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IFE: nº 1.793 - 24 de abril de 2006
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Tolmasquim: futuro hidrelétrico está na Amazônia
2 Bacia Amazônica: estudos de inventário têm um prazo de dois anos
3 Peixe Angical recebe autorização para iniciar testes
4 Energia e telecomunicações mantêm peso
5 Ceará abre licitação para a construção de usina no mar
6 Curtas

Empresas
1 Eletrobrás espera crescer no exterior
2 Furnas descarta possibilidade de ampliar participação em Foz do Chapecó
3 Furnas acerta participar de hidrelétrica mineiraz
4 Furnas prevê destinar 47% do orçamento para reforços e modernização de linhas
5 Cataguazes-Leopoldina amplia participação em subsidiárias
6 Curtas

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Preço Spot - CCEE

Gás e Termelétricas
1 Petrobrás admite aumento do preço de gás
2 Fluxo do gás volta ao normal até dia 30
3 White Martins cria alternativa aos gasodutos
4 Petrobras estuda importação de GNL
5 Brasil Ecodiesel: programa brasileiro de biodiesel é o mais ousado do mundo
6 Licenciamento ambiental de Angra 3 é contestado

Grandes Consumidores
1 Retomada da construção civil gera otimismo pela Abal
2 Alcoa renova linha e espera demanda maior
3 Produção de aço cresce no mundo e cai no Brasil

Economia Brasileira
1 Mercado nacional de capitais apresenta forte alta em 2006
2 Industriais mantêm cautela com economia

3 Focus: leve redução da estimativa de inflação
4 Balança comercial apresenta superávit de US$ 612 mi
5 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Argentina aceita revisar preço de gás boliviano
2 Produtores de biodiesel e etanol terão incentivos na Argentina
3 Santander e BP Solar investem €160 mi em projetos
4 Basf eleva participação na Gazprom
5
Mikhail Gorbachev defende meio ambiente mais limpo
6 Irã: enriquecimento é irreversível

 

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Tolmasquim: futuro hidrelétrico está na Amazônia

O esgotamento de aproveitamento de bacias hidrográficas na região Centro-Sul do País, aliado à necessidade de expansão do sistema de geração hidrelétrica, indica para o Norte, principalmente na Bacia Amazônica, um novo pólo de geração no futuro. São nos rios da região Amazônica que se concentram os estudos de inventário que estão sendo desenvolvidos pela EPE. O potencial inicial estimado dessas bacias é de 14.750 MW. Por outro lado, são esperadas dificuldades para o aproveitamento desses projetos, a exemplo do que acontece com empreendimentos previstos para os rios Madeira e Xingu, em função de elevados custos econômicos e, principalmente, de entraves ambientais. Mauricio Tolmasquim, presidente da EPE, revela que as usinas existentes naquela região ocupam apenas 0,22% do território local. "Do meu ponto de vista, é muito pouco. As usinas que estão instaladas lá ocupam muito pouco em relação ao benefício que elas podem trazer para o País. Será feito o inventário dessas bacias, para se conhecer quais e quantas usinas podem ser construídas. Juntamente, será feita a avaliação ambiental integrada, para se avaliar os impactos ambientais sinérgicos, ou seja, o efeito conjunto que essas usinas causarão", explicou. (Jornal do Commercio - 24.04.2006)

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2 Bacia Amazônica: estudos de inventário têm um prazo de dois anos

Os estudos de inventário na Bacia Amazônica têm um prazo de dois anos para serem concluídos. Eles incluem a Avaliação Ambiental Integrada (AAI), que identifica e avalia os efeitos ambientais ocasionados pelo planejamento, construção e operação da usina estudada. O estudo de AAI desenvolve indicadores de sustentabilidade para a bacia, delimita áreas de fragilidade ambiental e potencialidades sócio-econômicas, além de identificar diretrizes ambientais para a concepção do projeto. De acordo com Mauricio Tolmasquim, o tempo mínimo para que esses empreendimentos sejam ofertados em leilões é de quatro anos. A EPE está finalizando ainda as avaliações ambientais integradas nos rios Teles Pires, Tapajós e Araguaia, na região Norte; Parnaíba, Tocantins e Formadores do Tocantins, no Centro-Oeste; Paranaíba, Doce e Paraíba do Sul, no Sudeste; e as Bacias Uruguai, Tibagi e Iguaçu, na região Sul. Além disso, seis trechos na região Norte terão seus estudos de viabilidade concluídos este ano. O custo previsto de todos esses estudos é de R$ 153 milhões. Caso uma dessas usinas seja leiloada, o consórcio vencedor pagará, dentro do valor total do projeto, o custo do estudo do empreendimento. (Jornal do Commercio - 24.04.2006)

