l IFE: nº 1.812 - 22
de maio de 2006 Índice Regulação e Reestruturação do Setor Empresas Oferta e Demanda de Energia Elétrica Gás e
Termelétricas Grandes
Consumidores Economia Brasileira Internacional
Regulação e Reestruturação do Setor 1 Retirada de investimentos estrangeiros no SE afeta conta de investimentos Os investimentos
estrangeiros na produção do país somaram US$ 790 milhões no mês passado
-resultado que retrata queda forte em relação ao mesmo mês do ano passado
(74%) e em relação ao mês de março (51%). De acordo com o chefe do Departamento
Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, o resultado é o pior desde
setembro do ano passado e foi influenciado pela retirada de investimentos
estrangeiros no setor elétrico. A saída de investidores estrangeiros do
setor elétrico é contabilizada como "retorno de investimento estrangeiro
direto". No total, no mês de abril, o retorno de investimento soma cerca
de US$ 742 milhões, sendo US$ 630 milhões (85%) relativos ao segmento
de eletricidade. (Folha de São Paulo - 22.05.2006) 2 Comissão de Minas e Energia realiza audiência pública para debater plano estratégico A Comissão de
Minas e Energia vai realizar audiência pública, em data a ser definida,
para debater a criação de plano estratégico de energia no Brasil. Serão
convidados para a audiência o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau;
o diretor-geral da ANP, Haroldo Borges Rodrigues Lima; o presidente da
EPE, Maurício Tolmasquim;o presidente da Eletrobrás, Aloísio Marcos Vasconcelos;
e o presidente da Eletrobrás Termonuclear S.A., Othon Luiz Pinheiro da
Silva. (Elétrica - 19.05.2006) 3 MPF do Pará corre contra suspensão de liminar que Belo Monte O Ministério
Público Federal no Pará pretende recorrer contra a suspensão da liminar
que impedia o licenciamento de Belo Monte, concedida pelo juiz titular
da subseção de Altamira, Herculano Martins Nacif, que acatou o recurso
do Ibama. O MP alega que o Ibama e a Eletronorte pretendiam realizar estudos
de impacto ambiental com base em decreto legislativo considerado inconstitucional.
A ação deve ser impetrada pelo MP no Tribunal Regional Federal da 1ª Região.
(Agência Canal Energia - 19.05.2006) 4 STJ mantém suspensão da cobrança de uso do solo
e espaço aéreo em SP A Comissão
de Minas e Energia vai realizar audiência pública, em data
a ser definida, para discutir o reajuste tarifário de eletricidade
em Pernambuco. Serão convidados a participar do debate representantes
da Aneel, do MME e da Celpe. (Elétrica - 19.05.2006) O Centro de Pesquisas de Energia Elétrica apresentará 33 trabalhos de um total de 197 selecionados pelo comitê técnico da décima edição do Simpósio de Especialistas em Planejamento da Operação e Expansão Elétrica. O Cepel também estará no estande da Eletrobrás, onde fará demonstração de vários de seus produtos. (Agência Canal Energia - 19.05.2006)
Empresas 1 Itaipu abre espaço para criação de novas tecnologias Com a instalação
das duas últimas turbinas e sem espaço para elevar ainda mais a capacidade
de produção, Itaipu entra em nova fase. A usina agora quer espaço na área
de desenvolvimento de novas fontes de eletricidade e novas tecnologias,
como hidrogênio, biomassa e carro elétrico. Para isso, lançou em 2003
o Parque Tecnológico Itaipu (PTI). O objetivo do PTI é incentivar o desenvolvimento
tecnológico regional e atuar como parceira no processo de modernização
da usina. O parque tecnológico já conta com 15 empresas incubadas, quatro
de base tecnológica e desenvolvimento de software e as demais na área
de prestação de serviços, como educação ambiental, turismo e geoprocessamento.
