l IFE: nº 1.811 - 19
de maio de 2006 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Leilões Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Reestruturação do Setor 1 Aneel: adiamento da revisão tarifária será difícil de ser atendido As transmissoras
estão pleiteando o adiamento do prazo para conclusão da primeira revisão
tarifária do segmento. Segundo o cronograma da Aneel, o processo da primeira
empresa está previsto para terminar em julho. As empresas querem que a
revisão seja adiada para julho de 2007, de acordo com o presidente da
Associação Brasileira das Grandes Empresas de Transmissão de Energia,
José Cláudio Cardoso. "A revisão pode ser feita ano que vem sem prejuízo
para ninguém", observou Cardoso, acrescentando que, neste caso, o processo
seria retroativo a 2005, ano original da revisão. O diretor da Aneel,
Edvaldo Santana, no entanto, considera que o pleito pode ter uma certa
dificuldade para ser atendido devido ao contrato de concessão das empresas.
Ele explicou ainda que o poder concedente, através do MME, é quem pode
decidir sobre um eventual adiamento. (Agência Canal Energia - 18.05.2006)
2 Evento discute operação e mercado de energia elétrica Discutir
os desafios para o planejamento do setor elétrico, os impactos socioambientais,
a operação de sistemas interligados e a reorganização do mercado de eletricidade.
Esses são alguns dos objetivos do X Simpósio de Especialistas em Planejamento
da Operação e Expansão Elétrica (Sepope), que acontece de 21 a 25 de maio,
na Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), em Florianópolis.
O evento é promovido a cada dois anos pelo Cigré-Brasil e a edição deste
ano conta ainda com a realização da Eletrosul. (Agência Canal Energia
- 18.05.2006) O Banco Real será um dos representantes brasileiros na Conferência Internacional sobre Mecanismos de Intermediação Financeira para Eficiência Energética no Brasil, China e Índia. A superintendente de Produtos Socioambientais do Banco, Linda Murasawa, participará do painel sobre o papel global da eficiência energética, que abordará as mudanças climáticas, o desenvolvimento sustentável e a economia mundial. (Gazeta Mercantil - 19.05.2006) A utilização, em caráter provisório, da versão revisada do Submódulo 3.1 dos Procedimentos de Rede foi autorizada pela Aneel. A versão trata do acesso de geradores, de consumidores livres, de transmissoras e de distribuidoras à Rede Básica do Sistema Interligado. A autorização visa a adequar a regra de acesso aplicável aos usuários do sistema de transmissão e a compatibilizá-la com os demais procedimentos. (Aneel - 18.05.2006)
Empresas 1 Projetos de PCHs da Koblitz tem investimento estimado em R$ 750 mi A Koblitz
quer incentivar a entrada de novos investidores no mercado de pequenas
centrais hidrelétricas. Para atingir este objetivo, a empresa decidiu
entrar como sócia minoritária e operadora dos empreendimentos. A empresa
tem em carteira R$ 750 milhões em projetos para serem viabilizados, com
capacidade total de 180 MW, principalmente no Centro-Oeste do país. A
estrutura de financiamento dos projetos será feita com participação de
R$ 15 milhões da própria Koblitz, dos quais R$ 10 milhões virão de uma
operação de debêntures conversíveis, aprovada pela diretoria do BNDES.
