l IFE: nº 1.827 - 12
de junho de 2006 Índice Regulação e Reestruturação do Setor Empresas Leilões Oferta e Demanda de Energia Elétrica Gás e
Termelétricas Grandes
Consumidores Economia Brasileira Internacional Regulação e Reestruturação do Setor 1 Aneel critica peso de tributos na conta de luz Diante dos protestos
de parlamentares contra as altas contas de luz no país, o presidente da
Aneel, Jerson Kelman, alegou que 50% dos valores pagos pelos consumidores
correspondem a encargos e tributos. Segundo ele, a população arca hoje
com subsídios não apenas para famílias de baixa renda, mas também para
a Região Norte e para a produção de energia eólica. "Isso acaba ultrapassando
a capacidade de pagamento dos consumidores", explicou Kelman. "Seria melhor
reduzir esses encargos, mantendo nas contas apenas os subsídios para os
mais pobres, por exemplo", disse Kelman. (Eletrosul - 09.06.2006) 2 Brasil estuda projetos de energia na América Central O Brasil poderá
participar do esforço dos países da América Central para o desenvolvimento
dos mercados locais de petróleo, eletricidade, gás natural e de fontes
alternativas de energia, como álcool e biocombustíveis. Os países da região
têm um plano de construir uma refinaria de petróleo com capacidade para
processar 360 mil barris/dia. O projeto de construção da refinaria terá
termelétrica associada. Uma eventual participação do Brasil também está
no horizonte: "A Petrobras poderia participar do negócio se encontrar
no mercado cerca de 130 mil barris de petróleo/dia, que irão se somar
aos 230 mil barris/dia a serem fornecidos pelo México. O projeto, que
prevê exportação de combustíveis para a Califórnia (EUA), é rentável",
avalia Marcelo Antinori, coordenador do Banco Interamericano de Desenvolvimento
(BID) para o Plano Puebla Panamá (PPP). (Valor Econômico - 12.06.2006)
3 Rio Madeira: Apine reitera preocupação com custos de transmissão O presidente
do Conselho de Administração da Associação Brasileira dos Produtores Independentes
de Energia Elétrica, Luiz Fernando Vianna, disse que a Apine ainda está
preocupada com os custos de transmissão que serão demandados com a construção
do complexo do Rio Madeira (6.450,4 MW). Segundo Vianna, o governo precisa
dar um sinal correto para a obra, com a inclusão das despesas com a conexão
da usina aos custos do empreendimento. A previsão de investimentos para
conectar o complexo está estimada em R$ 10 bilhões. Vianna explicou que
o projeto prevê duas conexões do complexo à rede básica, uma entre Santo
Antônio e Porto Velho e outra entre Porto Velho e São Paulo. Uma das alternativas
envolve a adoção de corrente contínua entre a capital rondoniense e o
centro de carga, o que pode impactar nos custos. "Ainda não tivemos sinalização
a respeito desse pleito", disse Vianna, referindo-se à possibilidade de
a usina Santo Antônio (3.150,4 MW) ser licitada ainda este ano, após o
leilão de energia nova A-5, previsto para o dia 5 de setembro. (Agência
Canal Energia - 09.06.2006) 4 RTE: distribuidoras e geradoras terão dificuldades
legais para recuperar passivo 5 Grupo americano explorará créditos de carbono no Brasil Atenta ao
potencial da América Latina e, sobretudo do Brasil, em relação ao mercado
de créditos de carbono, a MGM International, multinacional americana especializada
no desenvolvimento e na comercialização de Reduções de Emissões de Carbono
(RCEs) já instalou-se em São Paulo e estuda a abertura de filial no RJ.
