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IFE: nº 1.789 - 17 de abril de 2006
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
BNDES: desembolsos caem 51% para setor no primeiro trimestre
2 Apine traça diretrizes para expandir mercado para produtores independentes
3 LCA Consultores: país perde em competitividade com tarifas elevadas
4 Transmissoras pagarão R$ 3 mi como quotas do Proinfa
5 Projetos eólicos ganharão impulso com tecnologia
6 Curtas

Empresas
1 Itaipu: cotas de energias serão revisadas a partir de 2008
2 Endesa Brasil lucra R$ 24 mi
3 Legrand compra empresa gaúcha Cemar
4 Light aprova aumento de capital de R$ 3,5 mi
5 Light ameaça parar os trens da Supervia
6 Eletronuclear investe R$ 1,6 mi no Parque Nacional da Bocaina
7 Cesp bate recorde de geração instantânea
8 Schahin constrói pequenas usinas

9 Elebrás e MME tentam saída para viabilizar parque eólico Tramandaí

10 Cotações da Eletrobrás

11 Curtas

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Preço Spot - CCEE

Gás e Termelétricas
1 MME garante gás natural para distribuidoras
2 MME cria grupo para estruturar plano de contingência
3 Petrobras avalia gás resfriado

Grandes Consumidores
1 Suzano muda de presidente e anuncia investimentos
2 Produção de alumínio cresceu 7,8% em março
3 Vale negociará minério à vista se não houver acordo

Economia Brasileira
1 Desembolsos do BNDES totalizam R$ 6,77 bi
2 Economia está "morna" para empresas

3 Focus: previsão inflação abaixo da meta e queda da Selic
4 IPC-S registra variação de 0,23%
5 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Bolívia adia decreto de nacionalização de reservas
2 Irã não aceita interromper com enriquecimento de urânio
3 Irã amplia suas instalações
4 Cientistas sugerem o diesel de carvão

 

Regulação e Reestruturação do Setor

1 BNDES: desembolsos caem 51% para setor no primeiro trimestre

O BNDES registrou queda de 28% nos desembolsos do primeiro trimestre deste ano. A instituição liberou R$ 6,77 bilhões este ano, ante R$ 9,46 bilhões entre janeiro e março de 2005. O segmento energia elétrica viu os desembolsos caírem no período em 51%, para R$ 456 milhões. A área de infra-estrutura teve queda de 8% na liberação das verbas, ficando em R$ 2,685 bilhões. As aprovações para financiamento no setor elétrico também despencaram 51% no primeiro trimestre do ano. O BNDES aprovou R$ 452 milhões em empréstimos. A rubrica para a área de infra-estrutura recuou 13%, ficando em R$ 2,254 bilhões. No entanto, as aprovações subiram 2% no total, chegando a R$ 7,799 bilhões. Segundo o banco, o aumento nas aprovações refletirá em crescimento nos desembolsos. (Canal Energia - 13.04.2006)

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2 Apine traça diretrizes para expandir mercado para produtores independentes

Como um dos objetivos do plano ação para 2006, a Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica pretende reforçar e ampliar a presença dos produtores independentes no mercado. Segundo o presidente do conselho de administração da entidade, Luiz Fernando Vianna, a expansão da fatia dos produtores está baseada, sobretudo, na ampliação do mercado livre - com a flexibilização dos limites de carga e tensão - e na regulamentação da energia especial, oriunda das fontes incentivadas. Na busca para aumentar a participação dos produtores independentes no mercado, a Apine vai executar ações para fortalecer a sua marca como entidade representativa do segmento. "Estamos com concurso interno para alterar a marca Apine, dentro desse conceito de modernidade, de representatividade de uma associação que tem dez anos", destacou Vianna. Para Vianna, a participação dos produtores independentes no mercado de forma mais intensiva ocorre num momento positivo para o planejamento, com a apresentação do Plano Decenal 2006-2015. O dirigente diz que o PDEE é otimista, mas será necessária a participação da iniciativa privada na implantação dos projetos, já que as estatais não terão capacidade de absorver sozinhas a missão de garantir a expansão. (Canal Energia - 13.04.2006)

