l IFE: nº 1.822 - 05
de junho de 2006 Índice Regulação e Reestruturação do Setor Empresas Oferta e Demanda de Energia Elétrica Gás e
Termelétricas Grandes
Consumidores Economia Brasileira Internacional Biblioteca Virtual do SEE Regulação e Reestruturação do Setor 1 Brasil busca novos projetos de geração na Amazônia Com o esgotamento
dos rios das Regiões Sul e Sudeste, o futuro do setor elétrico brasileiro
caminha para a Amazônia. No plano decenal para o setor, a EPE pede o estudo
do potencial de seis rios entre o norte de Mato Grosso e Roraima, em busca
de projetos que garantam a expansão do parque gerador brasileiro no final
da próxima década. Ciente das restrições cada vez maiores, governo e empresas
começam a se movimentar por mudanças na lei ambiental. "Os potenciais
hidrelétricos próximos dos centros consumidores estão, cada vez mais,
se esgotando", explica o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim. Os seis
rios que serão avaliados na região - Juruena, Aripuanã, Sucunduri, Trombetas,
Jari e Rio Branco - têm potência estimada em 14,7 mil MW. Tolmasquim diz
que a próxima fronteira hidrelétrica está no norte de Mato Grosso, onde
estão os rios Juruena e Aripuanã. Um terceiro rio da região, Teles Pires,
já tem cinco aproveitamentos hidrelétricos identificados, com potência
total de 3,236 mil MW. (Jornal do Commercio - 05.06.2006) 2 Ibama prioriza licenciamento de hidrelétricas previstas em leilões O Ibama retoma
as atividades nesta segunda-feira, 5 de junho, após quase um mês de greve.
Entre as principais prioridades do Ibama está a conclusão do processo
de licenciamento ambiental de hidrelétricas previstas nos futuros leilões
de energia. Uma delas é a usina de Estreito. Segundo Luiz Felipe Kunz,
diretor de Licenciamento Ambiental do Ibama, o processo de licenciamento
da usina já estava em fase final quando o instituto entrou em greve. Ele
contou que, a partir de agora, os técnicos devem concluir a análise, além
de emitir o parecer técnico e preparar a minuta de aprovação, em até duas
semanas. Outra prioridade do Ibama é o licenciamento ambiental prévio
para as hidrelétricas do Complexo do Rio Madeira - Jirau (3.300 MW) e
Santo Antônio (3.150 MW). Segundo Kunz, o Ibama já está com o estudo de
impacto ambiental em mãos para análise. "Nossa expectativa é emitir o
parecer técnico ainda em junho para depois iniciarmos as audiências públicas",
explicou. (Agência Canal Energia - 02.06.2006) 3 EPE: Estreito ainda precisa de aprovação da LI A EPE esclareceu
nesta sexta-feira (02/06), que a licença de instalação para a hidrelétrica
de Estreito (1.087 MW) ainda não foi concedida pelo Ibama, ao contrário
do que havia informado anteriormente. Segundo a EPE, a coordenação do
Comitê de Gestão Integrada de Empreendimentos do Setor Elétrico havia
confirmado a aprovação da licença na quinta-feira, dia 1º, mas a greve
do Ibama acabou atrasando a conclusão do processo. A EPE informou ainda
que a nova previsão do Cgise é de que a licença para a usina seja concedida
nos próximos dias. Já no Ibama, a assessoria de imprensa explicou que
o processo está em fase final de análise pela diretoria de Licenciamento
Ambiental. (Agência Canal Energia - 02.06.2006) 4 Furnas e Odebrecht temem manifestações contra
construção do Complexo do Rio Madeira 5 Eletrobrás nega imobilidade do Proinfa Previstas
para começar a operar no início do ano passado, as usinas do Proinfa tiveram
o prazo postergado em função de dificuldades de financiamento. Só depois
da entrada do BNDES, tornou-se possível tirar do papel, em fevereiro,
o primeiro desses empreendimentos: a usina de biomassa de Coruripe, no
estado de Alagoas. Apesar dos atrasos, o Assistente da Diretoria de Engenharia
da Eletrobrás, engenheiro Sebastião Florentino da Silva faz questão de
negar os rumores de imobilidade do Proinfa, suscitados pela lista de fiscalização
da Aneel. "O fato de estar incluído na lista não significa que os projetos
estejam parados. Muitas vezes o que aparece como irregularidade nessa
lista pode ser apenas um documento ou qualquer filigrana burocrática que
não tenha sido encaminhada pelo investidor o que não quer dizer que as
obras estejam paradas", justifica o executivo. (Gazeta Mercantil - 05.06.2006)
6 Proinfa: primeira PCH entra em operação comercial Foi inaugurada
oficialmente a PCH Carlos Gonzato (9 MW), no município de Campo Novo (RS).
