l IFE: nº 1.783 - 06
de abril de 2006 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Leilões Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Reestruturação do Setor 1 Aneel toma iniciativa para reduzir impacto da CCC A Aneel
pretende intensificar entendimentos com a ANP para buscar soluções conjuntas
com vistas à redução do impacto da Conta de Consumo de Combustíveis nas
contas dos consumidores. Segundo o diretor-geral da Aneel, Jerson Kelman,
entre as medidas a serem avaliadas está a proposta de fiscalização e monitoramento
do preço do óleo combustível utilizado nas termelétricas do Sistema Isolado.
A Aneel está investigando reajustes excessivos nos preços do insumo. Kelman
ressaltou que não pode atuar sobre a fixação de preços do óleo, por não
ser sua atribuição. A medida, contou, é uma das três iniciativas da Aneel
para tentar uma redução do encargo. Outra medida implantada, segundo Kelman,
envolve a instalação de medidores de vazão nas empresas, que permitirá
verificar se não há fraudes na contabilização do kWh gerado. Além disso,
a Aneel pretende estabelecer diretrizes à Eletrobrás, gestora da CCC,
para que realize aperfeiçoamentos na aplicação do encargo. (Agência Canal
Energia - 05.04.2006) 2 Apine vai propor exclusão da curva de aversão ao risco do cálculo do PLD A Associação
Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica (Apine) pretende
modificar dispositivos legais que consideram a curva de aversão ao risco
na formação do Preço de Liquidação de Diferenças. A proposta baseia-se
na exclusão da CAR no cálculo do PLD por um período de cinco anos, a fim
de que sejam feitos aprimoramentos na sistemática de cálculo do valor,
utilizado pela CCEE. Segundo o presidente do conselho de administração
da Apine, Luiz Fernando Vianna, explica que, caso efetivada, a medida
evita que os geradores que integram o Mecanismo de Realocação de Energia
sejam penalizados pela inclusão da CAR na formação do preço em eventuais
situações hidrológicas críticas, como o que aconteceu em janeiro de 2004.
No lugar da curva, seria adotado de forma excepcional o que se conhece
como despacho discriminatório. O mecanismo substitui a formação do PLD
pela preço da térmica mais cara por um dispositivo que prevê a remuneração
personalizada. Esse valor seria pago através do Encargo sobre o Sistema
(ESS). A CAR continuaria sendo considerada nesse período apenas para níveis
de operação. (Agência Canal Energia - 05.04.2006) 3 CCEE vai definir regras para punir geradoras que não disponibilizarem potência A Câmara
de Comercialização de Energia Elétrica deve implementar a partir de maio
um conjunto de regras que estabelecem punições para geradoras que não
disponibilizarem a potência necessária para atender a demanda de energia
no horário de ponta. Segundo o presidente do conselho de administração
da CCEE, Antônio Carlos Fraga Machado, o mercado de potência é colocado
como um mecanismo de segurança. "Essas regras levarão em conta o que cada
usina gerou em relação ao que estava determinado nos contratos", explicou.
(Agência Canal Energia - 05.04.2006) 4
Construção da Hidrelétrica Santa Rosa terá início ainda em abril 5 Governo do RJ faz mapeamento de novas centrais hidrelétricas O governo
do estado do Rio de Janeiro está fazendo o mapeamento de novas centrais
hidrelétricas em seus rios. Outros projetos de hidrelétricas que estão
previstos para o estado, segundo o secretário de Energia, Indústria Naval
e Petróleo, Wagner Victer,, são os das usinas de Simplício, Cambuci e
Barra do Pomba (Itaocara). Essas três usinas, quando construídas, terão
capacidade de agregar geração de energia elétrica de 8% do consumo do
estado. (Elétrica - 05.04.2006)
6 Prefeitura de SP investe na melhoria do serviço de iluminação pública A Prefeitura
de São Paulo promete retomar o programa de ampliação da rede de iluminação
pública. O projeto é instalar, a partir do fim do mês, 22.660 pontos de
luz, ao custo de R$ 28 milhões. O setor é recordista de reclamações na
Ouvidoria-Geral do Município - em 2005 foram quase 9 mil queixas -, enfrentou
falhas e corte de pagamento na manutenção, interrupção na expansão da
rede e problemas na licitação. A Prefeitura de São Paulo está retomando
