l IFE: nº 1.833 - 22
de junho de 2006 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Leilões Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Reestruturação do Setor 1 ABN Amro estima crescimento dos investimentos no SE no 2º semestre Segundo
estimativas do Banco Real ABN Amro, os investimentos no setor elétrico
devem crescer no segundo semestre de 2006. A previsão foi reforçada depois
que a Aneel fixou os novos preços do MWh para os empreendimentos hidrelétricos
e térmicos e com a divulgação de aumento no consumo nacional. (Gazeta
Mercantil - 22.06.2006) 2 Justiça suspende contrato de compra e venda de energia de eólica Tramandaí Liminar
da Justiça Federal suspendeu o contrato de compra e venda de energia entre
a Eletrobrás e a Elebrás, que tem projeto de um parque eólico em Tramandaí
(70 MW). Com a decisão, o Estado pode perder o investimento de R$ 320
milhões. Segundo Roberto Jardim, diretor-técnico da Elebrás, o Estado
pode perder o investimento de R$ 320 milhões com a decisão da justiça.
A intenção da empresa, diz, é recorrer da decisão. De acordo com a procuradora
da República Márcia Noll Barboza, autora da ação, a Elebrás teria descumprido
o Guia de Habilitação de Fonte. Conforme o executivo, a Elebrás tem pareceres
favoráveis da Eletrobrás, da Advocacia Geral da União, da Fundação Estadual
de Proteção Ambiental e da Secretaria Estadual de Energia. Os próximos
passos, como o pedido de financiamento do BNDES, dependem do julgamento
do recurso. A Elebrás tem 10 dias para recorrer. (Zero Hora - 22.06.2006)
3 Comissão de Minas e Energia vota projeto que prevê fiscalização na aplicação da Cide A Comissão
de Minas e Energia realiza reunião ordinária nesta quinta-feira (22/06)
para votar, entre outras proposições, a Proposta de Fiscalização e Controle
97/05, que propõe verificar a regularidade da aplicação dos recursos arrecadados
com a Cide (contribuição sobre o combustível). A proposta, do deputado
Celso Russomanno, recebeu parecer pela aprovação do relator, deputado
Betinho Rosado (PFLRN). (Eletrosul - 21.06.2006) 4
Bahia e Califórnia estudam cooperação na área de energias renováveis A Aneel retirou da pauta da reunião semanal da terça-feira, 20 de junho, a regulamentação que trata da regularização de redes particulares de distribuição de energia. Segundo a Aneel, o motivo foi a necessidade de aperfeiçoamentos em questões relativas a investimentos prudentes e à fiscalização de cumprimento de metas estabelecidas. (Agência Canal Energia - 21.06.2006) Projeto de lei em tramitação na Câmara Municipal de Cuiabá (MT) cria o programa de incentivo ao aquecimento solar de água no município. O programa tem o objetivo de promover e fomentar o uso e o desenvolvimento tecnológico de sistemas de aproveitamento da energia solar para aquecimento de água em imóveis urbanos, bem como contribuir para minimização dos impactos ambientais causados pelas fontes de energia convencional. (Elétrica - 21.06.2006) A Associação
Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e Consumidores
Livres informou que Maria Patrícia Arce assumiu a diretoria-executiva
da instituição, no lugar de Paulo Ludmer. (Agência Canal Energia - 21.06.2006)
Empresas 1 Copel lança debêntures para captar R$ 600 mi A Copel
informou que vai lançar debêntures no mercado, visando a captar R$ 600
milhões e melhorar o perfil de endividamento. "A idéia é liquidar compromissos
de curto prazo. Vamos tirar proveito da receptividade do mercado a papéis
emitidos pela empresa para trocar as dívidas hoje existentes por outra
mais barata", informou o diretor Paulo Roberto Trompczynski. A operação
será coordenada pelo Banco do Brasil, mas a empresa não forneceu mais
detalhes sobre as taxas de remuneração. Trompczynski dissse que a as taxas
serão menores do que as garantidas nos papéis atualmente em circulação.
