l IFE: nº 1.817 - 29
de maio de 2006 Índice Regulação e Reestruturação do Setor Empresas Oferta e Demanda de Energia Elétrica Gás e
Termelétricas Grandes
Consumidores Economia Brasileira Internacional Regulação e Reestruturação do Setor 1 BNDES garante recursos para financiamento de projetos de transmissão do Plano Decenal O BNDES garante
que não faltará recursos para viabilizar projetos de transmissão previstos
no Plano Decenal 2006-2015. O plano prevê investimentos de R$ 40 bilhões
na área de transmissão. Segundo Nelson Siffert, chefe do Departamento
de Energia do banco, não haverá escassez de recursos para financiar os
projetos do plano decenal. No entanto, para que isso ocorra, os empreendedores
precisam apresentar projetos com boa viabilidade econômico-financeira,
com uma receita anual permitida e custo de EPC adequados. O executivo
disse que não há mais condições de tornar a linha de crédito mais flexível.
Além disso, explicou ele, os investidores também precisam mostrar capacidade
financeira para tocar esses projetos. (Agência Canal Energia - 26.05.2006)
2 BNDES: project finance é boa opção para financiamento de projetos de transmissão Segundo Nelson
Siffert, chefe do Departamento de Energia do BNDES o project finance é
uma boa opção de financiamento para os empreendedores do projetos de transmissão
previstos no Plano Decenal. Para Siffert, os empreendimentos de transmissão
se encaixam nas novas regras anunciadas pela instituição financeira. "O
project finance se adapta muito bem aos projetos de transmissão dentro
do PDEE, já que não precisam apresentar fiança corporativa", observou
o executivo. A modalidade reduz os riscos durante a fase de construção,
a partir de contratos com seguradoras. (Agência Canal Energia - 26.05.2006)
3 TRF suspende novamente o licenciamento de Belo Monte O Tribunal Regional
Federal da 1ª Região (TRF1), em Brasília, ordenou a suspensão do licenciamento
ambiental da Hidrelétrica de Belo Monte, através de decisão da desembargadora
Selene Maria de Almeida, em resposta ao recurso apresentado pelo Ministério
Público Federal. A decisão anula os efeitos da revogação assinada no dia
16 de maio pelo juiz federal de Altamira, Herculano Martins Nacif, e impede
a realização de qualquer ato ou procedimento iniciando o licenciamento.
(Elétrica - 26.05.2006) 4 Aneel denuncia a BR por superfaturamento na venda
de óleo diesel 5 Programa de Eficiência Energética da Aneel vai priorizar áreas de baixa renda O Programa
de Eficiência Energética da Aneel, iniciado em 1998, vem influindo diretamente
nos índices de perdas ligadas aos furtos de energia em áreas críticas
do País, como o Rio de Janeiro. Os resultados diretos devem ser ampliados
este ano, já que a Aneel decidiu priorizar as ações para reduzir o desperdício
nas regiões que concentram consumidores de baixa renda. A estimativa é
de que sejam investidos 60% dos R$ 300 milhões previstos pelas distribuidoras
para serem destinados a ações direcionadas a consumidores de baixa renda.
(Jornal do Commercio - 29.05.2006) 6 Aneel declara áreas de utilidade pública para instalação de LTs A Aneel declarou
de utilidade públicas áreas para instalação de projetos de transmissão.
