l IFE: nº 1.797 - 28
de abril de 2006 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Leilões Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Reestruturação do Setor 1 MME estuda criação de áreas reservadas para construção de hidrelétricas O MME estuda
a possibilidade de elaborar um projeto de lei criando áreas reservadas
para futura instalação de usinas hidrelétricas e linhas de transmissão.
A idéia é evitar problemas ambientais na construção de usinas. "Estamos
propondo um texto de lei para que se criem áreas de preservação dos parques
de geração e de passagem para as linhas de transmissão", explicou o ministro
Silas Rondeau. Conforme o ministro, se o governo identifica determinado
trecho de um rio com potencial para geração hidráulica, essa área poderia
ser reservada para a construção de uma usina hidrelétrica. O mesmo raciocínio
valeria para as áreas por onde passariam as linhas de transmissão de energia.
(Jornal do Commercio - 28.04.2006) 2 Aneel: investimento para a construção das linhas é de R$ 2,8 bi Sete empresas
assinaram contratos de concessão de linhas de transmissão de energia elétrica
leiloadas, em novembro do ano passado, pela Aneel. Segundo o presidente
da Aneel, Jerson Kelman, "o investimento para a construção das linhas
é de R$ 2,8 bilhões e abrangem 24,8 mil km". Oito estados serão beneficiados
com a construção das linhas: Goiás, Minas Gerais, Pará, Santa Catarina,
São Paulo, Rio Grande do Sul e Tocantins, além do Distrito Federal. As
linhas devem entrar em funcionamento até o fim de 2007. (Elétrica - 28.04.2006)
3 MME realiza segunda reunião sobre Plano Nacional de Energia O MME divulgou
a apresentação da segunda reunião com os agentes sobre o Plano Nacional
de Energia 2030. No encontro, foram tratados os temas Oferta/Recursos
Energéticos - hidrelétricas e demais fontes renováveis e Transmissão.
A próxima reunião está marcada para o dia 30 de maio, com a apresentação
da evolução do mercado de energia a longo prazo. (Agência Canal Energia
- 27.04.2006) 4
EPE estima 40 meses para acionamento de máquinas no Rio Madeira 5 Copom mantém projeção de reajuste de 3,6% para eletricidade O Copom
manteve a projeção de reajuste para os serviços de eletricidade em 3,6%
para este ano, segundo a ata de reunião do Copom. Na reunião, o comitê
reduziu em 0,75 ponto percentual a taxa de juros básica, passando para
15,75% ao ano. (Agência Canal Energia - 27.04.2006) 6 CMSE analisa implementação de reforços no RS O Comitê
de Monitoramento do Setor Elétrico analisa a necessidade de implementação
de reforços no Rio Grande do Sul. O CMSE solicitou ao ONS que realizasse
estudos complementares para subsidiar a decisão. Também foi debatida a
necessidade de realizar obras para reforçar o atendimento à região do
litoral norte do Rio Grande do Sul. O motivo, segundo o MME, é adequar
o sistema local para permitir o escoamento da energia que será gerada
pelo parque eólico de Osório, bem como expansões nas áreas de Gravataí
e Atlântida. (Agência Canal Energia - 27.04.2006) 7 Ibama vai recorrer contra liminar que suspendeu licenciamento de Belo Monte O Ibama começou a preparar o recurso contra a liminar que suspendeu a análise do pedido de licenciamento de implementação da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. O Ibama tem 20 dias para recorrer contra a liminar e 60 dias para contestar o pedido principal, contados desde o dia 20 de abril. (Agência Canal Energia - 27.04.2006) 8
Curtas O Conselho Estadual do Meio Ambiente do Mato Grosso aprovou o parecer elaborado pela equipe técnica da Secretaria de Meio Ambiente, favorável à concessão da licença prévia da hidrelétrica de Dardanelos (261 MW). Com isso, a liberação da LP depende apenas da aprovação da Assembléia Legislativa, que tem o poder de manter ou derrubar a decisão do Consema. (Agência Canal Energia - 27.04.2006) O complexo industrial de Xapuri recebeu nesta quarta-feira parte da turbina que produzirá 1,6 MW de energia para secagem e beneficiamento de madeira que fabricará pisos maciços e deques. (Eletrosul - 28.04.2006) A Prefeitura de Ribeirão deve ter superávit com a cobrança da Contribuição para o Custeio da Iluminação Pública. A contribuição custa atualmente R$ 5 aos contribuintes e é cobrada nas contas de energia elétrica. A tendência de superávit prevista para este ano interrompe uma seqüência de déficits decorrentes de gastos com a iluminação pública. (Elétrica - 28.04.2006)
