l IFE: nº 1.809 - 17
de maio de 2006 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Leilões Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional Biblioteca
Virtual do SEE
Regulação e Reestruturação do Setor 1 Incentivo para beneficiar projetos ambientalmente sustentáveis pode incluir IR O pacote
de incentivos tributários e creditícios que o governo prepara para beneficiar
empreendimentos e produtores que tenham atividades ambientalmente sustentáveis
pode incluir também reduções no Imposto de Renda. Os ministros da Fazenda,
Guido Mantega, e do Meio Ambienta, Marina Silva, reuniram-se ontem para
analisar o pacote que terá, em sua base, reduções do Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI) e do IR. As alíquotas do IPI poderão ser reduzidas
de um máximo de 15% até algo próximo de zero.. Os projetos têm de considerar
o impacto ambiental para receberem benefícios tributários e terem acesso
a linhas de crédito mais baratas. (Valor Econômico - 17.05.2006) 2 Conta de luz em Porto Alegre já traz cobrança de taxa de iluminação As contas
de energia elétrica de consumidores de Porto Alegre (RS) já trazem embutido
o valor da Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública
(CIP). A tarifa é de R$ 2,80 para consumidores residenciais e de R$ 8,90
para os não-residenciais. Os 7,4 mil consumidores atendidos pela tarifa
social de baixa renda estão dispensados de pagar a taxa, assim como os
que residem em logradouros onde não há iluminação pública. De acordo com
a prefeitura, a previsão é de arrecadação de R$ 1,6 milhão ao mês. Desse
total, R$ 1,5 milhão será usado para o pagamento da iluminação pública,
enquanto os R$ 100 mil restantes serão destinados a saldar a dívida com
a CEEE (R$ 44 milhões). (Eletrosul - 16.05.2006) O projeto
Usina Verde pretende gerar energia no Brasil, eliminando lixo urbano,
e contribuir para o controle do aquecimento global. A usina-piloto do
projeto iniciou suas operações em maio de 2005, no Rio de
Janeiro, e já transforma 30 toneladas diárias de lixo em
2,6 MW de energia. (Elétrica - 16.05.2006)
Empresas 1 Capitalizadas, elétricas iniciam uma nova onda de consolidação O setor
elétrico brasileiro inicia nova onda de consolidação, que vai levar à
criação de alguns poucos grupos de grande porte com aquisições de pequenas
empresas sem escala e capital para competir. CPFL Energia e Energias do
Brasil já reduziram seu endividamento e foram ao mercado de capitais para
reforçar seu caixa. Outros grupos, como Cemig, Neoenergia e Equatorial
analisam ativos. Na semana passada, a CPFL comprou os ativos do grupo
americano Public Service Enterprise Corporation Global ( PSEG ) no Brasil
por US$ 185 milhões. O principal negócio do grupo no país era a participação
de 32,69% na RGE. A CPFL já detinha 67,07% da RGE. A avaliação de especialistas
é de que além da CPFL, a Cemig e a Energias do Brasil disputem os eventuais
ativos disponíveis no Sudeste, região mais rica do país. Deverão ser postos
à venda no médio prazo empresas como distribuidora Elektro e a geradora
Duke Energy, ambas em SP. Empresas como Duke e Prisma, além da CMS (que
possui pequenas distribuidoras no interior de São Paulo) deverão voltar
o foco para seu país de origem (EUA), como já fizeram a Alliant e a PSEG,
também americanas. (Valor Econômico - 17.05.2006) 2 Neonergia e Equatorial disputam hegemonia no Nordeste No Nordeste brasileiro, avalia-se que disputarão a hegemonia os grupos Neonergia (controlada por Previ e Iberdrola ) e a Equatorial (GP e Pactual), que captou R$ 540 milhões há algumas semanas com abertura do seu capital na Bovespa. Empresas federalizadas como a Ceal e a Cepisa e outros pequenos ativos como as distribuidoras da Cataguazes Leopoldina serão os alvos das grandes concessionárias, privadas e até estatais, como Cemig. Duas companhias nacionais de médio porte - Grupo Rede e Cataguazes Leopoldina - são algumas das empresas desejadas pelas grandes, mas que também não anunciaram oficialmente o desejo de venda de suas empresas. Os ativos do Rede no Centro-Oeste e Sudeste estão no alvo, principalmente, da Cemig, que também corteja a Cataguazes. (Valor Econômico - 17.05.2006) 3 Cataguazes Leopoldina tem prejuízo de R$ 1,49 mi A Cataguazes-Leopoldina
registrou prejuízo consolidado de R$1,49 milhão, significando uma redução
de 80,3% em relação ao mesmo período do ano passado. A despeito das melhorias
nos resultados operacionais, as despesas financeiras ainda penalizaram
o balanço consolidado da empresa. A Cataguazes-Leopoldina registrou receita
operacional consolidada de R$548,3 milhões no primeiro trimestre de 2006,
crescimento de 23% em relação ao mesmo período do ano passado. Os reajustes
tarifários e o aumento da demanda de energia elétrica provocaram esse
bom resultado. Os destaques foram a Energipe e a Saelpa com 30,2% e 30,1%,
respectivamente, devido à melhoria do consumo de energia das classes residencial
e comercial. A empresa teve elevação de 22,5% do EBITDA consolidado ajustado,
que chegou a R$130,7 milhões nos três primeiros meses deste ano. A margem
de EBITDA consolidada foi de 34,2%, contra 33,5% no mesmo período de 2005.