A Companhia Transudeste de Transmissão vai implantar a faixa de segurança
da LT Itutinga - Juiz de Fora 1 (345 kV), com 143, 5 km de extensão e
operação prevista para novembro. A RGE vai construir a LT Nova Prata 2
- Antônio Prado (69 kV) de 36,8 km e com entrada em operação prevista
para julho do ano que vem. (Agência Canal Energia - 26.05.2006) 7 Prefeitura de Porto Velho negocia parceria estratégica com o BID A prefeitura de Porto Velho (RO) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) efetuaram o primeiro contato para estabelecer uma parceria estratégica de longo prazo, visando preparar a capital para os grandes empreendimentos que devem ser implantados no município, entre os quais as hidrelétricas do rio Madeira e o gasoduto de Urucu. A meta é criar um plano de ação estratégico com a participação da comunidade para definição dos projetos de infra-estrutura, que permitam assegurar um desenvolvimento ordenado da cidade nos próximos anos. (Elétrica - 26.05.2006) 8 Curtas
Empresas 1 Empresas demonstram interesse em viabilizar projetos de transmissão do Plano Decenal As empresas
de transmissão estão otimistas com a viabilidade dos projetos indicados
no Plano Decenal 2006-2015. A estabilidade das regras é um dos motivos
citados pelos executivos para a atração de investimentos para estes projetos,
estimados em R$ 40 bilhões. Algumas companhias já demonstram interesse
em investir nestes projetos. Segundo Márcio Maia Ribeiro, superintendente
de Gestão e Novos Negócios da Cemig, a empresa tem interesse em participar
dos leilões até 2007, quando ainda está prevista a oferta de linhas dentro
de sua área de atuação. Maia contou que a participação da companhia ocorrerá
de forma minoritária, a fim de viabilizar a captação de recursos junto
ao BNDES. A Eletrosul também usará o mesmo mecanismo para participar dos
leilões de transmissão e garantir recursos do banco estatal. (Agência
Canal Energia - 26.05.2006) 2 Eletropaulo pavimenta caminho para emissão de ações no nível 2 A Eletropaulo vem preparando o caminho para uma emissão de ações, necessária para cumprir uma das exigências do nível 2, a de ter pelo menos 25% das ações em circulação, até dezembro de 2007. Hoje, esse percentual está em 18%. Por isso, começou a perguntar aos próprios profissionais do mercado o que deve fazer para ser mais atraente. Adicionalmente, toda a diretoria da empresa, incluindo seu presidente, Eduardo Bernini, tem participado das reuniões com analistas e investidores, além de criar um cronograma de encontros específicos com investidores estrangeiros. Apesar disso, as ações da empresa no mercado têm tido um desempenho fraco, acompanhando preocupações dos investidores com as incertezas regulatórias do setor e com a ausência de dividendos. No entanto, foi justamente com base na expectativa de que esse quadro vai mudar a partir deste ano que o banco suíço UBS recomendou a compra dos papéis da elétrica, tornando-se a única do setor com essa classificação na América Latina. (Gazeta Mercantil - 29.05.2006) 3 Eletropaulo religa luz do Masp Segundo o acordo
entre a direção do Masp e a da Eletropaulo, o museu se responsabiliza
por quitar a dívida, firmada agora em R$ 3,39 milhões, em até 48 meses
- havia um erro de cálculo no valor divulgado originalmente pela Eletropaulo
(R$ 3,47 milhões).O presidente do Masp, afirmou que conseguiu o acordo
por apresentar "garantia de natureza financeira". A média das parcelas,
dividindo o valor da dívida pelo número de meses é de cerca de R$ 70 mil.
(Folha de São Paulo - 27.03.2006) 4 Ceb vai investir R$ 2,36 mi em programa de eficiência
energética 5 Cemig busca parceria privada para linhas de transmissão A Cemig anunciou
a intenção de lançar chamada pública para convidar investidores privados
a formarem pareceria no leilão de linhas de transmissão (LT), previsto
para ocorrer no dia 18 de agosto, na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro.
A empresa possui interesse nos lotes de linhas localizadas nas regiões
Sudeste, Centro-Oeste e Sul do país. No total, as linhas de interesse
da companhia representam R$ 672,2 milhões em investimentos, segundo estimativa,
da Aneel. As linhas em questão estão agrupadas em cinco dos sete lotes
que serão leiloados. As linhas de interessa da Cemig são LT Jaguará-Estreito
(500 kV - 53 km), LT Estreito-Ribeirão Preto (500 kV - 118 km), LT Ribeirão
Preto-Poços de Caldas (500 KV - 137 km), LT São Simão-Marimbondo (500
kV - 216 km), LT Marimbondo-Ribeirão Preto (500 kV - 196 Km), LT Neves-Mesquita
(500 kV - 172,5 km), LT Mascarenhas-Verona (230 KV - 107 Km) e LT Cascavel
Oeste-Foz do Igauçu (230 KV - 115 Km). (Elétrica - 26.05.2006) 6 Coelce lança relatório sobre sustentabilidade social A Coelce, controlada
pelo grupo espanhol Endesa, lançou o relatório de sustentabilidade de
2005. De acordo com o documento, a empresa destinou, no ano passado, R$
140,1 milhões para ações de impacto social e ambiental no estado do Ceará,
apresentando um aumento de 23,5% neste tipo de investimento em relação
a 2004. O documento destaca, entre outros, o destino de R$ 79,7 milhões
para ações nas áreas de educação, cultura e outras iniciativas de impacto
social. Na área de meio ambiente, a quantia foi de R$ 8,2 milhões, dos
quais 61% destinados ao uso eficiente de energia. Foram necessários ainda
R$ 292 mil para o programa de P&D tecnológico, que produz óleos ecológicos
a partir da castanha de caju. (Agência Canal Energia - 26.05.2006) 7 CTEEP vai reforçar rede de transmissão A CTEEP foi
autorizada pela Aneel a realizar reforços em instalações de transmissão
integrantes da Rede Básica, com a substituição de equipamentos em subestações
e a reconstrução de linhas pertencentes à concessionária. Para remunerar
o investimento, a empresa terá direito a parcelas adicionais da Receita
Anual Permitida (RAP) no valor total de R$ 7,22 milhões. Estes reforços
permitirão a ampliação da capacidade de transmissão das linhas Três Irmãos-Andradina,
Ilha Solteira-Três Irmãos, Ilha Solteira-Tales, Jupiá-Valparaízo e Jupiá-Ilha
Solteira, todas de 138 quilovolts, localizadas no interior de São Paulo.