o Reluz, uma parceria com a União e a Eletropaulo para substituir lâmpadas
de vapor de mercúrio por de sódio, 33% mais econômicas. Este ano serão
trocadas 50 mil lâmpadas. (Elétrica - 05.04.2006) O projeto de lei que exclui o setor elétrico do regime não-cumulativo da contribuição do PIS/Cofins foi retirado nesta quarta-feira, 5 de abril, da pauta de votação da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados. A matéria foi excluída após pedido do deputado Fernando Ferro (PT-PE) para avaliar melhor o mérito da questão. (Agência Canal Energia - 05.04.2006)
Empresas 1 Aneel analisa pedidos de reajustes da Cemig, Enersul, CPFL e Cemat Ao contrário
do que esperavam os analistas de mercado, que projetavam para 2006 um
reajuste das tarifas de energia abaixo do índice de inflação acumulado
nos últimos 12 meses, a conta de luz poderá ter um aumento salgado. A
diretoria da Aneel realizará uma Reunião Pública Extraordinária em que
serão apreciados pedidos de reajustes médios de tarifas de quatro distribuidoras
muito superiores à inflação, que acumula variação de 5,51% nos últimos
12 meses (IPCA-IBGE). Se for aprovado, o reajuste de 24,05% pedido pela
Cemig entrará em vigor já a partir de 8 de abril. Fazem parte da pauta
da reunião da Aneel, além do pleito da Cemig, os pedidos de reajustes
médios de 18,97% da Enersul; de 11,37% da CPFL; e de 10,57% da Cemat.
(Hoje em Dia - 06.04.2006) 2 Aneel: não há ilegalidade no contrato de concessão para compradores da Cteep O diretor geral da Aneel, Jerson Kelman, reiterou que não há ilegalidade na cessão de novo contrato de concessão para o comprador da Transmissão Paulista, após a privatização da empresa. Segundo Kelman, a Aneel não baseia suas decisões em orientações jurídicas emitidas pelo Ministério Público Federal, mas sim em pareceres da Procuradoria Geral da agência. Ele ratificou a posição do procurador, Cláudio Girardi, que afirmou ser possível a assinatura de novo contrato. Kelman ressaltou que o fato de a assinatura ser possível não significa que a iniciativa será obrigatória e que a agência está analisando a questão levando em conta o interesse público. (Agência Canal Energia - 05.04.2006) 3 Econergy planeja investimentos de US$ 60 mi no Brasil A Econergy
Internacional anunciou ontem investimentos de US$ 125 milhões em projetos
de energia limpa e eficiência energética na América Latina. Deste total,
o Brasil receberá US$ 60 milhões, que serão aplicados no prazo de 18 meses.
De acordo com o vice-presidente da empresa no Brasil, Luiz Eduardo Alves
de Lima, dos 26 projetos que estão previstos para a América Latina, sete
estão no Brasil. Segundo o executivo, alguns desses projetos de energia
renovável já estão em fase de desenvolvimento. No Brasil investe em energia
renovável como energia solar, eólica, hídrica e matérias orgânicas. Entre
os projetos em análise, dois estão voltados para a construção de duas
Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) na região Nordeste e uma para a
região Sul. Para o Mato Grosso e Goiás, a empresa pretende focar seus
negócios no álcool. (Gazeta Mercantil - 06.04.2006) 4
Bandeirantes emite debêntures 5 Cataguazes-Leopoldina retifica montante de subscrição de sobras A Cataguazes-Leopoldina
encaminhou aviso aos acionistas retificando a informação de subscrição
de sobras, incluído no processo de aumento de capital. Segundo o aviso
enviado à Bovespa o rateio do direito de subscrição de sobras entre os
acionistas que manifestaram interesse será de 0,03733 de ações ordinárias
para cada ação ordinária subscrita durante o período para exercício do
direito de preferência. (Agência Canal Energia - 05.04.2006) 6 Escelsa investirá R$ 3,7 mi em eficiência energética A Escelsa
teve seu programa de eficiência energética para o ciclo 2005/2006 aprovado
pela Agência Nacional de Energia Elétrica. Segundo o Diário Oficial a
empresa vai investir R$ 3.702.394,00, o equivalente a 0,2824% da receita
operacional líquida. A Aneel também aprovou os programas de pesquisa e
desenvolvimento da Enersul, da Sociedade Fluminense de Energia Ltda e
da Companhia Energética Chapecó . A Enersul (MS) aplicará R$ 1.606.663,00,
o correspondente a 0,183% da receita operacional líquida, no ciclo 2005/2006.
