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IFE: nº 1.783 - 06 de abril de 2006
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Aneel toma iniciativa para reduzir impacto da CCC
2 Apine vai propor exclusão da curva de aversão ao risco do cálculo do PLD
3 CCEE vai definir regras para punir geradoras que não disponibilizarem potência
4 Construção da Hidrelétrica Santa Rosa terá início ainda em abril
5 Governo do RJ faz mapeamento de novas centrais hidrelétricas
6 Prefeitura de SP investe na melhoria do serviço de iluminação pública
7 Curtas

Empresas
1 Aneel analisa pedidos de reajustes da Cemig, Enersul, CPFL e Cemat
2 Aneel: não há ilegalidade no contrato de concessão para compradores da Cteep
3 Econergy planeja investimentos de US$ 60 mi no Brasil
4 Bandeirantes emite debêntures
5 Cataguazes-Leopoldina retifica montante de subscrição de sobras
6 Escelsa investirá R$ 3,7 mi em eficiência energética
7 Celesc forma a primeira turma de eletricistas prediais
8 Cemig disponibiliza edital de leilão de venda de energia

9 Cotações da Eletrobrás

10 Curtas

Leilões
1 Apine pede reavaliação do preço-teto da energia no leilão de energia nova

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 85,9%
2 Sul: nível dos reservatórios está em 48,5%
3 NE apresenta 92,7% de capacidade armazenada

4 Norte tem 73,5% da capacidade de armazenamento

Gás e Termelétricas
1 Projeto prevê 100 milhões de litros de biodiesel
2 Greve prejudica fornecimento de gás boliviano
3 Aterro Bandeirantes assina contrato de crédito de carbono
4 CNPE debate construção de Angra 3

Grandes Consumidores
1 Dólar barato ameaça construção da CSA
2 Empresas de mineração ampliam produção em MG
3 Braskem investe US$ 10 mi Politeno
4 Braskem emite bônus perpétuo

Economia Brasileira
1 Infra-estrutura corresponde a 11,2% dos investimentos estrangeiros
2 Godoy otimista com setor de infra-estrutura

3 Lula descarta intervenção no câmbio
4 BID melhora condições de créditona América Latina
5 IGP-DI tem deflação de 0,45% em março
6 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 AIE preocupada com Bolívia
2 Argentina investe US$1,45 bi em gasodutos
3 América Latina é considerada potência energética
4 Empresas de energia dos EUA apóiam redução de emissões
5
Gas Natural deve rever proposta pela Endesa
6 Projetos de energia limpa receberão US$ 125 mi da Ecoenergy

 

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Aneel toma iniciativa para reduzir impacto da CCC

A Aneel pretende intensificar entendimentos com a ANP para buscar soluções conjuntas com vistas à redução do impacto da Conta de Consumo de Combustíveis nas contas dos consumidores. Segundo o diretor-geral da Aneel, Jerson Kelman, entre as medidas a serem avaliadas está a proposta de fiscalização e monitoramento do preço do óleo combustível utilizado nas termelétricas do Sistema Isolado. A Aneel está investigando reajustes excessivos nos preços do insumo. Kelman ressaltou que não pode atuar sobre a fixação de preços do óleo, por não ser sua atribuição. A medida, contou, é uma das três iniciativas da Aneel para tentar uma redução do encargo. Outra medida implantada, segundo Kelman, envolve a instalação de medidores de vazão nas empresas, que permitirá verificar se não há fraudes na contabilização do kWh gerado. Além disso, a Aneel pretende estabelecer diretrizes à Eletrobrás, gestora da CCC, para que realize aperfeiçoamentos na aplicação do encargo. (Agência Canal Energia - 05.04.2006)

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2 Apine vai propor exclusão da curva de aversão ao risco do cálculo do PLD

A Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica (Apine) pretende modificar dispositivos legais que consideram a curva de aversão ao risco na formação do Preço de Liquidação de Diferenças. A proposta baseia-se na exclusão da CAR no cálculo do PLD por um período de cinco anos, a fim de que sejam feitos aprimoramentos na sistemática de cálculo do valor, utilizado pela CCEE. Segundo o presidente do conselho de administração da Apine, Luiz Fernando Vianna, explica que, caso efetivada, a medida evita que os geradores que integram o Mecanismo de Realocação de Energia sejam penalizados pela inclusão da CAR na formação do preço em eventuais situações hidrológicas críticas, como o que aconteceu em janeiro de 2004. No lugar da curva, seria adotado de forma excepcional o que se conhece como despacho discriminatório. O mecanismo substitui a formação do PLD pela preço da térmica mais cara por um dispositivo que prevê a remuneração personalizada. Esse valor seria pago através do Encargo sobre o Sistema (ESS). A CAR continuaria sendo considerada nesse período apenas para níveis de operação. (Agência Canal Energia - 05.04.2006)