"Vamos emitir no mês que vem um edital para mais 15 empresas incubadas",
afirma o diretor superintendente do PTI, Juan Carlos Sotuyo. Até outubro
o parque terá mais 6 mil metros quadrados de área reformada. (O Estado
de São Paulo - 21.05.2006) 2 Ampla conclui processo de desverticalização Com a transferência de todas as suas ações na área de geração, a Ampla acaba de concluir seu processo de desverticalização iniciado no final do ano passado, quando desfez de sua participação na área de geração da Coelce. A venda das nove usinas, que juntas totalizam uma potência de 32 MW médios, foi autorizada pela Aneel. Segundo o diretor da empresa, José Alves, as hidrelétricas foram vendidas por R$ 105 milhões e representam apenas 3% da energia ofertada pela distribuidora. "Para a Ampla essa venda de ativos teve um bom reflexo, pois conseguimos um valor razoável pelas usinas", diz. A carga total ofertada pela Ampla, conta o executivo, é de 1.200 MW médios. Agora, como explica Alves, a empresa pretende focar seus investimentos na melhoria da qualidade dos serviços de distribuição, principalmente nas regiões de Parati e Angra dos Reis e região oceânica de Niterói. (Agência Canal Energia - 19.05.2006) 3 Ampla Geração passa a ser controlada pela Sabricorp Participações A Aneel aprovou
a transferência de 100% das ações de emissão do bloco de controle da Ampla
Geração, detidas pela Ampla Energia e Serviços (99,97%) e outros acionistas
minoritários, para a Sabricorp Participações. A Companhia Jaguari de Energia
também foi autorizada pela Aneel a transferir a concessão da hidrelétrica
Rio do Peixe para a Companhia Paulista de Energia Elétrica. A usina possui
18 MW de capacidade e se localiza no município de São José do Rio do Pardo,
em São Paulo. (Agência Canal Energia - 19.05.2006) 4 Cemig aguarda anúncio da Brascan sobre opção de
compra da Schahin 5 RGE tem novas metas para DEC e FEC A Aneel estabeleceu
novas metas anuais para os indicadores de duração (DEC) e freqüência (FEC)
das interrupções no fornecimento de energia para a RGE. Os índices valerão
para o período de 2006 a 2008 e foram estabelecidos em conseqüência da
reclassificação e reconfiguração dos conjuntos de unidades consumidoras
atendidos pela distribuidora. A distribuidora tem 60 dias para informar
os consumidores das novas metas. As metas anuais são revistas sempre no
ano da revisão tarifária das empresas, segundo a Aneel. (Agência Canal
Energia - 19.05.2006) No pregão do
dia 19-04-2006, o IBOVESPA fechou a 37.732,86 pontos, representando uma
baixa de 0,20% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 2,82
bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização de
0,56%, fechando a 11.849,47 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte
comportamento: ficaram cotadas a R$ 51,10 ON e R$ 44,59 PNB, baixa de
2,67% e 3,69%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior.
Na abertura do pregão do dia 22-05-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas
a R$ 50,00 as ações ON, baixa de 2,15% em relação ao dia anterior e R$
43,50 as ações PNB, baixa de 2,44% em relação ao dia anterior. (Investshop
- 22.05.2006) A Assembléia Legislativa do Paraná deve votar o projeto, que autoriza a Copel a assumir o controle acionário da UEG Araucária. Nesta semana, os deputados estaduais aprovaram requerimento para votação em urgência do projeto. Copel e El Paso estipularam a segunda-feira como dia limite para assinatura do contrato. (Gazeta Mercantil - 22.05.2006) A Eletrosul está recebendo propostas de projetos de P&D para o programa do ciclo 2005/2006. Segundo o gerente da divisão de P&D, Jorge Luiz Alves, a estatal deve investir cerca de R$ 1,2 milhão nos projetos do ciclo. (Agência Canal Energia - 19.05.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 20/05/2006 a 26/05/2006. Tabela
