l IFE: nº 1.819 - 31
de maio de 2006 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Leilões Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira
Regulação e Reestruturação do Setor 1 Ministérios da Agricultura e da Integração Nacional são incluídos no CNPE Decreto
do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, publicado no Diário Oficial da
União, formalizou a entrada dos Ministérios da Agricultura e da Integração
Nacional no Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Com isso,
o colegiado passará a ser integrado por representantes de nove ministérios:
Minas e Energia (que o preside), Ciência e Tecnologia, Planejamento, Fazenda,
Meio Ambiente, Desenvolvimento e Casa Civil, além dos dois novos integrantes.
A presença do Ministério da Agricultura reforça a importância que o governo
vem dando para os biocombustíveis. O decreto também inclui, entre as atribuições
do CNPE, as de formular políticas para aumentar a participação dos biocombustíveis
entre as fontes de energia do País e de garantir o suprimento desse tipo
de combustível em todo o território nacional. (Elétrica - 30.05.2006)
2 Diretorias incompletas nas agências reguladoras afetam projetos de investimentos no país A demora
na nomeação e na aprovação de diretores para as agências reguladoras põe
em risco projetos de investimento no país e já afeta os segmentos de energia
elétrica, petróleo, portos e navegação marítima, entre outros. A ANP e
a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) estão virtualmente
paralisadas. Já a Aneel e a Agência Nacional de Transportes Terrestres
(ANTT) trabalham no limite, com três diretores cada em diretorias que
deveriam ser formadas por cinco integrantes. A legislação exige que qualquer
decisão tomada pelo órgão precisa ser fruto da concordância da maioria,
ou seja, três diretores. Jerson Kelman, presidente da Aneel, diz que a
carga horária tem sido extenuante. O advogado Alexandre Aragão, professor
de direito administrativo da UERJ, diz que o ideal seria prorrogar o mandato
dos diretores das agências até a nomeação dos substitutos para manter
o quórum e evitar a vacância de poder. (Valor Econômico - 31.05.2006)
3 Abradee: inadimplência no setor de distribuição atingiu R$ 7 bi em 2005 Os casos
de inadimplência do Masp, da Supervia, das prefeituras do RJ e de SP chamaram
a atenção para o problema no país. Segundo o levantamento da Abradee,
realizado no final de 2005, o setor de distribuição terminou o ano com
saldo a receber de quase R$ 7 bilhões, equivalente a cerca de 7,5% dos
R$ 90 bilhões faturados para área de distribuição. Fernando Maia, diretor
da Abradee, aponta o setor público como o principal responsável pelo alto
índice de inadimplência. O segmento (empresas de serviços públicos, iluminação
pública e o poder público), tem uma média de 20% de inadimplência. No
caso das empresas de serviços públicos, como saneamento e transportes,
o índice sobe para 32% do faturamento das empresas de energia com esta
área. "Uma das razões é o descontrole orçamentário. Os governantes acabam
usando a verba para pagar a conta em outras áreas", explicou Maia. A Lei
de Responsabilidade Fiscal reduziu esse fator porque exige que os governantes
não deixem dívidas para o sucessor, observou o secretário. (Agência Canal
Energia - 30.05.2006) 4
SP: pedido de suspensão de lei que proíbe corte no fornecimento de serviços
públicos 5 Governo já repassou R$ 34,7 mi para Programa Luz para Todos no RS O governo
federal já repassou R$ 34,7 milhões para obras do Luz Para Todos no Rio
Grande do Sul, beneficiando mais de 95 mil gaúchos. Os contratos em andamento
no estado prevêem investimentos de R$ 121,5 milhões para levar energia
elétrica a outras 12,7 mil pessoas residentes no meio rural. (Elétrica
- 30.05.2006) A energia elétrica chega a mais 74 famílias de São José do Norte, no sul do Rio Grande do Sul. Segundo a CEEE foram investidos R$ 177,7 mil nas obras de eletrificação rural, que irão beneficiar as localidades de Várzea e Inhame. Com elas, já chegam a 350 as famílias atendidas no município. (Elétrica - 30.05.2006) A Fundação Luso-Brasileira realiza, no dia 6 de junho, na Fecomércio, o Observatório GeoEstratégia de Energias para discutir, numa perspectiva luso-brasileira, o potencial das energias renováveis e alternativas e o seu impacto no crescimento econômico de ambos os países. (Agência Canal Energia - 30.05.2006) A Agência
