l IFE: nº 1.782 - 05
de abril de 2006 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Reestruturação do Setor 1 EPE cria Comissão Permanente de Análise e Acompanhamento do Mercado A Empresa
de Pesquisa Energética criou em março a Comissão Permanente de Análise
e Acompanhamento do Mercado de Energia Elétrica (Copam), com o objetivo
de compilar e analisar as estatísticas sobre o mercado de energia elétrica.
O trabalho desenvolvido no âmbito da Copam subsidiará os relatórios de
análise de mercado de energia elétrica elaborados pela instituição, que
divulgará os resultados em níveis agregados (por região geográfica e subsistema
elétrico). A próxima rodada de reuniões da comissão está prevista para
ocorrer entre os meses de maio e junho. (Agência Canal Energia - 04.04.2006)
2 Comissão vota projeto para parcelamento de contas de luz A Comissão
de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados pode votar neste quarta-feira,
5 de abril, o projeto de lei 5.581/05, do deputado federal José Divino,
que prevê o parcelamento das contas de água, luz e telefone sem a interrupção
dos serviços. Pelo projeto, o consumidor terá de pagar 10% da fatura e
os outros 90% poderão ser financiados entre 3 e 12 parcelas, por meio
de contrato com a concessionária de serviço público. (Agência Canal Energia
- 04.04.2006) 3 Governo outorga novas concessões de LTs O governo
outorgou sete novas concessões de linhas de transmissão, leiloadas em
novembro passado. Entre as novas licenças, estão quatro trechos da interligação
Norte-Sul III entre Pará e Minas Gerais. As empresas terão que assinar
ainda o contrato de concessão de serviço público de transmissão de energia
elétrica, quando convocadas pela Aneel. (Agência Canal Energia - 04.04.2006)
4
Rondeau indica mais dois diretores para a Aneel Kátia Rocha,
pesquisadora do IPEA, apresentou palestra no Instituto de Economia da
UFRJ sobre "Remuneração de Capital das Distribuidoras de Energia Elétrica,
pautada em trabalho publicado pelo IPEA. Foram abordadas questões relacionadas
com a avaliação, de 1999 a 2005, dos indicadores econômicos e financeiros
das distribuidoras do setor elétrico brasileiro, comparando com EUA, Argentina
e Chile. Até 2003 a taxa de remuneração das concessionárias brasileiras
ficou baixa, recuperando-se como conseqüência das revisões tarifárias
de 2003- 2004 e da recuperação da demanda. Para acessar o artigo e os
slides da palestra entrar no site www.nuca.ie.ufrj.br/gesel
(GESEL-IE-UFRJ - 05.04.2006)
Empresas 1 Economática: empresas do SE estão propondo remuneração de até 95% De acordo
com dados da Economática, as empresas do setor elétrico estão propondo
remunerar os acionistas com valores que alcançam 95% do lucro líquido.
A pesquisa mostra que as empresas, que lucraram juntas R$ 7,3 bilhões
em 2005, estão propondo pagamento de dividendos aos acionistas na ordem
de R$ 6,9 bilhões, fazendo do setor o campeão em pagamento de dividendos
aos acionistas. O levantamento da consultoria foi feito com 18 empresas.
(Agência Canal Energia - 04.04.2006) 2 Eletrobrás submete ao BID projeto para energia A direção da Eletrobrás pretende submeter à avaliação do BID um projeto para universalização da energia elétrica na América Latina. O programa, batizado de "Energia para a paz", será embasado na experiência brasileira do "Luz para Todos". A estimativa de custo por consumidor ligado é de US$ 2 mil. Mas os valores podem variar muito dependendo da realidade territorial de cada país. Segundo o presidente da estatal Aloísio Vasconcelos, os técnicos da Eletrobrás ainda não fizeram levantamento dos números do déficit de ligação à rede elétrica nos países da América Latina. No Brasil, 9,5 milhões de pessoas não têm energia em casa. Este número era de 12 milhões em 2003. O programa "Luz para Todos", financiado pelo governo federal em parceria com os Estados, já levou eletricidade para 2,5 milhões de pessoas. A meta é atingir a universalização até 2009. Segundo ele, nas regiões já beneficiadas pelo programa brasileiro, a chegada da luz elétrica representou melhoria em vários indicadores sociais, principalmente nos índices de violência. Estas estatísticas serão repassadas ao BID. Segundo Vasconcelos, se a proposta vier a ser acatada pelo banco, não haverá empresa de energia elétrica mais preparada do que a Eletrobrás para coordenar a execução. "Vamos poder vender nossa expertise", declarou. (Valor Econômico - 05.04.2006) A Eletrobrás
está negociando com o grupo Gefac (Votorantim, Alcoa, Camargo Corrêa e
DME) a compra de 49% das ações na usina Serra do Facão, em Goiás. Segundo
Aloísio Vasconcelos, a negociação deverá estar concluída até 10 de abril.