Fonte: www.ccee.org.br
Gás e Termoelétricas 1 Lula prevê auto-suficiência em gás em 2008 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem, em Natal (RN), que o Brasil deverá alcançar a auto-suficiência na produção de gás em 2008. Mesmo assim, afirmou, não deixará de importar o produto da Bolívia para ajudar o povo daquele país, que, segundo ele, é "muito pobre". "O Brasil está preparado para, em 2008, ser praticamente independente de gás e não depender da importação", declarou inicialmente Lula, ao anunciar, em discurso, o que chamou de "dia histórico" para o país. Logo em seguida, porém, afirmou que, apesar da auto-suficiência, o governo continuará a comprar o produto do país vizinho. "Obviamente que nós queremos continuar importando gás da Bolívia, porque interessa ao Brasil ajudar o povo da Bolívia, que é um povo muito pobre", disse o presidente brasileiro. Em tom diplomático, Lula disse ainda que a Bolívia também tem interesse em "ajudar o Brasil, vendendo gás" e que essa vontade mútua levará os governos a "fazer uma combinação em que os dois países saiam ganhando". (Folha de São Paulo - 22.05.2006) 2 Amorim: "queremos manter o nosso engajamento de longo prazo com a Bolívia" A apenas quatro
dias do anúncio de uma volumosa injeção de recursos da Venezuela na Bolívia,
o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, dará hoje ao presidente
boliviano Evo Morales a clara mensagem de que o Brasil quer mantém seu
projeto de cooperação de longo prazo com o país vizinho e alavancar outros
segmentos produtivos, além do gás e do petróleo. Mas indicará que esse
sinal de boa vontade somente será efetivado com a adoção de um marco de
segurança jurídica, o ressarcimento do patrimônio da Petrobras no país
e o tratamento digno aos brasileiros que venham a ser afetados por sua
reforma agrária. Amorim ainda deixará claro a Morales que o Brasil não
pretende jogar um braço de ferro com a Bolívia. Entretanto, prosseguirá
com suas iniciativas de buscar a autosuficiência de gás natural e a diversificação
de suas fontes de energia. "Queremos manter o nosso engajamento de longo
prazo com a Bolívia. Não por generosidade ou por ideologia. Mas por uma
decisão de Estado, que vem de alguns governos anteriores, sobre a necessária
ajuda ao desenvolvimento e à estabilidade da Bolívia", afirmou Amorim.
(Jornal do Commercio - 22.05.2006) 3 Avança acordo que propõe a troca de ações por gás O ministro dos
Hidrocarbonetos da Bolívia, Andrés Soliz, revelou a deputados locais que
a Petrobras abriu a possibilidade de que o Estado boliviano a compense
com gás natural pelas ações da nacionalizadas pelo governo em 1º de maio
passado. Trata-se da primeira declaração em relação a uma provável aceitação
pela estatal brasileira do recebimento da compensação em espécie por suas
ações nas duas refinarias de petróleo que gerencia desde 1997. O ministro
aventou a possibilidade de chegar a um acordo com estas características
"de forma que com alguns volumes de gás que vamos exportando podemos cumprir
essa obrigação sem que afete o Tesouro Geral da Nação", afirmou. Soliz
confirmou ainda que as discussões para reajustar em 65% o preço do gás
que vende ao Brasil, principal mercado para o país, ainda não começou.
(Gazeta Mercantil - 22.05.2006) 4 H-Bio substituirá diesel já em 2007 A Petrobrás
vai substituir, a partir de 2007, pelo menos 10% do diesel importado para
suprir o mercado nacional com um tipo de óleo vegetal refinado de soja
de menor valor. Batizado de H-Bio, o novo diesel será produzido inicialmente
apenas nas refinarias da Petrobrás de Minas Gerais e Paraná (Regap e Repar),
mas deverá também ser processado em outras três refinarias a partir de
2009. A idéia é utilizar nesta primeira fase do projeto 9,6% do óleo de
soja refinado exportado pelo País, porcentual que deve aumentar gradativamente.
