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IFE: nº 1.823 - 06 de junho de 2006
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Aneel analisa pendência de R$ 900 mi deixada pelo apagão
2 Aneel: Taxa de iluminação será separada da conta de luz
3 Empresas prometem ir à justiça contra "taxa do apagão"
4 Rondeau viaja à China para firmar acordo na área de infra-estrutura
5 Comissões debatem cobrança de concessionárias de luz do RJ
6 Comissão pode votar criação do Energer
7 Investimentos no setor de energia no RS chegam a R$ 9,62 bi
8 Curta

Empresas
1 Cesp lança programa de capitalização que deve somar R$ 5,5 bi
2 CPFL Energia considera caro o preço da CTEEP
3 CPFL Energia espera concluir compra de ativos da PSEG
4 Pendência judicial pode atrapalhar privatização da Cteep
5 Desverticalização da CEEE
6 CEEE economiza R$ 5 milhões com pregão
7 Elektro tem prejuízo de R$ 70 mi anuais com fraudes em energia
8 Eletropaulo pode cortar luz de consumidores inadimplentes no Grande ABC

9 Itaipu inicia investigações sobre causas de incêndio

10 Cotações da Eletrobrás

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 84,1%
2 Sul: nível dos reservatórios está em 30%
3 NE apresenta 95,1% de capacidade armazenada

4 Norte tem 98,4% da capacidade de armazenamento

Gás e Termelétricas
1 Adiada reunião ministerial sobre Gasoduto do Sul
2 Brasil e China concluem acordo para Candiota III
3 Copel vai investir R$ 50 mi em Araucária
4 Consumo de gás natural em aumenta 13,31% em Pernambuco
5 Rondeau fala sobre Usina Angra III

Grandes Consumidores
1 PwC: mineradoras devem repetir lucro recorde
2 PwC: instabilidade na Venezuela e Bolívia pode ser benéfica para o Brasil

Economia Brasileira
1 Indústria pode desacelerar no 2º trimestre
2 IBGE: produção industrial fica estável em abril ante março

3 CNI: cenário positivo para indústria este ano
4 Aumenta demanda por equipamentos para obras de infra-estrutura
5 Grupo de conjuntura da UFRJ: oscilação ajuda câmbio
6 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Kirchner dificulta acordo com a Bolívia
2 Endesa consegue crédito de € 2,7 bi

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Aneel analisa pendência de R$ 900 mi deixada pelo apagão

A diretoria da Aneel decide hoje quem pagará uma conta de pelo menos R$ 900 milhões proveniente de um esqueleto do racionamento ocorrido em 2001 - a RTE (Recomposição Tarifária Extraordinária). O parecer divulgado ontem pela agência recomenda que essa dívida seja arcada pelas distribuidoras de energia elétrica. Mas a agência propõe também que a cobrança do encargo daqui por diante deverá feito pelos grandes consumidores de energia. (Valor Econômico - 06.06.2006)

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2 Aneel: Taxa de iluminação será separada da conta de luz

A Aneel vai publicar uma norma, provavelmente em junho, obrigando as distribuidoras de energia elétrica a exibir dois códigos de barra para cobrar, separadamente, a conta de energia elétrica e a taxa de iluminação pública. A taxa é embutida na conta de luz. A cobrança em separado da conta de luz e da taxa de energia pública foi aprovado pela Aneel em janeiro último. Além de publicar a norma (com as regras da cobrança), a Aneel estabelecerá um prazo para que as distribuidoras cumpram essa determinação. O ex-diretor da Aneel, Isaac Averbuch, criticou o modo como é cobrada a taxa de iluminação pública, que, geralmente, é um percentual que incide sobre o consumo do cliente. Isso significa que o consumidor que aumenta o consumo paga mais. (Eletrosul - 06.06.2006)

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3 Empresas prometem ir à justiça contra "taxa do apagão"