A empresa pretende ainda captar um financiamento de R$ 600 milhões com
o BNDES. A idéia é que os outros R$ 135 milhões venham de investidores
privados. A empresa tem como estratégia participar com 10% a 20%, em recursos
próprios, nos investimentos necessários. A Koblitz ainda desenvolverá
os projetos das usinas, fornecerá equipamentos, treinará funcionários
e dará início às operações. (Agência Canal Energia - 18.05.2006) 2 Copelpar é autorizada a assumir o controle da El Paso Empreendimentos A empresa Copelpar está autorizada a assumir o controle societário da El Paso Empreendimentos e Participações Ltda., detido pelas empresas Aquamarine Power Holdings, LCC e El Paso Energia do Brasil. O processo de transferência foi aprovado esta semana pela Aneel. Com a operação, a Copelpar passa a deter parte do controle indireto da empresa UEG Araucária Ltda., responsável pela exploração da termelétrica Araucária, de 484,3 MW de potência, que está localizada no município de mesmo nome, no Paraná. A usina, em operação desde setembro de 2002, é integrante do Programa Prioritário de Termelétricas (PPT). A UEG Araucária Ltda. é um produtor independente que tem como acionistas as empresas El Paso Empreendimentos e Participações Ltda. (60%), Companhia Paranaense de Energia (Copel) - Holding (20%) e Petróleo Brasileiro S/A - Petrobras (20%). (Aneel - 18.05.2006) A Agência
decidiu, em reunião de diretoria realizada na última terça-feira (16/05),
manter a aplicação de penalidades à Chesf em 2002. Foram negados recursos
da Chesf a multas no valor total de R$ 3,95 milhões por falhas no abastecimento
de energia na Bahia nos dias 8 e 14 de julho de 2002. Na primeira data
(08/07), houve interrupção de energia em 10 cidades do sul da Bahia durante
a manutenção preventiva na subestação Funil. Por esta infração, a concessionária
foi multada em R$ 272,68 mil. Seis dias depois (14/07), houve nova falha
no fornecimento de energia por 1 hora e sete minutos na mesma região com
o desligamento de cinco subestações. Desta vez, a multa foi de R$ 3,68
milhões. A fiscalização constatou deficiências no planejamento de execução
de serviços de manutenção preventiva e falta de cumprimento de procedimentos
de rede. (Aneel - 18.05.2006) 4
Aneel nega parcialmente recurso da Ceal 5 Aneel aprova transferência de ações da Ampla para a Sabricorp A Aneel
aprovou o processo de transferência de 100% das ações de emissão do bloco
de controle da Ampla Geração S/A - detidas pela concessionária Ampla Energia
e Serviços S/A (99,97%) e outros acionistas minoritários - para a empresa
Sabricorp Participações Ltda.. A autorização possibilita a conclusão do
processo de segregação das atividades de distribuição e geração da concessionária,
previsto na Lei n° 10.848/04 e no Decreto n° 5.163/04. Em outro processo
de reestruturação societária com a mesma finalidade, a Companhia Jaguari
de Energia (CJE) está autorizada a transferir, para a Companhia Paulista
de Energia Elétrica (CPEE), a concessão da hidrelétrica Rio do Peixe.
A usina, de 18 MW de capacidade, está localizada no município de São José
do Rio Pardo, em São Paulo. (Aneel - 18.05.2006) 6 RGE tem novas metas de DEC e de FEC A Aneel
aprovou esta semana a Resolução n° 337/06 que estabelece novas metas anuais
que a empresa RGE deverá cumprir, entre 2006 e 2008, para os indicadores
de duração (DEC) e de freqüência (FEC) das interrupções no fornecimento
de energia em suas áreas de concessão. O regulamento altera as metas determinadas
na Resolução Normativa n° 047/04 em conseqüência da reclassificação e
reconfiguração de conjuntos de unidades consumidoras atendidos pela distribuidora.
No prazo de até 60 dias da publicação da resolução, a RGE deverá informar
as novas metas a serem observadas na conta de energia ou em carta anexa
à fatura para todos os consumidores, individualmente, bem como o conjunto
ao qual pertencem. (Aneel - 18.05.2006) 7 Enersul aprova ampliação da distribuição de debêntures O conselho
de administração da Enersul aprovou a ampliação da distribuição de debêntures
de 25 mil papéis para 33.750. Com isso, a captação chegará a R$ 337,5
milhões, já que cada debênture simples tem valor unitário de R$ 10 mil.