Empresas 1 Itaipu implanta unidades de cogeração Programa
evitará a poluição do lago utilizando dejetos na produção de energia por
biodigestores. A partir de um equipamento que permite que a energia excedente
seja adicionada ao sistema Copel, a Itaipu Binacional pretende iniciar
um processo de implantação de micro unidades de cogeração de energia no
Oeste do Paraná.. Técnicos de Itaipu, pesquisadores da Fundação PTI e
da Unioeste inventaram um circuito integrado de monitoramento que, com
o auxílio de software livre, pode medir, estabilizar e regular a geração
de energia para a rede de transmissão. A Itaipu, em conjunto com a Copel
e a Sanepar , implantará a primeira unidade piloto do programa ainda este
ano na bacia do Rio Toledo.O projeto atraiu a atenção do governo federal
e a Itaipu Binacional assinou, juntamente com a Fundação Parque Tecnológico
Itaipu (PTI), convênio com a Embrapa para a implantação de um projeto
de geração de energia proveniente dos resíduos orgânicos da suinocultura.
Com o uso de biodigestores para tratamento, os dejetos de suínos vão se
transformar em biogás - uma mistura de gás metano com gás carbônico e
outros gases em menor quantidade - e em biofertilizante, para ser aplicado
nas lavouras. A energia gerada será utilizada para atender as propriedades
rurais. A produção excedente deverá ser adquirida pela Copel. (Gazeta
Mercantil - 28.04.2006) 2 Energias do Brasil lucra R$ 99 mi no primeiro trimestre de 2006 A Energias do Brasil registrou lucro líquido de R$ 99 milhões no primeiro trimestre de 2006, crescimento de 216% sobre os R$ 31,4 milhões verificados no mesmo período em 2005. O Ebitda chegou a R$ 281,9 milhões, 0,7% acima do obtido entre janeiro e março do ano passado. A receita operacional líquida cresceu 2,4%, alcançando R$ 1,12 bilhão. Já a receita operacional bruta teve incremento de 3,9% no período, atingindo R$ 1,5 bilhão. Somente nos três primeiros meses de 2006, a companhia investiu R$ 140,7 milhões, dos quais 45% destinados à área de geração e 54,8% à distribuição. A dívida líquida ajustada pelos valores de caixa, aplicações e pelo saldo líquido de ativos regulatórios alcançou R$ 1,7 bilhão em 31 de março, patamar estável em relação a 31 de dezembro do ano passado. A receita bruta, também estabilizada, totaliza R$ 3.03 bilhões. A companhia obteve um crescimento de 5,2% no volume de energia distribuída (5.966 GWh) entre janeiro e março, que somado ao reajuste tarifário das distribuidoras da holding, possibilitou um crescimento de 3,9% na receita bruta. O volume de energia gerada pelas usinas do Grupo Energias do Brasil alcançou 720 GWh, queda de 6,7% em relação ao total produzido entre janeiro e março do ano passado. Segundo a companhia, isso ocorreu, principalmente, pela menor afluência da Usina Hidrelétrica de Lajeado, no Rio Tocantins. Já a energia comercializada apresentou crescimento de 3,3% em relação ao primeiro trimestre de 2005. O crescimento relativo á venda de energia a clientes livres foi de 47%. (Jornal do Commercio - 28.04.2006) 3 RGE fecha convênio com o Serviço de Proteção ao Crédito A RGE firmou
um convênio com o Serviço de Proteção ao Crédito para incluir os clientes
inadimplentes, pessoas físicas e jurídicas, no cadastro do órgão. Segundo
a empresa, a expectativa é que o convênio consiga regularizar a situação
dos 100 mil clientes que estão com as contas atrasadas. No primeiro trimestre
de 2006, ainda segundo a distribuidora, a inadimplência, que corresponde
a 5,51% do faturamento, totalizou R$ 120,391 milhões, sendo R$ 57 milhões
no setor público e R$ 63,071 milhões no privado. (Agência Canal Energia
- 27.04.2006) 4
RGE quer melhorar a qualidade do fornecimento de energia com programa
de P&D 5 Fitch atribui rating 'BBB' para emissão de R$ 300 mi de CCBs da Eletropaulo A Fitch
Ratings atribuiu o rating nacional de longo prazo 'BBB' à emissão de Cédulas
de Crédito Bancário (CCBs), no valor de R$ 300 milhões, da Eletropaulo.
