 (296%) e com a de maio (172%), esta foi uma taxa de rolagem baixíssima, reconhece Lopes. O problema, na sua avaliação, não foi escassez de oferta de crédito e sim retração da demanda por novas captações. Diante do aprofundamento das incertezas do cenário internacional (juros norte-americanos, petróleo etc.) e do aumento do prêmio de risco pedido pelos investidores, muitas empresas preferiram não contrair a dívida neste momento. (Valor Econômico - 22.06.2006)

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3 Meirelles: política monetária não muda

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse que a política monetária não será alterada apesar da expectativa de a inflação medida pelo IPCA ficar abaixo do centro da meta fixado pelo governo para este ano. No mercado financeiro, analistas têm defendido a tese de que a inflação mais baixa pode levar o CMN a diminuir a meta de inflação para 2008, que será fixada em reunião no fim do mês. Segundo Meirelles, o Brasil vive hoje outro estágio em sua história econômica. "Vamos chamar (este momento) de quebra da espiral inflacionária, que é o momento em que a sociedade passa a acreditar no cumprimento da meta (de inflação)", disse, para acrescentar: "Entramos em outro patamar, não só de política monetária, mas de estabilidade, de aumento de investimento, de aumento das taxas médias de crescimento". (Gazeta Mercantil - 22.06.2006)

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4 IGP-M aponta inflação de 0,56%

O IGP-M registrou inflação de 0,56% na segunda prévia de junho, segundo dados da FGV. No mês anterior, na mesma base de comparação, a variação havia sido de 0,34%. Os preços no atacado e na construção civil comandaram a aceleração. O IPA variou 0,74% na segunda medição de junho, ante 0,38%, no mesmo período de maio. Entre os Bens Intermediários, que teve sua taxa elevada de 0,85%, em maio, para 1,35%, em junho, o principal destaque coube ao subgrupo materiais e componentes para a manufatura. Em sentido inverso, os Bens Finais registraram variação de -0,76%, ante -0,51%, no mês anterior. O INCC passou de 0,53%, em maio, para 1,81%, em junho. No mês anterior, esse grupo apresentou variação de 0,65%. Já os preços para o consumidor retrocederam. O IPC registrou variação de -0,38%, na segunda prévia de junho, ante 0,18%, em igual período de maio. A maior contribuição para a redução da taxa partiu do grupo Alimentação, que recuou de -0,05% para -1,76%. (Folha de São Paulo - 22.06.2006)

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5 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial abriu estável, cotado a R$ 2,233. Às 9h47, contudo, a moeda via alta de 0,22%, a R$ 2,236 na compra e a R$ 2,238 na venda. Ontem, o dólar caiu 0,57%, a R$ 2,231 na compra e R$ 2,233 na venda. Ao longo do dia, as cotações subiram a R$ 2,257 no maior preço e recuaram a R$ 2,232 no menor valor. De acordo com agentes no mercado, o giro interbancário somou aproximadamente US$ 1,26 bilhão. (O Globo Online e Valor Online - 22.06.2006)

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Internacional

1 Ex-dirigente do BID defende nacionalização de gás

A nacionalização dos hidrocarbonetos anunciada pela Bolívia não é "algo estranho à prática internacional", mas o assunto implica o "respeito aos contratos", afirmou o uruguaio Enrique Iglesias, que defendeu a chegada ao poder de Evo Morales. "A nacionalização do petróleo também funciona em muitos países. Não apenas na Bolívia, não é verdade? Os brasileiros a praticam e os mexicanos também. A nacionalização como tal não é algo estranho à prática internacional", declarou o secretário-geral ibero-americano. Segundo o titular da Secretaria Geral Ibero-americana, "o que é importante é que essas nacionalizações sejam feitas com a observância dos contratos e per-mitam que os investimentos estrangeiros exerçam poder de presença". "O assunto não deveria ser formulado em termos de nacionalização, ou não. O que mais me preocupa é que haja realmente um sistema jurídico que permita que as empresas possam funcionar, ganhar razoavelmente e pagar os seus impostos", insistiu Iglesias, que disse "compreender" as reclamações dos investidores. "Temos um período de 180 dias" e "é possível conseguir um acordo", afirmou Iglesias, assegurando que, segundo seu conhecimento, "há empresas que estão negociando de boa fé". (Gazeta Mercantil - 22.06.2006)

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2 AIE prevê agravamento do efeito-estufa