O objetivo é fechar o negócio neste prazo para que a produção dessa usina
já possa ser ofertada no próximo leilão de energia. Recentemente, 40%
do capital neste empreendimento foi vendido pela Companhia Vale do Rio
Doce para Furnas. A estatal gaúcha CEEE, vai vender outros 20% neste de
mês de abril. A CPFL, a terceira sócia no negócio, ficará com 11% da participação
da CEEE. (Valor Econômico - 05.04.2006) 4
Eletrobrás cobra passivo de R$ 800 mi de elétrica paulista 5 Endesa Brasil entra com novo pedido de abertura de capital na CVM A Endesa
Brasil deu entrada com novo pedido de registro de lançamento de ações
na CVM. A holding, que controla as distribuidoras Ampla e Coelce , além
da geradora Cachoeira Dourada e a transmissora Cien, já havia entrado
com pedido em fevereiro passado, porém o pedido foi indeferido pela CVM.
Já a Empresa Energética do Mato Grosso do Sul S.A. pretende emitir R$
250 milhões em debêntures. A operação, de acordo com a CVM a comissão,
envolve o lançamento de 25 mil títulos simples, não conversíveis em ações,
com valor unitário de R$ 10 mil. O Bradesco será o líder da operação,
informa a CVM. (Agência Canal Energia - 04.04.2006) 6 Consórcio de Foz de Chapecó passa a ser liderado pela CPFL A Eletrobrás
reestruturou o consórcio responsável pela construção da hidrelétrica de
Foz de Chapecó, no rio Uruguai, de forma a reduzir a presença estatal
no empreendimento. A participação majoritária de capital privado é condição
para que o projeto, que custará cerca de R$ 2 bilhões, consiga recursos
do BNDES. Ao informar sobre a nova formatação, Aloisio Vasconcelos, presidente
da Eletrobrás, explicou que o grupo passa a ser liderado pela CPFL, com
51%, enquanto Furnas e a CEEE, estatal gaúcha, terão 49%. O consórcio
era formado pela CVRD (40%), que se retirou do projeto, CPFL (40%) e CEEE
(20%). Vasconcelos informou também que a Eletrobrás participará do consórcio
que construirá a hidrelétrica de Serra do Facão, em Goiás. (Gazeta Mercantil
- 05.04.2006) No pregão
do dia 04-04-2006, o IBOVESPA fechou a 38.802,26 pontos, representando
uma alta de 2,24% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 2,14
bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 0,42%,
fechando a 12.292,14 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte
comportamento: ficaram cotadas a R$ 50,28 ON e R$ 49,25 PNB, alta de 1,58%
e 0,61%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior.
