l IFE: nº 1.813 - 23
de maio de 2006 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Leilões Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Reestruturação do Setor 1 Rondeau: País precisa rediscutir a legislação ambiental O ministro
Silas Rondeau disse que o País precisa rediscutir a legislação ambiental
para destravar projetos de usinas hidrelétricas, sob o risco de aumentar
a dependência de outras fontes de energia, mais caras e até mais poluentes,
como a nuclear ou as termelétricas movidas a gás natural ou carvão."Temos
de discutir com a sociedade sobre os critérios do licenciamento, sobre
como vamos mitigar essas questões. O Ibama (Instituto Brasileiro de Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) cumpre a lei, mas essas são
dificuldades que a sociedade terá de saber que está pagando por elas,
pagando por uma energia poluente e mais cara porque a gente não consegue
desobstruir as hidrelétricas." (O Estado de São Paulo - 23.05.2006) 2 Chirac discutirá energias renováveis com Lula O presidente
francês, Jacques Chirac, desembarca em Brasília amanhã, com interesse
maior na questão do biocombustível. Ele vem ao Brasil também com interesses
nas áreas nuclear, comercial, aeronáutica, de defesa e quer para formalizar
o estreitamento dos laços entre os dois países. No caso dos biocombustíveis
(álcool e biodiesel, por exemplo), o acordo será de cooperação para ajudar
no desenvolvimento de outros países, considerados de "economia vulnerável",
segundo explicou ontem o subsecretário-geral político do Ministério das
Relações Exteriores, embaixador Antonio de Aguiar Patriota. Ele afirmou
que os dois presidentes assinarão uma declaração de intenção para criar
um fundo de apoio ao desenvolvimento de energias renováveis para esses
países. (Jornal do Commercio - 23.05.2006) 3 Aneel quer debater implantação de medição eletrônica externa A Aneel
sugeriu a realização de uma reunião técnica com distribuidoras e empresas
interessadas na implantação de medição eletrônica externa. O objetivo
é aprimorar a regulamentação, em especial a questão do acompanhamento
do consumo pelos consumidores, antes de autorizar a implantação do sistema.
A primeira empresa a adotar a medição eletrônica no país foi a Ampla.
(Agência Canal Energia - 22.05.2006) 4
BNDES aprova regras para expandir operações para infra-estrutura 5 BNDES analisa 45 projetos de geração e 7 projetos de LTs O BNDES
analisa, atualmente, 45 projetos de geração, que demandarão investimentos
totais de R$ 18 bilhões e vão agregar 4 mil MW ao sistema nacional. Além
disso, estão em análise sete projetos de linhas de transmissão, representando
investimentos de R$ 2 bilhões. (Agência Canal Energia - 22.05.2006) 6 BNDES pretende financiar 45% do total de geração previsto pelo Plano Decenal O BNDES
anunciou a intenção de financiar 45%, ou 12 mil MW, dos 31 mil MW de geração
hídrica previsto pelo Plano Decenal 2006-2015. A previsão do governo é,
que em 10 anos, 40 mil MW entrem em operação. (Agência Canal Energia -
22.05.2006) O Centro de Pesquisas de Energia Elétrica lançou, em abril deste ano, o livro "Células a combustível: uma alternativa para geração de energia e sua inserção no mercado brasileiro". O pesquisador da diretoria de P&D do Cepel e um dos autores do livro, Eduardo Serra, conta que a publicação é resultado do desenvolvimento e implantação de uma célula a combustível de membrana polimérica (PEM). (Agência Canal Energia - 23.05.2006)
Empresas O governo
do Rio Grande do Sul enviou ontem à Assembléia Legislativa projeto de
lei que prevê a cisão da CEEE em uma empresa de geração e transmissão
e outra de distribuição. A desverticalização da estatal deve ser concluída
até 30 de junho por força da nova lei do setor elétrico, aprovada em dezembro