Já a SFE destinará R$ 800.990,96, que representa 0,5% da receita, enquanto
a CEC reservará R$ 61.640,42, o equivalente a 0,4% da receita, em projetos
do ciclo 2004/2005. (Agência Canal Energia - 06.04.2006) 7 Celesc forma a primeira turma de eletricistas prediais A Celesc
vai formar a primeira turma de eletricistas prediais, através do projeto
"Tô Ligado". Os 21 alunos serão contratados por três meses por empreiteiras
que prestam serviços à Celesc. A iniciativa faz parte do programa de responsabilidade
social da empresa. O projeto "Tô Ligado" é uma parceria entre a Celesc,
a Delegacia Regional do Trabalho (DRT-SC/MTE) e o Centro Cultural Escrava
Anastácia por meio do Consórcio Social da Juventude (Aroeira). (Agência
Carnal Energia - 05.04.2006) 8 Cemig disponibiliza edital de leilão de venda de energia A Cemig disponiblizou o edital de leilão de venda de energia para o submercado Sudeste/ Centro-Oeste. A empresa vai ofertar nove lotes de energia, totalizando 83,20 MW. O início do fornecimento varia de 10 de abril de 2006 a 1º de janeiro de 2010. Já o fim do fornecimento vai de 31 de dezembro de 2007 a 31 de dezembro de 2010. (Agência Canal Energia - 05.04.2006) No pregão do dia 05-04-2006, o IBOVESPA fechou a 39.053,20 pontos, representando uma alta de 0,65% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 2,38 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 1,10%, fechando a 12.426,90 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 52,89 ON e R$ 51,40 PNB, alta de 5,19% e 4,37%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Na abertura do pregão do dia 06-04-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 53,00 as ações ON, alta de 0,21% em relação ao dia anterior e R$ 51,70 as ações PNB, alta de 0,54% em relação ao dia anterior. (Investshop - 06.04.2006) A Engevix Engenharia - empresa com atuação no setor de energia elétrica - comprou a concessão para a construção da hidrelétrica Santa Rosa do grupo francês SIIF. Os investimentos previstos para a obra são de cerca de R$ 110 milhões, valor que será financiado pelo BNDES. (Jornal do Commercio - 06.04.2006) O Grupo Neoenergia, controlador das distribuidoras de energia Coelba e Celpe, vai fechar um acordo com o Ministério do Meio Ambiente para recolhimento adequado do gás de refrigeração (CFC) de cerca de 15 mil geladeiras velhas de seus clientes de baixa renda que as empresas estão trocando por modelos novos. (Gazeta Mercantil - 06.04.2006) A CPFL energia participa do V Simpósio Brasileiro sobre Pequenas e Médias Centrais Hidrelétricas, em Florianópolis/SC. A empresa apresentará no evento nova técnica de geração e operação de suas PCHs, automatizadas ao longo do ano de 2005. (Agência Canal Energia - 05.04.2006) A Celesc irá promover um curso de Gestão Energética Municipal e Iluminação Pública Eficiente para administradores Municipais que discutirá temas voltados para as questões da redução do consumo de energia e melhoria da qualidade do serviço prestados. (Agência Canal Energia - 06.04.2006)
Leilões 1 Apine pede reavaliação do preço-teto da energia no leilão de energia nova Segundo
avaliação da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia
Elétrica (Apine), caso o MME não reavalie o preço-teto do preço da energia
nos leilões de geração, existe o risco de que projetos previstos no Plano
Decenal não saiam do papel, prejudicando o suprimento. A associação considera
que os investimentos necessários em geração estipulados pelo plano, que
chegam a US$ 40 bilhões, não serão suportados apenas pelo investimento
estatal. Os produtores da iniciativa privada consideram que o preço-teto
de R$ 116 por MW/h estipulado no leilão de Energia Nova, realizado em
dezembro, inviabiliza novos investimentos por parte deles, visto que a
taxa de retorno de um empreendimento nessas condições fica em torno de
10%, patamar considerado baixo no setor. O aceitável, segundo o presidente
da entidade, Luiz Fernando Vianna, é que esse retorno chegue a 15%. (Jornal
do Commercio - 06.04.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 85,9% Os reservatórios
do submercado Sudeste/Centro-Oeste registram 85,9% de capacidade acumulada,
com ligeira alta em relação ao dia anterior. O nível está 26,6% acima
da curva de aversão ao risco. As usinas de Corumbá I e Furnas operam com
92,3% e 96,7%, respectivamente, da capacidade. (Agência Canal Energia
- 05.04.2006) 2 Sul: nível dos reservatórios está em 48,5% A região Sul registra 48,5% de nível acumulado, com baixa de 0,3%. A hidrelétrica de Machadinho opera com 55,6% de aproveitamento. (Agência Canal Energia - 05.04.2006) 3 NE apresenta 92,7% de capacidade armazenada O Nordeste
registra 92,7% de volume acumulado, um crescimento de 0,6% em comparação
à segunda-feira, dia 3. O índice ficou 43,7% acima da curva de aversão
ao risco. A hidrelétrica de Sobradinho opera com 94,6% de volume armazenado.
