l IFE: nº 1.814 - 24
de maio de 2006 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Reestruturação do Setor 1 Governo aposta na liberação de licença de usinas do Rio Madeira em agosto O secretário
de Planejanento e Desenvolvimento Energético do MME, Márcio Zimmermann,
disse nesta terça-feira, 23 de maio, que a expectativa do governo é que
a licença prévia das usinas que compõem o complexo hidrelétrico do Rio
Madeira (RO, 6.450 MW) seja liberada até agosto. Com isso, as usinas poderiam
ser licitadas até o dia 12 de setembro, aproveitando a janela hidrológica
favorável, a fim de que a energia esteja disponível em 2011. Na avaliação
dele, a greve que paralisa as atividades do Ibama não terá impacto no
processo, já que o licenciamento está em processo avançado. Caso as usinas
não sejam licitadas até o prazo previsto, segundo Zimmermann, o MME teria
que buscar alternativas para suprir a oferta de 400 MW médios para 2011,
carga da usina com oferta prevista para aquele ano. O secretário ressaltou
que as usinas terão a energia leiloada de forma escalonada. O ministério,
ratificou, pretende publicar portaria que trata especificamente da forma
de negociação da energia no leilão. (Agência Canal Energia - 23.05.2006)
2 Secretário-executivo do MME mostra confiança no Plano Decenal O secretário-executivo
do MME, Marcio Zimmerman, mostrou confiança no plano decenal apresentado
pelo governo para debater a geração e transmissão de energia elétrica
até 2020. Ao propor-se a fazer um planejamento de longo prazo, o governo
está agindo com transparência, acredita ele. "Pela primeira vez, um plano
decenal é colocado para consulta pública, não só para os interessados
no setor, mas para toda sociedade", justificou o secretário-executivo.
(Valor Econômico - 24.05.2006) 3 Zimmerman: agências reguladoras desempenham papel importante O secretário-executivo
do MME, Marcio Zimmerman, afirmou, sobre o papel das agências reguladoras,
que, em tempos passados, estabeleceu-se uma confusão sobre o campo de
atuação das autarquias criadas após o processo de privatização. "As agências
reguladoras têm papel importantíssimo de regulação, fiscalização e mediação.
Mas, em outros momentos, confundiu-se como uma autarquia para formular
políticas públicas. Ela não é formuladora, esta tarefa cabe ao governo",
defendeu Marcio. (Valor Econômico - 24.05.2006) 4
Kelman não vê problemas em sistema híbrido de geração 5 Aneel quer energia nas regiões não atendidas por programas de universalização A Aneel
estuda resolução que trata do atendimento a comunidades que não contam
com fornecimento contínuo de energia elétrica. Segundo o diretor-geral
da Aneel, Jerson Kelman, o objetivo é de atender os consumidores que ainda
não contam com luz elétrica até que disponha de uma solução definitiva.
A idéia prevê o suprimento durante período entre seis e oito horas. Os
alvos do projeto são as comunidades amazônicas que vivem no sistema isolado
e pessoas que moram em regiões ainda não atendidas por programas de universalização.
(Agência Canal Energia - 23.05.2006) 6 Aneel estuda redução de taxa de fiscalização Sem acesso
a toda a arrecadação relativa à taxa de fiscalização paga pelos consumidores,
a Aneel estuda uma forma de reduzir esse encargo nas contas de energia
elétrica. Segundo o diretor-geral da agência, Jerson Kelman, a idéia em
análise é reduzir em 25% a taxa de fiscalização cobrada nas contas de
luz do consumidor. O impacto para o orçamento do órgão seria nulo, segundo
Kelman, já que a Aneel vem recebendo anualmente o repasse de menos da
metade dos recursos arrecadados com a taxa destinada a custear o funcionamento
da agência. "Hoje recebemos menos do que o necessário, mas os consumidores
pagam mais do que deveriam", disse Kelman, ao explicar que a proposta
da agência é a de uma "solução intermediária": nem o consumidor pegaria
tanto, nem a agência sofreria contingenciamento. (Superávit - 23.05.2006)
7 Aneel adia conclusão da revisão tarifária de transmissoras A Aneel adiará em um ano o prazo para conclusão do primeiro processo de revisão tarifária de transmissoras. Inicialmente previsto para acontecer em julho de 2006, a nova meta é terminar a revisão em julho de 2007. A decisão atende ao pleito da Associação Brasileira das Grandes Empresas de Transmissão de Energia, que alegava necessidade de mais tempo para concluir estudos técnicos, sem prejuízo para as audiências públicas. Segundo o diretor-geral da Aneel, Jerson Kelman, uma das razões para o adiamento é a falta de recursos da agência, o que influi na análise dos processos. (Agência Canal Energia - 24.05.2006) 8
Aneel deve publicar relatórios sobre aprimoramento da revisão tarifária
9 Instituto Acende Brasil (ex CBIEE) apresentam pacote de sugestões Representantes
do Instituto Acende Brasil, antiga Câmara Brasileira de Investidores em
Energia Elétrica, apresentaram ontem um diagnóstico sobre o setor e as
relações entre investidores privados e o setor público. O documento traz
um pacote de sugestões para dar "sustentabilidade" ao setor, numa agenda
até 2020. São medidas que mexeriam na estrutura institucional, focadas