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3 LCA Consultores: país perde em competitividade com tarifas elevadas

Um levantamento apresentado pela LCA Consultores, baseado em dados da Agência Internacional de Energia e da Agência Nacional de Energia Elétrica, mostra que os brasileiros pagam uma das tarifas mais caras do mundo. Num ranking de 28 países, o Brasil ocupa a 10ª posição, com tarifas maiores do que as praticadas pelo Reino Unido, Espanha, França e EUA, países com base eminentemente térmica, tradicionalmente mais caras No topo da lista, encontram-se a Dinamarca, Japão, Holanda, Alemanha e Áustria. Para o economista Fernando Camargo, da LCA Consultores, o Brasil perde por que, apesar de usar a energia hidráulica, mais barata que as demais, possui altos encargos e tributos, além de um elevado custo de transmissão de energia. Segundo ele, as altas tarifas praticadas no Brasil deste o período de privatizações do setor fazem com que o país saia perdendo no quesito competitividade. Antes da privatização do setor elétrico, observa, as baixas tarifas faziam do Brasil um país bastante competitivo. (Canal Energia - 13.04.2006)

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4 Transmissoras pagarão R$ 3 mi como quotas do Proinfa

As quotas de custeio do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica para o mês de junho de 2006 foram fixadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica. Segundo o despacho nº 753 publicado no Diário Oficial desta quinta-feira, 13 de abril, os valores são relativos às concessionárias de distribuição e transmissão de energia que atendem consumidor livre e/ou autoprodutor com unidade de consumo conectada às instalações da Rede Básica do Sistema Interligado Nacional. A Aneel divulgou que as quotas das transmissoras chegam a R$ 3.018.672,62 e as das distribuidoras foram definidas pelo despacho nº 318, de 17 de fevereiro de 2006. Segundo a agência, os valores deverão ser recolhidos à Eletrobrás até o dia 10 de maio de 2006 para crédito da conta do Proinfa. (Canal Energia - 13.04.2006)

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5 Projetos eólicos ganharão impulso com tecnologia

A Associação Brasileira de Energia Eólica (Abee) promete novo impulso a projetos contratados que envolvem 1,422,96 mil MW no País - 208,3 MW em fase de implantação - que representariam investimentos globais estimados em R$ 4,5 bilhões, até 2007. "A viabilidade do Proinfa, como instrumento para a diversificação da matriz energética brasileira, depende da definição de política de longo prazo", diz o novo presidente da entidade, Adão Linhares Muniz, ao alertar que a investida contempla a criação de uma base industrial e de uma nova tecnologia. A Abee, criada entre 1999, época da elaboração da lei Proinfa, não chegou a ter representatividade, segundo o dirigente. "Agora, estamos numa situação diferente, que exige articulação para tocar os projetos", afirma o presidente da Abee. (Gazeta Mercantil - 17.04.2006)

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6 Curtas

A determinação do Governo do Estado do RS de atrair cada vez mais investimentos e criar as condições necessárias para que o Rio Grande do Sul seja um Estado auto-suficiente na produção de energia elétrica até 2010 já comemora avanços, neste final de primeiro semestre de 2006, com a inclusão de novos projetos aos 21 já em andamento e que deverão estar operando até o verão de 2007. (Gazeta do Sul - 17.04.2006)

O Programa Luz Para Todos (LPT), do Governo Federal, está levando energia elétrica a milhares de brasileiros residentes no meio rural. Até o momento, cerca de 2,7 milhões de pessoas já foram beneficiadas. Somente no Estado do Mato Grosso, 92 mil pessoas passaram a ter luz em casa e já estão em andamento obras para levar energia elétrica a mais 5,7 mil pessoas no Estado. No início do mês de abril, as obras do LPT receberam um reforço no Mato Grosso. (Elétrica - 13.04.2006)

