l IFE: nº 1.785 - 10
de abril de 2006 Índice Regulação e Reestruturação do Setor Empresas Oferta e Demanda de Energia Elétrica Gás e
Termelétricas Grandes
Consumidores Economia Brasileira Internacional Regulação e Reestruturação do Setor 1 Rio Madeira: custo preocupa Governo A obra do Complexo
do Rio Madeira é considerada imprescindível para garantir o fornecimento
de energia a partir de 2011. Mas, apesar da sua importância, a equipe
governamental ainda tem uma longa trajetória de questões a serem solucionadas.
O principal é o custo do empreendimento, orçado inicialmente em R$ 22,3
bilhões. Teoricamente, tanto dinheiro não sairia apenas dos cofres públicos.
A meta da EPE, responsável pela definição dos projetos no setor elétrico
que irão a leilão, é atrair investidores privados que estejam dispostos
a bancar, no mínimo, 51% da obra. Mas a dificuldade de encontrar empresas
privadas interessadas na empreitada e a inevitável necessidade de suporte
do BNDES com volumosos empréstimos tem assombrado o Governo. Na opinião
de Tolmasquim, o receio dos empreendedores em participar do leilão do
Madeira pode ser remediado com a divulgação detalhada dos estudos técnicos.
Mas a data do leilão é outra incógnita. É ponto pacífico de que, se o
projeto for colocado junto com empreendimentos menores na próxima disputa
pública, a possibilidade de que seja encontrado um empreendedor disposto
a bancar uma obra tão grande é mínima. Por isso, o Madeira deve ter um
leilão exclusivo, mas não antes do segundo semestre deste ano. (Jornal
do Commercio - 10.04.2006) A previsão dos
técnicos é de que a licença prévia para o Complexo do Rio Madeira, emitida
pelo Ibama, não saia antes de julho. Entre maio e junho seriam feitas
as audiências públicas com a população diretamente atingida pela obra.
Dependendo das demandas dos moradores, o processo pode se estender ainda
mais. "Eu acho que o projeto do Madeira não é válido neste momento. Ele
é uma reedição dessas obras gigantes que aconteceram no período militar,
como Tucuruí, Itaipu e a Transamazônica", critica o presidente do CBIE,
Adriano Pires. "É um projeto megalômano", reforça Claudio Salles, presidente
da CBIEE. (Jornal do Commercio - 10.04.2006) 3 Senadores sabatinam indicados para diretoria da Aneel Os senadores
da Comissão de Serviços de Infra-estrutura vão sabatinar na próxima terça-feira,
11 de abril, Romeu Donizete Rufino e José Guilherme Silva Menezes Senna,
indicados pelo governo para as vagas na diretoria da Aneel. A seção da
comissão do Senado começará às 14 horas e também contará com a sabatina
de Victor de Souza Martins, indicado para o cargo de diretor da Agência
Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis. (Agência Canal Energia
- 07.04.2006) 4 Curtas Cento e oitenta domicílios rurais de Pirapora e Buritizeiro, em Minas Gerais, receberão hoje (7) obras de eletrificação do programa Luz Para Todos, do governo federal. O investimento nos projetos foi de R$ 687,6 mil, e as obras foram realizadas pela Cemig. (Elétrica - 07.04.2006)
Empresas 1 Furnas registra lucro de R$ 840 mi Furnas Centrais
Elétricas fechou 2005 com lucro líquido de R$ 840 milhões, resultado 32%
maior do que o ano anterior, quando a empresa lucrou R$ 637 milhões. A
margem líquida (lucro líquido sobre receita operacional líquida) obteve
melhora de 20% comparando com 2004. A receita operacional líquida no ano
passado foi 9,5% superior à receita de 2004, passando de R$ 4,614 bilhões,
em 2004, para R$ 5,053 bilhões. Esse desempenho, segundo a Eletrobrás,
controladora de Furnas, foi resultado da maior contratação de energia
elétrica no último leilão realizado em dezembro de 2005, e também com
o aumento das vendas aos consumidores livres. Os resultados financeiros
cresceram 11% por encargos de uso da rede elétrica (70,7%) e compensação
financeira por utilização de recursos hídricos (35%). O Ebitda (lucro
antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) alcançou R$ 1,533
bilhão em 2005, ante os R$ 1,481 bilhão de 2004. A empresa divulgou também
que deve distribuir R$ 241 milhões de juros sobre capital aos acionistas.