A usina é a primeira das 62 PCHs selecionadas pelo Proinfa a entrar em
operação comercial no Brasil, o que ocorreu no último dia 1º de abril,
nove meses antes do prazo estipulado pela Eletrobrás. Com essa nova PCH
estão inseridos 161,7 MW no Rio Grande do Sul no Proinfa. Este é o maior
percentual do País, com 13%, para a construção de oito PCHs, com investimento
total de R$ 500 milhões. A nova PCH Carlos Gonzato teve um investimento
de R$ 25 milhões. A empresa responsável pela PCH é a CESBE - Engenharia
e Empreendimentos, de Curitiba (PR). (Investnews - 05.06.2006) 7 Especialista pede leis em favor de energias alternativas O Brasil precisa mudar a legislação para que seja viável o uso de fontes alternativas de energia. O alerta foi feito pelo especialista em energia renovável Stefan Krauter, durante o 6º Encontro Verde das Américas - Conferência das Américas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. O professor alemão afirmou que a medida ajudaria o país a aproveitar as excelentes condições naturais, que têm sido desperdiçadas. Krauter disse não entender como o Brasil aproveita tão pouco, recursos como a energia eólica e solar. "Ainda falta uma lei que obrigue os concessionários a comprar essas energias no Brasil. Eles cobram muito dos consumidores e pagam pouco aos geradores. Quem investe em parques eólicos, por exemplo, recebe pouco dinheiro quando injeta na rede elétrica. Falta uma lei parecida com a que existe na Itália, na Espanha e na Alemanha", disse Krauter. (Eletrosul - 02.06.2006) 8 RN é o segundo Estado do Nordeste
no cumprimento do Programa Luz para Todos Cerca de 120
índios de etnias do Parque Nacional do Xingu (MT) deixaram ontem as obras
da PCH de Paranatinga, invadidas por eles no dia 1º de junho. Líderes
indígenas querem a demolição da PCH e ameaçam fazer nova invasão na sexta-feira
(09/06). Os líderes indígenas fizeram acordo com o Ministério Público
Federal para negociar nesta semana com a empresa, o fim do empreendimento.
(Jornal do Commercio - 05.06.2006)
Empresas 1 Economática: Lucros de empresas de energia já cresceram 89% desde 2003 Mais do que
repor perdas do racionamento, a RTE pode estar servindo para maximizar
lucros das empresas do setor elétrico. Dados colhidos pela Economática
nos balanços de 28 empresas de capital aberto do setor mostram que, desde
2003, ano em que entrou em vigência a RTE, até 2005, o lucro líquido cresceu
89,3%, totalizando R$ 6,8 bilhões. Também a rentabilidade sobre o patrimônio
líquido do setor vem aumentando. Evoluiu de 6,9% em 2003, para 19% no
primeiro trimestre deste ano. As distribuidoras dizem que fizeram pesados
ajustes, por isso voltaram ao azul. "Os resultados positivos atuais são
explicados por redução de custos, reestruturação financeira e ganhos de
produtividade", diz Ricardo Lima, diretor da Eletropaulo. "A receita do
setor é para remunerar o investimento, não para cobrir perdas do racionamento",
diz Luiz Carlos Guimarães, presidente da Abradee. (Folha de São Paulo
- 05.06.2006) 2 Abradee: distribuidoras provisionaram cerca de R$ 1 bi de RTE não paga As distribuidoras de energia elétrica provisionaram nos seus balanços, até março deste ano, quase R$ 1 bilhão de RTE não paga pelos consumidores que migraram para o mercado livre, segundo dados da Abradee. Só a Eletropaulo teria a receber R$ 193,7 milhões. A geradora do grupo, a AES Tietê, deixou de receber R$ 64,5 milhões de RTE. Ricardo Lima, vice-presidente comercial da Eletropaulo, diz que cerca de 150 clientes da empresa migraram para o mercado livre. "Eles representam 16,8% do mercado total da Eletropaulo e 10% das nossas receitas", diz Lima. (Folha de São Paulo - 05.06.2006) 3 Furnas e Eletronorte: Impacto ambiental sob controle Diante de exigências
ambientais cada vez maiores para projetos do setor elétrico brasileiro,
o cuidado com o meio ambiente tornou-se um imperativo para as empresas
que atuam no segmento. Furnas Centrais Elétricas, operadora de dez usinas
hidrelétricas e duas termelétricas, inclui todas as questões com repercussão
na área ambiental já nos estudos iniciais dos projetos da empresa, em
um nível de detalhamento que supera as exigência legais. A superintendente
de Gestão Ambiental de Furnas, Norma Pinto Vilela, classifica a análise
ambiental das usinas como a mais complexa já elaborado pela companhia.