Segundo o diretor de Abastecimento e Refino da estatal, Paulo Roberto
Costa, a adoção deste tipo de processo ainda depende de estudos referentes
à logística de distribuição e construção, nas refinarias, de novos tanques
de armazenamento do óleo. Ele não soube dimensionar o volume de investimento
necessário nas unidades para adaptação ao processamento do óleo vegetal,
mas disse que será "pequeno" perto do ganho obtido com a substituição
do diesel mineral. O diretor fez questão de frisar que o H-Bio não vai
concorrer com o biodiesel, que hoje vem sendo desenvolvido no País. (O
Estado de São Paulo - 20.05.2006) 5 Licitação para o Gasoduto Brasil-Bolívia pode ser suspensa A ANP estuda a suspensão da licitação para expandir a capacidade do gasoduto Brasil-Bolívia a partir do próximo ano. Ela confirmou que as três principais interessadas na expansão, a Petrobrás, a espanhola Repsol e a francesa Total, retiraram as propostas. Os pedidos foram apresentados no final de março, menos de dois meses antes da nacionalização das reservas de gás bolivianas. Outra duas empresas que manifestaram interesse em disputar participação no investimento, a Pan American Energy do Brasil e a British Gas, também pediram adiamento do processo licitatório por um período de 180 dias, mesmo prazo estabelecido no decreto de nacionalização das reservas bolivianas para o período de transição para as novas regras. A ANP também avalia esta possibilidade. (O Estado de São Paulo - 20.05.2006) 6 Biodiesel será produzido em unidade experimental O presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, inaugurou no Rio Grande do Norte uma unidade experimental de biodiesel, que vai produzir 16 mil toneladas por ano do produto, a partir de investimentos de R$ 19 milhões. A perspectiva é de que cinco mil famílias sejam empregadas no cultivo de 11.500 hectares de mamona e 1.500 hectares de girassol, oleaginosas que serão utilizadas para a produção do biodiesel. (O Estado de São Paulo - 20.05.2006) 7 INB já está enriquecendo urânio A Indústrias Nucleares do Brasil (INB) já está enriquecendo urânio desde o começo deste mês. O projeto brasileiro de enriquecimento que foi dividido em duas etapas, teve início em 2000 com a assinatura de um contrato com o Centro Tecnológico da Marinha de São Paulo (CTMSP) para o fornecimento de equipamentos, as cascatas (conjunto de ultra-centrífugas). A segunda etapa foi a construção das obras de infra-estrutura da INB, no município de Resende (RJ), onde está abrigada a primeira cascata. O investimento foi de R$ 400 milhões. Com a inauguração da primeira etapa do projeto e a entrada em operação a produção será de 114 mil Unidades de Trabalho de Separativo (isso representa o enriquecimento de no máximo 5% UTS), por ano e vai atender a demanda de 60% das usinas nucleares Angra I e Angra II. Uma economia a cada 14 meses, de US$ 12 milhões, segundo dados do Ministério de Ciência e Tecnologia, que coordena o projeto, já que o enriquecimento atualmente é feito na França. O objetivo do Ministério é de ampliar a capacidade da produção da INB para 203 mil UTS por ano, o que corresponde a 100% da demanda de Angra I, Angra II e futuramente, Angra III. (Investnews - 19.05.2006)
Grandes Consumidores 1 Vale fecha preço do minério com Mittal A Companhia
Vale do Rio Doce informou na última sexta-feira que concluiu negociações
com a Mittal Steel para elevar o preço do minério em 19% este ano. Esse
foi o mais recente de uma série de acordos similares de preços que a empresa
brasileira firmou na semana passada. Entre eles, estão os fechados com
as maiores siderúrgicas da Alemanha, Japão, Itália e Coréia do Sul. Analistas
do mercado esperam que os clientes chineses da mineradora também fechem
um acordo para o mesmo aumento do preço, apesar de suas resistências.
(Gazeta Mercantil - 22.05.2006) 2 Vale: hidrelétricas se tornam inviáveis A produção de
energia elétrica a partir de hidrelétricas no Brasil está se tornando
inviável devido à apreciação cambial, aos elevados custos tributários
e às novas exigências ambientais. Esse é o diagnóstico que o diretor executivo
da Vale apresentou aos acionistas da mineradora para justificar a decisão
da empresa de não realizar novos investimentos no setor. Dona de oito
hidrelétricas, das quais seis estão concluídas, com produção de 372 MW
médios (energia assegurada), a Vale só decidiu manter duas usinas, sendo
uma delas já na fase final de conclusão (Capim Branco II) e outra estratégica
para os seus negócios na região Norte (Estreito). Em janeiro, a companhia
vendeu os direitos que tinha em relação à usina Foz do Chapecó, no Sul
do País, para Furnas Centrais Elétricas, empresa controlada pela holding
estatal Eletrobrás. O dilema é que a Vale vai demandar mais 1.800 MW médios
de energia elétrica nos próximos cinco anos, já que deverá estar consumindo
3.774 MW médios em 2010, conforme os seus planos de investimentos. Isso
equivale a uma usina com potência instalada em torno de 3.000 MW. Para
suprir essa demanda, a Vale está avaliando novas opções, com destaque
especial para o carvão mineral. (Jornal do Commercio - 20.05.2006) 3 Vale: empresa pode construir usina térmica em terreno próprio A Vale espera
concluir os estudos de viabilidade de uma térmica a carvão de 450 MW no
Pará até o final do ano. Com isso, ela terá mais condições de avaliar
melhor os riscos do empreendimento e poderá ficar livre dos encargos de
transmissão. Uma usina térmica pode ser construída em terreno próprio
da mineradora, próxima à unidade industrial, sem custos de transmissão
e distribuição. Segundo o diretor da Vale, Murilo Ferreira, as licenças
ambientais para térmicas no Brasil têm sido concedidas de forma mais fácil,
pois dependem dos governos estaduais, que buscam atrair novos projetos
que irão gerar mais impostos. Já as hidrelétricas são licenciadas pelo
Ibama, por envolver aproveitamentos de rios que atingem vários Estados
ao longo do seu percurso. (Jornal do Commercio - 20.05.2006) 4 Suzano reforça chance de obtenção do Selo Verde Estudo da Suzano
Petroquímica dimensiona o impacto da produção de polipropileno (PP) ao
meio-ambiente e reforça as chances da empresa no processo de obtenção
do Selo Verde (código internacional de empresas ambientalmente responsáveis).
