l IFE: nº 1.784 - 05
de abril de 2006 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Reestruturação do Setor 1 Aneel aprova revisão de valores da CDE para 2006 Novos valores
das quotas da CDE que serão recolhidas este ano por concessionárias de
distribuição foram aprovados em reunião extraordinária realizada pela
diretoria da Aneel. O valor total passa a ser de R$ 2,283 bilhões, que
representa 3,48% menos do que o montante estimado em dezembro último (R$
2,365 bilhões). Com a revisão, o impacto tarifário médio para o consumidor
final da correção da CDE para 2006 em relação ao ano passado diminuirá
de 0,53% para 0,39%. Os novos valores serão considerados no cálculo dos
índices nos próximos reajustes tarifários de cada distribuidora. A revisão
foi motivada por variações no mercado de consumidores livres, constatados
posteriormente ao cálculo elaborado no final de 2005, o que afetou a quota
de 29 distribuidoras. Do valor total de R$ 2,283 bilhões, R$ 2,152 bilhões
são pagos por distribuidoras e outros R$ 130,5 milhões pelas transmissoras.
Não houve alteração nas quotas previstas para as transmissoras. (Aneel
- 06.04.2006) 2 Aneel: resolução aperfeiçoa cálculo das garantias financeiras Aneel aprovou
esta semana a alteração na forma de cálculo de garantias financeiras das
Regras de Comercialização de Energia Elétrica. O aporte de garantias previsto
na Convenção de Comercialização de Energia Elétrica tem como finalidade
assegurar o cumprimento dos compromissos financeiros assumidos pelos agentes
na liquidação das transações realizadas na CCEE. A proposta aprovada passou
por audiência pública de 14 a 25 de novembro do ano passado. O documento
resultante desse processo determina que o valor das garantias será calculado
pela CCEE, com base na média dos três últimos saldos devedores apurados
nos 24 meses anteriores à contabilização, multiplicada por um fator de
ajuste. A adoção desse fator permitirá que o valor das garantias, a cada
ciclo de liquidação, seja equivalente aos montantes financeiros a serem
liquidados. (Aneel - 06.04.2006) 3 Aneel: audiência pública sobre cobrança da RTE A proposta
que estabelece critérios para extensão a consumidores livres da recomposição
de perdas do racionamento será apresentada na próxima segunda-feira (10/04)
em audiência pública presencial. A minuta de resolução sugere que os consumidores
livres que integravam o mercado cativo das distribuidoras durante a vigência
do Programa Emergencial de Redução do Consumo de Energia Elétrica (Percee)
terão de dividir com os demais consumidores o custo da RTE destinada à
cobertura dos impactos financeiros do racionamento sobre o caixa de distribuidoras
e geradoras. (Aneel - 06.04.2006) 4
PEC tenta evitar atraso na indicação de dirigentes de agências 5 AES defende blindagem do setor O presidente
da AES Eletropaulo, Eduardo Bernini, disse que o setor de energia precisa
de uma blindagem, ou seja, retirar as barreiras para estimular os investimentos.
Mas isso, ressaltou, não quer dizer que o segmento queira a intervenção
do governo. "O setor é como um tubarão que precisa estar em constante
movimento em seu ambiente para viver", disse. Segundo o executivo, a fragilidade
do setor começa pela elevada carga tributária, pela instabilidade de marco
regulatório e pela falta de autonomia das agências reguladoras. Um outro
fator é a dificuldade na obtenção das licenças ambientais. "A dificuldade
que temos principalmente nas linhas de transmissão é crescente", disse.
Hoje a indústria de energia usa os financiamentos do BNDES para investir,
mas é necessário resolver estas outras questões para dar sustentabilidade.
"Precisamos de ferramentas que tragam investimentos de longo prazo", disse.
(InvestNews - 06.04.2006) 6 CCEE contabiliza R$ 157,9 milhões no mês de fevereiro A Câmara
de Comercialização de Energia Elétrica divulgou nesta quinta-feira, 06
de abril, a liquidação financeira das operações realizadas no mercado
de curto prazo no mês de fevereiro. A CCEE contabilizou R$ 157,99 milhões.
