l IFE: nº 1.823 - 06
de junho de 2006 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Reestruturação do Setor 1 Aneel analisa pendência de R$ 900 mi deixada pelo apagão A diretoria
da Aneel decide hoje quem pagará uma conta de pelo menos R$ 900 milhões
proveniente de um esqueleto do racionamento ocorrido em 2001 - a RTE (Recomposição
Tarifária Extraordinária). O parecer divulgado ontem pela agência recomenda
que essa dívida seja arcada pelas distribuidoras de energia elétrica.
Mas a agência propõe também que a cobrança do encargo daqui por diante
deverá feito pelos grandes consumidores de energia. (Valor Econômico -
06.06.2006) 2 Aneel: Taxa de iluminação será separada da conta de luz A Aneel
vai publicar uma norma, provavelmente em junho, obrigando as distribuidoras
de energia elétrica a exibir dois códigos de barra para cobrar, separadamente,
a conta de energia elétrica e a taxa de iluminação pública. A taxa é embutida
na conta de luz. A cobrança em separado da conta de luz e da taxa de energia
pública foi aprovado pela Aneel em janeiro último. Além de publicar a
norma (com as regras da cobrança), a Aneel estabelecerá um prazo para
que as distribuidoras cumpram essa determinação. O ex-diretor da Aneel,
Isaac Averbuch, criticou o modo como é cobrada a taxa de iluminação pública,
que, geralmente, é um percentual que incide sobre o consumo do cliente.
Isso significa que o consumidor que aumenta o consumo paga mais. (Eletrosul
- 06.06.2006) 3 Empresas prometem ir à justiça contra "taxa do apagão" As empresas
que atuam no mercado livre de energia elétrica prometem uma avalanche
de processos judiciais, caso a Aneel aprove hoje, em audiência pública,
a "taxa do apagão" (RTE) aos consumidores que saíram do mercado cativo
após a vigência da taxa, em 2002. Caso haja a cobrança, que é retroativa,
os consumidores livres terão que pagar R$ 900 milhões para as distribuidoras.
(Gazeta Mercantil - 06.06.2006) 4
Rondeau viaja à China para firmar acordo na área de infra-estrutura 5 Comissões debatem cobrança de concessionárias de luz do RJ A Comissão
de Defesa do Consumidor vai realizar no dia 8 de junho audiência pública
para ouvir a concessionária de energia elétrica Ampla sobre a substituição
dos tradicionais medidores de consumo de energia por novos modelos digitais
com chip. A audiência, que terá a participação da Comissão de Minas e
Energia, também discutirá as alterações nas datas de vencimento das contas
de energia da Light. Um dos deputados que solicitaram a audiência com
a Ampla, Reinaldo Betão, considera "desastrosa" a substituição dos tradicionais
medidores. A medida, segundo ele, tem causado sérios problemas a milhões
de consumidores em 60 municípios da Baixada Fluminense. Betão observa
que as contas aumentaram em cerca de 500%. O deputado afirma que os novos
medidores com chip importado do Chile foram instalados no alto dos postes,
o que inviabiliza o acompanhamento por parte do usuário de energia. (Elétrica
- 05.06.2006) 6 Comissão pode votar criação do Energer A Comissão
da Amazônia, Integração Nacional e Desenvolvimento Regional pode votar
na quarta-feira (07/06) o Projeto de Lei 6176/05, do deputado Carlos Souza,
que cria o Programa de Financiamento de Geração de Energia (Energer),
com o objetivo de incentivar a instalação de unidades geradoras de energia
elétrica de pequeno porte (com capacidade de até 100 kW) para atender
consumidores residenciais e rurais na Amazônia. A relatora, deputada Vanessa
Grazziotin, recomenda a aprovação da proposta. (Elétrica - 05.06.2006)