O levantamento mostra que os custos com energia podem ser até 15 vezes
menores em relação ao vidro, metal e alumínio. Para o gerente da Suzano
Petroquímica, Claúdio Marcondes, a conquista desse atributo abrirá o caminho
para mercados como Canadá, Áustria e Finlândia, onde a questão é primordial.
A empresa, explica, contratará os serviços de uma auditoria para validar
o estudo. Trata-se de um levantamento inédito no setor. "A pesquisa ponta
também uma economia no processo de reciclagem do PP", diz Marcondes. "O
custo menor de produção torna o produto mais barato para o cliente e nos
garante vantagem competitiva". Outra porta que se abre com a obtenção
do Selo Verde é a de financiamentos de instituições internacionais. (Jornal
do Commercio - 20.05.2006) 5 Odebrecht renova linha de crédito externo A Construtora
Norberto Odebrecht, por meio de sua subsidiária Odebrecht Overseas, acaba
da renovar linha de crédito externo "stand-by". Conseguiu ampliar o valor
de US$ 100 milhões para US$ 300 milhões, o prazo de vencimento da linha
de um ano para três anos e oito meses e reduzir custos. A partir de sexta-feira,
a Odebrecht pode sacar os US$ 300 milhões ou parte deles para pagamento
até o dia 1 de fevereiro de 2010, mantendo o direito de sacar novamente
parcelas pagas antecipadamente. A comissão para ficar com os recursos
disponíveis caiu para 0,65% ao ano e o prêmio sobre a Libor a ser pago
pelos recursos sacados foi reduzido a 1,15% ao ano. A idéia ao ampliar
o empréstimo foi criar uma "proteção extra", no caso de variações do humor
do mercado. Os US$ 300 milhões são de valor superior a toda a dívida da
Odebrecht que vence nos próximos três anos e meio. (Valor Econômico -
22.05.2006)
Economia Brasileira 1 Indústria eleva preço em dólar e segura em real Com a economia internacional mais aquecida que a brasileira, as empresas estão reajustando preços com menos dificuldade no exterior do que internamente. No primeiro trimestre do ano em relação a igual período de 2005, os preços de exportação dos automóveis brasileiros subiram 16,4%, enquanto a alta foi de apenas 1,3% no país. A indústria brasileira de calçados reajustou em 7,6% seu produto no exterior, já o consumidor brasileiro pagou 3,6% a menos, na mesma comparação. Os exportadores aumentam os preços para repassar parcialmente as perdas da valorização cambial. Por outro lado, o dólar barato permite um aumento de importações e acirra a concorrência no mercado interno, ajudando a segurar a inflação. O comportamento se repete em diversos setores. Nos móveis, os preços do exportador brasileiro subiram 10% no exterior e apenas 0,4% no Brasil na comparação entre janeiro a março de 2006 e janeiro a março de 2005. Até o preço do açúcar, commodity transacionada internacionalmente, subiu mais lá fora que no país. A cotação do produto avançou 46,5% no mercado externo e 29,3% para o consumidor local. Os preços de exportação por setor foram elaborados pela Funcex. (Valor Econômico - 22.05.2006) 2 Captação pode bater recorde de 2005 Pelo ritmo intenso das novas operações apresentadas nas últimas semanas, as captações das empresas via mercado de capitais podem superar R$ 50 bilhões neste semestre, contando todos os instrumentos disponíveis, como debêntures, ações, recebíveis e fundos de participação. Em 2005 fechado foram captados R$ 72 bilhões (dos quais R$ 39 bilhões no primeiro semestre). Apesar dos solavancos da última semana, causados pela preocupação com os rumos da economia americana, os analistas acreditam que a temporada de lançamentos de ações e outras captações das empresas não deve ser interrompida. O que pode ocorrer é um ajuste nos preços destas novas operações. As ofertas de ações já se apresentam como o destaque do ano, caminhando para ser o melhor ano do histórico em termos de lançamentos de ações. Já foram registrados na CVM, até agora, R$ 11,6 bilhões nessa categoria. Mas há 22 empresas com operações em análise. (Valor Econômico - 22.05.2006) 3 FIDC deve chegar a R$ 15 bi 4 Mantega se diz preocupado com cotação do dólar O ministro da
Fazenda, Guido Mantega, confirmou na tarde de sexta-feira que o governo
deve soltar um pacote de medidas para flexibilizar a legislação cambial.
