l IFE: nº 1.793 - 24
de abril de 2006 Índice Regulação e Reestruturação do Setor Empresas Oferta e Demanda de Energia Elétrica Gás e
Termelétricas Grandes
Consumidores Economia Brasileira Internacional
Regulação e Reestruturação do Setor 1 Tolmasquim: futuro hidrelétrico está na Amazônia O esgotamento
de aproveitamento de bacias hidrográficas na região Centro-Sul do País,
aliado à necessidade de expansão do sistema de geração hidrelétrica, indica
para o Norte, principalmente na Bacia Amazônica, um novo pólo de geração
no futuro. São nos rios da região Amazônica que se concentram os estudos
de inventário que estão sendo desenvolvidos pela EPE. O potencial inicial
estimado dessas bacias é de 14.750 MW. Por outro lado, são esperadas dificuldades
para o aproveitamento desses projetos, a exemplo do que acontece com empreendimentos
previstos para os rios Madeira e Xingu, em função de elevados custos econômicos
e, principalmente, de entraves ambientais. Mauricio Tolmasquim, presidente
da EPE, revela que as usinas existentes naquela região ocupam apenas 0,22%
do território local. "Do meu ponto de vista, é muito pouco. As usinas
que estão instaladas lá ocupam muito pouco em relação ao benefício que
elas podem trazer para o País. Será feito o inventário dessas bacias,
para se conhecer quais e quantas usinas podem ser construídas. Juntamente,
será feita a avaliação ambiental integrada, para se avaliar os impactos
ambientais sinérgicos, ou seja, o efeito conjunto que essas usinas causarão",
explicou. (Jornal do Commercio - 24.04.2006) 2 Bacia Amazônica: estudos de inventário têm um prazo de dois anos Os estudos de
inventário na Bacia Amazônica têm um prazo de dois anos para serem concluídos.
Eles incluem a Avaliação Ambiental Integrada (AAI), que identifica e avalia
os efeitos ambientais ocasionados pelo planejamento, construção e operação
da usina estudada. O estudo de AAI desenvolve indicadores de sustentabilidade
para a bacia, delimita áreas de fragilidade ambiental e potencialidades
sócio-econômicas, além de identificar diretrizes ambientais para a concepção
do projeto. De acordo com Mauricio Tolmasquim, o tempo mínimo para que
esses empreendimentos sejam ofertados em leilões é de quatro anos. A EPE
está finalizando ainda as avaliações ambientais integradas nos rios Teles
Pires, Tapajós e Araguaia, na região Norte; Parnaíba, Tocantins e Formadores
do Tocantins, no Centro-Oeste; Paranaíba, Doce e Paraíba do Sul, no Sudeste;
e as Bacias Uruguai, Tibagi e Iguaçu, na região Sul. Além disso, seis
trechos na região Norte terão seus estudos de viabilidade concluídos este
ano. O custo previsto de todos esses estudos é de R$ 153 milhões. Caso
uma dessas usinas seja leiloada, o consórcio vencedor pagará, dentro do
valor total do projeto, o custo do estudo do empreendimento. (Jornal do
Commercio - 24.04.2006) 3 Peixe Angical recebe autorização para iniciar testes A Hidrelétrica
Peixe Angical, nos municípios de Peixe e São Salvador (TO), teve a primeira
unidade geradora de 150,6 MW liberada pela Aneel. Segundo a Aneel, a geradora
deve iniciar a operação em teste a partir desta quinta-feira, 20 de abril.
Os investidores terão de apresentar o relatório final em até 60 dias após
a data de conclusão da operação, segundo decisão publicada no Diário Oficial
da União de hoje, por meio do despacho n° 788. A usina, com capacidade
instalada de 452 MW, é um empreendimento da Energias do Brasil (60%) e
Furnas (40%). A Aneel também liberou desde a última quarta-feira, 19 de
abril, 12 unidades geradoras para operação em teste. As unidades possuem
2 mil kW cada, totalizando 24 mil kW, e integram a central geradora Parque
Eólico de Osório, no município de Osório (RS). O despacho n° 789 divulgou
que a Ventos do Sul, proprietária do empreendimento, terá de entregar
à Aneel o relatório final após 60 dias da data de conclusão da operação.