A empresa, recém-selecionada pela Petrobras para identificar soluções
que possibilitem a compensação de emissões de CO2 e a geração de RCEs,
está analisando a viabilidade de cerca de 30 projetos potenciais, incluindo
iniciativas brasileiras. Segundo a MGM, o Brasil poderá negociar US$ 1,41
bilhão em créditos de carbono, entre 2008 e 2012, o que representará 15,5%
do potencial esperado para esse filão em nível internacional, no período
(US$ 9,1 bilhões). (Jornal do Commercio - 12.06.2006) Com a inauguração da usina termelétrica Governador Leonel Brizola, em Duque de Caxias, Baixada Fluminense, o governo do RJ ampliou seu potencial energético. A usina produz o suficiente para atender a 4,5 milhões de pessoas, 22% da população. O empreendimento, considerado o maior do país, custou R$ 715 milhões e tornou o estado auto-suficiente e com energia de sobra até para exportar. (Elétrica - 09.06.2006) Dos 800 mil consumidores de energia elétrica em Mato Grosso, 300 mil não pagam nenhum centavo do ICMS. A afirmação foi feita na manhã desta sexta-feira (09/06) pelo governador Blairo Maggi. Segundo o governador, quem não paga são os mais pobres e que consomem menos. (Elétrica - 09.06.2006) O setor de distribuição
de energia elétrica destaca-se na composição do Índice de Sustentabilidade
das Empresas (ISE), da Bovespa, com 8 empresas de um total de 28. O ISE
reflete o retorno de uma carteira composta por ações de empresas com reconhecido
comprometimento com a responsabilidade social e a sustentabilidade empresarial.
(Gazeta Mercantil - 12.06.2006)
Empresas 1 Cemig espera decisão da Justiça para iniciar operação de Irapé A hidrelétrica
de Irapé, no Vale do Jequitinhonha, deverá entrar em operação até meados
deste mês. A usina construída pela Cemig, terá de esperar até que a Justiça
reconheça que foram cumpridas as condicionantes exigidas pelo Ministério
Público Estadual no reassentamento das famílias removidas para a formação
do lago. (Valor Econômico - 12.06.2006) 2 IASC: Cemat está entre as piores do país A Cemat ocupa a 57ª colocação no ranking nacional de 64 empresas segundo o resultado consta no relatório do Índice Aneel de Satisfação do Consumidor (Iasc) de 2005. A Cemat registra déficit em quase todos os indicadores na comparação com 2004, com exceção para o item valor, que passou de 32,97 na pesquisa anterior para 34,32 em 2005, alta de 4,09% na aprovação. O item fidelidade registra o pior desempenho, com índice de 34,01, o menor entre todos os anos do levantamento. (Eletrosul - 09.06.2006) 3 Koblitz capta centrais hidrelétricas Com uma carteira
de 500 clientes, a Koblitz se prepara para assinar contratos para a implantação
de novas PCHs, cujos investimentos girarão em torno de R$ 1 bilhão. As
novas instalações terão uma potência total de 217MW. Além das PCHs, a
empresa toca projetos de sistemas renováveis de geração. O diretor comercial
da organização, Romero Rego, assinala que a empresa dispõe de um portfolio
de 1,8 mil projetos já implantados. Atualmente, 270 estão em andamento.
Os mais recentes foram firmados com a empresa PCH Brasil para construção
de três pequenas centrais hidrelétricas: Bonfate (MG), com 19MW; Monte
Serrat (RJ), com 25MW; e Santa Fé (RJ), com 30MW. Os três projetos, que
totalizam 74 MW de potência e absorvem R$ 240 milhões, estão incluídos
no Proinfa.(Gazeta Mercantil - 12.06.2006) 4 Enel compra onze centrais hidrelétricas no Brasil
5 Saelpa corta energia de 25 prefeituras A Saelpa cortou
nos últimos 15 dias a energia de 25 prefeituras paraibanas, porque elas
acumulavam débitos com a empresa, de janeiro a maio de 2006, que somam
R$ 10 milhões. Destes municípios, 22 já renegociaram as dívidas e a energia
foi religada. Os outros três restantes - Salgadinho, Caiçara e Bom Jesus
- continuam sem energia em seus prédios administrativos. De acordo com
informações do gerente do Departamento de Gestão de Recebíveis da Saelpa,
Cláudio Menezes, a empresa não cortou o fornecimento de energia para unidades
de saúde e educação, só dos prédios administrativos. O fornecimento só
será liberado quando o pagamento da dívida for negociado. (Elétrica -
09.06.2006) 6 Andrade Gutierrez vai investir no setor de energia A Andrade Gutierrez
se prepara para investida no setor de energia, com foco em geração, com
intenção de participar de 50% das novas obras. A empresa criou diretoria
comercial de energia, comandada pelo engenheiro Saulo Queiroz, ex-Eletrobrás.