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Empresas

1 Itaipu: cotas de energias serão revisadas a partir de 2008

As cotas de energia da hidrelétrica de Itaipu adquiridas pelas distribuidoras dos subsistemas Sul, Sudeste e Centro-Oeste serão ajustadas a partir de 2008. As mudanças ocorrerão em razão de alterações no mercado de energia das empresas cotistas, e da inclusão de 12 pequenas concessionárias no sistema de compra direta da usina. Segundo Aneel, as cotas em vigor entre janeiro de 2008 e dezembro de 2011 serão atualizadas com base no mercado de cada empresa em 2004. Já para este ano e 2007, os montantes de energia destinados às atuais empresas cotistas serão equivalentes aos montantes de 2005. A Aneel informou que, para as distribuidoras incluídas futuramente como cotistas da usina, o rateio de energia será realizado de forma gradual a partir de 2008 para que o impacto final aos consumidores seja limitado a 1%. (Canal Energia - 13.04.2006)

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2 Endesa Brasil lucra R$ 24 mi

A Endesa Brasil S.A divulgou o resultado correspondente ao segundo semestre de 2005, quando obteve lucro líquido de R$ 24,117 milhões no período, enquanto o patrimônio líquido fechou em R$ 3,826 bilhões. A receita operacional registrada pela empresa ficou em R$ 1,677 bilhão, sendo que a receita operacional líquida alcançou o total de R$ 1,239 bilhão. Já o lucro líquido antes das participações e da reversão dos juros sobre o capital próprio foi de R$ 57,032 milhões.A holding concentra sete subsidiárias: Endesa Cien, Endesa Fortaleza, Endesa Cachoeira, Ampla, Ampla Investimentos, Investluz e Coelce. (Jornal do Commercio - 17.04.2006)

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3 Legrand compra empresa gaúcha Cemar

O fabricante francês de equipamentos elétricos Legrand anunciou ontem a compra da brasileira Cemar. A Legrand não informou o valor da operação, e disse apenas que a Cemar faturou no ano passado o equivalente a 28 milhões. O presidente do grupo francês, Gilles Schnepp, disse que a compra faz parte da estratégia de crescimento global do grupo. (O Estado de São Paulo - 14.04.2006)

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4 Light aprova aumento de capital de R$ 3,5 mi

O conselho de administração da Light aprovou aumento de capital social, no montante de R$ 3,54 milhões, mediante emissão de 310.603.175 ações ON. Segundo comunicado da distribuidora, o capital social passou para R$ 1,704 bilhão, representado por 133.902.333.152 ações ON. A Light informou que essas ações farão jus a dividendos e juros sobre o capital próprio integrais referentes ao exercício de 2006. (Canal Energia - 13.04.2006)

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5 Light ameaça parar os trens da Supervia

A Light está ameaçando cortar o fornecimento de energia elétrica da Supervia por causa de uma dívida acumulada pela concessionária de transporte ferroviário que chega a R$ 144 milhões. A Light disse ontem que está concluindo um plano seletivo de cortes "que levará em conta o menor impacto possível aos usuários de trens, a ser implementado proximamente, e que será objeto de novo comunicado à população". De acordo com a assessoria de imprensa da Supervia, uma liminar concedida pela Justiça do Rio impede a Light de cumprir a ameaça até que a negociação entre as duas empresas seja encerrada. A Light contudo alega que diversas negociações foram feitas ao longo dos últimos dois anos sem que a Supervia cumprisse o que foi acordado. Segundo a Light, além de não honrar os pagamentos acordados em juízo, a concessionária deixou de pagar as faturas referentes aos meses de janeiro e fevereiro de 2006. Uma dívida da ordem de R$ 8 milhões. (Elétrica - 13.04.2006)

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6 Eletronuclear investe R$ 1,6 mi no Parque Nacional da Bocaina