A Saelpa, com R$54,2 milhões, e a Energipe, com R$40,5 milhões, aparecem
com destaque na geração de caixa. A redução do custo financeiro influenciou
na melhoria da relação geração de caixa e gasto de serviço da dívida,
líquido de receitas financeiras, passando de 1,5x no primeiro trimestre
de 2005, para 2,4x no trimestre findo. (GESEL-IE-UFRJ - 17.06.2006) 4
Cataguazes-Leopoldina investe R$55,9 mi no primeiro trimestre 5 Copel tem lucro de R$ 171 mi A Copel
regsitrou lucro líquido consolidado de R$ 171 milhões no primeiro trimestre
do ano, 118% superior ao verificado no mesmo período de 2005, quando o
lucro atingiu R$ 78,5 milhões. "Esse resultado é fruto da elevação de
14% na receita operacional bruta que fechou em R$ 1,8 bilhão, enquanto
que a receita operacional líquida foi de R$ 1,3 bilhão. Isso reflete no
crescimento de 1,7% no consumo de energia faturada e da elevação na receita
de suprimento, decorrência dos contratos negociados pela Copel Geração
nos leilões de 2006 a 2013. Outro fator importante foi a redução no percentual
dos descontos oferecidos aos consumidores que pagam suas tarifas em dia,"
afirma o diretor, Paulo Roberto Trompczynski. O lucro operacional da empresa
atingiu R$ 273 milhões, 107% maior do que o registrado no mesmo período
do ano passado (R$ 130 milhões). "A nossa capacidade de geração de caixa
cresceu 62% e passou de R$ 224,9 milhões para R$ 364 milhões", disse o
presidente da Copel, Rubens Ghilardi. A previsão de investimentos da companhia
para 2006 é de R$ 553 milhões. Já foram investidos R$ 118 milhões entre
janeiro e março. (Investnews - 16.05.2006) 6 Copel vai renovar debêntures com vencimento em 2007 A Copel
prepara novo lançamento de debêntures com o objetivo de renovar os papéis
com vencimento previsto para fevereiro de 2007. O presidente Rubens Ghilardi
contou que a empresa já consultou investidores e encontrou receptividade
à medida. A operação visa alongar o perfil e diminuir o custo da dívida
de R$ 800 milhões de curto prazo. "Com essa operação, estaremos sanando
as divídas da empresa que são de curto prazo", explicou. A empresa pode
recorrer a outra emissão de debêntures para viabilizar a construção da
hidrelétrica de Mauá (388 MW, PR). O empreendimento, em consórcio com
a Eletrosul, depende da resolução da questão ambiental para ser incluída
no leilão de energia nova, na modalidade A-5."Temos toda a estratégia
para participar do leilão montada", disse o executivo. (Agência Canal
Energia - 16.05.2006) 7 Endesa tem lucro de 1,052 bi de euros A Endesa
teve crescimento de 87,9% no lucro líquido para o período de janeiro a
março deste ano, alcançando a cifra de 1,052 bilhão de euros no período.