Na abertura do pregão do dia 05-04-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas
a R$ 50,00 as ações ON, baixa de 0,56% em relação ao dia anterior e R$
49,00 as ações PNB, baixa de 0,51% em relação ao dia anterior. (Investshop
- 05.04.2006) A Aneel fixou taxas de fiscalização de serviços de energia elétrica, referentes à geração, para três concessionárias. Os novos valores correspondem ao período de abril a dezembro de 2006. A Cemat, por exemplo, terá de desembolsar R$ 124.074,80 no período. Já a Coelba pagará R$ 47.119,95 até dezembro deste ano. A RGE vai repassar R R$ 1.385,86 no mesmo período. (Agência Canal Energia - 04.04.2006) O presidente da Associação Brasileira das Empresas Geradoras de Energia Elétrica, Flávio Neiva, foi reconduzido para o cargo de membro titular do Conselho Nacional de Recursos Hídricos, ocupando uma das duas vagas de representante das concessionárias e autorizadas de geração hidrelétrica. O mandato de Neiva será de três anos. O CNRH reúne agentes do governo, iniciativa privada e entidades ligadas ao uso da água. (Agência Canal Energia - 04.04.2006) O conselho de administração da Eletrosul o nome do presidente interino da empresa: José Drumond Saraiva, que preside o conselho. A decisão foi tomada após a desincompatibilização de Milton Mendes da presidência. (Agência Canal Energia - 04.04.2006) O presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeou a nova diretora financeira da Hidrelétrica de Itaipu. O cargo será exercido por Margaret Mussoi Luchetta Groff, segundo decreto publicado no Diário Oficial da União.. Margaret substitui Gleisi Helena Hoffman, que se desligou do cargo para disputar vaga no Senado pelo estado do Paraná. (Agência Canal Energia - 04.04.2006) A Celesc lançou dois concursos públicos para admissão de 211 profissionais. A faixa salarial dos cargos oferecidos vai de R$ 848,87 a R$ 2.143,74, acrescido do auxílio-alimentação (R$286,00), plano de saúde e odontológico, plano previdenciário. (Elétrica - 04.04.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Consumo de energia cresce 4,28% em março O consumo
de energia elétrica em março registrou novo recorde histórico, ao atingir
36.714 GW/h, o que corresponde a 49.347 MW médios. É o terceiro mês seguido
de recordes, já que em janeiro e fevereiro o país já havia registrado
recordes de consumo. Conforme os dados preliminares do ONS, o consumo
no mês passado corresponde a um aumento de 4,28% em relação ao registrado
em março de 2005. Embora o consumo médio tenha ficado 1,27% acima do observado
na média de fevereiro, houve uma ligeira desaceleração no ritmo de aumento.
Em janeiro, o consumo registrado ficou 5,23% acima do observado em janeiro
de 2005, e em fevereiro o aumento foi de 5,88% sobre igual mês do ano
passado. Ao todo, nos três primeiros meses do ano, o País consumiu 104.945
GW/h, com aumento de 5,09% sobre o primeiro trimestre de 2005. Em termos
absolutos, o aumento de consumo no período atingiu 2.026 MW médios, já
que a média de março de 2005 havia oscilado em torno de 47.320 MW médios.
(Jornal do Commercio - 05.04.2006) 2 Região Norte eleva consumo de energia A região Norte continua puxando o consumo para cima, graças à forte demanda das indústrias eletrointensivas instaladas no local. O aumento de março foi de 8,66% em relação a março do ano passado, pelos dados do ONS. O Sudeste registrou aumento de 4,50% no intervalo de 12 meses, enquanto a região Sul continua em último entre os quatro sub-mercados, com variação de apenas 2,89% de março do ano passado para março deste ano. Parte do aumento no Sudeste foi devido à maior temperatura média deste ano. No Nordeste, o aumento foi de 3,10% no mesmo período. (Jornal do Commercio - 05.04.2006) 3 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 85,8% O submercado
Sudeste/Centro-Oeste registra 85,8% de capacidade armazenada, com alta
de 0,1% em comparação à domingo, dia 2 de abril. O nível está 26,6% acima
da curva de aversão ao risco. A usina de Corumbá I registra 92,5% de volume
acumulado, já Furnas opera com 96,9% de capacidade armazenada. (Agência
Canal Energia - 04.04.2006) 4 Sul: nível dos reservatórios está em 48,8% O nível
de armazentamento da região Sul atinge 48,8%, com baixa de 3,2% em relação
ao dia anterior. A hidrelétrica de Machadinho opera com 56,9% de volume
armazenado. (Agência Canal Energia - 04.04.2006) 5 NE apresenta 92,1% de capacidade armazenada Os revervatórios
do Nordeste acumulam 92,1% de volume armazenado, com alta de 0,7% em comparação
a domingo, dia 2 de abril. O índice ficou 43,1% acima da curva de aversão
ao risco. A hidrelétrica de Sobradinho opera com 93,7% de capacidade armazenada.