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3 CCEE vai definir regras para punir geradoras que não disponibilizarem potência

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica deve implementar a partir de maio um conjunto de regras que estabelecem punições para geradoras que não disponibilizarem a potência necessária para atender a demanda de energia no horário de ponta. Segundo o presidente do conselho de administração da CCEE, Antônio Carlos Fraga Machado, o mercado de potência é colocado como um mecanismo de segurança. "Essas regras levarão em conta o que cada usina gerou em relação ao que estava determinado nos contratos", explicou. (Agência Canal Energia - 05.04.2006)

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4 Construção da Hidrelétrica Santa Rosa terá início ainda em abril

A construção da hidrelétrica Santa Rosa, no Rio Grande, afluente do Rio Paraíba do Sul, entre Bom Jardim e Cordeiro, na Região Serrana do Estado do Rio de Janeiro, será iniciada neste mês. A usina terá potência instalada de 30 MW. Segundo o secretário de Energia, Indústria Naval e Petróleo, Wagner Victer, os investimentos previstos para a construção da hidrelétrica Santa Rosa, do tipo PCH - comprada pela Engevix ao grupo francês SIIF - são de R$ 107 milhões. De acordo com o secretário, até o fim de 2007 a usina estará produzindo energia elétrica cuja venda está garantida. A energia será vendida no âmbito do Proinfa. O projeto deverá ser financiado pelo BNDES. (Elétrica - 05.04.2006)

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5 Governo do RJ faz mapeamento de novas centrais hidrelétricas

O governo do estado do Rio de Janeiro está fazendo o mapeamento de novas centrais hidrelétricas em seus rios. Outros projetos de hidrelétricas que estão previstos para o estado, segundo o secretário de Energia, Indústria Naval e Petróleo, Wagner Victer,, são os das usinas de Simplício, Cambuci e Barra do Pomba (Itaocara). Essas três usinas, quando construídas, terão capacidade de agregar geração de energia elétrica de 8% do consumo do estado. (Elétrica - 05.04.2006)

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6 Prefeitura de SP investe na melhoria do serviço de iluminação pública

A Prefeitura de São Paulo promete retomar o programa de ampliação da rede de iluminação pública. O projeto é instalar, a partir do fim do mês, 22.660 pontos de luz, ao custo de R$ 28 milhões. O setor é recordista de reclamações na Ouvidoria-Geral do Município - em 2005 foram quase 9 mil queixas -, enfrentou falhas e corte de pagamento na manutenção, interrupção na expansão da rede e problemas na licitação. A Prefeitura de São Paulo está retomando o Reluz, uma parceria com a União e a Eletropaulo para substituir lâmpadas de vapor de mercúrio por de sódio, 33% mais econômicas. Este ano serão trocadas 50 mil lâmpadas. (Elétrica - 05.04.2006)

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7 Curtas

O projeto de lei que exclui o setor elétrico do regime não-cumulativo da contribuição do PIS/Cofins foi retirado nesta quarta-feira, 5 de abril, da pauta de votação da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados. A matéria foi excluída após pedido do deputado Fernando Ferro (PT-PE) para avaliar melhor o mérito da questão. (Agência Canal Energia - 05.04.2006)

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Empresas

1 Aneel analisa pedidos de reajustes da Cemig, Enersul, CPFL e Cemat

Ao contrário do que esperavam os analistas de mercado, que projetavam para 2006 um reajuste das tarifas de energia abaixo do índice de inflação acumulado nos últimos 12 meses, a conta de luz poderá ter um aumento salgado. A diretoria da Aneel realizará uma Reunião Pública Extraordinária em que serão apreciados pedidos de reajustes médios de tarifas de quatro distribuidoras muito superiores à inflação, que acumula variação de 5,51% nos últimos 12 meses (IPCA-IBGE). Se for aprovado, o reajuste de 24,05% pedido pela Cemig entrará em vigor já a partir de 8 de abril. Fazem parte da pauta da reunião da Aneel, além do pleito da Cemig, os pedidos de reajustes médios de 18,97% da Enersul; de 11,37% da CPFL; e de 10,57% da Cemat. (Hoje em Dia - 06.04.2006)