As empresas que atuam no mercado livre de energia elétrica prometem uma avalanche de processos judiciais, caso a Aneel aprove hoje, em audiência pública, a "taxa do apagão" (RTE) aos consumidores que saíram do mercado cativo após a vigência da taxa, em 2002. Caso haja a cobrança, que é retroativa, os consumidores livres terão que pagar R$ 900 milhões para as distribuidoras. (Gazeta Mercantil - 06.06.2006)

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4 Rondeau viaja à China para firmar acordo na área de infra-estrutura

O ministro Silas Rondeau, passará a semana em viagem oficial à República Popular da China onde assinará, em Pequim, o Acordo de Cooperação na Área de Infra-estrutura. Segundo informações do MME, o acordo prevê, entre outros, a imediata revitalização dos parques geradores de Manaus e Macapá e a construção da Fase C da Termelétrica Candiota II, no Rio Grande do Sul. O referido acordo será submetido à apreciação e aprovação do Congresso Nacional. (Agência Canal Energia - 05.06.2006)

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5 Comissões debatem cobrança de concessionárias de luz do RJ

A Comissão de Defesa do Consumidor vai realizar no dia 8 de junho audiência pública para ouvir a concessionária de energia elétrica Ampla sobre a substituição dos tradicionais medidores de consumo de energia por novos modelos digitais com chip. A audiência, que terá a participação da Comissão de Minas e Energia, também discutirá as alterações nas datas de vencimento das contas de energia da Light. Um dos deputados que solicitaram a audiência com a Ampla, Reinaldo Betão, considera "desastrosa" a substituição dos tradicionais medidores. A medida, segundo ele, tem causado sérios problemas a milhões de consumidores em 60 municípios da Baixada Fluminense. Betão observa que as contas aumentaram em cerca de 500%. O deputado afirma que os novos medidores com chip importado do Chile foram instalados no alto dos postes, o que inviabiliza o acompanhamento por parte do usuário de energia. (Elétrica - 05.06.2006)

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6 Comissão pode votar criação do Energer

A Comissão da Amazônia, Integração Nacional e Desenvolvimento Regional pode votar na quarta-feira (07/06) o Projeto de Lei 6176/05, do deputado Carlos Souza, que cria o Programa de Financiamento de Geração de Energia (Energer), com o objetivo de incentivar a instalação de unidades geradoras de energia elétrica de pequeno porte (com capacidade de até 100 kW) para atender consumidores residenciais e rurais na Amazônia. A relatora, deputada Vanessa Grazziotin, recomenda a aprovação da proposta. (Elétrica - 05.06.2006)

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7 Investimentos no setor de energia no RS chegam a R$ 9,62 bi

O balanço da Secretaria de Desenvolvimento e Assuntos Internacionais (Sedai) sobre os investimentos no setor de energia no período de janeiro de 2003 a abril de 2006 mostra a existência de 42 projetos confirmados, alguns já realizados, outros em execução ou em fase de estudos. Segundo o secretário de Energia, Minas e Comunicações, José Carlos Brack, todos os projetos atingem um montante de R$ 9,628 bilhões de investimentos. Brack informa que os investimentos envolvem programas de biodiesel, de energia eólica, de PCHs e de usinas termelétricas à biomassa. Entre todos os investimentos atraídos pelo estado, o setor de energia foi o que mais atraiu interessados - 40% do total. No segundo posto ficou a área de celulose, com R$ 6,7 bilhões, seguido do setor metal-mecânico, com R$ 4,2 bilhões. No total, o RS atraiu R$ 25,3 bilhões em investimentos de 2003 até agora, conforme os números da Sedai. Este volume de recursos coloca o atual governo entre os que mais receberam investimentos na história do Estado. (Elétrica - 05.06.2006)

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8 Curta

O governo trabalha para licitar ainda este ano o complexo hidrelétrico do Rio Madeira, com potência de 6,4 mil MW, projeto considerado fundamental para o abastecimento do país a partir de 2011. O presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, disse ontem que falta só fechar os detalhes do modelo da concessão, que deve ser diferente dos outros projetos de geração elétrica. (O Estado de São Paulo - 06.06.2006)

