l

IFE: nº 1.827 - 12 de junho de 2006
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Aneel critica peso de tributos na conta de luz
2 Brasil estuda projetos de energia na América Central
3 Rio Madeira: Apine reitera preocupação com custos de transmissão
4 RTE: distribuidoras e geradoras terão dificuldades legais para recuperar passivo
5 Grupo americano explorará créditos de carbono no Brasil
6 Curtas

Empresas
1 Cemig espera decisão da Justiça para iniciar operação de Irapé
2 IASC: Cemat está entre as piores do país
3 Koblitz capta centrais hidrelétricas
4 Enel compra onze centrais hidrelétricas no Brasil
5 Saelpa corta energia de 25 prefeituras
6 Andrade Gutierrez vai investir no setor de energia
7 Cotações da Eletrobrás
8 Curtas

Leilões
1 Leilão de energia nova: Aneel realiza reunião para esclarecimentos
2 Seival pode participar de leilão em setembro
3 Eleja pretende incluir Jacuí 1 no leilão de A-5

4 Comerc realiza leilão de compra de energia

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Preço Spot - CCEE

Gás e Termelétricas
1 Petrobras tenta diminuir "efeito Bolívia"
2 Bolívia vai reajustar em 11% gás para Petrobras
3 Petrobras discorda de reajuste além do previsto
4 Petrobras inicia obras do gasoduto Cabiúnas-Vitória
5 Mitsui faz aposta na área de gás e termeletricidade
6 Analistas divergem sobre construção de Angra 3

Grandes Consumidores
1 CRVD: China deverá ser referência para preço do ferro
2 CBA avança em projeto de produção de bauxita

Economia Brasileira
1 FIDC pode chegar a R$ 16 bi em 2006
2 Produção industrial cai em seis das 14 regiões pesquisadas em abril

3 Balança comercial apresenta superávit de US$ 790 mi
4 IPC da Fipe registra deflação de 0,38%
5 Focus: previsão de nova queda nos juros
6 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Argentina aceita aumento do preço de gás
2 Bolívia negocia tratado de gás com Paraguai
3 Diplomatas de Índia e EUA discutem cooperação nuclear
4 Empresa americana testa nova forma de produzir energia

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Aneel critica peso de tributos na conta de luz

Diante dos protestos de parlamentares contra as altas contas de luz no país, o presidente da Aneel, Jerson Kelman, alegou que 50% dos valores pagos pelos consumidores correspondem a encargos e tributos. Segundo ele, a população arca hoje com subsídios não apenas para famílias de baixa renda, mas também para a Região Norte e para a produção de energia eólica. "Isso acaba ultrapassando a capacidade de pagamento dos consumidores", explicou Kelman. "Seria melhor reduzir esses encargos, mantendo nas contas apenas os subsídios para os mais pobres, por exemplo", disse Kelman. (Eletrosul - 09.06.2006)

<topo>

2 Brasil estuda projetos de energia na América Central

O Brasil poderá participar do esforço dos países da América Central para o desenvolvimento dos mercados locais de petróleo, eletricidade, gás natural e de fontes alternativas de energia, como álcool e biocombustíveis. Os países da região têm um plano de construir uma refinaria de petróleo com capacidade para processar 360 mil barris/dia. O projeto de construção da refinaria terá termelétrica associada. Uma eventual participação do Brasil também está no horizonte: "A Petrobras poderia participar do negócio se encontrar no mercado cerca de 130 mil barris de petróleo/dia, que irão se somar aos 230 mil barris/dia a serem fornecidos pelo México. O projeto, que prevê exportação de combustíveis para a Califórnia (EUA), é rentável", avalia Marcelo Antinori, coordenador do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para o Plano Puebla Panamá (PPP). (Valor Econômico - 12.06.2006)

<topo>

3 Rio Madeira: Apine reitera preocupação com custos de transmissão

O presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica, Luiz Fernando Vianna, disse que a Apine ainda está preocupada com os custos de transmissão que serão demandados com a construção do complexo do Rio Madeira (6.450,4 MW). Segundo Vianna, o governo precisa dar um sinal correto para a obra, com a inclusão das despesas com a conexão da usina aos custos do empreendimento. A previsão de investimentos para conectar o complexo está estimada em R$ 10 bilhões. Vianna explicou que o projeto prevê duas conexões do complexo à rede básica, uma entre Santo Antônio e Porto Velho e outra entre Porto Velho e São Paulo. Uma das alternativas envolve a adoção de corrente contínua entre a capital rondoniense e o centro de carga, o que pode impactar nos custos. "Ainda não tivemos sinalização a respeito desse pleito", disse Vianna, referindo-se à possibilidade de a usina Santo Antônio (3.150,4 MW) ser licitada ainda este ano, após o leilão de energia nova A-5, previsto para o dia 5 de setembro. (Agência Canal Energia - 09.06.2006)