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3 Peixe Angical recebe autorização para iniciar testes

A Hidrelétrica Peixe Angical, nos municípios de Peixe e São Salvador (TO), teve a primeira unidade geradora de 150,6 MW liberada pela Aneel. Segundo a Aneel, a geradora deve iniciar a operação em teste a partir desta quinta-feira, 20 de abril. Os investidores terão de apresentar o relatório final em até 60 dias após a data de conclusão da operação, segundo decisão publicada no Diário Oficial da União de hoje, por meio do despacho n° 788. A usina, com capacidade instalada de 452 MW, é um empreendimento da Energias do Brasil (60%) e Furnas (40%). A Aneel também liberou desde a última quarta-feira, 19 de abril, 12 unidades geradoras para operação em teste. As unidades possuem 2 mil kW cada, totalizando 24 mil kW, e integram a central geradora Parque Eólico de Osório, no município de Osório (RS). O despacho n° 789 divulgou que a Ventos do Sul, proprietária do empreendimento, terá de entregar à Aneel o relatório final após 60 dias da data de conclusão da operação. (Agência Canal Energia - 20.04.2006)

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4 Energia e telecomunicações mantêm peso

Mesmo com aumento de arrecadação de ICMS alavancado pela indústria, o setor de preços administrados - que inclui energia elétrica, telecomunicações e combustíveis - continua representativo para muitos Estados, como Rio Grande do Sul, Pernambuco e Santa Catarina. No primeiro trimestre, a receita com o tributo alcançou R$ 2,9 bilhões no Rio Grande do Sul e reforçou a meta fixada em R$ 11,95 bilhões para o acumulado de 2006. A receita sobre a energia elétrica cresceu 30% no trimestre devido ao consumo maior e ao reajuste das tarifas. Em Santa Catarina, os dados do primeiro trimestre também não mostram grandes variações nos principais setores arrecadadores. As distribuidoras de combustível lideram os pagamentos de ICMS. São seguidas, pelos setores de energia, telecomunicações e bebidas. No Paraná, a arrecadação de ICMS teve alta nominal de 13,8% no primeiro trimestre, em comparação com igual período do ano passado. O maior aumento, de 19,7%, foi verificado na indústria, que tem participação de 55% no bolo. Em Pernambuco, a arrecadação com ICMS no trimestre cresceu 12,27% em valores nominais sobre o mesmo período de 2005. Os setores que mais influenciaram a alta foram energia, combustíveis, telecomunicações e supermercados. (Valor Econômico - 24.04.2006)

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5 Ceará abre licitação para a construção de usina no mar

O governo do Estado do Ceará vai abrir licitação em maior para a construção da primeira fase de uma usina que aproveita as ondas do mar para gerar eletricidade. O projeto está sendo desenvolvido pela Coordenação dos Programas de Pós-Graduação de Engenharia (Coppe), da UFRJ, com o apoio da Eletrobrás e da Secretaria da Infra-Estrutura (Seinfra) cearense. "O que nós estamos tentando fazer como diferencial é que o Brasil tenha pleno domínio de todos os componentes dessa usina. Ou seja, nós achamos importante que essa usina não tenha caixa preta. Que ela seja fácil de fabricar aqui no País e tenha facilidade de manutenção. Esse é o grande segredo do sucesso do projeto: ela tem de ser simples", afirma o professor Segen Stefen, do Programa de Engenharia Oceânica da Coppe. O valor da licitação está estimado em R$ 3,5 milhões, que é o custo total da primeira etapa da obra, incluindo a parte estrutural. (O Estado de São Paulo - 21.04.2006)

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6 Curtas

O início da operação da usina hidrelétrica de Irapé, no Vale do Jequitinhonha (MG), não pôs fim aos problemas dos ribeirinhos deslocados pela obra. Nascidos e criados às margens do Jequitinhonha e de seus afluentes -áreas úmidas e naturalmente férteis-, esses lavradores enfrentam hoje dificuldades no abastecimento de água e perdas de safra. (Folha de São Paulo - 23.03.2006)

A Primeira Turma do STJ não acolheu um recurso interposto pela Rio Grande Energia com o objetivo de reverter uma decisão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul (TJRS) que impedia o corte de energia do município gaúcho de Sarandi. O entendimento foi de que a supressão da iluminação pública afronta a expectativa da população, única prejudicada, no recebimento de um serviço público essencial, constituindo ainda um grave risco de lesão à ordem pública. (Valor Econômico - 24.04.2006)