O deputado Sandro Matos (PTB-RJ) solicitou que a Light esclarecesse as razões que motivaram alterações nas datas de vencimento e contas de meses antecipados, feitas sem a autorização dos clientes. (Elétrica - 05.06.2006)


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Empresas

1 Cesp lança programa de capitalização que deve somar R$ 5,5 bi

A Cesp anunciou um programa de capitalização que envolve uma oferta pública primária e secundária de até R$ 2,88 bilhões em ações, outra de debêntures de até R$ 2 bilhões e um fundo de investimento em direitos creditórios de até R$ 650 milhões. A oferta de ações poderá ser equivalente a até três vezes os R$ 960 milhões que o governo paulista, controlador da Cesp, espera receber com o leilão da Cteep. (Gazeta Mercantil- 06.06.2006)

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2 CPFL Energia considera caro o preço da CTEEP

O presidente da CPFL Energia, Wilson Ferreira Júnior, considerou o preço de venda da CTEEP caro, mas a empresa mantém o interesse no leilão de privatização. O edital do governo de São Paulo, dono da CTEEP, prevê R$ 24,11 por lote de mil ações, o que representaria investimento de pelo menos R$ 760 milhões por parte do comprador. Ferreira disse que está levando em consideração o fato de a CTEPP ter apenas mais nove anos de concessão para exploração do serviço. "Considerando esse horizonte de prazo, o preço está caro", argumentou. É possível que a Aneel faça aditivo ao contrato ampliando o prazo de concessão. O problema é que a Aneel só deverá examinar a questão duas semanas depois do leilão, o que gera dúvida nos investidores. Apesar desses senões, o executivo reiterou o interesse da CPFL nos ativos da CTEEP. Ele observou que a CPFL Energia vem de período de fortes investimentos na área de geração, mas ainda não tem participação no segmento de transmissão. (Jornal do Commercio - 06.06.2006)

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3 CPFL Energia espera concluir compra de ativos da PSEG

A CPFL Energia espera concluir a operação de compra da participação da PSEG na RGE até final do mês. No início do mês passado, o grupo adquiriu por US$ 185 milhões a parcela de 67,032% na distribuidora gaúcha. O negócio envolve ainda os ativos da PSEG na Sul Geradora Participações, PSEG Br. e PSEG Trader, empresa de revenda de energia para a própria RGE nos próximos 10 anos. Segundo o presidente da holding, Wilson Ferreira Jr., o grupo já recebeu autorização da Aneel para concluir operação, mas depende de documentação, ainda pendente, pelos americanos. Somente após a conclusão do negócio é que a CPFL Energia anunciará um plano de ação para a distribuidora. Um dos pontos que devem ser trabalhados pelo grupo, disse Ferreira, refere-se aos indicadores de qualidade da distribuidora. Atualmente, contou ele, o DEC da empresa atinge 23 horas e o FEC, 16 vezes. Além disso, a CPFL Energia também pretende melhorar os níveis de perdas comerciais e de inadimplência da RGE. (Agência Canal Energia - 05.06.2006)

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4 Pendência judicial pode atrapalhar privatização da Cteep

Um imbróglio judicial envolvendo a Eletrobrás e a antiga Eletropaulo pode atrapalhar o processo de privatização da Cteep. Isto porque a holding estatal questiona na Justiça créditos relativos a um financiamento concedido à antiga Eletropaulo para aquisição de equipamentos e materiais destinados para as linhas de transmissão antes do processo de privatização da companhia. Pelas demonstrações financeiras relativas ao exercício de 2005 da transmissora, o valor remanescente desse financiamento seria de R$ 782,967 milhões. A Eletrobrás informou que espera receber o dinheiro referente à dívida, independente de quem for a responsabilidade. Para o presidente da CPFL Energia, Wilson Ferreira Jr., o assunto é um dos itens de preocupação do grupo no processo de privatização da Cteep. Segundo ele, a empresa tem interesse na transmissora, mas a ação envolvendo Eletrobrás, Eletropaulo e Transmissão Paulista dificulta a avaliação da atratividade do ativo. (Agência Canal Energia - 05.06.2006)