As garantias aportadas pelos agentes devedores para este ciclo de liquidação
representaram 48,76% do valor contabilizado. O nível de adimplência chegou
a 99,50%. Participaram nesta liquidação 669 agentes de mercado, sendo
179 devedores e 480 credores, segundo informou a CCEE. (Agência Canal
Energia - 06.04.2006) 7 Aneel declara terras de utilidade pública em TO e RS Áreas de terras nos estados de Tocantins e Rio Grande do Sul foram declaradas de utilidade pública esta semana pela diretoria da Aneel para fins de desapropriação. Em Tocantins, a declaração favorece a empresa Porto Franco Energética S/A, responsável pela implantação da PCH Porto Franco, de 30 MW de potência. A usina será instalada no rio Palmeiras, entre os municípios de Novo Jardim e Dianópolis. No Rio Grande do Sul, as terras declaradas de utilidade pública são necessárias à construção do canteiro de obras, arranjo geral e reservatório da PCH Esmeralda, que terá 22,2 MW de potência. O empreendimento será implantado no rio Bernardo José entre os municípios de Barracão e Pinhal da Serra. (Aneel - 06.04.2006) 8
Russos estão de olho em Belo Monte e Rio Madeira O deputado federal Eduardo Gomes (PSDB-TO) começará, a partir do próximo dia 17 de abril, um trabalho para aprovar dois projetos de lei que envolvem o setor elétrico. Um é o de número 6.062, que trata da redução do Imposto de Renda para novos empreendimentos; e o outro é o 6.063, que propõe a exclusão da área de energia elétrica do regime não-cumulativo do PIS/Cofins. (Agência Canal Energia - 06.04.2006) Cento e oitenta domicílios rurais de Pirapora e Buritizeiro, em Minas Gerais, receberão obras de eletrificação do programa Luz Para Todos, do governo federal. O investimento nos projetos foi de R$ 687,6 mil, e as obras foram realizadas pela Cemig. Em Pirapora, serão beneficiadas 210 pessoas do assentamento Paco-Paco. (Elétrica - 07.04.2006) Convênio a ser firmado entre o governo do estado do RJ e a empresa britânica de petróleo British Petroleum (BP) permitirá que sejam feitas pesquisas com energia solar na UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) e na UENF (Universidade do Norte Fluminense). (Elétrica - 06.04.2006) A Câmara dos Deputados, a Frente Parlamentar em Defesa da Energia de Fontes Renováveis e o Conselho de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica vão promover no dia 11 de abril o Seminário Internacional sobre Energia de Fontes Renováveis, em Brasília. Informações pelos emails caeat@camara.gov.br e cpcm@camara.gov.br ou pelos telefones (61) 3215-8627 / 8625 (Agência Canal Energia - 06.04.2006)
Empresas 1 Aneel autoriza reajuste nas contas de luz de 4 distribuidoras A Aneel
autorizou ontem a correção nas contas de luz de quatro distribuidoras.
As tarifas vão aumentar até 9,3% para os consumidores residenciais, mas
algumas ficarão praticamente estáveis ou até sofrerão redução a partir
de sábado, quando os valores entram em vigência. A maioria dos reajustes,
no entanto, ficou acima da expectativa divulgada pelo BC, na ata da reunião
do Copom de março - aumento médio de 3,6% em 2006. A maior entre as concessionárias
com reajustes autorizados, a Cemig, poderá aumentar as tarifas em 5,16%
para os consumidores de baixa tensão (residenciais, por exemplo). Os consumidores
de alta tensão, principalmente indústrias, arcarão com um reajuste de
11,31%. Na CPFL, as tarifas vão subir 0,62% para as residências e 13,65%
para as indústrias. A Cemat, teve os menores reajustes. Os consumidores
residenciais vão ter uma queda de 5,64% nas contas de luz. Para a indústria,
o aumento é de 4,45%. Já a Enersul vai aumentar em 9,30% as suas tarifas
para a baixa tensão. Os consumidores industriais pagarão 13,25% a mais.