De acordo com boletim, os recursos da emissão serão utilizados para o
pré-pagamento do saldo das dívidas renegociadas em 2004, sendo o restante
direcionado ao pagamento dos ajustes de swaps relacionados com a parcela
da reestruturação da dívida em dólar, comissões e impostos. "O rating
reflete a melhora dos indicadores de crédito da empresa, que deverão se
fortalecer no próximo ano, com base na projeção de expansão da receita
operacional e do fluxo de caixa, e na expectativa de redução do serviço
anual da dívida", informa o boletim. (Agência Canal Energia - 27.04.2006)
6 Eletropaulo é obrigada a religar luz O Tribunal
de Justiça do Estado de São Paulo determinou que a AES Eletropaulo religue
a energia em todas as residências de Santo André que tiveram o fornecimento
cortado por suspeita de fraude. Segundo o Procon do município, que moveu
a ação civil pública coletiva, a empresa teria sido informada ontem da
decisão do Tribunal. A Eletropaulo diz que não foi comunicada e que, por
isso, não comentaria a determinação. A ação movida pelo Procon de Santo
André contra a AES Eletropaulo aponta diversos problemas no procedimento
da operadora. O principal deles, a suspensão do serviço público considerado
essencial. "As pessoas tinham a energia cortada não por que não pagavam
a conta, mas para serem forçadas a ir até a empresa confessar a dívida",
afirma Charles Moura Alves, assistente do Procon. Na ação, foi questionada
também a legalidade das cobranças de período retroativo e a forma como
são feitas. (Diário do Grande ABC - 28.04.2006) 7 Empreiteiras a serviço de Furnas e Escelsa param atividades nesta sexta-feira Os trabalhadores
que atuam nas empreiteiras ABF, Shendar, Engelmig, Delta, Sólidus e Logistech
e prestam serviço para Escelsa, Furnas, Empresa Luz e Força Santa Maria
(ES) e alguns órgãos públicos do estado do Espírito Santo vão paralisar
suas atividades. De acordo com o diretor de finanças e um dos membros
da comissão de negociação do Sinergia-ES (sindicato da categoria), Edison
Wilson, cerca de 2.400 trabalhadores reivindicam melhores condições de
trabalho, reajuste salarial e criação de uma tabela de cargos e salários
para os eletricistas. Além de melhores condições de trabalho, eles exigem
a criação de uma tabela de plano de cargos e salários, que valorize as
diversas atividades dos eletricistas e ofereça um reajuste de 12% para
os demais trabalhadores.Em relação ao reajuste salarial, a primeira proposta
das empresas, rejeitada pelos trabalhadores, foi de 5,07%. (Agência Canal
Energia - 27.04.2006) 8 Grupo Cosan compra sua 17ª usina de açúcar e álcool O Grupo Cosan, maior companhia de açúcar e álcool do país e segunda maior do mundo, acaba de fortalecer sua liderança no Brasil. O grupo anunciou a aquisição da usina Bom Retiro, de Capivari, a 17ª unidade da empresa. O negócio foi fechado por R$ 120 milhões, conforme informou Pedro Mizutani, vice-presidente da Cosan. Na prática, entretanto, a negociação saiu mais barata, considerando-se que a usina Bom Retiro possui uma aplicação financeira de R$ 17,5 milhões em caixa. Com sua mais recente aquisição, a participação do grupo na produção de cana-de-açúcar no Centro-Sul do país salta de 8,5% para 10%. Com faturamento anual em torno de R$ 2 bilhões, o grupo Cosan prevê a produção de 3 milhões de toneladas de açúcar e 1,25 bilhão de litros de álcool em 2006/07. A expectativa é processar 36,5 milhões de toneladas de cana. Se confirmadas as estimativas, o volume representará 10% da produção total do Centro-Sul, prevista em 365 milhões de toneladas para este atual ciclo. Ainda de acordo com Mizutani, o grupo continua de olho em novas aquisições. A meta da companhia é atingir uma participação de 20% da produção de cana do Centro-Sul do Brasil. O grupo informou que deverá investir cerca de R$ 250 milhões em projetos de co-geração de