(Elétrica - 07.04.2006) 2 Eletrosul tem lucro líquido de R$ 166,2 mi em 2005 A Eletrosul registrou lucro líquido de R$ 166,2 milhões no ano passado. O resultado é menor que os R$ 193,8 milhões obtidos em 2004, segundo o balanço da estatal publicado nesta sexta-feira, 7 de abril. A receita operacional bruta da Eletrosul ficou em R$ 530,4 milhões em 2005, ante R$ 511,7 milhões registrados no ano anterior. Já a receita operacional líquida ficou em R$ 468,394 milhões no ano passado, maior em comparação com os R$ 456,357 milhões de 2004, de acordo com o balanço financeiro. O Ebitda, lucro antes de juros, depreciações e impostos, da empresa também recuou no ano passado, atingindo R$ 382,6 milhões, contra R$ 416,4 milhões em 2004. De acordo com a Eletrosul, a redução do Ebtida foi causado pela redução apurada na receita financeira, em torno de R$ 48,5 milhões, provocada pela baixa variação do IGP-M, base para atualização dos principais créditos da empresa. Ainda segundo o balanço financeiro, a empresa proporá, em assembléia geral dos acionistas, o pagamento de R$ 78,6 milhões a título de juros sobre capital próprio. (Agência Canal Energia - 07.04.2006) 3 Nova Light crê em consolidação do setor A nova Light
será uma candidata natural a se tornar uma grande "player" no setor de
distribuição de energia no país. A afirmação é do futuro presidente da
empresa, José Luiz Alquéres, responsável pela coordenação do consórcio
Rio Minas Energia, formado por Cemig, Andrade Gutierrez, Pactual e JLA
(leia-se Aldo Floris). Alquéres acha que o setor de distribuição de energia
no Brasil irá viver o mesmo processo de consolidação que começa a acontecer
nos EUA. A previsão é que, em dez anos, o número de concessionárias de
energia nos EUA caia das atuais 187 para apenas 15. Será um movimento
contrário ao dos anos 30, quando o setor foi dividido em oito companhias,
as chamadas Baby Bells. No Brasil, ocorrerá o mesmo, diz. Das atuais 64
concessionárias, em dez anos, cairiam para cinco a dez. "Por ora, [a Light]
é uma empresa com um grande desafio financeiro e operacional.", disse.
Ele diz ainda que já definiu sua estratégia para a Light. Primeiro vai
atacar os problemas operacionais. Seus principais objetivos serão os de
diminuir as perdas tanto na distribuição de energia como de inadimplência.
(Folha de São Paulo - 09.04.2006) 4 Brasil ganha maior peso no plano de reestruturação
do grupo EDP 5 EDP tem plano agressivo de investimentos no Brasil Para crescer,
o braço brasileiro da EDP tem como estratégia um plano agressivo de investimentos.
Isso deverá se efetivar por meio da aquisições de ativos que ainda serão
construídos (hidrelétricas em leilão) e também por meio de compra de empresas
já existentes. "Estamos analisando todas as oportunidades", disse a empresa.
Apenas para a área de geração elétrica, estão reservados R$ 1 bilhão para
a participação da Energias do Brasil nos leilões de usinas que serão realizados
nos próximos anos. (Valor Econômico - 10.04.2006) 6 Lucro da Eletronuclear é de R$ 190,6 mi Ao final do
exercício de 2005, a Eletronuclear apresentou lucro líquido de R$ 190,653
milhões, o primeiro desde 2000. A reversão da série de prejuízos decorre
de mudanças regulatórias e gerenciais, além de conjuntura externa mais
favorável à empresa, operadora das usinas de energia nuclear no país.