(Valor Econômico - 07.04.2006) 2 Processo de desverticalização é concluído por 18 distribuidoras O processo de separação das atividades de geração e de transmissão dos serviços de distribuição de energia elétrica foi concluído por 18 das 24 concessionárias enquadradas na obrigatoriedade legal de reestruturação societária. As empresas que não cumpriram o prazo legal são Celg, CFLCL e Energipe. A última concessionária de distribuição a finalizar a reestruturação societária será a CPFL que deverá realizar a transferência de participações acionárias que detém nas empresas RGE e Companhia Piratininga de Força e Luz para a CPFL Energia S/A até março de 2007. (Aneel - 06.04.2006) 3 Justiça Federal mantém valor do reajuste da Celpe Ontem, o
juiz da 3ª Vara da Justiça Federal, Manoel Erhardt, manteve a decisão
de fixar o reajuste de energia da Celpe em 7,40%, conforme já havia decidido
em liminar de junho de 2005. Manoel Erhardt declarou nula a autorização
da Aneel de Revisão Tarifária Extraordinária para fixação dos índices
de 34.11% de revisão na tarifa de energia elétrica fornecida pela Celpe
aos consumidores pernambucanos. O juiz também determinou que a Aneel revise
e estabeleça novo índice de revisão tarifária, diminuindo o custo decorrente
da aquisição da energia da Termopernambuco. A empresa deverá adotar como
modelo o custo da energia hidrelétrica disponível no mercado, considerando
o valor de R$ 57,51/MWh, conforme leilão de 2005. Os consumidores, porém,
terão que esperar para ver o efeito desta decisão. A Celpe deve recorrer
da sentença ao TRF. (Elétrica - 06.04.2006) 4
CEEE vende sua participação na usina Foz de Chapecó 5 Elektro propõe distribuir R$ 608 mi em dividendos A Elektro
realizará assembléia geral ordinária para discutir a proposta de distribuição
de dividendos, no valor de R$ 608,692 milhões. Deste montante, serão R$
274,224 milhões para os detentores de ações ordinárias e R$ 334,468 milhões
para os que detêm ações preferenciais. A empresa informou ainda que haverá
uma proposta para pagar esses dividendos em duas parcelas. A primeira,
no valor global de R$ 508,692 milhões, deverá ser paga em 28 de abril
de 2006. Já a segunda, de R$ 100 milhões, será em 29 de setembro deste
ano. (Agência Canal Energia - 06.04.2006) 6 Celg registra lucro de R$ 117 mi em 2005 A Celg registrou
lucro de R$ 117,972 milhões em 2005, resultado 52,39% superior ao apurado
pela companhia em 2004, de R$ 77,413 milhões. A receita bruta fechou o
ano passado com R$ 2,363 bilhões, 10,72% acima do totalizado no ano anterior,
quando obteve R$ 2,134 bilhões. Já a receita líquida da Celg encerrou
2005 com total de R$ 1,556 bilhão, superando em 4,21% o montante de R$
1,493 bilhão apurado no ano anterior. A Celg verificou ainda resultado
operacional negativo de R$ 74,105 milhões, contra os R$ 64,596 milhões
de 2004. (Agência Canal Energia - 06.04.2006) No pregão
do dia 06-04-2006, o IBOVESPA fechou a 39.285,04 pontos, representando
uma alta de 0,59% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 2,15
bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 0,52%,
fechando a 12.429,01 pontos. Este conjunto de empresas movimentou R$ 68,7
milhões. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram
cotadas a R$ 57,00 ON e R$ 55,00 PNB, alta de 7,77% e 7,00%, respectivamente,
em relação ao fechamento do pregão anterior. Destaca-se que estas ações
movimentaram R$ 8,8 milhões as ON e R$ 20,6 milhões as PNB. De todo o
movimento das ações que compõem o IEE, as ações da Eletrobrás foram responsáveis
por 30% do volume monetário. Na abertura do pregão do dia 07-04-2006 as
ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 57,00 as ações ON, estável em relação
ao dia anterior e R$ 54,90 as ações PNB, baixa de 0,18% em relação ao
dia anterior. (Investshop - 07.04.2006) O Banco do Brasil cobrou R$ 2 milhões para fazer a modelagem da venda de ativos e a avaliação financeira das participações acionárias da Celesc visando atender exigência da Aneel quanto a desverticalização da empresa. As 12 PCHs que integram seu parque gerador e que produzem 51,9 MW de energia, foram avaliadas em R$ 200 milhões. Além dos R$ 2 milhões, o Banco do Brasil fez uma exigência curiosa, mesmo tendo prestado o serviço sem licitação: 1,5% de taxa de sucesso nas vendas. (Eletrosul - 07.04.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 CCEE vai implantar mercado de potência no país A Câmara
de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) vai implantar, nos próximos
meses, um mercado de potência no Brasil, que funcionará como um elemento
de segurança. A CCEE explicou que, até agora, não havia controle de potência,