Nacional de Águas promove no dia 31 de maio, a I Oficina de Integração
Interinstitucional para a Implementação do Programa de Revitalização da
Bacia Hidrográfica dos Rios Tocantins-Araguaia. Um dos objetivos do evento
é institucionalizar um grupo de trabalho, que será responsável pelas ações
do programa de revitalização. (Agência Canal Energia - 30.05.2006)
Empresas 1 Cemig faz relatório sobre o SE A Cemig
fez um relatório com uma visão geral do setor elétrico. O trabalho mostra
que, atualmente, as fontes de produção de energia estão distribuídas da
seguinte forma: 85% de fontes hidroelétricas e 15% da geração correspondente
às fontes térmicas e interconexões. O país também é interconectado por
80 mil km de linhas de transmissão de alta tensão, que são um importante
fator para a integração da produção hidroelétrica. Até 2012, mais 40 mil
km de linhas deverão ser construídos. Sobre as empresas, cerca de 11 concessionárias
compõem o segmento de geração, com apenas 15% da energia produzida nas
mãos de players privados. Em 2005, o faturamento do segmento foi de cerca
de US$ 12,5 bilhões. Já o segmento de transmissão é composto por 26 empresas
e a participação do setor privado, que conta com 17 representantes, é
maior. O faturamento do segmento ficou em US$ 2,7 bilhões em 2005. Por
fim, o segmento de distribuição, que conta com 64 concessionárias, tem
participação de 80% do setor privado e registrou faturamento de US$ 26,7
bilhões em 2005. (Elétrica - 30.05.2006) 2 Eletropaulo e Light: inadimplência de consumidores soma R$ 1,8 bi A Eletropaulo e a Light têm a receber dos consumidores inadimplentes mais de R$ 1,8 bilhão. A maior parte desse débito vem de prefeituras, empresas de serviços públicos e dos governos estaduais e federal. A Eletropaulo cortou recentemente a energia do MASP, e ameaça fazer o mesmo com mais de 300 unidades da prefeitura. A Light, por sua vez, vêm cortando o suprimento de repartições da administração municipal e negocia com as duas maiores universidades do estado. Para as duas empresas, o descontrole no acompanhamento dos gastos e as barreiras impostas pela Justiça levam a administração pública à inadimplência. O poder público é responsável por 60% dos débitos na Light, que chegam a R$ 700 milhões. A Eletropaulo, por sua vez, cortou por dois dias o suprimento do MASP, em decorrência de uma dívida de R$ 3,395 milhões. O estoque de dívida total da distribuidora chegou R$ 1,192 bilhão no fim do primeiro trimestre deste ano. Desse montante, a prefeitura de São Paulo é responsável por cerca de R$ 630 milhões. (Agência Canal Energia - 30.05.2006) 3 AES faz oferta de ações da Eletropaulo A AES anunciou
uma reorganização das empresas do grupo, que incluirá oferta pública secundária
de ações PN da Eletropaulo, principal distribuidora de eletricidade de
São Paulo. O objetivo da oferta é levantar pelo menos R$ 1,2 bilhão para
pagar a dívida da atual holding Brasiliana. Essa holding, controlada pela
norte-americana AES e pelo BNDES, será incorporada pela empresa Transgás
e depois pela Energia Paulista. Ao final da reorganização, a Energia Paulista
se transformará na holding rebatizada de Nova Brasiliana. A oferta pública
secundária compreende ações PN da Eletropaulo de titularidade da Transgás
- maior acionista da companhia, com participação de 37,8%. De acordo com
a cotação de ontem, a captação poderá chegar a R$ 1,4 bilhão. (Gazeta
Mercantil - 31.05.2006) 4
Governo de SP usará venda da CTEEP para sanear a CESP 5 Coelce destina R$ 9,6 mi ao consumo eficiente A Coelce,
controlada pelo grupo espanhol Endesa definiu para o ano programa total
de investimentos de R$ R$ 351,5 milhões, soma cerca de 40% superior a
registrada em 2005, que atingiu R$ 251,139 milhões. Nos próximos cinco
anos, as projeções indicam investimentos de R$ 1,624 bilhão. Somente de
janeiro a maior deste ano, a companhia aplicou R$ 4 milhões em projetos
culturais, educacionais e sócio-ambientais. Os planos da empresa para
2006 incluem recursos da ordem de R$ 9,6 milhões na eficientização energética,
envolvendo hospitais, universidades, prédios públicos e entidades de classe.