Os conselheiros também ratificaram a remuneração dos papéis da 6ª emissão,
`equivalente a 104,3% da acumulação das taxas médias dos depósitos interfinanceiros
DI de um dia, over extra grupo, expressa na forma percentual ao ano base
de 252 dias`, explica ata da reunião extraordinária. A empresa protocolou
a operação na Comissão de Valores Mobiliários em 29 de março. (Elétrica
- 18.05.2006) 8 Escelsa prepara emissão de R$ 200 mi em debêntures A Escelsa protocolou na Comissão de Valores Mobiliários pedido de registro da 1ª emissão pública de debêntures. A distribuidora pretende captar R$ 200 milhões com a emissão de 20 mil debêntures simples, não conversíveis em ações, em série única, com valor unitário de R$ 10 mil. Segundo o aviso ao mercado publicado nesta quinta-feira, 18 de maio, a Escelsa pode exercer a opção de lançar um lote adicional aumentando o valor da emissão em até 20%. As debêntures terão vigência de cinco anos, com vencimento em 1º de junho de 2011. Será feita uma apresentação aos investidores no Rio de Janeiro e São Paulo entre os dias 24 e 30 de maio sobre a operação. A previsão, registrada no prospecto preliminar, é de publicar o anúncio de início da distribuição em 23 de junho. (Agência Canal Energia - 18.05.2006) No pregão do dia 18-04-2006, o IBOVESPA fechou a 37.807,15 pontos, representando uma baixa de 1,26% em relação ao pregão anterior. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 1,21%, fechando a 11.915,96 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 52,50 ON e R$ 46,30 PNB, alta de 0,48% e baixa de 0,43%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Na abertura do pregão do dia 19-05-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 54,00 as ações ON, alta de 2,86% em relação ao dia anterior e R$ 47,50 as ações PNB, alta de 2,59% em relação ao dia anterior. (Investshop - 19.05.2006) A Itaipu Binacional assina nesta quinta-feira, 18 de maio, acordo com a Kraftwerke Oberhasli, empresa controladora de hidrelétricas suíças, para desenvolver um projeto de pesquisa que utilizará veículos elétricos no Parque Tecnológico de Itaipu. (Agência Canal Energia - 18.05.2006) A Elektro vai inaugurar neste sábado, dia 20 de maio, obras do programa Luz para Todos, no Bairro Pinhal, no município Cabreúva (SP). As eletrificações, que beneficiarão 30 famílias, demadaram investimentos de R$ 118 mil, dos quais R$ 71 mil foram investidos pela empresa, R$ 35 mil pelo governo federal e R$ 12 mil pelo governo estadual. Do valor repassado pela Elektro, R$ 18 mil foram recursos próprios e R$ 53 mil financiados pela Eletrobrás. (Agência Canal Energia - 18.05.2006) A série de consultas públicas que a Aneel promoverá nas cidades-sede de 12 distribuidoras de energia elétrica para ouvir os consumidores sobre a qualidade dos serviços prestados pelas concessionárias começa em Fortaleza, no dia 1° de junho, na área de concessão da Coelce. Na semana seguinte, serão realizadas reuniões em Xanxerê (SC) no dia 6, para a área de concessão da Iguaçu Energia, e em Porto Alegre (RS) no dia 8, para a área da CEEE. (Aneel - 18.05.2006) Área necessária à implantação da PCH Engenheiro Henrique Kotzian foi declarada de utilidade pública, para fins de desapropriação. A declaração autoriza a empresa Boca do Monte Energia Ltda. a desapropriar 64,37 hectares no município de Júlio Castilhos (RS). (Aneel - 18.05.2006)
Leilões 1 CBIEE sugere ao governo leilão A-5 para julho, antes de licitar usinas do Rio Madeira A Câmara
Brasileira de Investidores em Energia Elétrica (CBIEE) sugeriu ao governo
a realização do leilão de energia nova A-5 para julho, antes de licitar
as usinas do complexo do Rio Madeira (RO - 6.450 MW). Segundo o presidente
da CBIEE, Claudio Sales, a proposta tem o objetivo de evitar o deslocamento
da energia de usinas já licitadas mas que ainda não negociaram contratos.
Para o executivo, a negociação de contratos de projetos do porte do complexo
pode comprometer a competitividade da licitação. Sales contou que outra
proposta da CBIEE envolve a adoção de um processo de maior transparência
sobre os custos dos projetos estruturantes. O executivo ressaltou que
a previsão de investimentos para o complexo, de R$ 20 bilhões, partiu
dos estudos de viabilidade feitos pelos consórcio formado por Furnas e
Norberto Odebrecht. (Agência Canal Energia - 18.05.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 86,1% O nível
de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 86,1%, apresentando
queda de 0,1% em relação à medição do dia 16 de maio. A usina de Furnas
atinge 94,8% de volume de capacidade. (ONS - 17.05.2006) 2 Sul: nível dos reservatórios está em 35,8% A região Sul apresentou queda de 0,4% em relação à última medição, com 35,8 % de capacidade armazenada. A usina de Machadinho apresenta 28,1% de capacidade em seus reservatórios. (ONS - 17.05.2006) 3 NE apresenta 97,4% de capacidade armazenada Apresentando
queda de 0,2%, o Nordeste está com 97,4% de sua capacidade de armazenamento.