que é a capacidade máxima das usinas de gerarem energia. Os contratos
de concessão tinham uma indicação da potência, mas sem cobrança para que
houvesse a efetiva disponibilização da potência contratada. Segundo a
Câmara de Comercialização, havendo mercado de potência e penalização por
deficiência de potência, as empresas serão obrigadas a ter energia ofertada
naqueles horários de ponta. O procedimento se encontra em audiência pública
na Aneel, e a idéia é implementar o mercado de potência ainda no primeiro
semestre deste ano. As regras desse mercado são simples: serão medidos
os horários de ponta do que cada usina gerou, haverá comparação com aquilo
que ela vendeu em contratos, e o que for abaixo penaliza-se. (Elétrica
- 06.04.2006) 2 Usina de Itaipu bate recorde de geração Com as constantes chuvas dos últimos meses no Sudeste, que garantem um reservatório sempre na capacidade máxima, a Itaipu Binacional bateu em março o recorde de geração média no primeiro trimestre deste ano, com uma produção de energia elétrica que atingiu 10.864 MW médios no trimestre, superando o recorde anterior, de 10.161 MW médios em 2000. No primeiro trimestre de 2006, o reservatório esteve cheio desde o início do ano. Portanto, se mantiver a média do primeiro trimestre em 2006, poderá bater seu próprio recorde anual de 2000 que foi de 93,4 milhões de MWh. Com a realização dos testes finais das duas novas unidades o recorde de produção deverá ser batido em 2006. Serão acrescidos mais 1,600 milhão de MW à capacidade da usina, totalizando 14 milhões de MW. (Gazeta Mercantil - 07.04.2006) 3 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 85,9% Os reservatórios
do submercado Sudeste/Centro-Oeste operaram com 85,9% de volume acumulado,
com ligeira alta em relação ao dia 4. O índice ficou 26,5% acima da curva
de aversão ao risco. A usina de Corumbá I operou com 92,6% de capacidade
armazenada e a de Furnas com 96,6% de volume acumulado. (Agência Canal
Energia - 06.04.2006) 4 Sul: nível dos reservatórios está em 48,1% O nível
de armazenamento da região Sul registou 48,1%, com queda de 0,4% em relação
ao dia anterior. A hidrelétrica de Machadinho operou com 54,3% de capacidade
acumulada. (Agência Canal Energia - 06.04.2006) 5 NE apresenta 92,9% de capacidade armazenada Os reservatórios
do Nordeste registraram 92,9%, com alta de 0,2% em comparação à terça-feira,
dia 4 de abril. O nível ficou 43,9% acima da curva de aversão ao risco.
A usina de Sobradinho operou com 94,8% de capacidade acumulada. (Agência
Canal Energia - 06.04.2006) 6 Norte tem 95,2% da capacidade de armazenamento A região
Norte acumulou 95,2% de nível de armazenamento, com alta de 0,2% em relação
ao dia 4 de abril. A hidrelétrica de Tucuruí operou com 98,9% de volume
acumulado. (Agência Canal Energia - 06.04.2006)
Gás e Termoelétricas 1 Brasil lidera projetos de carbono O Brasil tornou-se líder mundial em projetos de créditos de carbono, mercado que movimentou 9,4 bilhões em 2005. São 37 programas brasileiros registrados na ONU, num universo de 150. O Brasil está à frente da Índia (28), México (15), Chile (10), Honduras (9) e China (7). No entanto, embora o Brasil esteja hoje na dianteira em relação ao número de projetos aprovados pela ONU, é grande a chance da Índia tomar a posição brasileira nos próximos meses. Isso porque o país asiático tem atualmente um número maior de projetos submetidos à ONU - são 61 no total, contra 45 do Brasil -, que podem ou não ser aprovados pelo órgão internacional. Porém, são raros os pedidos de revisão do projeto. A grande maioria dos programas brasileiros de redução das emissões de carbono envolve projetos de cogeração a partir do bagaço da cana-de-açúcar. Porém, a vedete do País são os projetos que utilizam aterros sanitários que sozinha participa de 21 programas de crédito de carbono existentes hoje no Brasil. Segundo Antonio Lombardi, do ABN, a International Emissions Trading Association (IETA) projeta que, de 2006 a 2012, as demandas mundiais por créditos de carbono serão de 800 milhões de toneladas. (Gazeta Mercantil - 07.04.2006) 2 Brasil fecha maior contrato de créditos de carbono do mundo O Brasil
fechou o maior contrato de créditos de carbono gerado já registrado pela
ONU, numa operação entre a Biogás, sócia da Prefeitura de São Paulo no
Aterro Bandeirantes, e o banco alemão KFW, informou a Econergy, responsável
pelo negócio. O Aterro Bandeirantes, um dos maiores projetos do planeta
em geração de energia elétrica a partir do lixo, vendeu para o KFW 1 milhão
de toneladas de crédito de carbono. O projeto prevê gerar 8 milhões de
toneladas de crédito de carbono até 2012, que serão posteriormente negociadas.