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2 Aneel: não há ilegalidade no contrato de concessão para compradores da Cteep

O diretor geral da Aneel, Jerson Kelman, reiterou que não há ilegalidade na cessão de novo contrato de concessão para o comprador da Transmissão Paulista, após a privatização da empresa. Segundo Kelman, a Aneel não baseia suas decisões em orientações jurídicas emitidas pelo Ministério Público Federal, mas sim em pareceres da Procuradoria Geral da agência. Ele ratificou a posição do procurador, Cláudio Girardi, que afirmou ser possível a assinatura de novo contrato. Kelman ressaltou que o fato de a assinatura ser possível não significa que a iniciativa será obrigatória e que a agência está analisando a questão levando em conta o interesse público. (Agência Canal Energia - 05.04.2006)

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3 Econergy planeja investimentos de US$ 60 mi no Brasil

A Econergy Internacional anunciou ontem investimentos de US$ 125 milhões em projetos de energia limpa e eficiência energética na América Latina. Deste total, o Brasil receberá US$ 60 milhões, que serão aplicados no prazo de 18 meses. De acordo com o vice-presidente da empresa no Brasil, Luiz Eduardo Alves de Lima, dos 26 projetos que estão previstos para a América Latina, sete estão no Brasil. Segundo o executivo, alguns desses projetos de energia renovável já estão em fase de desenvolvimento. No Brasil investe em energia renovável como energia solar, eólica, hídrica e matérias orgânicas. Entre os projetos em análise, dois estão voltados para a construção de duas Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) na região Nordeste e uma para a região Sul. Para o Mato Grosso e Goiás, a empresa pretende focar seus negócios no álcool. (Gazeta Mercantil - 06.04.2006)

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4 Bandeirantes emite debêntures

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) autorizou ontem a emissão de R$ 250 milhões de debêntures da Bandeirante Energia (serão 25.000 ao preço de R$ 10.000,00 cada). Os papéis, com vencimento em março de 2011, vão apagar taxa anual de 5.5% acima do CDI. A emissão será coordenada pelo Bradesco. Neste ano, já foram emitidos R$ 4,97 bilhões em debêntures. A CVM estuda ainda a aprovação para o lançamento de mais R$ 6,45 bilhões. (CVM e Gazeta Mercantil - 06.04.2006)

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5 Cataguazes-Leopoldina retifica montante de subscrição de sobras

A Cataguazes-Leopoldina encaminhou aviso aos acionistas retificando a informação de subscrição de sobras, incluído no processo de aumento de capital. Segundo o aviso enviado à Bovespa o rateio do direito de subscrição de sobras entre os acionistas que manifestaram interesse será de 0,03733 de ações ordinárias para cada ação ordinária subscrita durante o período para exercício do direito de preferência. (Agência Canal Energia - 05.04.2006)

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6 Escelsa investirá R$ 3,7 mi em eficiência energética

A Escelsa teve seu programa de eficiência energética para o ciclo 2005/2006 aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica. Segundo o Diário Oficial a empresa vai investir R$ 3.702.394,00, o equivalente a 0,2824% da receita operacional líquida. A Aneel também aprovou os programas de pesquisa e desenvolvimento da Enersul, da Sociedade Fluminense de Energia Ltda e da Companhia Energética Chapecó . A Enersul (MS) aplicará R$ 1.606.663,00, o correspondente a 0,183% da receita operacional líquida, no ciclo 2005/2006. Já a SFE destinará R$ 800.990,96, que representa 0,5% da receita, enquanto a CEC reservará R$ 61.640,42, o equivalente a 0,4% da receita, em projetos do ciclo 2004/2005. (Agência Canal Energia - 06.04.2006)

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7 Celesc forma a primeira turma de eletricistas prediais

A Celesc vai formar a primeira turma de eletricistas prediais, através do projeto "Tô Ligado". Os 21 alunos serão contratados por três meses por empreiteiras que prestam serviços à Celesc. A iniciativa faz parte do programa de responsabilidade social da empresa. O projeto "Tô Ligado" é uma parceria entre a Celesc, a Delegacia Regional do Trabalho (DRT-SC/MTE) e o Centro Cultural Escrava Anastácia por meio do Consórcio Social da Juventude (Aroeira). (Agência Carnal Energia - 05.04.2006)

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8 Cemig disponibiliza edital de leilão de venda de energia