O programa, ganhou força nos últimos 2 anos e vem garantindo economia
de consumo entre 35% e 40%. (Gazeta Mercantil - 31.05.2006) 6 Coelce passa por consulta pública sobre qualidade de serviços A Aneel
realiza consulta pública para ouvir os consumidores sobre a qualidade
dos serviços prestados pela Coelce, que atende 2,3 milhões de unidades
consumidoras em 184 municípios do Ceará. A consulta pública vai dar subsídios
à operação periódica de fiscalização da Aneel programada para este ano
na área de concessão da distribuidora. (Agência Canal Energia - 30.05.2006)
7 Cataguazes ainda não decidiu quando fará emissão de bônus perpétuos A Cataguazes
Leopoldina informou que ainda não decidiu quando fará a emissão de bônus
perpétuo (título com remuneração sem data de vencimento) de US$ 250 milhões.
Segundo a assessoria de imprensa da empresa, a Cataguazes decidiu, em
função da crise internacional que afetou a demanda por títulos de mercados
emergentes, pelo adiamento da operação. Como o objetivo da operação não
é prover demanda imediata de recursos, a Cataguazes aguardará o melhor
momento para acessar os mercados internacionais. Além disso, a companhia
não descarta o lançamento deste tipo de bônus no futuro. (Agência Canal
Energia - 30.05.2006) 8 CPFL realiza seminários sobre eficiência energética A CPFL promove o 4º Seminário Gestão Energética Industrial com a realização de palestras em diferentes cidades de sua área de atuação. O objetivo do evento é incentivar o uso eficiente de energia. Os encontros reúnem dirigentes da CPFL, representantes da Fiesp e grandes clientes industriais. (Agência Canal Energia - 30.05.2006) 9 CPFL Brasil promove leilão de compra e venda de energia A CPFL Brasil vai realizar um leilão simultâneo de compra e venda de energia elétrica na próxima sexta-feira, 2 de junho, no site www.cpflbrasil.com.br. O prazo de fornecimento é de 1º a 31 de maio de 2006, com centro de gravidade no submercado Norte, Nordeste, Sul e Sudeste. Serão ofertados quatro produtos com lote mínimo de 0,5 MW médio. O pagamento será feito até o dia 6 de junho. (Agência Canal Energia - 30.05.2006) 10 Cosan investe R$ 250 mi em energia O Grupo
Cosan vai investir R$ 250 milhões em geração de energia elétrica extraída
de biomassa. Os recursos serão empregados em projetos instalados nas usinas
Costa Pinto, em Piracicaba, e Rafard -- a companhia não discriminou quanto
exatamente iria pra cada uma das unidades. Apesar de a ampliação das unidades
ainda não estar concluída, o grupo já firmou contrato com a CPFL para
fornecimento de 271,5 mil MWh anuais, a partir de 2009. O investimento
de R$ 250 milhões nas usinas Rafard e Costa Pinto será suficiente para
elevar a potência nas duas unidades em 75 megawatts - capaz de atender
à demanda de uma cidade de 400 mil habitantes. (Elétrica - 30.05.2006)
11 Distribuidoras se mobilizam para evitar interrupção de energia durante a Copa Para que não ocorra interrupção no fornecimento de energia elétrica as principais empresas do setor no País prometem trabalho redobrado durante os jogos da seleção brasileira. Só na área de call center, a AES Eletropaulo colocará à disposição dos usuários residenciais 300 atendentes durante as partidas do Brasil - normalmente trabalham 200 pessoas nesse setor. A concessionária também resolveu cancelar as tradicionais interrupções propositais de energia - previamente agendas pela