A Eletronuclear registrou R$ 206,770 milhões de lucro bruto em 2005, ante
prejuízo de R$ 95,343 milhões no ano anterior. A guinada pode ser explicada
pelo aumento da receita em função dos novos contornos regulatórios da
comercialização e da política tarifária de energia gerada pela Eletronuclear,
e pela estabilização dos custos em níveis semelhantes aos praticados em
2004. Pesaram também as variações cambiais passivas em 2005, em que a
empresa apresentou recuperação de despesa (redução do montante da dívida)
de R$ 375,511 milhões, mais de R$ 330 milhões acima da registrada no ano
anterior. Estas variações decorrem da oscilação do euro e do dólar frente
ao real. Esses fatores mais do que compensaram a ocorrência de elevados
encargos financeiros em 2005, de R$ 365,350 milhões, registrados como
despesa financeira, mais que o dobro dos R$ 127,459 milhões no ano anterior.
(Jornal do Commercio - 10.04.2006) 7 CGTEE registra lucro líquido de R$ 24,405 mi em 2005 A CGTEE registrou
lucro líquido de R$ 24,405 milhões em 2005, representando aumento de 147,26%
em comparação com os R$ 9,87 milhões no ano anterior, de acordo com balanço
divulgado nesta sexta-feira, 7 de abril. A receita operacional bruta da
empresa ficou em R$ 287,602 milhões, ante R$ 282,47 milhões obtidos em
2004. A receita operacional líquida da CGTEE ficou em R$ 267,878 milhões,
praticamente igual ao do ano anterior de R$ 267,413 milhões. O resultado
operacional bruto da geradora térmica fechou em R$ 13,099 milhões, ante
R$ 10,34 milhões em 2004. (Agência Canal Energia - 07.04.2006) 8 ONS e Copel iniciam operação compartilhada O diretor de ONS, Luiz Eduardo Barata Ferreira, informou que o início das atividades conjuntas entre o ONS e a Copel para a operação da rede básica no Paraná terão início na próxima quarta-feira, 12 de abril. O acordo, firmado na última quinta-feira, 6 de abril, prevê que a coordenação e operação do sistema interligado nacional ficará com o ONS e a operação das instalações e reservatórios com a Copel. A partir de então, observou, o acordo prevê a denominada operação compartilhada, que mantém a Copel de prontidão durante os dois primeiros meses. Após a conclusão do processo com a Copel, o ONS precisará efetuar a descontratação dos centros de operação da Cemig e da Transmissão Paulista para que tenha a visibilidade completa da Rede Básica. Luiz Eduardo Barata estima que a operação em Minas Gerais começará em 1° de agosto e em São Paulo em 1º de dezembro. (Agência Canal Energia - 07.04.2006) 9 CaixaRS repassa R$ 18,6 milhões para empresa geradora de energia A empresa Geradora de Energia Elétrica Alegrete Ltda (GEEA), ligada à empresa Pilecco Cia Ltda, do município de Alegrete, assinará nessa segunda-feira (10/04), protocolo de intenções para contrato de financiamento com a CaixaRS Fomento Econômico e Social no valor de R$ 18,6 milhões. Este é o primeiro contrato dentro das ações do governo do Estado, através da Secretaria do Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais (Sedai)e da Secretaria da Agricultura e Abastecimento, de fomentar a competitividade da cadeia produtiva do Arroz com a criação do Comitê Gestor dos Arranjos Produtivos do Arroz do Rio Grande do Sul (AP/Arroz RS). A GEEA investirá R$ 25 milhões no projeto de reaproveitamento da casca do arroz para geração de energia elétrica e produção de sílica. (Elétrica - 07.04.2006) No pregão do
dia 07-04-2006, o IBOVESPA fechou a 38.926,49 pontos, representando uma
baixa de 0,91% em relação ao pregão anterior,. As empresas que compõem
o IEE apresentaram desvalorização de 1,08%, fechando a 12.294,33 pontos.