de 2004. Se a determinação não for cumprida, a empresa não poderá participar
de leilões para novos empreendimentos de geração e transmissão nem para
venda de energia. (Valor Econômico - 23.05.2006) 2 Cosern aprova declaração de R$ 9,9 mi de juros sobre capital próprio A Cosern aprovou nesta segunda-feira, 22 de maio, a declaração de juros sobre o capital próprio referente ao primeiro trimestre deste ano, no valor de R$ 9,9 milhões. O montante corresponde a R$ 0,0575893 por ação ordinária, R$ 0,0633483 por ação preferencial classe A e R$ 0,0633483 por ação preferencial classe B. O crédito será feito de forma individualizada a cada acionista até 31 de dezembro de 2006, sem atualização monetária e com base na posição acionária de hoje. O montante será imputado ao dividendo obrigatório a ser pago pela empresa referente ao exercício social deste ano. A partir do dia 23 de maio, as ações serão negociadas ex-juros. (Agência Canal Energia - 23.05.2006) 3 Cemig pondera entre aposta no próximo leilão de energia e mercado livre O assistente
da Diretoria de Finanças da Cemig, Agostinho Cardoso, ponderou entre a
participação da empresa no próximo leilão de energia nova e a negociação
no mercado livre. Cardoso revelou que está sendo avaliada a inclusão de
cinco usinas do tipo botox - construídas, mas ainda não contratadas -
no leilão A3 marcado para o dia 12 de junho. Simultaneamente, considera-se
a hipótese de colocar os cerca de 800 MW de potência dessas plantas no
mercado livre. Uma das variáveis determinantes para a escolha entre um
ou outro instrumento é o preço máximo da energia estipulado para o próximo
leilão. (Elétrica - 23.05.2006) 4
CPFL Brasil promove leilão de compra de energia elétrica 5 Transmissão Paulista realizará reforços em instalações de transmissão A Aneel
autorizou a Transmissão Paulista a realizar reforços em instalações de
transmissão da companhia. Segundo o processo analisado pela diretoria
da Aneel nesta segunda-feira, 22 de maio, o valor da Receita Anual Permitida
para Novas Instalações de Transmissão é referente a 3 de abril deste ano.
Entre as intervenções necessárias está o engate da LT Três Irmãos-Andradina
e a recapacitação da LT Jupiá-Ilha Solteira, no trecho entre a termelétrica
Três Lagoas, da Petrobras, e a subestação Três Lagoas, da Elektro. As
linhas têm tensão em 138 kV. Os reforços de recapacitações, reconstruções
e construção de linhas em 138 kV realizados pela Transmissão Paulista
foram propostos no Programa de Ampliações e Reforços - Demais Instalações
de Transmissão, elaborado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico,
para o período 2005-2007. (Agência Canal Energia - 23.05.2006) 6 Engevix investe R$ 235 mi em três PCHs A Engevix
Engenharia está investindo R$ 235 milhões para construir três PCHs, com
capacidade total de 67,2 MW, inscritas no Proinfa. A primeira a entrar
em operação será a PCH Esmeralda, com 22,2 MW de potência, prevista para
outubro deste ano. A empresa está investindo R$ 70 milhões no projeto,
localizado no Rio Grande do Sul. Na semana passada, começaram as obras
da PCH Santa Lúcia, de 15 MW, em Santa Catarina. O empreendimento receberá
R$ 60 milhões em investimentos, financiados pelo BNDES. A previsão é que
a usina entre operação em dezembro de 2007. Outra PCH, em obras, é a Santa
Rosa (RJ), de 30 MW, que demandará investimento de R$ 100 milhões, também
programada para entrar no final de 2007. (Agência Canal Energia - 23.05.2006)
7 Engevix trabalha para viabilizar hidrelétrica no RS A Engevix
tenta viabilizar a hidrelétrica Irmão Monjolinho, de 67 MW, localizada
no Rio Grande do Sul. O projeto, avaliado em R$ 220 milhões, depende de
licença de instalação prevista para ser liberada ainda neste semestre.