em maior transparência das ações do governo, tributária e tarifária. A
partir da constatação de que o Estado brasileiro não tem mais condições
de investir, os investidores do setor reivindicam um melhor ambiente para
a expansão dos seus negócios. Sugerem desde o fim da participação de executivos
do governo que ocupam cargos de conselho das estatais na concepção de
regras de leilões, por entenderem que isso representa uma situação de
privilégio; demandam participação nas reuniões dos conselhos que tratam
da política energética; mudanças no projeto de lei das agências reguladoras
para que sejam efetivamente autônomas; mudanças nas regras "instáveis
e ineficientes" dos leilões, entre outras. (Valor Econômico - 24.05.2006)
10
Instituto Acende Brasil: setor elétrico vai demandar U$ 7 bi anuais 11 Instituto Acende Brasil crítica nível de tributação no setor elétrico Os investidores criticaram o nível atual de tributação do setor, considerado "insustentável" pelo presidente do Instituto Acende Brasil (novo nome da Câmara Brasileira de Investidores em Energia Elétrica), Cláudio Sales. Ele destacou que vários tributos e encargos criados no passado já tiveram sua finalidade distorcida. "Se o estado resolve dar subsídios, que o faça de forma explícita, e não imputando ao consumidor", disse Sales ao defender o fim da CDE (Conta de Desenvolvimento Energético), da CCC e da RGR (Reserva Global de Reversão). Ele também defendeu que o setor volte a utilizar a antiga regra de incidência de PIS e Cofins. (Superávit - 23.05.2006) 12 Instituto Acende Brasil formula propostas para aumentar independência da Aneel Segundo avaliação do Instituto Acende Brasil, a maior autonomia administrativa da Aneel é uma das metas que poderá garantir maior presença privada nos investimentos necessários para a expansão do setor elétrico. O presidente da entidade, ex-CBIEE, Claudio Sales, listou uma série de iniciativas para aumentar a independência da agência, cuja atuação é por ele considerada responsável e equilibrada. Entre as propostas está o fim do contingenciamento dos recursos da Aneel ou a redução de tarifas para o consumidor, o aprimoramento da estrutura organizacional da agência e a implementação de planos de carreira para servidores. (Agência Canal Energia - 23.05.2006) A Aneel
declarou de utilidade pública a área necessária para
implantação da PCH Engenheiro Henrique Kotzian, no Rio Grande
do Sul. A declaração autoriza a empresa Boca do Monte Energia
a desapropriar 64,37 hectares para a construção da usina,
de 13 MW de potência. (Agência Canal Energia - 23.05.2006) O programa Luz para Todos, do governo federal, promove de hoje (24) a sexta-feira (26) o 1° Seminário de Monitoramento dos Projetos-Piloto com Energias Renováveis para Atendimento de Comunidades Isoladas. O encontro será no auditório térreo do MME, onde serão apresentados os projetos-piloto que o Luz para Todos já coordena na região amazônica para levar formas alternativas de energia às localidades remotas. (Elétrica - 24.05.2006)
Empresas 1 CEEE estima concluir cisão até o fim do ano A cisão
da CEEE em uma empresa de distribuição e outra de geração e transmissão
deverá ser concluída no fim deste ano. O prazo inicial para a desverticalização
era setembro de 2005, mas foi transferido para 30 de junho pela Aneel
e agora o governo gaúcho vai negociar uma nova extensão do período, ainda
dentro dos 18 meses de prorrogação admitidos pela lei federal 10.848,
de dezembro de 2004, que estabeleceu novas regras para o setor, diz o
presidente da estatal, Edison Zart. A divisão depende da aprovação de
um projeto de emenda constitucional e de um projeto de lei enviados pelo
governo à Assembléia Legislativa autorizando a cisão e a constituição
das novas empresas, mas a operação sofre resistências políticas. Os maiores
adversários são o Sindicato dos Eletricitários e partidos de oposição,
que temem a privatização da CEEE. Zart, porém, assegura que os projetos
apenas atendem às determinações da nova regulamentação do setor. (Valor
Econômico - 24.05.2006) 2 CEEE: participações do governo do RS e da Eletrobrás não serão alteradas Segundo o presidente da CEEE, Edison Zart, as participações do governo gaúcho e da Eletrobrás nas novas empresas operacionais, de 65,92% e 32,59% do capital total, respectivamente, não serão alteradas. Já a holding será controlada apenas pelo Estado. Os passivos, incluindo R$ 776,5 milhões em empréstimos e financiamentos e R$ 835,8 milhões em provisões para contingências trabalhistas e cíveis, serão distribuídos de forma "relativamente proporcional" à participação de cada uma das novas empresas no faturamento (80% na área de distribuição e 20% na de geração e transmissão). (Valor Econômico - 24.05.2006) 3 CMS Energy abre capital; UBS coordena operação A filial
no Brasil da norte-americana CMS Energy protocolou ontem na CVM um pedido
de registro para companhia aberta. A empresa fará uma oferta pública primária
e secundária de units (que representam uma ação ordinária e duas preferenciais),
operação que será coordenada pelo Unibanco, em parceria com o UBS, que
vai preceder sua entrada no nível 2 de governança corporativa da Bovespa.
