l IFE: nº 1.815 - 25
de maio de 2006 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Leilões Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Reestruturação do Setor 1 Relatório da Aneel detecta restrições em 11.290,5 MW previstos para 2006 O relatório
de fiscalização da Aneel, referente ao mês de maio, detectou problemas
para entrada em operação, este ano, de usinas que totalizam 11.290,5 MW.
Deste total, 7.820,8 MW possuem graves restrições, como inviabilidade
ambiental e liminares judiciais. Segundo a Aneel, estão previstos para
entrar em operação, em 2006, 16.084,5 MW. Os empreendimentos que estão
dentro do prazo devem adicionar uma oferta de 4,8 mil MW neste ano. De
acordo com o relatório, as térmicas seriam responsáveis por 9.622,8 MW.
A agência classificou 8.861,7 MW com algum nível de restrição, dos quais
6.860,7 MW foram classificados com problemas graves. Apenas 761,1 MW estão
livres de problemas para entrar em operação neste ano. As eólicas deveriam
adicionar 1.546,5 MW ao parque gerador do país, mas apenas 540,5 MW estão
livres de restrições. Entre as PCHs, que têm programados 1.158,2 MW para
este ano, 246,1 MW não têm empecilhos para começar a gerar. As hidrelétricas
apresentem menos problemas. Dos 3.757 MW previstos, 3.578,5 MW devem começar
a operar dentro do prazo. Outros 178,5 MW têm restrições consideradas
graves. (Agência Canal Energia - 24.05.2006) 2 Aneel espera que 8.263 MW entrem no Sistema em 2006 A Aneel
conta com 8.263,7 MW para aumentar a oferta de energia no país este ano.
Isto porque a agência soma os empreendimentos livres de restrição e os
com algum problema - que podem ser solucionados ao longo deste ano. Assim,
as térmicas devem contribuir com 2.762,1 MW; as PCHs, com 917,1 MW; as
eólicas, com 1.006 MW; e as hidrelétricas, com 3.578,5 MW. (Agência Canal
Energia - 24.05.2006) 3 Aneel: empreendimentos para 2007-2010 somam 12.106.5 MW Para o período
de 2007 a 2010, a fiscalização da Aneel trabalha com empreendimentos com
12.106,5 MW de capacidade total instalada previstos para entrar em operação.
O relatório de maio prevê o aumento da oferta de energia em 7.481,8 MW,
incluindo os livres de restrição e com algum impedimento. Os anos de 2009
e 2010 têm toda a capacidade classificada com restrições, totalizando
5.446 MW. A Aneel prevê que, neste período, a oferta de energia aumente
em 829,3 MW (2009) e 1.041,8 MW (2010), considerando os empreendimentos
com algum tipo de restrição. Para 2007, a fiscalização prevê a entrada
de 4.060 MW, dos 4.561,2 MW previstos. Em 2008, serão 1.550,7 MW dentro
de uma programação de 2.099,3 MW. (Agência Canal Energia - 24.05.2006)
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CMSE avalia condições de suprimento de energia elétrica no país 5 Lula: Brasil será maior potência energética do mundo em "vinte ou trinta anos" Em entrevista
ao jornal francês Le Monde, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou
que dentro de "vinte ou trinta anos", o Brasil será a principal potência
energética do mundo. Lula destaca que o País já é auto-suficiente em petróleo
e que dentro de dois anos produzirá a maior parte do gás que consome.