A concessão foi obtida em 2001, mas questões ambientais atrapalharam a
continuidade do empreendimento. A empresa negocia a entrada de um novo
sócio, mas a Engevix continuará como sócia majoritária. (Agência Canal
Energia - 23.05.2006) 8 Isolux e Elecnor transferirão participações em SPEs para subsidiárias brasileiras A Aneel autorizou a transferência de ações das espanholas Isolux Wat S.A. e Elecnor S.A. nas sociedades de propósito específico Vila do Conde Transmissora de Energia Ltda., Porto Primavera Transmissora de Energia Ltda. e Itumbiara Transmissora de Energia Ltda. para as filiais brasileiras Isolux Energia e Participações Ltda. e Elecnor Transmissão de Energia Ltda, respectivamente. A Vila do Conde Transmissora de Energia Ltda. foi criada para construir, operar e manter a LT Tucuruí-Vila do Conde. Já a Porto Primavera Transmissora de Energia Ltda. é responsável pelas LTs Porto Primavera-Dourados e Porto Primavera-Imbirussu. A SPE Itumbiara Transmissora de Energia Ltda. é responsável pelas LTs Itumbiara-Ribeirãozinho-Cuiabá e Ribeirãozinho-Barra do Peixe. (Agência Canal Energia - 23.05.2006) No pregão do dia 22-04-2006, o IBOVESPA fechou a 36.496,92 pontos, representando uma baixa de 3,28% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 3,31 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização de 0,56%, fechando a 11.403,77 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 46,70 ON e R$ 41,17 PNB, baixa de 8,61% e 7,67%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Na abertura do pregão do dia 23-05-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 47,83 as ações ON, alta de 2,42% em relação ao dia anterior e R$ 42,00 as ações PNB, alta de 2,44% em relação ao dia anterior. (Investshop - 23.05.2006)
Leilões 1 Aneel aprova leilão de linhas de transmissão A partir
de quinta-feira, dia 25, o mercado terá acesso ao edital do leilão de
energia que envolve a concessão de sete lotes com 14 linhas de transmissão
de energia e três subestações. De acordo com a Aneel, que aprovou o edital,
o leilão será realizado no dia 18 de agosto e as concessões abrangem aproximadamente
2.250 quilômetros de novas linhas da Rede Básica do Sistema Interligado
Nacional (SIN). Os empreendimentos passarão por Mato Grosso, Rondônia,
Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Bahia, Espírito Santo e Paraná e deverão
entrar em operação comercial em prazos que variam entre 18 e 22 meses,
a partir da assinatura do contrato de concessão, prevista para o dia 15
de dezembro. Poderão participar do leilão empresas públicas e privadas,
nacionais e estrangeiras, isoladamente ou em consórcio. assim como fundos
de investimento em participação registrados na CVM. Serão declaradas vencedoras
as propostas com oferta de menor tarifa, ou seja, a menor Receita Anual
Permitida (RAP) para prestação do serviço de transmissão.Para se candidatar
os interessados devem enviar os documentos de pré-qualificação até o dia
29 de junho na Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC). Os
interessados em consultar o edital terão acesso ao documento a partir
do dia 25, quinta-feira. (Valor Econômico - 22.05.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Preços de energia no mercado de curto prazo tiveram aumento de 230% Segundo
dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), os preços
da energia no mercado de curto prazo dispararam 230% no mês de maio, para
as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Os preços pularam de R$ 17 o MWh,
em média, no dia 29 de abril, para aproximadamente R$ 56 ontem. O salto
se deveu principalmente à seca no Sul do país, que baixou os reservatórios
das hidrelétricas para 34,2% de sua capacidade na região, segundo o ONS.
Normalmente, o período chuvoso já teria começado neste mês no Sul do país.