(Folha de São Paulo - 09.06.2006) No pregão do
dia 09-06-2006, o IBOVESPA fechou a 35.074,63 pontos, representando uma
baixa de 1,02% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 1,78
bilhão. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização de 1,07%,
fechando a 11.124,96 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte
comportamento: ficaram cotadas a R$ 46,10 ON e R$ 44,20 PNB, baixa de
0,86% e 1,78%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior.
Na abertura do pregão do dia 12-06-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas
a R$ 46,10 as ações ON, estável em relação ao dia anterior e R$ 44,50
as ações PNB, alta de 0,68% em relação ao dia anterior. (Investshop -
12.06.2006) A eleição do diretor comercial da Celesc vai para o segundo turno, que acontecerá no próximo dia 21 de junho. A Celesc explicou que a votação será nos mesmos moldes do primeiro turno com urnas fixas e itinerantes. (Agência Canal Energia - 09.06.2006)
Leilões 1 Leilão de energia nova: Aneel realiza reunião para esclarecimentos A Comissão Especial
de Licitação da Aneel realiza, nesta segunda-feira (12/06), reunião de
esclarecimentos aos investidores sobre os procedimentos e documentação
necessários à pré-qualificação no leilão de energia elétrica, a se realizar
no dia 29 de junho. A reunião contará com a participação de representantes
da CCEE. A divulgação dos pré-qualificados será realizada no dia 26 de
junho pela CCEE. A documentação da habilitação jurídica, econômico-financeira
e de comprovação de regularidade fiscal deve ser apresentada apenas pelos
vencedores, na pós-qualificação, que está prevista para o dia 6 de julho.
(Agência Canal Energia - 09.06.2006) 2 Seival pode participar de leilão em setembro O consórcio responsável pelo projeto de Seival (500 MW) pretende cadastrar o empreendimento para habilitação no leilão A-5, previsto para acontecer em 5 de setembro. A usina a carvão mineral havia se cadastrado para o leilão A-3, marcado para 29 de junho, mas os empreendedores - Copelmi, Andrade Gutierrez e MDU Resoucer - preferiram retirá-la da lista. O motivo seria a inviabilidade de atender ao cronograma dos contratos, que estabelece a entrega de energia elétrica a partir de janeiro de 2009. Pelo cronograma do projeto, a usina entrará em operação comercial alguns meses antes dos contratos serem firmados no leilão A-5, em janeiro de 2011. Ou seja, a entrada em operação comercial pode ocorrer no segundo semestre de 2010. O consórcio aposta em um resultado positivo no leilão de setembro para obter um financiamento junto BNDES. O investimento total está orçado em US$ 800 milhões, mas o planejamento financeiro traçado pelo consórcio prevê 70% de financiamento e 30% de recursos próprios. (Agência Canal Energia - 09.06.2006) 3 Eleja pretende incluir Jacuí 1 no leilão de A-5 A Eleja pretende
participar do leilão de energia nova A-5, programado para setembro, com
o intuito de comercializar o restante da energia produzida pela termelétrica
Jacuí 1 (350 MW) ainda não-contratada, em torno de 50 MW. A empresa conseguiu
vender 254 MW no leilão de dezembro passado gerando uma receita fixa de
R$ 289,2 milhões por ano. A previsão é concluir as obras da usina em setembro
de 2008 e iniciar a geração de energia em janeiro de 2009. (Agência Canal
Energia - 09.06.2006) 4 Comerc realiza leilão de compra de energia A Câmara de
Comercialização de Energia Elétrica (Comerc) vai realizar leilão de compra
de energia elétrica para o período de 2007 a 2015. As geradoras interessadas
têm até o dia 16 para entregarem os documentos e os lances de preço. O
resultado será divulgado até 22 de junho. A Comerc já realizou 11 leilões