Segundo ele, o governo está "preocupado" com o nível atual da taxa de
câmbio, que estaria em uma posição "inadequada" e "tem causado prejuízos
para alguns setores", como o têxtil, o de calçados e o agrícola. Segundo
ele, as medidas devem ser anunciadas em algumas semanas. Mantega afirmou
que não descarta a possibilidade de essa flexibilização ser feita por
meio de Medida Provisória. As medidas devem beneficiar, principalmente,
grandes empresas exportadoras e importadoras. O presidente do BC, Henrique
Meirelles, defendeu a adoção de medidas para conter a valorização do real.
Segundo ele, este é o momento adequado para que o Brasil altere as regras
do mercado de câmbio. "É algo muito importante e está num momento adequado,
em que o Brasil, inserido na globalização, está em condições de repensar
suas normas cambiais e já o está fazendo", afirmou. (Valor Econômico -
22.05.2006) 5 Focus: mercado eleva projeções para IGP-DI e IGP-M O mercado financeiro
revisou para cima suas previsões para dois dos principais indicadores
de inflação. No caso do IPCA, a expectativa do mercado continuou em 0,20%
para maio. Já a previsão para o IGP-DI saltou de 0,22% para 0,32%, e para
o IGP-M de 0,31% para 0,40%. A expectativa para o ano manteve-se em 4,32%
no caso do IPCA, mas já subiu para os demais índices: de 2,92% para 3,07%
no caso do IGP-DI, e de 2,99% para 3,02% para o IGP-M. Os analistas ouvidos
na pesquisa elevaram de 14% para 14,25% a projeção para a Selic ao final
de 2006. Para junho, a expectativa do mercado continuou de uma taxa de
15,13%, mesmo índice previsto na semana anterior. Já a taxa de câmbio
também deverá sofrer uma ligeira elevação em maio, para R$ 2,11, contra
R$ 2,10 previstos na semana anterior. A estimativa para o fim do ano continuou
em R$ 2,20 pela décima semana consecutiva. A projeção para o PIB é de
um crescimento de 3,58%, contra 3,57% na semana anterior. Já a previsão
sobre o comércio exterior, afetado pelo câmbio desfavorável, continuou
conservadora. Pela terceira semana, os analistas reduziram a previsão
de superávit, de US$ 40,28 bilhões para US$ 40,06 bilhões. (Folha de São
Paulo - 22.05.2006) 6 Balança comercial apresenta superávit de US$ 433 mi As contas do comércio exterior nacional registraram superávit de US$ 433 milhões na terceira semana de maio. O saldo é resultado de exportações de US$ 2,247 bilhões (uma média diária de US$ 449,5 milhões) e de importações de US$ 1,814 bilhão (média de US$ 362,8 milhões por dia útil). As informações são da Secex. Nas três primeiras semanas do mês, a balança comercial acumula saldo de US$ 2,384 bilhões, com exportações de US$ 6,658 bilhões e importações de US$ 4,274 bilhões. No ano, a balança comercial acumula superávit de US$ 14,822 bilhões. No período, as exportações totalizaram US$ 45,849 bilhões e as importações, US$ 31,027 bilhões. (Valor Econômico - 22.05.2006) 7 Dólar ontem e hoje
Internacional 1 Morales: "quem se subordinar à lei terá segurança" O presidente
da Bolívia, Evo Morales, assegurou que haverá segurança jurídica em seu
país para as empresas que "se subordinam às leis". Também reafirmou que
a petrolífera espanhola Repsol YPF "será sócia" e não "dona" dos hidrocarbonetos.