A Cemig disponiblizou o edital de leilão de venda de energia para o submercado Sudeste/ Centro-Oeste. A empresa vai ofertar nove lotes de energia, totalizando 83,20 MW. O início do fornecimento varia de 10 de abril de 2006 a 1º de janeiro de 2010. Já o fim do fornecimento vai de 31 de dezembro de 2007 a 31 de dezembro de 2010. (Agência Canal Energia - 05.04.2006)

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9 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 05-04-2006, o IBOVESPA fechou a 39.053,20 pontos, representando uma alta de 0,65% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 2,38 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 1,10%, fechando a 12.426,90 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 52,89 ON e R$ 51,40 PNB, alta de 5,19% e 4,37%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Na abertura do pregão do dia 06-04-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 53,00 as ações ON, alta de 0,21% em relação ao dia anterior e R$ 51,70 as ações PNB, alta de 0,54% em relação ao dia anterior. (Investshop - 06.04.2006)

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10 Curtas

A Engevix Engenharia - empresa com atuação no setor de energia elétrica - comprou a concessão para a construção da hidrelétrica Santa Rosa do grupo francês SIIF. Os investimentos previstos para a obra são de cerca de R$ 110 milhões, valor que será financiado pelo BNDES. (Jornal do Commercio - 06.04.2006)

O Grupo Neoenergia, controlador das distribuidoras de energia Coelba e Celpe, vai fechar um acordo com o Ministério do Meio Ambiente para recolhimento adequado do gás de refrigeração (CFC) de cerca de 15 mil geladeiras velhas de seus clientes de baixa renda que as empresas estão trocando por modelos novos. (Gazeta Mercantil - 06.04.2006)

A CPFL energia participa do V Simpósio Brasileiro sobre Pequenas e Médias Centrais Hidrelétricas, em Florianópolis/SC. A empresa apresentará no evento nova técnica de geração e operação de suas PCHs, automatizadas ao longo do ano de 2005. (Agência Canal Energia - 05.04.2006)

A Celesc irá promover um curso de Gestão Energética Municipal e Iluminação Pública Eficiente para administradores Municipais que discutirá temas voltados para as questões da redução do consumo de energia e melhoria da qualidade do serviço prestados. (Agência Canal Energia - 06.04.2006)

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Leilões

1 Apine pede reavaliação do preço-teto da energia no leilão de energia nova

Segundo avaliação da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica (Apine), caso o MME não reavalie o preço-teto do preço da energia nos leilões de geração, existe o risco de que projetos previstos no Plano Decenal não saiam do papel, prejudicando o suprimento. A associação considera que os investimentos necessários em geração estipulados pelo plano, que chegam a US$ 40 bilhões, não serão suportados apenas pelo investimento estatal. Os produtores da iniciativa privada consideram que o preço-teto de R$ 116 por MW/h estipulado no leilão de Energia Nova, realizado em dezembro, inviabiliza novos investimentos por parte deles, visto que a taxa de retorno de um empreendimento nessas condições fica em torno de 10%, patamar considerado baixo no setor. O aceitável, segundo o presidente da entidade, Luiz Fernando Vianna, é que esse retorno chegue a 15%. (Jornal do Commercio - 06.04.2006)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 85,9%

Os reservatórios do submercado Sudeste/Centro-Oeste registram 85,9% de capacidade acumulada, com ligeira alta em relação ao dia anterior. O nível está 26,6% acima da curva de aversão ao risco. As usinas de Corumbá I e Furnas operam com 92,3% e 96,7%, respectivamente, da capacidade. (Agência Canal Energia - 05.04.2006)

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2 Sul: nível dos reservatórios está em 48,5%

A região Sul registra 48,5% de nível acumulado, com baixa de 0,3%. A hidrelétrica de Machadinho opera com 55,6% de aproveitamento. (Agência Canal Energia - 05.04.2006)

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3 NE apresenta 92,7% de capacidade armazenada

O Nordeste registra 92,7% de volume acumulado, um crescimento de 0,6% em comparação à segunda-feira, dia 3. O índice ficou 43,7% acima da curva de aversão ao risco. A hidrelétrica de Sobradinho opera com 94,6% de volume armazenado. (Agência Canal Energia - 05.04.2006)

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4 Norte tem 73,5% da capacidade de armazenamento

O nível de armazenamento da região Norte está em 95%, com alta de 0,4% em relação ao dia anterior. A usina de Tucuruí opera com 98,8% de capacidade acumulada. (Agência Canal Energia - 05.04.2006)

