l IFE: nº 1.830 - 19
de junho de 2006 Índice Regulação e Reestruturação do Setor Empresas Leilões Oferta e Demanda de Energia Elétrica Gás e
Termelétricas Grandes
Consumidores Economia Brasileira Internacional Regulação e Reestruturação do Setor 1 Aneel propõe manutenção do IGP-M na metodologia de revisão tarifária As atenções
dos executivos do setor elétrico estão voltadas para a nova rodada de
revisões tarifárias, que começa em 2007 e cujas regras começam a ser discutidas
pela Aneel. Um dos principais pontos em discussão se refere à correção
da base de remuneração dos ativos. Pela minuta divulgada pela agência,
a proposta é a manutenção da metodologia de 2003. Sobre essa base da primeira
rodada de revisões, seria adotada a correção pelo IGP-M do período. (Valor
Econômico - 19.06.2006) 2 Empresas divergem com relação à manutenção do IGP-M A proposta da
Aneel de manter o IGP-M para correção da base de remuneração desagradou
algumas empresas de energia, que investiram pesado na modernização de
suas redes recentemente. Houve, segundo executivos de algumas companhias,
aumento vultoso na aplicação de recursos nas redes, porque os itens que
compõem a maior parte dos custos do setor elétrico tiveram aumento superior
ao IGP-M. Alguns executivos defendem a adoção a coluna 40 ou 41 da FGV,
indexadores que refletem melhor a alta do preço das commodities que compõem
os ativos de energia: alumínio (fio); cobre (transformadores); aço (torres)
e cimento (postes). A adoção em cima dessa base pelo IGP-M, que ultimamente
tem mostrado baixas variações, não mostraria a realidade do setor. Nem
todas as concessionárias defendem a troca do IGP-M. A coluna 40 da FGV,
abrange os preços de motores e geradores, e acumulou alta de 41,8% nos
anos de 2004 e 2005. Já a coluna 41, que reúne a variação dos preços de
outros materiais elétricos, acumulou elevação de 19,8% no período. O IGP-M,
ao mesmo tempo, subiu 13,62%. Neste ano, até maio, os preços da lista
40 subiram 3,56% e os da 41 avançaram 18,71%. O IGP-M, por sua vez, teve
alta de apenas 0,65%. (Valor Econômico - 19.06.2006) 3 Economista da FGV: listas de produtos que compõem colunas 40 e 41 são muito restritas Salomão Quadros,
economista da FGV, acredita que essas duas listas de produtos são muito
restritas para captar os aumentos de custos do setor elétrico. Elas não
englobam, por exemplo, os custos com salários. Além disso, "cada estágio
do setor (transmissão, geração) tem uma estrutura de custos", completa.
(Valor Econômico - 19.06.2006) 4 Abradee questiona metodologia utilizada no primeiro
ciclo de revisões 5 Relatório do Pactual analisa proposta da Aneel sobre revisão tarifária O Banco Pactual
divulgou relatório analisando o conteúdo da minuta exposta pela Aneel.
Coordenado pelo analista do banco, Pedro Batista, o relatório mostra que,
pela metodologia exposta pela Aneel, o retorno médio das empresas poderá
cair de 17% para 15,4% . A estrutura de capital considerada como "ideal"
pela Aneel, de 50% de capital próprio e 50% de terceiros também é considerada
insatisfatória por Batista. Segundo ele, o ideal é 60% de "equity" e 40%
de empréstimos. O principal questionamento do analista do Pactual são
os dados impostos pela chamada "empresa modelo", que na visão de Batista
são irreais. A inadimplência considerada pela companhia de referência
é de 0,2% do faturamento líquido, índice que nenhuma concessionária real
conseguiu atingir. Mesmo com todas as melhorias operacionais, a faixa
média de inadimplência do setor é hoje de 3%. (Valor Econômico - 19.06.2006)
6 Pactual: pontos positivos da metodologia de reajuste tarifário Dentre os pontos
positivos destacados pelo relatório do Banco Pactual, estão a eliminação
do índice de satisfação do consumidor na composição do Fator X. Outro
fator que agradou ao mercado foi a proposta de compartilhamento de receitas
adicionais entre concessionária e consumidor. A metodologia antiga exigia
que todos os ganhos extraordinários deveriam ser repassados ao consumidor,
exclusivamente, o que impedia investimentos das empresas em outros projetos.