energia. Esses recursos serão aplicados em duas usinas do grupo - as unidades Rafard e Costa Pinto -, elevando a potência instalada das usinas em 75 MW. (Valor Econômico - 28.04.2006) 9 Alemães têm R$ 1,8 bi em projetos eólicos no Sul do País A empresa alemã innoVent planeja investimentos de aproximadamente 744,8 milhões de euros - o equivalente a R$ 1,86 bilhão - na construção de quatro usinas eólicas no Rio Grande do Sul. De acordo com o Banco de Informações de Geração da Aneel, a capacidade instalada dos quatro empreendimentos soma 532 MW. No Brasil, a innoVent é sócia da gaúcha Elebrás. Dos quatro projetos, o mais avançado é o parque eólico de Tramandaí (70 MW) - com previsão de investimentos estimada em 98 milhões de euros -, qualificado no Proinfa. (Eletrosul - 28.04.2006) 10 Fidc Cesp II paga amortização para cotistas O Fundo
de Investimentos de Direitos Creditórios Cesp II paga amortização aos
investidores. O valor total a ser amortizado por cota senior é de R$ 6.862,8657526
e da correção de R$ 1.622,5357526. O valor principal das cotas seniores
é de R$ 5.240,33. (Agência Canal Energia - 27.04.2006) No pregão do dia 27-04-2006, o IBOVESPA fechou a 39.751,44 pontos, representando uma baixa de 1,63% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 2,88 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização de 0,59%, fechando a 12.305,32 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 56,00 ON e R$ 52,55 PNB, baixa de 1,82% e 2,47%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Na abertura do pregão do dia 28-04-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 56,00 as ações ON, estável em relação ao dia anterior e R$ 52,56 as ações PNB, alta de 0,02% em relação ao dia anterior. (Investshop - 28.04.2006)
Leilões 1 Tolmasquim não acredita na participação integral de usinas no próximo leilão Mauricio
Tolmasquim afirmou que não acredita na participação integral das mais
de 150 usinas, muitas delas térmicas, que pediram à EPE habilitação técnica
para participar do leilão de energia nova na modalidade A-3, previsto
para o dia 12 de junho. Segundo ele, a Petrobras não tem sinalizado que
haverá gás natural para atender a todas as termelétricas que desejem participar
do leilão. A garantia do combustível é uma das exigências para participar
da licitação. De acordo com ele, as usinas da Petrobras poderão participar
do leilão. Já as demais térmicas que pediram habilitação, a participação
ainda é incerta. (Agência Canal Energia - 27.04.2006) 2 Novo leilão de LTs será realizado entre junho e julho O presidente da Aneel, Jerson Kelman informou que entre junho e julho será realizado novo leilão para concessão de linhas de transmissão de energia, abrangendo 30 mil quilômetros de linhas. (Elétrica - 28.04.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 EPE: demanda de energia deve cegar a 1,2 bilhão de MWh em 2030 O ministro
Silas Rondeau participou de reunião para a apresentação dos estudos preliminares
do Plano Nacional de Energia 2030, documento que trará cenários para a
situação da energia no País nas próximas décadas e que deverá ser concluído
até o fim do ano. Cálculos preliminares da EPE, que deverão fazer parte
do plano, apontam que, em 2030, a demanda por energia elétrica no Brasil
chegará a cerca de 1,2 bilhão de MW/h, cerca de três vezes mais do que
os 440 milhões de MW/h consumidos atualmente. Os estudos apontam que o
potencial total para a geração de energia hidrelétrica do Brasil é de
cerca de 260 mil MW. Atualmente, apenas 30% desse potencial estão em operação
ou em construção. Outros 70 mil MW correspondem a projetos que têm boa
viabilidade ambiental e econômica e, portanto, deverão ter mais facilidade
para serem concretizados. Os 110 mil MW restantes equivalem a projetos
que apresentam maior dificuldade financeira e ambiental para serem implementados.