(Agência Canal Energia - 05.04.2006) 4 Norte tem 73,5% da capacidade de armazenamento O nível
de armazenamento da região Norte está em 95%, com alta de 0,4% em relação
ao dia anterior. A usina de Tucuruí opera com 98,8% de capacidade acumulada.
(Agência Canal Energia - 05.04.2006)
Gás e Termoelétricas 1 Projeto prevê 100 milhões de litros de biodiesel A Brasil Ecodiesel apresentou ontem projeto para produzir 100 milhões de litros por ano de biodiesel no Rio Grande do Sul. A previsão da empresa é investir R$ 20 milhões na instalação de planta produtora do combustível em Rosário do Sul e unidades de extração de óleo - em número ainda não definido. Para atender a esta capacidade produtiva, a usina teria que contar com cerca de cem mil hectares cultivados com oleaginosas. A intenção da Brasil Ecodiesel é usar mamona e girassol, mas irá avaliar a oferta disponível de matérias-primas. O teto de preços para a produção destinada ao biodiesel deve ser o da soja, projetou Silveira. A planta de produção em Rosário do Sul deve operar em dezembro deste ano. A intenção da Brasil Biodiesel é ofertar este combustível no próximo leilão de biodiesel. A entrega do produto negociado no leilão deve ocorrer entre janeiro e dezembro de 2007. O projeto precisa contar com licença ambiental para estar apto a disputar o leilão e o pedido já foi apresentado à Fundação Estadual de Proteção Ambiental. (Jornal do Commercio - 06.04.2006) 2 Greve prejudica fornecimento de gás boliviano Uma greve
de trabalhadores coloca em risco o fornecimento de gás natural boliviano
para Brasil e Argentina. Três dutos - um deles explorado pela Petrobrás
- romperam-se domingo, por causa das chuvas, e ainda não foram consertados.
Segundo o superintendente de Hidrocarbonetos da Bolívia, Hugo de la Fuente,
a situação pode se complicar nos próximos dias: "O mais grave é que, se
a greve persistir, pode haver o não cumprimento de exportação de gás aos
dois países." Os trabalhadores em greve cortaram as rotas de acesso aos
locais onde houve o rompimento, na Quebrada del Mono e no Chaco boliviano.
Equipes e material de reparo estão impedidas de chegar aos locais, explicou
De la Fuente. O superintendente garantiu que, por enquanto, há estoques
nas refinarias e em outros dutos, "mas, em poucos dias a situação pode
se tornar insustentável". (O Estado de São Paulo - 06.04.2006) 3 Aterro Bandeirantes assina contrato de crédito de carbono O Aterro
Bandeirantes assina o contrato de venda de certificados de um milhão de
toneladas de carbono com o banco alemão KFW, o que deve render 24 milhões
de euros. O projeto foi totalmente estruturado pela Econergy. O aterro
pertence a Biogás, empresa formada por Heleno&Fonseca (Coleta de lixo),
Árcades Logos e a empresa holandesa Van Der Wier. O biogás produzido no
local é usado para gerar energia elétrica numa térmica de 22 MW. A energia
é usada pelo Unibanco, responsável pela gestao energética. (Agência Canal
Energia - 05.04.2006) 4 CNPE debate construção de Angra 3 A construção
da usina nuclear de Angra 3 volta à pauta do governo hoje. O assunto deverá
ser discutido em reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).