A dívida total da Copel - consolidada nas demonstrações financeiras encerradas
em 31 de março deste ano - é de R$ 1,9 bilhão, o que corresponde a 33,7%
do seu patrimônio líquido. A empresa também pretende fazer caixa para
participar dos novos leilões de usinas ofertadas pela Aneel. Entre os
alvos da paranaense Copel, estão as usinas de Salto Grande, no Rio Chopim,
Baixo Iguaçu, no Rio Iguaçu, e Mauá, no Rio Tibagi. (Gazeta Mercantil
- 22.06.2006) 2 Copel pode não aplicar integralmente reajuste médio de 5,12% A Copel estuda a possibilidade de não aplicar integralmente o reajuste médio de 5,12%, autorizado pela Aneel. Assim como fez em 2003, a companhia poderá conceder descontos para os consumidores que pagarem a conta de luz em dia. Segundo a estatal, a partir do aumento autorizado pela Aneel, a empresa concluirá as projeções de impacto ao consumidor e discutirá o tema com sócio majoritário - o governo do Estado. Para os consumidores de baixa tensão, o reajuste será negativo de 12,71%. Já os clientes ligados à alta tensão terão aumento de 1,44%. (Agência Canal Energia - 21.06.2006) 3 STJ desobriga Cteep de realizar repasse de aposentadorias especiais A Transmissão
Paulista está desobrigada de pagar proventos relativos à lei estadual
4.819/58, que trata das aposentadorias especiais. Segundo fato relevante
publicado pela companhia, o Superior Tribunal de Justiça decidiu que os
proventos instituídos pela lei estadual terão que ser pagos diretamente
pela Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo e não mais pela Fundação
Cesp, mediante repasse da Cteep. A medida anula a decisão da 49ª Vara
do Trabalho de SP, que obrigava o repasse de cerca de R$ 110 milhões pela
Cteep. (Agência Canal Energia - 21.06.2006) 4
Eletropaulo e Comgás vão compartilhar informações sobre redes subterrâneas
5 Aneel define tarifa que Cenf terá de pagar a Ampla por energia contratada A Aneel
homologou a cobrança, pela Ampla, de R$ 57,31 o MWh sobre as tarifas de
fornecimento de energia para a Cenf. Segundo a diretoria da Aneel, a tarifa
de energia a ser praticada no contrato entre as empresas deve ser o valor
resultante do leilão de energia existente, em dezembro de 2004. Com a
decisão, a Aneel atendeu a um pleito feito em recurso administrativo pela
Ampla, que fornece energia à Cenf. De acordo com a lei 10.848, distribuidoras
com demanda de até 500 GWh/ano ficam desobrigadas de adquirir energia
por meio do pool de energia formado nos leilões. A Ampla, segundo o processo
analisado na reunião, adquiriu energia no leilão para atender aos clientes
da Cenf, entre outros. (Agência Canal Energia - 21.06.2006) No pregão
do dia 21-06-2006, o IBOVESPA fechou a 34.546,64 pontos, representando
uma alta de 2,72% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 2,26
bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 0,85%,
fechando a 10.500,20 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte
comportamento: ficaram cotadas a R$ 42,80 ON e R$ 40,00 PNB, alta de 2,66%
e 1,65%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior.
Na abertura do pregão do dia 22-06-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas
a R$ 42,35 as ações ON, baixa de 1,05% em relação ao dia anterior e R$
40,15 as ações PNB, alta de 0,35% em relação ao dia anterior. (Investshop
- 22.06.2006)
Leilões 1 Leilão de energia nova: Instituto Acende Brasil analisa preços-teto O Instituto
Acende Brasil está avaliando os preços-teto estabelecidos pelo governo
para o leilão de energia nova A-3, que acontece dia 29 de junho. Os preços
fixados são de R$ 125 por MWh para hidrelétricas e de R$ 140 para termelétricas.
O presidente do Instituto, Claudio Sales, disse que as avaliações preliminares
indicam que os preços melhoraram, mas o governo poderia ter utilizado
a fixação destes valores como uma forma de garantir maior participação
de competidores na licitação. Para ele, um dos pontos que ainda precisam
ser revistos pelo governo é a questão relativa ao Uso do Bem Público de
usinas licitadas sobre o regime de maior ágio. (Agência Canal Energia
- 21.06.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 80,7% O nível
de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 80,7%, apresentando
queda de 0,3% em relação à medição do dia 19 de junho. A usina de Furnas
atinge 87,3% de volume de capacidade. (ONS - 20.06.2006) 2 Sul: nível dos reservatórios está em 28,1% A região Sul apresentou alta de 0,1% em relação à última medição, com 28,1% de capacidade armazenada. A usina de Machadinho apresenta 26,1% de capacidade em seus reservatórios. (ONS - 20.06.2006) 3 NE apresenta 92,2% de capacidade armazenada Apresentando
queda de 0,2%, o Nordeste está com 92,2% de sua capacidade de armazenamento.
O reservatório de Sobradinho opera com 92,5% de volume de capacidade.