A SuperVia obteve uma liminar do Tribunal de Justiça do Rio para impedir que a Light interrompa o fornecimento de energia à concessionária. A desembargadora Helda Lima Meireles alegou que a paralisação dos trens traria "caos para a população" que utiliza o sistema. A Light informou que usará todos os meios legais para assegurar o direito de receber pela energia que fornece à SuperVia e não descarta a possibilidade de recorrer contra a liminar. (Elétrica - 20.04.2006)

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Empresas

1 Eletrobrás espera crescer no exterior

Os principais objetivos da Eletrobrás hoje, segundo seu presidente, Aloisio Vasconcelos, são aumentar a atuação internacional e, no mercado interno, atuar como sócia minoritária em grandes projetos rentáveis. "Queremos vender a engenharia brasileira, a nossa expertise na construção de usinas e linhas de transmissão". A Eletrobrás não pode atuar diretamente no exterior, de acordo com a lei que criou a estatal há 45 anos. Mas, por meio de suas subsidiárias, ela toca projetos ou tem planos em diversos países. As parcerias dão condições à Eletrobrás e às empresas brasileiras de "enfrentar franceses e canadenses" no mercado internacional de projetos de eletricidade, segundo Vasconcelos. Mas agora, porém, a empresa quer a permissão para atuar diretamente no exterior. O projeto para alterar a lei e permitir a atuação internacional já foi aprovado em todas as instâncias internas da estatal e no MME. Mas permissão tem de ser aprovada pelo Congresso.Um dos objetivos principais no Brasil, informa o presidente, é viabilizar projetos rentáveis, com retorno mínimo em torno de 12% ao ano. A estratégia é fazer parcerias como sócia minoritária e, no momento, a empresa se prepara para os leilões de energia nova em junho e agosto. "Os grandes alvos são projetos no Rio Madeira, como Santo Antônio e Jirau, com 6,4 MW", diz Vasconcelos. (Jornal do Commercio - 24.04.2006)

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2 Furnas descarta possibilidade de ampliar participação em Foz do Chapecó

Furnas descartou a hipótese de ampliar sua participação na hidrelétrica Foz do Chapecó (855 MW). No início do ano, a estatal comprou a participação da CVRD, equivalente a 40%, no empreendimento. Agora, a CEEE colocou à venda a sua parte de 20%. Segundo José Pedro Rodrigues, presidente de Furnas, existe uma cláusula no contrato que dá à CPFL Energia - outra sócia no projeto com 40% de participação - o direito de preferência. No entanto, o executivo contou que pode haver o interesse por parte da Eletrosul em adquirir parte dessa fatia, caso a CPFL Energia não fique com todos os 20%. "Da parte de Furnas, não haverá mais nenhuma ampliação na participação", reforçou Rodrigues, acrescentando que ainda há a possibilidade de dividir a atual participação em Foz do Chapecó com a estatal do Sul, que também é controlada pela Eletrobrás. (Agência Canal Energia - 20.04.2006)

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3 Furnas acerta participar de hidrelétrica mineiraz

Furnas fechou acordo com as empresas Orteng Equipamentos e Sistemas e Arcadis Logos Energia para entrar na construção e operação da Usina Hidrelétrica de Retiro Baixo, com capacidade instalada de 82 MW. A estatal passará a deter 49% do empreendimento. As empresas Orteng e a Arcadis Logos terão, cada, 25,1% do empreendimento. Os investimentos previstos no projeto são de cerca de R$ 262 milhões. As empresas estão agora aguardando a concessão da Licença de Instalação da usina, que já detém a autorização ambiental, concedida antes do Leilão de Energia Nova realizado em dezembro, quando Retiro Baixo foi licitada. O presidente da Eletrobrás, Aloísio Vasconcelos, lembrou que o fato de Furnas ter entrado em fatia minoritária às empresas privadas faz parte da estratégia da estatal em relação aos novos empreendimentos. Deste modo, o projeto pode conseguir financiamento junto ao BNDES, já que os tomadores do crédito serão as empresas privadas, majoritárias na usina. (Jornal do Commercio - 21.04.2006)

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4 Furnas prevê destinar 47% do orçamento para reforços e modernização de linhas