empresa e que visam a manutenção de linhas da transmissão. Já a CPFL Energia terá, no período da Copa, um contingente de quase 3 mil funcionários, entre eletricistas e engenheiros, para socorrer eventuais danos causados em seus 7 mil quilômetros de linhas de transmissão, que abrangem grande parte dos municípios do interior paulista, além da Baixada Santista. A Energias do Brasil vai elevar em 30% a equipe de técnicos de suas três distribuidoras no período dos jogos. (Gazeta Mercantil - 31.05.2006) No pregão
do dia 30-04-2006, o IBOVESPA fechou a 36.412,51 pontos, representando
uma baixa de 4,54% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$
2,46 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização
de 4,60%, fechando a 11.066,01 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram
o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 44,80 ON e R$ 41,00 PNB,
baixa de 6,67% e 4,67%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão
anterior. Na abertura do pregão do dia 31-05-2006 as ações da Eletrobrás
foram cotadas a R$ 45,00 as ações ON, alta de 0,45% em relação ao dia
anterior e R$ 42,00 as ações PNB, alta de 2,44% em relação ao dia anterior.
(Investshop - 31.05.2006) Os funcionários
da Light suspenderam a paralisação que, inicialmente, seria de 24 horas.
Segundo o diretor executivo do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas
de Energia do Rio de Janeiro, Urbano do Vale, a decisão foi tomada porque
a concessionária propôs uma reunião para dia 31 de maio. Vale conta que
a categoria reivindica um aumento real de 6% no salário. (Agência Canal
Energia - 30.05.2006)
Leilões 1 Governo vai realizar leilão de cinco novas hidrelétricas em setembro O governo
anunciou que pretende licitar cinco novas usinas hidrelétricas. O leilão
tem data prevista para 5 de setembro e traz duas novidades: foi fixado
um cronograma para a entrada em operação dos empreendimentos e o pregão
será feito pela internet. As hidrelétricas a serem licitadas vão gerar
805 MW de potência, 60% dos quais deverão estar em operação até o fim
de 2011. O restante das unidades geradoras de cada empreendimento precisará
estar funcionando até dezembro de 2012. As empresas interessadas em participar
da licitação têm até 23 de junho para requerer, à EPE, o cadastramento
e a habilitação técnica das respectivas usinas. Os agentes de distribuição
deverão apresentar a declaração de necessidade de compra de energia até
7 de junho. Segundo portaria publicada no Diário Oficial da União, os
contratos de energia hidrelétrica terão prazo de duração de 30 anos. O
MME adotou o sistema de leilão pela internet, por acreditar que dá mais
transparência e confiabilidade ao processo, além de ser mais barato. (Valor
Econômico - 31.05.2006) 2 Leilão de setembro: empreendimentos a serem licitados Serão colocadas em leilão, em setembro, as concessões de Dardanelos (MT, 261 MW de potência), Mauá (PR, 361 MW), Salto Grande (PR, 53 MW), Barra do Pomba (RJ, 80 MW) e Cambuci (RJ, 50 MW). Elas fazem parte da lista de 17 usinas que deveriam ter sido licitadas em dezembro do ano passado, mas demoraram em obter licenciamento prévio nos órgãos ambientais ou esbarraram em liminares concedidas pela Justiça. O MME informou que esses obstáculos já foram superados. (Valor Econômico - 31.05.2006) 3 MME descarta entrada de complexo do Rio Madeira em leilão de setembro A assessoria