(Elétrica - 26.05.2006) 8 CGTEE recebe delegação chinesa para obras da face C de Candiota II A CGTEE está recebendo uma nova delegação do Citic Construction Co., empresa contratada para fornecer e construir a usina de 350 MW, denominada Fase C de Candiota II. A delegação teve contatos de trabalho na sede da CGTEE, Eletrobrás, MME, Casa Civil do Governo Federal e Embaixada Chinesa para abordar questões do Projeto Fase C, incluindo as providências para instalação da subsidiária no Brasil. (Agência Canal Energia - 26.05.2006) 9 Planos da Enel para o Brasil A companhia de energia Enel avalia a aquisição de uma central hidrelétrica no Brasil. O presidente-executivo da Enel, Fulvio Conti, disse que a companhia também está considerando a aquisição de central de combustível renovável de 400 MW na América do Sul. No Brasil, os italianos possuem linhas de transmissão de energia e já manifestaram interesse na compra da Cteep. (Valor Econômico - 29.05.2006) No pregão do
dia 26-05-2006, o IBOVESPA fechou a 38.629,71 pontos, representando uma
alta de 2,82% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 2,8 bilhões.
As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 1,60%, fechando
a 11.722,92 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento:
ficaram cotadas a R$ 49,25 ON e R$ 45,45 PNB, alta de 5,69% e 5,70%, respectivamente,
em relação ao fechamento do pregão anterior. Na abertura do pregão do
dia 29-05-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 48,75 as ações
ON, baixa de 1,02% em relação ao dia anterior e R$ 45,10 as ações PNB,
baixa de 0,77% em relação ao dia anterior. (Investshop - 29.05.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Brasil garante energia elétrica para evitar apagão Segundo
a Aneel, atualmente o Brasil tem 1.542 empreendimentos em operação e gerando
94.699.450 kW de potência. Os reservatórios estão cheios e a capacidade
de geração garantida, segundo o superintendente da Aneel, Jamil Abid.
Para os próximos anos está prevista uma adição de 26.945.185 kW na capacidade
de geração do país, que virão de 71 empreendimentos em construção e mais
503 outorgadas. De janeiro até agora foram agregados ao Sistema Elétrico
Brasileiro, 1.350 MW. Para os próximos meses, está prevista a entrada
de mais 4.794 MW, de usinas que estão com a liberação aprovada. Cerca
de 3.500 MW são de usinas com restrições para a entrada em operação. Atualmente
são 7.820.8 MW, de usinas que estão com liminar judicial e inviabilidade
ambiental (sujeitas a aprovação do IBAMA). (InvestNews - 29.05.2006) De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 27/05/2006 a 02/06/2006. Tabela
Fonte: www.ccee.org.br
Gás e Termoelétricas 1 Governo e empresas elaboram plano de contingência para garantir suprimento de gás natural As empresas brasileiras que utilizam o gás natural como matriz energética e como matéria-prima já participam, junto com órgãos do governo federal, da elaboração de um plano de contingência visando garantir o suprimento do gás natural e contornar possíveis problemas de fornecimento do insumo da Bolívia. A idéia é que o plano atenda às necessidades de todos os usuários em todo o país. Participam do grupo de trabalho criado para discutir o plano, sob coordenação do MME, representantes da Associação Brasileira do Alumínio (Abal), Associação Técnica das Indústrias Automáticas de Vidro (Abividro), Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS), da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) e da Associação Brasileira de Grandes Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace). "Entre as possíveis sugestões, um item primordial deve prever a importação de gás liquefeito de petróleo (GLP). A Petrobras já saiu na frente ao negociar a compra desse insumo no exterior", adiantou Luis Antônio Mesquita, que representa a Abiquim. (Valor Econômico - 29.05.2006) 2 Petrobras prevê aumento da oferta de GN para consumo até o fim de 2010 A perspectiva