que movimentaram mais de 850 MW médios de energia. (Investnews - 09.06.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 10/06/2006 a 16/06/2006. Tabela
Fonte: www.ccee.org.br
Gás e Termoelétricas 1 Petrobras tenta diminuir "efeito Bolívia" O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, afirmou que a empresa está tomando providências para reduzir os efeitos econômicos da decisão da Bolívia de nacionalizar os hidrocarbonetos. Em discurso realizado na Conferência Mundial do Gás, em Amsterdã, Gabrielli disse que a Petrobras vai ficar cada vez mais associada com a produção de gás. Entre as iniciativas que visam diminuir a dependência do gás boliviano estão o aumento na produção de gás nas bacias do Espírito Santo e de Campos e a ampliação das redes internas de gasodutos e a diversificação das fontes de gás, com a importação de GNL. Segundo as projeções apresentadas, a produção de gás da Petrobras deve crescer de 40,9 milhões de m3 por dia em 2005 para 99,3 milhões em 2010. A empresa planeja investir US$ 56,4 bilhões em suas operações entre 2006 e 2010 - cerca de 88% desse total será destinado a projetos dentro do Brasil. (Folha de São Paulo - 12.06.2006) 2 Bolívia vai reajustar em 11% gás para Petrobras O preço do gás
natural que a Bolívia fornece ao Brasil vai subir 11%, disse o presidente
da Petrobras, José Sérgio Gabrielli. Segundo ele, o aumento faz parte
de um ajuste normal do contrato atual com a empresa e não reflete ainda
a exigência da Bolívia de uma elevação mais acentuada do preço da commodity.
A Petrobras paga hoje US$ 3,5 por milhão de BTU pelo gás daquele país,
segundo Gabrielli. A companhia tem um contrato com a Bolívia para comprar
até 30 milhões de metros cúbicos de gás por dia, que é válido até 2019.
O preço do gás no contrato é ajustado trimestralmente de acordo com uma
cesta de óleos combustíveis. O próximo aumento ocorrerá em julho. O governo
boliviano exige um aumento muito maior do preço do que o previsto no contrato,
para colocá-lo em linha com as cotações nos mercados internacionais, como
a da Nymex, onde os contratos futuros do combustível estão acima dos US$
7 por milhão de BTU. (Jornal do Commmercio - 10.06.2006) 3 Petrobras discorda de reajuste além do previsto O diretor de
Gás e Energia da Petrobras, Ildo Sauer, disse que a intenção do governo
boliviano de aumentar o preço do gás exportado ao Brasil além do reajuste
previsto em contrato é uma "pretensão descabida". "Não vejo como concordar
com um aumento neste momento. Eles estão ganhando muito dinheiro com esse
contrato. Muito mais que o esperado", afirmou. De acordo com o diretor,
quando o contrato foi assinado, em 1996, a Bolívia ganhava em torno de
US$ 1 por BTU. "Agora eles ganham em torno de US$ 4. Se com US$ 1 o negócio
era viável e dava lucro para eles, imagina com US$ 4, dá muito mais. Para
nós não está ruim, mas está muito melhor para eles do que para nós", acrescentou.
Sauer credita que não deve haver aumento além do reajuste previsto de
11%, uma vez que a estatal não deverá concordar com isso. "Se eles pedirem,
nós vamos analisar e mostrar porque entendemos que não é possível aumentar,
e acabou. Se não concordarmos, eles terão que ir para uma arbitragem,
que levará tempo, meses, anos". (Investnews - 12.06.2006) 4 Petrobras inicia obras do gasoduto Cabiúnas-Vitória A Petrobras
lança neste sábado, 10 de junho, na cidade de Serra (ES), as obras do
gasoduto Cabiúnas-Vitória (Gascav), trecho inicial do gasoduto Sudeste-Nordeste
(Gasene). De acordo com a empresa, o Gascav terá 300 quilômetros de extensão
e demandará investimento aproximado de US$ 500 milhões. Sua construção,
que deve ser concluída até outubro de 2007. (Agência Canal Energia - 09.06.2006)