(Jornal do Commercio - 28.04.2006) 2 Novo recorde de demanda no SIN O MME informou que foi atingido ontem, às 18h23, novo recorde de demanda máxima instantânea de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional: 61.783 MW. O pico anterior, de 61.587 MW, havia sido registrado no dia 9 de março deste ano, às 19h21. Segundo o MME, 93% da energia exigida pelo pico de ontem foi fornecida por usinas hidrelétricas, enquanto 7% foram produzidos por usinas termoelétricas. (Jornal do Commercio - 28.04.2006) 3 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 87,5% O nível
de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 87,5%, apresentando
queda de 0,1% em relação à medição do dia 25 de abril. A usina de Furnas
atinge 96,1% de volume de capacidade. (ONS - 26.04.2006) 4 Sul: nível dos reservatórios está em 42,9% A região
Sul apresenta queda de 0,5% em relação à última medição, com 42,9 % de
capacidade armazenada. A usina de Machadinho apresenta 44,1% de capacidade
em seus reservatórios. (ONS - 26.04.2006) 5 NE apresenta 98,2% de capacidade armazenada Mantendo-se
estável, o Nordeste está com 98,2% de sua capacidade de armazenamento.
O reservatório de Sobradinho opera com 100% de volume de capacidade. (ONS
- 25.04.2006) 6 Norte tem 97,5% da capacidade de armazenamento O nível
de armazenamento da região Norte está em 97,5%, apresentando alta de 0,2%
em comparação ao dia 25 de abril. A usina de Tucuruí opera com 99,1% de
volume de armazenamento. (ONS - 26.04.2006)
Gás e Termoelétricas 1 Rondeau: Bolívia não conhece plano do gasoduto Silas Rondeau rebateu as declarações do vice-ministro de Hidrocarbonetos da Bolívia, Júlio Gomez, que classificou de "uma maluquice" o projeto do gasoduto ligando a Venezuela à Argentina, passando pelo Brasil. Rondeau disse desconhecer as afirmações de Gómez, mas frisou que, se ele fez realmente essa declaração, "é porque, provavelmente, não conhece o projeto." Rondeau reiterou que o projeto será apresentado à Bolívia e a outros países da América do Sul que poderão participar da obra. Segundo o ministro, isso já estava previsto desde que a proposta começou a ser discutida. Por se tratar do segundo maior produtor de gás da região, atrás apenas da Venezuela, a participação da Bolívia é considerada fundamental. Questionado sobre os recentes problemas com o governo boliviano, o ministro afirmou que a Bolívia tem tudo para ser um parceiro confiável. O gasoduto entre a Venezuela e os países do Mercosul foi objeto da ironia do líder do PSDB no Senado, senador Arthur Virgílio (AM), que ontem chamou o projeto de "pinelduto". A palavra "pinel" é utilizada na gíria do Rio de Janeiro como sinônimo de "louco", numa referência ao Instituto Pinel. (Jornal do Commercio - 28.04.2006) 2 Geradores de vapor de Angra I serão trocados A usina
nuclear Angra I deve receber até julho de 2008 novos geradores de vapor.
A decisão foi tomada pela Eletronuclear, depois de análises sobre as condições
dos equipamentos que apresentavam indícios de corrosão desde 1985. "Os
gastos eram excessivos, algo entre US$ 10 milhões e US$ 11 milhões por
ano", afirma o superintendente de gerenciamento de empreendimentos da
Eletronuclear, Luiz Manuel Messias. O contrato principal para a compra
dos geradores no valor de 44 milhões foi feito com a empresa francesa
Framatome, que deve fabricar as peças, e a brasileira Nuclep, que montará
o equipamento. Mediante licitação será escolhida a empresa que realizará
a substituição dos geradores antigos pelos novos. Com a substituição dos
geradores será possível o melhor aproveitamento da capacidade de geração
de Angra I, de 657 MW. A previsão da empresa para a conclusão das obras
do depósito é setembro de 2007. Depois da substituição, a vida útil de
Angra I será de mais 20 anos. Há ainda a possibilidade de aumento de potência
de até 40 MW. Além da diminuição nos custos com manutenção, haverá redução
do número de dias de parada para reabastecimento de combustível. (Gazeta
Mercantil - 28.04.2006) 3 Relatório da Eletronuclear afasta riscos Como precaução,
a Eletronuclear divulgou um relatório comparativo entre os reatores de
Angra I e II e a de Chernobyl. O reator da Central Chernobyl era do tipo
RBMK1000, diferente dos reatores de Angra que são do tipo PWR. No tipo
RBMK1000, a água fervendo circula pelos tubos de pressão e o grafite é
utilizado como moderador de nêutrons. O combustível fica em tubos de pressão
dentro de blocos de grafite. A água de refrigeração é bombeada e percorre
cada tubo de pressão de baixo para cima removendo o calor produzido no
núcleo do reator, por ebulição. O vapor gerado é separado da fase líquida
e levado às turbinas. A água resultante da condensação do vapor é retornada
aos separadores para ser novamente bombeada e distribuída pelos tubos
de pressão. Este funcionamento apresenta em relação aos reatores construídos
no Brasil, duas diferenças ligadas à segurança: a utilização de grafite
no núcleo como moderador e o ciclo direto de vapor. Ao contrário da água
nos PWR, grafite absorve calor que favorece o surgimento de instabilidade
no controle de temperatura do combustível, e que pode comprometer a sua
integridade. Na falta de resfriamento do núcleo, se a temperatura da grafite
estiver alta, pode provocar incêndio em contato com o oxigênio do ar.