da produção nacional de gás pela Petrobras é de forte crescimento para
os próximos anos. Dos atuais 31,4 milhões de metros cúbicos de gás ofertados
para consumo diariamente no Brasil, a estatal planeja chegar a 69,6 milhões
de metros cúbicos diários até o fim de 2010. Se incluído o gás da Bolívia,
a oferta diária da Petrobras vai alcançar 100 milhões de metros cúbicos
em 2010. "A Petrobras tem gás e tem mesmo muito gás no Brasil. Estamos
investindo muito", diz o diretor da área de Exploração e Produção da empresa,
Guilherme Estrella. (Valor Econômico - 29.05.2006) 3 Petrobras prevê investimentos de US$ 8,5 bi em exploração e produção de GN entre 2006 e 2010 Os investimentos
previstos pela Petrobras somente em exploração e produção de gás natural
no país são de US$ 8,5 bilhões de 2006 a 2010. De acordo com o diretor
da área de Exploração e Produção da empresa, Guilherme Estrella, o plano
estratégico da Petrobras 2007-2011, a ser divulgado dentro de um mês,
prevê uma revisão dos investimentos devido especialmente ao plano de antecipação
da produção nacional até 2008/2009. (Valor Econômico - 29.05.2006) 4 Previsão de aumento de produção nas bacias de Santos, Campos e Espírito Santo As principais
áreas produtoras da Petrobras são as bacias de Santos, Campos e do Espírito
Santo. A produção dessas três bacias tem como objetivo principal abastecer
a demanda da região Sudeste, onde se concentra a grande demanda do insumo.
Na Bacia de Santos, a previsão é de produzir 15,6 milhões m³/dia até 2010.
Na Bacia do Espírito Santo, a produção, que hoje é de 1,3 milhão de m³/dia,
passará a 19,9 milhões de m³ em 2010, com o desenvolvimento dos campos
de Peroá/Cangoa, Golfinho, Canapu, e outras descobertas cuja entrada em
produção está sendo antecipada, nos blocos ESS-164 e ESS-130. No caso
da Bacia do Espírito Santo, no Campo de Golfinho, toda a infra-estrutura
precisa ser montada. Já na Bacia de Campos, a estimativa é de que a produção
passe dos atuais 12 milhões de m³/dia para 19,2 milhões de m³/dia em 2010,
com a extração de gás nos Campos de Barracuda, Jubarte e Marlim. (Valor
Econômico - 29.05.2006) 5 Abastecimento no Nordeste será garantido pelo Campo de Manati No Nordeste, o abastecimento será garantido pelo gás do Campo de Manati, na Bahia, cuja produção deve ser iniciada em julho deste ano. Até 2009, a estimativa de produção neste campo é de 6 milhões de m³ aos dia. Segundo o diretor da área de Exploração e Produção da empresa, Guilherme Estrella, se tudo correr bem - como o licenciamento ambiental, a perfuração de poços, as instalações submarinas, o projeto e a construção das unidades flutuantes ou fixas, o lançamento de gasodutos, a construção ou a ampliação da plantas de tratamento ou processamento de gás e as instalações de dutos -, o prazo para começar a produção vai de dois a três anos, se o processo for feito em regime de especial de contratação e de construção, ou seja, sem licitação pública. (Valor Econômico - 29.05.2006) 6 Gabrielli: investimento mundial na cadeia de GN será de US$ 105 bi anuais nos próximos 30 anos Em palestra para executivos, o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, ressaltou que os investimentos na cadeia de gás natural em todo o mundo serão de US$ 105 bilhões anuais nos próximos 30 anos, para o atendimento à demanda de gás natural. Os recursos destinados ao GNL irão mais do que duplicar, passando dos atuais US$ 4 bilhões por ano para US$ 9 bilhões anuais no período entre 2021 e 2030. (Jornal do Commercio - 29.05.2006) 7 Pinguelli elogia estratégia da Petrobras Diretor do Programa de Planejamento Energético da Coppe/UFRJ e ex-presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli afirma que a política adotada pela Petrobras, de acelerar a produção das reservas de gás natural nacionais, reduzindo a dependência