<topo>

4 RTE: distribuidoras e geradoras terão dificuldades legais para recuperar passivo

As distribuidoras e geradoras terão dificuldades legais para recuperar o passivo, avaliado entre R$ 900 milhões e R$ 1 bilhão, gerado com a isenção da RTE para os clientes livres, na avaliação do advogado Pedro Luis Serafim. Segundo ele, a saída mais viável para atender aos dois segmentos seria a implementação de uma nova lei para alterar a 10.438/2002, que criou o encargo, com o objetivo de refazer o equilíbrio das empresas após a decisão da Aneel. Essa nova lei, segundo ele, definiria com clareza qual seria o papel do cativo e do cliente livre na recomposição dos prejuízos, além de prever uma eventual extensão dos prazos de incidência do encargo. Em qualquer parte do mundo, contou, os consumidores arcam com os prejuízos das empresas, causados por motivos de força maior, como o racionamento. Ao repassar o prejuízo aos clientes, como no caso brasileiro, há uma garantia na prestação do serviço, segundo o advogado. "Não foram as distribuidoras e as geradoras que causaram o racionamento", ressaltou. (Agência Canal Energia - 09.06.2006)

<topo>

5 Grupo americano explorará créditos de carbono no Brasil

Atenta ao potencial da América Latina e, sobretudo do Brasil, em relação ao mercado de créditos de carbono, a MGM International, multinacional americana especializada no desenvolvimento e na comercialização de Reduções de Emissões de Carbono (RCEs) já instalou-se em São Paulo e estuda a abertura de filial no RJ. A empresa, recém-selecionada pela Petrobras para identificar soluções que possibilitem a compensação de emissões de CO2 e a geração de RCEs, está analisando a viabilidade de cerca de 30 projetos potenciais, incluindo iniciativas brasileiras. Segundo a MGM, o Brasil poderá negociar US$ 1,41 bilhão em créditos de carbono, entre 2008 e 2012, o que representará 15,5% do potencial esperado para esse filão em nível internacional, no período (US$ 9,1 bilhões). (Jornal do Commercio - 12.06.2006)

<topo>

6 Curtas

Com a inauguração da usina termelétrica Governador Leonel Brizola, em Duque de Caxias, Baixada Fluminense, o governo do RJ ampliou seu potencial energético. A usina produz o suficiente para atender a 4,5 milhões de pessoas, 22% da população. O empreendimento, considerado o maior do país, custou R$ 715 milhões e tornou o estado auto-suficiente e com energia de sobra até para exportar. (Elétrica - 09.06.2006)

Dos 800 mil consumidores de energia elétrica em Mato Grosso, 300 mil não pagam nenhum centavo do ICMS. A afirmação foi feita na manhã desta sexta-feira (09/06) pelo governador Blairo Maggi. Segundo o governador, quem não paga são os mais pobres e que consomem menos. (Elétrica - 09.06.2006)

O setor de distribuição de energia elétrica destaca-se na composição do Índice de Sustentabilidade das Empresas (ISE), da Bovespa, com 8 empresas de um total de 28. O ISE reflete o retorno de uma carteira composta por ações de empresas com reconhecido comprometimento com a responsabilidade social e a sustentabilidade empresarial. (Gazeta Mercantil - 12.06.2006)

<topo>

 

 

Empresas

1 Cemig espera decisão da Justiça para iniciar operação de Irapé

A hidrelétrica de Irapé, no Vale do Jequitinhonha, deverá entrar em operação até meados deste mês. A usina construída pela Cemig, terá de esperar até que a Justiça reconheça que foram cumpridas as condicionantes exigidas pelo Ministério Público Estadual no reassentamento das famílias removidas para a formação do lago. (Valor Econômico - 12.06.2006)