Dez por cento da oferta será dirigida para investidores de varejo. No
prospecto preliminar enviado à CVM, a CMS informa que os recursos obtidos
com a venda de ações novas serão utilizados para projetos de expansão,
sendo parte destinada às atividades de geração e distribuição de energia
elétrica. A CMS Energy detém o controle de quatro pequenas distribuidoras
paulistas do grupo CPEE. A empresa também tem 7% da Hidrelétrica de Lajeado,
no Rio Tocantins, controlada pela portuguesa EDP, uma comercializadora
de energia e nove pequenas centrais hidrelétricas (PCCs). (Gazeta Mercantil
- 24.05.2006) 4
Light investe R$ 31,7 mi na ampliação de subestações na cidade do RJ 5 Celesc tenta melhorar imagem com investidores A Celesc
vem trabalhando para melhorar sua imagem perante os investidores do mercado
de capitais. O diretor financeiro da empresa, Gerson Berti, afirma que
mudanças internas estão sendo feitas para criar a cultura de atenção ao
acionista. Entre as mudanças mais recentes, no fim de abril, a Celesc
elegeu quatro membros independentes para o conselho de administração e
mais um membro para o conselho fiscal. Também incrementou o departamento
de relações com os investidores. Até então o trabalho era feito por uma
assessoria, com uma pessoa. Agora o departamento conta com quatro funcionários.
Nos próximos meses, será realizado um programa de treinamento de RI e
mercado de capitais para todo os funcionários da empresa. Com as mudanças,
ele quer que a empresa seja melhor avaliada pelo mercado. (Valor Econômico
- 24.05.2006) 6 Cteep: conselho do PED recomenda privatização para o dia 28 de junho O leilão
de privatização da Transmissão Paulista deve ocorre no dia 28 de junho,
se o governador de São Paulo, Cláudio Lembo, aceitar proposta feita na
reunião desta terça-feira, 23 de maio, do Conselho Gestor do Programa
Estadual de Desestatização. O leilão será realizado na Bovespa, no modelo
envelope fechado, com preço mínimo de R$ 24,11 por lote de mil ações,
de acordo com informações do site do governo estadual. O edital do leilão
será disponibilizado na próxima quinta-feira, 25 de maio, segundo o secretário
de Economia e Planejamento, Fernando Carvalho Braga. A expectativa do
secretário é que a privatização arrecade, no mínimo, R$ 960 milhões para
o estado, incluindo oferta preferencial aos funcionários, de 10% do capital
da empresa, segundo a Lei 9361 que regula os processos de privatização
no estado de São Paulo. (Agência Canal Energia - 23.05.2006) 7 CPFL Piratininga paga amortização de Fidc A Votorantim
Asset Management DTVM Ltda., administradora do Fundo de Investimentos
em Direitos Creditórios da CPFL Piratininga, informou, em comunicado publicado
na Bolsa de Valores de São Paulo, que pagará nesta terça-feira, 23 de
maio, amortização aos investidores que detenham cotas do fundo em 22 de
maio. O valor total por cota sênior é de R$ 202,3528013, o da principal
é de R$ 141,8374348 e o da correção é de R$ 60,51536655. A partir desta
terça-feira, as cotas escriturais serão negociadas ex-amortização. (Agência
Canal Energia - 23.05.2006) No pregão do dia 23-04-2006, o IBOVESPA fechou a 36.110,00 pontos, representando uma baixa de 1,06% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 3,11 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização de 1,86%, fechando a 11.191,44 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 46,30 ON e R$ 40,90 PNB, baixa de 0,86% e 0,66%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Na abertura do pregão do dia 24-05-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 45,81 as ações ON, baixa de 1,06% em relação ao dia anterior e R$ 40,81 as ações PNB, baixa de 1,86% em relação ao dia anterior. (Investshop - 24.05.2006) A 9ª