"As empresas que se subordinam às leis bolivianas terão segurança jurídica",
afirmou ao jornal paraguaio ABC Color. Evo confirmou que informou à União
Européia que seu país necessita de "sócios, não donos nem patrões". Ainda
defendeu a nacionalização do gás e reiterou seu "respeito e admiração"
ao primeiro-ministro da Espanha, José Luis Rodríguez Zapatero. "Ele está
disposto a resolver temas sociais em meu país como a condenação de dívida
por educação. Decidimos erradicar o analfabetismo com ajuda de professores
bolivianos, cubanos e, agora, se soma a Espanha", afirmou Evo. Sobre o
consórcio petrolífero espanhol, um dos principais afetados pela nacionalização,
Evo sustentou que "continuará sendo sócio e não dono" dos recursos naturais
do país, assim como a estatal Petrobrás. (O Estado de São Paulo - 20.05.2006)
2 Kirchner: Morales tomou decisão soberana O presidente
Néstor Kirchner declarou que o presidente da Bolívia, Evo Morales, tomou
uma decisão soberana ao nacionalizar o gás de seu país. Segundo o presidente
argentino, Morales terá que discutir os interesses que possui com os países
que tinham investimentos que foram atingidos pela nacionalização. "Será
preciso adaptar-se a novos funcionamentos para continuar consolidando
os processos de integração", disse Kirchner, em um diplomático recado
que reflete a posição argentina de resignar-se ao novo cenário criado
pela decisão de Morales de aumentar o preço do gás. O embaixador da Bolívia
em Buenos Aires, Roger Ortiz Mercado, disse que o futuro preço do gás
que seu país vende à Argentina já está acertado. Segundo o diplomata,
o preço a ser fixado está entre "US$ 5 e US$ 5,5" o valor do milhão de
BTU. Atualmente, a Argentina paga quase US$ 3,2 o milhão de BTU. (Jornal
do Commercio - 22.05.2006) 3 Bolívia fala em vender gás aos EUA A estatal boliviana YPFB anunciou parcerias para encontrar novos destinos para as gigantescas reservas de gás do país. Dentre os empreendimentos em estudo, que somam mais de US$ 6 bilhões em investimentos, está a retomada do projeto de exportação de gás para os Estados Unidos, pivô da chamada guerra do gás de 2003, que deixou 67 mortos e culminou com a renúncia do presidente Gonzalo Sánchez de Lozada. O primeiro convênio será assinado esta semana com a americana Predator Technologies e prevê a exploração de novas jazidas de gás a ser industrializado na Bolívia. "Uma das principais alternativas é transformar o gás em matéria petroquímica e combustíveis líquidos", disse o vice-presidente de Operações da YPFB, Nelson Cabrera. Também anunciou estudos para a construção de três unidades gas-to-liquids (GTL) para produzir diesel a partir do gás natural, em parceria com a empresa local GTL-Bolívia. Orçadas em US$ 1 bilhão, as fábricas serão instaladas em Cochabamba, Santa Cruz e Tarija. O país importa cerca de 30% do diesel que consome, por falta de capacidade em seu parque de refino. Mas o projeto mais ambicioso é a retomada dos planos de exportação de gás para os EUA, com investimentos previstos em US$ 5 bilhões, incluindo a unidade de liquefação no Chile ou Peru e gasodutos, num terceiro convênio, com a americana World Business. (O Estado de São Paulo - 22.05.2006) 4 Uruguai constrói LT para importar energia do Brasil 5 China construirá mais seis reatores nucleares no sul do país A China construirá
seis reatores nucleares na província de Fujian, no sul, informou a imprensa
oficial do país. A empresa energética estatal China National Nuclear Corporation
e o China Huadian Group, um dos cinco maiores produtores de energía do
país, assinaram um acordo para construir os reatores, com capacidade total
de 1.000 megawatt, informou o China Daily. O jornal não precisa quando
começará a construção, nem seu custo. As necessidades energéticas do gigante
asiático o obrigaram a diversificar suas fontes, optando por energias
renováveis, como a solar e a eólica, além da nuclear. (Diário do Grande
ABC - 19.05.2006)
Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados
sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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