(Agência Canal Energia - 20.04.2006) 4 Energia e telecomunicações mantêm peso 5 Ceará abre licitação para a construção de usina no mar O governo
do Estado do Ceará vai abrir licitação em maior para a construção da primeira
fase de uma usina que aproveita as ondas do mar para gerar eletricidade.
O projeto está sendo desenvolvido pela Coordenação dos Programas de Pós-Graduação
de Engenharia (Coppe), da UFRJ, com o apoio da Eletrobrás e da Secretaria
da Infra-Estrutura (Seinfra) cearense. "O que nós estamos tentando fazer
como diferencial é que o Brasil tenha pleno domínio de todos os componentes
dessa usina. Ou seja, nós achamos importante que essa usina não tenha
caixa preta. Que ela seja fácil de fabricar aqui no País e tenha facilidade
de manutenção. Esse é o grande segredo do sucesso do projeto: ela tem
de ser simples", afirma o professor Segen Stefen, do Programa de Engenharia
Oceânica da Coppe. O valor da licitação está estimado em R$ 3,5 milhões,
que é o custo total da primeira etapa da obra, incluindo a parte estrutural.
(O Estado de São Paulo - 21.04.2006)
O início da operação da usina hidrelétrica de Irapé, no Vale do Jequitinhonha (MG), não pôs fim aos problemas dos ribeirinhos deslocados pela obra. Nascidos e criados às margens do Jequitinhonha e de seus afluentes -áreas úmidas e naturalmente férteis-, esses lavradores enfrentam hoje dificuldades no abastecimento de água e perdas de safra. (Folha de São Paulo - 23.03.2006) A Primeira Turma do STJ não acolheu um recurso interposto pela Rio Grande Energia com o objetivo de reverter uma decisão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul (TJRS) que impedia o corte de energia do município gaúcho de Sarandi. O entendimento foi de que a supressão da iluminação pública afronta a expectativa da população, única prejudicada, no recebimento de um serviço público essencial, constituindo ainda um grave risco de lesão à ordem pública. (Valor Econômico - 24.04.2006) A SuperVia obteve uma liminar do Tribunal de Justiça do Rio para impedir que a Light interrompa o fornecimento de energia à concessionária. A desembargadora Helda Lima Meireles alegou que a paralisação dos trens traria "caos para a população" que utiliza o sistema. A Light informou que usará todos os meios legais para assegurar o direito de receber pela energia que fornece à SuperVia e não descarta a possibilidade de recorrer contra a liminar. (Elétrica - 20.04.2006)
Empresas 1 Eletrobrás espera crescer no exterior Os principais
objetivos da Eletrobrás hoje, segundo seu presidente, Aloisio Vasconcelos,
são aumentar a atuação internacional e, no mercado interno, atuar como
sócia minoritária em grandes projetos rentáveis. "Queremos vender a engenharia
brasileira, a nossa expertise na construção de usinas e linhas de transmissão".
A Eletrobrás não pode atuar diretamente no exterior, de acordo com a lei
que criou a estatal há 45 anos. Mas, por meio de suas subsidiárias, ela
toca projetos ou tem planos em diversos países. As parcerias dão condições
à Eletrobrás e às empresas brasileiras de "enfrentar franceses e canadenses"
no mercado internacional de projetos de eletricidade, segundo Vasconcelos.