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5 Desverticalização da CEEE

A votação do projeto de lei que determina a desverticalização da CEEE deverá entrar em pauta para votação na próxima semana na Assembléia Legislativa gaúcha. Com o envio do projeto, o governo do Estado busca consolidar o processo de desverticalização exigido pelo governo federal, que necessita antes da aprovação do Projeto de Emenda Constitucional 175/2006, encaminhado à AL-RS em fevereiro deste ano. O projeto de lei cria a CEEE Distribuidora S.A. - CEEE-DiSA e uma holding, denominada CEEE-Par. A empresa remanescente da reestruturação será a CEEE - Geradora e Transmissora S.A. - CEEE G&T, que ficará com o atual CNPJ da empresa. A Eletrobrás, que possui um terço da empresa atualmente, ficará com um terço da CEEE-DiSA e com um terço da CEEE G&T. (Gazeta Mercantil - 06.06.2006)

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6 CEEE economiza R$ 5 milhões com pregão

A CEEE economizou R$ 5 milhões desde que implementou a modalidade de licitação via pregão, em abril de 2004. Segundo a empresa, em 2005 a CEEE passou a adotar ainda o modelo Pregão On Line Banrisul, contribuindo para que a empresa registrasse uma redução de custos de 13,98% no ano. No primeiro trimestre de 2006 a economia foi ainda maior: 14,3%. (Agência Canal Energia - 05.06.2006)

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7 Elektro tem prejuízo de R$ 70 mi anuais com fraudes em energia

As fraudes relacionadas ao uso da energia elétrica representam prejuízos da ordem de R$ 70,2 milhões ao ano para a empresa Elektro, que atua em 228 cidades - entre elas Pirassununga, Araras e Itirapina, na região de São Carlos, e atende 1,9 milhão de clientes. A constatação é de Alex Silveira, da empresa Elektro. Segundo ele, cerca de 24 mil fraudes são detectadas por ano. "O que posso dizer é que existe um mercado vendendo fraude", disse o executivo. Para tentar combater as fraudes, a empresa verifica possíveis falhas ou fraudes nos equipamentos, variação de consumo e possui vasta tecnologia para identificar as possíveis. Uma outra medida é instalar no posto, em frente a casa do suspeito de cometer a adulteração, um medidor fiscal - com ele é possível fazer a comparação entre o consumo real de energia e o medido na fatura do cliente. (Elétrica - 05.06.2006)

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8 Eletropaulo pode cortar luz de consumidores inadimplentes no Grande ABC

Pelo menos 27 mil consumidores do Grande ABC, ou 10% do total de clientes inadimplentes da Eletropaulo, correm o risco de ter o fornecimento de energia suspenso por falta de pagamento. A empresa, ao contrário do que ordena a Aneel, estipula prazo máximo de 15 dias após vencimento da conta para corte no serviço. A medida, considerada antipática segundo a própria Eletropaulo, visa diminuir a taxa de inadimplência registrada atualmente. Apenas na região, cerca de R$ 10 milhões são pagos com atraso pelos clientes. Segundo a distribuidora, os clientes são avisados mensalmente de suas obrigações em relação ao vencimento da fatura, porém, segundo a Aneel, esse aviso precisa ser feito de maneira formal, ou seja, por meio de carta enviada apenas com esse propósito e com 15 dias de antecedência. Dessa maneira, é impossível efetuar o corte nos moldes apresentados. O prazo deveria ser modificado para, pelo menos, 18 a 20 dias pelas determinações da agência. O diretor de gestão comercial da Eletropaulo, Victor Kodja, diz que os cortes fazem parte de uma estratégia de conscientização dos consumidores. (Diário do Grande ABC - 06.06.2006)

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9 Itaipu inicia investigações sobre causas de incêndio

