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IFE: nº 1.788 - 13 de abril de 2006
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ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
STJ nega crédito fiscal sobre uso da energia elétrica
2 EPE trabalha em novo mapeamento do potencial hidrelétrico brasileiro
3 Parque Eólico de Osório já possui aerogeradores construídos
4 Segmento de energia eólica lista principais dificuldades do Proinfa
5 Tese da USP: elétricas privatizadas lucraram com os apagões
6 Curtas

Empresas
1 Distribuidoras terão de desembolsar R$ 194,3 mi com a RGR
2 Cataguazes-Leopoldina homologa aumento de capital
3 S.Bernardo cobra dívida da Eletropaulo
4 Cotações da Eletrobrás
5 Curtas

Leilões
1 Prorrogado prazo para entrega de pedido de habilitação para leilão

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 87,2%
2 Sul: nível dos reservatórios está em 46,9%
3 NE apresenta 95,5% de capacidade armazenada

4 Norte tem 95,6% da capacidade de armazenamento

Gás e Termelétricas
1 RJ e SP se planejam contra contingenciamentos
2 Obras de Jacuí I devem ser retomadas em julho

Grandes Consumidores
1 Real valorizado afeta lucro da CBA em 2005
2 CBA: investimento em geração garantirá 60% da energia
3 Novo recorde nos metais
4 Criação da Companhia Petroquímica de Pernambuco é anunciada

Economia Brasileira
1 Captações de US$ 6,1 bi no trimestre
2 Após quatro meses de queda, emprego cresce

3 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 ONU pede que a energia seja usada contra a pobreza
2 Alemanha pressiona por certificados de CO2
3 Irã é advertido
4 AIEA pedirá ao Irã que suspenda enriquecimento de urânio

Biblioteca Virtual do SEE
1 VIEIRA, José Paulo. "Energia elétrica como antimercadoria e sua metamorfose no Brasil: a reestruturação do setor e as revisões tarifárias". Universidade de São Paulo - USP. São Paulo, 2005.

Regulação e Reestruturação do Setor

1 STJ nega crédito fiscal sobre uso da energia elétrica

O pedido da empresa Randon S/A Implementos e Sistemas Automotivos para utilizar o chamado "crédito presumido" sobre a energia elétrica foi negado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). A utilização de créditos originados pelo pagamento dos tributos sobre a compra de eletricidade para sua compensação no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) recolhidos sobre a saída do produto final não pode ser realizada. Tal decisão vem em conformidade com o entendimento já expresso em outras decisões do tribunal no sentido de não considerar a energia elétrica como insumo ou matéria-prima. Antônio Fernando Inácio Sousa, vice-presidente da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e Consumidores Livres (Abrace) e representante da Dow Brasil Nordeste Ltda. , afirma que essa decisão prejudica os contribuintes por retornar à discussão sobre se a energia elétrica pode ser considerada um insumo produtivo. (Elétrica - 12.04.2006)

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2 EPE trabalha em novo mapeamento do potencial hidrelétrico brasileiro

A EPE está trabalhando na formulação do novo Inventário Hidrelétrico, que dará a noção exata do potencial hidrelétrico a ser explorado no país para geração de energia. O último inventário data de 1960. Segundo o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, os números disponíveis indicam que apenas 25% do potencial hidrelétrico nacional teria sido aproveitado até agora, sendo que existem dúvidas em relação à disponibilidade dos 75% restantes. "O inventário é um elemento fundamental, porque ele define qual é o potencial de usinas viáveis que você tem para serem leiloadas no futuro. Então, ele é uma maneira de se conhecer melhor o potencial", disse. Os primeiros resultados deverão ser conhecidos no prazo de um ano e meio a dois anos. Segundo Tolmasquim, os objetivos são maximizar a eficiência econômico-energética e minimizar os impactos sócio-ambientais dos empreendimentos. (Elétrica - 13.04.2006)

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3 Parque Eólico de Osório já possui aerogeradores construídos