Desde que o empreendimento foi incluído no Plano Decenal de Expansão da
Oferta de Energia e divulgado em meados de março, cresceu a expectativa
de que a polêmica usina tem chances reais de sair do papel. O Plano Decenal
estima que a usina entraria em operação no início de 2013, mas a decisão
de construir o empreendimento nuclear ainda não foi oficializada pelo
governo. Caso decida construir a nova unidade nuclear, que teria capacidade
de geração de 1.350 MW, o governo terá que desembolsar cerca de US$ 1,8
bilhão, ao longo de aproximadamente 66 meses de obras. (Valor Econômico
- 06.04.2006)
Grandes Consumidores 1 Dólar barato ameaça construção da CSA A criação
da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), projeto inicialmente orçado
em US$ 2,2 bilhões e e fruto da parceria a Vale do Rio Doce e a alemã
ThyssenKrupp, não pára de encarecer devido à queda do dólar. O custo estimado
já subiu para US$ 3 bilhões e, se a moeda americana romper a barreira
dos R$ 2, a usina periga subir no telhado. Um projeto deste porte representará
a compra de mais de US$ 1 bilhão em equipamentos siderúrgicos. Dinheiro
que poderia circular no eixo Minas Gerais-São Paulo-Rio. O maior temor,
além do risco de a CSA ficar só na promessa, é que todas estas despesas
sejam feitas no exterior, mais precisamente na China, onde o câmbio artificialmente
fraco assegura a competitividade da indústria. A pleno vapor, a CSA produzirá
4,4 milhões de toneladas de placas de aço por ano, para exportação, divididas,
meio a meio, entre Alemanha e clientes da Thyssen nos Estados Unidos.
(Jornal do Brasil - 06.04.06) 2 Empresas de mineração ampliam produção em MG Graças à
aquecida demanda internacional pelo minério de ferro, em diferentes pontos
do chamado Quadrilátero Ferrífero, milhares de operários já trabalham
ou serão contratados em breve em empreitadas para ampliar a produção.
Em Congonhas do Campo, a CSN vai investir US$ 560 milhões para ampliar
a extração. Parte da nova produção alimentará uma pelotizadora de minério
de ferro que a CSN instalará também em Congonhas. Em Itabirito e Nova
Lima, a Minerações Brasileiras Reunidas vai construir uma usina de concentração
de minério de ferro e uma pelotizadora, um investimento de US$ 760 milhões.
Com um programa para elevar a produção de pelotas de minério de ferro,
a mineradora Samarco fará investimentos em Mariana para otimização da
lavra na mina de Alegria, construção de uma nova usina de beneficiamento
e um segundo mineroduto para levar o que é extraído em Minas até a unidade
de pelotização no Espírito Santo. Na otimização da mineração, serão aplicados
R$ 90 milhões. Na usina de beneficiamento, R$ 600 milhões. E, no mineroduto,
R$ 750 milhões. (Valor Econômico - 06.04.2006) 3 Braskem investe US$ 10 mi Politeno A Braskem
investirá US$ 10 milhões na recém-adquirida Politeno, de Camaçari (BA),
que responde por 16% do mercado de polietileno no Brasil. A meta é ampliar
em 11% a capacidade de produção atual de 360 mil toneladas, chegando em
400 mil toneladas até o fim de 2007. A Politeno produz 320 mil toneladas
do derivado de petróleo. Com a investida, a capacidade de produção total
do produto pela Braskem chegará a 1,2 milhão de toneladas por ano. (Jornal
do Commercio - 06.04.2006) 4 Braskem emite bônus perpétuo A Braskem
emitirá US$ 200 milhões em bônus perpétuos para manter sua liquidez de
caixa mesmo fazendo um pagamento de US$ 111,3 milhões pela totalidade
dos ativos da Politeno. A Braskem oficializou hoje a compra desta última,
o que consolida ainda mais sua posição no Estado da Bahia, onde possui
uma central de matérias-primas e várias indústrias de segunda geração
(que pegam a matéria-prima da central e a transformam em resinas). "Esta
emissão será feita apenas para manter em equilíbrio a liquidez da empresa,
já que há caixa para fazer o pagamento. O valor exato será determinado
pelo apetite do mercado, e então saberemos quanto vai para pagar os antigos
donos da Politeno e quanto vai para capital de giro da Braskem", disse
o vice-presidente de finanças e relações com investidores da Braskem.