externa, é a decisão mais acertada. Ele alerta que, em um futuro mercado de GNL, poderia ocorrer o mesmo que nos anos 70, durante as duas crises do petróleo, quando o Brasil ficou completamente dependente da produção externa. "O GNL não é uma maravilha, pois tende a ser uma commodity. Se optássemos simplesmente pela importação de GNL, ficaríamos sempre sujeitos a outros países", lembra. Na avaliação de Pinguelli, há uma forte tendência de elevação do preço do GNL, diante de uma demanda cada vez maior de países desenvolvidos. (Jornal do Commercio - 29.05.2006) 8 BEN: Oferta interna de gás natural teve aumento de 7,4% em 2005 Com o consumo crescendo a taxas de 15% ao ano, o gás natural tornou-se o principal responsável pelas mudanças na matriz energética brasileira a partir do ano 2000. De modestos 0,8% de participação na matriz em 1980, o gás saltou para 6,5% em 2001, chegando a 8,9% em 2004 e a 9,4% em 2005. Só em 2005, a oferta interna total de gás natural cresceu 7,4% em comparação a 2004, apresentando o maior aumento entre as fontes de energia utilizadas no país, segundo dados preliminares do Balanço Energético Nacional 2006 - Ano Base 2005. O volume disponibilizado para consumo passou de 54,5 milhões de metros cúbicos por dia para 58,5 milhões. Em segundo lugar vem a energia hidráulica/eletricidade, com crescimento de 5,2%, seguida dos derivados da cana-de-açúcar, com 3,9%. Já o petróleo segue na curva descendente. A oferta do produto, que chegou a 51% em 1978, caiu para 39,1% em 2004 e 38,6% em 2005. (Valor Econômico - 29.05.2006) 9 Preço do GN sofre redução em SP Contrariando a expectativa de aumento por causa da crise com a Bolívia, os preços do gás natural, em São Paulo, estarão mais baixos a partir do dia 31 de maio. O consumidor residencial paulista terá reduções no preço de até 1,4%. Na indústria a queda será menor, de 0,2% a 1,2%. Não haverá alteração nos preços do gás utilizado para abastecer os veículos, o GNV. Contribuíram para a queda de preço a deflação no IGP-M, que, no acumulado de abril de 2005 a abril deste ano teve variação negativa de 0,917%, além da queda do dólar no último mês. Pela regulação estadual do setor, depois desse reajuste, o próximo só poderia ocorrer em maio de 2007. No acumulado de 12 meses, o consumidor residencial médio paga 7,5% a mais pelo combustível; o industrial, de 8% a 14%. O GNV está 11,91% mais caro. (O Estado de São Paulo - 27.05.2006) 10 Petrobras: GNL será usado para demanda "interruptível" A Petrobras já definiu que o GNL será voltado para a chamada demanda "interruptível", ou seja, para onde o gás pode ser facilmente trocado por outros combustíveis em caso de desabastecimento, como as usinas termelétricas. (Jornal do Commercio - 29.05.2006) 11 Petrobras vai contratar navios para transporte de GNL O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, informou que a Petrobras vai iniciar nas próximas semanas processo licitatório para a contratação de dois navios para transportar GNL para dois terminais no litoral do País. Segundo Gabrielli, a estatal trabalha atualmente com a opção de instalar essas unidades no Rio de Janeiro e no Ceará. O presidente da Petrobras revelou que a regaseificação será feita dentro das embarcações, que serão adaptadas para isso. O terminal no Nordeste terá capacidade para 6 milhões de metros cúbicos, enquanto que no Sudeste esse número ficará entre 12 milhões e 14 milhões de metros cúbicos. (Jornal do Commercio - 29.05.2006) 12 Petrobras e YPFB decidem contratar consultoria privada para calcular valor de indenização A Petrobrás e a estatal boliviana YPFB decidiram contratar uma consultoria privada para calcular as indenizações que serão pagas à estatal brasileira pelo repasse de 51% das refinarias de Santa Cruz e Cochabamba aos bolivianos. As duas empresas marcaram uma nova rodada de conversas na semana que vem, em Santa Cruz