Com orçamento de R$ 1,3 bilhão para investir este ano na expansão do sistema, Furnas prevê destinar R$ 440 milhões para a área de geração e R$ 680 milhões para o segmento de transmissão. Neste segundo item, a estatal planeja aplicar R$ 611,5 milhões para obras de reforços e modernização das linhas, valor que representa 47% do orçamento total. O restante do orçamento, R$ 180 milhões, será empregado em áreas como preservação ambiental e telecomunicações. Entre as obras planejadas para reforçar as linhas de transmissão, o superintendente de planejamento de Furnas, João Batista Gribel, destaca o incremento dos três principais blocos regionais do país. "Com isso, Furnas deve alcançar, até o fim do ano, uma capacidade de transformação de 100 mil MVA, três mil MVA a mais do que a atual", estimou. Segundo Gribel, Furnas possui um sistema extenso e já antigo, o que exige recursos em reforços e modernização. "Por isso, os principais investimentos de expansão da empresa são no setor de transmissão, com ênfase nos reforços do sistema", disse. (Agência Canal Energia - 20.04.2006)

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5 Cataguazes-Leopoldina amplia participação em subsidiárias

A Companhia Força e Luz Cataguazes-Leopoldina anunciou a compra de 45,6% do capital total da Energisa, 50% da UTE Juiz de Fora e 49,9% da PBPART-SE 1. A negociação, feita por meio da subsidiária Multiplar, envolveu a soma de R$ 361 milhões. Os ativos foram comprados da Sobrapar, que, em janeiro deste ano, os adquiriu da Alliant Energy. (Agência Canal Energia - 20.04.2006)

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6 Curtas

A Lightpar, subsidiária da Eletrobrás vai anunciar, amanhã, um enxugamento em seu quadro de pessoal que deixará a empresa com apenas quatro profissionais. Segundo informa a Eletrobrás, na nova estrutura da Lightpar o Conselho de Administração será reduzido de seis para três pessoas e a diretoria, de quatro para dois profissionais. Todos os assessores serão dispensados. (O Estado de São Paulo - 24.04.2006)

A Celg empossou o novo diretor comercial da empresa, Perinácio Saylon de Andrade. O novo diretor vai substituir Pedro André da Silva, que ocupará a chefia de gabinete da presidência da Celg. (Agência Canal Energia - 20.04.2006)

A Rio Luz pretende concluir o trabalho de eficientização de 1.054 pontos de luz no munícipio do Rio de Janeiro. A operação da empresa, que é vinculada à Secretaria de Obras do município do Rio de Janeiro, inclui a substituição de lâmpadas e luminárias de vapor de mercúrio por outras de vapor de sódio mais eficientes e luminosas. A empresa estima uma economia de 49 mil MWh por ano. (Agência Canal Energia - 20.04.2006)

O superintendente de Regulação e Tarifas da Coelba, Eduardo Tanure, esclareceu que o valor de aproximadamente R$ 40 milhões estimado para o processo de desverticalização é provisório, pois a quantia definitiva ainda está sendo tratada com a Aneel. Ele explicou ainda que o valor estimado já vem sendo tratado nas demonstrações financeiras contábeis da concessionária. (Agência Canal Energia - 20.04.2006)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Preço Spot - CCEE

De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 22/04/2006 a 28/04/2006.

Tabela
Brasil - Mercado Spot por Região.
(valores expressos em R$/Mwh)

Sudeste/Centro Oeste
Sul
Nordeste
Norte
 pesada                             16,92  pesada                      16,92  pesada                     16,92  pesada                    16,92
 média                               16,92  média                        16,92  média                       16,92  média                      16,92
 leve                                  16,92  leve                           16,92  leve                          16,92  leve                         16,92
  
    Fonte: www.ccee.org.br


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Gás e Termoelétricas

1 Petrobrás admite aumento do preço de gás

A Petrobrás está "consciente" que deve aumentar o preço que paga pelo gás que importa da Bolívia, informou o ministro boliviano dos Hidrocarbonetos, Andrés Soliz Rada. O reconhecimento brasileiro foi expresso a Soliz pelos executivos da multinacional durante reuniões nos últimos dias. "Conversamos sobre o panorama global e o Brasil está consciente de que é preciso reajustar os preços", disse o ministro. Além de discutirem o preço, a Petrobrás e a Bolívia avaliam o interesse brasileiro para aumentar o envio de gás para o Brasil. Soliz acrescentou que, da mesma forma que na questão do preço, os representantes brasileiros estão conscientes de que "a Bolívia tem de realizar a nacionalização" de seus campos de petróleo e gás.Soliz comentou que o governo deseja "concluir a negociação só depois, com um Estado boliviano fortalecido pela nacionalização". (O Estado de São Paulo - 24.04.2006)

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2 Fluxo do gás volta ao normal até dia 30