de imprensa do MME descartou a entrada do complexo hidrelétrico do Rio
Madeira no mesmo leilão. A idéia é promover uma licitação específica,
ainda sem data marcada, para o megaempreendimento, que reúne as usinas
de Jirau (3.300 MW) e Santo Antônio (3.150 MW), em Rondônia. A tendência
é que elas sejam leiloadas separadamente, mas nenhuma obteve a licença
ambiental prévia do Ibama até agora. (Valor Econômico - 31.05.2006) 4 Abraceel e BM&F realizam leilão de curto prazo A Associação
Brasileira dos Agentes Comercializadores de Energia E|étrica (Abraceel)
e a Bolsa de Mercadorias & Futuros realizarão, nesta quarta-feira (31/05),
na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, pregão do contrato de curto prazo,
referente a este mês. O leilão acontece em duas rodadas. O último leilão,
no final de abril, movimentou R$ 218,9 mil, com a negociação de 26 contratos
no submercado Sudeste/Centro-Oeste. (Agência Canal Energia - 30.05.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Estudo diz que há risco de desabastecimento a partir de 2010 A demanda
por gás natural voltou a crescer puxada por segmentos de geração e cogeração
de energia elétrica. Por isso, o Brasil corre o risco de enfrentar um
novo desabastecimento de energia elétrica a partir de 2010, se as sete
usinas licitadas no leilão de energia nova não forem construídas dentro
do prazo previsto. Esse é o resultado do estudo da Tendências Consultoria
Integrada, apresentado no Painel Setorial Petróleo e Gás da Serasa. Segundo
o sócio da Tendências, Sérgio Conti, é necessário que sejam licitadas
com a máxima urgência as usinas do Complexo Rio Madeira, Jirau e Santo
Antonio (AM) para garantir a energia elétrica para os próximos anos. "Se
isso não acontecer vamos depender ainda mais do gás natural", disse. (Gazeta
Mercantil - 31.05.2006) 2 Consumo de energia deve sofrer queda durante Copa do Mundo Durante a realização dos jogos da seleção brasileira, o consumo de energia elétrica no País cairá bruscamente, conforme comportamento verificado em outras Copas do Mundo. A baixa demanda é explicada pela paralisação quase que total da indústria, comércio e serviços - os principais clientes das empresas distribuidoras. Para esta Copa, que começa em 9 de junho, as empresas de energia utilizam como parâmetro o torneio de 1998, ocorrido na França, cujas partidas foram realizadas em horários similares aos jogos programados para a disputa na Alemanha. No entanto, a queda de consumo não resultará em perda de receita para distribuidoras, já que a paralisação das atividades ocasionada pela dispensa de funcionários será recompensada nos demais dias. (Gazeta Mercantil - 31.05.2006) 3 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 84,9% O nível
de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 84,9%, apresentando
queda de 0,2% em relação à medição do dia 28 de maio. A usina de Furnas
atinge 92,6% de volume de capacidade. (ONS - 29.05.2006) 4 Sul: nível dos reservatórios está em 31,9% A região
Sul apresentou queda de 0,4% em relação à última medição, com 31,9 % de
capacidade armazenada. A usina de Machadinho apresenta 21,5% de capacidade
em seus reservatórios. (ONS - 29.05.2006) 5 NE apresenta 95,8% de capacidade armazenada Apresentando
ligeira queda, o Nordeste está com 95,8% de sua capacidade de armazenamento.
O reservatório de Sobradinho opera com 96,8% de volume de capacidade.