7 Investimentos no setor de energia no RS chegam a R$ 9,62 bi O balanço da Secretaria de Desenvolvimento e Assuntos Internacionais (Sedai) sobre os investimentos no setor de energia no período de janeiro de 2003 a abril de 2006 mostra a existência de 42 projetos confirmados, alguns já realizados, outros em execução ou em fase de estudos. Segundo o secretário de Energia, Minas e Comunicações, José Carlos Brack, todos os projetos atingem um montante de R$ 9,628 bilhões de investimentos. Brack informa que os investimentos envolvem programas de biodiesel, de energia eólica, de PCHs e de usinas termelétricas à biomassa. Entre todos os investimentos atraídos pelo estado, o setor de energia foi o que mais atraiu interessados - 40% do total. No segundo posto ficou a área de celulose, com R$ 6,7 bilhões, seguido do setor metal-mecânico, com R$ 4,2 bilhões. No total, o RS atraiu R$ 25,3 bilhões em investimentos de 2003 até agora, conforme os números da Sedai. Este volume de recursos coloca o atual governo entre os que mais receberam investimentos na história do Estado. (Elétrica - 05.06.2006) 8
Curta O deputado Sandro Matos (PTB-RJ) solicitou que a Light esclarecesse as razões que motivaram alterações nas datas de vencimento e contas de meses antecipados, feitas sem a autorização dos clientes. (Elétrica - 05.06.2006)
Empresas 1 Cesp lança programa de capitalização que deve somar R$ 5,5 bi A Cesp anunciou
um programa de capitalização que envolve uma oferta pública primária e
secundária de até R$ 2,88 bilhões em ações, outra de debêntures de até
R$ 2 bilhões e um fundo de investimento em direitos creditórios de até
R$ 650 milhões. A oferta de ações poderá ser equivalente a até três vezes
os R$ 960 milhões que o governo paulista, controlador da Cesp, espera
receber com o leilão da Cteep. (Gazeta Mercantil- 06.06.2006) 2 CPFL Energia considera caro o preço da CTEEP O presidente da CPFL Energia, Wilson Ferreira Júnior, considerou o preço de venda da CTEEP caro, mas a empresa mantém o interesse no leilão de privatização. O edital do governo de São Paulo, dono da CTEEP, prevê R$ 24,11 por lote de mil ações, o que representaria investimento de pelo menos R$ 760 milhões por parte do comprador. Ferreira disse que está levando em consideração o fato de a CTEPP ter apenas mais nove anos de concessão para exploração do serviço. "Considerando esse horizonte de prazo, o preço está caro", argumentou. É possível que a Aneel faça aditivo ao contrato ampliando o prazo de concessão. O problema é que a Aneel só deverá examinar a questão duas semanas depois do leilão, o que gera dúvida nos investidores. Apesar desses senões, o executivo reiterou o interesse da CPFL nos ativos da CTEEP. Ele observou que a CPFL Energia vem de período de fortes investimentos na área de geração, mas ainda não tem participação no segmento de transmissão. (Jornal do Commercio - 06.06.2006) 3 CPFL Energia espera concluir compra de ativos da PSEG A CPFL Energia
espera concluir a operação de compra da participação da PSEG na RGE até
final do mês. No início do mês passado, o grupo adquiriu por US$ 185 milhões
a parcela de 67,032% na distribuidora gaúcha. O negócio envolve ainda
os ativos da PSEG na Sul Geradora Participações, PSEG Br. e PSEG Trader,
empresa de revenda de energia para a própria RGE nos próximos 10 anos.
Segundo o presidente da holding, Wilson Ferreira Jr., o grupo já recebeu
autorização da Aneel para concluir operação, mas depende de documentação,
ainda pendente, pelos americanos. Somente após a conclusão do negócio
é que a CPFL Energia anunciará um plano de ação para a distribuidora.
Um dos pontos que devem ser trabalhados pelo grupo, disse Ferreira, refere-se
aos indicadores de qualidade da distribuidora. Atualmente, contou ele,
o DEC da empresa atinge 23 horas e o FEC, 16 vezes. Além disso, a CPFL
Energia também pretende melhorar os níveis de perdas comerciais e de inadimplência
da RGE. (Agência Canal Energia - 05.06.2006) 4
Pendência judicial pode atrapalhar privatização da Cteep A votação
do projeto de lei que determina a desverticalização da CEEE deverá entrar
em pauta para votação na próxima semana na Assembléia Legislativa gaúcha.