O parque eólico de Osório, no Rio Grande do Sul, já possui oito aerogeradores construídos. Também foi concluída na última semana, a linha de transmissão, de oito km, que liga o parque até a estação da CEEE. A subestação interna, que irá transmitir 150 MW de potência instalada (417 GWh/ano), está em fase final de montagem para iniciar os testes. Segundo a empresa gaúcha CIP Brasil - sócia do empreendimento (em conjunto com a espanhola Enerfin) - o maior parque eólico da América Latina e segundo maior do mundo (só perdendo para um dos Estados Unidos da América, no Texas), deverá entrar em funcionamento total em janeiro de 2007. Ao todo, serão 75 aerogeradores gigantes, que irão gerar 2 MW de potência cada um. (Eletrosul - 12.04.2006)

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4 Segmento de energia eólica lista principais dificuldades do Proinfa

A Associação Brasileira de Energia Eólica pretende entregar à Eletrobrás documento em que lista as principais dificuldades do segmento para implantar os empreendimentos inseridos no Proinfa. O segmento de eólica responde por 1.422 MW no Proinfa, mas por enquanto, somente 208,3 MW estão com cronograma de implantação dentro da normalidade. Entre os principais obstáculos está a nacionalização de equipamentos. Segundo Adão Muniz, presidente da ABEE, a proposta incluída na lei que cria o Proinfa é boa, mas para a indústria internacional não foi atrativa o suficiente, principalmente por que não há perspectiva de futuro para o segmento no país. (Agência Canal Energia - 12.04.2006)

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5 Tese da USP: elétricas privatizadas lucraram com os apagões

Hoje, os brasileiros pagam R$ 15 bilhões a mais, por ano, com tarifas de energia, do que quando as empresas eram estatais. Se levasse em consideração os custos do chamado seguro apagão, essa quantia seria ainda maior. Essa é a conclusão da tese de doutorado defendia pelo engenheiro e diretor presidente da Termoaçu, José Paulo Vieira, da USP. Para chegar ao valor, o especialista também levou em conta a elevação dos tributos e encargos setoriais posteriores ao racionamento. Segundo o engenheiro, por não poder seguir a lei de mercado, a energia deve ser classificada como anti-mercadoria. Ele explica que foi esse o marco teórico da sua pesquisa de doutorado que procurou comprovar que as empresas energéticas privatizadas lucraram com os apagões. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (Agência Canal Energia - 12.04.2006)

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6 Curtas

As empresas brasileiras ganharam uma nova ferramenta para avaliar os gastos com as diferentes formas de contratação de energia elétrica existentes no mercado. Trata-se de uma calculadora virtual, espécie de HP do setor financeiro, capaz de indicar rapidamente se vale a pena continuar no mercado cativo, ou partir para outras alternativas - no caso, a contratação no mercado livre ou por meio de PCHs. (Gazeta Mercantil - 13.04.2006)

O governo de Mato Grosso investiu R$ 12,6 milhões no Programa Luz para Todos, sendo R$ 2,18 milhões em 2004, R$ 10,05 milhões em 2005 e R$ 434 mil em ligações domiciliares na região Sul de Cuiabá. (Elétrica - 13.04.2006)

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Empresas

1 Distribuidoras terão de desembolsar R$ 194,3 mi com a RGR

As concessionárias de distribuição de energia tiveram os valores das quotas anuais da Reserva Gobal de Rversão, no período de abril de 2006 a março de 2007, fixados pela Aneel. O total chega a R$ 194,3 milhões. A Aneel estipulou que esse montante será pago em 12 parcelas de R$ 16,19 milhões, já deduzidos os valores da Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica referentes ao mesmo período.De acordo com o despacho, as empresas que terão de desembolsar a quantia são Coelce, Cosern, Celpe, Energipe, Coelba, CPFL, Cemig, AES Sul, Rio Grande Energia, Enersul e Cemat. A Aneel também divulgou os valores constantes das diferenças das quotas anuais da RGR do exercício de 2004. O montante a ser devolvido para essas concessionárias corresponde a R$ 7,3 milhões e será pago em 12 parcelas de R$ 608,6 mil a partir de 15 de maio de 2006. (Agência Canal Energia - 12.04.2006)