de la Sierra. Entre os principais pontos em negociação estão as compensações pela transferência de ativos para a YPFB e como colocar em prática o decreto de nacionalização, que repassa todo o gás produzido em campos bolivianos à estatal local. O presidente da YPFB, Jorge Alvarado informou que as negociações sobre o preço do gás exportado ao Brasil não fazem parte da pauta de reuniões entre Petrobrás Bolívia e YPFB. (O Estado de São Paulo - 28.05.2006) 13 Gabrielli: Petrobras não será substituída na Bolívia O presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, disse que acha "muito difícil" a estatal venezuelana PDVSA substituir a empresa brasileira na Bolívia, "em função do mercado nacional, que é o principal destinado do gás boliviano". (Folha de São Paulo - 29.03.2006) 14 Petrobras realiza estudos sobre viabilidade econômica do H-Bio A Petrobras começa a aprofundar nos próximos dias os testes sobre a viabilidade econômica do H-Bio - novo combustível derivado da mistura de um óleo vegetal com o petróleo, anunciado pelo governo federal como alternativa para o suprimento de diesel a partir dos próximos dois anos. Segundo Sylvestre de Vasconcelos Calmon, gerente de tecnologia de refino da Petrobras e responsável pelos testes com o H-Bio, as refinarias não têm estrutura adequada para receber o óleo vegetal. "A Petrobras poderá processar o H-Bio ou não, dependendo da demanda no momento, dependendo do preço do óleo, do preço do petróleo. Será uma decisão gerencial baseada em preços", pondera Calmon, esclarecendo que se trata de um programa complementar ao programa nacional de biodiesel e sem a obrigatoriedade de uma produção fixa. (Valor Econômico - 29.05.2006) 15 Petrobras e Biopampa firmam acordo para implantação de Programa de Biocombustíveis no RS A Petrobras e a Cooperativa de Biocombustíveis da Região do Pampa Gaúcho (Biopampa) assinaram memorando de intenções para a implantação do Programa de Biocombustíveis no sul do Rio Grande do Sul. A parceria vai permitir a instalação de usinas de biodiesel e álcool. A previsão é que o complexo industrial, até o início de 2008, produza de 60 milhões a 120 milhões de litros por ano de biocombustível, a partir de oleaginosas e álcool. Segundo o Ministério do Desenvolvimento Agrário, os estudos técnicos do programa envolvem também a Eletrosul, e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). (Gazeta do Sul - 29.05.2006)
Grandes Consumidores 1 Rio Tinto desenvolve nova fonte de energia A decisão do
governo boliviano de nacionalizar suas reservas de gás natural não surpreendeu
a subsidiária brasileira da Rio Tinto. A empresa, que quer desenvolver
um pólo siderúrgico ao lado de sua mina de ferro em Corumbá, já tem em
andamento estudos para a obtenção de uma nova fonte de energia. A alternativa
seria a utilização de uma tecnologia (hismelt) que utiliza resíduos do
próprio minério e carvão. A tecnologia hismelt já é utilizada pela empresa
na Austrália, e elimina a necessidade de uma coqueria e de uma sinterizadora.
No cálculo de Rodrigues, o pólo de Corumbá envolveria investimentos de
US$ 2 bilhões, dos quais US$ 1 bilhão para a expansão de capacidade da
mina e o restante para as empresas transformadoras, com capacidade para
2 milhões de placas. Estão contemplados neste orçamento de US$ 1 bilhão
a expansão da mina para 15 milhões de toneladas por ano, volume dez vezes
maior que o atual. (Jornal do Commercio - 29.05.2006) 2 Petroquisa poderá ter novos sócios no complexo do RJ O novo presidente
da Petroquisa, José Lima de Andrade Neto, disse que novos sócios poderão
ser agregados ao projeto do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, previsto
para ser implantado nos municípios de Itaboraí e São Gonçalo. Lima revelou
que só quem agregar tecnologia será incorporado ao empreendimento, que,
por enquanto, tem confirmados como sócios o grupo Ultra e a BNDESPar.