Com o envio do projeto, o governo do Estado busca consolidar o processo
de desverticalização exigido pelo governo federal, que necessita antes
da aprovação do Projeto de Emenda Constitucional 175/2006, encaminhado
à AL-RS em fevereiro deste ano. O projeto de lei cria a CEEE Distribuidora
S.A. - CEEE-DiSA e uma holding, denominada CEEE-Par. A empresa remanescente
da reestruturação será a CEEE - Geradora e Transmissora S.A. - CEEE G&T,
que ficará com o atual CNPJ da empresa. A Eletrobrás, que possui um terço
da empresa atualmente, ficará com um terço da CEEE-DiSA e com um terço
da CEEE G&T. (Gazeta Mercantil - 06.06.2006) 6 CEEE economiza R$ 5 milhões com pregão A CEEE economizou
R$ 5 milhões desde que implementou a modalidade de licitação via pregão,
em abril de 2004. Segundo a empresa, em 2005 a CEEE passou a adotar ainda
o modelo Pregão On Line Banrisul, contribuindo para que a empresa registrasse
uma redução de custos de 13,98% no ano. No primeiro trimestre de 2006
a economia foi ainda maior: 14,3%. (Agência Canal Energia - 05.06.2006)
7 Elektro tem prejuízo de R$ 70 mi anuais com fraudes em energia As fraudes
relacionadas ao uso da energia elétrica representam prejuízos da ordem
de R$ 70,2 milhões ao ano para a empresa Elektro, que atua em 228 cidades
- entre elas Pirassununga, Araras e Itirapina, na região de São Carlos,
e atende 1,9 milhão de clientes. A constatação é de Alex Silveira, da
empresa Elektro. Segundo ele, cerca de 24 mil fraudes são detectadas por
ano. "O que posso dizer é que existe um mercado vendendo fraude", disse
o executivo. Para tentar combater as fraudes, a empresa verifica possíveis
falhas ou fraudes nos equipamentos, variação de consumo e possui vasta
tecnologia para identificar as possíveis. Uma outra medida é instalar
no posto, em frente a casa do suspeito de cometer a adulteração, um medidor
fiscal - com ele é possível fazer a comparação entre o consumo real de
energia e o medido na fatura do cliente. (Elétrica - 05.06.2006) 8 Eletropaulo pode cortar luz de consumidores inadimplentes no Grande ABC Pelo menos 27 mil consumidores do Grande ABC, ou 10% do total de clientes inadimplentes da Eletropaulo, correm o risco de ter o fornecimento de energia suspenso por falta de pagamento. A empresa, ao contrário do que ordena a Aneel, estipula prazo máximo de 15 dias após vencimento da conta para corte no serviço. A medida, considerada antipática segundo a própria Eletropaulo, visa diminuir a taxa de inadimplência registrada atualmente. Apenas na região, cerca de R$ 10 milhões são pagos com atraso pelos clientes. Segundo a distribuidora, os clientes são avisados mensalmente de suas obrigações em relação ao vencimento da fatura, porém, segundo a Aneel, esse aviso precisa ser feito de maneira formal, ou seja, por meio de carta enviada apenas com esse propósito e com 15 dias de antecedência. Dessa maneira, é impossível efetuar o corte nos moldes apresentados. O prazo deveria ser modificado para, pelo menos, 18 a 20 dias pelas determinações da agência. O diretor de gestão comercial da Eletropaulo, Victor Kodja, diz que os cortes fazem parte de uma estratégia de conscientização dos consumidores. (Diário do Grande ABC - 06.06.2006) 9 Itaipu inicia investigações sobre causas de incêndio A Hidrelétrica Binacional de Itaipu ainda não sabe as causas do incêndio na bucha, peça que conecta os condutores de energia ao transformador da unidade geradora 10. O diretor técnico executivo da usina, Antonio Télo Cardoso, disse que as investigações serão iniciadas assim que o equipamento for retirado do local. "Trabalhamos com a hipótese de curto-circuito causado pelo derramamento do óleo usado, armazenado na máquina", contou Cardoso. A usina de Itaipu opera atualmente com 17 das 18 máquinas que estavam em operação no momento do acidente. Cardoso esclareceu que as usinas do Sudeste compensaram a falta da máquina. (Agência Canal Energia - 05.06.2006) No pregão
do dia 05-06-2006, o IBOVESPA fechou a 36.739,86 pontos, representando
uma baixa de 3,17% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$
2,9 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização
de 2,44%, fechando a 11.241,34 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram
o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 44,50 ON e R$ 42,15 PNB,
baixa de 3,89% e 2,88%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão
anterior. Na abertura do pregão do dia 06-06-2006 as ações da Eletrobrás
foram cotadas a R$ 43,80 as ações ON, baixa de 1,57% em relação ao dia
anterior e R$ 41,70 as ações PNB, baixa de 1,07% em relação ao dia anterior.
(Investshop - 06.06.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 84,1% O nível
de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 84,1%, apresentando
queda de 0,1% em relação à medição do dia 3 de junho. A usina de Furnas
atinge 91,3% de volume de capacidade. (ONS - 04.06.2006) 2 Sul: nível dos reservatórios está em 30% A região Sul apresentou queda de 0,2% em relação à última medição, com 30% de capacidade armazenada. A usina de Machadinho apresenta 21,1% de capacidade em seus reservatórios. (ONS - 04.06.2006) 3 NE apresenta 95,1% de capacidade armazenada Apresentando
queda de 0,1%, o Nordeste está com 95,1% de sua capacidade de armazenamento.