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2 Cataguazes-Leopoldina homologa aumento de capital

A Cataguazes-Leopoldina homologou, em reunião do conselho de administração, aumento de capital social no valor de R$ 99.625.785,11, mediante emissão de 43.695.519.783 novas ações ordinárias. A Funcef subscreveu quase 10 bilhões de ações ON, passando assim a deter 10,54% desses papéis na Cataguazes. O fundo manteve ainda 12,452 bilhões de ações preferenciais, que representam 15,07% dos papéis PN da companhia. A Funcef, assim, passa a deter ações representativas de 12,64% do capital social da Cataguazes-Leopoldina. Segundo a empresa a aquisição das ações pela Funcef faz parte do acordo de alienação da participação do fundo para a Sobrapar. (Agência Canal Energia - 12.04.2006)

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3 S.Bernardo cobra dívida da Eletropaulo

A Prefeitura de São Bernardo já lançou os valores devidos pelo uso de postes a serem pagos pela Eletropaulo. Os carnês são retroativos a 2003, 2004 e 2005 e pelo menos por enquanto, apenas a distribuidora de energia elétrica será obrigada a pagar pelo uso dos postes à municipalidade. "Já fizemos o lançamento. Em média, a Eletropaulo pagará o preço público pela área do poste que utilizar na cidade", afirmou Marcos Cintra. São Bernardo deve aproximadamente R$ 9,5 milhões à Eletropaulo pelo consumo de energia e prestação de serviços. O município, em contrapartida, pretende cobrar R$ 3,2 milhões pelo uso de postes. No final de março, Cintra aventou a possibilidade de fazer uma espécie de encontro das contas. Mas o secretário também considerou remota a possibilidade de acordo. "A direção da Eletropaulo alegou que vai questionar (a taxa do poste), por isso não vai querer um acordo imediato. Mas se houver qualquer possibilidade... negociaremos." Segunda-feira, Cintra voltou a deixar claro que qualquer acordo será difícil neste momento. A Eletropaulo informou por meio de nota oficial que não foi notificada pela Prefeitura de São Bernardo sobre o pagamento da nova taxa, bem como seus valores. (Eletrosul - 12.04.2006)

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4 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 12-04-2006, o IBOVESPA fechou a 38.427,41 pontos, representando uma alta de 1,39% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 4,80 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 1,75%, fechando a 12.186,23 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 54,50 ON e R$ 54,00 PNB, alta de 3,22% e 5,16%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Na abertura do pregão do dia 13-04-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 53,10 as ações ON, baixa de 2,57% em relação ao dia anterior e R$ 54,00 as ações PNB, estável em relação ao dia anterior. (Investshop - 13.04.2006)

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5 Curtas

A CEEE deu posse aos novos integrantes da diretoria: Geraldo Scheibler, diretor da área financeira; Ricieri Dalla Valentina, diretor da área de geração; e José Maria Carvalho da Silva, diretor da área de transmissão. (Agência Canal Energia - 12.04.2006)

A Celpe teve seu programa de pesquisa e desenvolvimento para o ciclo 2004/2005 aprovado pela Aneel. A empresa vai investir R$ 3.696.619,00, o equivalente a 0,2434% da receita operacional líquida. A Aneel estabeleceu que as metas físicas deverão ser atingidas até abril de 2007. (Agência Canal Energia - 12.04.2006)

A Ceron vai priorizar os consumidores de baixa renda durante o programa de eficiência energética do ciclo 2004/2005, cujo investimento total chega a R$ 3,1 milhões. Serão destinados R$ 2,5 milhões para essa área a fim de economizar 1.576 MWh por ano e 535 kW de demanda na ponta. A Ceron realizará também eventos em escolas com o objetivo de conscientizar a população para o uso eficiente de energia. (Agência Canal Energia - 12.04.2006)