A lucratividade aumentou em todos os negócios da empresa no mundo, de
acordo com o balanço. Na América Latina, as subsidiárias da multinacional
lucraram 195 milhões de euros, com crescimento de 170,8% sobre o primeiro
trimestre de 2005. O Ebtida da Endesa ficou em 588 milhões de euros, com
crescimento de 36,1% em relação ao trimestre do ano passado. O resultado
foi puxado pelo crescimento do Ebtida em 22% nos segmentos de geração
e transporte e 50,5%, em distribuição. Segundo a Endesa, as vendas de
energia, na região, aumentaram 6,5%, ficando em 14.363 GWh no primeiro
trimestre deste ano. A empresa também relatou que a margem de geração
na América Latina ficou em US$ 25,90 por MWh, um acréscimo de 19,9% em
relação a 2005, e a margem de distribuição ficou em US$ 34,80 por MWh,
com aumento de 23%. As perdas de energia na distribuição caíram para 11,3%,
o que corresponde a uma redução de 0,5% sobre janeiro-março de 2005, na
América Latina. O relatório da Endesa destaca os avanços no Brasil e Argentina,
onde os índices caíram, respectivamente, 0,6 e 0,7 ponto percentual. (Agência
Canal Energia - 16.05.2006) 8 Energias do Brasil inclui PCHs na estratégia de expansão no país Dentro dos planos de dobrar a capacidade de geração no médio prazo, a Energias do Brasil anunciou que vai investir R$ 105 milhões na construção da PCH Santa Fé (ES, 30 MW) após pedir habilitação da usina na Empresa de Pesquisa Energética para negociar no leilão de energia nova A-3. A usina, que terá 17 MW médios e início da operação comercial previsto para o primeiro semestre de 2008, será construída no Rio Itapemirim, em Alegre. Segundo o diretor da holding, Hugo de Souza, a usina faz parte de um plano específico para implantação de PCHs como parte da estratégia de expansão do parque gerador. Com a contratação da PCH no leilão, a empresa pretende pedir o enquadramento da usina no BNDES, em busca de financiamento de 60% a 70% do total a ser aportado. (Agência Canal Energia - 17.05.2006) 9 Celesc inaugura nova subestação no Sul de SC A Celesc inaugura hoje a Subestação Orleans, em um investimento de R$ 8,1 milhões, duplicando a disponibilidade de energia elétrica para a região e beneficiando mais de dez mil unidades consumidores dos municípios de Orleans e Lauro Müller. A nova subestação foi construída no Distrito Industrial da Orleans, instalado um transformador com capacidade de 26,6 MVA e saída para quatro novos alimentadores. A obra inclui uma derivação dupla da Linha de Trasmissão Jorge Lacerda-São Joaquim, com percurso de seis quilômetros, para interligar a nova substação ao sistema Celesc. A obra era necessária para atender a crescente demanda de energia requerida para expansão do setor industrial como um todo, mas principalmente, pelo setor de artefatos de plástico, que responde por 60% do consumo de energia elétrica em Orleans. (Elétrica - 17.05.2006) 10 Tractebel cogita fazer nova oferta de ações Seis meses
após ingressar no Novo Mercado e ter concluído, em dezembro, uma oferta
pública de ações que elevou o capital em circulação para 31% (o "free
float"), a empresa geradora de energia Tractebel pretende ter um casamento
duradouro com o mercado de capitais. Segundo o presidente da companhia,
Maurício Bähr, que também comanda a controladora européia Suez Enegy no
Brasil, se houver necessidade de recursos para fazer frente a novos investimentos
ou aquisições, o caminho natural será o mercado acionário. Isso pode incluir
tanto uma oferta secundária (de ações já existentes) do controlador ou
de sócios como o BNDESPar, o Banco Clássico e o governo federal, quanto
um aumento de capital, com a emissão de novas ações. (Valor Econômico