(Valor Econômico - 19.06.2006) 7 Pactual: manutenção do IGP-M traz estabilidade Segundo o analista do banco Pactual, Pedro Batista, a metodologia proposta pela Aneel beneficia algumas empresas e prejudica outras, daí a falta de consenso. Mas, para ele, o mais importante dentro de um processo regulatório é a estabilidade. "A manutenção do IGP-M é positiva sob esse ponto: traz previsibilidade para o investidor". 8 Merrill Lynch tem avaliação positiva
para o setor elétrico 9 Aneel ajusta regulamentação que trata de multa por falta de combustível A Aneel aperfeiçoou
a regulamentação que trata das penalidades para térmicas que tiverem indisponibilidade
de geração devido à falta de combustível. Segundo a Aneel, a nova regra
prevê a aplicação de um sistema gradual de penalidades. A multa a ser
aplicada aumentará de acordo com o número de meses em que ocorrer a falta
do combustível. O novo método de cálculo do valor das multas será implantado
até janeiro de 2007, por meio de regra e de procedimento de comercialização
elaborada pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. Ainda de
acordo com a Aneel, a penalidade será paga pelo fornecedor do combustível
ao gerador, tendo como base de cálculo o Preço de Liquidação de Diferenças
Máximo gradualmente multiplicado pelo montante de energia não gerado,
em função do período em que a termelétrica não operou. (Agência Canal
Energia - 16.06.2006) 10 Aneel: municípios goianos receberão recursos da CFURH O governo federal publicou portaria 132, que aprova a regulamentação de lâmpadas fluorescentes compactas. A regulamentação define os índices mínimos de eficiência energética das lâmpadas e determina, entre outros pontos, que as embalagens devem conter o índice de eficiência energética do produto. O Inmetro fará a avaliação e verificação dos índices mínimos de eficiência. (Agência Canal Energia - 14.06.2006) A Aneel liberou para operação em teste as unidades geradoras 2 e 3 da PCH São Bernardo, no Rio Grande do Sul. A CJ Energética começou a fazer os testes nas turbinas de 5 MW, cada, na última quinta-feira, 15 de junho, na unidade 2. A empresa inicia os testes da unidade 3 a partir do dia 20. (Agência Canal Energia - 16.06.2006) A Aneel liberou as unidades geradoras 1 e 2 da UTE Aeroporto de Maceió, localizada em Maceió, em Alagoas, para início de operação em teste, a partir do dia 16 de junho. As unidades geradoras da térmica, de propriedade da empresa BR Distribuidora, possuem 395 kW cada. A Aneel determinou que a Petrobras deverá enviar a SFG, no prazo de até 60 dias, após a data de conclusão de operação em teste, o relatório final de testes e ensaios, ratificando ou retificando as potências das unidades geradoras. (Agência Canal Energia - 14.06.2006)
Empresas 1 Cesp discute adesão ao Nível 1 da Bovespa A Cesp realiza
no dia 30 de junho assembléia geral extraordinária com os acionistas para
deliberar sobre a adesão da companhia ano Nível 1 da Bolsa de Valores
de São Paulo. A reunião também discutirá itens importantes para viabilizar
essa adesão, como inclusão de disposição no Estatuto Social da empresa
em que estabelece a obrigatoriedade em no mínimo 20% de participação de
membros independentes no Conselho de Administração e a utilização de arbitragem
perante a Câmara de Arbitragem do Mercado da Bovespa, por exemplo. A assembléia
discutirá ainda a criação de uma nova classe de ações preferenciais da
classe B, nominativas escriturais e sem valor nominal. (Agência Canal
Energia - 14.06.2006) 2 Tractebel espera que clientes livres respondam por 50% da receita em cinco anos A Tractebel Energia espera que os consumidores livres respondam por até 50% da receita nos próximos cinco anos. Até março deste ano, esses consumidores já representavam 22% da receita da geradora, marca 1% superior à que este grupo representou em todo o ano de 2005. Segundo Manoel Zaroni, presidente da Tractebel Energia, essa força que o mercado livre está ganhando na carteira da geradora faz parte da estratégia adotada para maximizar o portfólio de clientes e, conseqüentemente, equilibrar a receita. Entre as ações adotadas pela empresa, estão maior relacionamento com clientes industriais, oferta de preços competitivos e flexibilidade de produtos. Esse plano tem ajudado a Tractebel a atrair grandes clientes industriais. Prova disso é que, hoje, a carteira de clientes da companhia é composta por 30% de consumidores livres. (Agência Canal Energia - 14.06.2006) 3 Eletronorte assina contrato para subestação em RR A Eletronorte