O gerente-executivo para o Cone Sul da Petrobrás, Décio Oddone, afirmou que a empresa normalizará até o fim do mês o fluxo de gás boliviano para o Brasil. As importações foram reduzidas em cerca de 20% há três semanas, depois que fortes chuvas na Bolívia danificaram um oleoduto da Petrobrás naquele país. De acordo com Oddone, a Petrobrás conclui a construção de um duto paralelo ao que foi danificado, o que permite o transporte do óleo enquanto durarem os reparos na linha principal. A Petrobrás teve de reduzir a produção de gás nos campos de San Alberto e San Antonio, no sul da Bolívia, por falta de capacidade de transporte do óleo extraído junto ao gás nos campos. (O Estado de São Paulo - 22.04.2006)

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3 White Martins cria alternativa aos gasodutos

A partir de maio, a empresa White Martins inaugura um novo modelo de comercialização de gás natural, ainda inédito no Brasil, mas bastante comum em mercados como o norte-americano e europeu. Trata-se de um projeto de US$ 50 milhões, realizado em parceria com a Petrobras, que prevê a produção, a venda e o transporte de gás natural liqüefeito (GNL) - tecnologia que consiste em resfriar e comprimir o gás a temperaturas inferiores a 160 graus Celsius negativos. "Todo o combustível será transportado por meio de carretas especiais, com capacidade para carregar, diariamente, 26 mil metros cúbicos do combustível", afirma Marcelo Rodrigues, diretor de gás natural da White Martins. Com faturamento de R$ 2,9 bilhões em 2005, a White Martins atua no mercado de liquefação de gases - nitrogênio, oxigênio, argônico e dióxico de carbono - há mais de 90 anos, atendendo setores como o petroquímcio, médico-hospitalar e siderúgrico. "Agora vamos utilizar a nossa expertise para aplicar a tecnologia no gás natural", afirma Rodrigues. Todo o negócio, porém, será conduzido pela empresa GasLocal, criada exclusivamente para o projeto. (Gazeta Mercantil - 24.04.2006)

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4 Petrobras estuda importação de GNL

A Petrobras estuda um projeto que permitirá a compra de gás natural liqüefeito de qualquer parte do mundo. O projeto, anunciado na semana passada e que prevê a construção de grandes plantas de regaseificação, tem como maior objetivo diminuir a dependência brasileira em relação ao gás natural importado da Bolívia, por meio do gasoduto Gasbol. (Gazeta Mercantil - 24.04.2006)

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5 Brasil Ecodiesel: programa brasileiro de biodiesel é o mais ousado do mundo

As metas relativamente ambiciosas de mistura ao diesel convencional - 2% em 2008, 5% em 2013 - e os incentivos fiscais à agricultura familiar tornam o programa brasileiro de biodiesel o mais ousado do mundo. A avaliação é do presidente do Conselho de Administração da Brasil Ecodiesel, Jório Dauster. Com a experiência de quem comandou da renegociação da dívida externa em tempos de moratória até a Vale do Rio Doce, Dauster aposta no sucesso do programa e na capacidade da empresa que integra, dirigida por Nelson Silveira, de concretizar seus planos de liderança. Para isso, já no fim do ano que vem, a Brasil Ecodiesel terá de estar pronta para oferecer 300 milhões de litros de combustível com base em óleos vegetais, dos 500 milhões da meta oficial. Os investimentos programados, de R$ 100 milhões em cinco fábricas e núcleos de produção de mamona em 11 estados brasileiros, refletem esta aposta. A opção inicial pela mamona, a localização no Nordeste e a prioridade de aquisição para a agricultura familiar atendem à busca de incentivos fiscais que acelerem o retorno do capital investido. (Jornal do Commercio - 24.04.2006)

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6 Licenciamento ambiental de Angra 3 é contestado

Com o intuito de suspender o licenciamento ambiental da usina nuclear Angra 3, o Ministério Público Ambiental entrou com ação civil pública com pedido de liminar contra o Ibama e a Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (Feama). No pedido de liminar, o procurador da República André de Vasconcelos Dias, que moveu a ação, requer que os órgãos suspendam todas as ações relativas ao empreendimento até que seja editada uma lei federal que defina o local da usina, com aprovação no Congresso Nacional para a realização das obras. Para o procurador, tanto o Ibama como a Feema vêm desrespeitando a Constituição uma vez que a permissão de instalação de uma usina nuclear depende de lei federal e aprovação no Congresso Nacional. O Ministério Público Federal criticou a ação do Ibama, por realizar atos para licenciamento ambiental antes mesmo de definir sua legalidade. (Agência Canal Energia - 20.04.2006)