Mas, segundo um especialista, houve um atraso nas chuvas desse ano por
causa de um fenômeno meteorológico: o "La Niña", que costuma provocar
seca nos Estados do Sul e excesso de chuvas no Norte e Nordeste. Por conta
da situação no Sul, a região Sudeste também teve um aumento expressivo
nos preços no curto prazo, já que as duas regiões têm um volumoso intercâmbio
de energia. (Valor Econômico - 23.05.2006) 2 Demanda vai exigir mais 40 mil MW em dez anos O secretário do MME, Márcio Pereira Zimmermann, afirma que o Brasil vai precisar de 40 mil MW de energia para suprir a demanda até 2015. O montante foi calculado pelo Plano Decenal traçado para o setor, que considera aumento de consumo médio de 5,1% e crescimento do PIB de 4% ao ano. Os investimentos em geração somam US$ 40 bilhões e em transmissão de US$ 16 milhões a US$ 17 milhões. Ele afirma que até 2010 toda a energia necessária está praticamente contratada. Tais projeções são possíveis por que o governo resgatou o planejamento a longo prazo do setor. "Este modelo resgatou o aspecto da previsibilidade e da tempestividade, porque a cada cinco, três ou um ano antes se pode fazer um leilão e oferecer alternativas para atender o mercado", diz Zimmermann. A sistemática de leilões vai ajustando a demanda com a oferta e no aspecto do planejamento, ele indica que fontes podem ser utilizadas. (Gazeta Mercantil - 23.05.2006) 3 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 86,7% O nível
de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 86,7%, apresentando-se
estável em relação à medição do dia 20 de maio. A usina de Furnas atinge
94,2% de volume de capacidade. (ONS - 21.05.2006) 4 Sul: nível dos reservatórios está em 34,2% A região
Sul apresentou queda de 0,2% em relação à última medição, com 34,2 % de
capacidade armazenada. A usina de Machadinho apresenta 24,7% de capacidade
em seus reservatórios. (ONS - 21.05.2006) 5 NE apresenta 96,9% de capacidade armazenada Apresentando
queda de 0,1%, o Nordeste está com 96,9% de sua capacidade de armazenamento.
O reservatório de Sobradinho opera com 98,3% de volume de capacidade.
(ONS - 21.05.2006) 6 Norte tem 98,5% da capacidade de armazenamento O nível
de armazenamento da região Norte está em 98,5%, apresentando alta de 0,3%
em relação ao dia 20 de maio. A usina de Tucuruí opera com 99,5% de volume
de armazenamento. (ONS - 21.05.2006)
Gás e Termoelétricas 1 Gabrielli: até 2009, a auto-suficiência em gás O Brasil deve alcançar a auto-suficiência em gás natural até 2009. A previsão é do presidente da Petrobrás, José Sergio Gabrielli, que estimou para este período um acréscimo de mais 24 milhões de m3 diários na produção. O incremento virá basicamente do Espírito Santo, sendo 16 milhões de m3 do Campo de Golfinho e 6 milhões da Bacia de Campos em território capixaba, além de 1,5 milhão da Bacia de Santos. Mas a principal promessa na produção de gás, o Campo de Mexilhão, em Santos, terá de esperar até 2008 o equipamento necessário à sua operação. A Petrobrás já está fazendo cotação no mercado internacional para afretar nova unidade de produção para o Espírito Santo. Gabrielli disse que o aumento na produção só está se tornando possível porque a empresa descobriu novas reservas na região. (O Estado de São Paulo - 23.05.2006) 2 Gabrielli defende a manutenção do contrato com a Bolívia Mesmo com
a perspectiva de auto-suficiência, o presidente da Petrobrás, José Sergio
Gabrielli, defende a manutenção do contrato de compra de gás natural da
Bolívia, de onde o Brasil importa cerca de 26 milhões de m3 diários (com
obrigatoriedade de pagamento de 30 milhões, devido ao contrato "take or
pay"). "Temos um contrato assinado que vigora até 2019 e quero manter
esse contrato", ressaltou Gabrielli, em entrevista depois de participar