<topo>

2 IASC: Cemat está entre as piores do país

A Cemat ocupa a 57ª colocação no ranking nacional de 64 empresas segundo o resultado consta no relatório do Índice Aneel de Satisfação do Consumidor (Iasc) de 2005. A Cemat registra déficit em quase todos os indicadores na comparação com 2004, com exceção para o item valor, que passou de 32,97 na pesquisa anterior para 34,32 em 2005, alta de 4,09% na aprovação. O item fidelidade registra o pior desempenho, com índice de 34,01, o menor entre todos os anos do levantamento. (Eletrosul - 09.06.2006)

<topo>

3 Koblitz capta centrais hidrelétricas

Com uma carteira de 500 clientes, a Koblitz se prepara para assinar contratos para a implantação de novas PCHs, cujos investimentos girarão em torno de R$ 1 bilhão. As novas instalações terão uma potência total de 217MW. Além das PCHs, a empresa toca projetos de sistemas renováveis de geração. O diretor comercial da organização, Romero Rego, assinala que a empresa dispõe de um portfolio de 1,8 mil projetos já implantados. Atualmente, 270 estão em andamento. Os mais recentes foram firmados com a empresa PCH Brasil para construção de três pequenas centrais hidrelétricas: Bonfate (MG), com 19MW; Monte Serrat (RJ), com 25MW; e Santa Fé (RJ), com 30MW. Os três projetos, que totalizam 74 MW de potência e absorvem R$ 240 milhões, estão incluídos no Proinfa.(Gazeta Mercantil - 12.06.2006)

<topo>

4 Enel compra onze centrais hidrelétricas no Brasil

A Enel, maior companhia de energia elétrica da Itália, anunciou a aquisição de 11 PCHs situadas no Brasil, com capacidade instalada total de 98 MW. O valor da compra atingiu R$ 450 milhões, ou cerca de €155 milhões.As PCHs negociadas pertenciam às empresas Rede Power do Brasil e Tocantins Energia, do grupo Rede Empresas de Energia Elétrica. Segundo comunicado enviado pela Enel, o negócio depende agora da aprovação da Aneel. De acordo com nota enviada pela Rede, o grupo manteve apenas a participação nas empresas de geração Celtins Energética, Tangará Energética e Rede Lajeado. As 11 Pequenas Centrais Hidrelétricas vendidas pelo grupo Rede são: Quatiara Energia, Vale Energética, Apiacás Energia, Braço Norte Energia, Cuiabá Energia, Juruena Energia, Primavera Energia, VP Energia, Alvorada Energia, Socibe Energia e Isamu Ikeda Energia. (Gazeta Mercantil - 12.06.2006)

<topo>

5 Saelpa corta energia de 25 prefeituras

A Saelpa cortou nos últimos 15 dias a energia de 25 prefeituras paraibanas, porque elas acumulavam débitos com a empresa, de janeiro a maio de 2006, que somam R$ 10 milhões. Destes municípios, 22 já renegociaram as dívidas e a energia foi religada. Os outros três restantes - Salgadinho, Caiçara e Bom Jesus - continuam sem energia em seus prédios administrativos. De acordo com informações do gerente do Departamento de Gestão de Recebíveis da Saelpa, Cláudio Menezes, a empresa não cortou o fornecimento de energia para unidades de saúde e educação, só dos prédios administrativos. O fornecimento só será liberado quando o pagamento da dívida for negociado. (Elétrica - 09.06.2006)

<topo>

6 Andrade Gutierrez vai investir no setor de energia

A Andrade Gutierrez se prepara para investida no setor de energia, com foco em geração, com intenção de participar de 50% das novas obras. A empresa criou diretoria comercial de energia, comandada pelo engenheiro Saulo Queiroz, ex-Eletrobrás. (Folha de São Paulo - 09.06.2006)

<topo>

7 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 09-06-2006, o IBOVESPA fechou a 35.074,63 pontos, representando uma baixa de 1,02% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 1,78 bilhão. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização de 1,07%, fechando a 11.124,96 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 46,10 ON e R$ 44,20 PNB, baixa de 0,86% e 1,78%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Na abertura do pregão do dia 12-06-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 46,10 as ações ON, estável em relação ao dia anterior e R$ 44,50 as ações PNB, alta de 0,68% em relação ao dia anterior. (Investshop - 12.06.2006)

<topo>

8 Curtas

A eleição do diretor comercial da Celesc vai para o segundo turno, que acontecerá no próximo dia 21 de junho. A Celesc explicou que a votação será nos mesmos moldes do primeiro turno com urnas fixas e itinerantes. (Agência Canal Energia - 09.06.2006)