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Gás e Termoelétricas

1 Projeto prevê 100 milhões de litros de biodiesel

A Brasil Ecodiesel apresentou ontem projeto para produzir 100 milhões de litros por ano de biodiesel no Rio Grande do Sul. A previsão da empresa é investir R$ 20 milhões na instalação de planta produtora do combustível em Rosário do Sul e unidades de extração de óleo - em número ainda não definido. Para atender a esta capacidade produtiva, a usina teria que contar com cerca de cem mil hectares cultivados com oleaginosas. A intenção da Brasil Ecodiesel é usar mamona e girassol, mas irá avaliar a oferta disponível de matérias-primas. O teto de preços para a produção destinada ao biodiesel deve ser o da soja, projetou Silveira. A planta de produção em Rosário do Sul deve operar em dezembro deste ano. A intenção da Brasil Biodiesel é ofertar este combustível no próximo leilão de biodiesel. A entrega do produto negociado no leilão deve ocorrer entre janeiro e dezembro de 2007. O projeto precisa contar com licença ambiental para estar apto a disputar o leilão e o pedido já foi apresentado à Fundação Estadual de Proteção Ambiental. (Jornal do Commercio - 06.04.2006)

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2 Greve prejudica fornecimento de gás boliviano

Uma greve de trabalhadores coloca em risco o fornecimento de gás natural boliviano para Brasil e Argentina. Três dutos - um deles explorado pela Petrobrás - romperam-se domingo, por causa das chuvas, e ainda não foram consertados. Segundo o superintendente de Hidrocarbonetos da Bolívia, Hugo de la Fuente, a situação pode se complicar nos próximos dias: "O mais grave é que, se a greve persistir, pode haver o não cumprimento de exportação de gás aos dois países." Os trabalhadores em greve cortaram as rotas de acesso aos locais onde houve o rompimento, na Quebrada del Mono e no Chaco boliviano. Equipes e material de reparo estão impedidas de chegar aos locais, explicou De la Fuente. O superintendente garantiu que, por enquanto, há estoques nas refinarias e em outros dutos, "mas, em poucos dias a situação pode se tornar insustentável". (O Estado de São Paulo - 06.04.2006)

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3 Aterro Bandeirantes assina contrato de crédito de carbono

O Aterro Bandeirantes assina o contrato de venda de certificados de um milhão de toneladas de carbono com o banco alemão KFW, o que deve render 24 milhões de euros. O projeto foi totalmente estruturado pela Econergy. O aterro pertence a Biogás, empresa formada por Heleno&Fonseca (Coleta de lixo), Árcades Logos e a empresa holandesa Van Der Wier. O biogás produzido no local é usado para gerar energia elétrica numa térmica de 22 MW. A energia é usada pelo Unibanco, responsável pela gestao energética. (Agência Canal Energia - 05.04.2006)

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4 CNPE debate construção de Angra 3

A construção da usina nuclear de Angra 3 volta à pauta do governo hoje. O assunto deverá ser discutido em reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Desde que o empreendimento foi incluído no Plano Decenal de Expansão da Oferta de Energia e divulgado em meados de março, cresceu a expectativa de que a polêmica usina tem chances reais de sair do papel. O Plano Decenal estima que a usina entraria em operação no início de 2013, mas a decisão de construir o empreendimento nuclear ainda não foi oficializada pelo governo. Caso decida construir a nova unidade nuclear, que teria capacidade de geração de 1.350 MW, o governo terá que desembolsar cerca de US$ 1,8 bilhão, ao longo de aproximadamente 66 meses de obras. (Valor Econômico - 06.04.2006)

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Grandes Consumidores

1 Dólar barato ameaça construção da CSA

A criação da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), projeto inicialmente orçado em US$ 2,2 bilhões e e fruto da parceria a Vale do Rio Doce e a alemã ThyssenKrupp, não pára de encarecer devido à queda do dólar. O custo estimado já subiu para US$ 3 bilhões e, se a moeda americana romper a barreira dos R$ 2, a usina periga subir no telhado. Um projeto deste porte representará a compra de mais de US$ 1 bilhão em equipamentos siderúrgicos. Dinheiro que poderia circular no eixo Minas Gerais-São Paulo-Rio. O maior temor, além do risco de a CSA ficar só na promessa, é que todas estas despesas sejam feitas no exterior, mais precisamente na China, onde o câmbio artificialmente fraco assegura a competitividade da indústria. A pleno vapor, a CSA produzirá 4,4 milhões de toneladas de placas de aço por ano, para exportação, divididas, meio a meio, entre Alemanha e clientes da Thyssen nos Estados Unidos. (Jornal do Brasil - 06.04.06)