Câmara Cível do TJ-RS negou provimento ao apelo interposto
pela RGE. O colegiado afirmou que a concessionária é uma
prestadora de serviço público e trata-se de responsabilidade
objetiva, cujos elementos a serem examinados são a efetiva ocorrência
dos fatos. Para a desembargadora Íris Helena Medeiros Nogueira,
relatora do processo, a empresa Matrizes Sadel Ltda. comprovou que os
danos sofridos em seus equipamentos foram decorrentes da alteração
elétrica, bem como demonstrou o valor do prejuízo. (Jornal
do Commercio - 24.05.2006) O Museu de Arte de São Paulo, o Masp, teve seu fornecimento de energia elétrica cortado às 7h de ontem pela Eletropaulo devido à falta de pagamento de uma dívida com a concessionária de energia. O secretário da Cultura do Estado de São Paulo, João Batista de Andrade, fez, no fim da tarde de ontem, um apelo à direção da Eletropaulo solicitando o religamento e o início de negociações. (Folha de São Paulo - 24.05.2006) O impasse sobre a dívida que Universidade de Brasília (UnB) tem com a CEB será resolvido pela Aneel. A estatal quer receber R$ 3,2 milhões pelas faturas de junho, julho, agosto e setembro de 2005, mas a universidade aceita pagar só R$ 2 milhões. A instituição acadêmica pediu a intervenção da Aneel, que já notificou a CEB. (Jornal do Commercio - 24.05.2006) A Empresa Luz e Força Santa Maria (ELFSM) vai atuar em escolas públicas e em comunidades de baixa renda durante o programa de eficiência energética do ciclo 2005/2006. A empresa espera economizar 138 MWh por ano e evitar 36,67 kW de demanda na ponta até maio de 2007, quando os projetos devem estar concluídos. Para isso, investirá R$ 165,7 mil e contará com o apoio da Secretaria Municipal de Educação de Colatina. (Agência Canal Energia - 23.05.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 EPE: Brasil está livre de racionamento pelos próximos dez anos Segundo
o superintendente de transmissão de energia da EPE, Paulo César Esmeraldo,
o Brasil está livre de sofrer mais uma onda de racionamento de energia
elétrica pelos próximos dez anos. "Não há a menor possibilidade desse
tipo de acontecimento. O Brasil está bem preparado com leilões de energia
e há muitos investimentos no setor, não só por parte do governo como também
da iniciativa privada", justifica. Esmeraldo conta que, para garantir
a segurança do fornecimento, a EPE está elaborando o Plano Nacional de
Energia 2030. Trata-se de um mapeamento de longo prazo do setor energético
brasileiro. "O estudo, que será apresentado até novembro, vai mostrar
quais são as fontes energéticas de que o Brasil vai precisar e como o
país deve se planejar em termos de investimentos", conta. Segundo ele,
as fontes alternativas de geração terão papel fundamental no futuro. (APMPE
- 23.05.2006) 2 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 85,6% O nível de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 85,6%, apresentando queda dede 0,1% em relação à medição do dia 21 de maio. A usina de Furnas atinge 94% de volume de capacidade. (ONS - 22.05.2006) 3 Sul: nível dos reservatórios está em 33,9% A região
Sul apresentou queda de 0,4% em relação à última medição, com 33,9 % de
capacidade armazenada. A usina de Machadinho apresenta 23,9% de capacidade
em seus reservatórios. (ONS - 22.05.2006) 4 NE apresenta 96,8% de capacidade armazenada Apresentando
queda de 0,1%, o Nordeste está com 96,8% de sua capacidade de armazenamento.
O reservatório de Sobradinho opera com 98,1% de volume de capacidade.