(ONS - 29.05.2006) 6 Norte tem 98,2% da capacidade de armazenamento O nível
de armazenamento da região Norte está em 98,2%, apresentando queda de
0,3% em relação ao dia 28 de maio. A usina de Tucuruí opera com 99,2%
de volume de armazenamento. (ONS - 29.05.206)
Gás e Termoelétricas 1 Bolívia quer dobrar preço do gás natural vendido ao Brasil A Bolívia vai tentar fechar um acordo com o Brasil para vender gás a US$ 7,5 o milhar de BTU, o dobro do preço atual, afirmou o ministro dos Hidrocarbonetos do país vizinho, Andrés Soliz. O Brasil importa atualmente, em média, 25 milhões de metros cúbicos diários a US$ 3,8 o milhar de BTU. O ministro explicou que as expectativas bolivianas têm base no preço pago pelos consumidores brasileiros por carburantes "poluentes" e também nos US$ 7 que o Chile está disposto a pagar pelo milhar de BTU de gás da Indonésia. "Perguntamos aos brasileiros se não é correto, de nossa parte, pedir a eles também o preço de mercado, do mercado que eles têm com seu gasóleo poluente", disse Soliz, explicando que o gás de seu país "substitui um produto chamado gasóleo". "Neste momento, os brasileiros estão pagando US$ 7,5 pelo gasóleo", acrescentou o ministro. (Jornal do Commercio - 31.05.2006) 2 Gabrielli: negociações nunca foram interrompidas O presidente
da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, disse ter estranhado a afirmação
de Soliz, de que a Bolívia tem interesse em retomar as negociações. "Elas
nunca foram interrompidas. Todas as quintas-feiras o grupo técnico tem
se reunido para discutir os temas acertados na reunião de cúpula." Na
ocasião foi acertado que seriam discutidos o reajuste extraordinário para
o preço do gás natural, a indenização a ser paga à Petrobras em razão
da nacionalização. (Jornal do Commercio - 31.05.2006) 3 Gabrielli: declarações de ministro boliviano são um reconhecimento de contrato O presidente
da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, interpretou como um reconhecimento
de contrato as declarações do ministro de Hidrocarbonetos da Bolívia,
Andrés Soliz Rada, de que o Brasil não pode ter auto-suficiência do gás
natural porque tem um contrato de fornecimento de gás com Bolívia de 30
milhões de metros cúbicos diários até 2019. O reconhecimento do acordo,
segundo Gabrielli, já tinha sido feito no memorando de entendimento assinado
pelos dois governos, como resultado da reunião de cúpula realizada em
La Paz, que deu origem à criação de três grupos técnicos de negociação.
(Jornal do Commercio - 31.05.2006) 4 Petrobras produzirá Hbio em três refinarias A Petrobras
vai começar a produzir a partir de junho em suas refinarias o Hbio, óleo
de origem vegetal patenteado pela estatal e que será utilizado numa mistura
na proporção de 18% no óleo diesel, resultando num óleo de alta qualidade.