(Agência Canal Energia - 04.04.2006) 6 Norte tem 94,6% da capacidade de armazenamento A região
Norte registra 94,6% de nível de armazenamento, com queda de 0,3% em relação
ao dia anterior. A usina de Tucuruí opera com 98,5% de capacidade armazenada.
(Agência Canal Energia - 04.04.2006)
Gás e Termoelétricas 1 Petrobras pode ter parceria minoritária com YPFB O acordo entre brasileiros e bolivianos na questão da exploração do petróleo e do gás poderá passar por uma sociedade entre a Petrobras e a YPFB, com a estatal do país vizinho majoritária no negócio. Segundo Gabrielli, a Petrobras não quer ser, necessariamente, a única produtora. Nem quer estar presente apenas em empresas onde seja majoritária. As declarações do presidente da Petrobras sugerem que a empresa brasileira estaria disposta a aceitar uma participação minoritária numa sociedade com a YPFB. Como majoritária, a estatal boliviana garantiria o controle da exploração para o governo da Bolívia. Uma comissão formada por representantes das duas empresas, Petrobras e YPFB, e dos dois governos vai se reunir na próxima semana, no Rio, para discutir o assunto. A Petrobras foi a única das multinacionais de exploração de petróleo e gás com atuação na Bolívia a não ameaçar entrar com um recurso no tribunal de resolução de controvérsias do Banco Mundial (Bird), devido às novas regras. (Valor Econômico - 05.04.2006) 2 Petrobras vai repassar aumento de gás A Petrobrás
deve repassar ainda este mês novo reajuste no preço do gás natural para
todas as distribuidoras no País. Segundo cálculos do mercado, o reajuste
deve ficar entre 14% e 20% para o gás boliviano, que responde por 50%
do total do combustível consumido no Brasil. O diretor de Gás e Energia
da estatal, Ildo Sauer, admitiu que a possibilidade existe, porque está
no contrato. "Vamos cumprir exatamente o que está nos contratos assinados
tanto com a Bolívia, quanto com as distribuidoras." O porcentual a ser
repassado não é o mesmo que chegará ao consumidor, pois as tarifas são
reguladas pelos governos estaduais. (O Estado de São Paulo - 05.04.2006)
3 Brasil terá que comprar mais gás boliviano A decisão
do governo boliviano de mudar as regras de exploração de gás natural é
uma péssima novidade para o Brasil. Está previsto no planejamento: a partir
de 2008, o País terá de comprar mais gás. Será preciso importar mais 4
milhões de m3/dia em 2008 e elevar o volume para mais 15 milhões m3/dia
em 2009. Os números são da Abegás. Até lá, a Bolívia terá de ser a responsável,
segundo previsão, pelo abastecimento de 50,61% da demanda das Regiões
Sul e Sudeste do Brasil e de 40,72% da necessidade nacional, revelam números
das distribuidoras. O problema talvez não seja a disponibilidade de oferta,
mas as condições comerciais que justifiquem a expansão do Gasbol. Considerando
a expansão do Gasbol, o Brasil chegará a 2008 com um déficit diário de
17 milhões de m3. O déficit tende a ser reduzido a 1,9 milhão de m3 se
o Brasil comprar mais gás de Evo. É um déficit contábil, provocado pela
soma da demanda de gás para a produção de energia elétrica pelas térmicas.