(Gazeta Mercantil - 28.04.2006)
Grandes Consumidores 1 Arcelor propõe à Vale parceria em nova usina A Arcelor
Brasil aceita parceria com a Vale do Rio Doce em nova usina que estuda
construir em Anchieta, a 60 km da Companhia Siderúrgica de Tubarão, uma
de suas controladas. O investimento ficaria entre US$ 2 bilhões e US$
2,4 bilhões, para capacidade mínima de 3 milhões de toneladas anuais de
placas de aço. O valor corresponde à mais da metade dos US$ 4 bilhões
do plano de investimentos já em curso da Arcelor no país, que prevê a
expansão da produção da CST para 7 milhões de toneladas e do total do
grupo para 9 milhões de toneladas. O presidente da Arcelor Brasil, José
Armando Campos, advertiu que a empresa deve mostrar interesse em regime
de condomínio, em que tivesse de dividir a gestão dos serviços industriais
com concorrentes. "Nada de dúvidas sobre quem paga a conta de luz ou de
água, ou a quem cabe evitar multas ambientais. Para onde formos, queremos
crescer", afirmou. (Jornal do Commercio - 28.04.2006) 2 Campos: Arcelor estuda outros sítios para expansão O presidente
da Arcelor Brasil, José Armando Campos, informou que a empresa estuda
outros sítios para essa nova fase de expansão, que elevaria a produção
total do grupo de 9 milhões para 12 milhões de toneladas. Entre esses
sítios, está o porto de Sepetiba, no litoral sul do Estado do Rio. Nem
a proximidade da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), unidade da
Thyssen e da Vale prevista para a mesma região com 4 milhões de toneladas
anuais, elimina completamente a possibilidade de investimento da Arcelor
Brasil, embora Campos identifique vantagens maiores em Anchieta. (Jornal
do Commercio - 28.04.2006) 3 Campos: compra da Arcelor mundial pode afetar no Brasil A oferta
hostil da anglo-indiana Mittal pela Arcelor mundial preocupa Campos na
medida em que o grupo de Lakshmi Mittal não apresentou um plano de investimentos
para o Brasil, que concentra um terço do faturamento e da capacidade produtiva
da Arcelor. O executivo admite que a proposta pode atrair muitos acionistas,
numa empresa de capital pulverizado como é a Arcelor, mas confia em que
a direção global da segunda maior siderúrgica do planeta(surgida da fusão
da francesa Sidenor com a espanhola Aceralia e a belga Arbed) convença
a maioria das vantagens da preservação do atual controle acionário. "Temos
garantia de reinvestimento da maior parte de nossos lucros aqui no país,
que é a base mais forte na América fora do Natfta. A Mittal acaba de comprar
siderúrgicas americanas que demandam investimento forte de modernização,
o que aumenta o risco de drenagem de recursos de outras áreas, como o
Brasil", disse. (Jornal do Commercio - 28.04.2006)
Economia Brasileira 1 Atividade industrial registra alta em São Paulo Com o crescimento de 1,1% registrado em março, a indústria paulista acumula cinco meses consecutivos de alta no nível de atividade e entra em novo patamar de crescimento na avaliação do Ciesp e da Fiesp. De janeiro a outubro de 2005, os resultados do Indicador de Nível de Atividade (INA) mostravam manutenção de um patamar que está sendo abandonado, na avaliação das duas entidades. Nos três primeiros meses deste ano, o INA mostrou, respectivamente, altas de 1,8%, 1,8% e 1,1% (com ajuste sazonal). A utilização de capacidade instalada totalizou 81,8% em março, comparada a 78,4% em fevereiro e a 82,4% em igual mês de 2005. Entre o