Lula disse também que o Brasil é o mais competitivo na produção de etanol
e de biodiesel e que possui projetos para refinar óleo vegetal e misturá-lo
ao petróleo. "O Brasil lançou uma revolução energética. Poucos países
poderão concorrer conosco na hora de extrair da terra o carburante do
futuro, devido à nossa extensão territorial", disse o presidente. (Gazeta
Mercantil - 25.05.2006) 6 Proinfa poderá ofertar 25% do previsto até 2007 Segundo
a Aneel, até ontem, apenas 25% dos 3.248 MW prometidos - 827 MW - no âmbito
do Proinfa tinham condição de sair dentro do prazo previsto, até dezembro
de 2007. A Eletrobrás tem um número diferente: segundo o responsável pelo
programa na estatal, Sebastião Florentino, serão construídos 914 MW ainda
em 2006 - ou 27,7% do total previsto. O volume de energia prometido pelo
Proinfa corresponde a aproximadamente à necessidade anual de expansão
do sistema, para atender a uma demanda que cresce aproximadamente 5% ao
ano. (Valor Econômico - 25.05.2006) 7 Proinfa: energia eólica é parte mais comprometida A maior parte do Proinfa é de energia oriunda dos ventos (eólica), com contratação de 1.423 MW pela Eletrobrás. Esta também é a parte mais comprometida do programa: do total previsto, apenas 14,6% (ou 208 megawatts) estão dentro do cronograma. Neste quesito, a Eletrobrás e Aneel concordam com os números. Das 54 usinas eólicas listadas pela Aneel, apenas 5 já iniciaram as obras e não têm restrição alguma para entrar em operação dentro do previsto. O principal problema apontado pelos investidores é com relação à contratação de equipamentos. Hoje, o país possui um único fabricante de aerogeradores, a alemã Wobben. O problema é que a Wobben, por ser a única fabricante no país, pôs os preços dos equipamentos em patamares muito elevados. A solução, segundo a Eletrobrás, é atrair outros fabricantes para o país: já se comprometeram a se instalar aqui, ainda em 2006, a também alemã Furhlander e a Suzlon. (Valor Econômico - 25.05.2006) 8
Eletrobrás prevê construção de 139 projetos previstos no Proinfa 9 Proinfa: BNDES já aprovou ou contratou R$ 3,6 bi do total a ser financiado Segundo
a Eletrobrás e o BNDES, o processo de financiamento dos projetos do Proinfa
caminha bem. O banco já aprovou ou contratou R$ 3,6 bilhões de um total
de R$ 5,5 bilhões destinados ao Proinfa, segundo a chefe de departamento
de gás, petróleo, energia e fontes alternativas do BNDES, Claudia Prates.
Essa carteira de financiamento permitirá a construção de pelo menos 1.400
MW, segundo a executiva do BNDES. (Valor Econômico - 25.05.2006)
Empresas 1 Consórcio Rio Minas assume Light O Consórcio
Rio Minas, integrado pela Cemig, Andrade Gutierrez, Pactual Energia e
JLA Participações deverá assumir, até meados de julho, o comando da Light.
A informação foi dada ontem pelo atual presidente da concessionária fluminense,
Jean Pierre Bel. Ele explicou que, até lá, o negócio deve receber o aval
da Aneel e da Comissão Francesa de Participações e Transferências, já
que a EDF, controladora da Light, é estatal francesa. "A perspectiva para
a conclusão da venda é para o período entre 15 de junho e 15 de julho.
Falta autorização, tanto aqui quanto na França", afirmou Bel, lembrando
que após a conclusão total do negócio, a transição para a próxima diretoria
poderá ser feita rapidamente. (Jornal do Commercio - 25.05.2006) 2 Light: momento favorável para alongar a dívida O diretor de Relações Institucionais da Light, Paulo Roberto Pinto, disse que a nova administração encontrará um momento favorável no mercado internacional para alongar a dívida e solucionar o problema. "O mercado estava muito fechado e não havia muitas opções para nós. A situação melhorou bastante", observou o executivo. A nova administração da Light vai herdar uma dívida total de US$ 1,5 bilhão. (Jornal do Commercio - 25.05.2006) 3 Cemig quer parceria com investidor privado para leilão de LTs A Cemig
pretende lançar até a próxima sexta-feira, 26 de maio, a chamada pública
convidando investidores privados para formar parceria no leilão de linhas
de transmissão, marcado para 18 de agosto, na Bolsa de Valores do Rio
de Janeiro, segundo informou Marcio Maia Ribeiro, superintendente da companhia.