<topo>

 

 

Leilões

1 Leilão de energia nova: Aneel realiza reunião para esclarecimentos

A Comissão Especial de Licitação da Aneel realiza, nesta segunda-feira (12/06), reunião de esclarecimentos aos investidores sobre os procedimentos e documentação necessários à pré-qualificação no leilão de energia elétrica, a se realizar no dia 29 de junho. A reunião contará com a participação de representantes da CCEE. A divulgação dos pré-qualificados será realizada no dia 26 de junho pela CCEE. A documentação da habilitação jurídica, econômico-financeira e de comprovação de regularidade fiscal deve ser apresentada apenas pelos vencedores, na pós-qualificação, que está prevista para o dia 6 de julho. (Agência Canal Energia - 09.06.2006)

<topo>

2 Seival pode participar de leilão em setembro

O consórcio responsável pelo projeto de Seival (500 MW) pretende cadastrar o empreendimento para habilitação no leilão A-5, previsto para acontecer em 5 de setembro. A usina a carvão mineral havia se cadastrado para o leilão A-3, marcado para 29 de junho, mas os empreendedores - Copelmi, Andrade Gutierrez e MDU Resoucer - preferiram retirá-la da lista. O motivo seria a inviabilidade de atender ao cronograma dos contratos, que estabelece a entrega de energia elétrica a partir de janeiro de 2009. Pelo cronograma do projeto, a usina entrará em operação comercial alguns meses antes dos contratos serem firmados no leilão A-5, em janeiro de 2011. Ou seja, a entrada em operação comercial pode ocorrer no segundo semestre de 2010. O consórcio aposta em um resultado positivo no leilão de setembro para obter um financiamento junto BNDES. O investimento total está orçado em US$ 800 milhões, mas o planejamento financeiro traçado pelo consórcio prevê 70% de financiamento e 30% de recursos próprios. (Agência Canal Energia - 09.06.2006)

<topo>

3 Eleja pretende incluir Jacuí 1 no leilão de A-5

A Eleja pretende participar do leilão de energia nova A-5, programado para setembro, com o intuito de comercializar o restante da energia produzida pela termelétrica Jacuí 1 (350 MW) ainda não-contratada, em torno de 50 MW. A empresa conseguiu vender 254 MW no leilão de dezembro passado gerando uma receita fixa de R$ 289,2 milhões por ano. A previsão é concluir as obras da usina em setembro de 2008 e iniciar a geração de energia em janeiro de 2009. (Agência Canal Energia - 09.06.2006)

<topo>

4 Comerc realiza leilão de compra de energia

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (Comerc) vai realizar leilão de compra de energia elétrica para o período de 2007 a 2015. As geradoras interessadas têm até o dia 16 para entregarem os documentos e os lances de preço. O resultado será divulgado até 22 de junho. A Comerc já realizou 11 leilões que movimentaram mais de 850 MW médios de energia. (Investnews - 09.06.2006)

<topo>

 

 

Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Preço Spot - CCEE

De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 10/06/2006 a 16/06/2006.

Tabela
Brasil - Mercado Spot por Região.
(valores expressos em R$/Mwh)

Sudeste/Centro Oeste
Sul
Nordeste
Norte
 pesada                             65,44  pesada                      68,63  pesada                     23,28  pesada                    23,28
 média                               64,73  média                        67,93  média                       23,13  média                      23,13
 leve                                  64,50  leve                           64,73  leve                          23,13  leve                         23,13
  
    Fonte: www.ccee.org.br


<topo>

 

Gás e Termoelétricas

1 Petrobras tenta diminuir "efeito Bolívia"

O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, afirmou que a empresa está tomando providências para reduzir os efeitos econômicos da decisão da Bolívia de nacionalizar os hidrocarbonetos. Em discurso realizado na Conferência Mundial do Gás, em Amsterdã, Gabrielli disse que a Petrobras vai ficar cada vez mais associada com a produção de gás. Entre as iniciativas que visam diminuir a dependência do gás boliviano estão o aumento na produção de gás nas bacias do Espírito Santo e de Campos e a ampliação das redes internas de gasodutos e a diversificação das fontes de gás, com a importação de GNL. Segundo as projeções apresentadas, a produção de gás da Petrobras deve crescer de 40,9 milhões de m3 por dia em 2005 para 99,3 milhões em 2010. A empresa planeja investir US$ 56,4 bilhões em suas operações entre 2006 e 2010 - cerca de 88% desse total será destinado a projetos dentro do Brasil. (Folha de São Paulo - 12.06.2006)