O Aterro recebe metade do lixo de São Paulo, ou 80 mil toneladas diárias,
e utiliza o metano liberado para gerar energia elétrica. A usina do Aterro
gera 22 MW. "É o maior contrato mundial já assinado. Estamos desde 2004
negociando e agora recebemos auditoria e aprovação da ONU", explicou o
vice-presidente de transações da Econergy International, Marcelo Junqueira.
Ele afirmou que o valor do contrato não pode ser revelado, mas ficou acima
dos 15 por tonelada, cotação média que vem sendo fechada em outros países.
"Nenhum projeto desse porte, no entanto, já tem crédito de carbono gerado,
como a do Aterro Bandeirantes, ou seja, é uma pronta entrega", explicou
Junqueira. (Gazeta Mercantil - 07.04.2006q 3 Empresa é autorizada a explorar termelétrica em MG A empresa
Laginha Agro Industrial S/A foi autorizada pela Aneel a explorar, na condição
de produtor independente de energia, a termelétrica Triálcool, de 15 MW
de capacidade instalada. A usina está localizada no município mineiro
de Canápolis e opera desde maio de 2003. A autorização da Agência também
revogou a concessão à empresa da autorização para exploração da térmica
na condição de autoprodutor de energia. A Aneel aprovou também a transferência
da autorização para exploração da pequena central hidrelétrica Rio Piracicaba,
da empresa Companhia Siderúrgica Belgo - Mineira para a empresa Belgo
Siderurgia S/A. A usina está localizada no município de João Monlevade,
Minas Gerais, e opera com 9 MW de potência. A empresa atuará como autoprodutora
de energia. (Aneel - 06.04.2006) 4 Gasoduto argentino atrai empresas brasileiras Construtoras
brasileiras, com apoio do BNDES, estão disputando uma concorrência para
executar novas obras de expansão dos gasodutos TGS e TGN, na Argentina,
com investimentos previstos em US$ 1,6 bilhão. A estimativa é de que deste
total aproximadamente US$ 600 milhões correspondam à exportação de bens
e serviços brasileiros, incluindo tubos de aço, válvulas, itens de unidades
compressoras e trabalhos de construção e engenharia, entre outros. A expectativa
é de que as obras comecem em junho ou julho deste ano. O projeto prevê
a expansão da capacidade de transporte de gás natural nos dois gasodutos
em 21 milhões de metros cúbicos de gás por dia em um período de três anos.