- 17.05.2006) No pregão do dia 16-04-2006, o IBOVESPA fechou a 39.416,44 pontos, representando uma alta de 0,37% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 3,14 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 1,23%, fechando a 12.147,42 pontos. Este As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 53,00 ON e R$ 49,00 PNB, alta de 2,12% e 2,30%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Na abertura do pregão do dia 17-05-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 52,21 as ações ON, baixa de 1,49% em relação ao dia anterior e R$ 48,70 as ações PNB, baixa de 0,61% em relação ao dia anterior. (Investshop - 17.05.2006)
Leilões 1 Leilão: Aneel aumenta penalidade para usinas que não em operação em 2009 A Aneel
realizou alguns aprimoramentos nas regras de negociação para a realização
do segundo leilão de energia nova, na modalidade A-3, previsto para o
dia 12 de junho, em relação à primeira licitação, ocorrida em dezembro
passado na modalidade A-5. Entre os ajustes está a aplicação de penalidades
do grupo IV (2% da receita da empresa) para usinas que não entrem em operação
em 2009. Segundo a Aneel, Delcimar Mendes, o objetivo é prevenir que agentes
vendam energia e celebrem contratos sem condições de iniciar operação
comercial no prazo estabelecido. Outra medida adotada pela Aneel foi a
eliminação da isenção de penalidades para térmicas que, ao serem solicitadas
pelo ONS para despachar, apresentem contratos de suprimento em substituição
à geração própria em caso de indisponibilidade - desde que essa condição
não seja causada por falta de combustível. (Agência Canal Energia - 16.05.2006)
2 Aneel aprova edital do segundo leilão de energia nova O segundo leilão de energia nova, na modalidade A-3, previsto para o dia 12 de junho, que teve edital aprovado pela agência nesta terça-feira (16/05), prevê a participação de PCHs, termelétricas a gás, óleo combustível, diesel e biomassa, além de hidrelétricas que têm previsão de entrada em operação comercial em 2009. (Agência Canal Energia - 16.05.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Região Norte tem recorde de demanda máxima A região
Norte registrou recorde de demanda máxima na noite da última segunda-feira,
15 de maio, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico. A demanda
ficou em 3.815 MW, às 19:06 horas, ultrapassando os 3.796 MW de 8 de março
deste ano. (Agência Canal Energia - 16.05.2006) A Copel registrou crescimento de 1,7% no consumo de energia no primeiro trimestre deste ano, que totalizou 4.704 GWh. O segmento industrial teve queda de 4,9% na demanda devido à redução do nível da atividade e da saída de alguns consumidores que investiram em autoprodução, segundo a empresa. A indústria paranaense voltada para exportação também foi afetada pela desvalorização do dólar. O segmento industrial responde por 37% do mercado da estatal. O presidente da Copel, Rubens Ghilardi, disse, no entanto, que não está preocupado com o fato, pois a Copel Distribuição é mais afetada pelas classes residencial e comercial e a Copel Geração tem contratos de venda de oito anos assinados com grandes clientes. O consumo na classe residencial teve crescimento de 4,4% e na comercial, de 19%, no primeiro trimestre. A empresa registrou um aumento de 6,4% no consumo da classe rural. O número de consumidores atendidos pela Copel cresceu 2,3%, se comparado a março de 2005. (Agência Canal Energia - 17.05.2006) 3 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 86,3% O nível
de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 86,3%, apresentando
queda de 0,1% em relação à medição do dia 14 de maio. A usina de Furnas
atinge 94,9% de volume de capacidade. (ONS - 15.05.2006) 4 Sul: nível dos reservatórios está em 36,8% A região
Sul apresentou queda de 0,3% em relação à última medição, com 36,8 % de
capacidade armazenada. A usina de Machadinho apresenta 30% de capacidade
em seus reservatórios. (ONS - 15.05.2006) 5 NE apresenta 97,8% de capacidade armazenada Apresentando
queda de 0,1%, o Nordeste está com 97,8% de sua capacidade de armazenamento.
O reservatório de Sobradinho opera com 99,4% de volume de capacidade.
