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IFE: nº 1.786 - 11 de abril de 2006
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Solução sobre RTE sai em um mês
2 Kelman: questão da RTE deve ser analisada do ponto de vista jurídico
3 Abrace pode ir à Justiça contra cobrança da RTE
4 Light: lei não fala explicitamente de isenção aos consumidores livres
5 Abiape: setor ficará de fora da cobrança da RTE
6 MME prorroga prazo de consulta pública do Plano Decenal
7 Orçamento do ONS será de R$ 330,050 mi em 2006
8 ONS registra melhores resultados em 2005
9 Proinfa: primeira PCH inicia geração
10 RS recebeu 13% das PCHs previstas no Proinfa
11 Convênio permite criação de centros de estudo de energia solar no RJ
12 Curtas

Empresas
1 Brascan indica compra de Cemig
2 Energias do Brasil pagará R$ 151 mil em dividendos
3 Neoenergia investe em programa antiperdas
4 Light vai atacar problemas operacionais
5 Cotações da Eletrobrás
6 Curtas

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 86,9%
2 Sul: nível dos reservatórios está em 47,4%
3 NE apresenta 94,8% de capacidade armazenada

4 Norte tem 95,8% da capacidade de armazenamento

Gás e Termelétricas
1 Racionamento de gás é descartado
2 Distribuidoras já fazem planejamento de contingência
3 Tractebel deixa termelétrica de Jacuí
4 Redução de custo da Termope pode ter impacto na Celpe
5 Aneel autoriza empresas a explorar termo
6 Lixo é usado para gerar energia na UFPB

Grandes Consumidores
1 Vale aplica US$ 500 milhões na mina Brucutu São Paulo
2 Reserva de debêntures da CSN hoje e amanhã

Economia Brasileira
1 Saldo da balança comercial já supera US$ 10 bi no ano
2 Indústria aposta em bens de capital

3 CNI: produtividade da indústria cai 1,4%
4 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Bancos aderem a consórcio para financiar E.ON

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Solução sobre RTE sai em um mês

A diretoria da Aneel pretende definir, em cerca de um mês, sobre a cobrança da Recomposição Tarifária Extraordinária (RTE), conhecida informalmente como "conta do apagão", criada pelo governo para recuperar perdas que as empresas de energia tiveram na época do racionamento. O prazo foi estimado pelo diretor-geral da agência, Jerson Kelman, durante uma audiência pública. Ela representa um acréscimo de 7,9% nas contas de energia dos consumidores de alta tensão. O órgão regulador publicou uma minuta de resolução que prevê a extensão da cobrança aos consumidores livres, atualmente isentos do encargo por terem saído do mercado cativo das distribuidoras. Se a cobrança da RTE for efetivada, ela pode ocorrer inclusive em caráter retroativo. Instituída no início de 2002, a conta do apagão vai durar até 112 meses, dependendo da distribuidora, até que cada uma possa zerar as perdas decorrentes do racionamento. A Aneel estima que os consumidores livres deixaram de recolher cerca de R$ 900 milhões, se o passivo for indexado pela Selic. (Valor Econômico - 11.04.2006)

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2 Kelman: questão da RTE deve ser analisada do ponto de vista jurídico

O diretor-geral da Aneel, Jerson Kelman, disse que ainda não tem opinião formada sobre a cobrança da Recomposição Tarifária Extraordinária (RTE). No entanto, Kelman ponderou que a questão deve ser analisada do ponto de vista jurídico. Ele rebateu as acusações, feitas por grandes indústrias ao longo de toda a audiência, de que a agência reguladora não pode mudar dispositivos da lei. De acordo com essa interpretação, a proposta de resolução da Aneel tem valor infra-legal, ou seja, abaixo da lei. "O que estamos discutindo é uma regulamentação da lei. Por enquanto, a interpretação do acordo é feita conforme a conveniência de cada um." Questionado sobre a possibilidade de dar voto favorável à resolução, mas deixando de lado a cobrança retroativa da RTE, Kelman sinalizou que simpatiza com a idéia. "Se essa alternativa tiver solidez jurídica, é mais atraente." (Valor Econômico - 11.04.2006)

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3 Abrace pode ir à Justiça contra cobrança da RTE