<topo>

2 Bolívia vai reajustar em 11% gás para Petrobras

O preço do gás natural que a Bolívia fornece ao Brasil vai subir 11%, disse o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli. Segundo ele, o aumento faz parte de um ajuste normal do contrato atual com a empresa e não reflete ainda a exigência da Bolívia de uma elevação mais acentuada do preço da commodity. A Petrobras paga hoje US$ 3,5 por milhão de BTU pelo gás daquele país, segundo Gabrielli. A companhia tem um contrato com a Bolívia para comprar até 30 milhões de metros cúbicos de gás por dia, que é válido até 2019. O preço do gás no contrato é ajustado trimestralmente de acordo com uma cesta de óleos combustíveis. O próximo aumento ocorrerá em julho. O governo boliviano exige um aumento muito maior do preço do que o previsto no contrato, para colocá-lo em linha com as cotações nos mercados internacionais, como a da Nymex, onde os contratos futuros do combustível estão acima dos US$ 7 por milhão de BTU. (Jornal do Commmercio - 10.06.2006)

<topo>

3 Petrobras discorda de reajuste além do previsto

O diretor de Gás e Energia da Petrobras, Ildo Sauer, disse que a intenção do governo boliviano de aumentar o preço do gás exportado ao Brasil além do reajuste previsto em contrato é uma "pretensão descabida". "Não vejo como concordar com um aumento neste momento. Eles estão ganhando muito dinheiro com esse contrato. Muito mais que o esperado", afirmou. De acordo com o diretor, quando o contrato foi assinado, em 1996, a Bolívia ganhava em torno de US$ 1 por BTU. "Agora eles ganham em torno de US$ 4. Se com US$ 1 o negócio era viável e dava lucro para eles, imagina com US$ 4, dá muito mais. Para nós não está ruim, mas está muito melhor para eles do que para nós", acrescentou. Sauer credita que não deve haver aumento além do reajuste previsto de 11%, uma vez que a estatal não deverá concordar com isso. "Se eles pedirem, nós vamos analisar e mostrar porque entendemos que não é possível aumentar, e acabou. Se não concordarmos, eles terão que ir para uma arbitragem, que levará tempo, meses, anos". (Investnews - 12.06.2006)

<topo>

4 Petrobras inicia obras do gasoduto Cabiúnas-Vitória

A Petrobras lança neste sábado, 10 de junho, na cidade de Serra (ES), as obras do gasoduto Cabiúnas-Vitória (Gascav), trecho inicial do gasoduto Sudeste-Nordeste (Gasene). De acordo com a empresa, o Gascav terá 300 quilômetros de extensão e demandará investimento aproximado de US$ 500 milhões. Sua construção, que deve ser concluída até outubro de 2007. (Agência Canal Energia - 09.06.2006)

<topo>

5 Mitsui faz aposta na área de gás e termeletricidade

A subsidiária da trading japonesa Mitsui tem planos na área de gás, termoeletricidade e energia eólica e também pretende investir em exportação de etanol para o mercado japonês. A empresa concluiu em maio, por US$ 250 milhões, a compra da Gaspart, empresa pertencente ao grupo Enron que detinha participações em sete distribuidoras de gás canalizado no Brasil. A maior parte dos investimentos tem sido discutida com a Petrobras. Um dos principais projetos prevê a construção de um terminal que receberá GNL importado por navios. Esta unidade, cujo investimento estimado é de US$ 1 bilhão, servirá como alternativa ao abastecimento interno de gás, que hoje é importado da Bolívia. Outra aposta é o desenvolvimento de projeto para exportação de etanol para o Japão. Ainda na área de energia, a empresa disse acreditar no potencial brasileiro para geração de energia termoelétrica a gás e eólica no médio prazo. (Valor Econômico - 12.06.2006)