assinou contrato para a construção da Subestação Distrito Industrial,
em Boa Vista (RR). A unidade será alimentada por uma linha de transmissão
de 26 quilômetros em 69 KV, que a ligará à Subestação Boa Vista. A implantação
desta linha está em fase de contratação. As duas obras estão orçadas em
R$ 30 milhões e devem ser energizadas até março de 2007. A linha de transmissão
e a subestação vão ampliar o atendimento e garantir maior oferta de energia
e segurança aos serviços da CER em regiões do interior hoje abastecidas
por sistemas descentralizados. Com estas duas obras, a Eletronorte amplia
a oferta de energia trazida da Venezuela pela Linha de Transmissão Guri,
em 230 KV. (Investnews - 16.06.2006) 4 Celesc não encontra comprador para participação
na Casan 5 Celesc encontra dificuldades para privatizar PCHs A Celesc encontra
dificuldade para colocar em movimento o processo de privatização de 12
PCHs. Gerson Berti, diretor Financeiro da distribuidora, aguarda resposta
da Aneel para questionamentos enviados pela Celesc e a prorrogação do
prazo de concessão das usinas. "Parece que a Aneel está encontrando dificuldades
em renovar os contratos das usinas", disse. Por isso, a Celesc já pediu
a prorrogação do prazo de conclusão de desverticalização das operações
de 30 de junho deste ano para 30 de março de 2007. (Agência Canal Energia
- 14.06.2006) 6 Celesc lança edital para construção de LT A Celesc lançou
no dia 15 de junho, o edital da licitação para construção da linha de
transmissão Palmitos - Mondaí. Segundo a Celesc, o edital prevê, a partir
da subestação Palmitos, a construção de uma LT em 138 kV e 29,5 quilômetros
de extensão, e da subestação Mondaí, além de uma SE simplificada em 23
mil volts.(Agência Canal Energia - 16.06.2006) 7 AES Sul antecipa resgate de debêntures A AES Sul resgatará
antecipadamente as debêntures da primeira emissão que estão em circulação.
Segundo aviso divulgado nesta sexta-feira, 16 de junho, a distribuidora
fará o resgate do saldo dos títulos no próximo dia 30 de junho. Em 2001,
a companhia lançou R$ 250 milhões em debêntures da primeira emissão, em
duas séries, com o objetivo de reestruturar o passivo. (Agência Canal
Energia - 16.06.2006) 8 Coppe repassará para Celpa planta piloto de biodiesel A Coppe pretende repassar a Celpa uma planta de biodiesel para o desenvolvimento de pesquisas sobre o combustível alternativo na região Norte. Segundo o coordenador do Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais (IVIG) da Coppe, Luiz Pinguelli Rosa, o objetivo é permitir a análise da viabilidade de projetos de combustíveis alternativos na geração elétrica em sistemas isolados. Para Pinguelli, o uso do biodiesel na geração térmica pode ajudar na redução dos subsídios pagos atualmente pelas demais gerações, ao substituir o óleo diesel por combustíveis obtidos através da produção local. (Agência Canal Energia - 16.06.2006) A Elektro participa nos dias 19 e 20 de junho, em São Paulo, da "Conferência Internacional 2006 - Empresas e Responsabilidade Social", realizada pelo Instituto Ethos. O tema da conferência deste ano é o papel da empresa socialmente responsável em uma sociedade sustentável. (Agência Canal Energia - 16.06.2006) A CEEE divulga licitação para aquisição de transformadores de potência e de corrente. O prazo vai até o dia 20 de junho. A Manaus Energia abre licitação para aquisição de cabos elétricos. O prazo acaba no dia 27 de junho. (Agência Canal Energia - 16.06.2006) A Chesf abriu licitação para contratação de serviços de adequações e melhorias do sistema de controle, proteção e supervisão, através da ampliação da base de dados e substituição da remota, na subestação de Banabuiu (CE). O prazo acaba no dia 23 de junho. (Agência Canal Energia - 16.06.2006) Com 16 anos de atuação exclusiva em engenharia ambiental, a Habtec Engenharia vai manter nos setores de petróleo e gás e energia elétrica o foco de suas atividades. O segmento energético vem sendo um dos principais responsáveis pelos resultados recentes da empresa, que vem dobrando a cada cinco anos. (Jornal do Commercio - 19.06.2006)
Leilões 1 Leilão de energia nova: entrega de documentos para pré-qualificação deve ser feita nesta semana A entrega dos
documentos para a pré-qualificação e das garantias financeiras e de proposta
dos participantes do próximo leilão de energia elétrica proveniente de
novos empreendimentos de geração, classificado como A - 3, está marcada
para esta quarta-feira (21/06). A documentação deverá ser apresentada
das 9h às 14h na Avenida Paulista, 1.415,1º andar, em São Paulo. O resultado