A expansão ocorrerá ao ritmo médio anual de 7 milhões de metros cúbicos
por dia. A capacidade adicional de gás estará voltada, em um primeiro
momento, para a geração de energia elétrica.As construtoras brasileiras
não participam diretamente da licitação, mas negociam acordos para execução
das obras com as companhias selecionadas. O próximo passo será definir
a parte da obra que corresponderá a cada construtora. (Valor Econômico
- 07.04.2006) 5 Petrobras reduz volume de gás boliviano A Petrobras tirou três termelétricas de operação e reduziu o consumo de suas refinarias no Sudeste para compensar a redução de 5 milhões de metros cúbicos/dia das exportações de gás da Bolívia para o Brasil. Com isso, as importações de gás, que estavam na faixa de 25 a 26 milhões de metros cúbicos por dia, caíram para 21 milhões. A medida, que afetou as térmicas de Três Lagoas, Arjona e Canoas, foi tomada devido a um acidente causado pelas fortes chuvas que castigam a Bolívia desde domingo, provocando o rompimento dos dutos da Petrobras que escoam a produção de condensado e gás natural dos campos de San Antonio e Margarita. Fontes da Petrobras informaram que a companhia está administrando a redução da oferta de gás em suas próprias instalações. A estatal frisou que a redução das importações não afeta o suprimento para as distribuidoras brasileiras, e portanto não tem efeito sobre o consumo residencial, comercial e industrial. Os reparos tanto na tubulação como a colocação de escoras na região devem demorar entre 20 dias e 30 dias. O que está impedindo o início das obras é a greve dos trabalhadores da região de Gran Chaco, em Tarija, onde fica a cidade de Santa Cruz, sede das petroleiras. (Valor Econômico - 07.04.2006) 6 Prorrogados prazos de implantação de térmica e PCH A empresa Dedini teve os prazos para implantar a termelétrica São Luiz prorrogados pela Aneel. As obras devem começar até outubro de 2006 e a operação comercial até dezembro do próximo ano. A Aneel também autorizou a Veneto Energética a adiar as datas de implantação da pequena central hidrelétrica Jararaca, nos municípios de Veranópolis e Nova Roma do Sul. A empresa terá de construir a central até o fim de abril de 2006, com início de operação comercial até dezembro de 2007. (Agência Canal Energia - 06.04.2006) 7 Cinco unidades geradoras da térmica Jaraqui entram em operação comercial Cinco unidades motogeradoras da termelétrica Jaraqui, localizada no município de Manaus, foram liberadas pela Aneel para operação comercial a partir da última quarta-feira. Juntas, elas totalizam 83.280 kW, sendo uma de 7.680 kW e quatro de 18.900 kW. A UTE Jaraqui é propriedade da empresa Breitener Energética SA. (Agência Canal Energia - 06.04.2006) O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou a realização da 8a rodada de licitação de áreas de exploração de petróleo e gás natural, que foi marcada para os dias 27, 28 e 29 de novembro. O CNPE definiu que serão 54 áreas de exploração, mas os blocos a serem leiloados dentro dessas áreas serão estabelecidos somente na próxima reunião do CNPE, provavelmente em maio. O Conselho aprovou, também, a realização do 2º leilão de campos marginais de exploração de petróleo e gás natural, marcado para 31 de maio. Trata-se de áreas de menor porte que não atraem grandes empresas. Segundo Haroldo Lima, diretor-geral da ANP, serão colocadas em leilão 21 áreas desse tipo, todas terrestres, nos Estados do Espírito Santo, Maranhão e Rio Grande do Norte. Já o debate sobre a construção ou não da usina nuclear de Angra III ficou para a próxima reunião. O projeto não foi colocado em pauta ontem porque ainda está sob pedido de vista da Casa Civil, feito no ano passado. (Jornal do Commercio - 07.04.2006) 9 Preço de energia de Angra 3 próximo ao de termo Nas condições atuais de mercado, se construída a usina nuclear de Angra 3, ela poderia fornecer energia ao custo de R$ 138,00 o MWh, o que aproxima o preço da energia nuclear dos últimos preços registrados para a energia termelétrica leiloada pelo governo. A constatação integra estudo sobre a viabilidade de Angra 3 apresentado na reunião do CNPE, para orientar o governo sobre a polêmica decisão de construir ou não a usina. O resultado dos estudos sobre Angra 3 animou os defensores da construção da usinamas enfrenta resistências no governo. O secretário de Energia, Indústria Naval e Petróleo do Rio de Janeiro, Wagner Victer, chegou a dizer que o Silas Rondeau, apóia o projeto (Rondeau apenas defendeu, na reunião, que seguissem os estudos de viabilidade de Angra 3). Victer apresentou ao conselho um abaixo-assinado em favor da usina, em seu nome e dos prefeitos e presidentes das Câmaras de Vereadores de Angra dos Reis, Mangaratiba, Rio Claro e Paraty, cidades próximas da usina. Se aprovada, a construção da usina começaria em 2008, para início de funcionamento em 2013. (Valor Econômico - 07.04.2006) 10 Angra I volta ao sistema interligado A usina nuclear de Angra I foi sincronizada com o Sistema Interligado Nacional na última quarta-feira, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico. A usina estava desligada desde o dia 31 de março para manutenção corretiva. A previsão inicial de retorno era para a tarde do mesmo dia. (Agência Canal Energia - 06.04.2006)
Grandes Consumidores 1 Complexo Petroquímico apressa projeto da Schulz em São Gonçalo O grupo
alemão Schulz, líder mundial no suprimento de conexões tubulares, anunciou
ontem um investimento no estado do Rio de Janeiro: a empresa inicia, no
final deste mês, as operações de seu centro de distribuição em São Gonçalo,
próximo à área onde será instalada o Complexo Petroquímico da Petrobras.