As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas
a R$ 58,00 ON e R$ 54,50 PNB, alta de 1,75% e baixa 0,91%, respectivamente,
em relação ao fechamento do pregão anterior. DestacaNa abertura do pregão
do dia 10-04-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 55,86 as ações
ON, baixa de 3,69% em relação ao dia anterior e R$ 54,00 as ações PNB,
baixa de 0,92% em relação ao dia anterior. (Investshop - 10.04.2006) A Bandeirante Energia iniciou nesta sexta-feira, 7 de abril, a distribuição de R$ 250 milhões em debêntures simples, não conversíveis em ações. São 25 mil debêntures com valor nominal unitário de R$ 10 mil. Os papéis terão validade até 1º de março de 2011. (Agência Canal Energia - 07.04.2006) A CEB prorrogou o prazo para a contratação de prestação de serviços de manutenção em redes de distribuição de barramentos de subestações nas tensões de 34, 569 e 138 kV do sistema da empresa. O valor estimado do serviço a ser contratado é de R$ 668.785,92. (Agência Canal Energia - 10.04.2006) A Copel vai contratar serviços de manutenção no sistema de distribuição de energia elétrica urbano e rural, sob regime de empreitada por preço unitário de unidade de serviço. O prazo termina no dia 24 de abril. (Agência Canal Energia - 10.04.2006) A Eletronorte abre licitação para contratar sistema de proteção, controle e supervisão para a subestação imperatriz, no estado do Maranhão. O prazo vai até o dia 4 de maio. (Agência Canal Energia - 10.04.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 08/04/2006 a 14/04/2006. Tabela
Fonte: www.ccee.org.br
Gás e Termoelétricas 1 MME adota plano de racionamento de gás O MME decidiu adotar um plano de contingência para garantir o abastecimento de gás no país, após o rompimento de um duto entre a Bolívia o Brasil devido a fortes chuvas. O governo anunciou que reduziu o suprimento de gás natural para as usinas termelétricas do sistema interligado nacional em 72%, já que os reservatórios das hidrelétricas estão cheios. A Petrobras também diminuiu em 51% o consumo de gás nas suas refinarias, mas o governo não descarta a redução de até 12% no suprimento das distribuidoras estaduais. Essa terceira etapa do plano deverá entrar em vigor no início da próxima semana, e vai valer até o reparo do duto e a normalização do abastecimento. A administração desse fornecimento junto ao consumidor final será responsabilidade de cada distribuidora, mas a orientação do governo é a de que, caso seja necessário interromper o suprimento, que os cortes sejam feitos em grandes consumidores. Os Estados de São Paulo e Rio de Janeiro deverão ser os principais atingidos, em caso de interrupção no fornecimento. De acordo com o MME, a redução do fornecimento de gás natural para as termelétricas não causará impactos para o suprimento de energia elétrica, e a diminuição do consumo da Petrobras em suas refinarias visa reduzir o impacto para os consumidores finais, atendidos pelas distribuidoras estaduais. (Jornal do Commercio - 08.04.2006) 2 Gás boliviano será normalizado em 5 dias A Petrobras
espera restabelecer, em até cinco dias, o fluxo de gás natural boliviano
para o Brasil. A estatal iniciou no sábado os reparos no duto danificado
e a expectativa é que não haja necessidade de corte de fornecimento do
combustível para distribuidoras de gás canalizado das regiões Sul e Sudeste,
como previa o plano de racionamento anunciado pelo MME. A retomada das
obras só foi possível porque o governo boliviano conseguiu pôr fim ao
bloqueio de estradas realizado desde o início da semana por moradores
da região afetada pelas chuvas. Manifestantes iniciaram a retirada dos
veículos que impediam o trânsito em uma das principais estradas do sul
do país, permitindo o acesso à tubulação, que transporta o condensado
produzido junto ao gás nos campos de San Alberto e San Antonio. Agora,
o Governo espera que, se o trabalho de recuperação dos dutos bolivianos
não tiver mais imprevistos, o racionamento não chegue a atingir as indústrias.
(Jornal do Commercio - 10.04.2006) 3 Abegás se reunirá com bolivianos A Abegás se
reúne na quarta-feira, no Rio de Janeiro, com representantes do setor
de gás natural da Bolívia. A associação, que congrega as 26 distribuidoras
do País, chegou a conclusão de que está distante demais do mercado boliviano.