As emissões globais de dióxido de carbono vão crescer 75% até 2030, devendo atingir 43,7 bilhões de toneladas em 2030, contra 25 bilhões em 2003, afirmou em seu relatório anual a Administração de Informação de Energia (AIE). Até 2025, as emissões globais de CO2 podem atingir 40,05 bilhões de toneladas por ano, aumento de 0,03% em relação à previsão do ano passado, disse a AIE. A AIE disse que a combustão de carvão, que vem crescendo nos EUA, Índia e China, pode superar o petróleo como maior fonte fóssil de emissão de CO2 entre 2015 e 2030. A previsão não levou em conta os potenciais efeitos de leis já existentes ou propostas, regulamentações ou padrões, como o Protocolo de Kyoto, pacto internacional para a redução das emissões. O relatório da AIE disse que, em quatro anos, as emissões de CO2 nos países da Ásia que estão em rápido desenvolvimento, como China e Índia, superarão as da América do Norte. (Gazeta Mercantil - 22.06.2006)

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3 Presidente da Endesa diz que Iberdrola foi "irresponsável"

O comportamento da Iberdrola no mercado atacadista de energia da bolsa espanhola de eletricidade foi "irresponsável". A acusação é do presidente executivo da Endesa, Rafael Miranda. "Por muito menos, algumas empresas foram alvo de batalhões de inspetores dos serviços da concorrência da Comissão Européia", realçou. Para o gestor, o comportamento da Iberdrola é por isso uma "irresponsabilidade", na medida em que ao condicionar a procura no mercado livre está manipulando esse mercado. "Se todos fizéssemos o mesmo, seria o fim do mercado", ressaltou Miranda. A Endesa, em conjunto com as outras elétricas Unión Fenosa e Grupo EDP, também questiona a legalidade do decreto espanhol que fixou um preço para os contratos de venda de energia entre empresas do mesmo grupo na bolsa espanhola. A legitimidade desta atitude está sendo analisada pelo regulador espanhol, a Comissão Nacional de Energia. (Elétrica - 21.06.2006)

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4 Endesa espera aprovação da oferta da E.ON

O presidente executivo da Endesa reafirmou a disponibilidade da elétrica para reavaliar as duas providências cautelares colocadas em tribunais espanhóis e que resultaram na suspensão da decisão do governo que aprovou a oferta pública da Gás Natural. A Endesa admite recuar nestas providências, caso a Comissão Nacional de Energia aprove a oferta concorrente lançada pela E.ON. Para a gestão da Endesa, o mais importante é que os acionistas da elétrica possam ter oportunidade de escolher entre as duas ofertas, a da Gás Natural, já aprovada pelo Executivo de Madri, e da empresa alemã. Miranda descarta ainda a acusação de que são as providências da Endesa que estão paralisando as ofertas. A responsabilidade, diz, é da Comissão Nacional de Energia que ainda não aprovou a segunda oferta da E.ON. Segundo a lei espanhola, uma OPA só pode avançar quando houver uma decisão relativamente a uma oferta concorrente. Depois do Supremo Tribunal Espanhol ter confirmado a suspensão cautelar da OPA lançada pela Gás Natural sobre a Endesa, a empresa espanhola e o estado vão recorrer ao Tribunal Constitucional para que este se pronuncie sobre a suspensão cautelar da OPA. (Elétrica - 21.06.2006)

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5 Endesa quer investir em Portugal

A Endesa informou que quer investir mais de 1 bilhão de euros em Portugal nos próximos três anos. O plano de investimentos de 2005 a 2009 vai privilegiar projetos na área da produção de eletricidade com o objetivo de atingir em Portugal uma capacidade de potência instalada de 1.300 MW. No ano passado a Endesa investiu 150 milhões de euros na compra da Finerge, empresa de energias renováveis da Somague/Sacyr. A Finerge tem um portfólio para desenvolver 320 MW de potência, sobretudo eólica, que representará investimento superior a 300 milhões de euros. A elétrica espanhola fixou em 500 MW o objetivo de potência instalada para as energias renováveis, com destaque para a eólica. Na geração térmica, a Tejo Energia está avançada no desenvolvimento de mais dois grupos a gás natural com potência superior a 800 MW que representarão um investimento de 450 milhões de euros. A elétrica quer retomar a candidatura com a EDP para dois grupos a gás natural de 400 MW para Sines. O objetivo é ficar a gerir 800 MW de potência instalada em gás natural em Portugal. A Endesa vai investir na plataforma tecnológica para entrar na venda de eletricidade aos clientes domésticos, a partir de setembro próximo. (Elétrica - 21.06.2006)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Beatriz Mello Affonso, Marcelo Machado, Guilherme Branquinho e Larissa Barbosa

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

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Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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