O debate sobre a cobrança da RTE colocou em lados opostos as distribuidoras de energia, favoráveis à resolução, e os consumidores livres, preocupados com a cobrança do encargo, que ameaçam ir à Justiça caso ela seja aprovada. "Iremos às últimas conseqüências", alertou o diretor-executivo da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia (Abrace), Paulo Ludmer. Para ele, caberia à Aneel encaminhar um projeto de lei ao MME. "A administração pública deve obedecer ao princípio de legalidade. A Aneel, como entidade da administração federal, não poderia criar direitos ou obrigações não-previstos em lei", criticou Ludmer. Representando também a fabricante de papel Klabin, Ludmer afirmou que a empresa começou a migrar para o mercado livre de energia a partir de setembro de 2002. Hoje, compra 92% de toda a eletricidade que consome dessa forma. Se começar a pagar RTE, entre a cobrança retroativa e a vindoura, a Klabin deverá desembolsar R$ 12 milhões, informou. (Valor Econômico - 11.04.2006)

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4 Light: lei não fala explicitamente de isenção aos consumidores livres

A diretora de regulação da Light, Cristiana Reis, expôs o outro lado da questão da cobrança da RTE. Em função dos prejuízos com o racionamento, a distribuidora acertou com o governo a recomposição das suas perdas em 74 meses. Ocorre que 70% dos consumidores industriais atendidos pela concessionária, antes do apagão, migraram para o mercado livre. Como o prazo de recolhimento da RTE não pode ser prorrogado, a Light já fez provisão de R$ 90 milhões no seu balanço, valor do rombo se a cobrança não for estendida. "A eficácia do Acordo Geral do Setor Elétrico [que instituiu a RTE] pressupõe o cumprimento por todas as partes envolvidas", reclamou Cristiana. Segundo ela, a lei não fala explicitamente em nenhum momento de isenção aos consumidores livres. A Aneel informou que Light, CPFL e Bandeirante estão entre as distribuidoras que terão as maiores perdas caso a RTE não seja cobrada dos consumidores livres. Hoje, esses consumidores representam 25% do consumo de energia, mas respondiam por 1% no racionamento. (Valor Econômico - 11.04.2006)

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5 Abiape: setor ficará de fora da cobrança da RTE

O presidente da Abiape, Mário Menel, associação que representa grandes empresas auto-produtoras de energia elétrica, aposta que o setor ficará de fora da cobrança da RTE. Segundo ele, os auto-produtores não foram mencionados na minuta de resolução. Menel advertiu ainda que, caso seja feita a cobrança dos auto-produtores, eles também terão recursos a receber, como geradores de 3 mil MW. No entanto, como eles não participaram da assinatura do acordo, não se consideram regidos pela lei que instituiu a RTE. (Valor Econômico - 11.04.2006)

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6 MME prorroga prazo de consulta pública do Plano Decenal

O MME decidiu prorrogar para o dia 28 de abril o prazo para consulta pública do Plano Decenal de Expansão de Energia Elétrica. A data limite inicial para envio de contribuições documentais terminava no dia 14 de abril. (Agência Canal Energia - 10.04.2006)

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7 Orçamento do ONS será de R$ 330,050 mi em 2006

O ONS terá um orçamento de R$ 330,050 milhões em 2006, sendo R$ 255,8 milhões relativos a itens operacionais e R$ 74,250 milhões destinados ao Plano de Ação e investimentos. O orçamento é 11,30% superior ao aprovado para 2005. (Agência Canal Energia - 10.04.2006)

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8 ONS registra melhores resultados em 2005

O ONS registrou superávit de R$ 34,278 milhões em 2005, resultado 135,22% superior aos R$ 14,573 milhões obtidos no ano anterior. A receita operacional bruta fechou o ano passado com R$ 277,6 milhões, elevação de 15,67% em comparação com os R$ 240 milhões apurados no ano anterior. Já a receita operacional líquida fechou o ano passado com R$ 247,955 milhões, superando em 14,13% a receita de R$ 217,265 milhões registrada em 2004. O ONS informou também que realizou ainda 90,94% do orçamento previsto para o ano passado. (Agência Canal Energia - 10.04.2006)

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9 Proinfa: primeira PCH inicia geração

A PCH Carlos Gonzato, em Campo Novo, está gerando energia desde o dia 1º de abril. Com capacidade instalada de 9 MW, ela é a primeira das 62 PCHs selecionadas pelo Proinfa, no total de 1.100 MW, a entrar em operação comercial no Brasil, nove meses antes do prazo estipulado pela Eletrobrás. O investimento, na obra foi de R$ 25 milhões. A empresa responsável pela PCH Carlos Gonzato é a CESBE - Engenharia e Empreendimentos, de Curitiba (PR). (InvestNews - 10.04.2006)