No caso da Eletronorte, a empresa estabeleceu sua política ambiental por
meio de um processo participativo em que têm voz direta todos os atores
envolvidos no processo, desde a população até orgão ambientais e funcionários
da própria empresa. "A Eletronorte está aplicando 0,5% do valor total
da obra de expansão da Usina de Tucuruí em ações ligadas ao meio ambiente
e bem-estar social. São cerca de R$ 9 milhões para essas áreas, conhecidas
como mosaico do lago de Tucuruí", destaca o executivo Antônio Raimundo
Coimbra. (Jornal do Commercio - 05.06.2006) 4 Coelce tem índice de satisfação de 83,4% 5 Coelce moderniza sistema de faturamento de consumidores A Coelce iniciou,
em 2005, processo de modernização do sistema de faturamento do consumo
de energia. O objetivo é reduzir o tempo de emissão da conta, a perda
de energia e mapear os clientes de baixa tensão para adequar o atendimento
de emergência. Para tanto, a distribuidora adquiriu 170 coletores de dados
WorkaboutPro com GPS, da Spencer, por R$ 600 mil. Os novos coletores estão
sendo usados em todo o estado do Ceará para captar dados georeferenciais
de todos os clientes da distribuidora. O chefe do departamento de arrecadação
da Coelce, Dorgival Grangeiro, confirmou que a distribuidora estuda a
possibilidade de instalar o sistema para faturamento imediato. Ele contou,
no entanto, que a empresa está levantando os custos de implantação do
sistema. A vantagem do sistema é acabar com o tempo entre a medição e
o envio da conta, normalmente. (Agência Canal Energia - 02.06.2006) 6 Cemar vai contratar empréstimo de R$ 28 mi O conselho de
administração da Cemar aprovou em reunião, a contratação de empréstimo
de R$ 28 milhões junto ao BNDES. A diretoria da empresa foi autorizada
a realizar todos os atos pertinentes a sua formalização perante o banco.
Os conselheiros também aprovaram o aumento do capital social em decorrência
do exercício de opções de compra de ações pelos beneficiários do plano
de opção de ações da companhia, mediante a emissão de de 3.302.298.760
ações ON, ao preço de R$ 0,01286 por lote de mil ações. O capital social
passou a ser de R$ 157.622.284,64, representado por 15.951.712.445.263
ações ON, 123.923.178.175 ações PNA e 162.572.922.331 ações PNB. (Investnews
- 05.06.2006) 7 Celesc escolherá novo diretor comercial A Celesc realiza,
no próximo dia 7, eleições diretas para decidir quem será o novo diretor
comercial. Segundo a assessoria de imprensa da empresa, a vaga foi criada,
entre outros, para incrementar a política de relacionamento da Celesc
com seus clientes. Concorrem ao cargo Antenor Zimmermann, Carlos Alberto
Martins, Dílson Oliveira Luiz, Gilberto dos Passos Aguiar, Max Bayer Gomes
e Paulo Borba Fernandes. (Agência Canal Energia - 02.06.2006) 8 Iguaçu Energia será avaliada em consulta pública pela Aneel A qualidade dos serviços prestados pela Iguaçu Energia será avaliada pelos consumidores em consulta pública promovida pela Aneel em 6 de junho. As informações coletadas durante a reunião vão subsidiar a operação periódica de fiscalização da Aneel programada para este ano na área de concessão da distribuidora. (Agência Canal Energia - 02.06.2006) 9 Duke Energy recebe prêmio por garantir segurança no trabalho A Duke Energy recebeu a Medalha de Prata Eloy Chaves, prêmio concedido desde 1980 pela Associação Brasileira de Concessionárias de Energia Elétrica, em parceria com a Fundação Coge, do Rio de Janeiro. A empresa conquistou o prêmio na categoria "Empresa Predominantemente Geradora de Energia" por alcançar mais de 6 milhões e 600 mil horas sem nenhum acidente de trabalho. Nos anos de 2002, 2003 e 2004, a Duke Energy recebeu a Medalha de Ouro, e em 2005, a de Prata. (Agência Canal Energia - 02.06.2006) 10 Companhia norte-americana vende participação na RGE para CPFL A companhia
americana de energia Public Service Enterprise Group (PSEG) anunciou,
na sexta-feira (02/06), que o governo brasileiro autorizou a venda de
sua participação de 32% na RGE para sua sócia CPFL. A PSEG informou ainda
que vendeu participações em duas unidades de geração de energia na Polônia.