(ONS - 15.05.2006) 6 Norte tem 97,8% da capacidade de armazenamento O nível
de armazenamento da região Norte está em 97,8%, apresentando queda de
0,4% em relação ao dia 14 de maio. A usina de Tucuruí opera com 98,7%
de volume de armazenamento. (ONS - 15.05.2006)
Gás e Termoelétricas 1 Petrobras pode desistir de refinaria na Bolívia Se as negociações com a Bolívia não forem satisfatórias, a Petrobras vai abandonar completamente o refino do gás boliviano, informou a estatal em audiências no Congresso Nacional. O presidente da empresa, José Sérgio Gabrielli, afirmou também ter um plano de contingenciamento para uma eventual interrupção de abastecimento do produto, mas quando ele detalhou o programa aos parlamentares, só listou medidas com resultados a médio e longo prazos. "Se o acordo de acionistas não for favorável à empresa, podemos até analisar a possibilidade de estarmos ausentes do refino boliviano. A YPFB fica com as refinarias e indeniza a Petrobras em 100% do valor", revelou Gabrielli. Uma auditoria será realizada nas instalações da empresa brasileira no país para ser feito o cálculo da indenização a ser recebida por causa da nacionalização. "Nas refinarias, a auditoria tem que ser das duas partes. Não vamos aceitar auditorias unilaterais", afirmou. Gabrielli afirmou ter segurança dos direitos da empresa no recebimento da indenização. Sobre a negociação do preço do gás com os bolivianos, Silas Rondeau deu carta branca à Petrobras. "O contrato determina que ou há um acordo ou não há aumento de preço. A Bolívia não pode unilateralmente aumentar o preço. Se a Petrobras não concordar, não há aumento. E nós não concordamos", afirmou Gabrielli. (Valor Econômico - 17.05.2006) 2 Morales: aumento não afetará muito o Brasil Com um discurso
bastante afinado com o do presidente Lula, o presidente da Bolívia, Evo
Morales, afirmou que um possível reajuste do gás não deve afetar muito
o Brasil e a Argentina. "Temos que discutir sobre o aumento do preço do
gás que exportamos. Deve ser uma negociação racional que beneficie a Bolívia
sem que afete muito o Brasil. O mesmo ocorre com a Argentina", afirmou
Morales. A Petrobras e o presidente Lula defendem que não haja nenhum
aumento de preços do gás. Se houver, acreditam que outras cláusulas do
contrato com a Bolívia poderiam ser negociadas de forma a compensar o
Brasil. Nesta semana representantes do Brasil e da Bolívia devem manter
novas reuniões para discutir os preços do gás, a transferência do controle
das empresas da Petrobras para o país vizinho e a indicação de novos diretores
para essas companhias. (Jornal do Commercio - 17.05.2006) 3 Petrobras concordaria em ser indenizada com gás O diretor
da Petrobras, Nestor Cerveró, sinalizou que a estatal aceitará receber
gás natural como indenização pela expropriação de reservas e instalações
da empresa na Bolívia. "Na nossa avaliação, gás é dinheiro de qualquer
maneira", disse Cerveró, ao ser indagado sobre a possibilidade da empresa
receber o combustível boliviano como pagamento. O diretor da Petrobras
se mostrou surpreso com a notícia de que os bolivianos teriam se negado
a pagar indenização à companhia. Participante de todas as negociações
com o governo da Bolívia, Cerveró disse que "em nenhum momento foi dito
que não haverá indenização". Ainda segundo o diretor, a Petrobras manterá
os investimentos previstos para a América Latina, com exceção dos US$
2 bilhões que seriam aplicados em território boliviano até 2010. Neste
período, a estatal colocará US$ 4 bilhões em todos os países da região.