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10 RS recebeu 13% das PCHs previstas no Proinfa

Segundo a secretaria estadual de Energia, Minas e Comunicações, o estado do Rio Grande do Sul, ganhou 161,7 MW no Proinfa - o maior percentual do País, com 13% - para a construção de oito PCHs, com investimento total de R$ 500 milhões. Atualmente, existem 47 PCHs no RS, com 137 MW. (InvestNews - 10.04.2006)

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11 Convênio permite criação de centros de estudo de energia solar no RJ

A Universidade Estadual do Norte Fluminense vai inaugurar este ano um parque modelo de geração de energia alternativa. O parque, com 33 painéis solares doados pela British Petroleum, terá recursos da ordem de R$ 600 mil aplicados pela termelétrica Termorio. A empresa britânica também fornecerá mais 15 desses equipamentos para a Universidade do Estado do Rio de Janeiro. A iniciativa faz parte de um convênio entre a BP e o governo do estado do Rio de Janeiro. Esses 48 painéis permitirão a realização de estudos sobre energia solar nas duas instituições de ensino. (Agência Canal Energia - 10.04.2006)

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12 Curtas

A Aneel prorrogou o prazo para a Hidrotérmica implantar a PCH Quebrada Funda, localizada nos municípios de Bom Jesus e Jaquirana, no Rio Grande do Sul. As obras civis deverão começar até março de 2007 e a operação comercial até agosto de 2008. (Agência Canal Energia - 10.04.2006)

A Aneel postergou as datas para a implantação da central geradora eólica Campo Belo, no município de Água Doce, em Santa Catarina. A empresa Pegasus Desenvolvimento de Negócios S/C Ltda terá de construir a central até janeiro do ano que vem para operar comercialmente até agosto de 2007. (Agência Canal Energia - 10.04.2006)

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Empresas

1 Brascan indica compra de Cemig

O Banco Brascan retomou a cobertura de ações da Cemig indicando a compra dos papéis. Segundo o relatório, o lote de mil ações PN da empresa de energia elétrica poderá chegar ao preço de R$ 129,00 nos próximos meses, o que implica aumento de 26,84% para o papel frente ao fechamento de sexta-feira, a R$ 101,70. Na visão do banco, a aquisição da maior parte das ações da Light por um consórcio do qual a Cemig faz parte reforça a indicação de compra. Um analista foi informado pela Cemig de que a aquisição contribuirá para um retorno real mínimo de 15% ao ano. "Esse porcentual compensa o risco de adquirir uma empresa com alto endividamento, inadimplência elevada e problemas operacionais." E, com a sinergia, "haverá, por exemplo, redução do custo unitário na compra de determinados equipamentos e importação de 'expertise' na operação da companhia". O relatório destaca também que se espera a redução das perdas advindas de clientes de média e alta renda da Light por meio da maior fiscalização. (Valor Econômico - 11.04.2006)

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2 Energias do Brasil pagará R$ 151 mil em dividendos

A Energias do Brasil pagará dividendos no valor total de R$ 151.240.915,19. O montante equivale a 40% do lucro líquido ajustado da empresa e se refere ao exercício social terminado em 31 de dezembro de 2005. A holding divulgou que a quantia é composta por R$ 96,061 milhões, sendo R$ 0,582129 para cada ação, como juros sobre o capital próprio; e R$ 55.179.915,18, sendo R$ 0,33439 para cada ação, a título de dividendos.(Agência Canal Energia - 10.04.2006)

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3 Neoenergia investe em programa antiperdas

O grupo Neoenergia espera reduzir para cerca de 10% o nível de inadimplência nas distribuidoras Coelba e Celpe , contra índice atual de 30% nas duas distribuidoras, segundo informou o presidente da holding. A meta é uma das várias iniciativas do grupo no intuito de reduzir as perdas comerciais e a inadimplência nas três distribuidoras que controla - incluindo a Cosern. O investimento total no programa antiperdas está estimado em R$ 150 milhões para as três concessionárias. Uma das ações nesse sentido é a substituição de geladeiras antigas por novos aparelhos em comunidades de baixa renda, cuja primeira fase contará com investimento de R$ 11 milhões pela Coelba e Celpe. De acordo com pesquisa feita pelo grupo, a substituição da geladeira em estado precário por uma de consumo eficiente acarreta uma economia de quase 50% na conta de energia elétrica. Além disso, a pesquisa detectou que, hoje, a geladeira em mau estado de conservação pode representar até 70% do consumo residencial de uma família de baixa renda. Em segundo lugar, aparece a iluminação artificial ineficiente, com 20%; e a televisão, com 8%. (Agência Canal Energia - 10.04.2006)