5 Mitsui faz aposta na área de gás e termeletricidade A subsidiária da trading japonesa Mitsui tem planos na área de gás, termoeletricidade e energia eólica e também pretende investir em exportação de etanol para o mercado japonês. A empresa concluiu em maio, por US$ 250 milhões, a compra da Gaspart, empresa pertencente ao grupo Enron que detinha participações em sete distribuidoras de gás canalizado no Brasil. A maior parte dos investimentos tem sido discutida com a Petrobras. Um dos principais projetos prevê a construção de um terminal que receberá GNL importado por navios. Esta unidade, cujo investimento estimado é de US$ 1 bilhão, servirá como alternativa ao abastecimento interno de gás, que hoje é importado da Bolívia. Outra aposta é o desenvolvimento de projeto para exportação de etanol para o Japão. Ainda na área de energia, a empresa disse acreditar no potencial brasileiro para geração de energia termoelétrica a gás e eólica no médio prazo. (Valor Econômico - 12.06.2006) 6 Analistas divergem sobre construção de Angra 3 Analistas do setor de energia divergem sobre a idéia de retomar o projeto de construção da Usina de Angra 3. Para o consultor Humberto Viana Guimarães, caso a reunião do CNPE, que deverá ocorrer nos próximos dias 21 e 22, decida implementar Angra 3, a medida representará um "grande retrocesso para o Brasil", justamente num momento em que o país começa a se destacar no mundo pela produção - e pelo domínio da tecnologia - de combustíveis renováveis e ambientalmente corretos. Segundo cálculos do consultor, cada MW gerado por Angra 1 custou ao governo US$ 1,6 milhão. Já o valor por MW de uma usina de cogeração de energia a partir do bagaço de cana ou de PCH não passa de US$ 800 mil. O professor Sérgio Valdir Bajay, do departamento de energia da Unicamp, vê com simpatia a idéia do governo em reativar Angra 3. "Trata-se de um negócio "economicamente viável", afirma Bajay. Porém, segundo o professor, apesar da viabilidade do projeto, a usina nuclear não saiu durante a gestão de FHC pela dificuldade do governo em levantar recursos. (Gazeta Mercantil - 12.06.2006)
Grandes Consumidores 1 CRVD: China deverá ser referência para preço do ferro A China pode
tornar-se ponto de referência para fixar o preço do ferro em 2007, mas
deve agilizar seu processo decisório, declarou José Carlos Martins, diretor-executivo
da CVRD. Para Martins, os produtores siderúrgicos chineses têm a capacidade
potencial de estabelecer os preços mundiais do ferro. "A China merece
tornar-se referência pelo tamanho de sua indústria e o farão", disse.
No entanto, duvidou que a siderurgia chinesa, que conta com 900 empresas,
consiga fazê-lo em este ano. "Pode ser, mas uma coisa é certa: sua percepção
tem que estar mais relacionada com o mercado mundial, porque a siderurgia
é global. Os chineses têm que ser mais rápidos em nas decisões", destacou.
(Jornal do Commercio - 12.06.2006) 2 CBA avança em projeto de produção de bauxita A Companhia
Brasileira de Alumínio (CBA) está prestes a iniciar a exploração de sua
nova mina de bauxita em Mirai, Minas Gerais, com capacidade para 3 milhões
de toneladas por ano, informou o diretor da empresa Carlos Parisi. "A
nova mina vai garantir auto-suficiência de bauxita para uma expansão na
produção de alumínio para 470 mil toneladas por ano", disse. A expansão
das atuais 400 mil toneladas por ano deve ser finalizada até abril de
2007 e vai atender tanto à demanda doméstica quanto aos mercados externos,
informou. "A nova produção da Mirai vai complementar os 2,5 milhões de
toneladas de bauxita concentrada que produzimos por ano em nossas minas
de Itamarati e Poços de Caldas, também em Minas Gerais", acrescentou.