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Grandes Consumidores

1 Retomada da construção civil gera otimismo pela Abal

A expectativa de forte retomada na construção civil leva a coordenadoria do grupo setorial de extrusão da Associação Brasileira do Alumínio a projetar alta de 7,9% para a área neste ano com a venda de 138,5 mil toneladas, ante as 128,4 mil toneladas de 2005, informou o coordenador da área, Jorge Luiz Valezin. Ele disse que o setor solicitou a redução de carga tributária para o produto. Dados da Abal de 2004 mostram que a aplicação em transportes representa 21% do consumo total, bens de consumo fica com 12% e eletricidade com 4%. Em 2005, esta área cresceu 34% devido aos investimentos em energia do projeto Luz para Todos. Estima-se que a área teve receita de R$ 1,3 bilhões em 2005. Este ano a expectativa mais forte é para recuperar parcelas perdidas em 2005 principalmente na construção civil, área que apresentou queda de 0,7% no consumo. (Gazeta Mercantil - 24.04.2006)

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2 Alcoa renova linha e espera demanda maior

A Alcoa está investindo R$ 1,7 milhão para desenvolver e lançar uma nova linha de perfis extrudados de alumínio para o mercado da construção civil. Os produtos da linha denominada Inova, que visam a produção de portas e janelas, têm como um dos principais atrativos o design mais moderno e serão fabricado nas unidades de Tubarão (SC) e Itapissuma (PE). A expectativa é que os novos produtos sejam responsáveis por mais de 50% das vendas das linhas de perfis residenciais da Alcoa em três anos. A Alcoa vende entre 500 e 600 toneladas mensais de perfis extrudados para a construção civil. A meta é aumentar as vendas em 50 a 70 toneladas mensais. O produto poderá incrementar a receita da Alcoa em US$ 2,4 milhões por ano. A empresa prevê alta de 5% a 6% no consumo de perfis de alumínio pela construção civil neste ano. (Gazeta Mercantil - 24.04.2006)

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3 Produção de aço cresce no mundo e cai no Brasil

A produção mundial de aço bruto totalizou 99,669 milhões de toneladas métricas em março, superando em 7% o volume do mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano, a produção mundial de aço bruto cresceu 5,4% em comparação com igual período do ano anterior, totalizando 284,159 milhões de toneladas. A produção de aço bruto caiu 3,9% na América do Sul em março, totalizando 3,669 milhões de toneladas. No acumulado dos primeiros três meses do ano, a produção local somou 10,559 milhões de toneladas, com queda de 5,1% sobre igual período do ano passado. A produção brasileira de aço bruto somou 2,479 milhões de toneladas no terceiro mês do ano, o que representa uma queda de 10,2% sobre igual mês de 2005. No acumulado do ano, a produção brasileira atingiu 7,186 milhões de toneladas, com queda de 9,5%. (Jornal do Commercio - 24.04.2006)

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Economia Brasileira

1 Mercado nacional de capitais apresenta forte alta em 2006

O mercado de capitais nacional está a todo o vapor. "Se continuar nesse ritmo, este ano será melhor do que 2005", disse na semana passada o presidente da CVM. Até agora, as ofertas registradas e protocoladas já somam R$ 36 bilhões, mais que o dobro de todo o ano passado. Por enquanto, os R$ 8,2 bilhões em emissões primárias e secundárias de ações já registradas estão superando os R$ 5,3 bilhões em debêntures. Considerando os R$ 6,1 bilhões de debêntures em análise, porém, a situação se inverte. Mas o que está chamando a atenção é a quantidade de notas promissórias. O volume emitido neste ano (R$ 900 milhões) é 45% maior do que no mesmo período de 2005. Considerando as ofertas em análise, o total é de R$ 6,9 bilhões, mais de três vezes maior do que o lançado em todo ano de 2005. As empresas que estão partindo para notas comerciais são todas do setor elétrico. Neste ano, por enquanto, apenas a Cemig emitiu esses títulos, no valor de R$ 900 milhões. Em análise para aprovação da CVM estão R$ 3 bilhões da CPFL Energia e R$ 3 bilhões da Serra da Mesa. (Gazeta Mercantil - 24.04.2006)

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2 Industriais mantêm cautela com economia