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2 Empresas de mineração ampliam produção em MG

Graças à aquecida demanda internacional pelo minério de ferro, em diferentes pontos do chamado Quadrilátero Ferrífero, milhares de operários já trabalham ou serão contratados em breve em empreitadas para ampliar a produção. Em Congonhas do Campo, a CSN vai investir US$ 560 milhões para ampliar a extração. Parte da nova produção alimentará uma pelotizadora de minério de ferro que a CSN instalará também em Congonhas. Em Itabirito e Nova Lima, a Minerações Brasileiras Reunidas vai construir uma usina de concentração de minério de ferro e uma pelotizadora, um investimento de US$ 760 milhões. Com um programa para elevar a produção de pelotas de minério de ferro, a mineradora Samarco fará investimentos em Mariana para otimização da lavra na mina de Alegria, construção de uma nova usina de beneficiamento e um segundo mineroduto para levar o que é extraído em Minas até a unidade de pelotização no Espírito Santo. Na otimização da mineração, serão aplicados R$ 90 milhões. Na usina de beneficiamento, R$ 600 milhões. E, no mineroduto, R$ 750 milhões. (Valor Econômico - 06.04.2006)

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3 Braskem investe US$ 10 mi Politeno

A Braskem investirá US$ 10 milhões na recém-adquirida Politeno, de Camaçari (BA), que responde por 16% do mercado de polietileno no Brasil. A meta é ampliar em 11% a capacidade de produção atual de 360 mil toneladas, chegando em 400 mil toneladas até o fim de 2007. A Politeno produz 320 mil toneladas do derivado de petróleo. Com a investida, a capacidade de produção total do produto pela Braskem chegará a 1,2 milhão de toneladas por ano. (Jornal do Commercio - 06.04.2006)

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4 Braskem emite bônus perpétuo

A Braskem emitirá US$ 200 milhões em bônus perpétuos para manter sua liquidez de caixa mesmo fazendo um pagamento de US$ 111,3 milhões pela totalidade dos ativos da Politeno. A Braskem oficializou hoje a compra desta última, o que consolida ainda mais sua posição no Estado da Bahia, onde possui uma central de matérias-primas e várias indústrias de segunda geração (que pegam a matéria-prima da central e a transformam em resinas). "Esta emissão será feita apenas para manter em equilíbrio a liquidez da empresa, já que há caixa para fazer o pagamento. O valor exato será determinado pelo apetite do mercado, e então saberemos quanto vai para pagar os antigos donos da Politeno e quanto vai para capital de giro da Braskem", disse o vice-presidente de finanças e relações com investidores da Braskem. (InvestNews . 05.04.2006)

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Economia Brasileira

1 Infra-estrutura corresponde a 11,2% dos investimentos estrangeiros

Com o bom desempenho registrado no primeiro bimestre de 2006, quando o fluxo de investimentos estrangeiros diretos (IED) a empresas de infra-estrutura alcançou o montante de US$ 297 milhões, mais que o dobro dos US$ 110 milhões registrados no ano passado, o setor passou a representar 11,2% do total de IED apurado no acumulado do ano, de US$ 2,6 bilhões. No mesmo período do ano passado, infra-estrutura respondia por 8,8% do total de investimentos que ingressaram no País. A Abdib ressaltou, porém que os atuais investimentos estrangeiros diretos no setor ainda estão em níveis muito inferiores ao registrado há seis ou sete anos. Em 2000, por exemplo, infra-estrutura recebeu US$ 14,5 bilhões, 48,5% do total que ingressou no País naquele ano. No entanto, o período corresponde à privatização das empresas de telecomunicações e energia, o que alavancou a entrada de capital estrangeiro no país e especialmente no setor. (Gazeta Mercantil - 06.04.2006)

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2 Godoy otimista com setor de infra-estrutura

Paulo Godoy, presidente da Abdib, avaliou que, a médio prazo, o setor de infra-estrutura voltará a ser a principal porta de entrada para o IED, justamente pela "boa qualidade da carteira de projetos", aliada à conclusão do processo de regulamentação das PPP e à liquidez internacional. Para este ano, Godoy avaliou que permanecerão em alta também os projetos de petróleo, bem como os projetos em energia elétrica, que começam a sair do papel. (Gazeta Mercantil - 06.04.2006)

