l IFE: nº 1.787 - 12
de abril de 2006 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Leilões Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Reestruturação do Setor 1 STF suspende limitação de cobrança para compensação ambiental A vice-presidente
do Supremo Tribunal Federal, Ellen Gracie, acatou pedido feito pelo Ibama,
através da Procuradoria Federal Especializada, e suspendeu a limitação
de cobranças a título de compensação ambiental a um percentual de 0,5%
do valor do empreendimento. A suspensão, segundo o Ibama, havia sido obtida
por meio de mandado de segurança impetrado no início do ano pela Associação
Brasileira de Concessionárias de Energia Elétrica. Na avaliação da ABCE,
a cobrança de percentuais superiores a 0,5% implicaria na violação do
princípio da legalidade tributária. (Agência Canal Energia - 11.04.2006)
2 Tolmasquim considera construção de usinas do Rio Madeira crucial O presidente
da EPE, Maurício Tolmasquim, tem discutido com o BNDES o financiamento
para as usinas Jirau e Santo Antônio, que formam o complexo do rio Madeira.
As duas usinas estão orçadas em R$ 20 bilhões, sem contar os R$ 5 bilhões
necessários para o sistema de transmissão. O executivo lembra que a demanda
do Brasil por energia nova é de 3 mil MW médios por ano. E mesmo assim,
segundo ele, as usinas do Madeira vão suprir apenas metade disso. "Sem
elas, será preciso uma quantidade muito grande de novas usinas. Então,
o mais crítico não é a falta de gás, mas sim a falta de usinas para oferta
de energia em 2011", afirma Tolmasquim, que afirma não ter dúvidas de
que "a construção das usinas do Madeira são um ponto crucial para o Brasil".
(Valor Econômico - 12.04.2006) 3 Governo do MT já repassou R$ 12,6 mi para Programa Luz para Todos O governo
de Mato Grosso já investiu R$ 12,6 milhões no Programa Luz para Todos,
sendo R$ 2,18 milhões em 2004, R$ 10,05 milhões em 2005 e R$ 434 mil em
ligações domiciliares na região de São Pedro de Joselândia (113Km ao sul
de Cuiabá). A meta estabelecida inicialmente para Mato Grosso era de atender
40 mil domicílios até 2008, sendo 3.500 em 2004, 16.128 em 2005, 8.742
em 2006, 7.500 em 2007 e 4.130 em 2008. Com a defasagem da meta inicial,
a Cemat redefiniu a meta para o atendimento a 80 mil domicílios rurais,
aprovada pelo MME, que também autorizou o aumentou no valor médio por
consumidor de R$ 6.235,00 para R$ 6.414,39, valor este abaixo do solicitado
pela Cemat. Devido a esses fatores, a contrapartida do Governo do Estado
para os anos de 2006, 2007 e 2008 passou respectivamente de R$ 5.450.637,00
, R$ 4.676.250,00 , R$ 2.575.055,00 para R$ 13.068.036,75 , R$ 14.111.668,00,
R$ 11.545.902,00. (Elétrica - 11.03.2006) 4
Chile e Brasil fazem acordos de cooperação energética A sabatina dos novos diretores da Aneel foi transferida para o dia 18 de abril, segundo informações da Comissão de Infra-Estrutura do Senado Federal. A cerimônia foi adiada devido à votação do Programa Orçamentário de 2006, que acontecerá no mesmo horário. Biocombustíveis. (Agência Canal - 11.04.2006) A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados vai realizar audiência pública sobre o tema "Aproveitamentos hidrelétricos no Brasil: fatores condicionantes". Proposto pelo deputado Fernando Ferro (PT-PE), o debate ainda não tem data definida. (Agência Canal Energia - 11.04.2006)
Empresas 1 IPEA: distribuidoras confirmam tendência de aumento da rentabilidade Desde o
período de privatizações, apenas em 2004 e 2005 as distribuidoras de energia
começaram a recuperar definitivamente seu capital. A afirmação é da pesquisadora
do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Kátia Rocha. Com base
em dados atualizados do estudo desenvolvido pela pesquisadora sobre a
recuperação de capital das distribuidoras de energia elétrica no Brasil,
o setor apresentou retorno de capital negativo de 1998 a 2003. Além disso,
de acordo com os dados não consolidados sobre a rentabilidade dos grupos
em 2005 avaliados, apenas a AES não conseguiu alcançar um retorno de capital
positivo. No ano passado, esse número era maior, com três holdings não
rentáveis no setor: EDF, Rede e GP Investimentos. Já entre as concessionárias,
a média da rentabilidade no período de 1998 e 2005 ficou positiva a partir
de 2003, quando saiu de - 1,12% para os 7,21% em 2004 e 25,63% registrados
no ano passado. Em 2002, as concessionárias enfrentaram o ano de menor
retorno de capital do período, com um indicador negativo em -36,49%, contra
- 0,88% de 2001, - 9,51% de 2000, - 10,10% de 1999 e - 6,41% de 1998.