As vendas das participações devem gerar mais de US$ 600 milhões depois
de impostos, informou a empresa. (Valor Econômico - 05.06.2006) 11 Técnicos da Usina de Itaipu combatem mexilhão As ações de combate ao mexilhão dourado começam a apresentar os primeiros resultados positivos. Pesquisadores da usina de Foz de Iguaçu constataram uma redução nos níveis de reprodução de larvas da praga, que provoca o entupimento de encanamentos e traz danos aos equipamentos da maior hidrelétrica do País. Segundo comunicado enviado pela assessoria de imprensa da usina, o volume mensal de larvas do molusco vem apresentando retração. No entanto, de acordo com os pesquisadores, apesar dos dados positivos, ainda não é possível afirmar se houve estabilização da população do molusco. Estudos mais profundos sobre o controle da praga só devem ser concluídos daqui cerca de dois anos. Enquanto isso, os técnicos da hidrelétrica pretendem continuar o trabalho de monitoramento da presença de larvas e adultos do mexilhão nas unidades geradoras. (Gazeta Mercantil - 05.06.2006) No pregão do
dia 02-06-2006, o IBOVESPA fechou a 37.942,18 pontos, representando uma
alta de 0,51% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 2,59
bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 0,14%,
fechando a 11.521,94 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte
comportamento: ficaram cotadas a R$ 46,30 ON e R$ 43,40 PNB, alta de 0,72%
e baixa de 0,94%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão
anterior. Na abertura do pregão do dia 05-06-2006 as ações da Eletrobrás
foram cotadas a R$ 46,29 as ações ON, baixa de 0,02% em relação ao dia
anterior e R$ 43,25 as ações PNB, baixa de 0,35% em relação ao dia anterior.
(Investshop - 05.06.2006) Uma explosão em um dos transformadores da usina hidrelétrica de Itaipu causou princípio de incêndio e deixou seis pessoas feridas na tarde de domingo, nenhuma com risco de morte. De acordo com a empresa, um defeito na bucha - peça que conecta os condutores de energia ao transformador - da unidade geradora 10A causou a explosão e o início de incêndio. (Jornal do Commercio - 05.06.2006) A MAN B&W do
Brasil, empresa que desenvolve motores diesel de grande porte para usinas
termelétricas e de cogeração, espera triplicar o volume de vendas com
o leilão de energia A-3, marcado para 29 de junho. A empresa mantém conversas
com possíveis investidores interessados em 13 dos 33 projetos cadastrados
pela EPE para o leilão. (Agência Canal Energia - 02.06.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Consumo de energia no Brasil cresceu 2,67% em maio O consumo
de energia elétrica em maio registrou aumento de 2,67% em relação a maio
do ano passado, somando 46.028 MW médios, conforme dados preliminares
do ONS. No acumulado do ano, o consumo nacional registrou aumento de 3,38%
sobre igual período do ano passado. Em janeiro o consumo havia sido 5,23%,
5,90% em fevereiro e 4,28% em março, sempre comparado com igual mês de
2005. Em abril houve queda de 0,98%, em relação a igual mês de 2005. (Jornal
do Commercio - 03.05.2006) 2 ONS: situação hidrológica do Sul não afetará suprimento na Copa A situação hidrológica enfrentada atualmente pela região Sul não afetará o suprimento de energia para os consumidores durante os jogos do Brasil na Copa do Mundo. Segundo o diretor-geral do ONS, Hermes Chipp, não há risco de falta de energia mesmo com a elevação do consumo instantâneo previsto para os nove minutos que sucedem o final de cada jogo. De acordo com Chipp, as hidrelétricas do subsistema Sul, cujo nível de armazenamento nos reservatórios é de 31%, serão obrigados a despachar. A região Sul, acrescentou, tem recebido diariamente 4 mil MW dos demais subsistemas, nos quais a situação hidrológica apresenta melhores condições. (Agência Canal Energia - 02.06.2006) 3 Medidas especiais para garantir a segurança do sistema elétrico Por solicitação
do CMSE, o ONS adotará uma série de medidas para garantir a segurança
operacional do SIN, durante os dias de jogos da seleção brasileira de