Mas agora, porém, a empresa quer a permissão para atuar diretamente no
exterior. O projeto para alterar a lei e permitir a atuação internacional
já foi aprovado em todas as instâncias internas da estatal e no MME. Mas
permissão tem de ser aprovada pelo Congresso.Um dos objetivos principais
no Brasil, informa o presidente, é viabilizar projetos rentáveis, com
retorno mínimo em torno de 12% ao ano. A estratégia é fazer parcerias
como sócia minoritária e, no momento, a empresa se prepara para os leilões
de energia nova em junho e agosto. "Os grandes alvos são projetos no Rio
Madeira, como Santo Antônio e Jirau, com 6,4 MW", diz Vasconcelos. (Jornal
do Commercio - 24.04.2006) 2 Furnas descarta possibilidade de ampliar participação em Foz do Chapecó Furnas descartou a hipótese de ampliar sua participação na hidrelétrica Foz do Chapecó (855 MW). No início do ano, a estatal comprou a participação da CVRD, equivalente a 40%, no empreendimento. Agora, a CEEE colocou à venda a sua parte de 20%. Segundo José Pedro Rodrigues, presidente de Furnas, existe uma cláusula no contrato que dá à CPFL Energia - outra sócia no projeto com 40% de participação - o direito de preferência. No entanto, o executivo contou que pode haver o interesse por parte da Eletrosul em adquirir parte dessa fatia, caso a CPFL Energia não fique com todos os 20%. "Da parte de Furnas, não haverá mais nenhuma ampliação na participação", reforçou Rodrigues, acrescentando que ainda há a possibilidade de dividir a atual participação em Foz do Chapecó com a estatal do Sul, que também é controlada pela Eletrobrás. (Agência Canal Energia - 20.04.2006) 3 Furnas acerta participar de hidrelétrica mineiraz Furnas fechou
acordo com as empresas Orteng Equipamentos e Sistemas e Arcadis Logos
Energia para entrar na construção e operação da Usina Hidrelétrica de
Retiro Baixo, com capacidade instalada de 82 MW. A estatal passará a deter
49% do empreendimento. As empresas Orteng e a Arcadis Logos terão, cada,
25,1% do empreendimento. Os investimentos previstos no projeto são de
cerca de R$ 262 milhões. As empresas estão agora aguardando a concessão
da Licença de Instalação da usina, que já detém a autorização ambiental,
concedida antes do Leilão de Energia Nova realizado em dezembro, quando
Retiro Baixo foi licitada. O presidente da Eletrobrás, Aloísio Vasconcelos,
lembrou que o fato de Furnas ter entrado em fatia minoritária às empresas
privadas faz parte da estratégia da estatal em relação aos novos empreendimentos.
Deste modo, o projeto pode conseguir financiamento junto ao BNDES, já
que os tomadores do crédito serão as empresas privadas, majoritárias na
usina. (Jornal do Commercio - 21.04.2006) 4 Furnas prevê destinar 47% do orçamento para reforços
e modernização de linhas 5 Cataguazes-Leopoldina amplia participação em subsidiárias A Companhia
Força e Luz Cataguazes-Leopoldina anunciou a compra de 45,6% do capital
total da Energisa, 50% da UTE Juiz de Fora e 49,9% da PBPART-SE 1. A negociação,
feita por meio da subsidiária Multiplar, envolveu a soma de R$ 361 milhões.
Os ativos foram comprados da Sobrapar, que, em janeiro deste ano, os adquiriu
da Alliant Energy. (Agência Canal Energia - 20.04.2006) A Lightpar, subsidiária da Eletrobrás vai anunciar, amanhã, um enxugamento em seu quadro de pessoal que deixará a empresa com apenas quatro profissionais. Segundo informa a Eletrobrás, na nova estrutura da Lightpar o Conselho de Administração será reduzido de seis para três pessoas e a diretoria, de quatro para dois profissionais. Todos os assessores serão dispensados. (O Estado de São Paulo - 24.04.2006) A Celg empossou o novo diretor comercial da empresa, Perinácio Saylon de Andrade. O novo diretor vai substituir Pedro André da Silva, que ocupará a chefia de gabinete da presidência da Celg. (Agência Canal Energia - 20.04.2006) A Rio Luz pretende concluir o trabalho de eficientização de 1.054 pontos de luz no munícipio do Rio de Janeiro. A operação da empresa, que é vinculada à Secretaria de Obras do município do Rio de Janeiro, inclui a substituição de lâmpadas e luminárias de vapor de mercúrio por outras de vapor de sódio mais eficientes e luminosas. A empresa estima uma economia de 49 mil MWh por ano. (Agência Canal Energia - 20.04.2006) O superintendente de Regulação e Tarifas da Coelba, Eduardo Tanure, esclareceu que o valor de aproximadamente R$ 40 milhões estimado para o processo de desverticalização é provisório, pois a quantia definitiva ainda está sendo tratada com a Aneel. Ele explicou ainda que o valor estimado já vem sendo tratado nas demonstrações financeiras contábeis da concessionária. (Agência Canal Energia - 20.04.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 22/04/2006 a 28/04/2006. Tabela