da pré-qualificação será divulgado no dia 26 pela Comissão Especial de
Licitação da Aneel. (APMPE - 16.06.2006) 2 Leilão A-5: Estudos de viabilidade técnico-econômica de hidrelétricas estão disponíveis Os estudos de viabilidade técnico-econômica de usinas hidrelétricas cujas concessões serão ofertadas no leilão de energia de novos empreendimentos A - 5 estão disponíveis na Secretaria de Licitações da Aneel. O endereço é SGAN Quadra 603 - Módulo "J", 2º Andar, Ala Oeste, sala 206, em Brasília - DF. O leilão será realizado no dia 5 de setembro. A portaria relaciona as usinas Barra do Pomba, Cambuci, Dardanelos, Mauá e Salto Grande. O leilão ofertará energia de novos empreendimentos de geração de fonte hidráulica ou térmica com prazo para início de entrega em 2011. (APMPE - 16.06.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Presidente da Eletrobrás descarta racionamento Para o presidente
da Eletrobrás, Aloísio Vasconcelos, não há risco de um novo racionamento
de energia, já que o Governo Federal retomou o planejamento do setor elétrico.
Conforme Vasconcelos, a projeção da Aneel, de inexistência de empreendimentos
de geração livres de restrições para operação a partir de 2009, não deve
incluir usinas cujas obras foram retomadas pelas subsidiárias da Eletrobrás.
A Eletrobrás prevê colocar em operação algumas usinas como a hidrelétrica
de Serra do Facão em 2009, a hidrelétrica de Foz do Chapecó, no Sul do
país, em 2009 ou 2010. Vasconcelos acrescentou a existência de novos projetos
de hidrelétricas no Rio Madeira e também de futuros investimentos por
parte do governo federal em energia eólica, biomassa e solar, ainda não
catalogado pela Aneel. No planejamento da Eletrobrás, há ainda a previsão
de aquisição de participação da usina de Salto do Pilão, de 182,5 MW,
que está com obras paralisadas, e estudos para a construção da termelétrica
a carvão de Ceival, de 500 MW, no Rio Grande do Sul, em associação com
a Construtora Andrade Gutierrez. (Hoje em Dia - 19.06.2006) 2 ONS faz balanço positivo do SIN durante jogo do Brasil O ONS fez uma avaliação positiva do desempenho da operação do Sistema Interligado Nacional na estréia do Brasil na Copa do Mundo no dia 13 de junho. Segundo o ONS, as medidas operativas preventivas adotadas pelos agentes garantiram uma operação normal no controle de tensão e freqüência. O ONS disse ainda que não foram verificadas sobrecargas em equipamentos e nem violações dos limites operativos durante a partida. (Agência Canal Energia - 14.06.2006) 3 Apagões afetam túneis em ida para a Baixada Santista Os motoristas
que viajam entre a capital paulista e a Baixada Santista têm enfrentado
blecautes nos túneis do sistema Anchieta - Imigrantes, onde há a praça
de pedágio com a maior tarifa de São Paulo -R$ 14,80. Dos cinco apagões
ocorridos em 2006, no dia 20 de maio, a escuridão durou duas horas. A
Ecovias, concessionária responsável pelas rodovias desde 1998, diz que
não houve acidentes por conta dos blecautes. As explicações ainda são
divergentes. A Ecovias e a CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz) dizem
que estão se reunindo para tentar achar uma solução. (Folha de São Paulo
- 14.06.2006)
De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 17/06/2006 a 23/06/2006. Tabela
Fonte: www.ccee.org.br
Gás e Termoelétricas 1 Produção de petróleo e gás natural da Petrobras cresce 1% em maio A produção de petróleo e gás natural da Petrobras no Brasil e no exterior em maio, em boe, apresentou a média diária de 2.319.469 barris/dia, 1% superior à de abril de 2005. Em relação a maio de 2005, a produção total da Petrobras aumentou 2%. Considerando os campos nacionais, a produção de petróleo e gás natural chegou a 2.078.945 barris/dia, mantendo-se no mesmo nível do mês anterior e 3% maior que a de maio de 2005. No exterior, a produção total da Companhia (petróleo e gás) foi de 259.863 boe diários, registrando um crescimento de 1,9% em relação ao mês anterior. A produção de gás natural no Brasil alcançou, em média, 45 milhões 471 mil metros cúbicos diários, mantendo estabilidade em relação à do mês anterior. (Investnews - 16.06.2006) 2 Negociações sobre preço de gás boliviano devem começar em julho As negociações
sobre o preço do gás natural que a Bolívia exporta ao Brasil começarão
em julho, anunciou o presidente boliviano, Evo Morales. Morales disse
que as conversas com as autoridades brasileiras terão início após a definição
de um novo contrato entre bolivianos e argentinos sobre a mesma questão.