No início de 2007, a empresa pretende fazer o lançamento comercial do
produto que já estará disponível em várias regiões do País, anunciou a
ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Segundo a ministra, três
refinarias - a Repar, de Araucária, a Alberto Paschoalini e a Gabriel
Passos têm a tecnologia de hidrotratamento necessária para produzir o
Hbio. "Em junho o presidente Lula deverá vir a Curitiba marcar o início
da produção na Repar", antecipou. (Gazeta Mercantil - 31.05.2006) 5 Araucária pode ser primeira térmica a operar com Hbio A UEG Araucária, onde a Petrobras tem 20% de participação, inclusive, poderá ser a primeira termoelétrica brasileira a operar também com o Hbio. Segundo Rubens Ghilardi, presidente da Copel, "a usina poderá ser triflex", ou seja, operar com gás, diesel ou o Hbio. "Vai depender dos estudos que vamos começar imediatamente" disse ele. "Por enquanto, a primeira opção para colocar a UEG em operação o mais rápido possível é o diesel, mas temos a opção do gás assim que o Brasil resolver seus problemas de abastecimento", completou Ghilardi. (Gazeta Mercantil - 31.05.2006) 6 Copel conclui compra de parte da Araucária A Copel formalizou a compra da totalidade das ações da americana El Paso na UEG Araucária Ltda., proprietária da Usina Termelétrica a Gás de Araucária, na região metropolitana de Curitiba. De acordo com o governador Roberto Requião, a Copel pagou R$ 416 milhões. Até agora, a multinacional tinha feito aportes de R$ 480 milhões no empreendimento. A Copel aumenta de 20% para 80% sua participação na empresa, passando a deter o controle acionário. A Petrobras é detentora dos outros 20%. (Jornal do Commercio - 31.05.2006) A Petrobras inaugura, nesta quarta-feira (31/05), a termelétrica TermoRio, localizada em Duque Caxias, no Rio de Janeiro. Com investimentos de US$ 715 milhões, a usina terá potência instalada de 1.036 MW, 22% da energia consumida no estado do RJ, e capacidade para produzir até 400 toneladas por hora de vapor. A térmica conta com seis turbinas a gás e três a vapor e operação em ciclo combinado. A energia produzida será transportada por uma linha de transmissão, de 13,7 km de extensão, até a subestação de São José, de Furnas, localizada em Belford Roxo. Já o vapor produzido abastecerá a Refinaria Duque de Caxias, também da Petrobras. (Agência Canal Energia - 30.05.2006)
Grandes Consumidores 1 CVRD continua negociando preços de minério de ferro A Companhia
Vale do Rio Doce continua negociando o reajuste de 19% no minério de ferro
com as siderúrgicas chinesas, lideradas pela Baosteel. Na avaliação de
fontes próximas do negócio, a notícia veiculada que garantia acordo entre
os chineses e a mineradora, pode ser interpretada como uma primeira sinalização
de que isso está para acontecer, pois quebra a percepção de inflexibilidade
da China. Segundo informações, a Baosteel vai se reunir com as fornecedoras
de minério de ferro Vale do Rio Doce, Rio Tinto e BHP Billiton em junho,
mês que se inicia amanhã. Para Fu Hao, co-gestor de cerca de US$ 500 milhões
da E-Fund Management Co., "não há espaço de manobra para a China, essa
é a realidade". (Valor Econômico - 31.05.2006) 2 Unctad vislumbra cenário de recuo de preços do minério de ferro em 2008 O Departamento
de Minério de Ferro da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e
Desenvolvimento (Unctad) vislumbra um cenário de recuo para os preços
do minério em 2008. Segundo estudo da Unctad sobre o mercado de minério,
entre 2006 e 2008, serão produzidos 340 milhões de toneladas adicionais
de minério de ferro em novas minas que entrarão em operação. Para 2007,
a avaliação é que ainda haverá espaço para nova alta. Mas, não descarta
um quadro de excesso de oferta entre 2008 e 2009 se houver uma entrada
muito grande de minério no mercado. (Valor Econômico - 31.05.2006) 3 Usiminas pretende lançar títulos no mercado internacional Em meio
às tensões no mercado internacional, a Usiminas está realizando visita
aos investidores para lançar títulos no mercado internacional, possivelmente
de vencimento em dez anos, sob a liderança do UBS e do ABN AMRO. (Valor