A retomada de capital pelas distribuidoras só foi garantida, em primeiro
lugar, depois da recuperação da demanda que ocorreu no pós-racionamento
de energia, e, em seguida, pela conclusão do primeiro ciclo de revisão
tarifária feita pela Aneel, além da tendência de diminuição dos níveis
de endividamento. (Agência Canal Energia - 11.04.2006) 2 Eletrobrás corta custos para atenuar exposição ao câmbio Para diminuir sua exposição ao câmbio, a Eletrobrás está reestruturando a gestão de suas subsidiárias, o que inclui corte de custos e renegociação de dívidas e contratos. A valorização de 11,82% do real em relação ao dólar originou uma perda de R$ 2,4 bilhões em 2005. Isso foi suficiente para derrubar o desempenho da estatal, que viu seu lucro cair para R$ 974,5 milhões, ante R$ 1,29 bilhão em 2004. "Estamos buscando alternativas para fugir dessa volatilidade", afirma José Drumond Saraiva, diretor da empresa. O executivo destaca o movimento de reorganização no quadro diretivo da empresa. O resultado desse processo, segundo Drumond, foi a redução dos custos operacionais. Em 2005, o custo do serviço de energia elétrica foi de R$ 754,7 milhões, inferior aos R$ 818,3 milhões de 2004. A queda também pode ser verificada nas despesas operacionais, que incluem gastos administrativos e contingências. Este ano, Eletrobrás dará início a uma mudança no modelo de gestão adotado para as distribuidoras federais, com vista ao saneamento econômico. Estes ativos, que compreendem três concessionárias na Região Norte e duas na Região Nordeste, são considerados investimentos temporários por não constituírem o core business da estatal - foram adquiridos com o objetivo de promover a sua privatização. (Elétrica - 11.03.2006) 3 Itaipu deve pagar cerca de US$ 168 mi este ano Maior unidade
hidrelétrica do mundo, a usina de Itaipu já repassou este ano US$ 57,6
milhões para 329 municípios, em seis Estados, na forma de royalties. Em
abril a usina repassou US$ 9,486 milhões. A estimativa é de que sejam
repassados, ao longo de 2006, pelo menos US$ 168 milhões. No ano passado,
a previsão era de que essa arrecadação atingisse R$ 156 milhões ao final
de 2005, 7,5% a menos do estimado para este ano. A arrecadação final de
royalties, no entanto, chegou a US$ 183 milhões, 17% acima do previsto
anteriormente. (Jornal do Commercio - 12.04.2006 e Agência Canal Energia
- 11.04.2006) 4
Equatorial Energia lucra R$ 228 mi em 2005 5 Copel converte quase 360 mil ações PNA em PNB A Copel
informou que acionistas da empresa converteram 359.612 ações preferenciais
nominais classe A (PNA) em ações PNB. Com isso, o capital social da empresa
integralizado de R$ 3,48 bilhões passa a ser representado por 273.655.376.270
de ações, sendo 145.031.080.782 ações ordinárias e 128.624.295.488 ações
preferenciais.. (Agência Canal Energia - 11.04.2006) 6 Equatorial Energia capta R$ 540,27 mi com units A Equatorial
Energia anunciou o encerramento de distribuição pública primária e secundária
de certificados de depósito de ações. Foram distribuídas 37,26 milhões
de units, ao preço de R$ 14,50 cada, perfazendo total de R$ 540,27 milhões.