(ONS - 20.06.2006) 4 Norte tem 96,6% da capacidade de armazenamento O nível
de armazenamento da região Norte está em 96,6%, apresentando queda de
0,5% em relação ao dia 19 de junho. A usina de Tucuruí opera com 97,4
% de volume de armazenamento. (ONS - 20.06.2006)
Gás e Termoelétricas 1 Empresários investem em biodiesel para exportação Empresários brasileiros, alemães, italianos e japoneses investem R$ 140 milhões na construção de duas usinas para fabricar biodiesel no interior São Paulo e de Minas Gerais, exclusivamente, para exportação. O investimento é liderado pela empresa Biodiesel Triângulo, de Iturama (MG), com recursos próprios. Os sócios estrangeiros bancarão 10% dos investimentos. De acordo com o diretor-presidente da Triângulo, Pedro Martins Filho, as usinas deverão produzir 220 milhões de litros de biodiesel por ano, todos destinados ao mercado externo, usando o pinhão-manso como matéria-prima. Martins Filho disse que a empresa fechou pré-contratos para a entrega de 120 milhões de litros de biodiesel a compradores do Japão e Alemanha a partir de 2008. Para atender à produção das duas usinas, serão plantados, inicialmente, 220 mil hectares de mudas de pinhão-manso por milhares de pequenos, médios e grandes agricultores. (Jornal do Commercio - 22.06.2006) 2 Alstom quer aumentar fornecimento nacional para novos projetos A Alstom
deve aumentar o fornecimento nacional para atender a demanda de novos
projetos de termelétricas no Brasil. A expectativa da empresa é atingir
50% nos próximos 10 anos para estas usinas. Atualmente, o fornecimento
nacional é da ordem de 30% a 35% de equipamentos e serviços utilizados
em projetos térmicos no País. Os demais equipamentos são importados. A
empresa vê nos indicativos brasileiros uma boa oportunidade para ampliar
a fabricação de equipamentos para termelétricas, já que, segundo o Plano
Decenal, o Brasil prevê um incremento substancial de energia térmica no
parque nacional nos próximos dez anos, o que significa dobrar a capacidade
instalada de geração térmica no País. Segundo Marcos Brandizzi, superintendente
de Desenvolvimento de Novos Negócios da Alstom, a estratégia é alinhar
a produção de equipamentos para termelétricas à medida que o mercado cresça
no Brasil. (Elétrica - 21.06.2006)
Grandes Consumidores 1 CRVD vai recomprar até R$ 2 bi em ações A Vale do
Rio Doce anunciou ontem um programa de recompra de até 48 milhões de ações
PNA. A operação, que tem prazo de 180 dias, equivale a 5% do montante
desses papéis em circulação no mercado. Com base no valor de fechamento
de ontem, a transação pode atingir R$ 1,95 bilhão. Na Bolsa, o papel fechou
com valorização de 5,76%, para R$ 49,71, com a segunda maior alta do dia
do Ibovespa. No comunicado enviado à CVM, a companhia explicou que vai
usar recursos do caixa para a recompra, que visa a manter a liquidez das
ações. Segundo a Vale, a operação também pretende corrigir a diferença
entre os múltiplos de mercado observados nas últimas semanas e o diferencial
de preços entre ações ordinárias e preferenciais. "O forte compromisso
com a disciplina na alocação do capital e a confiança nas perspectivas
da companhia e em sua capacidade de geração de valor para os acionistas
orientaram a decisão", diz trecho do documento. (Gazeta Mercantil - 22.06.2006)
2 Acesita vai ampliar área de distribuição no Cone Sul Até o fim
do ano a Acesita, fabricante de aços especiais ligada ao grupo Arcelor,
definirá seus novos investimentos no segmento de serviços, transformação
e distribuição de inox e aços siliciosos. A intenção da empresa é abrir
unidades no Sul do país, para atendimento no Cone Sul, e na Colômbia,
para distribuição para países do Pacto Andino. Essa expansão tem como
meta, a partir de 2007, ampliar para 5% a participação na área de serviços
no faturamento da Acesita. Hoje, esse valor é incipiente. Os números perseguidos
pela subsidiária estão muito longe da média apresentada pela Arcelor em
todo o mundo. Cerca de 25% do faturamento da divisão de aços especiais
foi originada por prestação de serviços. A empresa poderá adquirir ativos
de outras distribuidoras ou partir para a construção da nova usina. A
Acesita tem a perspectiva de recuperar o patamar de faturamento de 2004.