A Chesf está realizando consulta pública para o recebimento de propostas de projetos para o programa de pesquisa e desenvolvimento tecnológico, que será apresentado à Aneel. Os projetos para o ciclo 2005/2006 dividem-se em doze segmentos estratégiacos. (Agência Canal Energia - 12.04.2006)

A Chesf divulga licitação para contratação de serviços de recuperação da unidade geradora G3 da usina de Paulo Afonso III, na Bahia. (Agência Canal Energia - 13.04.2006)

A Eletrosul vai executar empreendimento de instalação de auto-transformador trifásico ATF2 230/138/13,8 KV - 84 MVA e equipamentos associados, na subestação Anastácio. (Agência Canal Energia - 13.04.2006)

A CEEE realiza execução de serviços de extensão de redes de distribuição de energia, em regime de empreitada por preço global. (Agência Canal Energia - 13.04.2006)

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Leilões

1 Prorrogado prazo para entrega de pedido de habilitação para leilão

O presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, informou que a portaria 92/2006 mudou para o dia 18 de abril o prazo final de entrega dos pedidos de habilitação de empreendimentos sem valores de garantia física definida pelo MME. O executivo explicou que o prazo encerra-se quase dois meses antes do leilão devido ao volume de trabalho demandado na EPE para o cálculo das garantias. Tolmasquim preferiu não antecipar o número atual de empresas que pediram habilitação. (Agência Canal Energia - 12.04.2006)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 87,2%

O nível de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 87,2%, apresentando alta de 0,2% em relação à medição do dia 10 de abril. A usina de Furnas atinge 96,2% de volume de capacidade. (ONS - 11.04.2006)

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2 Sul: nível dos reservatórios está em 46,9%

A região Sul apresenta queda de 0,9% em relação à última medição, com 46,9% de capacidade armazenada. A usina de Machadinho apresenta 53,2% de capacidade em seus reservatórios. (ONS - 11.04.2006)

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3 NE apresenta 95,5% de capacidade armazenada

Com aumento de 0,4%, o Nordeste está com 95,5% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de Sobradinho opera com 97,4% de volume de capacidade. (ONS - 11.04.2006)

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4 Norte tem 95,6% da capacidade de armazenamento

O nível de armazenamento da região Norte está em 95,6%, queda de 0,2% em relação à última medição. A usina de Tucuruí opera com 98,4% de volume de armazenamento. (ONS - 11.04.2006)

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Gás e Termoelétricas

1 RJ e SP se planejam contra contingenciamentos

Os governos estaduais do Rio de Janeiro e de São Paulo estão elaborando um conjunto de ações para evitar que a Petrobras lance novos planos de contingenciamento de gás natural no futuro. O planejamento em comum dos dois Estados será encaminhado ainda esta semana ao MME. Entre as principais ações propostas estão a identificação do número de consumidores que podem ser conversíveis a outro combustível, sem qualquer custo num momento de emergência, e ainda quais são os que não poderiam se converter por questões ambientais. Outro pedido feito pelos dois governos é que a Petrobras abra sua "caixa preta" e divulgue o volume de gás natural consumido em suas refinarias, e o quanto pode ser convertido para óleo diesel ou combustível. Por último, o documento ainda reivindica que a estatal pratique uma espécie de desconto, pelo qual igualaria sua margem de lucro obtida sobre o diesel e sobre o gás. (Jornal do Commercio - 13.04.2006)

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2 Obras de Jacuí I devem ser retomadas em julho

Após a saída da Tractebel Energia do projeto da termelétrica Jacuí I, a Eleja SA começa a preparar o terreno para a conclusão do empreendimento até outubro de 2008. A térmica a carvão começa a fornecer a energia vendida no leilão de energia nova, de dezembro de 2005, a partir de janeiro de 2009. A usina terá capacidade instalada de 350 MW, dos quais 254 MW foram comercializados. A expectativa de Júlio Magalhães, presidente da empresa, é que as obras comecem entre o final de junho e o início de julho deste ano. A estimativa é que o investimento necessário fique na faixa de 300 milhões de euros. Para tanto, as filiais da Siemens dos Estados Unidos e da Alemanha finalizam até 15 de maio a due dilligence, na qual fazem um levantamento do estado de conservação dos equipamentos comprados e se há a necessidade de substituição. O contrato para a execução das obras será fechado e assinado em junho. Magalhães disse que nas reuniões será decidido se a usina participará do leilão de energia nova do dia 12 de junho para comercializar os 30 MW de capacidade de geração ainda disponíveis na térmica localizada em Charqueadas, no Rio Grande do Sul. (Agência Canal Energia - 12.04.2006)