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3 Lula descarta intervenção no câmbio

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem que não vai interferir na cotação do dólar, considerada baixa por empresários do setor exportador, e que o próprio aumento das importações é que vai ajustar o câmbio. "O que vai consertar o câmbio brasileiro não é um decreto-lei, uma medida provisória ou uma mágica, o que vai arrumar o câmbio e colocá-lo no ponto justo é a seriedade da política econômica, é o comportamento do empresariado brasileiro, a certeza de que os juros vão chegar a um patamar que precisam chegar, mas também a certeza de que o Brasil precisa importar mais do que está importando, sobretudo máquinas, para que a gente tenha as nossas empresas atualizadas", disse Lula. (Valor Econômico - 06.04.2006)

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4 BID melhora condições de créditona América Latina

A decisão de ampliar o envolvimento do BID com a iniciativa privada permite aproximar suas condições de financiamento das que já são oferecidas por outras agências multilaterais de crédito que trabalham na América Latina. O presidente do banco, está preocupado com o risco de perder importância na região, na medida em que o Brasil e os demais países que controlam a instituição encontram novas fontes de capital externo para financiar obras e outros projetos. O BID tem hoje uma carteira de US$ 1,5 bilhão de empréstimos para o setor privado. O BID agora poderá usar 10% do seu capital para emprestar recursos a empresas públicas e privadas de qualquer setor econômico sem a exigência de garantias do governo central. Hoje esse dinheiro só pode ser usado para projetos de infra-estrutura e operações de comércio exterior e no mercado de capitais.O banco tem cerca de US$ 3,7 bilhões disponíveis para essas operações. Nos próximos meses, a instituição vai adaptar suas políticas operacionais às novas regras e definir com os vários países que o controlam os setores que serão tratados como prioritários. (Valor Econômico - 06.04.2006)

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5 IGP-DI tem deflação de 0,45% em março

Em março, o IGP-DI registrou deflação de 0,45%. Segundo divulgou hoje a FGV, o resultado é 0,39 ponto percentual abaixo da variação registrada em fevereiro, de -0,06%. Dois dos três componentes do IGP-DI aceleraram as taxas de variação entre fevereiro e março: o IPC, de 0,01% para 0,22%, e o INCC, de 0,19% para 0,20%. Em sentido inverso, o IPA recuou de -0,12%, em fevereiro, para -0,82%, em março. (Investnews - 06.04.2006)

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6 Dólar ontem e hoje

O Banco Central realizou das 11h34m às 11h44m um novo leilão para a compra de dólares no mercado à vista. Com isso, a moeda americana, que estava em queda, passou a ficar estável, a R$ 2,132 na compra e R$ 2,134 na venda. Ontem, o dólar fechou com baixa de 0,09%, a R$ 2,1320 na compra e R$ 2,1340 na venda. (O Globo Online e Valor Online - 06.04.2006)

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Internacional

1 AIE preocupada com Bolívia

Governos como o da Bolívia precisam repensar que sinais querem enviar às empresas do setor de energia para obter ou não investimentos. A avaliação é de especialistas da Agência Internacional de Energia. Para especialistas internacionais, a nacionalização manda um 'sinal preocupante', já que nenhuma empresa gosta da idéia de fazer investimentos e depois ter de entregá-los a um governo e se tornar apenas prestadora de serviços. Na avaliação de Daniel Simmons, especialista de gás da AIE, a nacionalização pode ter efeito negativo para os próprios bolivianos. Isso porque, se não contar com recursos suficientes, a empresa nacional não poderá investir na descoberta de novas reservas, o que será prejudicial ao país no futuro. "Os governos têm mandatos relativamente curtos, enquanto investimentos no setor de energia são de longo prazo." Na opinião do técnico, o gás natural poderá ter um papel cada vez mais importante na América do Sul, principalmente se os países optarem por substituir sua produção de energia hidroelétrica. Outro fator que poderá levar o continente a depender mais do gás é o crescimento industrial da região. (O Estado de São Paulo - 06.04.2006)

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2 Argentina investe US$1,45 bi em gasodutos

A Argentina investirá US$ 1,451 bilhão até 2008 para ampliar a capacidade de transporte de sua rede de gasodutos. O ministro do Planejamento, Julio de Vido, disse que as obras vão gerar 4.500 empregos e aumentarão o abastecimento de gás em 20 milhões de metros cúbicos diários. As obras, segundo de Vido, são destinadas a "acompanhar o crescimento da demanda" de gás entre indústrias e geradoras de energia elétrica do país. (Gazeta Mercantil - 06.04.2006)