(InvestNews . 05.04.2006)
Economia Brasileira 1 Infra-estrutura corresponde a 11,2% dos investimentos estrangeiros Com o bom desempenho registrado no primeiro bimestre de 2006, quando o fluxo de investimentos estrangeiros diretos (IED) a empresas de infra-estrutura alcançou o montante de US$ 297 milhões, mais que o dobro dos US$ 110 milhões registrados no ano passado, o setor passou a representar 11,2% do total de IED apurado no acumulado do ano, de US$ 2,6 bilhões. No mesmo período do ano passado, infra-estrutura respondia por 8,8% do total de investimentos que ingressaram no País. A Abdib ressaltou, porém que os atuais investimentos estrangeiros diretos no setor ainda estão em níveis muito inferiores ao registrado há seis ou sete anos. Em 2000, por exemplo, infra-estrutura recebeu US$ 14,5 bilhões, 48,5% do total que ingressou no País naquele ano. No entanto, o período corresponde à privatização das empresas de telecomunicações e energia, o que alavancou a entrada de capital estrangeiro no país e especialmente no setor. (Gazeta Mercantil - 06.04.2006) 2 Godoy otimista com setor de infra-estrutura Paulo Godoy, presidente da Abdib, avaliou que, a médio prazo, o setor de infra-estrutura voltará a ser a principal porta de entrada para o IED, justamente pela "boa qualidade da carteira de projetos", aliada à conclusão do processo de regulamentação das PPP e à liquidez internacional. Para este ano, Godoy avaliou que permanecerão em alta também os projetos de petróleo, bem como os projetos em energia elétrica, que começam a sair do papel. (Gazeta Mercantil - 06.04.2006) 3
Lula descarta intervenção no câmbio 4 BID melhora condições de créditona América Latina A decisão
de ampliar o envolvimento do BID com a iniciativa privada permite aproximar
suas condições de financiamento das que já são oferecidas por outras agências
multilaterais de crédito que trabalham na América Latina. O presidente
do banco, está preocupado com o risco de perder importância na região,
na medida em que o Brasil e os demais países que controlam a instituição
encontram novas fontes de capital externo para financiar obras e outros
projetos. O BID tem hoje uma carteira de US$ 1,5 bilhão de empréstimos
para o setor privado. O BID agora poderá usar 10% do seu capital para
emprestar recursos a empresas públicas e privadas de qualquer setor econômico
sem a exigência de garantias do governo central. Hoje esse dinheiro só
pode ser usado para projetos de infra-estrutura e operações de comércio
exterior e no mercado de capitais.O banco tem cerca de US$ 3,7 bilhões
disponíveis para essas operações. Nos próximos meses, a instituição vai
adaptar suas políticas operacionais às novas regras e definir com os vários
países que o controlam os setores que serão tratados como prioritários.
(Valor Econômico - 06.04.2006) 5 IGP-DI tem deflação de 0,45% em março Em março,
o IGP-DI registrou deflação de 0,45%. Segundo divulgou hoje a FGV, o resultado
é 0,39 ponto percentual abaixo da variação registrada em fevereiro, de
-0,06%. Dois dos três componentes do IGP-DI aceleraram as taxas de variação
entre fevereiro e março: o IPC, de 0,01% para 0,22%, e o INCC, de 0,19%
para 0,20%. Em sentido inverso, o IPA recuou de -0,12%, em fevereiro,
para -0,82%, em março. (Investnews - 06.04.2006) O Banco Central realizou das 11h34m às 11h44m um novo leilão para a compra de dólares no mercado à vista. Com isso, a moeda americana, que estava em queda, passou a ficar estável, a R$ 2,132 na compra e R$ 2,134 na venda. Ontem, o dólar fechou com baixa de 0,09%, a R$ 2,1320 na compra e R$ 2,1340 na venda. (O Globo Online e Valor Online - 06.04.2006)
Internacional Governos
como o da Bolívia precisam repensar que sinais querem enviar às empresas
do setor de energia para obter ou não investimentos. A avaliação é de
especialistas da Agência Internacional de Energia. Para especialistas
internacionais, a nacionalização manda um 'sinal preocupante', já que
nenhuma empresa gosta da idéia de fazer investimentos e depois ter de
entregá-los a um governo e se tornar apenas prestadora de serviços. Na
avaliação de Daniel Simmons, especialista de gás da AIE, a nacionalização
pode ter efeito negativo para os próprios bolivianos. Isso porque, se
não contar com recursos suficientes, a empresa nacional não poderá investir
na descoberta de novas reservas, o que será prejudicial ao país no futuro.