O reservatório de Sobradinho opera com 96,2% de volume de capacidade.
(ONS - 04.06.2006) 4 Norte tem 98,4% da capacidade de armazenamento O nível
de armazenamento da região Norte está em 98,4% apresentando leve alta
em relação ao dia 3 de junho. A usina de Tucuruí opera com 99,6% de volume
de armazenamento. (ONS - 04.06.2006)
Gás e Termoelétricas 1 Adiada reunião ministerial sobre Gasoduto do Sul A reunião entre os ministros de Energia de Brasil, Argentina, Bolívia e Venezuela sobre o Gasoduto do Sul que estava prevista para a próxima quarta-feira (07/06) em Caracas foi adiada para a segunda quinzena de junho, disse um porta-voz do ministério da Energia venezuelano. Segundo ele, houve problemas nas agendas dos quatro ministros. No encontro de junho, devem participar também sete equipes técnicas que estudam os problemas e desdobramentos do projeto, entre eles ambientais e econômicos, assim como atividades relacionadas ao gasoduto. (Superávit - 05.06.2006) 2 Brasil e China concluem acordo para Candiota III O Brasil
e a China concluíram as negociações para o financiamento do equivalente
a R$ 1 bilhão para a usina térmica movida a carvão de Candiota III, no
Rio Grande do Sul. De acordo com o ministro Silas Rondeau, a taxa de anual
de juros do empréstimo concedido pelo International Contracting (Citric)
será de aproximadamente 4%. Os chineses deverão responder por 40% da engenharia,
projeto e construção da obra que terá uma capacidade instalada de 350
MW. (Jornal de Commercio - 06.06.2006) 3 Copel vai investir R$ 50 mi em Araucária Uma visita
da direção da Copel às instalações da Usina Elétrica a Gás de Araucária
(UEG) marcou a aquisição da termelétrica, que era controlada pela norte-americana
El Paso. Com a formalização do negócio, a Copel pode dar início aos investimentos
previstos de R$ 11 milhões para que a unidade geradora comece a funcionar,
e de até 40 milhões para torná-la "flex", ou tricombustível, capaz de
funcionar movida a gás natural, diesel e Hbio. Segundo o presidente da
Copel, Rubens Ghilardi, o primeiro passo da empresa será o trabalho nas
turbinas para resolver o problema da subfreqüência. A adequação vai ser
feita em duas etapas, a primeira por técnicos da Copel e a segunda com
a presença da fabricante, a Siemens Westinghouse. A expectativa é que
a usina possa começar a operar em janeiro de 2007. "A usina vai começar
a vender energia ao mercado brasileiro em 2008, mas antes disso pode vender
através de acordos. Pelo nosso cronograma, a expectativa é que ela comece
a funcionar a partir de janeiro de 2007", disse o presidente. (Eletrosul
- 06.06.2006) 4 Consumo de gás natural em aumenta 13,31% em Pernambuco O consumo
de gás natural aumentou 13,31% no primeiro quadrimestre do ano em Pernambuco.
O volume total consumido no período foi de 979 mil metros cúbicos/dia,
contra 864 mil metros cúbicos/dia de janeiro a abril de 2005. O segmento
industrial continua puxando o crescimento, tendo registrado uma expansão
de cerca de 12% nos primeiros quatro meses de 2006. Hoje, 72 indústrias
utilizam gás natural como combustível no estado e respondem pela maior
fatia do produto extra-térmica vendido pela Copergás. O resultado segue
uma tendência nacional, pois em abril houve queda no volume médio de gás
consumido no país. A média diária total caiu de 42,7 milhões de metros
cúbicos/dia para 38,44 milhões de metros cúbicos/dia por causa de problemas
no gasoduto Brasil-Bolívia. De janeiro a abril houve crescimento de 6,8%,
com um total de 41,6 milhões de metros cúbicos/dia, contra 39 milhões
no mesmo período de 2005. (Eletrosul - 06.06.2006) 5 Rondeau fala sobre Usina Angra III O ministro Silas Rondeau falou sobre a possível retomada das obras da usina nuclear de Angra III. Ele lembrou que o País investiu cerca de US$ 800 milhões em equipamentos e que a construção já possui licença ambiental. (Jornal de Commercio - 06.06.2006)
Grandes Consumidores 1 PwC: mineradoras devem repetir lucro recorde As mineradoras
mundiais devem superar em 2006 os espetaculares resultados financeiros
verificados no ano passado. A escassez de materiais e a conseqüente disparada
dos preços, fatores que puxaram para cima o lucro das 40 maiores empresas
mundiais do setor em 2005, ainda não deram sinais de folga, o que pode
levar o setor a bater novamente recordes de faturamento. "Não há nada
que mude drasticamente esse cenário no curto prazo", afirmou Ronaldo Valiño,
líder de mineração da PricewaterhouseCoopers (PwC). Entre os principais
insumos, somente a produção de minério de ferro cresceu, na ordem de 12%.