Tal critério, confirmou, também valerá para a escolha dos parceiros dos
demais projetos da empresa. Além de uma nova fábrica de ácido acrílico
em MG, ainda falta confirmar os sócios do projeto da nova unidade em Pernambuco
produtora de PTA. O executivo afirmou que o projeto poderá ter como sócio
o grupo italiano M&G. Disse, no entanto, que mesmo isso ainda depende
de confirmação. (Gazeta Mercantil - 29.05.2006) 3 Cimentos Liz amplia em 53% fábrica em MG A mineira Cimentos
Liz, do Grupo Champalimaud, anunciou investimentos de R$ 400 milhões na
fábrica de Vespasiano (MG). Os recursos visam modernizar e expandir em
53% a produção da unidade, para 2,9 milhões de toneladas anuais de cimento,
a partir de 2009. Segundo comunicado do governo mineiro, as obras de expansão
começam este ano e serão concluídas até 2008, com a geração de 1 mil empregos
no decorrer do empreendimento. A Cimentos Liz vendeu no primeiro trimestre
deste ano 463 mil toneladas de cimento, ante as 273 mil toneladas no mesmo
período do ano passado. (Gazeta Mercantil - 29.05.2006) Economia Brasileira 1 Balança comercial tem superávit de US$ 392 mi na quarta semana de maio As contas do comércio exterior nacional registraram superávit de US$ 392 milhões na quarta semana de maio. O saldo é resultado de exportações de US$ 2,325 bilhões (média diária de US$ 581,3 milhões) e de importações de US$ 1,933 bilhão (média de US$ 483,3 milhões por dia útil). As informações são da Secex. Nas quatro primeiras semanas do mês, a balança comercial acumula saldo de US$ 2,776 bilhões, com exportações de US$ 8,983 bilhões e importações de US$ 6,207 bilhões. No ano, a balança acumula superávit de US$ 15,214 bilhões. No período, as exportações somaram US$ 45,184 bilhões e as importações, US$ 32,920 bilhões. (Valor Econômico - 29.05.2006) 2 Procura por linhas de longo prazo é crescente nos bancos As empresas, com apetite de crédito, estão alongando suas dívidas. Tanto o número de empresas que tomam financiamentos por um prazo maior quanto o volume de recursos aprovados têm aumentado. O BNDES continua sendo a principal fonte de recursos para crédito de longo prazo para as empresas, principalmente para a indústria e o setor de infra-estrutura. De janeiro a abril deste ano de 2005, o banco aprovou R$ 11,04 bilhões, comparado a R$ 11,64 bilhões em igual período de 2006, alta de 5%. Muitos projetos estão na fila de aprovação. O volume à espera de uma resposta definitiva era de R$ 24,74 bilhões de janeiro a abril de 2005. Neste ano, no mesmo período, o montante subiu para R$ 28,22 bilhões, uma alta de 14%. O crescimento tem sido contínuo ao longo dos últimos anos. Em 2005, o BNDES aumentou em 44% as aprovações de novos financiamentos, que atingiram R$ 54,5 bilhões. Isso sinaliza uma aceleração nos desembolsos em 2006. Vale ressaltar que algumas linhas do BNDES têm contribuído para o alongamento dos prazos. O financiamento para o setor elétrico, por exemplo, que era de 10 e 12 anos, teve o prazo estendido para 18 anos. (Valor Econômico - 29.05.2006) 3 Debêntures devem registrar mais um ano de desempenho positivo 4 BC mantém estudo sobre mudança no câmbio Os estudos sobre
mudanças na legislação cambial irão continuar, mesmo diante da volatilidade
dos mercados internacionais. A informação é do presidente do BC, Henrique
Meirelles. Embora não tenha revelado uma data para o anúncio das novas
regras, ele foi enfático ao dizer que a flexibilização das normas "é urgente
há muito tempo". "Existe um interesse muito grande em modernizar a legislação
cambial de maneira a adequá-la à presença atual importante do Brasil nos
mercados globais", disse. Sobre a hipótese de a volatilidade nos mercados
internacionais ser, na verdade, uma mudança de tendência, Meirelles afirmou
que se trata de um ajuste da economia americana a um novo cenário. Segundo
ele, alguns fatores externos, como o preço do petróleo, inverteram uma
tendência deflacionária da economia dos Estados Unidos, fazendo com que
o Fed tivesse de adaptar a taxa de juros a uma nova realidade. (Valor
Econômico - 29.05.2006) 5 Focus: mercado espera corte menor na Selic Os analistas
do mercado financeiro esperam um corte nesta semana de apenas 0,5 ponto
percentual na taxa de juros. Até o final do ano, as instituições financeiras
mantiveram a previsão de que a taxa chegará a 14,25% ao ano. Sobre a inflação,
a expectativa para o IPCA foi mantida em 4,32%. A meta para este ano é
de 4,5%. A previsão para o IGP-DI passou de 3,07% para 3,17%. Para o IGP-M,