A empresa tem interesse nos lotes que abrigam as linhas localizadas no
Sudeste, Centro-Oeste e Sul do país. As linhas de interesse totalizam
R$ 672,2 milhões em investimentos estão agrupadas em cinco dos sete lotes
que serão leiloados, segundo estimativa da Aneel. São eles LT Jaguará-Estreito
(500 kV - 53 km), LT Estreito-Ribeirão Preto (500 kV - 118 km), LT Ribeirão
Preto-Poços de Caldas (500 KV - 137 km), LT São Simão-Marimbondo (500
kV - 216 km), LT Marimbondo-Ribeirão Preto (500 kV - 196 Km), LT Neves-Mesquita
(500 kV - 172,5 km), LT Mascarenhas-Verona (230 KV - 107 Km) e LT Cascavel
Oeste-Foz do Igauçu (230 KV - 115 Km). (Agência Canal Energia - 24.05.2006)
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Eletropaulo mantém corte de luz do MASP 5 Furnas amplia atividade de geração pela Região Norte Em razão
de poucos aproveitamentos de grande porte na Região Sudeste, Furnas direciona
o crescimento do seu parque gerador ao Norte e ao Centro-Oeste. Após concluir
os estudos para as hidroelétricas Jirau (3,3 mil MW, RO) e Santo Antônio
(3,15 mil MW, RO), que compõem o Complexo Hidroelétrico do Rio Madeira,
a estatal está prestes a iniciar o estudo de viabilidade do rio Teles
Pires, localizado na divisa de Mato Grosso com o Pará. O estudo depende
da aprovação da Aneel. Em paralelo, Furnas também desenvolve o inventário
do rio Ji-Paraná, que corta o Estado de Rondônia. Segundo a EPE, essas
duas regiões do País detêm 57% do potencial hidroelétrico brasileiro,
estimado em 261 GW. (Eletrosul - 24.05.2006) 6 Eletronorte coloca mais uma unidade geradora de Tucuruí em operação comercial A usina
hidrelétrica Tucuruí, localizada no Pará, coloca em operação a partir
desta quarta-feira, 24 de maio, a 21ª unidade geradora, de 375 MW. Já
a 22ª unidade geradora, de 375 MW, também começa operação em teste nesta
quarta-feira. A Eletronorte, que detém a concessão do empreendimento,
deverá entregar à Aneel o relatório final em 60 dias após a data de conclusão
dos testes. Outra unidade geradora que entra em operação hoje é a de número
2 da pequena central hidrelétrica Comendador Venâncio, localizada no município
de Itaperuna (RJ). A unidade possui 835 kW e a PCH é de propriedade da
Companhia Energética Paulista. As informações foram publicadas no Diário
Oficial de hoje por meio dos despachos 1051, 1052 e 1061. (Agência Canal
Energia - 24.05.2006) No pregão
do dia 24-04-2006, o IBOVESPA fechou a 35.791,96 pontos, representando
uma baixa de 0,88% em relação ao pregão anterior. As empresas que compõem
o IEE apresentaram desvalorização de 2,80%, fechando a 10.878,38 pontos.
As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas
a R$ 44,50 ON e R$ 39,50 PNB, baixa de 3,89% e 3,42%, respectivamente,
em relação ao fechamento do pregão anterior. Na abertura do pregão do
dia 25-05-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 44,50 as ações
ON, estável em relação ao dia anterior e R$ 39,95 as ações PNB, alta de
1,14% em relação ao dia anterior. (Investshop - 25.05.2006) Furnas assinou na última terça-feira, 23 de maio, em Brasília, um termo de compromisso com a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, para implementar o Plano de Ação do Programa Pró-Eqüidade de Gênero este ano. (Agência Canal Energia - 24.05.2006) A Aneel realizará, no próximo dia 1º de junho, consulta pública para ouvir a população sobre a qualidade dos serviços prestados pela Coelce nas áreas de comercialização e distribuição de energia elétrica. As informações colhidas vão orientar o escopo do processo de fiscalização. (Agência Canal Energia - 24.05.2006) A Eletrobrás capacita até esta quarta-feira, 24 de maio, oito professores universitários e consultores autônomos de Pernambuco para se tornarem multiplicadores capazes de formar agentes de eficiência energética. A iniciativa faz parte do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica, por meio do subprograma Procel Indústria. (Agência Canal Energia - 24.05.2006)
Leilões 1 Leilão de energia nova é adiado O leilão
de energia de empreendimentos novos foi adiado de 12 para 29 de junho,
por conta de atraso na autorização do Ministério da Fazenda para reajuste
de combustíveis e pela dificuldade de grupos do mercado em obter licenças
prévias, segundo informou ontem Maurício Tolmasquim, presidente da EPE.