Na primeira etapa do projeto, estão sendo investidos R$ 11 milhões no
centro de estocagem e distribuição; na segunda etapa, mais R$ 5 milhões
para a implementação de centro de serviços, com início de operações previsto
para 2007. Antes dessa base em São Gonçalo, a Schulz já havia definido
a construção de duas fábricas em Campos, cujos investimentos ultrapassarão
os R$ 96 milhões. A unidade de fabricação de conexões de aço inoxidável
, com investimentos de R$ 44,5 milhões, já teve as obras iniciadas, e
a estimativa é de que todos os galpões estejam entregues em quatro meses.
(Jornal do Commercio - 07.04.2006) Economia Brasileira 1 IIF prevê que país será grau de investimento O Brasil pode atingir a classificação de baixo risco de crédito ou grau de investimento dentro de dois ou três anos. A estimativa é do economista-chefe para a América Latina do Institute of International Finance (IIF), Frederick Jaspersen. "É muito provável que o Brasil consiga chegar ao investment grade em dois ou três anos, mas para isso o mais importante é que continue seguindo a atual política econômica", afirmou. Ele lembrou que a projeção do IIF é a de que a economia brasileira cresça 3,8% este ano, mas já admite que percentual pode ser maior. As perspectivas gerais do IIF para a América Latina e para o Brasil são positivas. Apesar de haver a preocupação com um aumento de juro previsto para ocorrer nos Estados Unidos e na Europa, os países da região estão mais bem preparados para enfrentar esse cenário. "De fato esse novo ambiente é uma preocupação e pode gerar desafios para os mercados emergentes de forma geral, mas o governo e o Banco Central parecem estar bem conscientes", disse o diretor-executivo do IIF. (Valor Econômico - 07.04.2006) 2 Troca no BC reforça ortodoxia A troca de dois diretores do Banco Central, anunciada ontem, reforçou a ala mais ortodoxa da instituição, dissolvendo dúvidas que ainda poderiam haver sobre a autonomia das políticas cambial e monetária após a posse do novo ministro da Fazenda. A principal mensagem nas mudanças do BC, porém, foram os diretores indicados, que mostram afinação com a atual política do BC, e a maneira como foram selecionados, sem vestígios de que houve qualquer tentativa de Mantega em impor nomes. O mercado financeiro aprovou os novos nomes da diretoria do BC. Uma das razões é que, com as mudanças, já estaria formada a diretoria do BC para um eventual segundo mandato de Lula. Segundo analistas, a nova diretoria é ainda mais conservadora que a atual e não se imagina que as substituições sejam meramente provisórias. A nova diretoria daria assim prosseguimento (e até aprofundamento) da gestão neoliberal das políticas monetária e cambial. De acordo com o presidente do BC, Henrique Meirelles, a instituição não vai ficar mais conservadora com as novas mudanças na diretoria. Segundo ele, as trocas são normais e não alteram o perfil da autoridade monetária. (Valor Econômico - 07.04.2006) 3
IPCA registra inflação de 0,43% em março 4 INPC de março aponta elevação de 0,27% O INPC apurou
alta de 0,27% em março. O resultado é ligeiramente superior ao de fevereiro,
quando o indicador apresentou avanço de 0,23%. Em março de 2005, a alta
do INPC havia sido de 0,73%. No primeiro trimestre, a evolução foi de
0,88%, contra 1,75% do mesmo intervalo do ano passado. Nos 12 meses encerrados
em março, o indicador acumula elevação de 4,15%, também abaixo dos 4,63%
acumulados nos 12 meses imediatamente anteriores. O INPC é usado no reajuste
do salário mínimo. Segundo o IBGE, o resultado do INPC de março refletiu