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3 América Latina é considerada potência energética

Apesar dos problemas enfrentados na Bolívia, com a ameaça de nacionalização das reservas de gás, a região é vista como uma potência energética por Bill Kimble, sócio da KPMG para o setor de indústrias nos Estados Unidos. Numa avaliação das fraquezas e pontos fortes da América Latina em termos energéticos, Kimble destaca como fator positivo a existência de seis países exportadores de petróleo. O executivo pondera, contudo, que não há uma política regional conjunta para o setor energético, sendo os temas decididos por cada país individualmente, tendo em conta cada fonte de energia específica, o que o executivo considera um dos pontos fracos da política regional. Ele cita como exemplo o corte de fornecimento de gás da Argentina para o Chile e o Brasil. Outra "fraqueza" regional apontada por Kimble é a grande dependência de gasodutos para transportar o gás de um país para o outro, em detrimento da utilização de plantas de Gás Natural Liquefeito (GNL), consideradas mais baratas e mais flexíveis. (Valor Econômico - 06.04.2006)

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4 Empresas de energia dos EUA apóiam redução de emissões

Depois de rejeitar os compromissos do Acordo de Kyoto, os EUA estão discutindo um sistema próprio de redução de emissões de gases que causam o efeito estufa. O comitê de Energia do Senado realizou um seminário e ouviu 30 especialistas sobre o assunto, iniciando um processo de consultas antes de trabalhar no texto da legislação. A lei só será discutida e votada no ano que vem. O sistema teria limites para emissões e negociação de créditos entre as companhias, de maneira semelhante às regras de Kyoto. As duas maiores distribuidoras de energia do país, Duke Energy e Exelon, declararam-se favoráveis à regulamentação ambiental pela primeira vez, juntando-se a empresas menores, como Sempra Energy e PNM Resources. As companhias opuseram-se à entidade que representa as empresas do setor, Edison Electric Institute, que é contra a regulamentação. As empresas mais dependentes do carvão são contrárias às restrições, porque terão que gastar mais para reduzir as emissões. Southern Co. e American Electric Power são alguns exemplos. Várias estão investindo em novas tecnologias para continuar usando o carvão, mas com menor emissão de poluentes. (Valor Econômico - 06.04.2006)

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5 Gas Natural deve rever proposta pela Endesa

O presidente da Gas Natural, Rafael Villaseca, disse que vai rever sua oferta pela Endesa quando for mais apropriado, aceitando que terá de elevar o valor da proposta se quiser competir com oferta maior e toda em dinheiro da alemã E.ON. "Estamos conscientes sobre o fato de que as ofertas iniciais não refletem o valor de mercado (da Endesa)", afirmou Villaseca. "A Gas Natural vai estudar sua oferta original, no tempo apropriado, e veremos se a mudamos ou não." A oferta da Gas Natural está suspensa devido a investigação de tribunal comercial sobre se a Gas Natural e a Iberdrola quebraram regras da União Européia, agindo juntas para retirar a Endesa da competição. A Endesa afirmou que deve buscar o levantamento da suspensão quando a proposta da E.ON tiver passado seus estágios regulatórios, para que seus acionistas decidam qual oferta preferem. (Gazeta Mercantil - 06.04.2006)

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6 Projetos de energia limpa receberão US$ 125 mi da Ecoenergy

A Econergy Internacional anunciou ontem investimentos de US$ 125 milhões em projetos de energia limpa e eficiência energética na América Latina. Deste total, o Brasil receberá US$ 60 milhões, que serão aplicados no prazo de 18 meses. Segundo o presidente da empresa, Thomas H. Storner, deste montante, US$ 20 milhões são do Clean Tech Fund, um fundo de private equity, com sede em Quebec, no Canadá, e gerido pela Econergy, e o restante, US$ 105 milhões, captado via Bolsa de Londres. De acordo com o vice-presidente da empresa no Brasil, Luiz Eduardo Alves de Lima, dos 26 projetos que estão previstos para a América Latina, sete estão no Brasil. A Econergy Internacional está instalada em mais de 200 países. (Gazeta Mercantil - 06.04.2006)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Camila Nobrega, Marcelo Machado, Guilherme Branquinho e Larissa Barbosa

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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