O reservatório de Sobradinho opera com 99% de volume de capacidade. (ONS
- 17.05.2006) 4 Norte tem 98,1% da capacidade de armazenamento O nível
de armazenamento da região Norte está em 98,1%, apresentando alta de 0,3%
em relação ao dia 16 de maio. A usina de Tucuruí opera com 99% de volume
de armazenamento. (ONS - 17.05.2006)
Gás e Termoelétricas 1 Brasil deve ficar independente de gás boliviano até 2008 O Brasil vai antecipar a produção de gás das reservas existentes no País, disse Silas Rondeau. Até 2008, haverá uma produção adicional, de 24,2 milhões de metros cúbicos de gás por dia. É praticamente o mesmo total de gás que o Brasil importa atualmente da Bolívia e corresponde a metade do consumo atual do mercado nacional. O plano da busca dede auto-suficiência em gás natural foi aprovado pelo presidente Lula. Essa foi uma das medidas aprovadas na reunião de ontem do CNPE, cujo tema foi a independência energética do Brasil. Nessa direção, foi anunciado o desenvolvimento, pela Petrobras, de uma tecnologia inédita no mundo: o uso de óleos de soja e outros vegetais no refino do óleo diesel. O resultado é um combustível igual ao diesel mineral, porém, menos poluente. Com isso, será reduzida a necessidade de importação pelo Brasil e o preço tende a cair. O CNPE também discutiu o uso do álcool em substituição ao gás natural nas usinas térmicas. Já em setembro, a usina de Seropédica começará a operar com turbinas que funcionarão com gás natural, álcool, diesel, GLP ou o GNL. O presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, disse que será necessária uma unidade de produção e o redesenho de gasodutos. Além da utilização do gás natural do Espírito Santo, a Petrobras tem planos de instalar três plantas de regaseificação de GNL. (Jornal do Commercio - 19.05.2006) 2 Gás será substituído por outros combustíveis O diretor
de Gás e Energia da Petrobras, Ildo Sauer, lembrou que não só o Brasil
vai antecipar sua produção de gás, como também substituí-lo por outros
combustíveis. Silas Rondeau informou: "É uma determinação do presidente
Lula que o Brasil seja auto-suficiente em todas as suas fontes." A antecipação
do gás será feita a partir das reservas encontradas no Espírito Santo.
Segundo Gabrielli, são descobertas novas que exigirão uma alteração na
rede de gasodutos no Sul e Sudeste. Inicialmente, a previsão era que a
reserva levaria de seis a sete anos para começar a produzir. O prazo foi
encurtado para dois anos. A medida mais comemorada pelo governo foi a
nova tecnologia do óleo vegetal misturado ao diesel durante o processo
de refino. Já no primeiro trimestre de 2007, três refinarias da Petrobrás
(Paraíba, Pará e Rio Grande do Sul) começarão a refinar o novo diesel,
chamado H-Bio. (Jornal do Commercio - 19.05.2006) 3 Reservas em Manati surpreendem Petrobras As avaliações
iniciais do primeiro poço do Projeto Manati, o 7-MNT-1, na Bacia de Camanu,
no litoral da Bahia, indicaram uma das maiores colunas contínuas de gás
já descobertas no Brasil, com cerca de 300 metros de espessura. Segundo
o gerente geral de exploração e produção da Petrobras na Bahia, Antonio
Rivas, as condições geológicas são extremamente favoráveis. "O fato de
estar localizado a 150 metros acima do poço descobridor do campo, o BAS-128,
ampliaram as expectativas dos técnicos do projeto Manati acerca do volume
de gás quando o poço estiver em processo de produção". Com o compromisso
de dobrar a produção de gás natural na Bahia até o final deste ano, Rivas
diz que os técnicos do Manati já implantaram a futura plataforma fixa
de produção e a previsão é de que cada um dos sete poços que vão entrar
em operação em 2006 seja construído em 60 dias e que o primeiro gás natural
de Manati já seja disponibilizado ao mercado em julho deste ano. Com o
início da produção do Campo de Manati, mais 3 milhões de metros cúbicos
por dia serão adicionados à oferta do mercado, atingindo a produção plena
de 6 milhões de metros cúbicos por dia a partir de dezembro de 2006. (Gazeta
Mercantil - 19.05.2006) 4 YPFB: o mercado brasileiro está garantido A Bolívia
continuará sendo por longo tempo a maior fornecedora de gás natural para
o Brasil, apesar do País se esforçar para aumentar a produção doméstica
e diversificar as fontes do produto, disse o presidente da petrolífera
estatal boliviana YPFB, Jorge Alvarado. Segundo ele, a realidade do mercado
mostra que o Brasil não conseguirá obter preços menores do que os que