a expectativa passou de 3,02% para 3,13%. A previsão para o crescimento
da economia ficou praticamente estável. O boletim aponta para um crescimento
do PIB de 3,59%, contra 3,58% da semana anterior. Já sobre a produção
industrial, os analistas esperam um crescimento de 4,5%, igual ao levantamento
anterior. Já a projeção em relação ao superávit comercial passou de US$
40,06 bilhões para US$ 40,5 bilhões. Para o dólar, os analistas esperam
que a cotação neste mês fique em R$ 2,16 e, até o final do ano, chegue
a R$ 2,20. (Folha de São Paulo - 29.05.2006) O dólar comercial abriu em baixa, mas reverteu a tendência e agora apresenta alta. Às 11h09, a moeda americana avançava 0,27%, cotada a R$ 2,248 para compra e a R$ 2,250 para venda. Na última sexta-feira, o dólar caiu 2,22%, saindo a R$ 2,241 na compra e R$ 2,243 na venda. O giro interbancário somou aproximadamente US$ 660 milhões. (O Globo Online e Valor Online - 29.05.2006)
Internacional 1 Venezuela e Bolívia firmam pacto energético Os governos
da Bolívia e Venezuela acertaram um pacote de projetos em conjunto no
setor de petróleo e gás natural, com o objetivo de industrializar a produção
boliviana do energético. Os estudos prevêem a implantação de três unidades
industriais, a exploração e produção de reservas na Bolívia e a criação
de uma empresa mista de distribuição e revenda de combustíveis, denominada
Petrosur. No setor de petróleo e gás natural, serão avaliadas a construção
de duas unidades de processamento de gás, de uma unidade petroquímica
para a produção de fertilizantes, além dos estudos conjuntos para exploração
e produção de reservas e da Petrosur, que terá uma rede de postos de gasolina
na Bolívia. (O Estado de São Paulo - 27.05.2006) 2 EU: demanda por GN aumentará até 2020 A União Européia
calcula que, até 2020, a demanda por combustível nos países do bloco aumentará
o equivalente a 200 mil toneladas métricas de gás, enquanto o principal
fornecedor do continente, a Rússia, elevará sua oferta em apenas 50 mil
toneladas. Somado a essas necessidades o aumento na demanda mundial de
energia em países como a China, está criado o cenário para o fortalecimento
dos investimentos em fontes de energia na América Latina, defende o especialista
Wolfgang Pfaffenberger, da Universidade Internacional de Bremen. (Valor
Econômico - 29.05.2006) 3 Monopólio da distribuição de energia divide UE e Rússia A cimeira semestral União Européia-Rússia que decorreu em Sochi, estância balnear do Mar Negro, terminou sem acordo na questão energética, tendo, contudo, ambas as partes afirmado a necessidade de se evitarem futuros `desentendimentos` na matéria. As divergências na questão energética resultam do fato de a empresa estatal Gazprom ter o monopólio das exportações de gás natural, acentuado em janeiro, quando Moscovo suspendeu o fornecimento de energia à Ucrânia, o que acabou por se repercutir na distribuição para a Europa. A Rússia fornece, segundo a AFP, 26% do gás natural consumido na UE e é o segundo principal fornecedor de petróleo.Desde então, a UE insiste na necessidade de liberalização da rede de gasodutos russos e no acesso de empresas européias a este setor. Em contrapartida, a Rússia exige a possibilidade de adquirir participações em empresas da UE ligadas ao setor energético. (Elétrica - 26.05.2006) 4 Energia pode unir UE e América Latina 5 Integração energética na América Latina pode tirar proveito de energia barata A integração
energética no continente poderia permitir aos países da região tirar maior
proveito de uma de suas principais vantagens competitivas, a disponibilidade
de energia barata, segundo nota o professor do Instituto de Economia da
UFRJ Adilson de Oliveira. "Não temos vantagem em custos de mão de obra
nem em tecnologia, mas temos disponibilidade de energia barata, investimentos
já feitos", comenta o economista. "A América Latina poderia se tornar
um exportador confiável de bens baseados em energia", acredita Adilson
de Oliveira. Ele defende que os países e as empresas européias aproveitem
a energia barata do continente sul-americano para investimentos de grandes
consumidoras de energia; as chamadas indústrias eletrointensivas. Essa
é uma possível vocação regional em 10 a 20 anos, prevê Oliveira. (Valor
Econômico - 29.05.2006)
Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados
sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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