A Hidrelétrica Binacional de Itaipu ainda não sabe as causas do incêndio na bucha, peça que conecta os condutores de energia ao transformador da unidade geradora 10. O diretor técnico executivo da usina, Antonio Télo Cardoso, disse que as investigações serão iniciadas assim que o equipamento for retirado do local. "Trabalhamos com a hipótese de curto-circuito causado pelo derramamento do óleo usado, armazenado na máquina", contou Cardoso. A usina de Itaipu opera atualmente com 17 das 18 máquinas que estavam em operação no momento do acidente. Cardoso esclareceu que as usinas do Sudeste compensaram a falta da máquina. (Agência Canal Energia - 05.06.2006)

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10 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 05-06-2006, o IBOVESPA fechou a 36.739,86 pontos, representando uma baixa de 3,17% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 2,9 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização de 2,44%, fechando a 11.241,34 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 44,50 ON e R$ 42,15 PNB, baixa de 3,89% e 2,88%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Na abertura do pregão do dia 06-06-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 43,80 as ações ON, baixa de 1,57% em relação ao dia anterior e R$ 41,70 as ações PNB, baixa de 1,07% em relação ao dia anterior. (Investshop - 06.06.2006)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 84,1%

O nível de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 84,1%, apresentando queda de 0,1% em relação à medição do dia 3 de junho. A usina de Furnas atinge 91,3% de volume de capacidade. (ONS - 04.06.2006)

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2 Sul: nível dos reservatórios está em 30%

A região Sul apresentou queda de 0,2% em relação à última medição, com 30% de capacidade armazenada. A usina de Machadinho apresenta 21,1% de capacidade em seus reservatórios. (ONS - 04.06.2006)

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3 NE apresenta 95,1% de capacidade armazenada

Apresentando queda de 0,1%, o Nordeste está com 95,1% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de Sobradinho opera com 96,2% de volume de capacidade. (ONS - 04.06.2006)

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4 Norte tem 98,4% da capacidade de armazenamento

O nível de armazenamento da região Norte está em 98,4% apresentando leve alta em relação ao dia 3 de junho. A usina de Tucuruí opera com 99,6% de volume de armazenamento. (ONS - 04.06.2006)

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Gás e Termoelétricas

1 Adiada reunião ministerial sobre Gasoduto do Sul

A reunião entre os ministros de Energia de Brasil, Argentina, Bolívia e Venezuela sobre o Gasoduto do Sul que estava prevista para a próxima quarta-feira (07/06) em Caracas foi adiada para a segunda quinzena de junho, disse um porta-voz do ministério da Energia venezuelano. Segundo ele, houve problemas nas agendas dos quatro ministros. No encontro de junho, devem participar também sete equipes técnicas que estudam os problemas e desdobramentos do projeto, entre eles ambientais e econômicos, assim como atividades relacionadas ao gasoduto. (Superávit - 05.06.2006)

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2 Brasil e China concluem acordo para Candiota III

O Brasil e a China concluíram as negociações para o financiamento do equivalente a R$ 1 bilhão para a usina térmica movida a carvão de Candiota III, no Rio Grande do Sul. De acordo com o ministro Silas Rondeau, a taxa de anual de juros do empréstimo concedido pelo International Contracting (Citric) será de aproximadamente 4%. Os chineses deverão responder por 40% da engenharia, projeto e construção da obra que terá uma capacidade instalada de 350 MW. (Jornal de Commercio - 06.06.2006)

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3 Copel vai investir R$ 50 mi em Araucária