"Não temos problema nenhum em outros países da América Latina. Nosso problema
é a Bolívia; não pensamos em cortar investimentos nem no Equador nem na
Venezuela", enfatizou o executivo. Entre os projetos previstos para a
América Latina, um poderá compensar a crise com a Bolívia: a instalação
de uma planta de GNL na Venezuela. O que pode mudar, nas atuais circunstâncias,
é o destino do gás natural, de acordo com Cerveró. "O Brasil agora é um
mercado potencial", disse. (Gazeta Mercantil - 17.05.2006) 4 Petrobras estuda projetos de créditos de carbono A Petrobras
iniciou há cerca de um mês estudos para identificar e desenvolver projetos
de créditos de carbono em suas instalações, o que inaugura sua entrada
em um mercado que pode movimentar US$ 20 bilhões até 2012. Para iniciar
a empreitada, a estatal contratou a americana MGM, especializada em consultoria
e venda destes créditos no mercado internacional. Segundo o presidente
da MGM, Marco Monroy, estão sendo feitas avaliações nas refinarias da
empresa em Betim, Araucária e Manaus para reduzir as emissões de gás carbônico
e gás metano. Monroy explica que cada tonelada deste gás que deixa de
ser emitida corresponde a 310 créditos de carbono. Segundo ele, está em
estudo a instalação de equipamentos para recuperar gases emitidos pelas
refinarias e usá-los para geração de eletricidade. Existem quatro projetos
brasileiros no portfólio da MGM, incluindo a fabricante de alumínio Albras
e a empresas de serviços ambientais Qualix. A primeira vai gerar energia
limpa por meio de recursos hidrelétricos e fornecerá essa energia à rede
elétrica regional do Mato Grosso do Sul, evitando a queima de combustível
fóssil. (Valor Econômico - 17.05.2006) 5 Copel planeja converter Araucária para bicombustível A Copel já tem estudos prontos para a conversão da térmica Araucária para bicombustível. A empresa estima que os investimentos no processo cheguem a R$ 42 milhões, sendo R$ 11 milhões para correção de defeitos da usina e R$ 31 milhões para conversão em si. Antes, no entanto, a estatal aguarda pela aprovação da Assembléia Legislativa do Paraná do acordo com a El Paso. A Copel pagará US$ 190 milhões após o fechamento do acordo pela participação de 60% da El Paso na térmica Araucária, ficando com 80% do empreendimento. Os outros 20% são da Petrobras. Os estudos de conversão da usina já contam com o compromisso da Petrobras de fornecer, a partir de 2010, o gás natural ou combustível alternativo para a operação. A Petrobras tem 20% de Araucária e receberá R$ 150 milhões da Copel a título de remuneração pelos contratos de take or pay não honrados. Em relação aos contratos de fornecimento, a Copel deve resolver com a Compagás os últimos problemas relativos a penalidades pelo não-cumprimento em reunião a ser realizada dia 17. O presidente da Copel, Rubens Ghilardi, disse que após a assinatura do contrato com a El Paso a empresa vai se concentrar na participação de Araucária no leilão de A-3 previsto para 12 de junho. (Agência Canal Energia - 16.05.2006) 6 Gasmig garante expansão da rede A crise do gás natural provocada pela Bolívia não vai impedir os investimentos da Gasmig na expansão de sua rede de distribuição no Vale do Aço. A afirmação foi feita pelo gerente da empresa, José Góis Júnior. "Todos os nossos planos de investimentos continuam, assim como o cronograma para atender o Vale do Aço", sustentou o representante da Gasmig. Segundo Góis, por força de contrato firmado com a Petrobras, 30% do gás distribuído pela Gasmig vêm da Bolívia, sendo os 70% restantes oriundos da Bacia de Campos, no Rio de Janeiro. De acordo com ele, os incidentes na Bolívia não preocupam a estatal mineira. Góis avalia que a situação do mercado de gás é confortável a longo prazo. De acordo com a Gasmig, as obras do gasoduto do Vale do Aço devem ser iniciadas até o fim de julho com previsão de estarem concluídas até dezembro de 2007. A expectativa é que até fevereiro de 2008 o gás possa começar a ser utilizado pelas indústrias da região. Os investimentos para expansão da rede no Vale do Aço são da ordem de R$ 150 milhões, dos quais R$ 43 milhões já foram investidos na primeira etapa do gasoduto, do city-gate em São Brás do Suaçuí, nos Campos das Vertentes, até Ouro Branco e Congonhas. (Jornal do Commercio - 17.05.2006)
Grandes Consumidores 1 Siderúrgicas japonesas aceitam reajuste da Vale As principais
siderúrgicas japonesas, como Nippon, JFE Steel, Sumitomo Metal Industries