No ano passado, a empresa também foi atingida pelo fraco desempenho do
setor siderúrgico e viu suas vendas caírem 5%. (Valor Econômico - 22.06.2006)
Economia Brasileira 1 FGTS pode financiar projetos de infra-estrutura O presidente Lula pretende investir R$ 20 bilhões das reservas do FGTS na construção de estradas, portos, redes de esgoto e outros projetos, disse ontem o ministro do Trabalho, Luiz Marinho. O governo brasileiro pretende empregar as reservas do FGTS para criar um fundo para a implementação de projetos de infra-estrutura, disse. Ele considera pouco provável que os recursos do FGTS tenham de ser acionados para pagar garantias e benefícios aos trabalhadores. A proposta, que ainda está em estudo, prevê que os trabalhadores poderão investir parcelas de suas contas individuais do Fundo de Garantia em ações do novo fundo. "Pretendemos investir em infra-estrutura porque é disso que o Brasil precisa para impulsionar o crescimento da economia", afirmou. Os detalhes ainda estão sendo discutidos e o plano ainda precisa ser aprovado por Lula e pelo conselho curador do FGTS. (Gazeta Mercantil - 22.06.2006) 2 Captações e investimentos despencam O aumento da volatilidade nos principais mercados financeiros do mundo afetou drasticamente a taxa de rolagem dos empréstimos externos de médio e longo prazo ao setor privado brasileiro desde o início do mês. O fluxo de investimentos estrangeiros diretos para o país também despencou. Por outro lado, a desvalorização cambial acabou servindo para frear remessas de lucros e dividendos ao exterior. Esse foi, em resumo, o quadro descrito pelo chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, ao fazer um balanço parcial das contas externas do país no mês de junho. Considerando operações liquidadas até dia 21, ele percebeu que o volume captado pelas empresas em novos empréstimos externos de médio e longo prazos foi suficiente para financiar só 24% da dívida principal paga no período. Comparada com a média dos primeiros cinco meses de 2006 (296%) e com a de maio (172%), esta foi uma taxa de rolagem baixíssima, reconhece Lopes. O problema, na sua avaliação, não foi escassez de oferta de crédito e sim retração da demanda por novas captações. Diante do aprofundamento das incertezas do cenário internacional (juros norte-americanos, petróleo etc.) e do aumento do prêmio de risco pedido pelos investidores, muitas empresas preferiram não contrair a dívida neste momento. (Valor Econômico - 22.06.2006) 3
Meirelles: política monetária não muda 4 IGP-M aponta inflação de 0,56% O IGP-M
registrou inflação de 0,56% na segunda prévia de junho, segundo dados
da FGV. No mês anterior, na mesma base de comparação, a variação havia
sido de 0,34%. Os preços no atacado e na construção civil comandaram a
aceleração. O IPA variou 0,74% na segunda medição de junho, ante 0,38%,
no mesmo período de maio. Entre os Bens Intermediários, que teve sua taxa
elevada de 0,85%, em maio, para 1,35%, em junho, o principal destaque
coube ao subgrupo materiais e componentes para a manufatura. Em sentido
inverso, os Bens Finais registraram variação de -0,76%, ante -0,51%, no
mês anterior. O INCC passou de 0,53%, em maio, para 1,81%, em junho. No
mês anterior, esse grupo apresentou variação de 0,65%. Já os preços para
o consumidor retrocederam. O IPC registrou variação de -0,38%, na segunda
prévia de junho, ante 0,18%, em igual período de maio. A maior contribuição
para a redução da taxa partiu do grupo Alimentação, que recuou de -0,05%
para -1,76%. (Folha de São Paulo - 22.06.2006) O dólar
comercial abriu estável, cotado a R$ 2,233. Às 9h47, contudo, a moeda
via alta de 0,22%, a R$ 2,236 na compra e a R$ 2,238 na venda. Ontem,
o dólar caiu 0,57%, a R$ 2,231 na compra e R$ 2,233 na venda. Ao longo
do dia, as cotações subiram a R$ 2,257 no maior preço e recuaram a R$
2,232 no menor valor. De acordo com agentes no mercado, o giro interbancário
somou aproximadamente US$ 1,26 bilhão. (O Globo Online e Valor Online
- 22.06.2006)
Internacional 1 Ex-dirigente do BID defende nacionalização de gás A nacionalização
dos hidrocarbonetos anunciada pela Bolívia não é "algo estranho à prática
internacional", mas o assunto implica o "respeito aos contratos", afirmou
o uruguaio Enrique Iglesias, que defendeu a chegada ao poder de Evo Morales.