Uma visita da direção da Copel às instalações da Usina Elétrica a Gás de Araucária (UEG) marcou a aquisição da termelétrica, que era controlada pela norte-americana El Paso. Com a formalização do negócio, a Copel pode dar início aos investimentos previstos de R$ 11 milhões para que a unidade geradora comece a funcionar, e de até 40 milhões para torná-la "flex", ou tricombustível, capaz de funcionar movida a gás natural, diesel e Hbio. Segundo o presidente da Copel, Rubens Ghilardi, o primeiro passo da empresa será o trabalho nas turbinas para resolver o problema da subfreqüência. A adequação vai ser feita em duas etapas, a primeira por técnicos da Copel e a segunda com a presença da fabricante, a Siemens Westinghouse. A expectativa é que a usina possa começar a operar em janeiro de 2007. "A usina vai começar a vender energia ao mercado brasileiro em 2008, mas antes disso pode vender através de acordos. Pelo nosso cronograma, a expectativa é que ela comece a funcionar a partir de janeiro de 2007", disse o presidente. (Eletrosul - 06.06.2006)

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4 Consumo de gás natural em aumenta 13,31% em Pernambuco

O consumo de gás natural aumentou 13,31% no primeiro quadrimestre do ano em Pernambuco. O volume total consumido no período foi de 979 mil metros cúbicos/dia, contra 864 mil metros cúbicos/dia de janeiro a abril de 2005. O segmento industrial continua puxando o crescimento, tendo registrado uma expansão de cerca de 12% nos primeiros quatro meses de 2006. Hoje, 72 indústrias utilizam gás natural como combustível no estado e respondem pela maior fatia do produto extra-térmica vendido pela Copergás. O resultado segue uma tendência nacional, pois em abril houve queda no volume médio de gás consumido no país. A média diária total caiu de 42,7 milhões de metros cúbicos/dia para 38,44 milhões de metros cúbicos/dia por causa de problemas no gasoduto Brasil-Bolívia. De janeiro a abril houve crescimento de 6,8%, com um total de 41,6 milhões de metros cúbicos/dia, contra 39 milhões no mesmo período de 2005. (Eletrosul - 06.06.2006)

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5 Rondeau fala sobre Usina Angra III

O ministro Silas Rondeau falou sobre a possível retomada das obras da usina nuclear de Angra III. Ele lembrou que o País investiu cerca de US$ 800 milhões em equipamentos e que a construção já possui licença ambiental. (Jornal de Commercio - 06.06.2006)

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Grandes Consumidores

1 PwC: mineradoras devem repetir lucro recorde

As mineradoras mundiais devem superar em 2006 os espetaculares resultados financeiros verificados no ano passado. A escassez de materiais e a conseqüente disparada dos preços, fatores que puxaram para cima o lucro das 40 maiores empresas mundiais do setor em 2005, ainda não deram sinais de folga, o que pode levar o setor a bater novamente recordes de faturamento. "Não há nada que mude drasticamente esse cenário no curto prazo", afirmou Ronaldo Valiño, líder de mineração da PricewaterhouseCoopers (PwC). Entre os principais insumos, somente a produção de minério de ferro cresceu, na ordem de 12%. Todas as minas operaram no limite de sua capacidade e não há perspectivas de curto prazo para a formação de estoques mais confortáveis. Os movimentos de expansão das jazidas devem alavancar investimentos em infra-estrutura, que exigem longo tempo de maturação. As aquisições também devem atrair o interesse das principais siderúrgicas mundiais. Interessadas em verticalizar sua produção, elas partem em busca de fontes de minério de ferro e carvão. (Valor Econômico - 06.06.2006)

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2 PwC: instabilidade na Venezuela e Bolívia pode ser benéfica para o Brasil

No ano passado, os países latino-americanos receberam 23% dos US$ 2,2 bilhões investidos em prospecção mineral no mundo todo. Para os executivos das principais empresas de mineração ouvidos pela PwC, a América Latina continuará entre os principais catalisadores de investimento. Entretanto, esses executivos dividem os países latino-americanos em dois grupos. O primeiro, formado por Bolívia e Venezuela são considerados arriscados para novos investimento, por conta da instabilidade política e das questões fiscais. Já o outro grupo, liderado por Brasil e Argentina podem dar mais tranqüilidade a investidores. "Esse descolamento da Venezuela e Bolívia é benéfico para o Brasil, pois pode atrair mais recursos para pesquisas e desenvolvimento de novas jazidas", disse o líder de mineração da PricewaterhouseCoopers. (Valor Econômico - 06.06.2006)