A mina Mirai, que deve entrar em operação em meados de 2007, vai produzir
inicialmente até 1 milhão de toneladas de bauxita concentrada por ano
para ser usada na refinaria de alumina Alumínio da CBA, que alimenta o
fundidor de alumínio instalado na região. A mina representa um investimento
de R$ 100 milhões (Gazeta Mercantil - 12.06.2006)
Economia Brasileira 1 FIDC pode chegar a R$ 16 bi em 2006 O cenário para o mercado de capitais brasileiro e especialmente para o segmento de securitização é cada vez mais promissor. Esta é avaliação do diretor de mercado de capitais do Banco do Brasil, Francisco Duda. Para ele, o volume de captação via Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDCs) pode dobrar este ano. "A evolução tem sido rápida. Em 2004 o volume foi de cerca de R$ 5 bilhões e ano passado já ultrapassou R$ 8 bilhões. Acredito que este ano possa facilmente chegar a R$ 15 bilhões ou R$ 16 bilhões", disse. Segundo ele, os FIDCs vêm se firmando como nova forma de geração de recursos para o setor produtivo. "É um instrumento que traz vantagens fiscais e tem impactos positivos no balanço, além de não comprometer os limites do crédito bancário", afirmou. Segundo dados apresentados por Duda relativos a duas operações de FIDCs com boas avaliações de risco de crédito, os prêmios finais saíram a CDI mais 0,7% em uma e a 110% do CDI na outra. (Valor Econômico - 12.06.2006) 2 Produção industrial cai em seis das 14 regiões pesquisadas em abril A produção industrial caiu em abril em seis das 14 regiões incluídas na Pesquisa Industrial Mensal do, na comparação com abril do ano passado. A ausência de dois dias úteis em relação a abril de 2005 teria influenciado na redução da produção. As taxas negativas foram registradas nas indústrias de Santa Catarina (-10,2%), Amazonas (-9%), Rio Grande do Sul (-8,9%), Paraná (-6,3%), Goiás (4,9%) e São Paulo (-1,2%). Houve crescimento nas indústrias do Pará (10,2%), Espírito Santo (1,3%), Minas Gerais (1,2%) e região Nordeste (1,2%). As indústrias do Rio de Janeiro e Ceará mantiveram estabilidade. O economista do IBGE André Macedo enfatizou que o resultado geral foi "bastante influenciado pelo menor número de dias úteis em abril deste ano na comparação com abril do ano passado", como foi mostrado no balanço da indústria nacional divulgado pelo IBGE. A produção do setor caiu 1,9% nesta mesma comparação. Em relação a março, 13 dos 14 locais pesquisados registraram em abril desaceleração na produção. Apenas Pernambuco registrou aumento na produção (de 3,9% para 8,6%). (Valor Econômico - 12.06.2006) 3 Balança comercial apresenta superávit de US$ 790 mi 4 IPC da Fipe registra deflação de 0,38% O município
de São Paulo registrou deflação de 0,38% nos últimos 30 dias. Pela série
de variações quadrissemanais, trata-se da menor taxa desde junho de 1999.
No encerramento de maio, o índice havia apontado queda média de 0,22%
nos preços em São Paulo. Na primeira quadrissemana de junho, a maior queda
foi do grupo Alimentação, de 1,32%. Já a alta mais expressiva ficou com
Vestuário, de 0,6%. Os demais itens pesquisados pela Fipe apresentaram
as seguintes variações: Habitação, queda de 0,03%; Transportes, baixa
de 0,7%; Despesas Pessoais, redução de 0,2%; Saúde, alta de 0,54%; Educação,
aumento de 0,07%. (Folha de São Paulo - 12.06.2006) 5 Focus: previsão de nova queda nos juros O mercado financeiro
espera que os juros tenham nova queda na reunião do Copom de julho e alcancem
14,75% ao ano. A previsão mostra que atual turbulência nos mercados internacionais
devido à expectativa de novas altas de juros nos Estados Unidos não assustou
os investidores brasileiros. Até o momento a turbulência só afetou as
expectativas de longo prazo. O mercado, que esperava que os juros encerrassem
este ano em 14,25%, agora já acredita em uma taxa de 14,5% em dezembro.