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4 Light vai atacar problemas operacionais

O futuro presidente da Light, José Luiz Alquéres, já definiu sua estratégia para a empresa. Primeiro vai atacar os problemas operacionais. Seus principais objetivos serão os de diminuir as perdas tanto na distribuição de energia como de inadimplência. As perdas da Light chegam a 24% do total de energia distribuída pela companhia, uma taxa bastante elevada em relação à media de 16% no país. A inadimplência, em torno de 5,5%, também é muito alta, levando-se em conta a média nacional de 2,5%. Para atacar esses problemas, a empresa pretende investir cerca de US$ 130 milhões ao ano, um aumento de 30% em relação à média dos últimos anos. Se melhorar o desempenho operacional, Alquéres diz que a companhia terá fôlego suficiente para enfrentar o problema financeiro -sua dívida é calculada em US$ 1 bilhão. (Folha de São Paulo - 09.04.2006)

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5 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 10-04-2006, o IBOVESPA fechou a 38.474,73 pontos, representando uma baixa de 1,16% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 1,86 bilhão. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização de 1,55%, fechando a 12.103,57 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 53,50 ON e R$ 51,62 PNB, baixa de 7,76% e 5,28%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Na abertura do pregão do dia 11-04-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 54,50 as ações ON, alta de 1,87% em relação ao dia anterior e R$ 52,46 as ações PNB, alta de 1,63% em relação ao dia anterior. (Investshop - 11.04.2006)

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6 Curtas

Segundo o futuro presidente da Light, José Luiz Alquéres, das atuais 64 concessionárias brasileiras, em dez anos, cairiam para cinco a dez. Os principais "players" seriam a CPFL, Equatorial, a Neoenergia, a Energia do Brasil e a própria Cemig, que participa do controle da Light. (Folha de São Paulo - 09.04.2006)

A Ventos do Sul Energia, empresa responsável pela implantação dos parques eólicos de Osório, no Rio Grande do Sul, garante que o empreendimento é realizado em conformidade com a legislação ambiental brasileira. (Elétrica - 10.04.2006)

A Ceron teve seu programa de eficiência energética para o ciclo 2004/2005 aprovado pela Aneel. A empresa vai investir R$ 3.151.140,76, o equivalente a 0,9796% da ROL. (Agência Canal Energia - 10.04.2006)

A Eletroacre abriu três licitações para contratar empresa de engenharia para execução dos serviços de construção e reforma de redes aéreas de distribuição urbana. Entre os municípios de atuação estão Porto Acre, Xapuri/Capixaba e Brasília. (Agência Canal Energia - 11.04.2006)

Furnas Centrais Elétricas contrata obras e serviços de pequeno porte na área de atuação do departamento de Construção de Transmissão Leste. (Agência Canal Energia - 11.04.2006)

A Eletronorte abre licitação para contratação de empresa especializada no fornecimento de tintas indústriais, cabos elétricos e desengraxante sintético para aplicação regional de produção e comercialização em Tucuruí. (Agência Canal Energia - 11.04.2006)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 86,9%

O nível de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 86,9%, apresentando alta de 0,5% em relação à medição do dia 08 de abril. A usina de Furnas atinge 96,3% de volume de capacidade. (ONS - 09.04.2006)

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2 Sul: nível dos reservatórios está em 47,4%

A região Sul apresenta alta de 0,2% de capacidade armazenada em relação à última medição, com 47,4%. A usina de Machadinho apresenta 53,1% de capacidade em seus reservatórios. (ONS - 09.04.2006)

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3 NE apresenta 94,8% de capacidade armazenada

Com alta de 0,5%, o Nordeste está com 94,8% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de Sobradinho opera com 96,8% de volume de capacidade. (ONS - 09.04.2006)

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4 Norte tem 95,8% da capacidade de armazenamento

O nível de armazenamento da região Norte está em 95,8%, apresentando alta de 0,2% em comparação ao dia 08 de abril. A usina de Tucuruí opera com 99% de volume de armazenamento. (ONS - 09.04.2006)