(O Estado de São Paulo - 05.04.2006) 4 Petrobras prevê investir R$ 26,2 bi A Petrobras
teve seu plano de investimentos de R$ 26,2 bilhões em 2006 aprovado na
assembléia de acionistas. O volume é menor que os R$ 30 bilhões aprovados
pelo Congresso. A maior parte dos recursos, 66% do investimento total,
será destinada ao aumento da produção de petróleo e gás; 14% irão para
a área de refino e 5% para gasodutos, só para citar alguns. (Valor Econômico
- 05.04.2006) 5 Primeiro-ministro russo discutirá cooperação na área de gás A cooperação no âmbito da energia e eventuais vendas de aviões militares marcarão a visita que o primeiro-ministro russo Mikhail Fradkov inicia nesta terça-feira ao Brasil. O gigante do gás Gazprom e a companhia Stroitransgaz, controladas pelo governo russo, propuseram participar na construção de um gasoduto transcontinental, que, segundo o projeto, uniria o Brasil, a Venezuela e a Argentina. Outra companhia russa, a Zarubejneft, negocia com a Petrobras uma eventual participação na reconstrução de instalações petroleiras e de gás do Brasil, segundo a mesma fonte. A companhia Silovye Machiny poderá fornecer material às centrais hidro e termoelétricas em construção no Brasil, acrescentou a fonte. (Superávit - 04.04.2006) 6 Oleoduto é danificado por chuvas A Petrobrás divulgou nota sobre danos provocados pelas chuvas intensas à tubulação de um trecho do oleoduto operado pela estatal brasileira na Bolívia, na região do Chaco. Segundo a empresa, o incidente não causará desabastecimento de gás. O trecho atingido leva o condensado produzido nos campos de San Antonio e Margarita - este operado por outra empresa - até o sistema de movimentação de líquidos da Bolívia, impondo restrições na produção de gás desses campos. A Petrobrás informa, ainda, que devido às chuvas, também foram danificados dutos de outras empresas, responsáveis pela entrega de gás e derivados a cidades da região. A empresa informa que já adotou medidas, como o redirecionamento de produção e a adequação do consumo em usinas termoelétricas, para minimizar os impactos do acidente. (O Estado de São Paulo - 05.04.2006) 7 STF concede liminar para distribuição de gás A presidente em exercício do STF, ministra Ellen Gracie, deferiu liminar para suspender processos que tramitam na Justiça Federal de São Paulo. As ações tratam da competência para o fornecimento de gás canalizado no Estado. A reclamação foi ajuizada pelo estado e pela CSPE que alegaram haver conflito federativo entre a União, São Paulo, a ANP e a CSPE, conflito que somente poderia ser solucionado pelo Supremo. O governo paulista informou que foi deferido pedido de tutela antecipada para ordenar que a CSPE se abstivesse da prática de qualquer ato ou da aplicação de qualquer penalidade com relação às instalações de transporte da TGB e ao projeto GNL Gemini. A ministra disse que há "inegável relevância" nos fundamentos da reclamação no sentido da ocorrência de conflito federativo. Ela ressaltou também a importância da continuidade da prestação do serviço público de fornecimento de gás canalizado e determinou a suspensão da decisão do relator no recurso que deferira pedido de antecipação de tutela. Por outro lado, manteve os efeitos jurídicos da decisão na ação principal que reconheceu a existência de conflito federativo. (Gazeta Mercantil - 05.04.2006) 8 Usinas lucram com produção de energia a partir da cana As usinas, que estão faturando com a alta dos preços do açúcar e do álcool, também começam a lucrar com a produção de energia elétrica a partir da queima do bagaço da cana. Somente dois grandes grupos, a Cosan e o Grupo Nova América, estão investindo quase US$ 750 milhões na cogeração de energia. "Já houve um tempo em que a energia era um subproduto para as usinas e não contribuíam para a receita. Hoje representa 8% do faturamento e é uma aposta para o médio e longo prazo", diz Luiz Carlos Correa Carvalho, da Usina Alto Alegre (SP). Os produtores esperam que a cogeração passe a representar até 15% do faturamento. Em dois anos, o excedente de energia das usinas do País equivalerá a toda produção da Usina de Ilha Solteira, a terceira maior hidrelétrica do País. A energia seria suficiente para iluminar a Grande São Paulo. (Gazeta Mercantil - 05.04.2006) 9 Grupo Cosan pretende investir US$ 700 mi na produção de 700 MW O Grupo Cosan, maior produtor de açúcar e álcool do Brasil, com 16 unidades e que deverá moer este ano 28,5 milhões de toneladas de cana, aposta na cogeração como forma de diversificar as atividades e expandir o faturamento. Até 2009, a Cosan planeja investir US$ 700 milhões para produzir 700 MW, volume suficiente para abastecer uma cidade de 3 milhões de pessoas. O custo do investimento para a de energia a partir do bagaço da cana varia entre US$ 1 e US$ 1,2 o KW. A capacidade atual de produção de energia elétrica é de 100 MW, boa parte destinada a consumo próprio. A Cosan já vende energia à CPFL e planeja participar dos futuros leilões que serão