de palestra na Câmara Britânica de Comércio. (O Estado de São Paulo -
23.05.2006) 3 Petrobras opta por navios de regaseificação O presidente
da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, afirmou que a estatal já começou
a licitar a encomenda de navios de regaseificação de gás natural. A estatal
preferiu a opção de fretar navios regaseificadores a construir plantas
fixas, que demandariam investimentos mais pesados. Cada unidade fixa de
regaseificação custa em média US$ 300 milhões. Nas últimas semanas, a
estatal vinha estudando se alugaria navios ou se construiria duas ou três
plantas fixas de Gás Natural Liqüefeito (GNL). A mudança de planos, contudo,
não elimina o aporte de investimentos no Rio e no Ceará, potenciais estados
que abrigariam as plantas de regaseificação de gás. Gabrielli informou
que a estatal precisará construir terminais de tancagem e de logística
para estocar e distribuir o GNL. Os dois estados, segundo o executivo,
continuam sendo o destino natural dos investimentos em GNL. A possibilidade
de investimentos no Sul foi descartada. (Gazeta Mercantil - 23.05.2006)
4 Plano de expansão da produção de gás natural prevê novo gasoduto O plano
que prevê a aceleração da produção brasileira de gás natural - anunciado
na semana passada pela Petrobras - exigirá a construção de um novo gasoduto
que multiplicará a capacidade de transporte na região Sudeste. Segundo
o presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, a necessidade de aumentar
a oferta do produto, como resposta à crise do gás gerada na Bolívia, levou
a petroleira a planejar uma "redefinição dos gasodutos". Além dos dutos
já em construção para reforçar a malha que abastecerá São Paulo, a estatal
vai construir um gasoduto com grande capacidade de Cabiúnas (Macaé, RJ)
à Duque de Caxias (RJ), por onde passarão 22,7 milhões de metros cúbicos
de gás. Apenas o Gasbol (gasoduto Brasil-Bolívia) transporta volume superior.
Parte do gás virá da própria bacia de Campos, enquanto a maior parcela,
do Espírito Santo, passará pelo Gasoduto Vitória-Cabiúnas. De Cabiúnas,
o gás seguirá no novo gasoduto para a Reduc, de onde será transportado
para Campinas pelo duto Campinas-Rio, que possivelmente inverterá a rota
do gás: a princípio, a estatal aumentaria a compra do gás boliviano para
abastecer as térmicas no Rio. Mas as novas possibilidades de produção
passam a levar gás do Espírito Santo e do Rio para São Paulo. (Gazeta
Mercantil - 23.05.2006) 5 Amorim diz a Evo que preço do gás deve ser discutido com a Petrobrás O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, deixou claro ao governo Evo Morales que o Brasil ainda não engoliu a maneira como foi anunciado o decreto de nacionalização do gás e petróleo na Bolívia - em especial, a ocupação militar das refinarias da Petrobrás. Ao lado do chanceler boliviano, David Choquehuanca, Amorim também esclareceu que não interessa a Brasília uma negociação entre governos sobre questões técnicas e empresariais, como o reajuste do gás. Mas acentuou, nas reuniões que manteve com Choquehuanca e com o próprio Evo Morales, que o Brasil não aceitará a saída da Petrobrás sem o pagamento da devida indenização. "O presidente Evo Morales sabe o que pensamos e a sensibilidade desse assunto para o Brasil", disse Amorim. Nos encontros privados, Amorim insistiu para que o governo boliviano aceite também os trabalhos de auditoria independente, para evitar conclusões apressadas e equivocadas. (O Estado de São Paulo - 23.05.2006) 6 Governo quer aumentar o consumo de biodiesel Com o crescimento da produção de biodiesel no País, o governo pode adotar medidas para aumentar seu consumo, misturando-o ao diesel em uma proporção de 3%. Segundo o ministro Silas Rondeau esta seria uma "meta intermediária" em relação ao que já está