Fonte: www.ccee.org.br
Gás e Termoelétricas 1 Petrobrás admite aumento do preço de gás A Petrobrás está "consciente" que deve aumentar o preço que paga pelo gás que importa da Bolívia, informou o ministro boliviano dos Hidrocarbonetos, Andrés Soliz Rada. O reconhecimento brasileiro foi expresso a Soliz pelos executivos da multinacional durante reuniões nos últimos dias. "Conversamos sobre o panorama global e o Brasil está consciente de que é preciso reajustar os preços", disse o ministro. Além de discutirem o preço, a Petrobrás e a Bolívia avaliam o interesse brasileiro para aumentar o envio de gás para o Brasil. Soliz acrescentou que, da mesma forma que na questão do preço, os representantes brasileiros estão conscientes de que "a Bolívia tem de realizar a nacionalização" de seus campos de petróleo e gás.Soliz comentou que o governo deseja "concluir a negociação só depois, com um Estado boliviano fortalecido pela nacionalização". (O Estado de São Paulo - 24.04.2006) 2 Fluxo do gás volta ao normal até dia 30 O gerente-executivo
para o Cone Sul da Petrobrás, Décio Oddone, afirmou que a empresa normalizará
até o fim do mês o fluxo de gás boliviano para o Brasil. As importações
foram reduzidas em cerca de 20% há três semanas, depois que fortes chuvas
na Bolívia danificaram um oleoduto da Petrobrás naquele país. De acordo
com Oddone, a Petrobrás conclui a construção de um duto paralelo ao que
foi danificado, o que permite o transporte do óleo enquanto durarem os
reparos na linha principal. A Petrobrás teve de reduzir a produção de
gás nos campos de San Alberto e San Antonio, no sul da Bolívia, por falta
de capacidade de transporte do óleo extraído junto ao gás nos campos.
(O Estado de São Paulo - 22.04.2006) 3 White Martins cria alternativa aos gasodutos A partir de
maio, a empresa White Martins inaugura um novo modelo de comercialização
de gás natural, ainda inédito no Brasil, mas bastante comum em mercados
como o norte-americano e europeu. Trata-se de um projeto de US$ 50 milhões,
realizado em parceria com a Petrobras, que prevê a produção, a venda e
o transporte de gás natural liqüefeito (GNL) - tecnologia que consiste
em resfriar e comprimir o gás a temperaturas inferiores a 160 graus Celsius
negativos. "Todo o combustível será transportado por meio de carretas
especiais, com capacidade para carregar, diariamente, 26 mil metros cúbicos
do combustível", afirma Marcelo Rodrigues, diretor de gás natural da White
Martins. Com faturamento de R$ 2,9 bilhões em 2005, a White Martins atua
no mercado de liquefação de gases - nitrogênio, oxigênio, argônico e dióxico
de carbono - há mais de 90 anos, atendendo setores como o petroquímcio,
médico-hospitalar e siderúgrico. "Agora vamos utilizar a nossa expertise
para aplicar a tecnologia no gás natural", afirma Rodrigues. Todo o negócio,
porém, será conduzido pela empresa GasLocal, criada exclusivamente para
o projeto. (Gazeta Mercantil - 24.04.2006) 4 Petrobras estuda importação de GNL A Petrobras
estuda um projeto que permitirá a compra de gás natural liqüefeito de
qualquer parte do mundo. O projeto, anunciado na semana passada e que
prevê a construção de grandes plantas de regaseificação, tem como maior
objetivo diminuir a dependência brasileira em relação ao gás natural importado
da Bolívia, por meio do gasoduto Gasbol. (Gazeta Mercantil - 24.04.2006)