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Gás e Termoelétricas

1 Racionamento de gás é descartado

O racionamento está descartado num primeiro momento porque o Brasil tem reservas de gás, disse Silas Rondeau. E, depois, pelo fato de as obras para a reconstrução do duto já terem sido iniciadas. O prazo para a conclusão final das obras é de 30 dias. Mas Rondeau acredita que o duto estará funcionando normalmente até quinta-feira. A previsão da Petrobras é de que o fornecimento normal só seja restabelecido em um mês. Apesar disso, a estatal acredita que não será necessário colocar em prática o plano de contingenciamento de gás para as distribuidoras estaduais que consomem o gás importado. Segundo o diretor da Petrobras, Ildo Sauer, o governo da Bolívia praticamente garantiu que as exportações do insumo para o Brasil não vão baixar dos atuais 21 milhões de metros cúbicos/dia. Para administrar a redução da oferta de gás no Brasil a Petrobras desligou as térmicas Três Lagoas, Arjona e Canoas. A estatal deve atrasar o cronograma de retorno ao sistema de térmicas que estavam paradas, como é o caso da Norte Fluminense. Para apressar o conserto a Petrobras vai fazer um "by pass", instalando um duto menor que vai servir como uma emenda e permitir desviar o gás para um trecho alternativo. Também ajudou a decisão da boliviana YPFB de fazer um corte interno de consumo, se necessário, para que o Brasil tenha pelo menos 21 milhões de metros cubicos/gás. (Valor Econômico - 11.04.2006)

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2 Distribuidoras já fazem planejamento de contingência

As distribuidoras de gás canalizado já elaboraram planos de ação caso o racionamento seja confirmado na quinta-feira pelo MME. A alternativa será contingenciar o fornecimento do combustível apenas para aquelas empresas que tenham plantas bicombustível, ou seja, que funcionam tanto com o gás natural como com outro combustível. Em alguns casos, essas companhias seriam reembolsadas pelo aumento do custo provocado pela mudança. Isso evitaria um transtorno maior se o corte fosse feito de forma linear entre os grandes consumidores. A Compagas deve optar pela seleção de clientes se houver contingenciamento. Segundo o diretor presidente da concessionária, Luiz Carlos Meinert, três clientes concordaram em substituir o combustível durante o plano de racionamento. De acordo com dados da Abegás, 74% do gás fornecido pela Compagás vem da Bolívia. O executivo não acredita, porém, que haja necessidade de corte no consumo do combustível. Na Sulgás, que distribui o combustível para 115 consumidores, duas empresas seriam afetadas: Copesul e Refap. A primeira, com o corte de excedente contratado junto à Sulgás, de 48 mil m3 diários, e a Refap, com a redução para 132 mil m3/dia, ante o total de 240 mil m3/dia contratados. (O Estado de São Paulo - 11.04.2006)

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3 Tractebel deixa termelétrica de Jacuí

A Tractebel Energia comunicou ao mercado sua saída da usina termelétrica de Jacuí. A participação da empresa no empreendimento foi adquirida pela Elétrica Jacuí (ELEJA), uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) constituída pela Riomaggiore Mineração, que exerceu a sua segunda opção de compra e passa a deter 100% do negócio. O Projeto Jacuí, constituído por uma usina termelétrica a carvão mineral pulverizado com capacidade instalada prevista de 350 MW, encontra-se paralisado desde 1991. Pela operação, a Tractebel recebeu R$ 31,362 milhões, dos quais R$ 1,099 milhões mediante pagamento de carvão mineral e R$ 30,263milhões , em trinta e seis parcelas mensais iguais.O lucro antes dos tributos decorrente da transação, incluindo a baixa das obrigações especiais vinculadas ao empreendimento, no valor R$ 47,070 milhões, será de R$ 51,688 milhões. Também foi assinado acordo pelo qual a Tractebel Energia obriga-se a disponibilizar a ELEJA sua experiência no desenvolvimento, implantação e operação comercial de empreendimentos similares ao Projeto Jacui. (Jornal do Commercio - 11.04.2006)

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4 Redução de custo da Termope pode ter impacto na Celpe