Para atender a demanda foram lançadas mais 4,86 milhões de units, além
das 32,4 milhões previstas inicialmente. (Agência Canal Energia - 11.04.2006)
7 Neoenergia reforça interesse em leilões O grupo
Neoenergia mantém o interesse em participar dos próximos leilões de energia.
A holding tem seu maior interesse no leilão A-5, ainda sem data para acontecer,
segundo informou Marcelo Corrêa, presidente do grupo. No entanto, o executivo
ressaltou que a participação da geradora no leilão A-5 só ocorrerá se
houver a prática de preços mais realistas, a exemplo do que aconteceu
no leilão de dezembro passado. A holding tem planos de dobrar o parque
gerador até o final de 2007, passando dos atuais 1 mil MW para 2 mil MW.
Mas, para isso, o leilão precisa oferecer bons empreendimentos, tanto
térmicos quanto hidrelétricos. Para ele, atualmente, os preços da energia
nova produzida por térmicas e uma boa hidrelétrica estão praticamente
no mesmo patamar. Na área de geração, a Neoenergia prevê investimentos
de R$ 500 milhões, incluindo recursos para a usina de Baguari e as pequenas
centrais hidrelétricas Nova Aurora (MG, 21 MW) e Goiandira (GO, 27 MW).
Em distribuição, a holding mantém investimentos de R$ 900 milhões para
as três distribuidoras que controla no Nordeste - Coelba, Celpe e Cosern.
(Agência Canal Energia - 11.04.2006) 8 Cemat: reajuste tarifário atende exigência de realinhamento Com uma redução média de 1,2% nas contas de energia, 95,5% dos clientes da Cemat pagarão menos pelo consumo de energia este ano. De acordo com o reajuste tarifário anual da empresa, aprovado pela Aneel, as tarifas dos clientes de baixa tensão da companhia devem cair 5,6%. Já para os clientes de alta tensão, as tarifas aumentarão em média 4,4%. De acordo com o diretor da Cemat, Henrique Jues Almeida, além do processo de desverticalização das hidrelétricas da empresa, ocorrido em novembro de 2005, outros fatores influenciaram o cálculo do reajuste. Almeida explica ainda que a queda das tarifas para os clientes de baixa tensão, em contraposição com a elevação para os consumidores de alta tensão, responde ao processo de extinção do chamado subsídio cruzado. Segundo Almeida, o processo de realinhamento da Cemat será concluído no reajuste do ano que vem. Ele destaca, no entanto, que isso não significa que há uma tendência de elevação das tarifas para 2007. (Agência Canal Energia - 11.04.2006) 9 Celesc investe em pesquisa para reduzir tempo de recomposição do sistema O programa de pesquisa e desenvolvimento do ciclo 2004/2005 da Celesc, que terá investimento de R$ 6 milhões, vai priorizar estudos para ajudar a recompor o sistema de forma rápida em caso de falha. Segundo a chefe da divisão de P&D da empresa, Paulette Pinheiro, um dos projetos de reconfiguração das redes vai identificar maneiras para diminuir a duração equivalente por consumidor, além de medir o quanto esse DEC pode ser reduzido. O ciclo, com conclusão prevista para abril de 2007, terá um total de 24 projetos. Outra área que terá espaço nesse ciclo é a de automação da rede de distribuição. (Agência Canal Energia - 11.04.2006) No pregão
do dia 11-04-2006, o IBOVESPA fechou a 37.901,19 pontos, representando
uma baixa de 1,49% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$
2,2 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização
de 1,05%, fechando a 11.976,45 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram
o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 52,80 ON e R$ 51,35 PNB,
baixa de 1,31% e 0,52%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão
anterior. Na abertura do pregão do dia 12-04-2006 as ações da Eletrobrás
foram cotadas a R$ 52,80 as ações ON, estável em relação ao dia anterior
e R$ 51,40 as ações PNB, alta de 0,10% em relação ao dia anterior. (Investshop