e Kobe Steel, deverão anunciar hoje que concordam com o aumento de 19%
do preço do minério de ferro anunciado pela Vale do Rio Doce para 2006,
o mesmo valor acertado ontem entre a mineradora brasileira e a siderúrgica
alemã ThyssenKrupp. Um novo acordo com siderúrgicas japonesas facilita
as negociações da Vale com empresas chinesas. Responsáveis pelo aumento
da demanda internacional pelo minério-de-ferro, as siderúrgicas chinesas
resistem em dar o quarto reajuste anual seguido em seus contratos. Analistas
internacionais acreditam, no entanto, que após os acordos da Vale com
a ThyssenKrupp e com as siderúrgicas japonesas será difícil para a China
evitar novo aumento. Os especialistas avaliam que os chineses devem reajustar
os preços no mínimo em 10%. (O Estado de São Paulo - 17.05.2006)
Economia Brasileira 1 Gastos do governo crescem mais que investimentos Levantamento mostra que nos últimos 10 anos as despesas do governo subiram 77%. Os dois últimos governos fizeram disparar os gastos obrigatórios sem aumento proporcional dos investimentos. As despesas correntes saltaram 77% de 1995 a 2005, ao mesmo tempo em que os investimentos do governo cresceram apenas 17%, uma taxa de 1,2% ao ano. Nesse mesmo período, a fatia das despesas correntes passou de 12,5% para 15,6% do PIB. Em 2003, a parcela diminuiu para 15,4%. Em 2005, os gastos obrigatórios eqüivaleram a 16,5% do PIB e em 2006, alcançou 16,9%. A preocupação do autor do levantamento é a falta de espaço do governo para investir, já que as despesas correntes eqüivalem a 89% dos impostos federais. Em 1987, os gastos obrigatórios não tomavam nem metade dos tributos. (Gazeta Mercantil - 17.05.2006) 2 União corta R$ 14,2 bi em gastos e admite um superávit menor O governo federal deixou para suas empresas estatais a maior parte do esforço fiscal extra que precisa perseguir para compensar a redução da expectativa de superávit primário no âmbito de Estados e municípios. Com isso, aliviou o contingenciamento do orçamento fiscal e da seguridade, que acabou ficando em R$ 14,2 bilhões. O número foi anunciado ontem e pressupõe superávit primário de 4,1% do PIB para o setor público. Sem recorrer ao ajuste permitido na LDO e assumindo sozinho a compensação pela queda do superávit esperado dos governos regionais, o governo federal teria sido obrigado a anunciar um corte de R$ 20,36 bilhões no orçamento fiscal. Essa foi a ordem de grandeza inicialmente cogitada do contingenciamento. Dos R$ 6,16 bilhões que conseguiu evitar em cortes, R$ 3 bilhões correspondem ao orçamento do PPI para 2006 (0,14% do PIB), abatido da meta, e R$ 3,16 bilhões ao esforço fiscal extra que empurrou para as estatais (0,15% do PIB). (Valor Econômico - 17.05.2006) 3
IPC-S recua em sete capitais O dólar
comercial abriu em leve baixa, cotado a R$ 2,1290. Nas primeiras operações,
contudo, inverteu o rumo. Às 9h15, a moeda subia 0,18%, saindo a R$ 2,1370
na compra e a R$ 2,1390 na venda. Ontem, o dólar fechou com queda de 2,33%,
a R$ 2,1330 na compra e R$ 2,1350 na venda. O giro interbancário somou
cerca de US$ 2,3 bilhões. (O Globo Online e Valor Online - 17.05.2006)
Internacional 1 Argentina garante "impacto zero" aos consumidores O governo
argentino tentou tranqüilizar a população ontem, ao garantir que não elevará
o preço do gás para o consumo doméstico em função de uma alta no valor
da importação do combustível da Bolívia. "O impacto zero está garantido
pelo volume de gás que importamos da Bolívia e porque nossa prioridade
é manter a proteção dos lares argentinos e a competitividade de nossa
indústria", disse o ministro do Planejamento, Julio De Vido. Segundo afirmou
recentemente o governo de Evo Morales, a Argentina já teria aceitado a
elevação do preço do gás que importa da Bolívia. O valor pago atualmente
é de US$ 3,18 por milhão de BTU, e o ministro de Hidrocarbonetos da Bolívia,
Andrés Soliz, declarou que os novos preços entrarão em vigor neste mês.
O ministro de Planejamento da Bolívia, Carlos Villegas, disse na semana
passada que espera que o preço de exportação à Argentina suba até US$
5,5 por milhão de BTU. (Gazeta Mercantil - 17.05.2006)
Biblioteca Virtual do SEE 1 SILVA, Ângelo Henrique Lopes da. Mensuração da produtividade relativa para o setor de distribuição de energia elétrica nacional inserida no cálculo do fator X. 2005, 2006, 105 p. Dissertação (Mestrado) - Departamento de Economia, Universidade de Brasília, 2006. Para ler
o texto na íntegra, clique aqui.
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
|