A Eletronuclear pretende investir R$ 1,6 milhão em obras para melhorias no Parque Nacional da Serra da Bocaina, localizado na divisa dos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo.Durante dois anos, os recursos serão repassados ao Ibama. A primeira obra, que deve ser realizada ainda este ano, é a pavimentação de quase 10 quilômetros da estrada Paraty-Cunha, que corta a área do parque. O documento também estabelece a doação para o Ibama do prédio da Estação Ecológica de Tamoios, construída pela Eletronuclear em área do parque, para pesquisar e monitorar o ecossistema da região abrangida por Angra dos Reis e Paraty (RJ) e Cunha (SP). (Elétrica - 13.04.2006)

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7 Cesp bate recorde de geração instantânea

A Cesp bateu pela terceira vez consecutiva em apenas 15 dias seu próprio recorde de geração instantânea de energia ao alcançar 6.723 MW. A marca foi registrada às 18h29 da última segunda-feira, dia 10 de abril, quando a disponibilidade das unidades geradoras chegou a 93,8% e a folga de geração registrava 266,8 MW. No último dia 1° de abril, a empresa havia atingido 6.707 MW. Segundo técnicos da Cesp, a eficiência na manutenção e produção de energia são os principais responsáveis pelos consecutivos recordes de energia. Ainda segundo a empresa, os bons resultados em geração mostram que o Sistema Interligado Nacional precisa utilizar os recursos de produção de energia elétrica do parque produtivo da Cesp. (Elétrica - 13.04.2006)

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8 Schahin constrói pequenas usinas

Depois de entrar no ramo de linhas de transmissão, a Schahin Engenharia começa a participar de projetos de geração de energia elétrica: a entrada da empresa no mercado está sendo realizada por meio de parcerias na construção de PCHs. O apetite da empresa, não está restrito aos empreendimentos menores. Por meio das PCHs, a Schahin pretende adquirir tecnologia na construção de hidrelétricas e se candidatar a projetos maiores. A empresa avalia alguns projetos já para o próximo leilão de energia, a ser realizado em 12 de junho, e estuda parcerias. A Schahin vem participando da construção de três PCHs, cujo investimento total chegará a R$ 174 milhões, com capacidade instalada de 48 MW na soma dessas unidades. A empresa está em negociações adiantadas para construir outras duas PCHs, que somariam mais 40 MW à matriz energética nacional. (Jornal do Commercio - 17.04.2006)

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9 Elebrás e MME tentam saída para viabilizar parque eólico Tramandaí

Os departamentos jurídicos do MME, Eletrobrás, Aneel e do consórcio de empresas Elebrás/Innovent vão se reunir na próxima terça-feira em Brasília para dar encaminhamento ao impasse judicial que impede o início das obras do parque eólico de Tramandaí (RS), de 70 MW de potência instalada. Os diretores do consórcio responsável pelo empreendimento estiveram reunidos com o ministro Silas Rondeau, que pediu prioridade nas obras. As empresas Elebrás/Innovent têm contrato firmado com a Eletrobrás, dentro do Proinfa, para a construção do parque eólico. O entrave surgiu depois que um detalhe técnico foi detectado, a alteração de 70 metros na área de localização da usina. Com a alteração de local, mudou o município de implantação do projeto do parque eólico. Os 70 metros de diferença determinaram a ida do investimento de R$ 320 milhões de Cidreira para Tramandaí. Há 15 dias, a 6ª Vara da Justiça Federal de Porto Alegre solicitou uma manifestação formal da Eletrobrás e do Ministério, o que deve ocorrer nos próximos dias. (Elétrica - 13.04.2006)

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10 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 13-04-2006, o IBOVESPA fechou a 38.082,13 pontos, representando uma baixa de 0,90% em relação ao pregão anterior. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização de 2,19%, fechando a 11.919,58 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 52,80 ON e R$ 52,12 PNB, baixa de 3,12% e 3,48%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Na abertura do pregão do dia 17-04-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 53,80 as ações ON, alta de 1,89% em relação ao dia anterior e R$ 53,00 as ações PNB, alta de 1,69% em relação ao dia anterior. (Investshop - 17.04.2006)