- 12.04.2006) Furnas Centrais Elétricas abre licitação para a contratação do fornecimento de equipamento para testes em disjuntores de alta tensão. O prazo limite é até 26 de abril. (Agência Canal Energia - 12.04.2006) A Chesf vai contratar serviço de lavagem e limpeza de transformadores de 500 kV e disjuntores de 230 kV nas subestações de Angelim e Tacaimbo (PE). O prazo é válido até o dia 26 de abril. (Agência Canal Energia - 12.04.2006) A Copel vai fornecer e instalar um sistema de acionamento remoto e localização de emergência para as usinas hidrelétricas Governador José Richa, nos municípios de Capitão Leonidas Marques, Governador Ney Aminthas de Barros Braga, Reserva do Iguaçu e Governador Bento Munhoz da Rocha Netto. O prazo acaba no dia 26 de abril. (Agência Canal Energia - 12.04.2006) A Fundação Coge e a Light promovem o I Simpósio Jurídico sobre Propriedade Intelectual das Empresas do Setor Elétrico no Rio de Janeiro. Segundo Carla Pirahy, coordenadora da Funcoge, o objetivo do simpósio é começar a mapear os ativos para o desenvolvimento de contratos e formas de comercializar os inventos. (Agência Canal Energia - 11.04.2006) A Ampla já tem 66 mil consumidores que utilizam medidores eletrônicos de consumo de energia. Mas as constantes reclamações de aumento na conta de luz e impossibilidade de leitura do consumo por parte de clientes vêm trazendo dor de cabeça para a distribuidora. O deputado estadual Paulo Ramos (PDT) pediu a abertura de uma CPI na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro para investigar os medidores. (Agência Canal Energia - 11.04.2006)
Leilões 1 Tolmasquim não acredita na entrada de novas térmicas em leilão O presidente
da EPE, Maurício Tolmasquim, está acompanhando os problemas com as possíveis
fontes de suprimento de energia para o leilão de energia nova em junho.
Tolmasquim não espera a entrada de novas termoelétricas no leilão, considerando
as dificuldades da Petrobras para suprir o mercado de gás em volumes adicionais
aos atuais. Ele espera que seja oferecida energia ainda disponível de
hidrelétricas existentes, da Cemig e da Cesp, e da construção de hidrelétrica
São Salvador, da Tractebel. Adicionalmente devem ser inscritas dez PCHs
e outra quantidade de usinas que utilizam biomassa. Mesmo assim, o presidente
da EPE frisa que não há qualquer risco para o suprimento de energia elétrica
em 2009. "Independente do resultado do leilão, as usinas já construídas,
em construção ou em operação, que ainda tem energia para ser vendida,
são suficientes para que o risco de déficit de energia fique abaixo dos
5%", diz o executivo. (Valor Econômico - 12.04.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 87% O nível
de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 87%, apresentando
alta de 0,3% em relação à medição do dia 09 de abril. A usina de Furnas
atinge 96,4% de volume de capacidade. (ONS - 10.04.2006) 2 Sul: nível dos reservatórios está em 47,3% A região Sul apresenta queda de 0,1% em relação à última medição, com 47,3% de capacidade armazenada. A usina de Machadinho apresenta 53,7% de capacidade em seus reservatórios. (ONS - 10.04.2006) 3 NE apresenta 95,1% de capacidade armazenada Com aumento
de 0,3%, o Nordeste está com 95,1% de sua capacidade de armazenamento.
O reservatório de Sobradinho opera com 97,1% de volume de capacidade.
(ONS - 10.04.2006) 4 Norte tem 95,8% da capacidade de armazenamento O nível
de armazenamento da região Norte está em 95,8 %, apresentando-se estável
em relação à última medição. A usina de Tucuruí opera com 98,8% de volume
de armazenamento. (ONS - 10.04.2006)
Gás e Termoelétricas 1 Tolmasquim: gás de Santos não será suficiente para atender demanda térmica O presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, explica que o governo tem a promessa da Petrobras de substituir por óleo o consumo diário de 14 milhões de metros cúbicos de gás natural de suas próprias usinas térmicas. A Petrobras está acelerando o desenvolvimento da produção de gás em Santos e planeja aumentar a oferta em 7 milhões de metros cúbicos em 2008 e outros 7 milhões em 2009. Segundo ele, o gás de Santos não será suficiente para atender à demanda térmica e avalia que, quando tiver início a produção, vai atender apenas ao crescimento normal do mercado de gás para indústria, comércio e residências. (Valor Econômico - 12.04.2006) 2 Cade decide futuro do mercado de gás O Cade definirá
hoje sob quais condições as empresas poderão comercializar gás natural.