setores que registraram maior aumento da produção estão alimentos e bebidas, com alta de 1,3%, com ajuste sazonal, e máquinas e equipamentos, com 4,1%. (Gazeta Mercantil - 28.04.2006) 2 Guido Mantega sinaliza corte de impostos O ministro da Fazenda, Guido Mantega, admitiu ontem que o País chegou ao topo da montanha em relação à carga tributária. De fato, pelos números mais recentes da Receita Federal, a proporção de arrecadação de todas as esferas de governo no PIB em 2004 foi de 35,91%. Já nas estimativas do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, neste mesmo ano, o percentual alcançou 36,80%, elevando-se para 37,92% no ano passado. "Queremos descer essa montanha e aliviar a carga tributária", disse Mantega. Muito embora como porcentagem do PIB os números não mostrem recuo, Mantega afirmou que, entre 2004 e o final deste ano, o governo terá concedido R$ 19,24 bilhões em desoneração para vários setores, inclusive o produtivo. É preciso enxugar o governo onde for possível para que o País ganhe em competitividade e alavanque o crescimento, disse Mantega, que estima expansão do produto entre 4% e 4,5% em 2006 e de 4,75% em 2007. (Gazeta Mercantil - 28.04.2006) 3
CNI aumenta a previsão do PIB 4 Mantega: aumento de gastos ajuda alta do PIB O ministro
da Fazenda Guido Mantega defendeu o aumento que está ocorrendo nos gastos
públicos como uma forma de alavancar o crescimento da economia brasileira
e garantir um PIB entre 4% e 4,5% neste ano. No entanto, Mantega ressaltou
que "o que mais cresceu na expansão dos gastos do governo foi o investimento".
No primeiro trimestre de 2006, o investimento público chegou a R$ 2,3
bilhões, um aumento de 77% em relação ao mesmo período ano passado. O
aumento dos investimentos do setor público consegue estimular o setor
privado, na avaliação do ministro. Ele salientou que o mercado interno
será a mola propulsora do crescimento neste ano e também ressaltou a importância
do bom desempenho da indústria. Para ele, esse setor da atividade econômica
poderá crescer até 6%. Mantega reafirmou seu otimismo e disse que não
há falta de investimento no país. "Pelo contrário, ele está em franca
ascensão esse ano. O setor de bens de capital foi o que mais cresceu em
janeiro e fevereiro", disse. (Valor Econômico - 28.04.2006) 5 Brasil é o 3º na rota de investidores China, Índia
e Brasil são, nessa ordem, prioridade para investimentos de 2006 a 2008
na análise de 1.410 presidentes de grandes empresas de 45 países, segundo
pesquisa divulgada ontem. A maior disposição em gastar dinheiro aqui não
tem relação, porém, com aumento da concorrência local. Apenas 13% dos
empresários estrangeiros crêem que companhias brasileiras de peso devam
despontar nos próximos três anos e incomodar o mercado, forçando maiores
investimentos, conclui o relatório da consultoria PricewaterhouseCoopers.
Portanto, uma possível ampliação nos investimentos locais, como destaca
a pesquisa, não tem relação com o aumento da concorrência na região. O
principal atrativo ainda é o mercado consumidor. Para 76% deles, esse
ponto é decisivo no momento da definição do país como destino de recursos.
Para 68% dos entrevistados, os investimentos no Brasil devem aumentar
em 2006. Outros 23% acreditam que ficam estáveis e para 8% irão cair (1%
não opinou). Quanto ao ingresso de investimento estrangeiro direto no
país em 2006, a estimativa está em US$ 18 bilhões, diz o Banco Central.