"No dia 29 (de junho) teremos uma reunião em Buenos Aires. (...) Imediatamente,
a comissão de hidrocarbonetos terá que avançar com o Brasil". O líder
boliviano viajará na ocasião a Buenos Aires para assinar com o presidente
da Argentina, Néstor Kirchner, o novo acordo. Assim, concluiu-se uma longa
negociação, embora não tenha sido divulgado o preço que a Argentina pagará
pelo gás boliviano. Para as negociações com o Brasil, o governo boliviano
enviou há uma semana à Petrobras uma "notificação amistosa". (Gazeta Mercantil
- 19.06.2006) 3 Demora para obter acordo aumenta pressão sobre a YPFB A demora em
se obter um acordo com a Petrobras começa a elevar a pressão sobre a YPFB.
Um mês e meio depois de o governo Evo Morales lançar o decreto de nacionalização
de gás, a Petrobras, informou uma fonte do Itamaraty, começa a considerar
a situação sob maior controle. "O tempo agora corre contra a Bolívia e
não contra a Petrobras na questão do preço. A empresa segue o que determina
o contrato e se sente respaldada por este", explica. Seguir o contrato,
para a Petrobras, significa duas opções para a Bolívia. A primeira seria
a de notificar a estatal brasileira sobre o desejo de alterar os preços
do gás natural. A Petrobras já disse que recusará a proposta caso receba.
Neste caso, a opção da YPFB é a de recorrer a corte arbitral nos Estados
Unidos. Ninguém considera crível uma terceira opção: a do rompimento do
contrato porque a necessidade de derivados da Bolívia está atrelada à
necessidade de exportação de gás para o Brasil. A YPFB enviou um comunicado
à Petrobras para a discussão do preço, mas esta convocação não foi aquela
prevista no contrato de fornecimento de gás, o GSA (Gas Supply Agreement).
Foi um pedido para debater o preço. Assim, como não se refere a uma notificação
nos moldes previstos no GSA o prazo de 45 dias, a partir do qual caberia
arbitragem, sequer começou a contar. (Jornal do Commercio - 16.06.2006)
4 Santa Catarina registra aumento no consumo de gás natural Mais de um mês
depois do início da crise do gás, não se registrou rompimento de contratos
ou substituição do combustível na matriz energética de Santa Catarina.
O presidente do Sindicato das Indústrias Cerâmicas da região Sul do Estado,
Luiz Alexandre Zugno, afirma que o gás natural continua sendo o combustível
economicamente mais viável e o ambientalmente mais correto. O "efeito
Bolívia" também não conseguiu arrefecer as vendas da SCGás que registrou,
em maio, mais um recorde de vendas no estado. O volume total comercializado
chegou a 45,6 milhões metros cúbicos, com a média diária de 1,473 milhões
de metros cúbicos. Zugno diz que as indústrias do setor cerâmico, que
consomem 51% do insumo distribuído no estado, têm projetos alternativos
a médio prazo para serem implantados, caso o gás natural venha a subir
muito de preço. O presidente em exercício da SCGás, diz que para a indústria
e o mercado urbano o reajuste da tarifa continua em avaliação. Segundo
ele, a empresa pretende manter a tarifa fixa até o final do ano, "desde
que não ocorram alterações significativas no cenário macroeconômico".