previsto. Pelas regras atuais, a mistura é de 2% a partir de 2008 e de 5% em 2013. A mistura de 3% vigoraria em um período de tempo entre essas duas datas. Isso seria possível porque, segundo estimativas do governo, entre 2007 e 2008, as usinas do País terão capacidade para produzir 1,877 bilhão de litros de biodiesel ao ano. Esse volume é mais do que o dobro dos 840 milhões de litros que serão necessários para que, em 2008, possam ser misturados 2% de biodiesel a todo o diesel do País. (O Estado de São Paulo - 23.05.2006) 7 Rondeau: decreto que enquadrará legalmente o álcool usado em automóveis O ministro Silas Rondeau informou que já está em análise na Casa Civil o texto de um decreto que enquadrará legalmente o álcool usado em automóveis como um combustível. Hoje o álcool tem o tratamento legal de um produto agrícola. Na prática, o decreto aumentará o poder de controle do governo sobre o álcool. (O Estado de São Paulo - 23.05.2006) 8 Petrobras inicia 2ª fase da termoelétrica em Três Lagoas A 2ª fase da usina termoelétrica de Três Lagoas receberá investimento na ordem de R$ 112 milhões e já foi autorizada. Em operação desde janeiro de 2004, a termoelétrica de Três Lagoas custará cerca de R$ 500 milhões aos cofres da estatal. A termoelétrica de Três Lagoas é a quinta a utilizar gás da Bolívia. As obras da segunda etapa, de acordo com a Petrobras, vão elevar a capacidade de produção da usina de 240 MW para 350 MW, suficiente para levar energia a mais de 1,5 milhão de habitantes. A termoelétrica consome, em média, 1,4 milhão de metros cúbicos de gás natural por dia, por meio de um ramal da MSGÁS com 33 quilômetros de extensão, que liga a usina ao gasoduto Bolívia-Brasil. Com a conclusão da segunda etapa, a demanda pelo produto tende a aumentar. A Petrobras, por enquanto, não se manifestou oficialmente sobre a interrupção dos investimentos programados para Mato Grosso do Sul em razão da crise entre Brasil e Bolívia. (Elétrica - 23.05.2006) 9 Comissão da Lei do Gás ouve ministro de Minas e Energia A Comissão Especial da Lei do Gás realiza na quarta-feira (24) audiência pública com o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau. A audiência foi proposta pelo deputado Arnaldo Madeira (PSDB-SP), para que o ministro explique o Projeto de Lei 6666/06, do Poder Executivo, em discussão na comissão. O projeto permite o regime de concessão, por meio de licitação, para construção e operação de gasodutos. Atualmente, essas atividades são executadas somente por autorização pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), que independe de licitação. A proposta, conhecida como Lei do Gás, ainda regulamenta a estocagem e a comercialização do produto. (Elétrica - 23.05.2006) 10 Governo do Rio assina convênio para transformar capim em carvão verde O governo do Estado do Rio de Janeiro assina nesta terça-feira, 23 de maio, um convênio com o Instituto Nacional de Eficiência Energética, a termelétrica Termorio e a Universidade Estadual do Norte Fluminense para o desenvolvimento de um projeto-piloto que vai transformar capim elefante em "carvão verde". A tecnologia será utilizada para a geração de energia térmica capaz de permitir a produção de frutas secas. O projeto contará com um investimento de R$ 250 mil e será implantado na Cooperativa de Agricultores e Pecuaristas de São Domingos, localizada no município de Conceição de Macabu. Segundo o Secretário estadual de Energia, Indústria Naval e Petróleo, Wagner Victer, a intenção é fornecer auto-sustentabilidade aos assentamentos rurais organizados pelo estado. (Agência Canal Energia - 22.05.2006)
Grandes Consumidores 1 Standard & Poor"s eleva nota da Vale para BBB+ Depois de
conceder o status de investment grade para a Vale do Rio Doce em outubro