Todas as minas operaram no limite de sua capacidade e não há perspectivas
de curto prazo para a formação de estoques mais confortáveis. Os movimentos
de expansão das jazidas devem alavancar investimentos em infra-estrutura,
que exigem longo tempo de maturação. As aquisições também devem atrair
o interesse das principais siderúrgicas mundiais. Interessadas em verticalizar
sua produção, elas partem em busca de fontes de minério de ferro e carvão.
(Valor Econômico - 06.06.2006) 2 PwC: instabilidade na Venezuela e Bolívia pode ser benéfica para o Brasil No ano passado,
os países latino-americanos receberam 23% dos US$ 2,2 bilhões investidos
em prospecção mineral no mundo todo. Para os executivos das principais
empresas de mineração ouvidos pela PwC, a América Latina continuará entre
os principais catalisadores de investimento. Entretanto, esses executivos
dividem os países latino-americanos em dois grupos. O primeiro, formado
por Bolívia e Venezuela são considerados arriscados para novos investimento,
por conta da instabilidade política e das questões fiscais. Já o outro
grupo, liderado por Brasil e Argentina podem dar mais tranqüilidade a
investidores. "Esse descolamento da Venezuela e Bolívia é benéfico para
o Brasil, pois pode atrair mais recursos para pesquisas e desenvolvimento
de novas jazidas", disse o líder de mineração da PricewaterhouseCoopers.
(Valor Econômico - 06.06.2006)
Economia Brasileira 1 Indústria pode desacelerar no 2º trimestre A economia brasileira começou bem o ano, mas economistas esperam uma desaceleração da atividade no segundo trimestre. Ela deve ser mais forte na indústria e talvez não chegue ao comércio porque pode ser fruto de uma maior substituição de produção local por importações. As taxas de crescimento projetadas para o PIB trimestral do período variam de 0,9%, da Mellon Global Investment, a 1% da Austin Rating, que representa a média das estimativas do mercado na comparação com o primeiro trimestre. A Tendências prevê uma expansão maior, de 1,4%, com um desempenho igual ao do primeiro trimestre sustentada no consumo das famílias. Esse crescimento será sustentado por uma indústria crescendo entre 0,6% a 0,7% na média de abril e junho, abaixo dos 1,2% de expansão alcançados no primeiro trimestre. A Mellon desenha um cenário de menor ritmo de produção da indústria até junho. Ela projeta taxas de 0,2% para abril, 0,5% para maio e queda de 0,3% em junho. Esse desempenho é atribuido ao crescimento das importações, por causa do câmbio apreciado e da demanda aquecida devido ao aumento da renda. (Valor Econômico - 06.06.2006) 2 IBGE: produção industrial fica estável em abril ante março A produção industrial brasileira ficou estável em abril em relação ao mês anterior, em termos dessazonalizados. Relativamente ao quarto mês de 2005, houve queda de 1,9%. O indicador acumulado do primeiro quadrimestre de 2006 aponta crescimento de 2,9% na comparação com mesmo período do ano passado. Entre as indústrias que aumentaram a produção na passagem do terceiro para o quarto mês deste exercício, o IBGE destacou os desempenhos da metalurgia básica (4,2%), de outros produtos químicos (2%) e de bebidas (3,5%). Por categoria de uso e ainda respeitando a base mensal, o segmento de bens de consumo duráveis viu alta de 1,7% e o de semi e não-duráveis avançaram 1,3% em abril. Bens de capital registraram estabilidade e bens intermediários diminuíram 0,1%. Esse resultado foi influenciado pelo menor número de dias úteis no mês. Nos 12 meses encerrados em abril, viu-se incremento de 2,6%, o que indica uma desaceleração no ritmo de expansão frente à taxa vista em março, de 3,3%. (Valor Econômico - 06.06.2006) 3
CNI: cenário positivo para indústria este ano 4 Aumenta demanda por equipamentos para obras de infra-estrutura As indústrias
de máquinas e equipamentos para os segmentos de construção civil, infra-estrutura
e mineração vivem um momento de forte demanda, com grandes obras em andamento
e licitações em curso. Com a maior procura, aumentaram os prazos de entrega
e os custos de aluguel das máquinas. O presidente da Associação Brasileira
de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção (Sobratema), Afonso Mamede,
disse que o setor está aquecido sobretudo pela forte demanda dos setores
exportadores da indústria. Ele citou o alto índice de encomendas das indústrias
de mineração e aeronáutica, e o crescimento da demanda da área de saneamento.