Os empresários brasileiros estão cautelosos com as condições atuais da economia e dos negócios, segundo sondagem da CNI divulgada na quinta-feira. Segundo o gerente-executivo da Unidade de Pesquisa, Avaliação e Desenvolvimento da CNI, a cautela dos empresários é resultado da percepção de que não haverá mudanças na economia que dêem novo impulso aos negócios. Com isso, a tendência das empresas é reduzir ou adiar os investimentos, o que resultará em uma expansão moderada da atividade produtiva. "Os juros estão caindo em ritmo lento e a economia está crescendo pouco", disse. Esse quadro explica porque os industriais estão menos otimistas do que em 2004, quando o País cresceu de 5,2%. Para os próximos seis meses, as perspectivas dos empresários para a economia e o desempenho dos negócios são melhores, o indicador de longo prazo mostrou-se favorável em abril. A pesquisa da CNI foi feita com 215 empresas de grande porte e 1.264 empresas de médio e pequeno porte. (Gazeta Mercantil - 24.04.2006)

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3 Focus: leve redução da estimativa de inflação

Os analistas do mercado financeiro continuam a revisar para baixo as expectativas de inflação para 2006. Agora, os analistas esperam que o IPCA termine o ano em 4,42%, pouco abaixo do centro da meta, que é de 4,5%. Antes, a projeção era de 4,43%. A previsão para o IGP-DI passou de 3% para 2,72%. Para o IGP-M, a expectativa passou de 3,14% para 3%. Até o final do ano, as instituições financeiras mantiveram a previsão de que a taxa Selic chegará a 14% ao ano. A previsão para o crescimento da economia foi mantida. A pesquisa aponta para um crescimento do PIB de 3,5%. Já sobre a produção industrial, os analistas esperam um crescimento de 4,50%, contra 4,48% da semana anterior. Já a projeção em relação ao superávit comercial está em US$ 40 bilhões. (Folha de São Paulo - 24.04.2006)

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4 Balança comercial apresenta superávit de US$ 612 mi

As contas do comércio exterior nacional registraram superávit de US$ 612 milhões na terceira semana de abril. O saldo é resultado de exportações de US$ 2,213 bilhões (uma média diária de US$ 553,3 milhões) e de importações de US$ 1,601 bilhão (média de US$ 326,5 milhões por dia útil). As informações são da Secex. Nas três primeiras semanas, a balança comercial acumula saldo de US$ 2,306 bilhões, com exportações de US$ 7,077 bilhões e importações de US$ 4,771 bilhões. No acumulado do ano, apresenta superávit de US$ 11,652 bilhões. No período, as exportações somaram US$ 36,465 bilhões e as importações, US$ 24,813 bilhões. (Valor Econômico - 24.04.2006)

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5 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial abriu as operações com baixa perante o fechamento de quinta-feira, a R$ 2,1140. Às 9h35, operava com queda de 0,18%, cotado a R$ 2,1150 na compra e a R$ 2,1170 na venda. Na quinta, o dólar comercial terminou com alta de 0,28%, a R$ 2,1190 na compra e R$ 2,1210 na venda. Houve queda de 0,93% na semana. (Valor Online - 24.04.2006)

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Internacional

1 Argentina aceita revisar preço de gás boliviano

Segundo Soliz, ministro dos Hidrocarbonetos boliviano, a Argentina já aceitou revisar o preço do gás no contrato em que pretende ampliar os volumes de abastecimento do produto, segundo foi estipulado entre os dois países. O convênio é parte da declaração assinada por Soliz e pelo ministro do Planejamento da Argentina, Julio de Vido. O documento afirma que será feita uma revisão total do contrato de venda de gás, assinado há dois anos, e dos acordos complementares. O ministro boliviano disse que a Argentina começou a reconhecer que o atual preço do gás, com a "tarifa solidária" de 2004, deve se transformar em um preço "equilibrado" tendo em vista a realidade dos dois países. No novo contrato, que pode ser concluído em maio, será discutida a ampliação das exportações bolivianas do produto, visando a abastecer o futuro Gasoduto do Nordeste Argentino.A Bolívia, por intermédio da estatal YPFB, manifestou seu interesse em atuar em parceria com a Energia Argentina (Enarsa) nos planos de industrialização do gás em território argentino. (O Estado de São Paulo - 24.04.2006)

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2 Produtores de biodiesel e etanol terão incentivos na Argentina

O Parlamento argentino aprovou uma lei que promove a produção de biocombustíveis através de incentivos fiscais e da obrigatoriedade de sua utilização em mistura com a gasolina e diesel. A iniciativa do Governo promove a produção de biodiesel a partir de óleos vegetais e animais, de bioetanol a partir de cana de açúcar e milho e de biogás a partir da fermentação de resíduos orgânicos. O Estado vai oferecer incentivos, como a isenção ou restituição de alguns impostos aos produtores. Além disso, a lei obriga, a partir do 2010, que os combustíveis tradicionais tenham pelo menos 5% de componentes de fontes renováveis. Assim, dentro de quatro anos a Argentina deverá produzir pelo menos 600 mil toneladas de biodiesel para misturar com diesel e 160 mil toneladas de etanol para a gasolina. (Gazeta Mercantil - 24.04.2006)