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Grandes Consumidores

1 Real valorizado afeta lucro da CBA em 2005

A valorização do real frente ao dólar impactou o resultado da Cia. Brasileira de Alumínio (CBA) no ano passado. O lucro bruto da empresa fechou com queda de 7% - caiu de R$ 821 milhões em 2004 para R$ 763 milhões. Por conta da depreciação do dólar, a receita de exportações da companhia baixaram de R$ 936,3 milhões no ano anterior para R$ 855,5 milhões em 2005, com embarque ao exterior 43% do volume vendido. A empresa, controlada pelo grupo Votorantim, inaugura hoje as novas instalações de sua unidade de laminação. Conforme o balanço divulgado ontem, o lucro líquido atingiu R$ 722 milhões em 2005. O resultado ficou ligeiramente acima do valor obtido ano anterior, de R$ 716 milhões. O resultado operacional foi de R$ 885 milhões. Com produção de 370 mil toneladas, a empresa alcançou receita bruta de R$ 2,81 bilhões, pouco acima de R$ 2,72 bilhões em 2004. As vendas no mercado interno cresceram R$ 172 milhões, para R$ 1,9 56 bilhão. A receita líquida da CBA, que iniciou operações em 1955 no atual município de Alumínio, na região de Sorocaba (SP), foi de R$ 2,29 bilhões. A capacidade instalada de sua fundição, após sucessivos planos de expansão, atingiu no ano passado 400 mil toneladas. (Valor Econômico - 13.04.2006)

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2 CBA: investimento em geração garantirá 60% da energia

Atualmente, a Cia. Brasileira de Alumínio (CBA) tem em andamento um novo projeto para chegar a 470 mil toneladas, com previsão de ficar pronto até o final do primeiro trimestre de 2007. Essa expansão contempla a construção de mais duas salas de redução (fornos), otimização da produção de óxido de alumínio (alumina) e a instalação de um nova área de extração de bauxita, em Miraí (MG). Além da área de geração de energia, para garantir pelo menos 60% do seu consumo, a empresa está investindo pesado em sua unidade de laminação, junto à usina, em Alumínio, na região de Sorocaba. Hoje, com presença do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, a CBA vai inaugurar as novas instalações, resultado de um investimento de US$ 150 milhões. A laminação acaba de ter sua capacidade de produção ampliada em 70%. Com isso, a empresa passa a ser a única da América Latina a produzir bobinas com 2 metros de largura e peso de até 14 toneladas. (Valor Econômico - 13.04.2006)

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3 Novo recorde nos metais

O cobre e o zinco subiram e alcançaram nova alta puxados por especulações de que as mineradoras não conseguirão ampliar sua produção com a rapidez suficiente para alcançar o crescimento da demanda. O Rio Tinto Group, terceira maior empresa de mineração do mundo, disse que vai gastar um recorde de US$ 3 bilhões em projetos este ano, 20% mais do que em 2005. Os preços das commodities permanecerão acima da "tendência de longo prazo", disse Paul Skinner, presidente do conselho administrativo da Rio Tinto aos investidores ontem em Londres, segundo a Bloomberg. O contrato de cobre para entrega em três meses subiu US$ 135, ou 2,3%, para US$ 6.105 a tonelada e fechou a US$ 6.103 a tonelada. O contrato de zinco para entrega em três meses subiu US$ 52, ou 1,8%, para US$ 2.995 a tonelada na LME, depois de ser negociado a US$ 3.005 a tonelada. O zinco subiu 57 por cento este ano, e foi o contrato que mais se valorizou na LME. (Gazeta Mercantil - 13.04.2006)