O mercado acredita que os juros continuarão em queda devido às expectativas
de que a inflação mantenha-se sob controle nos próximos meses. Com pressões
apenas pontuais, o mercado acredita que o IPCA encerre este ano em apenas
4,22%. Foi a segunda semana seguida que as instituições financeiras reduziram
suas expectativas de inflação, na semana anterior a estimativa era de
4,31%. O boletim também traz previsões para o crescimento do PIB (3,6%
neste ano), produção industrial (alta de 4,28%) e balança comercial (superávit
de US$ 40 bilhões). (Folha de São Paulo - 12.06.2006) O dólar abriu em queda nesta segunda-feira com uma variação negativa de 0,08%, mas logo em seguida passou a subir 0,04%. Às 11h45min, o dólar ampliou a tendência de alta para 0,35% e está sendo vendida a R$ 2,269. Na sexta-feira (09/06), a moeda americana fechou em baixa de 0,48%, cotada a R$ 2,259 para a compra e R$ 2,261 para a venda. Na mínima do dia, a divisa atingiu R$ 2,247 e, na máxima, foi cotada a R$ 2,275. No acumulado da semana, o dólar apurou baixa de 0,75%. (O Globo Online e Valor Online - 12.06.2006)
Internacional 1 Argentina aceita aumento do preço de gás A Argentina
aceitou um aumento no preço do gás que compra da Bolívia, informou o presidente
boliviano Evo Morales. O governante revelou que as negociações com seu
colega argentino avançaram até estabelecer um aumento inicial de um dólar
e meio. Atualmente, a Argentina paga US$ 3,35 pelo milhão de BTU. "Até
agora avançamos nas negociações com a Argentina. Chegamos a um dólar e
meio, mas sábado falei com o presidente argentino para lhe dizer que precisamos
aumentar até dois dólares", disse Morales. A Argentina importa atualmente
7,7 milhões de metros cúbicos de gás a US$ 3,3 o milhão de BTU. A Bolívia,
que acaba de nacionalizar seus hidrocarbonetos depois de mais de uma década
nas mãos de consórcios trasnacionais, pediu para Buenos Aires um aumento
até janeiro, quando termina o contrato de fornecimento. "A briga é por
meio dólar. Em todo caso, vamos negociar e pedir para que o povo argentino
e o Governo argentino aumentem esse preço. Depois será com o Brasil e
com outros governos e empresas", destacou. (Jornal do Commercio - 12.06.2006)
2 Bolívia negocia tratado de gás com Paraguai Os governos
da Bolívia e do Paraguai se reuniram para negociar um tratado binacional
na área de gás natural. Segundo comunicado do Ministério dos Hidrocarbonetos
da Bolívia, os paraguaios propuseram uma série de investimentos para industrializar
as reservas bolivianas, em troca de fornecimento de gás para seu mercado
interno. As duas partes fixaram prazo de 180 dias para que os estudos
de viabilidade dos projetos estejam concluídos. Na reunião, o ministro
dos Hidrocarbonetos da Bolívia, Andrés Soliz Rada, reforçou que seu país
só venderá gás a outros mercados se tiver contrapartidas. Uma das principais
exigências é que "parte importante" do gás seja industrializado em território
boliviano, diz a ata da reunião. Além disso, a condução dos negócios deve
ser estatal, segundo determina a nova lei boliviana do setor de petróleo
e gás. O governo paraguaio apresentou projetos de empresas privadas e
disse que está em contato com fontes externas de financiamento. Entre
os projetos, estão gasodutos, plantas de transformação de gás em combustíveis
líquidos e usinas termelétricas. (O Estado de São Paulo - 10.06.2006)
3 Diplomatas de Índia e EUA discutem cooperação nuclear Diplomatas indianos e americanos iniciarão discussões sobre a aplicação do acordo de cooperação nuclear civil entre os dois países."As discussões se realizarão durante três dias a partir de segunda-feira", informou um porta-voz da embaixada americana."Isto significa uma vontade de estabelecer um marco de trabalho para uma cooperação nuclear pacífica em vários campos". O acordo não foi aprovado pelo Congresso americano e suscitou forte oposição, pois a Índia, que fez seu primeiro teste em 1974 e se declarou potência nuclear em 1998, nunca aderiu ao TNP. Os críticos consideram que o acordo poderia reforçar as potências nucleares fora da lei como o Irã e a Coréia do Norte, embora o caráter exemplar de não-proliferação nuclear indiana foi oficialmente reconhecido. A Índia se comprometeu a separar seus programas civis e militares e a deixar a AIEA controlar suas instalações civis. A Índia também aceita colocar 14 de seus 22 reatores sob controle internacional. (Diário do Grande ABC - 11.06.2006) 4 Empresa americana testa nova forma de produzir energia
Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados
sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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