5 Brasil Ecodiesel: programa brasileiro de biodiesel é o mais ousado do mundo As metas relativamente ambiciosas de mistura ao diesel convencional - 2% em 2008, 5% em 2013 - e os incentivos fiscais à agricultura familiar tornam o programa brasileiro de biodiesel o mais ousado do mundo. A avaliação é do presidente do Conselho de Administração da Brasil Ecodiesel, Jório Dauster. Com a experiência de quem comandou da renegociação da dívida externa em tempos de moratória até a Vale do Rio Doce, Dauster aposta no sucesso do programa e na capacidade da empresa que integra, dirigida por Nelson Silveira, de concretizar seus planos de liderança. Para isso, já no fim do ano que vem, a Brasil Ecodiesel terá de estar pronta para oferecer 300 milhões de litros de combustível com base em óleos vegetais, dos 500 milhões da meta oficial. Os investimentos programados, de R$ 100 milhões em cinco fábricas e núcleos de produção de mamona em 11 estados brasileiros, refletem esta aposta. A opção inicial pela mamona, a localização no Nordeste e a prioridade de aquisição para a agricultura familiar atendem à busca de incentivos fiscais que acelerem o retorno do capital investido. (Jornal do Commercio - 24.04.2006) 6 Licenciamento ambiental de Angra 3 é contestado Com o intuito de suspender o licenciamento ambiental da usina nuclear Angra 3, o Ministério Público Ambiental entrou com ação civil pública com pedido de liminar contra o Ibama e a Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (Feama). No pedido de liminar, o procurador da República André de Vasconcelos Dias, que moveu a ação, requer que os órgãos suspendam todas as ações relativas ao empreendimento até que seja editada uma lei federal que defina o local da usina, com aprovação no Congresso Nacional para a realização das obras. Para o procurador, tanto o Ibama como a Feema vêm desrespeitando a Constituição uma vez que a permissão de instalação de uma usina nuclear depende de lei federal e aprovação no Congresso Nacional. O Ministério Público Federal criticou a ação do Ibama, por realizar atos para licenciamento ambiental antes mesmo de definir sua legalidade. (Agência Canal Energia - 20.04.2006)
Grandes Consumidores 1 Retomada da construção civil gera otimismo pela Abal A expectativa
de forte retomada na construção civil leva a coordenadoria do grupo setorial
de extrusão da Associação Brasileira do Alumínio a projetar alta de 7,9%
para a área neste ano com a venda de 138,5 mil toneladas, ante as 128,4
mil toneladas de 2005, informou o coordenador da área, Jorge Luiz Valezin.
Ele disse que o setor solicitou a redução de carga tributária para o produto.
Dados da Abal de 2004 mostram que a aplicação em transportes representa
21% do consumo total, bens de consumo fica com 12% e eletricidade com
4%. Em 2005, esta área cresceu 34% devido aos investimentos em energia
do projeto Luz para Todos. Estima-se que a área teve receita de R$ 1,3
bilhões em 2005. Este ano a expectativa mais forte é para recuperar parcelas
perdidas em 2005 principalmente na construção civil, área que apresentou
queda de 0,7% no consumo. (Gazeta Mercantil - 24.04.2006) 2 Alcoa renova linha e espera demanda maior A Alcoa está
investindo R$ 1,7 milhão para desenvolver e lançar uma nova linha de perfis
extrudados de alumínio para o mercado da construção civil. Os produtos
da linha denominada Inova, que visam a produção de portas e janelas, têm
como um dos principais atrativos o design mais moderno e serão fabricado
nas unidades de Tubarão (SC) e Itapissuma (PE). A expectativa é que os
novos produtos sejam responsáveis por mais de 50% das vendas das linhas
de perfis residenciais da Alcoa em três anos. A Alcoa vende entre 500
e 600 toneladas mensais de perfis extrudados para a construção civil.
A meta é aumentar as vendas em 50 a 70 toneladas mensais. O produto poderá
incrementar a receita da Alcoa em US$ 2,4 milhões por ano. A empresa prevê
alta de 5% a 6% no consumo de perfis de alumínio pela construção civil
neste ano. (Gazeta Mercantil - 24.04.2006) 3 Produção de aço cresce no mundo e cai no Brasil A produção mundial
de aço bruto totalizou 99,669 milhões de toneladas métricas em março,
superando em 7% o volume do mesmo mês do ano passado. No acumulado do
ano, a produção mundial de aço bruto cresceu 5,4% em comparação com igual
período do ano anterior, totalizando 284,159 milhões de toneladas. A produção
de aço bruto caiu 3,9% na América do Sul em março, totalizando 3,669 milhões
de toneladas. No acumulado dos primeiros três meses do ano, a produção
local somou 10,559 milhões de toneladas, com queda de 5,1% sobre igual
período do ano passado. A produção brasileira de aço bruto somou 2,479
milhões de toneladas no terceiro mês do ano, o que representa uma queda