"A nacionalização do petróleo também funciona em muitos países. Não apenas
na Bolívia, não é verdade? Os brasileiros a praticam e os mexicanos também.
A nacionalização como tal não é algo estranho à prática internacional",
declarou o secretário-geral ibero-americano. Segundo o titular da Secretaria
Geral Ibero-americana, "o que é importante é que essas nacionalizações
sejam feitas com a observância dos contratos e per-mitam que os investimentos
estrangeiros exerçam poder de presença". "O assunto não deveria ser formulado
em termos de nacionalização, ou não. O que mais me preocupa é que haja
realmente um sistema jurídico que permita que as empresas possam funcionar,
ganhar razoavelmente e pagar os seus impostos", insistiu Iglesias, que
disse "compreender" as reclamações dos investidores. "Temos um período
de 180 dias" e "é possível conseguir um acordo", afirmou Iglesias, assegurando
que, segundo seu conhecimento, "há empresas que estão negociando de boa
fé". (Gazeta Mercantil - 22.06.2006) 2 AIE prevê agravamento do efeito-estufa As emissões
globais de dióxido de carbono vão crescer 75% até 2030, devendo atingir
43,7 bilhões de toneladas em 2030, contra 25 bilhões em 2003, afirmou
em seu relatório anual a Administração de Informação de Energia (AIE).
Até 2025, as emissões globais de CO2 podem atingir 40,05 bilhões de toneladas
por ano, aumento de 0,03% em relação à previsão do ano passado, disse
a AIE. A AIE disse que a combustão de carvão, que vem crescendo nos EUA,
Índia e China, pode superar o petróleo como maior fonte fóssil de emissão
de CO2 entre 2015 e 2030. A previsão não levou em conta os potenciais
efeitos de leis já existentes ou propostas, regulamentações ou padrões,
como o Protocolo de Kyoto, pacto internacional para a redução das emissões.
O relatório da AIE disse que, em quatro anos, as emissões de CO2 nos países
da Ásia que estão em rápido desenvolvimento, como China e Índia, superarão
as da América do Norte. (Gazeta Mercantil - 22.06.2006) 3 Presidente da Endesa diz que Iberdrola foi "irresponsável" O comportamento da Iberdrola no mercado atacadista de energia da bolsa espanhola de eletricidade foi "irresponsável". A acusação é do presidente executivo da Endesa, Rafael Miranda. "Por muito menos, algumas empresas foram alvo de batalhões de inspetores dos serviços da concorrência da Comissão Européia", realçou. Para o gestor, o comportamento da Iberdrola é por isso uma "irresponsabilidade", na medida em que ao condicionar a procura no mercado livre está manipulando esse mercado. "Se todos fizéssemos o mesmo, seria o fim do mercado", ressaltou Miranda. A Endesa, em conjunto com as outras elétricas Unión Fenosa e Grupo EDP, também questiona a legalidade do decreto espanhol que fixou um preço para os contratos de venda de energia entre empresas do mesmo grupo na bolsa espanhola. A legitimidade desta atitude está sendo analisada pelo regulador espanhol, a Comissão Nacional de Energia. (Elétrica - 21.06.2006) 4
Endesa espera aprovação da oferta da E.ON 5 Endesa quer investir em Portugal A Endesa
informou que quer investir mais de 1 bilhão de euros em Portugal nos próximos
três anos. O plano de investimentos de 2005 a 2009 vai privilegiar projetos
na área da produção de eletricidade com o objetivo de atingir em Portugal
uma capacidade de potência instalada de 1.300 MW. No ano passado a Endesa
investiu 150 milhões de euros na compra da Finerge, empresa de energias
renováveis da Somague/Sacyr. A Finerge tem um portfólio para desenvolver
320 MW de potência, sobretudo eólica, que representará investimento superior
a 300 milhões de euros. A elétrica espanhola fixou em 500 MW o objetivo
de potência instalada para as energias renováveis, com destaque para a
eólica. Na geração térmica, a Tejo Energia está avançada no desenvolvimento
de mais dois grupos a gás natural com potência superior a 800 MW que representarão
um investimento de 450 milhões de euros. A elétrica quer retomar a candidatura
com a EDP para dois grupos a gás natural de 400 MW para Sines. O objetivo
é ficar a gerir 800 MW de potência instalada em gás natural em Portugal.
A Endesa vai investir na plataforma tecnológica para entrar na venda de
eletricidade aos clientes domésticos, a partir de setembro próximo. (Elétrica
- 21.06.2006)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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