<topo>

6 Analistas divergem sobre construção de Angra 3

Analistas do setor de energia divergem sobre a idéia de retomar o projeto de construção da Usina de Angra 3. Para o consultor Humberto Viana Guimarães, caso a reunião do CNPE, que deverá ocorrer nos próximos dias 21 e 22, decida implementar Angra 3, a medida representará um "grande retrocesso para o Brasil", justamente num momento em que o país começa a se destacar no mundo pela produção - e pelo domínio da tecnologia - de combustíveis renováveis e ambientalmente corretos. Segundo cálculos do consultor, cada MW gerado por Angra 1 custou ao governo US$ 1,6 milhão. Já o valor por MW de uma usina de cogeração de energia a partir do bagaço de cana ou de PCH não passa de US$ 800 mil. O professor Sérgio Valdir Bajay, do departamento de energia da Unicamp, vê com simpatia a idéia do governo em reativar Angra 3. "Trata-se de um negócio "economicamente viável", afirma Bajay. Porém, segundo o professor, apesar da viabilidade do projeto, a usina nuclear não saiu durante a gestão de FHC pela dificuldade do governo em levantar recursos. (Gazeta Mercantil - 12.06.2006)

<topo>

 

 

Grandes Consumidores

1 CRVD: China deverá ser referência para preço do ferro

A China pode tornar-se ponto de referência para fixar o preço do ferro em 2007, mas deve agilizar seu processo decisório, declarou José Carlos Martins, diretor-executivo da CVRD. Para Martins, os produtores siderúrgicos chineses têm a capacidade potencial de estabelecer os preços mundiais do ferro. "A China merece tornar-se referência pelo tamanho de sua indústria e o farão", disse. No entanto, duvidou que a siderurgia chinesa, que conta com 900 empresas, consiga fazê-lo em este ano. "Pode ser, mas uma coisa é certa: sua percepção tem que estar mais relacionada com o mercado mundial, porque a siderurgia é global. Os chineses têm que ser mais rápidos em nas decisões", destacou. (Jornal do Commercio - 12.06.2006)

<topo>

2 CBA avança em projeto de produção de bauxita

A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) está prestes a iniciar a exploração de sua nova mina de bauxita em Mirai, Minas Gerais, com capacidade para 3 milhões de toneladas por ano, informou o diretor da empresa Carlos Parisi. "A nova mina vai garantir auto-suficiência de bauxita para uma expansão na produção de alumínio para 470 mil toneladas por ano", disse. A expansão das atuais 400 mil toneladas por ano deve ser finalizada até abril de 2007 e vai atender tanto à demanda doméstica quanto aos mercados externos, informou. "A nova produção da Mirai vai complementar os 2,5 milhões de toneladas de bauxita concentrada que produzimos por ano em nossas minas de Itamarati e Poços de Caldas, também em Minas Gerais", acrescentou. A mina Mirai, que deve entrar em operação em meados de 2007, vai produzir inicialmente até 1 milhão de toneladas de bauxita concentrada por ano para ser usada na refinaria de alumina Alumínio da CBA, que alimenta o fundidor de alumínio instalado na região. A mina representa um investimento de R$ 100 milhões (Gazeta Mercantil - 12.06.2006)

<topo>

 

Economia Brasileira

1 FIDC pode chegar a R$ 16 bi em 2006

O cenário para o mercado de capitais brasileiro e especialmente para o segmento de securitização é cada vez mais promissor. Esta é avaliação do diretor de mercado de capitais do Banco do Brasil, Francisco Duda. Para ele, o volume de captação via Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDCs) pode dobrar este ano. "A evolução tem sido rápida. Em 2004 o volume foi de cerca de R$ 5 bilhões e ano passado já ultrapassou R$ 8 bilhões. Acredito que este ano possa facilmente chegar a R$ 15 bilhões ou R$ 16 bilhões", disse. Segundo ele, os FIDCs vêm se firmando como nova forma de geração de recursos para o setor produtivo. "É um instrumento que traz vantagens fiscais e tem impactos positivos no balanço, além de não comprometer os limites do crédito bancário", afirmou. Segundo dados apresentados por Duda relativos a duas operações de FIDCs com boas avaliações de risco de crédito, os prêmios finais saíram a CDI mais 0,7% em uma e a 110% do CDI na outra. (Valor Econômico - 12.06.2006)