Além disso, a Abegás considera-se excessivamente dependente das informações
da Petrobras e do Governo federal em relação a situação política e regulatória
da Bolívia. O encontro ocorrerá com representantes da Gás Transboliviano
S.A., responsável pelo transporte do produto. A Abegás também quer um
encontro com a Câmara Boliviana de Hidrocarburos, entidade privada ligadas
às indústrias de gás. "Não queremos ter surpresas em relação ao que pode
ocorrer no mercado de gás", explica Romero de Oliveira e Silva, presidente
da Abegás. (Jornal do Commercio - 10.04.2006) A Gasmig começa
a adotar medidas para cumprir o racionamento de 12% do consumo do combustível.
De acordo com o presidente da Gasmig, Flávio Decat de Moura, a empresa
buscará reduzir o fornecimento de forma negociada com os clientes, mas
sem cortes no abastecimento de GNV. A meta é diminuir o fornecimento em
190 mil metros cúbicos diários nos próximos dois dias. Conforme Decat,
a redução de consumo será negociada de acordo com a possibilidade de os
clientes utilizarem outras fontes de energia durante o período de racionamento.
Ele esclareceu ainda que os consumidores que diminuírem a demanda terão
compensações de volume no futuro. Decat esclareceu que a Gasmig tem clientes
cujos contratos prevêem a possibilidade de suspensão do fornecimento -
pagam menos pelo gás por causa disto - e que poderiam ser os primeiros
a terem cortes. Contudo, ressaltou que esse grupo não chega ao percentual
de 12% do consumo e que a companhia vai priorizar a negociação. (Hoje
em Dia - 10.04.2006) 5 Distribuidoras deverão ter reajustes de até 6,5% no gás Embora a Petrobras ainda não tenha enviado carta às distribuidoras com o percentual de aumento no preço do gás natural para abril, fontes do setor calculam que o aumento deverá ser de até 6,5%. Se esse percentual for confirmado, o impacto para o consumidor paulista deverá ser pequeno, já que a CSPE autorizou, em janeiro, uma antecipação do reajuste da Comgás e da Gás Natural São Paulo Sul, que deveria ocorrer apenas em 31 de maio. A estatal poderia não repassar toda a alta de preços do gás importado, mas essa hipótese parece pouco provável. O diretor de gás da Petrobras, Ildo Sauer, já reiterou diversas vezes que os aumentos serão repassados integralmente para as distribuidoras a cada três meses. O presidente da Petrobras chegou a afirmar que a elevação é uma forma de conter o aumento do consumo, atualmente bastante acelerado, na casa de 15%. (Jornal do Commercio - 08.04.2006) 6 Cade julgará acordo entre Petrobras-White Martins O Cade irá julgar se o acordo firmado entre a Petrobras e a White Martins no setor de gás deve ou não ser aprovado do ponto de vista da promoção da concorrência no Brasil. O acordo - batizado de Projeto Gemini - prevê o transporte de gás da Petrobras, em Paulínia, para a White Martins, por meio do gasoduto Brasil-Bolívia. A White Martins receberá o gás canalizado da estatal para transformá-lo em gás liquefeito e vendê-lo a terceiros. A Comgás opõe-se à aprovação sob o argumento de que a White Martins e a Petrobras estão ferindo o seu direito de concessão dos serviços de distribuição de gás. Já a White Martins alega que não se trata nesse caso de distribuição, mas de mero transporte de gás e, neste caso, a regulação é da União, e não do Estado de São Paulo. A White Martins espera que o Cade dê o sinal verde para o Projeto Gemini, pois três órgãos diferentes do Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência já examinaram o caso e foram unânimes ao recomendar a sua aprovação. São raros os casos em que