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4 Criação da Companhia Petroquímica de Pernambuco é anunciada

A Petroquisa, braço petroquímico da Petrobras, em parceria com a Companhia Integrada Têxtil do Nordeste (Citene), formada pelos grupos Vicunha Têxtil, FIT e Polyenka), oficializaram ontem a criação da Companhia Petroquímica de Pernambuco. A nova empresa irá produzir 550 mil toneladas por ano de ácido tereftalico purificado (PTA), matéria-prima utilizada na produção de embalagens PET e também em fios de poliéster para a indústria têxtil. O investimento para a construção da unidade industrial, que será instalada no complexo industrial-portuário de Suape, no estado de Pernambuco, será de US$ 490 milhões, e o início das operações da nova unidade está previsto para o ano de 2009. O capital social da Companhia Petroquímica de Pernambuco será igualmente dividido entre a Petroquisa (50%) e a Citene (50%). A Petroquisa ainda estuda a instalação de uma unidade industrial de paraxileno em Pernambuco. O insumo é principal matéria-prima para a produção do PTA. (Gazeta Mercantil - 13.04.2006)

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Economia Brasileira

1 Captações de US$ 6,1 bi no trimestre

O tombo no risco Brasil neste início de ano, para o recorde de baixa de 211 pontos básicos no dia 1 º de março, abriu uma grande janela de oportunidade no mercado internacional para captações brasileiras, que foi aproveitada pelas empresas, bancos e governo. O resultado foi um volume de captações externas de US$ 6,1 bilhões nos primeiros três meses do ano, o maior para o primeiro trimestre desde 2002. Quem captou agora, pagou taxas de juros menores e conseguiu prazos também nunca antes vistos. Só em títulos perpétuos, sem vencimento final, foram levantados US$ 1,4 bilhão no primeiro trimestre, sem considerar os US$ 325 milhões já emitidos pela Globopar e os US$ 200 milhões lançados pela Gol, com liquidação prevista para abril, e os US$ 200 milhões da Braskem que estão no mercado neste momento. Foram US$ 2,125 bilhões em perpétuos até agora neste ano, mais do que os US$ 1,863 bilhão captado pelo governo federal. (Valor Econômico - 13.04.2006)

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2 Após quatro meses de queda, emprego cresce

O emprego na indústria do país cresceu em fevereiro 0,5%, depois de quatro meses seguidos de queda, informou ontem o IBGE. A alta frente a janeiro reflete o aquecimento da atividade econômica, mas o freio na produção no ano passado ainda aparece na queda de 0,8% frente a fevereiro de 2005. Este ano, houve corte de 1,1% nas vagas do setor. No salário, a situação é mais confortável. A folha de pagamento sobe há dois meses seguidos. E em fevereiro, a alta foi de 2,4%. "A produção industrial começou a mostrar sinais de recuperação em dezembro, mas o emprego ainda carregava a desaceleração de 2005. As horas pagas que aumentaram 2% indicam também recuperação", disse Isabella Nunes. Pereira, coordenadora da pesquisa do IBGE. A maior confiança do empresário da indústria explica também a alta no emprego, segundo Isabella, citando a sondagem da indústria divulgada ontem pela FGV. "Os indicadores de tendência mostravam até janeiro o emprego em declínio. Os números de fevereiro frearam a queda", disse Isabella. (O Globo - 13.04.2006)

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3 Dólar ontem e hoje

Às 13h15m, o dólar comercial subia 0,33%, vendido a R$ 2,140. O Banco Central fez um leilão no mercado à vista, no qual aceitou dez propostas à taxa de corte de R$ 2,140. O movimento intensificou ligeiramente a valorização da moeda americana, que, antes do leilão, era de 0,28%. Ontem, o dólar comercial terminou com queda de 0,32%, a R$ 2,1310 na compra e R$ 2,1330 na venda. (O Globo Online e Valor Online - 13.04.2006)