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Economia Brasileira

1 Indústria pode desacelerar no 2º trimestre

A economia brasileira começou bem o ano, mas economistas esperam uma desaceleração da atividade no segundo trimestre. Ela deve ser mais forte na indústria e talvez não chegue ao comércio porque pode ser fruto de uma maior substituição de produção local por importações. As taxas de crescimento projetadas para o PIB trimestral do período variam de 0,9%, da Mellon Global Investment, a 1% da Austin Rating, que representa a média das estimativas do mercado na comparação com o primeiro trimestre. A Tendências prevê uma expansão maior, de 1,4%, com um desempenho igual ao do primeiro trimestre sustentada no consumo das famílias. Esse crescimento será sustentado por uma indústria crescendo entre 0,6% a 0,7% na média de abril e junho, abaixo dos 1,2% de expansão alcançados no primeiro trimestre. A Mellon desenha um cenário de menor ritmo de produção da indústria até junho. Ela projeta taxas de 0,2% para abril, 0,5% para maio e queda de 0,3% em junho. Esse desempenho é atribuido ao crescimento das importações, por causa do câmbio apreciado e da demanda aquecida devido ao aumento da renda. (Valor Econômico - 06.06.2006)

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2 IBGE: produção industrial fica estável em abril ante março

A produção industrial brasileira ficou estável em abril em relação ao mês anterior, em termos dessazonalizados. Relativamente ao quarto mês de 2005, houve queda de 1,9%. O indicador acumulado do primeiro quadrimestre de 2006 aponta crescimento de 2,9% na comparação com mesmo período do ano passado. Entre as indústrias que aumentaram a produção na passagem do terceiro para o quarto mês deste exercício, o IBGE destacou os desempenhos da metalurgia básica (4,2%), de outros produtos químicos (2%) e de bebidas (3,5%). Por categoria de uso e ainda respeitando a base mensal, o segmento de bens de consumo duráveis viu alta de 1,7% e o de semi e não-duráveis avançaram 1,3% em abril. Bens de capital registraram estabilidade e bens intermediários diminuíram 0,1%. Esse resultado foi influenciado pelo menor número de dias úteis no mês. Nos 12 meses encerrados em abril, viu-se incremento de 2,6%, o que indica uma desaceleração no ritmo de expansão frente à taxa vista em março, de 3,3%. (Valor Econômico - 06.06.2006)

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3 CNI: cenário positivo para indústria este ano

Os economistas da CNI traçam um cenário positivo para a atividade industrial neste ano. A perspectiva é baseada em quatro pontos: redução dos estoques, trajetória de queda dos juros, maior renda das famílias e o espaço que a capacidade industrial tem para atender a uma demanda maior. O crescimento do PIB deve ficar em 3,7% neste ano. Para o PIB industrial, a variação esperada é de 5%. Quanto ao aumento do produto da indústria de transformação, a previsão é de 4,2% em 2006. A "nota destoante" é o câmbio. A valorização do real vem provocando, em alguns setores mais castigados no mercado internacional, uma substituição de insumos nacionais por importados. Cerca de 25% das indústrias têm a intenção de substituir matérias-primas e máquinas por itens importados. Quanto à utilização da capacidade instalada da indústria, foram medidos 81,1% em abril, o que significa estabilização. Os juros reais ainda são muito altos, mas a CNI verificou que a trajetória de queda já é suficiente para aumentar o consumo. (Valor Econômico - 06.06.2006)

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4 Aumenta demanda por equipamentos para obras de infra-estrutura