"Estava esperando um 'ok' da Fazenda para reajuste dos combustíveis, mas
isso atrasou um pouquinho, então os prazos começaram a ficar apertados
para os agentes", disse Tolmasquim, acrescentando que vários agentes do
setor estão esperando a obtenção de licenças. Há 157 solicitações de participação
do leilão que estão em fase de habilitação prévia, disse Tolmasquim. A
data limite para entrega da licença prévia ficou para 14 de junho, informou
Tolmasquim a jornalistas. (Gazeta Mercantil - 25.05.2006) 2 Tolmasquim: deve haver leilão específico para hidrelétrica Madeira A hidrelétrica Madeira não entrará no leilão de energia nova do dia 29 de junho, mas, segundo Maurício Tolmasquim, presidente da EPE, "muito provavelmente" deve haver um leilão específico para ela, talvez no segundo semestre. Para a usina de Belo Monte, a expectativa é que ela participe de leilão em 2008 ou 2009. (Gazeta Mercantil - 25.05.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 SP registra crescimento de 3,8% no consumo em abril O estado
de São Paulo registrou crescimento de 3,8% no consumo de energia em abril,
em comparação ao mesmo mês de 2005. O total de energia distribuída pelas
concessionárias atingiu 9.172 GWh. O consumo acumulado nos 12 meses findos
em abril aumentou em 4,4%. A geração de energia no estado aumentou 1,3%
no primeiro quadrimestre, chegando a 23.487 GWh, ante o registrado em
igual período de 2005. De janeiro a abril, a energia transmitida foi de
43.522 GWh, um acréscimo de 6,5% em relação aos mesmos meses do ano passado.
A classe industrial apresentou em abril de 2006 um acréscimo de 4,9% em
comparação com o mesmo mês de 2005. O consumo no acumulado do ano e o
nos últimos 12 meses findos em abril registraram taxas de 5,4% e 3%, respectivamente.
O segmento residencial teve alta de 3,8% no consumo no mês passado. Esta
classe também apresentou crescimento de 5,5% e 5,6% no acumulado do ano
e nos 12 meses findos, respectivamente. A média do consumo por consumidor
residencial foi de 185 kWh. O consumo na classe comercial cresceu 4,3%
em abril. No consumo acumulado do ano e nos 12 meses findos em abril houve
acréscimo de 7,4% e 6,4%, respectivamente. (Agência Canal Energia - 24.05.2006)
2 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 85,5% O nível de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 85,5%, apresentando queda de 0,1% em relação à medição do dia 22 de maio. A usina de Furnas atinge 93,9% de volume de capacidade. (ONS - 23.05.2006) 3 Sul: nível dos reservatórios está em 33,5% A região
Sul apresentou queda de 0,3% em relação à última medição, com 33,5 % de
capacidade armazenada. A usina de Machadinho apresenta 23,5% de capacidade
em seus reservatórios. (ONS - 23.05.2006) 4 NE apresenta 96,5% de capacidade armazenada Apresentando
queda de 0,2%, o Nordeste está com 96,5% de sua capacidade de armazenamento.
O reservatório de Sobradinho opera com 97,8% de volume de capacidade.