o Cade recebe três pareceres pela aprovação incondicional e toma uma decisão no sentido inverso. (Valor Econômico - 10.04.2006) 7 British quer voltar a explorar petróleo e gás A British Petroleum (BP) está em busca de áreas de grande potencial de produção de petróleo e gás no Brasil, disse o diretor de Relações Institucionais da companhia no Brasil, Paulo Pinho. A British Petroleum hoje está sem nenhuma concessão para a exploração de óleo no País. "Só vamos levar adiante um bloco que nos ofereça um nível de comercialidade de grande porte", disse. Pinho afirmou que todas as áreas disponibilizadas pela ANP para a oitava Rodada de Licitações serão avaliadas detalhadamente. (O Estado de São Paulo - 08.04.2006) 8 Aneel instalará medidores de produção nas usinas térmicas O diretor geral da Aneel, Jerson Kelman, prevê concluir em seis meses a instalação de medidores de produção de energia nas usinas térmicas de sistemas isolados, que funcionam a óleo. O objetivo é saber, de fato, qual a real demanda pelo combustível, que é pago por todos nós, na conta de energia elétrica. Os sistemas isolados de energia não são abastecidos pelo sistema interligado. Seu cálculo depende da informação de produção repassada pelas usinas. (Jornal do Brasil - 08.04.2006)
Grandes Consumidores 1 Abimaq pede incentivo a Mantega A indústria
brasileira de bens de capital fará amanhã uma nova investida na tentativa
de derrubar a suspensão, que vigora desde o primeiro semestre do ano passado,
do chamado "drawback interno", o mecanismo de incentivo que permitia a
importação de até 40% das máquinas e equipamentos para grandes projetos
industriais com isenção de Imposto de Importação, desde que os outros
60% sejam comprados no mercado interno. Embora a suspensão seja uma medida
formal do Departamento de Operações de Comércio Exterior, ela responde
a uma imposição da Secretaria da Receita Federal. Segundo o presidente
da Abimaq, os maiores perdedores com a suspensão do incentivo foram as
indústrias nacionais de bens de capital. Sem o "drawback" e com o câmbio
favorável, as titulares dos grandes projetos passaram a importar parcelas
maiores que os 40% a que estariam limitadas para usar o benefício. (Valor
Econômico - 10.04.2006) 2 CSN e Taquari descartam sócio privado em ferrovia A CSN e a Taquari
Participações desistiram da busca por um parceiro privado disposto a investir
R$ 250 milhões na Ferrovia Nova Transnordestina. As empresas terão de
aplicar, portanto, R$ 550 milhões de capital próprio no empreendimento,
que terá financiamento público de aproximadamente R$ 4 bilhões. Segundo
o diretor da Companhia Ferroviária do Nordeste, Jorge Luiz de Mello, os
acionistas entenderam que o retorno do capital investido no projeto justifica
o montante a ser desembolsado. O BNDES irá participar com R$ 400 milhões
na Nova Transnordestina e atuará como agente financeiro do Fundo de Investimento
do Nordeste, que aportará mais R$ 1,52 bilhão. A maior parte dos recursos
para a construção da ferrovia virá do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste
(FDNE), com R$ 2,05 bilhões em debêntures. A Nova Transnordestina custará
R$ 4,5 bilhões, incluindo construção de 880 quilômetros de ferrovias e
alargamento de 1.180 quilômetros. (Jornal do Commercio - 10.04.2006) 3 IBS projeta queda de 1,3% nas exportações de produtos siderúrgicos As exportações
de produtos siderúrgicos devem cair 1,3% este ano, baixando para 12,4
milhões de toneladas. O mix de vendas, no entanto, deverá ser melhor que
o do ano passado, com maior participação de produtos de maior valor agregado.