As indústrias de máquinas e equipamentos para os segmentos de construção civil, infra-estrutura e mineração vivem um momento de forte demanda, com grandes obras em andamento e licitações em curso. Com a maior procura, aumentaram os prazos de entrega e os custos de aluguel das máquinas. O presidente da Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção (Sobratema), Afonso Mamede, disse que o setor está aquecido sobretudo pela forte demanda dos setores exportadores da indústria. Ele citou o alto índice de encomendas das indústrias de mineração e aeronáutica, e o crescimento da demanda da área de saneamento. Mamede disse que um dos sintomas de que o mercado está aquecido são preços das locações de equipamentos, que dispararam. O executivo destacou que outra amostra da forte demanda é o alargamento dos prazos de entrega fornecidos pelas fabricantes de equipamentos de 60 dias, em média, para cerca de seis meses. (Gazeta Mercantil - 06.06.2006)

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5 Grupo de conjuntura da UFRJ: oscilação ajuda câmbio

A volatilidade que predomina no mercado financeiro desde que o Fed aumentou a taxa de juros pode trazer efeitos benéficos para a economia brasileira, segundo a Carta de Conjuntura de maio da UFRJ. De acordo com o documento, o Grupo de Conjuntura avalia que a turbulência permite a correção da valorização da taxa de câmbio sem custos adicionais ao BC. "A turbulência vai minimizar a valorização do real. O Bacen realizou leilões de compra de dólar para aumentar o preço da moeda e essa operação tem um custo. Com a volatilidade dos mercados, o BC não precisará intervir no mercado de câmbio para aumentar a cotação do dólar", afirmou Antonio Licha, economista do grupo. O grupo projeta taxa de câmbio de R$ 2,25 no fim do ano e média anual de R$ 2,20. Em relação aos juros, a estimativa é que a Selic chegue a dezembro em 14% ao ano. Na avaliação dos economistas da UFRJ, a turbulência dos mercados financeiros não deve se prolongar por muito tempo. (Folha de São Paulo - 06.06.2006)

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6 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial abriu em alta. Às 10h06min a moeda americana subia 0,80%. Ontem, o dólar fechou com queda de 1,18%, a R$ 2,249 na compra e R$ 2,251 e na venda. Ao longo do dia, a divisa alcançou R$ 2,276 no maior preço e R$ 2,242 na menor cotação, sempre em baixa. O giro interbancário somou US$ 1,3 bilhão. (O Globo Online e Valor Online - 06.06.2006)

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Internacional

1 Kirchner dificulta acordo com a Bolívia

A revelação do presidente da Argentina, Néstor Kirchner, de que seu país reexporta gás boliviano ao Chile dificultou as conversas com a Bolívia sobre o novo custo do combustível vendido por este país. "As dificuldades começaram no momento em que Kirchner declarou que o gás é para o Chile", disse o ministro de Hidrocarbonetos da Bolívia, Andrés Soliz Rada. La Paz e Santiago mantém uma relação diplomática somente no nível consular devido à centenária reivindicação boliviana pela restituição de um acesso ao Pacífico. "Se a Argentina vai pegar todo esse gás e dar ao Chile, nós, nessas condições, temos que discutir com os argentinos, já que dessa maneira atentaríamos contra o plebiscito, que falava da política gás por mar", apontou Soliz. No caso do Brasil, o presidente de YPFB, Jorge Alvarado, antecipou que o diálogo será reiniciado provavelmente nesta semana. (Gazeta Mercantil - 06.06.2006)

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2 Endesa consegue crédito de € 2,7 bi

A Endesa anunciou nesta segunda-feira, que conseguiu uma linha de crédito de 2,7 bilhões de euros, composta por dois tranches de 1,35 bilhão de euros. Segundo a empresa, a operação permitirá aumentar a liquidez da companhia até 6,7 bilhões de euros. O tranche A terá duração de um ano e a B, de dois anos, com condições competitivas, de acordo com a Endesa. A linha de crédito foi disponibilizada por 15 instituições bancárias, sendo três espanholas e as outras estrangeiras, o que permitiu estruturar a operação na modalidade Club Deal sem a necessidade de recorrer ao processo de sindicalização. (Agência Canal Energia - 05.06.2006)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Beatriz Mello Affonso, Marcelo Machado, Guilherme Branquinho e Larissa Barbosa

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