do ano passado, a agência classificadora de risco Standard & Poor"s elevou
ontem as notas para crédito corporativo da empresa, de BBB para BBB+,
com perspectiva estável. Os ratings foram removidos da listagem CreditWatch
(lista de observação), na qual haviam sido colocados com implicações positivas
em 28 de fevereiro último, quando os créditos soberanos do Brasil tiveram
elevação. Para a agência, a CVRD tem sólidos fundamentos para o minério
de ferro, perspectivas favoráveis de crescimento e diversificação, forte
rentabilidade e perfil financeiro moderado, com base em liquidez robusta
e administração prudente da dívida, também são fatores que sustentam os
ratings da empresa. A classificadora de risco explica que isto ocorre
em razão da forte capacidade da empresa para resistir às condições econômicas
do país e pelo fato de a empresa se beneficiar de significativa integração
logística e de infra-estrutura e por apresentar de forma consistente índices
moderados de alavancagem financeira. (Jornal do Commercio - 23.05.2006)
2 Unidade do grupo Votorantim transforma o lixo em energia A unidade
da Votorantim Celulose e Papel (VCP) conseguiu transformar seu lixo em
energia elétrica e, com isso, tornou-se, este mês, autônoma na energia
que consome. Os investimentos ambientais nas unidades foram de R$ 250
milhões nos últimos cinco anos, em decorrência da criação de um plano
diretor de meio ambiente até 2010. "Esse plano é pioneiro nas empresas
Votorantim e vamos levá-lo para todo o grupo", destacou o consultor técnico
ambiental da VCP. A matriz dessa energia é um resíduo líquido chamado
de licor negro. Esse subproduto do processo de composição da celulose
é usado em todo seu potencial. O licor negro passa por várias fases de
depuração, quando ocorre a extração da energia que alimenta quatro termelétricas.
O resultado foi uma economia de R$ 500 mil por mês em energia elétrica
e a redução considerável de elementos potencialmente poluentes ao meio
ambiente. Atualmente a fábrica consegue atingir 131 MW/ h, produzidos
por 1780 GW/ h de energia térmica. (Gazeta Mercantil - 23.05.2006)
Economia Brasileira 1 BNDES lança linha para financiar infra-estrutura O BNDES vai começar a financiar projetos de infra-estrutura sob a forma de "project finance". Embora já tenha usado a modalidade em dois casos, o banco trabalhava preponderantemente com empréstimo corporativo. O que o banco fez agora foi criar uma regulamentação específica para esse tipo de financiamento que, por enquanto, não será oferecido para as indústrias ou para o setor agrícola. A nova modalidade está dentro do orçamento destinado ao financiamento na área de infra-estrutura. No ano passado foram R$ 17,1 bilhões, que somaram 48% do total liberado pelo BNDES. Para este ano, o banco estima crescimento de 20%. Os segmentos mais representativos são os de estradas e energia elétrica. A empresa ou ou grupo de empresas que terão o empréstimo deverão ter no mínimo 20% de capital próprio. No caso da reunião de várias empresas em um projeto, o banco financiará até 70% dos ativos totais da nova sociedade montada para esse fim. (Valor Econômico - 23.05.2006) 2 Governo deve lançar linha em TJLP para exportador O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, disse que ontem que o governo estuda uma linha de financiamento para o setor exportador que seja baseada na TJLP. Dessa forma, em vez de fechar um câmbio com seis meses de antecedência, o que pressiona o mercado, os exportadores trabalhariam com uma taxa de financiamento pré-embarque. O ministro não esclareceu detalhes da nova linha, como por exemplo, se ela terá ou não correção pela variação cambial. Furlan deu a entender que essa medida seria complementar a outras para incentivar o setor exportador. (Valor Econômico - 23.05.2006) 3