futebol. Considerando o comportamento atípico da curva de carga do sistema
elétrico nesses dias, o CMSE recomendou ações preventivas para as concessionárias
de transmissão, geração e de distribuição. Da mesma forma, o Grupo Técnico
Operacional da Região Norte (GTON) tomará medidas com relação aos Sistemas
Isolados. As medidas que serão adotadas são para evitar intervenções no
sistema elétrico, estabelecimento de procedimentos especiais de controle
de tensão e de freqüência, para manter o maior número possível de geradores
sincronizados ao sistema e assegurar procedimentos de emergência em caso
de necessidade de ações corretivas. (APMPE - 05.06.2006) De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 03/06/2006 a 09/06/2006. Tabela
Fonte: www.ccee.org.br
Gás e Termoelétricas 1 Preço de gás boliviano terá reajuste de 11,34% O preço do gás natural vendido pela Bolívia para o Brasil terá um reajuste de 11,34% a partir de julho. O aumento, que ocorre trimestralmente, está previsto no contrato firmado com os bolivianos no início de fornecimento ao Brasil pelo gasoduto que liga os dois países. O índice é calculado com base na variação do preço de uma cesta de óleos combustíveis. O novo valor, de US$ 3,93 por milhão de BTUs, vai vigorar durante os meses de julho, agosto e setembro. Segundo fontes do governo brasileiro, o reajuste é automático, ou seja, não passa por uma negociação envolvendo a Petrobras. Atualmente, a estatal brasileira está preocupada com outro aumento. O governo boliviano decidiu mudar o contrato e reajustar o patamar do preço do gás vendido ao Brasil. (Jornal do Commercio - 05.06.2006) 2 Petrobras aceita gás como compensação pela transferência de refinarias O diretor de
Gás e Energia da Petrobrás, Ildo Sauer, afirmou que a estatal aceita o
gás natural como compensação pela transferência das refinarias. A conclusão
de um acordo, porém, depende da definição do preço do gás. O diretor da
Petrobrás explicou que os detalhes da proposta boliviana estão sendo discutidos
pelos grupos de trabalho formados. Segundo ele, a Petrobrás recebe todos
os dias cerca de US$ 3,5 milhões em gás boliviano. A expectativa é que
o valor das refinarias seja abatido do pagamento pelas importações do
contrato atual, já que a companhia não trabalha neste momento com a possibilidade
de importar novos volumes da Bolívia. A saída da Petrobrás resulta em
dois problemas: a definição do valor correto dos ativos e o preço final
do insumo, que será usado como moeda na compra. "A questão é a seguinte:
se houver uma auditoria contratada por cada uma das partes, haverá a necessidade
de se contratar uma terceira para se chegar um valor comum. Isso pode
demorar". (O Estado de São Paulo - 03.06.2006) 3 Petrobras vai investir R$ 2 bi em Plano Diretor de Dutos em SP A Petrobras
anunciou investimentos de R$ 4,1 bilhões em projetos no estado de São
Paulo. O principal deles será a ampliação e modernização da Refinaria
Henrique Lage (Revap), localizada em São José dos Campos e que consumirá
recursos da ordem de R$ 2 bilhões. Os outros empreendimentos anunciados
foram: a implantação do Plano Diretor de Dutos de São Paulo (PDD), em
que também serão aplicados R$ 2 bilhões, e o projeto Gemini, de R$ 90
milhões, feito em parceria com a White Martins e que vai produzir e distribuir
GNL. Segundo informou o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli,
nos próximos cinco anos, estão previstos investimentos totais de R$ 14,7
bilhões no estado de São Paulo. (Gazeta Mercantil - 05.06.2006) 4 Investimentos em térmicas movidas a casca de arroz totalizam R$ 210, 6 mi no RS A crise de rentabilidade
no setor arrozeiro e os programas de incentivo à geração de energia a
partir de fontes renováveis no Rio Grande do Sul estimularam uma onda
de investimentos em usinas termelétricas movidas a casca de arroz. Segundo
da Secretaria de Energia, Minas e Comunicações do Estado do Rio Grande
do Sul, há pelo menos sete projetos de usinas termelétricas movidas a
casca de arroz já anunciados, cujos investimentos totalizam R$ 210,6 milhões.