Essa definição será tomada no julgamento de um caso específico: uma associação
entre a Petrobras e a White Martins denominada de "Projeto Gemini". E
terá impacto sobre casos semelhantes em todos os estados brasileiros.
A Comgás pediu ao Cade que determine transparência nas condições firmadas
entre a Petrobras e a White Martins. A distribuidora paulista alegou ao
órgão antitruste que não sabe qual é o preço pago pela White Martins à
Petrobras para o recebimento de matéria-prima. O repasse de matéria-prima
pode até ser gratuito, o que prejudicaria a concorrência, em especial
a Comgás. A Comgás também solicitou ao Cade a alteração dos contratos
da White Martins para revenda de gás a terceiros. cerâmicas e metalúrgicas.A
companhia paulista argumentou que esses contratos são por prazos longos
(de oito a dez anos), o que dificulta a atuação de concorrentes na disputa
por compradores de gás. A Comgás defendeu contratos de, no máximo, dois
anos. E o fim de cláusulas denominadas de "take or pay", pelas quais os
clientes têm de pagar caso não queiram mais receber o gás. (Valor Econômico
- 12.04.2006) 3 Rondeau: fornecimento de gás será logo restabelecido Silas Rondeau
disse que está "muito otimista" quanto à possibilidade de ser rapidamente
restabelecido o fornecimento de gás natural procedente da Bolívia. Rondeau
disse ter recebido relatórios informais das equipes de trabalho confirmando
a previsão feita por ele, de que os reparos provisórios no duto de condensado
poderiam ser concluídos amanhã. "As notícias da Bolívia são as melhores
possíveis", afirmou Rondeau. O presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli,
confirmou que as probabilidades "são muito favoráveis" de que o racionamento
de gás natural vindo da Bolívia não tenha "nenhum efeito" sobre o consumidor
final. Ele admitiu, no entanto, que, do ponto de vista técnico, ainda
não é possível descartar por completo a hipótese desse contingenciamento
ser necessário. A queda no fornecimento causou uma redução de 72% no abastecimento
de gás para usinas termelétricas. Gabrielli não disse quando o racionamento
para essas usinas será suspenso porque isso depende de soluções técnicas.
Gabrielli, por sua vez, confirmou que foram retomadas as negociações com
o governo da Bolívia sobre a exploração, pela estatal, de reservas de
gás natural daquele país. Ele destacou, entretanto, que foi fechado um
acordo de "confidencialidade" entre as partes, de modo que não poderia
revelar detalhes a respeito. (Jornal do Commercio - 12.04.2006) 4 Bolívia tira da Argentina para favorecer Brasil A Bolívia
suspendeu no último sábado o fornecimento de gás natural à Argentina para
poder cumprir seus contratos com o Brasil. A Bolívia vende entre 4,5 milhões
e 5 milhões de metros cúbicos diários à Argentina. A ação boliviana não
impediu, no entanto, que as vendas para o Brasil caíssem de 26 milhões
para 21 milhões de metros cúbicos diários, como conseqüência da ruptura
de dutos no sul do país, atingidos por fortes chuvas. O fornecimento de
gás aos dois mercados pode ser normalizado logo, segundo o superintendente
de Hidrocarbonetos, Hugo de la Fuente, que estimou que os dutos podem
ser totalmente reparados hoje. Jorge Alvarado, presidente da YPFB, disse
também que a decisão de cortar o fornecimento à Argentina não tem qualquer
ligação com um suposto interesse de prejudicar o Chile, país que se abastece
de gás argentino. "Vendemos gás à Argentina, não vendemos ao Chile", disse
ele. (Jornal do Commercio - 12.04.2006)
Grandes Consumidores A Suzano
Petroquímica está pronta para ingressar na era da nanotecnologia, ciência
que trata dos materiais em escala nanométrica. A empresa finalizará nos
próximos dias o requerimento que será enviado ao Instituto Nacional de
Patentes Industriais para lançar no mercado uma embalagem de PP, destinada
à indústria de alimentos, cujo diferencial será uma proteção mais eficiente
aos gazes e a possibilidade da oferta de maior prazo de validade sem uso
de conservantes. A Suzano Petroquímica investe em nanotecnologia desde
2002, quando ainda não possuia 100% da Polibrasil. Em agosto do ano passado
a companhia adquiriu os 50% das ações que pertenciam à holandesa Basell
por US$ 276,8 milhões. "Desde aquele ano investimos US$ 20 milhões em
pesquisa, o que inclui os trabalhos em nanotecnologia", diz o gerente.