(Folha de São Paulo - 28.04.2006) A indústria seguiu otimista em abril, dando continuidade à tendência de reaquecimento vista desde o primeiro mês deste ano, afirma a FGV. Para a entidade, os industriais desenham hoje um quadro de "crescimento moderado da produção". Segundo o documento, 27% dos entrevistados consideraram como boa a atual situação dos negócios e 20% tiveram impressão contrária. Em janeiro, esses percentuais eram 16% e 20%, respectivamente. "Com a recuperação do nível de demanda e estoques ajustados, a indústria demonstra estar mais satisfeita com a situação atual dos negócios", destacou a FGV. O nível da demanda é considerado forte por 18% e fraco por 16% das empresas consultadas. Com relação ao nível dos estoques, a fundação notou estabilidade, 4% dos entrevistados indicaram que eles eram insuficientes e 9% que eram excessivos. O nível de utilização da capacidade instalada da indústria de transformação foi de 83,2% em abril, 1 ponto percentual inferior ao do mesmo mês do ano anterior. Com ajuste sazonal, o nível de utilização foi de 83,5%, menor do que os 84,4% apurados em janeiro. (Valor Econômico - 28.04.2006) 7
Dólar ontem e hoje
Internacional 1 Iberdrola tem lucro 16% maior no 1o tri A companhia
de energia espanhola Iberdrola divulgou que o seu lucro líquido aumentou
16% no primeiro trimestre, para 403,2 milhões de euros, em linha com as
expectativas do mercado, mas analistas dizem que a expansão nos lucros
da empresa deve desacelerar. O lucro antes dos juros, impostos, depreciação
e amortização (Ebtida) cresceu 21%, para 1,06 bilhão de euros no trimestre,
superior à previsão de analistas de 997 milhões de euros. A performance
da Iberdrola para o restante do ano depende em parte do que o governo
espanhol decidir sobre a revisão do mercado de energia em julho.De acordo
com analistas, os lucros da Iberdrola não vão aumentar no mesmo ritmo,
porque a alta nos preços da eletricidade foi limitada pelo governo a 42,30
euros por MW/hora. O comunicado da Iberdrola relatou ainda ter informado
o governo de Portugal sobre a pretensão de vender seus 4% de participação
na Galp Energia. Segundo o presidente da empresa, o governo português
pretende vender até 20% da Galp por cerca de 5 bilhões de euros em oferta
pública inicial (IPO, na sigla em inglês) no segundo semestre do ano.
(Elétrica - 28.04.2006) 2 Ministro espanhol contesta CE Os problemas
de abastecimento energético não são da alçada da Comissão Européia (CE),
mas das autoridades espanholas, disse o ministro espanhol da Economia,
Pedro Solbes, após a autorização de Bruxelas à oferta pública (OPA) da
E.ON para a compra da Endesa. "O problema do abastecimento energético
não é da CE, mas se ocorrer será da alçada das autoridades espanholas",
afirmou. O ministro aludiu ao decreto-lei que permite ao órgão regulador
espanhol de energia analisar operações de compra que podem afetar os interesses
estratégicos do país. Esse decreto ocasionará um processo sobre infração
por parte da União Européia contra a Espanha. O primeiro-ministro espanhol
José Luis Rodríguez Zapatero, reiterou que seu Executivo "trabalha por
um setor energético que defenda o interesse de nosso país e dos consumidores."
"Dentro do mercado comunitário, e conforme as regras do jogo, o governo
considera que poderão existir grandes empresas espanholas do setor de
energia", disse o chefe de governo. (Elétrica - 28.04.2006) 3 Argentina cria taxa para financiar área energética O governo argentino criou um instrumento para obter recursos para financiar obras de infraestrutura na área energética. Segundo a nova lei, o governo poderá cobrar, nas contas de gás e eletricidade, uma taxa destinada a pagar por essas obras. Na prática, a lei deve fazer com que as contas pagas pelos usuários fiquem mais caras, embora o governo ressalte que não haverá mudança no esquema tarifário. O texto aprovado diz que os pequenos usuários poderão ficar isentos da nova taxa, mas não estabelece parâmetros para definir faixas de consumo. A criação do fundo é uma tentativa do governo de melhorar o abastecimento energético ante a ameaça de crise. O presidente argentino, Néstor Kirchner, indicou que o fundo permitirá que o Estado tenha um papel mais ativo no setor. Ele afirmou que se está "tirando comando das empresas privadas, que antes aumentavam as tarifas para fazer as obras e não as faziam". O dinheiro vindo das contas irá para um fundo fiduciário, que será utilizado como garantia de financiamento dos projetos. A partir da criação do fundo, o governo emitirá títulos para levantar no mercado o dinheiro necessário. A nova lei foi criticada pela oposição, que considerou que a norma amplia os poderes do Executivo de administrar recursos com pouca transparência. (Valor Econômico - 28.04.2006) 4
Basf e Gazprom assinam acordo
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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