pede La Paz pelos 26 milhões de metros cúbicos de gás que importa diariamente
do país. Alvarado afirmou que o Brasil está fazendo grandes investimentos
em exploração que poderão garantir abastecimento de até 60% de sua demanda
projetada de gás para o ano de 2010, que é de aproximadamente 100 milhões
de metros cúbicos de gás. "De todas as maneiras eles terão um déficit
de 40% e é provável que queiram trazer gás de outros lugares. Mas a que
preço?", questionou o executivo boliviano. "Se agora eles não querem aumentar
esses preços tão baixos que estamos cobrando, dizendo que são muito caros,
imagine trazer de outros lugares o gás. Vai custar a eles no mínimo entre
US$ 8 e US$ 10 e nós estamos vendendo a US$ 3,40", ressaltou. Alvarado
disse que "no pior dos casos" um preço de US$ 6 por milhão de BTU seria
vantajoso para o Brasil. " (Gazeta Mercantil - 19.05.2006) 5 Petrobras: US$ 900 mi para garantir abastecimento A Petrobrás deverá gastar até US$ 900 milhões para evitar um déficit de gás natural no País em 2009, resultante da suspensão de seus investimentos na expansão do gasoduto Brasil- Bolívia. A estatal previa a expansão do duto como forma de atender a uma demanda excedente de 15 milhões de m3 por dia a partir de 2009, mas cancelou o empreendimento em vista da recente crise com a nacionalização das reservas bolivianas. Segundo o diretor-financeiro da Petrobrás, Almir Barbassa, a melhor alternativa para atender a esta demanda sem precisar do gás da Bolívia é a instalação de três unidades de regaseificação de GNL. Cada uma das unidades , diz, será capaz de processar entre 5 e 8 milhões de metros cúbicos por dia e exige investimentos entre US$ 100 milhões e US$ 300 milhões. "O custo das unidades vai depender de uma definição da empresa sobre o tipo de planta, se ela vai ser fixa ou flutuante", disse Barbassa. A idéia é que as usinas funcionem de forma que possam ser interrompidas, garantindo segurança para usinas termoelétricas e, portanto, só sendo utilizadas se houver necessidade de ativá-las por causa de uma redução nos reservatórios de água das usinas hidrelétricas. (O Estado de São Paulo - 19.05.2006) 6 Resolução beneficia substituição de energia termelétricas Empreendimentos de transmissão e de distribuição não integrantes da Rede Básica, construídos com a finalidade de substituir a energia termelétrica gerada a partir de derivados de petróleo nos sistemas isolados, poderão solicitar benefício correspondente a 100% do valor do investimento em recursos da Conta de Consumo de Combustíveis Fósseis (CCC). O repasse desse valor está previsto na resolução que aperfeiçoa os critérios de concessão de recursos da CCC, aprovada esta semana pela Aneel. O novo regulamento amplia o incentivo à implantação de instalações de distribuição e de transmissão de 75% para 100% do investimento realizado, e institui o pagamento de valor complementar em até 48 parcelas a partir da desativação da termelétrica substituída. Cada parcela equivalerá a 10% da média das últimas vinte e quatro quotas pagas pela CCC à usina substituída, com o total do repasse limitado a 15% dos recursos investidos. A resolução tem como finalidade tornar atrativos para as distribuidoras de energia elétrica os investimentos na implantação de redes de distribuição e de transmissão nos sistemas isolados. A cobertura desses investimentos pela CCC possibilita a redução das despesas com a compra do combustível usado nas usinas termelétricas da Região Norte. (Aneel - 18.05.2006) 7 SC terá fábrica de biodiesel em julho Enquanto o Brasil desperta para a importância de investir em combustíveis alternativos, Blumenau domina a tecnologia do biodiesel desde 2001. Uma parceria entre a Universidade Regional de Blumenau (Furb) - única a desenvolver a técnica no Estado - e a empresa de coleta e transporte de resíduos líquidos Guaratã Serviços vai viabilizar a primeira fábrica catarinense de biodiesel: a Preserve Ambiental. Com o anúncio do governo de antecipar o programa de biodiesel para janeiro do próximo ano, ao invés de 2008, Sinélio Vargas, proprietário da Guaratã e da Preserve Ambiental, pensa em expandir o negócio que sequer começou a operar. A fábrica começa a funcionar em julho, mas Vargas está em negociação com a prefeitura para usar o biodiesel em alguns veículos municipais. (Diário Catarinense - 19.05.2006) 8 Lula inaugura unidade experimental de biodiesel no RN O presidente Lula