"Os governos têm mandatos relativamente curtos, enquanto investimentos
no setor de energia são de longo prazo." Na opinião do técnico, o gás
natural poderá ter um papel cada vez mais importante na América do Sul,
principalmente se os países optarem por substituir sua produção de energia
hidroelétrica. Outro fator que poderá levar o continente a depender mais
do gás é o crescimento industrial da região. (O Estado de São Paulo -
06.04.2006) 2 Argentina investe US$1,45 bi em gasodutos A Argentina
investirá US$ 1,451 bilhão até 2008 para ampliar a capacidade de transporte
de sua rede de gasodutos. O ministro do Planejamento, Julio de Vido, disse
que as obras vão gerar 4.500 empregos e aumentarão o abastecimento de
gás em 20 milhões de metros cúbicos diários. As obras, segundo de Vido,
são destinadas a "acompanhar o crescimento da demanda" de gás entre indústrias
e geradoras de energia elétrica do país. (Gazeta Mercantil - 06.04.2006)
3 América Latina é considerada potência energética Apesar dos problemas enfrentados na Bolívia, com a ameaça de nacionalização das reservas de gás, a região é vista como uma potência energética por Bill Kimble, sócio da KPMG para o setor de indústrias nos Estados Unidos. Numa avaliação das fraquezas e pontos fortes da América Latina em termos energéticos, Kimble destaca como fator positivo a existência de seis países exportadores de petróleo. O executivo pondera, contudo, que não há uma política regional conjunta para o setor energético, sendo os temas decididos por cada país individualmente, tendo em conta cada fonte de energia específica, o que o executivo considera um dos pontos fracos da política regional. Ele cita como exemplo o corte de fornecimento de gás da Argentina para o Chile e o Brasil. Outra "fraqueza" regional apontada por Kimble é a grande dependência de gasodutos para transportar o gás de um país para o outro, em detrimento da utilização de plantas de Gás Natural Liquefeito (GNL), consideradas mais baratas e mais flexíveis. (Valor Econômico - 06.04.2006) 4
Empresas de energia dos EUA apóiam redução de emissões 5 Gas Natural deve rever proposta pela Endesa O presidente
da Gas Natural, Rafael Villaseca, disse que vai rever sua oferta pela
Endesa quando for mais apropriado, aceitando que terá de elevar o valor
da proposta se quiser competir com oferta maior e toda em dinheiro da
alemã E.ON. "Estamos conscientes sobre o fato de que as ofertas iniciais
não refletem o valor de mercado (da Endesa)", afirmou Villaseca. "A Gas
Natural vai estudar sua oferta original, no tempo apropriado, e veremos
se a mudamos ou não." A oferta da Gas Natural está suspensa devido a investigação
de tribunal comercial sobre se a Gas Natural e a Iberdrola quebraram regras
da União Européia, agindo juntas para retirar a Endesa da competição.
A Endesa afirmou que deve buscar o levantamento da suspensão quando a
proposta da E.ON tiver passado seus estágios regulatórios, para que seus
acionistas decidam qual oferta preferem. (Gazeta Mercantil - 06.04.2006)
6 Projetos de energia limpa receberão US$ 125 mi da Ecoenergy A Econergy
Internacional anunciou ontem investimentos de US$ 125 milhões em projetos
de energia limpa e eficiência energética na América Latina. Deste total,
o Brasil receberá US$ 60 milhões, que serão aplicados no prazo de 18 meses.
Segundo o presidente da empresa, Thomas H. Storner, deste montante, US$
20 milhões são do Clean Tech Fund, um fundo de private equity, com sede
em Quebec, no Canadá, e gerido pela Econergy, e o restante, US$ 105 milhões,
captado via Bolsa de Londres. De acordo com o vice-presidente da empresa
no Brasil, Luiz Eduardo Alves de Lima, dos 26 projetos que estão previstos
para a América Latina, sete estão no Brasil. A Econergy Internacional
está instalada em mais de 200 países. (Gazeta Mercantil - 06.04.2006)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
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