A previsão do Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS) é de que as vendas
de produtos acabados totalizem 6,8 milhões de toneladas (+3%), enquanto
as exportações de produtos semi-acabados devem somar 5,6 milhões de toneladas
(-5%). As previsões do IBS são de que as exportações brasileiras de produtos
siderúrgicos somem US$ 5,8 bilhões neste ano, o que representa uma queda
de 10,8% em relação ao ano passado. A redução deve-se basicamente à valorização
do real frente ao dólar, já que a previsão é de queda leve nos volumes
(-1,3%). A projeção do instituto é de que, em volume, as vendas externas
de aços planos somem 4,252 milhões, com crescimento de 13,7% em relação
ao ano anterior. Já as vendas de aços longos devem totalizar 2,56 milhões
de toneladas, com queda de 9,2% sobre 2005. (Jornal do Commercio - 08.04.2006)
4 Aracruz obtém lucro de R$ 347,9 mi no primeiro trimestre A Aracruz Celulose
encerrou o primeiro trimestre com lucro líquido de R$ 347,9 milhões, um
salto de 73% sobre o resultado de igual período de 2005. Além de um aumento
de 26% nas vendas no trimestre, que somaram 744 mil toneladas, e da redução
da dívida líquida em R$ 311,8 milhões, para R$ 1,43 bilhão, a empresa
se beneficiou de operações de hedge cambial, realizadas para garantir
cobertura frente a variação do dólar. O diretor financeiro da empresa
afirmou que planeja reduzir as posições de hedge. A expectativa agora
é que a demanda no mercado de papel e celulose continue forte. Até o final
de 2007 a companhia ganha produção extra de 200 mil toneladas no Espirito
Santo e atinge um total de 3,2 milhões de toneladas. A fibra curta, principal
produto brasileiro, já responde por 50% do mercado mundial de celulose.
(Gazeta Mercantil - 10.04.2006) A Alcoa investiu
R$ 1,3 milhão para o lançamento, no Brasil, de uma linha de perfis de
alumínio para a fabricação de esquadrias adotadas na construção civil
e utilizadas em portas e janelas. (Folha de São Paulo - 10.04.2006) Economia Brasileira 1 Mantega sinaliza novos cortes da taxa de juros O ministro da Fazenda, Guido Mantega, sinalizou para novos cortes da Selic, destacando que a inflação se encontra abaixo da meta. Ele argumentou que a inflação medida pelo IPCA está sob controle ao mesmo tempo em os preços no atacado registram deflação. "O centro da meta de inflação é de 4,5%. Estamos com 4,16%. Então, não preciso falar mais nada. A trajetória é a que vocês conhecem. Há vários meses o Copom vêm baixando a taxa de juros", afirmou. (Gazeta Mercantil - 10.04.2006) 2 Mantega: estatais reduzirão gastos O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o governo será obrigado a promover um aperto nos gastos das estatais e da própria União para compensar o aumento de despesas previsto para os Estados e municípios por se tratar de ano eleitoral. Para esse aperto nas estatais, a única saída do governo será reduzir o investimento dessas empresas. "As estatais vão ter de fazer um pouco mais de (superávit) primário (economia para o pagamento de juros) neste ano". Segundo o ministro, o governo já fez as contas para alcançar a meta definida de 4,25% do PIB para o superávit primário neste ano. A União e as estatais compensarão igualmente o superávit primário menor de Estados e municípios. Dessa forma, em números aproximados, o superávit primário da União deve subir de 2,45% para 2,55% do PIB, e o das estatais, de 0,8% do PIB para 0,9%. (Folha de São Paulo - 09.04.2006) 3 Estímulo à economia em ano eleitoral chega a R$ 51,5 bi O IPC-S da semana
do dia 07 apontou inflação de 0,30%, 0,08 ponto percentual acima da taxa
divulgada na última semana. Segundo a FGV, Vestuário Vestuário e Alimentação
foram os grupos que mais contribuíram para o acréscimo apresentado na
taxa do IPC-S nesta apuração. Em contrapartida, Habitação e Transportes
passaram a contribuir menos, registrando decréscimos em suas taxas de
variação. (Investnews - 10.04.2006) 5 Focus: previsões para inflação em queda As previsões
para a inflação neste ano continuam em queda. A expectativa dos analistas
do mercado financeiro é que o IPCA termine 2006 em 4,47%, pouco abaixo
do centro da meta, que é de 4,5%. Antes, a projeção era de 4,5%. Já a
previsão para o IGP-DI passou de 3,58% para 3,14%. Para o IGP-M, a expectativa