realizados pela Aneel. (Gazeta Mercantil - 05.04.2006) 10 Grupo Nova América investe R% 90 mi para aumentar cogeração de energia O Grupo Nova América, dono do Açúcar União, está finalizando um investimento de R$ 90 milhões em sua usina de Maracaí (SP) no aumento da capacidade de moagem de cana-de-açúcar e da cogeração de energia. A moagem foi aumentada em 18%, para 3 milhões de tonelada, utilizadas na produção de álcool e açúcar cristal. Já a cogeração de energia foi elevada de 3,5 MW para 32 MW. "O investimento foi um negócio de oportunidade, porque conseguimos financiamento do BNDES para a substituição de duas caldeiras e, ao mesmo tempo, atrelamos o financiamento a um contrato de venda do excedente de energia para a Eletrobras", diz Marco Antônio Cardoso de Toledo, diretor industrial do Grupo Nova América. (Gazeta Mercantil - 05.04.2006) 11 Estudo indica necessidade de mais 13 mil MW de origem nuclear até 2035 Um estudo da Eletronuclear indica a necessidade de adição de 13 mil MW novos de origem nuclear até 2035 para manter a proporção de 2,2% de participação na matriz energética brasileira. Segundo o presidente da estatal, Othon Luiz Pinheiro da Silva, o estudo tomou como base a expansão da demanda do país da ordem de 4% ao ano, o que significaria um crescimento do PIB entre 2,5% e 3% ao ano. "É uma projeção conservadora que reflete a presença nuclear na necessidade de expansão de 3 mil MW por ano no país", explicou Pinheiro, acrescentando que o trabalho leva em conta o papel complementar da energia térmica no país. O executivo afirmou ainda que a implementação dos 13 mil MW novos equivalem a construção de 10 usinas do porte de Angra 3 ou a 20 usinas do porte de Angra 1. O estudo aponta ainda um potencial de investimento, estimado entre US$ 19,5 bilhões e US$ 26 bilhões, em 30 anos. No entanto, salientou, os projetos poderiam ter nacionalização de até 70%. (Agência Canal Energia - 04.04.2006) 12 Eletronuclear propõe aumento de produção O presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva, apresentou um estudo que aponta a necessidade de investimentos de US$ 19,5 bilhões a US$ 26 bilhões em geração de energia nuclear no Brasil nos próximos 30 anos. Os recursos seriam utilizados na construção de 10 novas usinas, com o objetivo de manter a atual participação da energia nuclear na matriz energética brasileira em torno de 2,19%. Ele explicou que as projeções feitas até 2035 consideram um cenário de crescimento anual do PIB em cerca de 4%, e um aumento da demanda por energia em 3 mil MW ao ano. O presidente da Eletronuclear citou um cálculo do MME que prevê tarifa de R$ 136,48 por MWh da energia produzida na usina Angra 3, valor compatível com preços finais das usinas térmicas contratadas no leilão de energia nova. De acordo com Silva, a Eletronuclear precisaria aumentar sua geração de energia em 13 mil MW para manter a atual participação.Os investimentos seriam realizados na construção de usinas nucleares do porte de Angra 2 e Angra 3, com lançamento de uma unidade a cada três anos. (Jornal do Commercio - 05.02.2006)
Grandes Consumidores 1 Abrace defende a não cobrança da RTE A Associação
Brasileira dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e Consumidores
Livres acredita que uma possível aprovação da cobrança retroativa da Recomposição
Tarifária Extraordinária a consumidores livres pode resultar na reavaliação
de estratégias dos grandes consumidores. Adiada para o dia 10 de abril,
a audiência pública presencial será o momento para o debate a respeito
da minuta da resolução em elaboração pela Aneel. Segundo a associação,
a estimativa é que a audiência pública receba cerca de 30 inscrições por
parte de empresas contrárias à cobrança aos grandes consumidores. O número
é, na avaliação da Abrace, resultado da mobilização do segmento em defesa
pela extinção da proposta. Segundo a Associação, a cobrança da RTE para
quem migrou para o mercado livre não encontra respaldo na lei. "Estamos
preparados para defender a não cobrança do encargo", disse. O parecer
- enviado pelas associações de produtores do alumínio (Abal), cloro (Abiclor)
e aço (IBS), além da própria Abrace - destaca que "exatamente por referir-se
ao mercado das concessionárias de distribuição, a legislação em nenhum
momento fez qualquer indicação expressa ao recolhimento da RTE" para os
consumidores livres. (Agência Canal Energia - 04.04.2006) 2 Gerdau: vendas de aço sobem com isenção de IPI para construção A isenção
da alíquota de 5% do IPI sobre produtos para a construção civil, incluída
no pacote de benefícios fiscais para incentivar o setor, anunciado no
início de fevereiro pelo governo federal, já começa a estimular as vendas
domésticas de aço, disse ontem o presidente do Grupo Gerdau, Jorge Gerdau
Johannpeter. De acordo com ele, a demanda por produtos longos no mercado
interno cresceu mais de 10% no primeiro trimestre em comparação com o
mesmo período do ano passado. "O mercado começou a aquecer", disse o empresário.