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11 Curtas

A Energias do Brasil anunciou que vai divulgar os resultados do primeiro trimestre no dia 27 de abril. Ano passado, o grupo teve um lucro líquido de R$ 439 milhões, o que representou um crescimento de 311% em relação ao ano anterior. (Canal Energia - 13.04.2006)

A RGE teve seu programa de pesquisa e desenvolvimento para o ciclo 2005/2006 aprovado pela Aneel. De acordo com o despacho a empresa vai investir R$ 3.521.898,69, o equivalente a 0,222% da receita operacional líquida. A Aneel estabeleceu que as metas físicas devem ser atingidas até abril de 2007, com exceção dos projetos plurianuais iniciados no ciclo anterior que terminarão em julho do mesmo ano. (Canal Energia - 13.04.2006)

A CGTEE disponibiliza o edital de leilão de venda de energia para o submercado Sul. A empresa venderá 35 MW para entrega entre 1º de abril e 30 de junho deste ano. (Canal Energia - 13.04.2006)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Preço Spot - CCEE

De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 15/04/2006 a 21/04/2006.

Tabela
Brasil - Mercado Spot por Região.
(valores expressos em R$/Mwh)

Sudeste/Centro Oeste
Sul
Nordeste
Norte
 pesada                             18,02  pesada                      18,02  pesada                     16,92  pesada                    16,92
 média                               17,55  média                        17,74  média                       16,92  média                      16,92
 leve                                  17,06  leve                           17,06  leve                          16,92  leve                         16,92
  
    Fonte: www.ccee.org.br


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Gás e Termoelétricas

1 MME garante gás natural para distribuidoras

O MME divulgou nota à imprensa em que assegura o suprimento de gás natural para as distribuidoras nos Estados, responsáveis pelo abastecimento de indústrias, residências e carros movidos a GNV. Silas Rondeau se reuniu com representantes da cadeia produtiva de gás natural, da Petrobras e da ANP para avaliar as condições de atendimento do mercado brasileiro. Segundo a nota, já foram adotadas várias medidas para resolver o rompimento do duto, entre elas a construção de um ramal emergencial para retomar o escoamento do gás. "Com essas medidas, fica assegurado o envio diário de 21 milhões de metros cúbicos de gás natural para o Brasil, o que garante a totalidade do atendimento às companhias distribuidoras e flexibiliza o suprimento das refinarias e termelétricas", diz a nota. O ramal, que é uma espécie de desvio no duto, ainda não foi concluído. Na reunião, a Petrobras fez um balanço da situação e ficou mantido o racionamento para usinas termoelétricas a gás e refinarias da Petrobras, mas em percentuais menores que os divulgados na sexta-feira, de 72% para as usinas e de 51% para as refinarias. (Jornal do Commercio - 14.04.2006)

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2 MME cria grupo para estruturar plano de contingência

O MME anunciou a criação de um grupo técnico de trabalho para estruturar um plano padrão de contingência permanente para ser usado em situação que coloquem em risco a oferta de gás natural. Segundo o MME, o grupo será constituído por representantes de todos os segmentos da cadeia produtiva do gás natural. (Canal Energia - 13.04.2006)

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3 Petrobras avalia gás resfriado

O Brasil pode importar gás natural de outros países. A Petrobras tem nas mãos um projeto para comprar o produto resfriado (GNL), o que permitirá transportá-lo a partir de qualquer lugar do mundo, sem gasoduto nem crise política. Para tanto, terá de construir uma ou duas plantas de regaseificação, cada uma com custo médio de US$ 400 milhões. A estatal estuda instalar uma planta no Ceará ou em Pernambuco - tanto pela proximidade com o gás da Nigéria quanto pela escassez do insumo na Região Nordeste. O Rio de Janeiro, com cinco térmicas para abastecer, também é alvo de planos para sediar a unidade de regaseificação. O custo é maior, mas o GNL é a solução para driblar riscos de desabastecimento e a dependência em um único país. Trata-se de uma carta na manga nas negociações com o presidente Evo Morales, que aumentou os impostos em 50% e agora planeja nacionalizar as reservas de gás, conforme prometeu ao povo boliviano em campanha. (Gazeta Mercantil - 17.04.2006)