Os projetos terão uma capacidade de geração de 35,7 MWh. O Rio Grande
do Sul gera em torno de 8 MWh a partir da casca de arroz, mas o potencial
- dada a oferta da matéria-prima - é de 250 MWh. (Valor Econômico - 05.06.2006)
5 Casca de arroz pode virar óleo combustível A casca de arroz começa a ser testada no país como matéria-prima para produção de óleo combustível - o bioóleo. O trabalho vem sendo desenvolvido há seis anos pelo engenheiro químico Ayrton Martins, pesquisador do CNPq, pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). "Esse bioóleo pode ser usado como substituto do diesel em geradores e equipamentos nas indústrias arrozeiras e até mesmo em veículos", afirma Martins. O engenheiro diz que 1 tonelada de casca pode ser transformada em 160 quilos de bioóleo, ou 400 quilos de carvão, dependendo do processo adotado. A queima de 1 tonelada para gerar energia elétrica produz de 2 a 3 MW. Martins fechou acordo com um grupo de produtores para construir uma usina-piloto em Santa Maria (RS) que irá processar 1 tonelada de casca por hora. Serão investidos R$ 3 milhões na instalação de uma unidade de pirólise, para produção do bioóleo, de uma central termelétrica, que irá produzir energia com a queima de arroz. (Valor Econômico - 05.06.2006) 6 Interesse por bioenergia valoriza novo índice Em março deste ano, o banco suíço UBS e a administradora de fundos Diapason Commodities Management lançaram o primeiro índice mundial de preços para etanol e biodiesel, diante do forte interesse de investidores pelo setor. Desde então, o UBS Diapason Global Biofuel Index teve valorização de 4%, refletindo a evolução dos preços de commodities como açúcar, arroz, milho e soja, necessários para a produção de biocombustível. Novos instrumentos financeiros foram criados, e os ativos sob gestão baseados no novo indicador chegam a US$ 200 milhões. A expectativa é de que o montante seja triplicado até o fim deste ano, com a demanda crescente por biocombustível em meio à alta de preço do petróleo, incertezas geopolíticas e inquietações com as mudanças climáticas no mundo. O índice é publicado em dólar, euro, franco suíço e iene e composto de contratos futuros de 10 commodities, com peso de 83% para etanol e 16,99% para biodiesel. (Valor Econômico - 05.06.2006)
Grandes Consumidores 1 Acionistas da Usiminas avançam plano de reestruturação societária As entradas
da Vale do Rio Doce e da Previ, fundação dos funcionários do Banco do
Brasil, para o bloco de controle da Usiminas encontra-se na reta final
de negociações. Os entendimentos vêm sendo conduzidos diretamente pelos
acionistas, sem intermediação de assessores financeiros. O acordo ganhou
mais velocidade a partir de meados de abril, quando saiu o sinal verde
do conselho da japonesa Nippon Usiminas, maior acionista isolada da siderúrgica
brasileira. De acordo com informações, o acerto societário não terá impacto
na atual gestão da Usiminas. Mas a finalização do acordo, que dará um
novo perfil societário à Usiminas e tem por objetivo dar um rumo mais
agressivo à companhia frente à onda mundial de consolidação e globalização
do setor, ainda encontra alguns obstáculos. A pauta de discussão, no momento,
gira em torno da fixação do percentual exato de participação da mineradora
e do fundo de pensão no novo perfil societário da empresa. Hoje, Vale
e Previ detêm juntas 38% do capital votante da companhia. (Valor Econômico
- 05.06.2006) 2 Planos da Vale para a Usiminas são ambiciosos O objetivo da
Vale, em relação à Usiminas, é transformá-la em líder brasileira do setor,
dobrando sua capacidade atual de produção de 10 milhões de toneladas,
com um programa azeitado de investimentos. Esse programa incluiria três
projetos, um deles já em análise: nova usina de placas, de 5 milhões de
toneladas, com investimento de US$ 3 bilhões; novo alto-forno em Ipatinga,
Minas Gerais (2 milhões) e outro alto-forno em uma área da Cosipa, em
Cubatão-SP (3 milhões de toneladas). A usina de placas, da qual a Vale
seria sócia com até 20%, pode ser montada ao lado do porto de Ubu, no
litoral capixaba. Em seguida, a meta é que a Usiminas se internacionalize,
como Gerdau e CSN estão fazendo. O máximo que a empresa fez até agora
foi comprar participações pequenas em siderúrgicas da Argentina, da Venezuela
e do México. Esses ativos, no início deste ano, foram concentrados na
Ternium, cujo controle está em poder do grupo Techint. A Usiminas detém
14%. (Valor Econômico - 05.06.2006) 3 Usiminas pode se tornar alvo de ataque das gigantes do setor Em plena febre
de aquisições e fusões na siderurgia mundial, para ganhos de escala e
competitividade, a reestruturação societária da Usiminas é vista como
um ponto positivo. Além de matéria-prima, a Vale tem peso internacional