inaugura hoje a unidade experimental de biodiesel da Petrobras localizada em Guamaré, cidade litorânea do Rio Grande do Norte. Com capacidade de produção diária de três mil litros de biodiesel usando como matéria-prima óleos vegetais, a nova planta faz parte do Pólo de Guamaré, complexo industrial construído pela Petrobras para beneficiar o óleo e o gás natural extraídos dos campos marítimos de Ubarana e Agulha e dos campos terrestres de todo o estado. (Investnews - 19.05.2006) 9 MPX pretende investir US$ 170 mi em nova térmica no CE A empresa MPX Mineração e Energia Ltda. pretende investir US$ 170 milhões em uma nova usina termelétrica no Ceará com potência total de 204 MW. A expectativa é que o empreendimento seja construído no Complexo Industrial e Portuário do Pecém e comece a operar em janeiro de 2009. No entanto, a concretização do projeto ainda depende do resultado do leilão para novos empreendimentos de geração. Caso vença o leilão, a MPX pretende gerar 500 empregos diretos e dois mil indiretos na fase de construção da usina, prevista para ser iniciada ainda no segundo semestre de 2006. O parecer técnico sobre o Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA-Rima) da usina foi aprovado pelo Coema. Segundo a coordenadora de controle e proteção ambiental da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), Maria Dias Cavalcante, são requisitos para participar do leilão a aprovação do estudo de impacto ambiental aprovado pelo Coema e a licença prévia emitida pela Semace. A licença prévia é concedida após a aprovação do EIA-Rima, mas ainda numa fase preliminar. A representante do Semace disse que a termelétrica da MPX foi a primeira a conseguir a aprovação no Ceará para participar desse processo promovido pela Aneel. (Eletrosul - 18.05.2006) 10 Transferência do controle societário da Araucária é autorizado A Aneel autorizou a transferência do controle societário da usina termelétrica a gás UEG Araucária da norte-americana El Paso para a Copel. A anuência da agência era uma das condições necessárias para a compra da usina, que envolve recursos da ordem de US$ 190 milhões e soluciona uma pendência que dura quase três anos e meio. Já aprovaram a negociação a Petrobras, sócia do empreendimento com 20% de participação e a gerência da matriz da El Paso. "O sinal verde da Aneel foi um passo importante para a concretização de um acordo que é benéfico sob vários aspectos", afirmou o presidente da Copel, Rubens Ghilardi. "Ele nos libera de um risco empresarial enorme e reduz o risco de captações futuras de recursos para financiar obras e investimentos, garante ao sistema elétrico a oferta de uma energia que o mercado consumidor precisará em 2008 e permite ao Estado evitar um gasto de R$ 3,5 bilhões, que é o valor total do contrato de compra de energia com duração de 20 anos que herdamos da gestão passada." O acordo passa a depender só da autorização da Assembléia Legislativa do Estado. (Gazeta Mercantil - 19.05.2006) 11 CNPE discute auto-suficiência em gás natural e Angra III O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa, pela primeira vez, nesta quinta-feira, dia 18 de maio, às 15:30 horas, da reunião do Conselho Nacional de Política Energética. A pauta da reunião não foi divulgada. Provavelmente, devem ser discutidos temas, como a retomada da usina Angra III e a auto-sufiência brasileira em gás natural, de acordo com a assessoria de imprensa do Ministério de Minas e Energia. Também participam do encontro o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, o ministro da Fazenda, Guido Mantega e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, entre outras autoridades. (Agência Canal Energia - 18.05.2006)
Grandes Consumidores 1 Vale fecha novo acordo de preço do minério com a Posco A Companhia
Vale do Rio Doce anunciou ontem que fechou negociações com a siderúrgica
sul-coreana Posco para aumentar os preços do minério de ferro vendido
à empresa em 19% este ano, seguindo acordos anteriores acertados com a
alemã ThyssenKrupp e clientes da Itália e Japão. O preço das pelotas do
alto-forno de Tubarão terá redução de 3%. O acordo já era esperado pelo
mercado. A Vale ainda negocia com siderúrgicas chinesas, responsáveis
por quase metade da produção mundial de aço, a política de preços para
2006. Segundo analistas, depois dos acordos anteriores, há pouco espaço
para elas tentarem impor sua preferência de limitar aumentos a 12,5%.