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Grandes Consumidores

1 Suzano muda de presidente e anuncia investimentos

O diretor presidente das operações da Ford na América do Sul e vice-presidente da Ford Motor Company, Antonio Maciel Neto, será o novo diretor presidente da Suzano Papel e Celulose. Maciel Neto terá pela frente a tarefa de dar prosseguimento ao projeto de expansão e reestruturação da empresa. A empresa planeja obter maior comprometimento em busca de resultados. Também está em curso na companhia um projeto de expansão que vai elevar em cerca de 1 milhão de toneladas a capacidade de produção de celulose na fábrica do grupo em Mucuri, na Bahia. O investimento previsto é de US$ 1,3 bilhão. (Gazeta Mercantil - 17.04.2006)

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2 Produção de alumínio cresceu 7,8% em março

A produção de alumínio primário no Brasil alcançou 134,9 mil toneladas em março, uma alta de 7,8% na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo dados divulgados nessa quinta-feira pela Abal. No trimestre, o crescimento acumulado é de 7,6% (388,8 mil toneladas) ante o registrado em igual intervalo de 2005. Em nota, a entidade atribuiu o incremento às "melhorias técnicas das unidades produtivas, bem como à consolidação das expansões realizadas em 2005 pela CBA e pela Alcoa Alumínio". Segundo a Abal, a produção de alumínio primário da CBA em São Paulo saltou 16,6% no primeiro trimestre, em relação a igual intervalo do ano passado, para 99,8 mil toneladas. A Alcoa produziu 82,5 mil toneladas nos primeiros três meses do ano, uma alta de 13%. A Albras registrou produção 2,3% acima do verificado no mesmo trimestre de 2005. A BHP Billinton produziu 1,4% mais no mesmo intervalo, a Valesul, 0,4% e a Novelis 2,7%. (Jornal do Commercio - 14.04.2006)

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3 Vale negociará minério à vista se não houver acordo

O presidente da CVRD, Roger Agnelli admitiu nesta quinta-feira a possibilidade de a empresa vir a negociar seu minério de ferro no mercado à vista, caso não haja consenso nas negociações com clientes internacionais sobre o reajuste do produto para contratos de longo prazo. "Nossa opção é a venda em contratos de longo prazo, porque eles nos dão garantia de saúde financeira para que continuemos investindo em nossos projetos. Mas se algum cliente não quiser estabelecer este contrato como estamos propondo, vamos optar pelo spot", disse. Ele lembrou que a Vale nunca atuou no mercado spot, "mas o fato é que este mercado hoje existe e está com preços bastante superiores. Ele lembrou que isso é reflexo direto de uma demanda aquecida e de uma elevação de custos em razão de as mineradoras estarem operando no seu limite de capacidade e estarem planejando novos investimentos. (InvestNews - 15.04.2006)

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Economia Brasileira

1 Desembolsos do BNDES totalizam R$ 6,77 bi

Os desembolsos totalizaram R$ 6,77 bilhões no primeiro trimestre deste ano, uma queda de 28% frente aos R$ 9,46 bilhões registrados nos primeiros três meses de 2005. Segundo o BNDES, a tendência é de alta, apesar da retração observada no início do ano, uma vez que as aprovações aumentaram no mesmo período. As aprovações de novos financiamentos cresceram 2% de R$ 7,63 bilhões para R$ 7,79 bilhões, puxadas pela indústria, que totalizou R$ 3,70 bilhões, entre janeiro e março de 2006, valor 5% maior ao atingido nos primeiros três meses do ano passado. Material de transporte foi o segmento da indústria que registrou o melhor desempenho, com um salto de 144% para R$ 1,57 bilhão. Os enquadramentos aumentaram 20% para R$ 22,83 bilhões. O dado sinaliza futuro incremento nas aprovações e desembolsos do banco. (Gazeta Mercantil - 17.04.2006)