De acordo com Marcondes, nos próximos três anos a companhia deve separar
mais US$ 31 milhões para pesquisas. (Jornal do Commercio - 12.04.2006)
2 Suzano investe em nova linha de produção A Suzano
deu início, no mês passado, ao investimento de US$ 1,3 bilhão no município
de Mucuri (BA), onde está sendo construída uma na nova linha de produção
de celulose da Suzano. A capacidade inicial da nova linha será de 1 milhão
de toneladas ao ano de celulose. O investimento no projeto virá 35% da
geração de caixa própria da empresa e cerca de 62% do financiamento do
banco de fomento do governo. Os cerca de 8% restantes deverão vir também
do BNDES, porém como participação da instituição no controle da empresa.
Segundo a Suzano, o nível de alavancagem da companhia, que deverá crescer
temporariamente durante o período de implantação do projeto, deverá cair
logo após o início da produção. Para isso, a empresa aposta em uma forte
geração de caixa. A Suzano divulgou que os prazos de financiamentos em
negociação são de amortizações de até 12 anos e carências de dois a sete
anos. (InvestNews - 12.04.2006) 3 Abrace preocupada com reajustes de preços do gás A ameaça
da Bolívia de aumentar o preço do gás natural vendido para o Brasil preocupa
a Abrace, que ontem divulgou uma nota informando sobre as ambições bolivianas
de aumentar o preço do gás, sob pena de interromper o fornecimento à Petrobras.
Na nota, o coordenador de energia térmica da Abrace, Luiz Antonio Mesquita,
enumerou pontos de um encontro que teve com o presidente da YPFB e com
o vice-presidente de operações da empresa. "Achei muito grave isso (intenção
de aumentar o preço) e interpretei como quebra de contrato. Mas a YPFB
explicou que o contrato tem duas bandas e que hoje o preço está próximo
à banda mínima. Mas eles querem deslocar o preço para a banda máxima",
explicou. A intenção da entidade era manifestar sua preocupação com a
possibilidade de aumento do insumo vendido para o Brasil, mas a divulgação
da nota causou irritação na Petrobras, que disse não reconhecer a entidade
como sua representante perante os bolivianos. (Valor Econômico - 12.04.2006)
4 Abimaq pede a Mantega repasse do ICMS Representantes
do setor de bens de capital estiveram ontem em Brasília para apresentar
uma lista de pedidos ao ministro Guido Mantega, com destaque para a redução
da carga tributária. O presidente da Abimaq, Newton de Mello, disse que
também alertou o governo sobre uma possível crise que pode atingir a indústria
nos próximos seis meses. O primeiro item da lista de pedidos da Abimaq
é a regularização do repasse de créditos de ICMS para exportadores. As
fontes dos recursos são os governos federal e estaduais. Os empresários
também pediram a volta do drawback para grandes empreendimentos. O terceiro
pedido foi a desoneração do IPI para dois produtos usados na industria
de petróleo e petroquímica: bombas e válvulas de grande porte. Os empresários
também solicitaram a redução da alíquota de importação do aço para a fabricação
de bens de capital. (Gazeta Mercantil - 12.04.2006)
Economia Brasileira 1 IGP-M apresenta deflação de 0,43% IGP-M registrou deflação de 0,43%, na primeira medição do mês de abril. Para o mesmo período de apuração no mês de março, a variação havia sido de -0,09%. O recuo foi impulsionado pelo movimento dos preços no atacado, que apresentou queda generalizada. O IPA ampliou o recuo para -0,69%, ante -0,16% em igual período de março. As matérias-primas brutas recuaram de -1,28% para -2,31%. Os bens intermediários tiveram variação de 0,02% para -0,43%. Para os bens finais, a taxa desacelerou de 0,42% na primeira prévia de março para 0,07% em igual período de abril, com o movimento dos alimentos processados. O IPC registrou aceleração e passou de 0,01% para 0,03% na primeira