As usinas da China provavelmente deverão concordar com o aumento de 19%
nos preços, apesar das queixas de que é alto. (Gazeta Mercantil - 19.05.2006)
2 Rio Tinto reajusta preço do minério A Rio Tinto
informou ontem que acertou aumento de 19% nos preços do minério de ferro
com as maiores siderúrgicas japonesas para o ano financeiro iniciado em
1 de abril de 2006, seguindo o mesmo percentual de reajuste dos acordos
firmados nesta semana entre a brasileira Companhia Vale do Rio Doce com
várias usinas. (Gazeta Mercantil - 19.05.2006)
Economia Brasileira 1 Empresários estão menos otimistas para investir O empresariado brasileiro está menos otimista neste ano no que diz respeito às suas decisões de investimento em capital fixo, como compra de novos equipamentos e ampliações das fábricas. Segundo a FGV, 55% dos entrevistados têm a intenção de investir uma quantidade maior de recursos do que em 2005. Há exatos 12 meses, esse percentual era de 65%. Já 16% dos entrevistados têm a intenção de investir menos. No mesmo período do ano passado, eram 8%. Para 49% das empresas, o bom ânimo para investimentos do setor industrial se dá em razão da necessidade de aumento na capacidade de produção. A carga tributária continua sendo a maior preocupação dos empresários da indústria brasileira. Para 34% dos entrevistados, este ainda é o principal fator que limita os investimentos em 2006. O segundo fator inibidor de investimentos é a incerteza sobre a demanda doméstica, apontada por 29% das empresas. O custo do financiamento foi citado por 16% das empresas. Já a taxa de retorno inadequada e a limitação de recursos foram mencionadas por, respectivamente, 16% e 12%. (Gazeta Mercantil - 19.05.2006) 2 Indústria de base pede proteção Os empresários do setor de infra-estrutura e indústria de base pediram ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, medidas urgentes para frear a perda de competitividade de seus produtos. Entre as principais reivindicações estão a proteção tarifária contra importações e o fim da tributação sobre ganhos de fundos de investimento em participação direcionados a projetos de médio e longo prazos. As propostas foram levadas pelo presidente da Abdib, Paulo Godoy. No setor de geração de energia hidrelétrica, Godoy pediu a Mantega uma saída para os desequilíbrios que a mudança no modelo regulatório provocou. Segundo a Abdib, muitos investimentos (responsáveis pela geração de 5 mil MW) têm custos de produção mais altos porque sofreram o impacto das regras anteriores que condicionavam as concessões ao pagamento do maior ágio. Mas com o novo modelo elétrico que estabeleceu leilões de energia com base no menor preço, aqueles investidores perderam competitividade. (Valor Econômico - 19.05.2006) 3
IGP-10 registra inflação de 0,36% 4 Câmbio derruba rentabilidade em 30% Ao longo
dos últimos três anos, o real valorizou-se 37,1% em relação ao dólar,
passando de R$ 3,08/US$, na média de 2003, para R$ 2,10. Enquanto isso,
a rentabilidade das vendas ao exterior, medida pela Funcex, caiu 29,2%
entre primeiro trimestre de 2003 e igual período de 2006. "A perda da
rentabilidade poderia ter sido ainda maior, não fosse o aumento em 32,7%
nos preços médios dos bens exportados nestes três anos", de acordo com
a CNI. A entidade enumera minério de ferro, produtos metalúrgicos, derivados
de petróleo, açúcar e café entre as commodities que tiveram seus preços
elevados em mais de 25% em 2005, o que sustentou o aumento da receita