<topo>

2 Produção industrial cai em seis das 14 regiões pesquisadas em abril

A produção industrial caiu em abril em seis das 14 regiões incluídas na Pesquisa Industrial Mensal do, na comparação com abril do ano passado. A ausência de dois dias úteis em relação a abril de 2005 teria influenciado na redução da produção. As taxas negativas foram registradas nas indústrias de Santa Catarina (-10,2%), Amazonas (-9%), Rio Grande do Sul (-8,9%), Paraná (-6,3%), Goiás (4,9%) e São Paulo (-1,2%). Houve crescimento nas indústrias do Pará (10,2%), Espírito Santo (1,3%), Minas Gerais (1,2%) e região Nordeste (1,2%). As indústrias do Rio de Janeiro e Ceará mantiveram estabilidade. O economista do IBGE André Macedo enfatizou que o resultado geral foi "bastante influenciado pelo menor número de dias úteis em abril deste ano na comparação com abril do ano passado", como foi mostrado no balanço da indústria nacional divulgado pelo IBGE. A produção do setor caiu 1,9% nesta mesma comparação. Em relação a março, 13 dos 14 locais pesquisados registraram em abril desaceleração na produção. Apenas Pernambuco registrou aumento na produção (de 3,9% para 8,6%). (Valor Econômico - 12.06.2006)

<topo>

3 Balança comercial apresenta superávit de US$ 790 mi

As contas do comércio exterior nacional registraram superávit de US$ 790 milhões na segunda semana de junho (dias 5 a 11), com cinco dias úteis. O saldo é resultado de exportações de US$ 2,772 bilhões (uma média diária de US$ 554,4 milhões) e de importações de US$ 1,982 bilhão (média de US$ 396,4 milhões por dia útil). As informações são Secex. A balança comercial acumula no ano superávit de US$ 16,775 bilhões. No período, as exportações somaram US$ 53,346 bilhões e as importações, US$ 36,571 bilhões. (Valor Econômico - 12.06.2006)

<topo>

4 IPC da Fipe registra deflação de 0,38%

O município de São Paulo registrou deflação de 0,38% nos últimos 30 dias. Pela série de variações quadrissemanais, trata-se da menor taxa desde junho de 1999. No encerramento de maio, o índice havia apontado queda média de 0,22% nos preços em São Paulo. Na primeira quadrissemana de junho, a maior queda foi do grupo Alimentação, de 1,32%. Já a alta mais expressiva ficou com Vestuário, de 0,6%. Os demais itens pesquisados pela Fipe apresentaram as seguintes variações: Habitação, queda de 0,03%; Transportes, baixa de 0,7%; Despesas Pessoais, redução de 0,2%; Saúde, alta de 0,54%; Educação, aumento de 0,07%. (Folha de São Paulo - 12.06.2006)

<topo>

5 Focus: previsão de nova queda nos juros

O mercado financeiro espera que os juros tenham nova queda na reunião do Copom de julho e alcancem 14,75% ao ano. A previsão mostra que atual turbulência nos mercados internacionais devido à expectativa de novas altas de juros nos Estados Unidos não assustou os investidores brasileiros. Até o momento a turbulência só afetou as expectativas de longo prazo. O mercado, que esperava que os juros encerrassem este ano em 14,25%, agora já acredita em uma taxa de 14,5% em dezembro. O mercado acredita que os juros continuarão em queda devido às expectativas de que a inflação mantenha-se sob controle nos próximos meses. Com pressões apenas pontuais, o mercado acredita que o IPCA encerre este ano em apenas 4,22%. Foi a segunda semana seguida que as instituições financeiras reduziram suas expectativas de inflação, na semana anterior a estimativa era de 4,31%. O boletim também traz previsões para o crescimento do PIB (3,6% neste ano), produção industrial (alta de 4,28%) e balança comercial (superávit de US$ 40 bilhões). (Folha de São Paulo - 12.06.2006)

<topo>

6 Dólar ontem e hoje

O dólar abriu em queda nesta segunda-feira com uma variação negativa de 0,08%, mas logo em seguida passou a subir 0,04%. Às 11h45min, o dólar ampliou a tendência de alta para 0,35% e está sendo vendida a R$ 2,269. Na sexta-feira (09/06), a moeda americana fechou em baixa de 0,48%, cotada a R$ 2,259 para a compra e R$ 2,261 para a venda. Na mínima do dia, a divisa atingiu R$ 2,247 e, na máxima, foi cotada a R$ 2,275. No acumulado da semana, o dólar apurou baixa de 0,75%. (O Globo Online e Valor Online - 12.06.2006)

<topo>

 

 