Econômico - 31.05.2006)
Economia Brasileira 1 Furlan mantém previsão de exportações O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, minimizou o efeito da desaceleração das exportações em maio. Ele previu que no fechamento do mês as vendas externas deverão ficar entre US$ 10,2 bilhões e US$ 10,5 bilhões, acima do mesmo mês do ano passado (US$ 9,8 bilhões). Furlan projetou ainda que maio deverá fechar com superávit na balança comercial de US$ 3,2 bilhões, resultado de exportações de US$ 10,4 bilhões e de importações de US$ 7,2 bilhões no período. Em maio (até a quarta semana) as importações totalizavam US$ 6,2 bilhões. Furlan disse que havia expectativa, desde o início do ano, de um crescimento mais vigoroso nas importações e reconheceu que há setores que estão perdendo velocidade na exportação. "Tudo indica que o superávit do ano estará próximo de US$ 40 bilhões", disse. Em 2005, o saldo foi de US$ 44,7 bilhões. Ele acrescentou que o governo mantém a meta de exportações para o ano, que é de US$ 132 bilhões (no ano passado, as exportações totalizaram US$ 118,3 bilhões). (Valor Econômico - 31.05.2006) 2 Linha de crédito à exportação do BNDES terá custo de 100% em reais O BNDES deverá universalizar, em breve, a oferta de linhas de crédito à exportação com custo 100% em reais para o tomador do empréstimo. A medida, em estudo no banco, foi antecipada pelo ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan. A idéia é estender a outros setores a possibilidade já existente para bens de capital e calçados de contratar a linha de pré-embarque, que financia a produção do bem a ser exportado, com o custo atrelado integralmente à TJLP, hoje em 8,15% ao ano. A mudança a ser anunciada pelo BNDES no apoio à exportação faz parte do pacote de medidas sobre o câmbio em estudo no governo e que deve ser lançado na primeira quinzena de junho. (Valor Econômico - 31.05.2006) 3
PIB: crescimento de 1,4% no primeiro trimestre ante os três meses anteriores
4 PIB: alta de 2,4% nos 12 meses encerrados em março O PIB acumulado
nos 12 meses até março cresceu 2,4% na comparação com os quatro trimestres
imediatamente anteriores. Pela ótica da demanda, o consumo das famílias
cresceu 3,3% nos 12 meses encerrados em março, comparativamente aos 12
meses imediatamente anteriores. A formação bruta de capital fixo aumentou
3,2%. O consumo do governo subiu 1,7%. As exportações de bens e serviços
registraram incremento de 10,7% e as importações, de 10,4%. (Valor Econômico
- 31.05.2006) 5 PIB: expansão de 3,4% no 1º trimestre frente ao mesmo período de 2005 O PIB registrou
expansão de 3,4% no primeiro trimestre de 2006 em relação ao mesmo período
de 2005, informou o IBGE. A variação ficou acima dos 2,3% registrados
no quarto trimestre e dos 2,6% vistos no terceiro trimestre de 2005 nas
comparações com os mesmos intervalos de um ano antes. Dois dos três setores
da economia apresentaram aumento na atividade. Serviços cresceram 2,8%
e a Indústria avançou 5%. O setor agropecuário, porém, viu retração de
0,5%, influenciada pela queda da colheita de itens como algodão, arroz
e amendoim. Na indústria, o melhor desempenho foi da extração mineral,
com crescimento de 12,6%, seguido pela alta de 7% na Construção Civil
e de 4,3% na atividade dos Serviços Industriais de Utilidade Pública.
A indústria de transformação avançou 3%. Dentro do setor de Serviços,
os destaques ficaram com Comércio atacadista e varejista, com elevação
de 4,8%, e Transportes, com crescimento de 3,6%. (Valor Econômico - 31.05.2006)
O dólar comercial abriu em queda, cotado a R$ 2,293 para compra e R$ 2,298 para venda. Às 11h13, a moeda caía 0,56%, para R$ 2,312. Ontem, no término das operações, o dólar subiu 1,58%, a R$ 2,308 na compra e R$ 2,310 na venda. As cotações oscilaram entre R$ 2,370, no maior preço, com alta de 4,22%; e R$ 2,283, no menor valor, com acréscimo de 0,39%. O giro interbancário somou cerca de US$ 1,205 bilhão. (O Globo Online e Valor Online - 31.05.2006)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
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