Mamede disse que um dos sintomas de que o mercado está aquecido são preços
das locações de equipamentos, que dispararam. O executivo destacou que
outra amostra da forte demanda é o alargamento dos prazos de entrega fornecidos
pelas fabricantes de equipamentos de 60 dias, em média, para cerca de
seis meses. (Gazeta Mercantil - 06.06.2006) 5 Grupo de conjuntura da UFRJ: oscilação ajuda câmbio A volatilidade
que predomina no mercado financeiro desde que o Fed aumentou a taxa de
juros pode trazer efeitos benéficos para a economia brasileira, segundo
a Carta de Conjuntura de maio da UFRJ. De acordo com o documento, o Grupo
de Conjuntura avalia que a turbulência permite a correção da valorização
da taxa de câmbio sem custos adicionais ao BC. "A turbulência vai minimizar
a valorização do real. O Bacen realizou leilões de compra de dólar para
aumentar o preço da moeda e essa operação tem um custo. Com a volatilidade
dos mercados, o BC não precisará intervir no mercado de câmbio para aumentar
a cotação do dólar", afirmou Antonio Licha, economista do grupo. O grupo
projeta taxa de câmbio de R$ 2,25 no fim do ano e média anual de R$ 2,20.
Em relação aos juros, a estimativa é que a Selic chegue a dezembro em
14% ao ano. Na avaliação dos economistas da UFRJ, a turbulência dos mercados
financeiros não deve se prolongar por muito tempo. (Folha de São Paulo
- 06.06.2006) O dólar comercial abriu em alta. Às 10h06min a moeda americana subia 0,80%. Ontem, o dólar fechou com queda de 1,18%, a R$ 2,249 na compra e R$ 2,251 e na venda. Ao longo do dia, a divisa alcançou R$ 2,276 no maior preço e R$ 2,242 na menor cotação, sempre em baixa. O giro interbancário somou US$ 1,3 bilhão. (O Globo Online e Valor Online - 06.06.2006)
Internacional 1 Kirchner dificulta acordo com a Bolívia A revelação
do presidente da Argentina, Néstor Kirchner, de que seu país reexporta
gás boliviano ao Chile dificultou as conversas com a Bolívia sobre o novo
custo do combustível vendido por este país. "As dificuldades começaram
no momento em que Kirchner declarou que o gás é para o Chile", disse o
ministro de Hidrocarbonetos da Bolívia, Andrés Soliz Rada. La Paz e Santiago
mantém uma relação diplomática somente no nível consular devido à centenária
reivindicação boliviana pela restituição de um acesso ao Pacífico. "Se
a Argentina vai pegar todo esse gás e dar ao Chile, nós, nessas condições,
temos que discutir com os argentinos, já que dessa maneira atentaríamos
contra o plebiscito, que falava da política gás por mar", apontou Soliz.
No caso do Brasil, o presidente de YPFB, Jorge Alvarado, antecipou que
o diálogo será reiniciado provavelmente nesta semana. (Gazeta Mercantil
- 06.06.2006) 2 Endesa consegue crédito de 2,7 bi A Endesa
anunciou nesta segunda-feira, que conseguiu uma linha de crédito de 2,7
bilhões de euros, composta por dois tranches de 1,35 bilhão de euros.
Segundo a empresa, a operação permitirá aumentar a liquidez da companhia
até 6,7 bilhões de euros. O tranche A terá duração de um ano e a B, de
dois anos, com condições competitivas, de acordo com a Endesa. A linha
de crédito foi disponibilizada por 15 instituições bancárias, sendo três
espanholas e as outras estrangeiras, o que permitiu estruturar a operação
na modalidade Club Deal sem a necessidade de recorrer ao processo de sindicalização.
(Agência Canal Energia - 05.06.2006)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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