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3 Santander e BP Solar investem €160 mi em projetos

O Grupo Santander e a BP Solar estão desenvolvendo o maior projeto de investimento em energia solar feito até hoje na Europa, com investimentos equivalentes a € 160 milhões. O acordo entre as duas empresas vai permitir a construção de até 278 instalações de energia solar na Espanha, com uma capacidade de produzir um total de 18 a 25 MW, duplicando assim a potência total de energia solar do país. O início das obras está previsto para o próximo mês de maio e a conclusão, dezembro de 2007. A aliança entre o Santander e a BP Solar vai unir as capacidades do primeiro grupo financeiro da Zona do Euro e da Iberoamérica com uma das companhias líderes em desenho e fabricação de módulos solares, pertencentes à BP, segunda companhia do mundo em produção de petróleo e gás natural. (InvestNews - 21.04.2006)

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4 Basf eleva participação na Gazprom

A Basf assinará contrato com Gazprom pelo qual passará a ter 35% de participação no lucro resultante do gás natural produzido em campo na Rússia. A participação da Basf no lucro da Yuzhno-Russkoye, que explorar o gás natural proveniente do oeste da Sibéria, acontecerá através da unidade Wintershall e é maior do que o previsto, segundo o informativo Handelsblatt. Fontes disseram que a unidade alemã E. ON terá participação de pouco menos de 15% dos lucros da empresa russa. A Gazprom retém a maior parte dos campos de gás natural da Rússia. Em alguns empreendimento as duas companhias alemãs têm participação em torno de 25% cada. O contrato com a Basf será assinado em Tomsk, na Rússia, de acordo com Handelsblatt. A Gazprom, em contrapartida, aumentará sua base na joint venture entre Wingas GMBH e Wintershall para 49%, ante os 35% anteriores, e receberá participação no petróleo e gás produzido na Líbia pela Wintershall. (Jornal do Commercio - 24.04.2006)

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5 Mikhail Gorbachev defende meio ambiente mais limpo

Mikhail Gorbachev, o ex-presidente da União Soviética, busca arrecadar bilhões de dólares com os países mais ricos do planeta para melhorar o meio ambiente através do desenvolvimento das energias renováveis. Segundo o jornal Financial Times, Gorbachev fez um apelo aos governos dos países mais ricos para que doem pelo menos US$ 50 bilhões para desenvolver as energias renováveis, diz o jornal britânico, que entrevistou o ex-líder soviético. Gorbachev também quer arrecadar US$ 50 milhões no setor privado para fornecer melhores cuidados médicos às vítimas da tragédia nuclear de Chernobyl, assim como água potável e instalações sanitárias às populações mais pobres do mundo. Gorbachev destacou que "de todas as opções energéticas, a nuclear é a que exige mais recursos: a descontaminação é muito cara e os encargos financeiros pesam muito tempo depois do fechamento dessas centrais". Gorbachev está escrevendo aos parlamentos do G8, que devem se reunir em junho na Rússia, para que os parlamentares defendam uma política mais focalizada nas energias renováveis e menos na busca de petróleo e gás para seus respectivos países. (Diário do Grande ABC - 21.04.2006)

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6 Irã: enriquecimento é irreversível

A decisão iraniana de enriquecer urânio e de prosseguir com pesquisas nucleares é irreversível, afirmou ontem o porta-voz do Ministério do Exterior, Hamid Reza Asefi, em uma coletiva de imprensa. Os EUA não descartam uma ação militar para conter os planos iranianos, algo a que China e Rússia se opõem. No próximo dia 28, a AIEA deve publicar um relatório informando se o Irã está ou não indo contra as determinações da ONU de cessar o enriquecimento. Segundo Asefi, "se o relatório impuser pressões ou usar uma linguagem de ameaças, o Irã não abandonará seus direitos e estará pronto para todas as situações possíveis". Membros da Comissão de Inteligência do Congresso dos EUA afirmaram ontem que Washington não dispõe de informações suficientes para saber se o Irã é ou não capaz de produzir armas nucleares num futuro próximo. (Folha de São Paulo - 24.03.2006)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro mailto:nivalde@ufrj.br
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Camila Nobrega, Marcelo Machado, Guilherme Branquinho e Larissa Barbosa

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

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