de exportação. A valorização do real está restringindo a elevação das
exportações, em especial dos manufaturados. Para o gerente-executivo da
da CNI, Flávio Castelo Branco, "o receio é de que isso comprometa o crescimento
futuro das exportações e, portanto, o crescimento do PIB", ressalta. (Gazeta
Mercantil - 19.05.2006) O dólar
comercial abriu em baixa, cotado a R$ 2,1660. Às 9h12, a moeda caía 0,45%,
saindo a R$ 2,1630 na compra e a R$ 2,1650 na venda. Ontem, o dólar cedeu
1,36%, saindo a R$ 2,1730 na compra e a R$ 2,1750 na venda. (Valor Online
- 19.05.2006)
Internacional 1 Chile quer garantia de abastecimento de gás O Chile
expressará à Argentina sua "preocupação" com os novos cortes de seus fornecimentos
de gás natural a indústrias chilenas, que esta semana enfrentaram graves
restrições ao seu funcionamento por este motivo. "Queremos manifestar
nossa preocupação com os recentes cortes de energia e queremos nos inteirar
do panorama futuro e pedir uma explicação", disse o chanceler chileno
Alejandro Foxley. A inquietação será levada às autoridades argentinas
pelo secretário de Relações Exteriores do Chile, Alberto Van Klaveren,
que viajou para Buenos Aires. A nova preocupação baseia-se nos cortes
que no início da semana afetaram mais de 360 indústrias de Santiago com
a suspensão total do fornecimento. Os cortes se iniciaram antes do previsto
e foram maiores do que o esperado, disseram fontes. A idéia do Chile é
que a Argentina não regule seus fornecimentos em função de sua demanda,
e que consiga estabelecer um cronograma. (Gazeta Mercantil - 19.05.2006)
A Espanha
nomeou ontem um interlocutor para discutir com o governo da Bolívia a
situação da companhia petrolífera Repsol-YPF, que foi atingida pelo decreto
de nacionalização dos hidrocarbonetos no país andino, insistindo em reivindicar
segurança jurídica. "O representante espanhol será Bernardino León", anunciou
o ministro espanhol dos Assuntos Exteriores, Miguel Angel Moratinos. A
ministra espanhola do Meio Ambiente, Cristina Narbona, pediu que o presidente
boliviano, Evo Morales, esclareça o quanto antes o marco jurídico em que
atuam as empresas espanholas na Bolívia. "O marco jurídico será o que
o governo da Bolívia quiser, mas as empresas precisam saber qual é", enfatizou.
(Jornal do Commercio - 19.05.2006) 3 FMI: nacionalização pode afetar investimentos O diretor de Relações Externas do FMI, Masood Ahmed, disse que a nacionalização das áreas de gás natural e petróleo na Bolívia "poderá ter conseqüências econômicas potenciais de ampla abrangência". Segundo Ahmed, "dependendo de como o assunto for tratado, poderá haver um impacto na continuidade da disponibilidade de capital privado doméstico e estrangeiro para investir no setor, que é uma importante parte da economia boliviana." Ahmed lembrou que, nos próximos seis meses, vão ocorrer negociações entre o governo boliviano e as empresas estrangeiras sobre as modalidades específicas para se implementar as novas medidas. Esse processo, acrescentou, inclui discussões para a compensação dos ativos nacionalizados, a natureza dos novos contratos operacionais e, possivelmente, um aumento nos preços das exportações de gás para Brasil e Argentina. "Será importante alcançar um acordo que permita a continuidade dos fluxos de capital estrangeiro criticamente necessitados pela Bolívia", disse. (Jornal do Commercio - 19.05.2006) 4
China conclui barragem da Usina de Três Gargantas
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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