A redução do preço da energia da Termopernambuco, de R$ 137 para R$ 129 por MWh, poderá provocar uma redução no impacto do repasse da primeira parcela do resíduo de 8,11% da revisão tarifária da Celpe, segundo Marcelo Corrêa, presidente do grupo Neonergia. A Aneel havia concedido reajuste de 32,54% para a distribuidora pernambucana. No entanto, problemas com o Ministério Público estadual acabaram fazendo com que o reajuste fosse negociado entre Aneel e Celpe e aplicado um índice de 24,43% no ano passado e o restante diluído nos reajustes anuais seguintes. As outras duas parcelas serão embutidas nos reajustes de 2007 e 2008. Corrêa afirmou que a queda no preço da energia da térmica reflete ainda fatores conjunturais, como redução do IGP-M e desvalorização do dólar frente ao real. "Há uma tendência de que o preço da energia da térmica baixe à medida em que o custo é amortizado. Isso acaba influenciando na redução da parcela do resíduo", explicou o executivo. (Agência Canal Energia - 10.04.2006)

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5 Aneel autoriza empresas a explorar termo

A empresa Laginha Agro Industrial foi autorizada pela Aneel a explorar a termelétrica Triálcool, de 15 MW de capacidade instalada, na condição de produtor independente. A agência revogou a resolução nº 188/01 que concedia à empresa autorização para exploração da térmica na condição de autoprodutor de energia. A Aneel divulgou que a PCH Rio Piracicaba, com 9 MW de potência, passará a ser explorada pela empresa Belgo Siderurgia. A empresa atuará como autoprodutora de energia. (InvestNews - 10.04.2006)

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6 Lixo é usado para gerar energia na UFPB

Um projeto inédito no Brasil, que está sendo desenvolvido por pesquisadores paraibanos das áreas de Engenharia Mecânica e Química Industrial da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), pode revolucionar a produção e a disponibilização de energia elétrica às áreas mais remotas do país, que enfrentam problemas de distribuição e com a qualidade da eletricidade. A grande novidade está na matéria-prima utilizada para a produção de energia: a biomassa residual, ou seja, lixo. Um dos principais resultados esperados com a pesquisa é a viabilidade da criação de microusinas alimentadas com resíduos de biomassa que permitiriam a geração de energia elétrica para comunidades isoladas, que muitas vezes sofrem com a precariedade das linhas de abastecimento elétrico, como no Norte do país. (Eletrosul - 10.04.2006)

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Grandes Consumidores

1 Vale aplica US$ 500 milhões na mina Brucutu São Paulo

Este ano a Companhia Vale do Rio Doce investirá US$ 500 milhões na mina Brucutu em São Paulo. Para atender à crescente demanda de aço no mundo, a Vale do Rio Doce decidiu, há pouco mais de um ano, reativar sua gigantesca mina de minério de ferro, situada em São Gonçalo (SP) e batizada com o nome de Brucutu. Ano passado a Vale já havia investido R$ 400 milhões. Quando entrar em operação, a mina deve gerar receita de US$ 1,2 bilhões anual à companhia. O investimento de 2005 e 2006 será resgatado em um único ano de operações. Além disso, criará 2,3 mil empregos diretos e ocupará sete mil pessoas, com uma massa salarial mensal de R$ 4,3 milhões e compras anuais com fornecedores da região no valor de R$ 63 milhões e impostos que excederão R$ 50 milhões por ano. (Gazeta Mercantil - 11.04.2006)

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2 Reserva de debêntures da CSN hoje e amanhã

A Companhia Siderúrgica Nacional inicia hoje o road show de divulgação das debêntures não-conversíveis em ações. A série de reuniões com investidores potenciais no Rio e em São Paulo encerra-se amanhã, com o bookbuilding (distribuição dos papéis proporcionalmente às intenções de investimento) programado para o dia 24 deste mês. O registro da distribuição, por sua vez, está previsto para o dia 25 de abril. A CSN espera captar R$ 600 milhões ao final do processo. Os papéis terão valor nominal unitário de R$ 10 mil, com data de emissão de 1° de fevereiro de 2006 e resgate em 1° de fevereiro de 2012. A distribuição pública das debêntures somente terá início após a concessão do registro da distribuição pública desses títulos pela CVM, a publicação do anúncio do início da distribuição e a colocação do prospecto definitivo à disposição dos investidores. (Jornal do Commercio - 11.04.2006)