IGP-M acelera na segunda prévia de maio 4 IPC-S apresenta inflação de 0,01% Os alimentos
e os transportes foram os principais motivadores da redução de 0,19% na
taxa do IPC-S do dia 22 de maio, que ficou em 0,01%. Nos alimentos, houve
queda de 0,06% para -0,29% na comparação semanal. Nos Transportes, a variação
foi de -0,51%, ante -0,10% da última apuração. Os grupos Habitação, Vestuário,
e Saúde e Cuidados pessoais também puxaram desaceleração do IPC-S. Educação,
Leitura e Recreação e Despesas Diversas foram as únicas classes de despesa
que aumentaram suas taxas nesta apuração do índice. (Investnews - 23.05.2006)
O dólar
comercial abriu em queda, cotado a R$ 2,2560. Às 9h19, a moeda recuava
1,44%, saindo a R$ 2,2540 na compra e a R$ 2,2560 na venda. Ontem, o dólar
subiu 3,57%, a R$ 2,2870 na compra e R$ 2,2890 na venda. O giro interbancário
somou aproximadamente US$ 1,3 bilhão. (O Globo Online e Valor Online -
23.05.2006)
Internacional 1 Reunião sobre Gasoduto do Sul ocorrerá em 7 de junho em Caracas O ministro
de Energia e Petróleo da Venezuela, Rafael Ramírez, confirmou nesta segunda-feira
a reunião ministerial sobre o gigantesco Gasoduto do Sul para o dia 7
de junho em Caracas. Ramírez disse que já está certa a participação dos
ministros de Energia de Argentina, Brasil e Bolívia e dos membros de sete
equipes que trabalham em diferentes temas relacionados ao mega-projeto
do gasoduto. "É uma reunião muito importante; agora com a Bolívia, e vamos
ter então a presença dos ministros, além das equipes técnicas", disse
o ministro venezuelano em entrevista à imprensa. O projeto do gasoduto,
que inclui um duto principal de 6.600 km e ramificações de mais cerca
de 1.400 km, está orçado em US$ 23 bilhões e tem capacidade para distribuir
150 milhões de metros cúbicos de gás por dia. (Diário do Grande ABC -
22.05.2006) 2 PDVSA amplia presença na Bolívia A estatal
venezuelana PDVSA se prepara para participar de quase toda a cadeia de
petróleo e gás na Bolívia. Numa série de convênios negociados com a estatal
boliviana YPFB, a empresa da Venezuela se compromete a desenvolver projetos
nos segmentos de exploração e produção, processamento de gás, petroquímica
e distribuição de combustíveis, além de oferecer capacitação para jovens
bolivianos ocuparem postos na indústria. Ainda não há estimativas oficiais
de aportes, mas na Bolívia comenta-se que os investimentos podem chegar
a US$ 1,5 bilhão, mesmo volume aportado pela Petrobrás no país. Os convênios
serão assinados pelos presidentes Evo Morales e Hugo Chávez, que chega
à Bolívia na sexta-feira para eventos na região cocaleira do Chapare,
no departamento (equivalente a Estado) de Cochabamba, e, possivelmente,
no Chaco boliviano. (O Estado de São Paulo - 23.05.2006) 3 Espanha vai aos tribunais para proteger seus interesses A Espanha está disposta a recorrer aos tribunais internacionais para preservar seus interesses na Bolívia, disse ontem o ministro da Justiça espanhol, Juan Fernando López Aguilar. "Vamos proteger nossos interesses sem renunciar a nenhuma das vias disponíveis", afirmou. "Há organismos internacionais de arbitragem de disputas nos âmbitos civil e mercantil que podem ser ativados para proteger nossos interesses em jogo nessa nacionalização." Ao lado da brasileira Petrobrás, a espanhola Repsol é a empresa que mais investiu na Bolívia na última década. Segundo informações da imprensa espanhola, a Repsol começou a atuar naquele país em 1995 e, desde então, investiu 815 milhões em projetos de longo prazo. No entanto, já no ano passado suspendeu planos de investir mais 600 milhões. (O Estado de São Paulo - 23.05.2006) 4
Energia faz déficit comercial da UE dobrar em março
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
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