(ONS - 22.05.2006) 5 Norte tem 98,2% da capacidade de armazenamento O nível
de armazenamento da região Norte está em 98,2%, apresentando queda de
0,3% em relação ao dia 21 de maio. A usina de Tucuruí opera com 99,1%
de volume de armazenamento. (ONS - 22.05.2006)
Gás e Termoelétricas 1 Rio de Janeiro terá usina de carvão verde O município de Conceição de Macabu terá a primeira usina brasileira de transformação de capim elefante em carvão vegetal, já batizado de carvão verde. O convênio que permitirá a instalação da unidade experimental, cuja operação será iniciada em seis meses, foi assinado ontem, pelo secretário estadual de Energia, Indústria Naval e Petróleo, Wagner Victer; o presidente da TermoRio, Carlos Augusto Kirchner; e o presidente do INEE, Jayme Buarque de Holanda, parceiros na iniciativa. A expectativa é de uma produção local de 114 toneladas anuais de carvão fino e 90 metros cúbicos de alcatrão, a partir do plantio de 12,5 hectares. O secretário explicou que o carvão verde tem o mesmo potencial calorífico do carvão vegetal produzido a partir da lenha. O delegado federal do Desenvolvimento Agrário no Rio de Janeiro, Jaime Muniz Martins, informou que o projeto terá investimentos de R$ 150 mil do Ministério do Desenvolvimento Agrário, além de R$ 250 mil da Secretaria de Energia e R$ 30 mil da Prefeitura de Conceição de Macabu. (Jornal do Commercio - 24.05.2006) 2 Aneel: crise do gás "fez bem" ao País O diretor-geral
da Aneel, Jerson Kelman, disse que, depois do anúncio de antecipação do
projeto de expansão da produção de gás, o Brasil está em uma posição favorável
para negociar com a Bolívia. "Se em uma situação extrema fosse fechada
a torneira boliviana, ainda teríamos condições de manter o abastecimento,
o que nos coloca em uma posição muito cômoda para negociar preços", afirmou.
Kelman defendeu a importação de GNL para a utilização nas termelétricas
brasileiras. Segundo ele, as térmicas são ligadas em apenas 20% do tempo,
em caso de baixa nos reservatórios hídricos, o que não justifica contratos
contínuos de gás. O diretor disse ainda que a crise com a Bolívia foi,
de certa forma, positiva, já que obrigou o Brasil a repensar a produção
interna do gás natural. "(Evo) Morales sem querer acabou abrindo o debate
sobre um tema muito importante para o País", disse Kelman. Segundo o diretor,
especialistas já vinham alertando para o fato de o Brasil enfrentar um
"déficit de gás oculto". "Se tivéssemos que despachar todas as térmicas,
não haveria gás suficiente. Hoje essa discussão está transparente", disse
Kelman. (Gazeta Mercantil - 24.05.2006) 3 Petrobras teme mercado ilegal A Petrobras
está disposta a vender 100% das refinarias na Bolívia, já que não tem
interesse em ser sócia minoritária desses empreendimentos depois que a
YPFB decidiu ter 51% deles. A alternativa de sair do refino, contudo,
impõe um risco ao mercado brasileiro de combustíveis, que pode sofrer
um "derrame" de solventes, que podem ser misturados à gasolina. "A Bolívia
é uma potencial fonte de condensados que podem ser colocados no mercado
brasileiro", admitiu um executivo da estatal. A Petrobras vai colocar
na mesa de negociação a necessidade de a YPFB ter controle sobre a produção
de derivados na Bolívia, de modo a impedir que entrem ilegalmente no mercado
brasileiro. Nas negociações que estão em curso com a Bolívia, e que podem
levar 180 dias, a Petrobras vai insistir em outro ponto: não admite entregar
os ativos no país sem uma indenização. Para assumir as duas refinarias
os bolivianos precisarão chegar a um acordo sobre o preço da unidade e
antes disso não poderão indicar, por exemplo, novos diretores para as
refinarias, como pretendiam. Também não vão poder tirar a marca Petrobras
dos postos de combustíveis, que também serão parte do pacote. (Valor Econômico
- 24.05.2006) 4 Petrobrás não abre mão do gás boliviano O esforço
pela auto-suficiência na produção de gás natural não significa que o Brasil
abrirá mão do gás boliviano, afirmou o presidente da Petrobrás, José Sérgio
Gabrielli. "Temos demanda por gás em ritmo bastante elevado, hoje na ordem
de 41 milhões de metros cúbicos ao dia; a previsão é que atinja 99 milhões
de metros cúbicos ao dia até 2010", ressaltou, lembrando que até 2019
a Petrobrás tem contrato com a Bolívia para fornecimento de 30 milhões
de metros cúbicos por dia. Se a Bolívia não fornecer gás para o Brasil,
afirmou, não terá para onde escoar. "Sem ter como produzir gás, a Bolívia
não tem como refinar combustíveis líquidos, que dependem do condensado,
produzido junto com o gás. Portanto, a Bolívia se condena a uma paralisação
se não tiver onde alocar o gás. Não há lógica racional para considerar
a hipótese de o país suspender o fornecimento para o Brasil." Segundo
Gabrielli, será necessário redefinir o ambiente regulatório se a empresa
quiser continuar na Bolívia. Uma equipe técnica se encontra no país semanalmente.