(ONS - 23.05.2006) 5 Norte tem 98,1% da capacidade de armazenamento O nível
de armazenamento da região Norte está em 98,1%, apresentando queda de
0,1% em relação ao dia 22 de maio. A usina de Tucuruí opera com 98,9%
de volume de armazenamento. (ONS - 23.05.206)
Gás e Termoelétricas 1 Sauer: preço ainda não faz parte da negociação A Petrobras não recebeu um pedido formal da Bolívia para aumento no preço do gás natural, apesar dos anúncios de alta do presidente da Bolívia, Evo Morales, disse o diretor de energia e gás natural da estatal, Ildo Sauer. Segundo ele, o governo brasileiro tinha deixado nas mãos da Petrobras o acerto dos termos com a Bolívia e não existiam negociações de preços em andamento. "As comissões técnicas estão tentando resolver questões internas na Bolívia, mas foi dito claramente em recente acordo que a questão dos preços será tratada dentro do ambiente de mecanismos contratuais.", explicou Sauer. O Brasil está pagando entre US$ 3,43 por milhão de BTU e US$ 4,21 por milhão de BTU pelo gás boliviano, um preço que Suer considerou agora competitivo, mas que não deixa espaço para aumento. (Gazeta Mercantil - 25.05.2006) 2 Gabrielli: Lei do Gás não resolverá problemas de oferta O presidente
da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, afirmou que a criação da Lei do Gás
não vai resolver os problemas de oferta de combustível no País. Segundo
ele, em todos os países do mundo os investimentos em infra-estrutura para
produção e distribuição do gás natural foram feitos por um grande investidor
que apostou no setor e assumiu os riscos. Os demais empreendedores apareceram
apenas num segundo momento, depois que esses investimentos maturaram e
deram retorno, explicou. "O Brasil pode querer fazer diferente e inovar,
mas não acredito que uma lei vá resolver os problemas de investimentos
do País." Gabrielli negou que a estatal queira atuar sozinha nesse setor
e afirmou que o Brasil é livre. O presidente da estatal afirmou também
que até 2010 a produção de gás será da ordem de 110 milhões de m3 por
dia, sendo 30 milhões de m3 importados da Bolívia e 69 milhões de m3 de
produção nacional. Ele ressaltou ainda que é extremamente importante investir
na expansão da malha de gasodutos para abastecer o País de forma eficiente
e listou cerca de sete projetos prioritários para interligar a rede nacional.
Os investimentos previstos são da ordem de US$ 6,7 bilhões até 2009. (O
Estado de São Paulo - 25.05.2006) 3 Maranhão valoriza reservas de Barreirinhas Representantes
da TecnoGás e da GNC, visitaram o governador do Maranhão, José Reinaldo
Tavares, para formalizar a proposta de parceria no consórcio que disputará
os campos marginais de gás de Barreirinhas, a 365 quilômetros de São Luís,
no leilão da ANP marcado para os dias 26 e 28 de junho. De acordo com
a assessoria da Secretaria de Minas e Energia, o governo do Maranhão aceitou
participar do consórcio na perspectiva de transformar o leilão a ser promovido
pela ANP em um evento atrativo para as melhores propostas de prospecção,
extração e transporte de gás das áreas maranhenses. É a segunda visita
que o Maranhão recebe este ano de empresas interessadas em explorar o
gás de Barreirinhas. A TecnoGás é uma operadora de campos marginais e
a GNC é distribuidora de gás comprimido. Três campos de gás de Barreirinhas
vão a leilão: Espigão, Oeste Canoa e São João, que juntos acumulam um
total de 336 milhões de metros cúbicos de gás natural. Na próxima semana,
técnicos da Tecnogás e da GNC farão uma visita para fazer um levantamento
do potencial dos campos na área. (Gazeta Mercantil - 25.05.2006) 4 Araucária: Copel assina contrato definitivo na próxima semana A Copel
aguarda apenas a publicação do projeto de lei 193/2006, sancionado pelo
governador do Paraná, Roberto Requião, para concluir o processo de compra
da UEG Araucária. A previsão do presidente da empresa, Rubens Ghilardi,
é que o projeto saia no diário oficial do estado desta quinta-feira, 25
de maio. Com isso, a redação do contrato definitivo poderá ser finalizada
até o fim da semana. A Copel vai adquir os 60% de participação da empresa
norte-americana por US$ 190 milhões. "A Copel está comprando a usina pelo
valor histórico (da época) investido pela El Paso", frisou Ghilardi. A
usina, com 484 MW de capacidade instalada, passará a partir de junho por
um processo de conversão para bicombustível, assim poderá operar com óleo
diesel. Além disso, será consertado um vazamento da processadora de gás
que adapta o combustível boliviano para o padrão da turbina utilizada
e será feita a sincronia do equipamento com o sistema brasileiro. Para
fazer as intervenções necessárias, a Copel investirá R$ 42 milhões até
dezembro, quando está prevista a conclusão das obras. Ghilardi salientou
que a usina ficará disponível entre 2007 e 2009 para o mercado livre e