(Gazeta Mercantil - 19.06.2006) 5 Repsol aposta no aumento do mercado de GLP A Repsol YPF quer ganhar mercado no segmento de gás liquefeito de petróleo (GLP) e aposta na experiência acumulada nos 11 países onde atua para oferecer soluções integradas de energia. A empresa está voltando ao clube de sócios do Sindigás e o diretor da divisão de GLP da Repsol YPF no Brasil, Marcos Capdepont Pacheco, explica que está vendo com otimismo a retomada do mercado brasileiro de GLP. A empresa já detectou uma reação de algumas indústrias diante do temor de queda do suprimento de gás natural por problemas na América Latina, notadamente a Bolívia. "O mercado daqui é muito antigo e caiu por causa da introdução do gás natural na matriz energética. Mas agora, algumas empresas que migraram do óleo para o gás natural temem problemas na América Latina e precisam de um estoque seguro", afirma Capdepont. Como o GLP tem mais poder calorífero do que o gás natural e é fácil de transportar, o executivo conta que as empresas que distribuem o produto já começam a ser sondadas por potenciais clientes interessados em ter um segundo combustível, no caso uma alternativa ao gás natural. (Valor Econômico - 19.06.2006)
Grandes Consumidores 1 Suzano pretende assumir vice-liderança mundial em celulose À frente da
presidência da Suzano Papel e Celulose, uma das maiores produtoras da
América Latina, Antonio Maciel Neto terá a missão de conduzir a companhia
à vice-liderança mundial em celulose e, para isto, apóia-se na conclusão
do projeto Mucuri, que aumentará a produção de atuais 550 mil toneladas
para 1,5 milhão de toneladas por ano em 2009. Os investimentos são da
ordem de US$ 1,3 bilhão. "Em 2008 já produziremos 900 mil toneladas",
disse o executivo. O Mucuri consiste na construção de segunda linha de
produção de celulose na unidade industrial localizada no sul do Estado
da Bahia. O início das operações está previsto para outubro de 2007. Para
garantir mercado consumidor, a Suzano Papel e Celulose deve inaugurar
em 1º de julho escritório na Europa. No primeiro semestre de 2007 é a
vez da Ásia ganhar um escritório. Segundo Maciel Neto, os recursos necessários
para a implantação do projeto estão praticamente financiados. (Jornal
do Commercio - 16.06.2006) 2 Suzano registrou lucro de R$ 152,2 mi no primeiro trimestre No primeiro
trimestre deste ano, a Suzano Papel e Celulose registrou lucro líquido
de R$ 152,2 milhões, o que significa um crescimento de 67,2% em relação
ao mesmo período de 2005. A dívida chegou a US$ 1,15 bilhão. Esse endividamento
deve-se, principalmente, ao empréstimo feito para a compra da Ripasa em
parceria com a Votorantim Celulose e Papel (VCP), no ano passado. "Absorvemos
50% da dívida da Ripasa", explicou Maciel Neto. O endividamento financeiro
líquido da empresa em 31 de dezembro de 2005 era de R$ 608,1 milhões.
"Até o final do ano a dívida total da Suzano Papel e Celulose pode chegar
a US$ 1,9 bilhão, mas isso está previsto pelo analistas", ponderou o executivo.
(Jornal do Commercio - 16.06.2006) 3 Akzo vai instalar nova fábrica para atender a Suzano O grupo químico
holandês Akzo Nobel anunciou que planeja investir 15 milhões de euros
em uma nova fábrica de dióxido de cloro no Brasil. A unidade abastecerá
a fábrica de celulose de Mucuri da Suzano Papel e Celulose, no sul da
Bahia, e começará a operar em agosto de 2007. A Eka Chemicals, unidade
da Akzo Nobel de químicos para celulose e papel, atualmente opera em Mucuri
uma fábrica de dióxido de cloro com capacidade para 25 toneladas/dia,
informou a empresa. (Gazeta Mercantil - 19.06.2006) 4 MMX prepara oferta pública de ações Falta pouco
para a oferta pública de ações da MMX Mineração e Metálicos S.A., empresa
que reunirá três empreendimentos de mineração e siderurgia distribuídos
entre o Amapá, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. Para O empresário Eike
Batista não divulgou oficialmente quanto espera arrecadar com a venda
de ações. Na semana passada, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aprovou
a primeira versão do prospecto sobre o empreendimento. É por meio desse
documento que o empresário tentará convencer investidores brasileiros
e estrangeiros. A MMX tem como "ativos" basicamente direitos minerários,
ou mais precisamente o direito de pesquisar em glebas que, se supõe, têm
muito minério de ferro. A empresa já pagou R$ 254 milhões em compra de
concessões e de direitos minerários. O projeto prevê a construção de um
"minerioduto" de 550 km , de Minas Gerais até o Rio de Janeiro. Em São
João da Barra (RJ), seria construído o terminal do Porto do Açu, com uma
indústria de pelotização. No Amapá, seria construída uma indústria de
ferro-gusa e um terminal portuário. Em Corumbá (MS), está prevista uma
indústria de ferro-gusa e outra de produtos semi-acabados. O produto seria
levado por barcaças, pelo Rio Paraguai, para ser exportado pela Argentina.