de 10,2% sobre igual mês de 2005. No acumulado do ano, a produção brasileira
atingiu 7,186 milhões de toneladas, com queda de 9,5%. (Jornal do Commercio
- 24.04.2006)
Economia Brasileira 1 Mercado nacional de capitais apresenta forte alta em 2006 O mercado de capitais nacional está a todo o vapor. "Se continuar nesse ritmo, este ano será melhor do que 2005", disse na semana passada o presidente da CVM. Até agora, as ofertas registradas e protocoladas já somam R$ 36 bilhões, mais que o dobro de todo o ano passado. Por enquanto, os R$ 8,2 bilhões em emissões primárias e secundárias de ações já registradas estão superando os R$ 5,3 bilhões em debêntures. Considerando os R$ 6,1 bilhões de debêntures em análise, porém, a situação se inverte. Mas o que está chamando a atenção é a quantidade de notas promissórias. O volume emitido neste ano (R$ 900 milhões) é 45% maior do que no mesmo período de 2005. Considerando as ofertas em análise, o total é de R$ 6,9 bilhões, mais de três vezes maior do que o lançado em todo ano de 2005. As empresas que estão partindo para notas comerciais são todas do setor elétrico. Neste ano, por enquanto, apenas a Cemig emitiu esses títulos, no valor de R$ 900 milhões. Em análise para aprovação da CVM estão R$ 3 bilhões da CPFL Energia e R$ 3 bilhões da Serra da Mesa. (Gazeta Mercantil - 24.04.2006) 2 Industriais mantêm cautela com economia Os empresários brasileiros estão cautelosos com as condições atuais da economia e dos negócios, segundo sondagem da CNI divulgada na quinta-feira. Segundo o gerente-executivo da Unidade de Pesquisa, Avaliação e Desenvolvimento da CNI, a cautela dos empresários é resultado da percepção de que não haverá mudanças na economia que dêem novo impulso aos negócios. Com isso, a tendência das empresas é reduzir ou adiar os investimentos, o que resultará em uma expansão moderada da atividade produtiva. "Os juros estão caindo em ritmo lento e a economia está crescendo pouco", disse. Esse quadro explica porque os industriais estão menos otimistas do que em 2004, quando o País cresceu de 5,2%. Para os próximos seis meses, as perspectivas dos empresários para a economia e o desempenho dos negócios são melhores, o indicador de longo prazo mostrou-se favorável em abril. A pesquisa da CNI foi feita com 215 empresas de grande porte e 1.264 empresas de médio e pequeno porte. (Gazeta Mercantil - 24.04.2006) 3 Focus: leve redução da estimativa de inflação 4 Balança comercial apresenta superávit de US$ 612 mi As contas do
comércio exterior nacional registraram superávit de US$ 612 milhões na
terceira semana de abril. O saldo é resultado de exportações de US$ 2,213
bilhões (uma média diária de US$ 553,3 milhões) e de importações de US$
1,601 bilhão (média de US$ 326,5 milhões por dia útil). As informações
são da Secex. Nas três primeiras semanas, a balança comercial acumula
saldo de US$ 2,306 bilhões, com exportações de US$ 7,077 bilhões e importações
de US$ 4,771 bilhões. No acumulado do ano, apresenta superávit de US$
11,652 bilhões. No período, as exportações somaram US$ 36,465 bilhões
e as importações, US$ 24,813 bilhões. (Valor Econômico - 24.04.2006) O dólar comercial
abriu as operações com baixa perante o fechamento de quinta-feira, a R$
2,1140. Às 9h35, operava com queda de 0,18%, cotado a R$ 2,1150 na compra
e a R$ 2,1170 na venda. Na quinta, o dólar comercial terminou com alta
de 0,28%, a R$ 2,1190 na compra e R$ 2,1210 na venda. Houve queda de 0,93%
na semana. (Valor Online - 24.04.2006)
Internacional 1 Argentina aceita revisar preço de gás boliviano Segundo Soliz,
ministro dos Hidrocarbonetos boliviano, a Argentina já aceitou revisar
o preço do gás no contrato em que pretende ampliar os volumes de abastecimento
do produto, segundo foi estipulado entre os dois países. O convênio é
parte da declaração assinada por Soliz e pelo ministro do Planejamento
da Argentina, Julio de Vido. O documento afirma que será feita uma revisão
total do contrato de venda de gás, assinado há dois anos, e dos acordos
complementares. O ministro boliviano disse que a Argentina começou a reconhecer
que o atual preço do gás, com a "tarifa solidária" de 2004, deve se transformar
em um preço "equilibrado" tendo em vista a realidade dos dois países.