"A Petrobrás faz a discussão técnica com a YPFB e o governo faz a discussão
diplomática." (O Estado de São Paulo - 24.05.2006) 5 Meio Norte aguarda os recursos do MME A crise do gás boliviano não inviabilizará o gasoduto Meio Norte, a ser construído com passagem pelo Piauí. O projeto depende no momento de uma decisão do MME para o enquadrar dentro da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Os recursos da CDE para o gasoduto são estimados em cerca de R$ 2 bilhões. O projeto é subsidiado pelo governo federal e pertence à TMN Transportadora, empresa constituída pela Termogás, Petrobras e as companhias Gasmar e Gaspisa. O projeto já recebeu a licença prévia do Ibama. A licença de instalação que permite a realização da obra, é esperada para os próximos 40 dias. A construção do Meio Norte esbarra ainda em outra questão: a garantia de fornecimento do gás natural. Há uma dificuldade da Petrobras em fechar os contratos de entrega do produto à distribuidora. A garantia de fornecimento do gás natural no Nordeste e aos novos mercados do Maranhão e Piauí depende ainda do projeto Malhas. O Maranhão pode ainda tornar-se produtor de gás natural. O governo federal incluiu a bacia de gás de Barreirinhas na segunda rodada de licitações de campos marginais da ANP, marcada para o próximo mês, entre os dias 26 e 28. (Gazeta Mercantil - 24.05.2006) 6 Araucária: aprovada compra de controle societário pela Copel A Assembléia Legislativa do Estado do Paraná aprovou na última segunda-feira o projeto de lei 193/2006, que autoriza a Copel a assumir o controle societário da termelétrica UEG Araucária. Na votação, 37 deputados foram favoráveis ao projeto e cinco contrários. A estatal aguardava somente a votação do projeto para formalizar a compra, por US$ 190 milhões, de 60% da participação da El Paso na térmica. Com isso, a Copel ficará com 80% do empreendimento e os outros 20% com a Petrobras. (Agência Canal Energia - 23.05.2006)
Grandes Consumidores 1 Vale: contratação de crédito de US$ 500 mi A CVRD concretizou
ontem a contratação de linha de crédito rotativo no valor de US$ 500 milhões,
que será posta à disposição por 17 bancos internacionais e terá duração
de cinco anos. O montante irá se somar a outra linha similar obtida em
2004, no valor de US$ 750 milhões, dos quais US$ 100 milhões venceram
este ano. Desta maneira, a empresa passa a ter US$ 1,150 bilhão disponível
neste tipo de modalidade de financiamento. O diretor financeiro da empresa,
Fábio Barbosa, afirmou que a vantagem de manter este tipo de crédito junto
aos bancos é que, independentemente das turbulências que possam ocorrer
na economia brasileira ou global, as condições oferecidas são mantidas.
De acordo com ele, as condições oferecidas pelas instituições foram tão
favoráveis, que a empresa decidiu ampliar a proposta inicial de captar
US$ 350 milhões para US$ 500 milhões. "A oferta chegou a US$ 825 milhões",
acrescentou. (Jornal do Commercio - 24.05.2006) 2 Vale: acertado reajuste do preço do minério com China Steel A CRVD e
a China Steel Corporation, de Taiwan, um dos maiores produtores de aço
da Ásia, firmaram acordo para o reajuste do preço do minério de ferro.