Internacional

1 Argentina aceita aumento do preço de gás

A Argentina aceitou um aumento no preço do gás que compra da Bolívia, informou o presidente boliviano Evo Morales. O governante revelou que as negociações com seu colega argentino avançaram até estabelecer um aumento inicial de um dólar e meio. Atualmente, a Argentina paga US$ 3,35 pelo milhão de BTU. "Até agora avançamos nas negociações com a Argentina. Chegamos a um dólar e meio, mas sábado falei com o presidente argentino para lhe dizer que precisamos aumentar até dois dólares", disse Morales. A Argentina importa atualmente 7,7 milhões de metros cúbicos de gás a US$ 3,3 o milhão de BTU. A Bolívia, que acaba de nacionalizar seus hidrocarbonetos depois de mais de uma década nas mãos de consórcios trasnacionais, pediu para Buenos Aires um aumento até janeiro, quando termina o contrato de fornecimento. "A briga é por meio dólar. Em todo caso, vamos negociar e pedir para que o povo argentino e o Governo argentino aumentem esse preço. Depois será com o Brasil e com outros governos e empresas", destacou. (Jornal do Commercio - 12.06.2006)

<topo>

2 Bolívia negocia tratado de gás com Paraguai

Os governos da Bolívia e do Paraguai se reuniram para negociar um tratado binacional na área de gás natural. Segundo comunicado do Ministério dos Hidrocarbonetos da Bolívia, os paraguaios propuseram uma série de investimentos para industrializar as reservas bolivianas, em troca de fornecimento de gás para seu mercado interno. As duas partes fixaram prazo de 180 dias para que os estudos de viabilidade dos projetos estejam concluídos. Na reunião, o ministro dos Hidrocarbonetos da Bolívia, Andrés Soliz Rada, reforçou que seu país só venderá gás a outros mercados se tiver contrapartidas. Uma das principais exigências é que "parte importante" do gás seja industrializado em território boliviano, diz a ata da reunião. Além disso, a condução dos negócios deve ser estatal, segundo determina a nova lei boliviana do setor de petróleo e gás. O governo paraguaio apresentou projetos de empresas privadas e disse que está em contato com fontes externas de financiamento. Entre os projetos, estão gasodutos, plantas de transformação de gás em combustíveis líquidos e usinas termelétricas. (O Estado de São Paulo - 10.06.2006)

<topo>

3 Diplomatas de Índia e EUA discutem cooperação nuclear

Diplomatas indianos e americanos iniciarão discussões sobre a aplicação do acordo de cooperação nuclear civil entre os dois países."As discussões se realizarão durante três dias a partir de segunda-feira", informou um porta-voz da embaixada americana."Isto significa uma vontade de estabelecer um marco de trabalho para uma cooperação nuclear pacífica em vários campos". O acordo não foi aprovado pelo Congresso americano e suscitou forte oposição, pois a Índia, que fez seu primeiro teste em 1974 e se declarou potência nuclear em 1998, nunca aderiu ao TNP. Os críticos consideram que o acordo poderia reforçar as potências nucleares fora da lei como o Irã e a Coréia do Norte, embora o caráter exemplar de não-proliferação nuclear indiana foi oficialmente reconhecido. A Índia se comprometeu a separar seus programas civis e militares e a deixar a AIEA controlar suas instalações civis. A Índia também aceita colocar 14 de seus 22 reatores sob controle internacional. (Diário do Grande ABC - 11.06.2006)

<topo>

4 Empresa americana testa nova forma de produzir energia

Uma empresa americana começará a testar neste mês uma nova maneira de produzir energia hidrelétrica: o uso de turbinas de aço que mais parecem moinhos de vento, mas movidas pela corrente de rios e de marés. O projeto da Verdant Power não requer a construção de represas e pode ser implementado em rios de planície, sem desníveis. Um dos interesses da companhia é instalar as turbinas também no Rio Amazonas e seus afluentes. Serão instaladas seis turbinas de 5 metros de comprimento e 35 KW de potência cada, presas ao fundo do rio, mas o plano é criar um campo de 200 turbinas, que deverão produzir 10 MW de energia elétrica. Para Philip Fearnside, pesquisador do departamento de ecologia do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), diz que a proposta da empresa americana é bem vinda, mas é preciso testar as turbinas nos rios amazônicos. (Folha de São Paulo - 12.06.2006)

<topo>

 

 


Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro mailto:nivalde@ufrj.br
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Beatriz Mello Affonso, Camila Nobrega, Marcelo Machado, Guilherme Branquinho e Larissa Barbosa

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

Copyright UFRJ e Eletrobrás