prévia de abril. Quatro das sete classes de despesa apresentaram acréscimos em suas taxas de variação. O INCC acelerou-se 0,03 ponto percentual, registrando no período taxa de 0,14%. No ano, o IGP-M acumula alta de 0,26% e nos últimos 12 meses, de -0,93%. (Folha de São Paulo - 12.04.2006) O IPC no município de São Paulo subiu 0,03% na primeira medição de abril. Transportes apresentaram a alta mais expressiva, de 0,98%, após um incremento de 1,29% em março. Saúde aparece em seguida, com elevação de 0,42%. Habitação avançou 0,14%, mantendo a mesma variação positiva registrada no mês passado. Educação aumentou apenas 0,02%, verificando pequena alteração em relação ao levantamento anterior, quando registrou acréscimo de 0,01%. Alimentação, Vestuário e Despesas Pessoais viram queda, de 0,79%, 0,20% e 0,13%, respectivamente. (Valor Econômico - 12.04.2006) 3
Indústria de transformação vê quadro mais favorável para negócios 4 Indústria crê em conjuntura melhor no segundo trimestre A indústria
acredita em cenário mais positivo para os próximos meses, prevendo incremento
na demanda, na produção e na contratação de pessoal. Para os meses de
abril a junho, 46% dos consultados prevêem um aumento na procura pelos
produtos industriais ante 12% que apostam no contrário. A sondagem indicou
também que 56% das companhias esperam uma produção maior no segundo trimestre
e apenas 13% calculam que haverá retração. " As perspectivas para os negócios
num horizonte de seis meses também melhoraram em abril. Das 491 empresas
consultadas, 54% prevêem melhora da situação dos negócios e 10%, piora
", destacou o levantamento. (Valor Econômico - 12.04.2006) O dólar
comercial, às 11h36m, segue em baixa, cotado a R$ 2,134 para venda e R$
2,320 para compra. Ontem, o dólar comercial terminou com queda de 0,78%,
a R$ 2,1380 na compra e R$ 2,14 na venda. (O Globo Online e Valor Online
- 12.04.2006)
Internacional 1 Argentinos reduzem exportação para Chile A Argentina
reduziu o volume de gás enviado ao Chile, por causa da interrupção da
exportação de gás natural da Bolívia para o norte argentino. Nno Chile,
o impacto foi grande e afetou as centrais elétricas do norte chileno,
que é abastecido pelo gás argentino. As produtoras locais optaram por
dar prioridade ao fornecimento do produto ao mercado interno e reduziram
os envios diários ao país vizinho. O Sistema Interconectado do Norte Grande,
uma das regiões elétricas do Chile, recebeu na segunda-feira apenas 2
milhões dos 5,5 milhões de metros cúbicos que costuma receber para abastecer
suas centrais elétricas. A empresa informou que ontem receberia um volume
ainda menor. No fim de semana, a Repsol YPF alertou para o problema, ao
anunciar que, "por motivos de força maior", o fornecimento de gás da Argentina
para o Chile corria risco. (Jornal do Commercio - 12.04.2006) 2 Irã anuncia enriquecimento de urânio O presidente
do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, anunciou que seu país conseguiu completar
o ciclo de produção de combustível nuclear, dois dias antes da visita
do diretor da AIEA.. A produção de combustível nuclear, obtida pela primeira
vez no país, é o primeiro passo para o enriquecimento de urânio. Ahmadinejad
disse que o combustível produzido há dois dias tem nível de enriquecimento
de 3,5%. Ahmadinejad acrescentou que o processo ainda está em "fase experimental"
sem especificar em que unidade obteve a produção. Segundo o porta-voz
da Casa Branca, Scott McClellan, as declarações do Irã sobre seu programa
nuclear mostram que o país está indo "na direção errada", e se Teerã persistir,
os EUA vão discutir possíveis novos passos com o CS da ONU. (Gazeta Mercantil
- 12.04.2006)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
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