(O Estado de São Paulo - 19.06.2006)
Economia Brasileira 1 Balança comercial registra superávit de US$ 17,4 bi A balança comercial brasileira acumula no ano, até o dia 18 de junho, superávit de US$ 17,429 bilhões. No período, as exportações somam US$ 55,256 bilhões e as importações, US$ 37,827 bilhões. As informações são da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento (Secex). No ano, a média diária de vendas ao exterior é de US$ 484,7 milhões e a de compras, de US$ 331,8 milhões. As contas do comércio exterior nacional registraram superávit de US$ 654 milhões na terceira semana de junho (dias 12 a 18 ), com quatro dias úteis. O saldo é resultado de exportações de US$ 1,91 bilhão e de importações de US$ 1,256 bilhão. (Valor Econômico - 19.06.2006) 2 IPC-S registra deflação em cinco capitais Cinco das sete capitais que fazem parte do levantamento do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) registraram deflação no mês terminado em 15 de junho, conforme dados da FGV. Apenas duas capitais tiveram aumento de preços. Em Salvador, o IPC-S reverteu a baixa de 0,02% na semana até o dia 7 de junho para um aumento de 0,02% até a semana encerrada no dia 15. Em Recife, a tendência de alta perdeu força, com o indicador passando de 0,59% no mês até o dia 7 para 0,20% na leitura seguinte. Dentre as cinco capitais com queda nos preços, Porto Alegre saiu de um incremento de 0,10% para deflação de 0,14% no mês até dia 15. Nas outras, o IPC-S passou de uma queda de 0,01% para uma baixa de 0,05% em Belo Horizonte e de um decréscimo de 0,39% para um de 0,49% em Brasília. No Rio de Janeiro, o IPC-S cedeu 0,23% depois de um recuo de 0,09% no mês fechado no dia 7. Em São Paulo, o indicador cedeu 0,73%, sucedendo um declínio de 0,7%. (Valor Econômico - 19.06.2006) 3 Volume de consultas ao BNDES cresce 9% de janeiro a maio O dólar comercial
abriu em queda, cotado a R$ 2,2410. Às 9h24, porém, a moeda subia 0,17%,
a R$ 2,247 na compra e a R$ 2,249 na venda. Na sexta-feira (16/06), o
dólar caiu 1,62%, a R$ 2,243 na compra e R$ 2,245 na venda. Ao longo do
dia, a cotação chegou R$ 2,2620 no maior preço e R$ 2,2440 no menor valor,
sempre em queda. De acordo com agentes no mercado, o giro interbancário
somou aproximadamente US$ 921 milhões. (O Globo Online e Valor Online
- 19.06.2006)
Internacional 1 Parlamento russo confirma monopólio de exportação da Gazprom A câmara baixa
do Parlamento russo adotou um projeto de lei que dá força jurídica ao
monopólio do Gazprom nas exportações de gás, recusando pedidos europeus
de liberalização deste mercado. A segunda leitura está prevista para o
próximo dia 28. A poucas semanas da cúpula do G-8, de 15 a 17 de julho,
em São Petersburgo, a Duma recusa assim os pedidos da União Européia (UE),
preocupada por sua excessiva dependência do gás russo. Os europeus querem
que a Rússia abra seu mercado para reforçar a segurança energética. No
total, 26% do consumo de gás da UE são garantidos pela Gazprom. A Rússia
se queixa, por sua vez, do fato de a UE tentar impedir que a Gazprom tenha
participação em companhias européias de distribuição de gás. (Jornal do
Commercio - 17.06.2006)
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