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Economia Brasileira

1 Saldo da balança comercial já supera US$ 10 bi no ano

O saldo da balança comercial brasileira já ultrapassa US$ 10 bilhões neste ano. Do início de janeiro até ontem, o superávit alcançou US$ 10,64 bilhões, um crescimento de 23,8% sobre o mesmo período do ano passado. No acumulado do ano, até o dia 9 de abril, as compras de produtos chegaram a US$$ 21,579 bilhões, e as vendas ao exterior, a US$ 32,221 bilhões. O mercado financeiro prevê que o superávit de 2006 será de US$ 40 bilhões. O Ministério do Desenvolvimento trabalha apenas com uma meta de exportação, que é de US$ 132 bilhões. Colaborou para o resultado do ano o desempenho da primeira semana de abril, que teve o maior saldo positivo de 2006. O superávit comercial alcançou US$ 1,296 bilhão na semana passada, com exportações de US$ 2,833 bilhões e importações de US$ 1,537 bilhão. (Valor Econômico - 11.04.2006)

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2 Indústria aposta em bens de capital

A indústria brasileira comprou 34% a mais em bens de capital no primeiro bimestre, na comparação com o mesmo período de 2005, segundo o IBGE. O BNDES estima ser responsável por 12% dos 34%. As importações de máquinas também cresceram: 42%. Para o diretor do BNDES, Antonio Barros de Castro, "as empresas estão utilizando a valorização do real para trocar máquinas e equipamentos". Com isso, disse, 2006 deverá repetir o crescimento de 2004, de 5,2%, o maior desde 1994. "Será um crescimento entre 4% e 5%". No primeiro bimestre a taxa de crescimento dos investimentos em bens de capital sem rodas foi de 32,6% (produção), 31% (exportação), 90,1% (importação), com expansão do consumo aparente de 107,5%. Em 2005 foi, respectivamente, 30%, 24,9%, 0,1% e 8,4%. (Gazeta Mercantil - 11.04.2006)

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3 CNI: produtividade da indústria cai 1,4%

A produtividade da indústria da transformação caiu 1,4% no ano passado, conforme a CNI. A entidade dividiu a produção física da indústria pelo número de trabalhadores. Se a referência for o número de horas trabalhadas, a queda na produtividade chega a 1,7%. De acordo com o levantamento da CNI, a produtividade da indústria da transformação cresceu, em média, 0,7% nos últimos cinco anos. O resultado é inferior aos 5,9% dos últimos cinco anos da década de 90, quando houve um forte aumento da produtividade. Renato da Fonseca, gerente-executivo da unidade de pesquisa da CNI, acredita que o fraco crescimento da produtividade entre 2000 e 2005 está corroendo os ganhos da década de 90. Ele credita o fraco resultado da produtividade nos últimos cinco anos à falta de investimentos. A instabilidade política aliada a uma política econômica restritiva, com juros elevados, desestimularam o investimento. (Valor Econômico - 11.04.2006)

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4 Dólar ontem e hoje

O dólar recuava nesta terça-feira, após subir por duas sessões seguidas, com o mercado mais tranquilo diante do cenário externo. Às 11h57m, a moeda americana era vendida a R$ 2,142, em queda de 0,70%. Ontem, o dólar comercial terminou com alta de 0,32%, a R$ 2,1550 na compra e R$ 2,1570 na venda. (O Globo Online e Valor Online - 11.04.2006)

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Internacional

1 Bancos aderem a consórcio para financiar E.ON

Os bancos espanhóis Santander Central Hispano e Banco Bilbao Vizcaya Argentaria e a caixa econômica Caja Madrid, aceitaram aderir ao consórcio que concederá um crédito no montante de € 32 bilhões ao grupo de energia alemão E.ON para financiar a oferta pública de aquisição de ações sobre a Endesa. Essas instituições financeiras chegaram a um acordo de princípio com 24 estabelecimentos financeiros, três deles espanhóis, para conceder créditos à E.ON. Um porta-voz da E.ON em Madri não quis nem confirmar nem desmentir esta informação. A Caja Madrid é o acionista referencial da Endesa, na qual controla 10% do seu capital. A Caja Madrid havia se negado a participar do financiamento da Opa hostil de € 22,5 bilhões da Gas Natural apoiada pelo governo central pois assim se criaria uma líder na área de energia capaz de competir nos mercados internacionais. Por essa razão, o governo espanhol está tentando impedir a contra-oferta da E.ON no valor total de € 29,1 bilhões. (Gazeta Mercantil - 11.04.2006)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Camila Nobrega, Marcelo Machado, Guilherme Branquinho e Larissa Barbosa

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

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