e dispõe de capital. Como co-controladora, segundo avaliam, inclusive
a Nippon, a Vale pode fortalecer a empresa e até mesmo ajudar a fazer
sua blindagem ante tentativas futuras de assédios hostis das gigantes
do aço. A avaliação de especialistas é que a Usiminas é a mais vulnerável
hoje, com o bloco de controle fragmentado. A Arcelor, caso se livre da
oferta da Mittal, já tem a Usiminas como alvo de ataque, dizem fontes,
para incorporá-la à holding Arcelor Brasil. Outro ponto visto como fraco
da siderúrgica mineira: não tem hoje um plano estratégico internacional
claro e seu modelo de gestão é considerado conservador. (Valor Econômico
- 05.06.2006)
Economia Brasileira 1 Meirelles: crédito no Brasil ainda tem espaço para crescimento Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, o crédito no Brasil já cresceu muito nos últimos anos, mas ainda é pouco. Meirelles lembrou que entre 1994 e março último o saldo das operações de empréstimo no Brasil passou de 24% para 31% do PIB. No Chile esse percentual é de 70% e nos Estados Unidos, de 140%. Meirelles lembrou que a queda dos juros não depende apenas da taxa básica, a Selic. Segundo ele, o crescimento de 62% do consignado somente nos últimos 12 meses mostra que o caminho para a expansão das operações de crédito - e para a queda das taxas - é um melhor sistemas de garantias. Meirelles admitiu que alguns países emergentes têm taxas de crescimento maiores, mas lembrou que a maioria divulga a taxa anualizada e não a trimestral, como faz o Brasil. Usando o mesmo critério, o crescimento do Brasil está em 5,7% ao ano, considerando o resultado do primeiro trimestre, divulgado na semana passada. Além disso, reconheceu, o Brasil não fez ainda todas as "reformas estruturais necessárias". O Banco Central trabalha atualmente com crescimento de 4% para a economia brasileira em 2006. (Gazeta Mercantil - 05.06.2006) 2 Grupo de conjuntura da UFRJ: correção gradual do câmbio A economia brasileira deve crescer 4% neste ano, mas tem de enfrentar dois grandes desafios se quiser avançar a taxas mais elevadas e se preparar para uma piora no cenário internacional nos próximos anos: corrigir gradualmente a valorização do câmbio e melhorar a qualidade do ajuste fiscal. Esse é o diagnóstico do boletim de maio do grupo de conjuntura da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Segundo o economista Caio Prates, da UFRJ, "a variável-chave que determinará a influência do cenário externo sobre a economia brasileira será o câmbio, pelo seu impacto potencial sobre a inflação e, em decorrência, sobre os juros". Prates acredita que uma desvalorização moderada, com a moeda se mantendo entre R$ 2,20 e R$ 2,30, não exerceria "nenhum impacto relevante sobre a inflação". Já uma alta mais forte e permanente do dólar, para a casa de R$ 2,40 a R$ 2,70, poderia causar pressões inflacionárias indesejáveis. Prates lembra que o dólar barato reduz o crescimento do volume de exportações, contribui para o deslocamento da produção doméstica por produtos importados e reduz investimentos ligados ao comércio exterior. Para evitar esses riscos, seria fundamental desvalorizar gradualmente a câmbio, insiste ele. (Valor Econômico - 05.06.2006) 3 Mercado prevê queda dos juros para 14,25% até final do ano 4 BNDES aumenta desembolsos em abril Os desembolsos
do BNDES aumentaram 48% em abril em relação ao mesmo mês de 2005, atingindo
R$ 3,8 bilhões. Apesar dessa alta expressiva, no acumulado do ano, os
desembolsos ficaram em R$ 10,58 bilhões, 12% a menos que em igual período
do ano passado. Com relação ao acumulado até março, contudo, ocorreu uma
melhora, pois até aquele mês a queda era de 28% na comparação com 2005.
A diretoria do banco aposta em uma continuidade da alta de desembolsos
nos próximos meses. Em abril, as aprovações somaram R$ 3,77 bilhões, alta
de 10% em relação aos R$ 3,4 bilhões aprovados em abril de 2005. A área
de Infra-estrutura também se destacou em abril, com R$ 1,1 bilhão, volume
21% superior ao de abril de 2005. (Valor Econômico - 05.06.2006) 5 Balança Comercial registra superávit de US$ 521 mi A balança comercial
brasileira registrou um superávit de US$ 521 milhões na primeira semana
de junho, que teve apenas dois dias úteis. O resultado é a diferença das
exportações US$ 1,108 bilhão e as importações de US$ 587 milhões. Os dados
foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento. O resultado da balança
comercial vem perdendo força e no acumulado do ano o superávit comercial
é menor que o registrado no mesmo período do ano passado. O saldo está
positivo em US$ 15,985 bilhões, uma redução de 1,87% na comparação com
o mesmo período do ano passado (US$ 16,289 bilhões). As vendas de produtos