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2 Economia está "morna" para empresas

A economia brasileira está em ritmo morno do início do ano até agora, segundo avaliação de representantes da indústria e do comércio.Isso quer dizer que, de janeiro até abril, as vendas das empresas estão maiores, quando comparadas com as de igual período do ano passado. Mas o crescimento é considerado pífio por eles, da ordem de 2% a 3%. Levantamento com 411 indústrias paulistas que acaba de ser concluído pelo Ciesp, mostra que, para a maioria das empresas, o primeiro trimestre deste ano foi igual ou melhor do que igual período do ano passado. Quando divididas entre empresas pequenas, médias e grandes, segundo o levantamento do Ciesp, as grandes tiveram desempenho mais positivo do que as médias e as pequenas. "O levantamento mostra que o ritmo de atividade é positivo para a maioria das empresas e mais positivo ainda para as grandes, que sofrem menos com os juros altos e com o acesso ao financiamento. Mas o crescimento nos negócios não é nada extraordinário", o presidente do Ciesp. As empresas falam em crescimento de 2% a 3%, segundo informa. (Folha de São Paulo - 17.04.2006)

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3 Focus: previsão inflação abaixo da meta e queda da Selic

Os analistas do mercado financeiro reduziram novamente a expectativa para a taxa de inflação para este ano. Eles esperam que o IPCA termine 2006 em 4,43%. Antes, a projeção era de 4,47%. A previsão para o IGP-DI passou de 3,14% para 3%. Para o IGP-M, a expectativa passou de 3,43% para 3,14%. Sobre a taxa de juros, os analistas mantiveram a expectativa de um corte de 0,75 ponto percentual na próxima reunião do Copom. Até o final do ano, as instituições financeiras mantiveram a previsão de que a taxa chegará a 14% ao ano. A previsão para o crescimento da economia foi mantida em 3,5%. Já sobre a produção industrial, os analistas esperam um crescimento de 4,48%, contra 4,33% da semana anterior. Já a projeção em relação ao superávit comercial está em US$ 40 bilhões. Para o dólar, os analistas esperam que a cotação neste mês fique em R$ 2,14 e, até o final do ano, chegue a R$ 2,20. (Folha de São Paulo - 17.04.2006)

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4 IPC-S registra variação de 0,23%

O IPC-S de 15 de abril de 2006 registrou variação de 0,23%, 0,07 ponto percentual abaixo da taxa divulgada na última semana. As maiores contribuições para o decréscimo da taxa do IPC-S partiram dos grupos Transportes e Habitação, segundo a FGV. (Investnews - 17.04.2006)

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5 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial abriu as operações com queda perante o fechamento de sexta-feira, cotado a R$ 2,1330. Às 9h30, a moeda recuava 0,28%, a R$ 2,1330 na compra e a R$ 2,1350 na venda. Na sexta, o dólar comercial terminou com alta de 0,37%, a R$ 2,1390 na compra e R$ 2,1410 na venda. Na semana, houve queda de 0,42%. (Valor Online - 17.04.2006)