para eventual necessidade de despacho. (Agência Canal Energia - 24.05.2006)
5 Petrobras apresenta balanço entre oferta e demanda de GN para período 2006-2011 A Petrobras apresentou, durante a reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), o incremento previsto na oferta de gás para a região Sudeste, além dos cronogramas de implantação dos gasodutos. A Petrobrás apresentou ainda um balanço entre a oferta e a demanda de gás natural para o período de 2006-2011, bem como o andamento dos estudos de utilização do gás natural liquefeito (GNL) para eventual utilização em termelétricas. (APMPE - 24.05.2006) 6 EDF decide sobre venda da termelétrica Norte Fluminense Em julho, a EDF vai decidir a respeito da venda do único ativo que permanecerá sob o controle da estatal francesa no país, a usina termelétrica Norte Fluminense. O resultado de uma avaliação que está sendo feita a respeito do mercado de energia do Brasil terá peso decisivo na decisão. (Jornal do Commercio - 25.05.2006)
Grandes Consumidores 1 Consumo de energia elétrica nas indústrias continua estável O consumo
de energia elétrica no Brasil cresceu 4,5% no primeiro trimestre em comparação
ao mesmo período do ano passado. O aumento foi puxado principalmente pela
demanda de consumidores residenciais (7,5%) e comerciais (7,1%). Apesar
de responder por 44% de toda energia consumida no país, o setor industrial
apresentou variação positiva de apenas 3%. Para o presidente do Ciesp
(Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), Claudio Vaz, o resultado
reflete a atual situação do setor. "A indústria continua crescendo em
níveis semelhantes ao ano passado, ou seja entre 4 e 5 por cento ao ano.
Estamos há dois anos com crescimento nesse patamar", explica . Vaz acredita
que esse crescimento do consumo energético será capaz de influenciar o
resultado do PIB, mas não o suficiente para colocar o Brasil em igualdade
de condições com outros países em desenvolvimento. (Diário do Grande ABC
- 25.05.2006) 2 Exportações de produtos siderúrgicos caem 9,5% Influenciadas
pelo câmbio, as exportações de produtos siderúrgicos somaram 847,7 mil
toneladas em abril, com queda de 9,5%, na comparação com o mês anterior,
e de 6,6%, na comparação com abril de 2005. Os dados foram divulgados
ontem pelo Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS). Nos primeiros quatro
meses do ano, as exportações ainda acumulam saldo positivo, com 3,082
milhões de toneladas - 8,1% acima do registrado em igual período no ano
passado. As vendas no mercado interno totalizaram 1,418 milhão de toneladas,
com queda de 7,8%, na comparação com março, e crescimento de 2,6%, em
relação a abril do ano passado. No ano, o saldo é negativo: as vendas
totalizaram 5,539 milhões de toneladas de janeiro a abril, ficando 3,7%
menores do que as realizadas no primeiro quadrimestre de 2005. De acordo
com o IBS, as vendas internas de laminados atingiram montante de 1,353
milhão de toneladas em abril deste ano, 2% acima do registrado em igual
período em 2005. (Jornal do Commercio - 25.05.2006) 3 Produção de aço bruto recua 10,2% e exportações caem A produção
nacional de aço bruto alcançou 9,602 milhões de toneladas entre janeiro
e abril deste ano, um volume 10,2% inferior as 10,695 milhões de toneladas
produzidas no mesmo período de 2005, de acordo com dados do Instituto
Brasileiro de Siderurgia (IBS), que atribui a queda ao acidente no alto
forno 3 da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), ocorrido no dia 22 de
janeiro e com previsão de retorno à operação para o dia 15 de junho. A
fabricação de laminados recuou 4,3% e somou 7,302 milhões de toneladas
no primeiro quadrimestre. Os laminados planos tiveram queda de 8,7%, para
4,355 milhões de toneladas. Já a produção de laminados longos cresceu
3% e atingiu 2,947 milhões de toneladas. A produção de semi-acabados para
vendas caiu 8,6% e somou 2,037 milhões de toneladas. (Gazeta Mercantil
- 25.05.2006) 4 Vale reafirma que não cederá à pressão chinesa O presidente
da Companhia Vale do Rio Doce, Roger Agnelli, reafirmou ontem que não
cederá às pressões das siderúrgicas chineses, que ameaçam não fechar contratos
de compra de minério de ferro se a empresa aplicar o reajuste de 19% no
preço da commodity. O percentual já foi aceito pelos maiores grupos do
setor, como Arcelor, Mittal e ThyssenKrupp. De acordo com o executivo,
as companhias chinesas não terão alternativa de fornecimento do produto
caso não aceitem a elevação proposta pela mineradora. "Não há nenhum grande
projeto em andamento que possa aumentar a oferta de minério no mercado
no curto prazo. Se a China comprar em outro lugar, vai tirar minério de
alguém, vai ter de comprar de algum outro, Como não tem oferta grande
no mercado, a gente vai vender para este algum outro", defendeu Agnelli.