No novo contrato, que pode ser concluído em maio, será discutida a ampliação
das exportações bolivianas do produto, visando a abastecer o futuro Gasoduto
do Nordeste Argentino.A Bolívia, por intermédio da estatal YPFB, manifestou
seu interesse em atuar em parceria com a Energia Argentina (Enarsa) nos
planos de industrialização do gás em território argentino. (O Estado de
São Paulo - 24.04.2006) 2 Produtores de biodiesel e etanol terão incentivos na Argentina O Parlamento
argentino aprovou uma lei que promove a produção de biocombustíveis através
de incentivos fiscais e da obrigatoriedade de sua utilização em mistura
com a gasolina e diesel. A iniciativa do Governo promove a produção de
biodiesel a partir de óleos vegetais e animais, de bioetanol a partir
de cana de açúcar e milho e de biogás a partir da fermentação de resíduos
orgânicos. O Estado vai oferecer incentivos, como a isenção ou restituição
de alguns impostos aos produtores. Além disso, a lei obriga, a partir
do 2010, que os combustíveis tradicionais tenham pelo menos 5% de componentes
de fontes renováveis. Assim, dentro de quatro anos a Argentina deverá
produzir pelo menos 600 mil toneladas de biodiesel para misturar com diesel
e 160 mil toneladas de etanol para a gasolina. (Gazeta Mercantil - 24.04.2006)
3 Santander e BP Solar investem 160 mi em projetos O Grupo Santander e a BP Solar estão desenvolvendo o maior projeto de investimento em energia solar feito até hoje na Europa, com investimentos equivalentes a 160 milhões. O acordo entre as duas empresas vai permitir a construção de até 278 instalações de energia solar na Espanha, com uma capacidade de produzir um total de 18 a 25 MW, duplicando assim a potência total de energia solar do país. O início das obras está previsto para o próximo mês de maio e a conclusão, dezembro de 2007. A aliança entre o Santander e a BP Solar vai unir as capacidades do primeiro grupo financeiro da Zona do Euro e da Iberoamérica com uma das companhias líderes em desenho e fabricação de módulos solares, pertencentes à BP, segunda companhia do mundo em produção de petróleo e gás natural. (InvestNews - 21.04.2006) 4 Basf eleva participação na Gazprom 5 Mikhail Gorbachev defende meio ambiente mais limpo Mikhail Gorbachev,
o ex-presidente da União Soviética, busca arrecadar bilhões de dólares
com os países mais ricos do planeta para melhorar o meio ambiente através
do desenvolvimento das energias renováveis. Segundo o jornal Financial
Times, Gorbachev fez um apelo aos governos dos países mais ricos para
que doem pelo menos US$ 50 bilhões para desenvolver as energias renováveis,
diz o jornal britânico, que entrevistou o ex-líder soviético. Gorbachev
também quer arrecadar US$ 50 milhões no setor privado para fornecer melhores
cuidados médicos às vítimas da tragédia nuclear de Chernobyl, assim como
água potável e instalações sanitárias às populações mais pobres do mundo.
Gorbachev destacou que "de todas as opções energéticas, a nuclear é a
que exige mais recursos: a descontaminação é muito cara e os encargos
financeiros pesam muito tempo depois do fechamento dessas centrais". Gorbachev
está escrevendo aos parlamentos do G8, que devem se reunir em junho na
Rússia, para que os parlamentares defendam uma política mais focalizada
nas energias renováveis e menos na busca de petróleo e gás para seus respectivos
países. (Diário do Grande ABC - 21.04.2006) 6 Irã: enriquecimento é irreversível A decisão iraniana
de enriquecer urânio e de prosseguir com pesquisas nucleares é irreversível,
afirmou ontem o porta-voz do Ministério do Exterior, Hamid Reza Asefi,
em uma coletiva de imprensa. Os EUA não descartam uma ação militar para
conter os planos iranianos, algo a que China e Rússia se opõem. No próximo
dia 28, a AIEA deve publicar um relatório informando se o Irã está ou
não indo contra as determinações da ONU de cessar o enriquecimento. Segundo
Asefi, "se o relatório impuser pressões ou usar uma linguagem de ameaças,
o Irã não abandonará seus direitos e estará pronto para todas as situações
possíveis". Membros da Comissão de Inteligência do Congresso dos EUA afirmaram
ontem que Washington não dispõe de informações suficientes para saber
se o Irã é ou não capaz de produzir armas nucleares num futuro próximo.
(Folha de São Paulo - 24.03.2006)
Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados
sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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