A chinesa aceitou o aumento pedido pela Vale, de 19% tanto para o minério
de ferro fino de Carajás, SFCJ, quanto para o minério de ferro fino do
Sistema Sul, SSF, e redução de 3% no preço das pelotas de alto forno produzidas
em Tubarão. Também ontem, a empresa brasileira acertou o aumento com sua
maior cliente individual, a européia Arcelor, com os mesmos percentuais
de reajuste. Para encerrar as negociações, falta acordo com as siderurgicas
da China, lideradas pela Shangai Baosteel. Os chineses resistem ao reajuste
de 19% para este ano. O reajuste obtido pela empresa foi considerado bem
sucedido por analistas do setor. A proposta inicial da Vale a seus clientes
era uma elevação de 24% para o minério. (Jornal do Commercio - 24.05.2006)
3 Gerdau: liquidez permite crescimento da empresa A Gerdau
vive o que talvez seja seu período de maior liquidez, fato que tem possibilitado
à empresa efetuar o pagamento de dívidas com fluxo de caixa. "Se a liquidez
ficar muito acima das nossas previsões, podemos optar pela distribuição
de dividendos ou recompra de ações, mas acreditamos que ainda há muitas
oportunidades de investimentos no nosso setor", afirmou o diretor financeiro
da empresa. Segundo ele, a companhia está preparada para atender grande
demanda e enxerga boas oportunidades de crescimento. A Gerdau anunciou
aos analistas que investirá US$ 2 bilhões no aumento da produção e US$
1,8 bilhão na manutenção das operações já existentes, tanto no Brasil
como no exterior, no período de 2006 a 2008. De janeiro a março deste
ano, a Gerdau destinou US$ 163,6 milhões às atividades locais e US$ 260,8
milhões a investimentos fora do país. Para o mercado interno, a estimativa
é de que a demanda por aços longos cresça de 8% a 10% em 2006, em relação
aos pedidos de 2005, impulsionada pela recuperação do mercado de construção
civil e pela indústria automobilística. Nas exportações, a tendência também
é de alta. (Jornal do Commercio - 24.05.2006) O cobre
disparou 12% ontem, na maior alta intradiária de todos os tempos, devido
a especulações de que a alta dos preços do metal ainda não chegou ao fim
e de que a demanda superará a produção da commodity. A demanda pelo metal
crescerá este ano na China e nos Estados Unidos, os dois maiores consumidores
mundiais da commodity, segundo alguns analistas. O cobre para entrega
em três meses na Bolsa de Metais de Londres deu um salto de US$ 880, ou
12%, passando a valer US$ 8.460 por tonelada. Durante o pregão, o contrato
chegou a recuar até 2,3%, passando a US$ 7.405 a tonelada. (Gazeta Mercantil
- 24.05.2006) 5 Ipiranga usa malha da ALL para chegar em SP e PR Depois de
dois anos de operações apenas esporádicas no modal ferroviário, a Ipiranga
Petroquímica (IPQ) fechou o primeiro contrato com a ALL (América Latina
Logística) para o transporte de 48 mil toneladas por ano de polietilenos
do pólo petroquímico de Triunfo (RS) até Paraná e São Paulo. O volume
mensal (4 mil toneladas) corresponde a 7,2% das vendas da empresa, mas
pode chegar perto dos 20% em no máximo dois anos, diz o gerente de exportação
e logística da empresa, Geraldo Markus. "Temos outros projetos e podemos
chegar a 10 mil toneladas por mês por ferrovia", adianta o executivo.
Segundo ele, a empresa pode, por exemplo, colocar sobre trens metade das
10 mil toneladas por mês que hoje são exportadas de caminhão para a Argentina
e para o Chile. (Valor Econômico - 24.05.2006) 6 M&G investirá R$ 648 mi em nova fábrica em PE A multinacional
italiana Mossi & Ghisolfi (M&G) vai investir mais R$ 648 milhões em Pernambuco.
A empresa, que já está aplicando R$ 650 milhões na instalação de um complexo
para produção de resinas PET no Estado, teve aprovado ontem pelo Condic
incentivos fiscais para a instalação de uma unidade de pré-formas de embalagens
PET. Com o novo projeto, os investimentos da M&G chegam a quase R$ 1,3
bilhão em Pernambuco. A empresa ainda está negociando com a Petroquisa
e a Citene a composição societária para integrar um terceiro empreendimento
destinado a produção de ácido tereftálico purificado (PTA). A unidade
de PTA está orçada em US$ 490 milhões. De acordo com o projeto aprovado
pelo Condic, a fábrica de pré-formas terá capacidade para produzir 300
mil toneladas anuais de garrafas plásticas. A produção será integralmente
voltada para o mercado interno. As operações da unidade deverão ter início
no segundo semestre do próximo ano. (Valor Econômico - 24.05.2006)