O acecutivo acrescentou que a empresa tem como redirecionar a commodity,
caso o impasse não seja resolvido. Isto poderia ser feito por meio de
outros contratos, ou por meio da venda no mercado spot. "Se eles tiverem
de quem comprar em outros mercados, que comprem. Tem gente que rejeita,
rejeita, mas acaba comprando no spot e pagando mais que nos contratos
de longo prazo. Se a China é uma economia de mercado, o mercado está aí",
acrescentou Agnelli. (Jornal do Commercio - 25.05.2006) 5 Votorantim planeja inaugurar três usinas até o fim do ano O Grupo
Votorantim tem como meta atingir 60% de auto-suficiência em geração de
energia para consumo das unidades indústriais até 2009. O grupo está investindo
na execução de todos os projetos hidrelétricos das concessões que possui,
o que o coloca entre os maiores no ranking de investidores em geração
própria, segundo Otavio Rezende, diretor da Votorantim Energia. A previsão
é operacionalizar um total de três hidrelétricas este ano, que adicionarão
208 MW médios à autoprodução do grupo. Hoje, a empresa produz 54% dos
12 mil GWh consumidos, por ano. "Num plano mais imediato, estamos cuidando
de concluir e colocar em geração comercial as UHEs Picada, Campos Novos
e Capim Branco I, todas no ano de 2006", observou. Capim Branco I foi
a primeira a entrar em operação no primeiro trimestre deste ano. A usina,
de 240 MW, demandou investimentos de R$ 410 milhões dos sócios do Consórico
Capim Branco Energia, formado por Votorantim Metais (12,64%), Vale do
Rio Doce (48,42%), Cemig (21,05%) e Comercial e Agrícola Paineiras (17,89%).
(Agência Canal Energia - 24.05.2006)
Economia Brasileira 1 Impacto na inflação deve ser pequeno e gradual Os economistas não trabalham com cenário de uma disparada da inflação em função das turbulências das últimas semanas. Duas razões sustentam essa avaliação: os fundamentos da economia não estão sendo afetados - o que indica que a balança comercial continuará forte e haverá ingresso de divisas - e a indústria não formou preço com o dólar entre R$ 2,05 e R$ 2,10. O dólar de referência para os preços internos continuou superior ao do nível pré-turbulência. É claro que os economistas não sabem quando e em que nível o dólar voltará a se estabilizar. Mas a maioria trabalha com a hipótese de que a turbulência atual é passageira e a moeda terminará o ano entre R$ 2,20 e R$ 2,40. Mesmo na cotação mais alta, a inflação teria uma alta gradual ao longo dos próximos meses e ficaria muito próxima da meta do ano: 4,5%. (Valor Econômico - 25.05.2006) 2 Exportador já comemora a depreciação do real A forte valorização do dólar nos últimos dias é vista com bons olhos tanto pelo setor produtivo quanto pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). Para Antonio Sérgio Martins Mello, secretário do desenvolvimento da produção do MDIC, um dólar em R$ 2,40 irá, sem dúvida, melhorar a competitividade do exportador brasileiro. O superintendente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), Fernando Pimentel, também comemora a alta da moeda americana, porém, com cautela. Ele diz que é preciso esperar algum tempo para ver se esse é um movimento passageiro ou se aponta um novo patamar de dólar e também de juros no mercado externo. (Valor Econômico - 25.05.2006) 3
Superávit bate recorde em abril 4 Ipea: empresas brasileiras precisam se renovar Sem a mesma
força na exportação que garantiu crescimento expressivo em 2004, de 8,4%,
a indústria brasileira enfrenta agora o desafio de promover efetiva renovação
e competir internacionalmente nos nichos de maior valor agregado, diferenciando-se