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Internacional

1 Bolívia adia decreto de nacionalização de reservas

O governo da Bolívia adiou por algumas semanas a assinatura do decreto que vai renacionalizar as reservas de gás e petróleo do país. O porta-voz do presidente Evo Morales alegou que uma medida dessa importância "merece um planejamento" e o governo nunca vai divulgar o decreto "durante uma festa nacional e não em uma festa religiosa", como a Semana Santa. Representantes de várias empresas já estão negociando com o governo como ficam os acordos após o decreto que muda a política energética. Mas Soliz, ministro dos Hidrocarbonetos, negou que o texto da lei esteja em negociação. O ministro informou que só estão sendo discutidos "temas genéricos" da nacionalização das reservas e o cumprimento da nova lei de energia, sancionada no ano passado. "A nacionalização dos hidrocarbonetos começou com a Lei 3.058, mas não vamos nos restringir a ela, porque vamos propor mudanças para a aprofundar a nacionalização." O decreto vai obrigar as multinacionais a reconhecer que "a administração dos hidrocarbonetos, sua propriedade, seus preços e a comercialização estão nas mãos dos bolivianos". Mas ele sempre ressalta que não haverá confisco. (O Estado de São Paulo - 17.04.2006)

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2 Irã não aceita interromper com enriquecimento de urânio

O Irã não suspenderá o enriquecimento de urânio, declarou o presidente Mahmud Ahmadinejad, depois do diretor da AIEA, Mohamed ElBaradei, ter feito um pedido neste sentido em sua chegada a Teerã. "A situação mudou completamente. Somos um país nuclear e falamos a partir de agora com outros países da posição de um país nuclear", afirmou Ahmadinejad, segundo a agência oficial Irna."Não negociamos com ninguém sobre os direitos de nosso povo e ninguém tem o direito de retroceder sequer um passo no caminho que tomamos", acrescentou. "Nossas centrífugas são do tipo P1 e a etapa seguinte consiste em utilizar centrífugas P2, cuja capacidade é quatro vezes superior e sobre as quais realizamos pesquisas atualmente", explicou o presidente. O Irã testou uma cascata de 164 centrífugas e conseguiu enriquecer urânio a 3,5%. O país planeja produzir 3 mil centrífugas até o fim do ano. O Conselho de Segurança da ONU deu ao Irã prazo até 28 de abril para cessar as atividades de enriquecimento. A AIEA não pode confirmar se o Irã, como afirmou, realmente enriqueceu urânio em 3,5%. (Jornal do Commercio - 14.04.2006)

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3 Irã amplia suas instalações

O Irã ampliou suas instalações de conversão de urânio em Isfahan e reforçou a usina subterrânea de enriquecimento de urânio em Natanz, segundo informou um grupo dos Estados Unidos. O Institute for Science and International Security (ISIS) afirmou que o Irã construiu uma nova entrada de túnel em Isfahan, onde o urânio é processado. Em fevereiro só havia dois pontos de entrada. "Esta nova entrada é uma indicação de uma nova instalação subterrânea, ou mais ampliação da que já existe", disse o instituto. O ISIS divulgou também quatro imagens de satélites, feitas entre 2002 e janeiro de 2006, que trazem dois complexos de salas sendo cobertos por camadas de terra, concreto e depois por mais terra, além de outros materiais. Os telhados das salas parecem estar agora a oito metros de profundidade, disse o ISIS. (Gazeta Mercantil - 17.04.2006)

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4 Cientistas sugerem o diesel de carvão

Cientistas americanos aperfeiçoaram um sistema para produzir petróleo sintético a partir do carvão, que pode ser uma alternativa viável à matéria-prima convencional no futuro se os preços continuarem subindo. Em um estudo publicado na revista "Science", na semana passada, um grupo de cientistas da Universidade da Carolina do Norte e da Universidade de Nova Jersey sugere que a criação desse tipo de petróleo pode ser a solução diante do fim das reservas de hidrocarboneto. A pesquisa é apresentada no momento em que os preços do combustível se aproximam dos US$ 70 por barril, em um mercado volátil influenciado pelas crises políticas do Oriente Médio e pelo conflito gerado com as ambições nucleares iranianas. Segundo os cientistas, o processo feito em duas fases melhora um método já existente, que permite produzir um combustível alternativo mais limpo a partir do carvão através da transformação de seus resíduos em combustível diesel. (Gazeta Mercantil - 17.04.2006)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro mailto:nivalde@ufrj.br
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Camila Nobrega, Marcelo Machado, Guilherme Branquinho e Larissa Barbosa

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