Economia Brasileira 1 BNDES libera US$ 89 mi para ajudar exportador O BNDES anunciou a aprovação de quatro financiamentos à exportação, no total de US$ 89,5 milhões. As operações vão apoiar novas vendas das empresas Caterpillar Brasil, CNH Latin America, DaimlerChrysler do Brasil e Bertin. O maior financiamento, uma parcela de US$ 50 milhões, será liberado para a montadora Caterpillar, que produz atualmente 23 modelos de máquinas. Outros US$ 20 milhões em financiamentos serão destinados à CNH Latin America. A DaimlerChrysler do Brasil, por sua vez, teve financiamento de US$ 10 milhões aprovado pelo banco estatal. Os recursos serão usados na exportação de caminhões de diversos modelos, ônibus e cavalos-mecânicos para semi-reboques. Já a Bertin receberá empréstimo do BNDES de US$ 9,5 milhões. (Valor Econômico - 24.05.2006) 2 Câmbio reduz faturamento do setor de bens de capital O faturamento da indústria de máquinas e equipamentos recuou 1,4% e atingiu R$ 16,9 bilhões no primeiro quadrimestre do ano, ante os R$ 17,2 bilhões de igual período de 2005, segundo dados da Abimaq. O presidente da associação, Newton de Mello, atribui o desempenho a desvalorização do dólar ante o real. "O setor está estagnado e não cresce devido ao dólar, que está arrasando com a atividade produtiva, industrial e agrícola brasileira. Nossos clientes estão deixando de comprar, já que não estão produzindo", disse Mello. O consumo aparente cresceu 1,7% e alcançou R$ 17,129 bilhões entre janeiro e abril. A capacidade instalada do setor caiu 1,2%, para 80,11%. O executivo citou as indústrias de calçados e autopeças como segmentos que estão se "desnacionalizando". O executivo entende que a moeda americana deveria estar acima de R$ 2,60 para garantir competitividade aos produtos brasileiros. (Gazeta Mercantil - 24.05.2006) 3
IPC-S recua em todas as capitais 4 Mercado já prevê corte menor dos juros As discussões
sobre ajustes na política cambial estão reforçando a tendência conservadora
dentro do Banco Central na condução da taxa de juros e poderão influenciar
uma desaceleração da queda nos juros na reunião do Copom da semana que
vem. Isso, muito mais pela repercussão negativa que o debate está tendo,
num momento em que o mercado internacional vive dias de instabilidade,
do que pelo efeito esperado das medidas que serão adotadas. Entre os diretores
do BC há um consenso de que as chances de algum evento interno ou externo
ameaçar a inflação deste ano é pequena, poém para o ano que vem há certa
preocuopaçãp. A alta do dólar, a queda da Bolsa de Valores e a piora no
risco Brasil verificadas nos últimos dias, por causa do nervosismo com
a possibilidade de alta mais forte dos juros nos EUA, são tidas como ajustes
pontuais. Instituições financeiras já estão revisando suas expectativas
para a reunião do Copom. O banco JP Morgan, a Sul América Investimentos,
a consultoria Austin Rating e a LCA Consultores reviram suas previsões
de corte na Selic de 0,75 ponto para 0,50 ponto percentual. (Folha de
São Paulo - 24.05.2006) O dólar
comercial abriu em alta, cotado a R$ 2,3820. Às 9h23, a moeda avançava
2,74%, saindo a R$ 2,3530 na compra e a R$ 2,3550 na venda. Ontem, o dólar
encerrou com elevação de 0,13%, cotado a R$ 2,29 na compra e a R$ 2,2920
na venda. (Valor Online - 24.05.2006)
Internacional 1 Bolívia não quer repasse ao Chile A Bolívia
informou que só venderá mais gás à Argentina se o país cessar o repasse
de parte do volume para o Chile. As negociações entre Bolívia e Argentina
estavam perto de um desfecho, mas empacaram depois que Buenos Aires admitiu
que repassa gás boliviano para o mercado chileno. Bolívia e Chile são
rivais desde que os chilenos tomaram o acesso dos bolivianos para o mar,
em 1879. A viagem a La Paz do ministro do Planejamento da Argentina, Julio
de Vido, foi suspensa. (O Estado de São Paulo - 24.05.2006) 2 Bolívia reduz estimativa de reservas As reservas
bolivianas de gás natural são menores do que as estimadas até hoje, admitiu
a estatal local YPFB. A empresa anunciou o rompimento do contrato com
a empresa americana certificadora de reservas DeGoyle & MacNaughton, a
quem acusou de superestimar os dados nos últimos anos. A direção da YPFB
já abriu concorrência para contratar outra certificadora, que definirá
quais são realmente os recursos do país. Segundo os cálculos da De Goyle,
a Bolívia tinha reservas provadas de 26,47 trilhões de pés cúbicos (TCF)
em dezembro de 2004, último número disponível. Somando as reservas prováveis
o país tinha 48,76 TCF no fim daquele ano, o que o colocava na segunda
posição entre as maiores reservas de gás da América do Sul, atrás apenas
da Venezuela, que diz ter 150 TCF. A título de comparação, o Peru, no
mesmo período, tinha 16,7 TCF entre reservas provadas e prováveis. Já
o Brasil contava com 11,8 TCF. O presidente da YPFB, Jorge Alvarado, disse
que a De Goyle vinha repassando dados falsos sobre as reservas bolivianas,
e por isso teve seu contrato rescindido. (O Estado de São Paulo - 24.05.2006)
3
Inaugurada construção de três Gargantas
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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