ao exterior acumulam uma alta de 12,4%, para US$ 50,574 bilhões. Já as
compras de produtos importados somam no acumulado do ano US$ 34,589 bilhões,
20,6% maior que o registrado no mesmo período do ano passado. (Folha de
São Paulo - 05.06.2006) 6 SP registra deflação de 0,22% em maio Em maio, o município de São Paulo teve deflação de 0,22% -- na série mensal, é a maior queda desde fevereiro de 2000, quando havia sido registrada uma baixa de 0,23%, segundo a Fipe. A última deflação foi em fevereiro deste ano, de 0,03%. Em abril, os preços subiram 0,01%. O grupo Alimentos foi o que caiu mais no mês passado: 0,89%. Os preços de Transportes recuaram 0,61% e os de Habitação tiveram queda de 0,01%. A maior alta no período foi do grupo Saúde, com elevação de 0,8%. Vestuário subiu 0,39%, Educação, 0,1%, e Despesas Pessoais, 0,02%. A Fipe calcula a cada semana as variações quadrissemanais do IPC (Índice de Preços ao Consumidor) do município de São Paulo, para as famílias com renda entre 1 e 20 salários mínimos (até R$ 6 mil). (Folha de São Paulo - 05.06.2006) 7 Dólar ontem e hoje
Internacional 1 Argentina e Bolívia negociarão preço do gás O presidente
da Argentina, Néstor Kirchner, vai acertar com o presidente Evo Morales
o preço que a Argentina pagará pelo gás boliviano. As negociações serão
fechadas pelos dois presidentes nos próximos dias, durante a viagem de
Evo a Buenos Aires. As equipes técnicas dos dois países conseguiram estabelecer
as bases para o acordo, que teria uma banda de preços. Essa banda poderia
oscilar entre US$ 4,50 e US$ 5,50 o milhão de BTU. Atualmente, a Argentina
paga quase US$ 3,20. Os detalhes do acordo seriam acertados durante a
visita de Evo à Argentina. Nas negociações com a Bolívia, o governo argentino
agiu sem coordenação com o Brasil, já que para o governo Kirchner não
convinha o desgaste de prolongadas discussões. A dependência argentina
do gás boliviano é muito inferior à brasileira. A Argentina importa da
Bolívia somente 5% do gás que consome. (O Estado de São Paulo - 05.06.2006)
2 Receita de impostos sobre o gás natural segura contas da Bolívia Os números do
último relatório do FMI sobre a Bolívia, de novembro de 2005, mostram
como as receitas sobre os hidrocabornetos foram essenciais para equilibrar
as contas públicas na Bolívia. Segundo FMI, o déficit público da Bolívia
atingiria 8,8% em 2005 e 9,7% em 2006, se não fosse pela receita de impostos
do gás. No relatório de novembro, o FMI deixa claro que a grande queda
do déficit público de 2004 para 2005, com um recuo de 5,5% para 3,5%,
foi obtida em parte com a nova Lei de Hidrocarbonetos de maio de 2005.
Segundo o documento, "houve um forte aumento das receitas, ligado aos
altos preços do gás exportado e à mudança do regime tributário do setor
de hidrocarbonetos, incluindo a introdução de um novo imposto". Os impostos
sobre os hidrocarbonetos subiram de 2,3% para 5,4% do PIB, entre 2002
e 2005. No mesmo período, o déficit público caiu de 8,8% para 3,5%. Assim,
dos 5,3 pontos porcentuais de melhora fiscal, 3,1 pontos (ou 58%) vieram
exclusivamente do aumento da receita tributária sobre o gás e o petróleo.
(O Estado de São Paulo - 04.06.2006) 3 Brasil pode mediar construção de usina binacional na América Central O Brasil quer aproveitar a experiência adquirida no desenvolvimento de projetos binacionais, como Itaipu, para ajudar a mediar a construção de uma grande hidrelétrica na fronteira de El Salvador e Honduras, na América Central. O projeto, orçado em US$ 1,4 bilhão, é motivo de polêmica entre salvadorenhos e hondurenhos. Amanhã, a vice-presidente de El Salvador, Ana Vilma de Escobar, visitará Itaipu. O objetivo é mostrar como foi possível construir com o Paraguai uma das maiores hidrelétricas do mundo. O empreendimento, chamado El Tigre, deve ser construído no Rio Lempa, na fronteira entre El Salvador e Honduras. O projeto não será de fácil execução, porque precisará, primeiro, ser viabilizado politicamente. Brasil Machado, diretor da Intertechne, empresa especializada em projetos hídricos, vê outro problema: o projeto original da usina é antigo e precisará ser refeito. Além disso, será necessário equacionar o financiamento para o projeto. Machado considera que o valor orçado para usina, há mais de dez anos, de US$ 1,4 bilhão, não é confiável e poderá ser "otimizado". (Valor Econômico - 05.06.2006)
Biblioteca Virtual do SEE 1 FREI, Christoph W.. The New Energy Security Paradigm. World Economic Forum, Davos, 2006. Disponível em: http://www.zonaeletrica.com.br/downloads/energy.pdf. Acesso em 05 de junho de 2006. Para ler o texto na íntegra, clique aqui.
Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados
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