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Internacional

1 ONU pede que a energia seja usada contra a pobreza

A ONU alerta para a necessidade de redobrar os esforços internacionais para que a energia seja mais acessível para poder reduzir a pobreza, impulsionar o desenvolvimento industrial e abordar o problema da mudança climática. O documento intitulado "Tendências para um desenvolvimento sustentável" indica que houve avanços na utilização de recursos energéticos e na redução da poluição atmosférica, mas ainda restam grandes desafios. Ao evidenciar que o consumo da energia continua aumentado, o relatório ressalta que ao contrário do que se poderia pensar, está fazendo isso a um ritmo mais lento do que o crescimento da economia mundial. Lembra que os altos preços do gás e do petróleo estão impulsionando a conservação da energia, além da busca de soluções alternativas e mais competitivas. No entanto, o relatório diz que, se os preços continuarem aumentando, terão efeito adverso para a economia mundial, e especialmente para o desenvolvimento sustentável das nações pobres. O documento expressa a preocupação pelo fato de ainda existirem 1,6 bilhão de pessoas no mundo que não têm acesso à energia elétrica. (Gazeta Mercantil - 13.04.2006)

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2 Alemanha pressiona por certificados de CO2

O Governo alemão decidiu aumentar a pressão sobre os grupos de energia ante a segunda fase européia de negociações de certificados de emissões de gases de efeito estufa. O ministro do Meio Ambiente, Sigmar Gabriel, e seu colega da Economia, Michael Glos, acertaram, ao fim de complicadas negociações, o projeto de plano de subsídios para o período 2008-2012. Estes planos, que devem ser elaborados por cada país da União Européia antes de junho, atribuem às empresas uma cota de certificados de emissão de CO2. O novo plano concederá menos certificados a estes grupos, forçando-os a reduzir seu nível de contaminação ou adquirir estes direitos no mercado. A nova regulamentação é dirigida aos grandes grupos de energia do país, especialmente a E.ON e RWE. A Alemanha fixou como objetivo uma redução das emissões de CO2 de 21% entre 1990 e 2012. (Jornal do Commercio - 13.04.2006)

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3 Irã é advertido

A secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, disse que o Conselho de Segurança deverá "considerar esta jogada do Irã" e tomar "medidas fortes para manter a credibilidade da comunidade internacional". A Rússia exortou o Irã, com quem mantém boas relações, a suspender todas as atividades relacionadas ao enriquecimento de urânio, incluindo os trabalhos de pesquisa. O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, anunciou de que seu país já domina o ciclo completo de enriquecimento de urânio. E também disse que o país pretende iniciar em breve produção maciça. (Valor Econômico - 13.04.2006)

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4 AIEA pedirá ao Irã que suspenda enriquecimento de urânio

O diretor da AIEA, Mohamed ElBaradei, disse que tentará convencer o Irã a suspender o enriquecimento de urânio. "Esperamos convencer o Irã a adotar medidas que promovam a confiança, incluindo a suspensão das atividades de enriquecimento de urânio", declarou ElBaradei ao chegar a Teerã para conversar com os principais líderes iranianos sobre a crise nuclear. ElBaradei expressou sua "esperança de que este momento seja propício para soluções políticas, para negociações (...) que gerem as condições para que todas as partes retomem as discussões". O diretor da AIEA deve se reunir com o secretário do Conselho Supremo da Segurança Nacional, Ali Larijani, principal negociador da questão nuclear. ElBaradei também se encontrará com o chefe da Organização Iraniana de Energia Atômica, Gholamreza Aghazadeh. A pedido da AIEA, o Conselho de Segurança da ONU fixou para 28 de abril o final do prazo para que Teerã suspenda suas atividades de enriquecimento de urânio. (Diário do Grande ABC - 13.04.2006)

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Biblioteca Virtual do SEE

1 VIEIRA, José Paulo. "Energia elétrica como antimercadoria e sua metamorfose no Brasil: a reestruturação do setor e as revisões tarifárias". Universidade de São Paulo - USP. São Paulo, 2005.

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Camila Nobrega, Marcelo Machado, Guilherme Branquinho e Larissa Barbosa

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

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