passou de 3,55% para 3,43%. Sobre a taxa de juros, os analistas mantiveram
a expectativa de um corte de 0,75 ponto percentual. Até o final do ano,
as instituições financeiras esperam que a taxa chegue a 14% ao ano, contra
14,13% da previsão anterior. A previsão para o crescimento da economia
foi mantida. A pesquisa aponta para um crescimento do PIB de 3,5%. Já
sobre a produção industrial, os analistas esperam um crescimento de 4,33%,
contra 4,27% da semana anterior. Já a projeção em relação ao superávit
comercial, está em US$ 40 bilhões. Para o dólar, os analistas esperam
que a cotação neste mês fique em R$ 2,14 e, até o final do ano, chegue
a R$ 2,20. (Folha de São Paulo - 10.04.2006) O Banco Central realiza nesta segunda-feira mais um leilão de compra de dólares no mercado à vista. Após o anúncio da operação, a moeda norte-americana passou a registrar leve alta. O leilão foi iniciado às 12h25m, com duração prevista de dez minutos. Antes do leilão, o dólar era vendido a R$ 2,150, mesmo preço de fechamento da sessão anterior. Às 12h32m, a divisa norte-americana exibia variação positiva de 0,05%, a R$ 2,151. (O Globo Online - 10.04.2006)
Internacional 1 EDF admite que pode se retirar da América Latina O grupo francês
EDF "não exclui a possibilidade de se retirar da América Latina", antecipou
o presidente da empresa, Pierre Gadonneix. Depois de, em 29 de março,
ter vendido a participação que tinha na Light, filial brasileira da EDF,
a empresa estuda sua retirada total da América Latina. Desde que assumiu
a presidência do grupo, em setembro de 2004, Gadonneix anunciou a intenção
de concentrar as atividades da empresa na Europa para acabar com os prejuízos
provocados por suas operações na América Latina. As perdas acumuladas
nos últimos anos na região totalizam 10 bilhões (US$ 12 bilhões), segundo
a Challenges, e "não existe nenhuma esperança de recuperá-las". (Gazeta
Mercantil - 10.04.2006) 2 Shell continuará investindo na Bolívia A petrolífera
Shell informou que a nacionalização do setor dos hidrocarbonetos na Bolívia
não será uma tragédia, mas uma reforma razoável, e se mostrou disposta
a fazer investimentos sob as novas regras. A posição foi apresentada pelo
presidente da Shell para o Cone Sul em Gás e Energia, Antonio Assumpção.
Ele anunciou o interesse da multinacional de se associar à estatal YPFB.
Em contraste com representantes de outras empresas internacionais, que
se queixaram de uma suposta falta de estabilidade no setor energético
boliviano, a Shell confia no país, segundo seu representante. "Não acho
que devemos esperar uma tragédia, e sim uma reforma razoável, com uma
definição clara das regras do jogo", disse o executivo brasileiro. A Shell,
segundo Assumpção, pretende investir em prospecção e produção, e eventualmente
em industrialização e comercialização de gás natural. A idéia de criar
uma companhia petrolífera mista, em que a Shell entre com o capital e
a YPFB com os campos para exploração de hidrocarbonetos será formalizada
numa "carta de intenções". (Gazeta Mercantil - 10.04.2006) 3 Empresa argentina fará proposta pela Transener A companhia argentina Electroingenieria quer comprar a participação da Petrobras Energia na transportadora de energia Transener, informou o porta-voz da Electroingenieria, Carlos Alberto Bergoglio "Estamos analisando variáveis e a companhia vai fazer uma proposta nos próximos dias", informou. Bergoglio disse que a empresa não discutiu um preço, apesar de que o jornal de negócios argentino El Cronista especulou que a empresa pretende pagar US$ 35 milhões, embora a Petrobras queira US$ 50 milhões. As autoridades argentinas deram em maio passado o prazo de final de março de 2006 à Petrobras para vender sua participação de 50% na Citilec, empresa holding da Transener. Esse prazo passou sem a venda, apesar de a imprensa local ter citado declarações de dirigentes da Petrobras de que as autoridades concederam uma prorrogação. A Petrobras e as autoridades argentinas não puderam ser contatadas de imediato para comentários. (Gazeta Mercantil - 10.04.2006)
Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados
sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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