no mercado externo. Até agora, a grande maioria das fábricas investiu
na modernização da produção, ganhou competitividade, se ajustou a algumas
exigências internacionais, mas não se renovou, avalia o pesquisador da
diretoria de estudos setoriais do Ipea, Bruno César Araújo. "Das cerca
de 70 mil empresas industriais, 1,2 mil investiram com maior força na
renovação e essas têm garantido preços pelo menos 30% maiores do que os
que praticavam anteriormente, e conseguem ficar fora das oscilações do
câmbio e da forte concorrência externa", afirmou o executivo. Araújo reconhece,
entretanto, que falta ao Brasil uma efetiva política de incentivo a esse
investimento. O pesquisador disse que por ser um bem intangível não há
mecanismos que garantam uma boa avaliação de risco e, por isso, mesmo
programas voltados para essa finalidade ainda precisam de ajuste e maior
empenho para o crescimento. (Gazeta Mercantil - 25.05.2006) O dólar
comercial abriu em baixa, cotado a R$ 2,32. Às 9h07, a moeda recuava 2,83%,
saindo a R$ 2,33 na compra e a R$ 2,3320 na venda. Ontem, o dólar aumentou
4,71%, cotado a R$ 2,3980 na compra e R$ 2,40 na venda. (O Globo Online
e Valor Online - 25.05.2006)
Internacional 1 Argentina está disposta a aceitar novo preço para o gás A Argentina
está disposta a aceitar um aumento do preço do insumo energético, que
passaria de US$ 3,18 por milhão de BTU para algo entre US$ 5 e US$ 5,5.
Desse modo, o Brasil ficará isolado, se o aumento foi acertado. A Petrobras
rejeita qualquer reajuste que não esteja previsto no contrato (cuja correção
dos preços é trimestral e varia de acordo com cotações de uma cesta de
óleos combustíveis). A Petrobras gasta US$ 3,4 por milhão de BTU na compra
do gás boliviano, quase o mesmo valor que a Argentina. Mas o governo boliviano
já manifestou sua posição de aumentar o preço para US$ 5,5 por milhão
de BTU. Oficialmente, a YPFB e o Ministério de Hidrocarbonetos da Bolívia
dizem que estão negociando com a Argentina e que houve, de fato, um pleito
formal para reajustar o preço do gás. A assessoria do ministério não confirmou,
porém, a cifra de US$ 5,5 por milhão de BTU. Se o valor proposto se confirmar,
representará um aumento de cerca 65%. Se a Argentina aceitar o aumento,
especialistas do setor acreditam que a Petrobras ficará numa posição delicada,
pois um dos clientes da Bolívia aceitou o reajuste e poderá absorver parte
do gás que viria para o Brasil. (Folha de São Paulo - 25.05.2006) 2 Consórcio lança grande projeto de fusão nuclear Líderes
da União Européia, Estados Unidos, Rússia, Japão, China, Coréia do Sul
e Índia assinaram acordo para lançar o revolucionário projeto de reator
nuclear experimental Iter, apresentado como uma das maiores aventuras
científicas mundiais para dotar o mundo de uma energia nuclear mais limpa
e ilimitada. O reator Iter, que custará 10 bilhões de euros e será construído
em Cadarache (sul da França), é um programa internacional de pesquisa
sobre a fusão termonuclear controlada, que busca reproduzir o que acontece
no núcleo do Sol. Neste tipo de fusão termonuclear, os cientistas tentam
fazer com que os núcleos de dois isótopos de hidrogênio se unam para formar
hélio, e isto gere uma grande quantidade de energia. Segundo seus partidários,
trata-se de uma solução alternativa à fissão nuclear utilizada nas centrais
atuais para produzir energia. Enquanto a fissão nuclear é perfeitamente
controlada há décadas, a fusão é uma técnica que não se domina em absoluto.
(Diário do Grande ABC - 25.05.2006)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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