a variação negativa de 0,12% dos produtos alimentícios e a alta de 0,43%
dos artigos não alimentícios. O maior índice regional de março foi registrado
em Brasília (alta de 1,03%). O menor resultado regional ocorreu no Rio
de Janeiro (deflação de 0,08%). (Valor Econômico - 07.04.2006) 5 Produção industrial de fevereiro cresce em 11 dos 14 locais pesquisados pelo IBGE Em fevereiro,
a produção industrial subiu em 11 dos 14 locais pesquisados pelo IBGE
em relação ao mesmo mês de 2005. Tendo como intervalo o primeiro bimestre,
também comparado a igual intervalo de 2005, o indicador mostra acréscimo
na produção da indústria de 12 das 14 regiões avaliadas. No segundo mês
do ano, a produção nacional evoluiu a uma taxa média de 5,4% no confronto
com igual intervalo de 2005. O destaque ficou com o Amazonas, com incremento
de 18,0%. Em seguida, conforme os dados da Pesquisa Industrial Mensal
Produção Física - Regional do IBGE divulgados hoje, aparecem Rio de Janeiro
(9,9%), Pará (9,1%), Ceará (8,8%), Bahia (7,5%) e Minas Gerais (7,1%).
Com desempenho abaixo da média nacional, aparecem São Paulo (5,1%), região
Nordeste (3,6%), Goiás (3,0%), Pernambuco (1,2%) e Espírito Santo (1,1%).
No caso de São Paulo, embora tenha sido um pouco abaixo da média nacional,
esta foi a quinta taxa positiva consecutiva. Três locais apresentaram
recuo na produção no mês de fevereiro, comparativamente a intervalo idêntico
de 2005, Santa Catarina (-0,2%), Rio Grande do Sul (-1,3%) e Paraná (-7,4%).
Quando o foco recai na produção industrial física do primeiro bimestre,
vê-se evolução em 12 das 14 regiões pesquisadas pelo IBGE. As exceções
foram Rio Grande do Sul (-1,9%) e Paraná (-6,8%). (Valor Econômico - 07.04.2006)
O Banco Central anunciou nesta sexta-feira mais um leilão de compra de dólares no mercado à vista, mas a moeda norte-americana desacelerou levemente a alta exibida antes do anúncio. O leilão foi iniciado às 12h22, com duração prevista de 10 minutos. Antes do anúncio, o dólar era vendido a R$ 2,139, em variação positiva de 0,42%. Às 12h27, a divisa norte-americana exibia alta de 0,38%, a R$ 2,138. Ontem, a divisa norte-americana fechou com baixa de 0,18%, a R$ 2,1280 na compra e R$ 2,13 na venda. Na máxima do dia, a divisa marcou R$ 2,1460 (+0,56%). No menor preço, a moeda apontou R$ 2,1260 (-0,37%). Segundo informações do mercado, o giro interbancário somou US$ 1,53 bilhão. (O Globo Online e Valor Online - 07.04.2006)
Internacional 1 Equador apressa mudanças na legislação O ministro
da Energia do Equador, Iván Rodríguez, disse na quarta-feira que "haverá
uma lei" de hidrocarbonetos e que sobre essa base o Governo renegociará
os contratos com as petrolíferas multinacionais "em menos de 45 dias".
Em um encontro com correspondentes internacionais, Rodríguez falou sobre
a reforma da Lei de Hidrocarbonetos, já aprovada pelo Congresso e que
será sancionada ou vetada parcialmente pelo presidente Alfredo Palacio
até o próximo domingo. O presidente "está analisando a situação" e ainda
"não há uma posição definida" sobre o texto, que foi proposto pelo próprio
Governo, disse o ministro. "Haverá a lei e a renegociação será com base
nela", enfatizou. Além da renegociação de contratos, o ministro disse
que o país quer aumentar sua capacidade de refino, e que pensa em projetos
de cooperação com empresas estatais do Brasil, México, Chile e Colômbia.
(Gazeta Mercantil - 07.04.2006)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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