Na opinião de Johannpeter, o crescimento verificado no primeiro trimestre
tende a ser sustentável ao longo do ano. "Estamos recuperando as perdas
de 2005", comentou. No ano passado, as vendas de aço do grupo no mercado
interno diminuíram quase 10% em comparação com o exercício anterior, para
3,5 milhões de toneladas. Só no período de janeiro a março de 2005 o volume
havia recuado 5,3%, para 865,8 mil toneladas. (Valor Econômico - 05.04.2006)
3 China critica Vale em negociação A Associação
de Ferro e Aço da China criticou a Companhia Vale do Rio Doce por ter
anunciado uma alta de 24% no preço do minério de ferro, em meio a uma
negociação internacional para negociar o valor da commodity. A CISA opinou
que o ato unilateral da Vale "é inapropriado e viola as normas da negociação
internacional sobre o preço do ferro", hoje em andamento. De acordo com
essas normas, os fornecedores não podem anunciar a alta do preço até ser
alcançado um acordo com pelo menos um cliente, o que até agora não ocorreu,
segundo a CISA. (Gazeta Mercantil - 05.04.2006) 4 Fundo da Vale vai financiar fornecedor A Companhia
Vale do Rio Doce e o Banco do Brasil assinam hoje um convênio para a criação
de um fundo de US$ 5 milhões para financiar pequenos e médios fornecedores
da mineradora em Minas Gerais. Os recursos são do caixa da Vale. O banco
ficará encarregado de administrar a operação junto aos fornecedores. O
"Fundo de Financiamento para Pequenos e Médios Fornecedores" vai financiar
valores equivalentes ao faturamento dos quatro primeiros meses do contrato
de fornecimento de materiais ou serviços a CVRD, limitado a 70% do valor.
O financiamento terá prazo de pagamento de até dois anos e custo de 110%
do Certificado de Depósito Interbancário. De acordo com as informações
divulgadas pela Vale, o objetivo da linha de crédito é garantir capital
de giro e permitir, desse modo, que os pequenos e médios fornecedores
tenham estabilidade financeira até que ocorra o primeiro pagamento do
respectivo contrato. A Vale informou que o mesmo fundo será implementado
para fornecedores de outros três Estados onde atua, Pará, Maranhão e Espírito
Santo. (Valor Econômico - 05.04.2006) A Vale do
Rio Doce informou ontem que o rompimento de uma estrutura metálica que
leva minério aos porões de um navio da empresa, em São Luís (MA), vai
reduzir em 500 mil toneladas a exportação da commodity em abril. Segundo
a empresa, o volume deve ser recuperado ao longo dos próximos meses. (Valor
Econômico - 05.04.2006)
Economia Brasileira 1 Investimento pode subir acima de 5% no trimestre Janeiro e fevereiro foram bons meses para o investimento: os números da produção industrial nesse período indicam que a formação bruta de capital fixo deve fechar o primeiro trimestre com um forte crescimento em relação ao quarto trimestre de 2005, talvez superior a 5%, na série livre de influências sazonais. A boa notícia é que tanto a construção civil como o consumo aparente de máquinas e equipamentos tiveram expansão significativa. A novidade é a recuperação da construção civil. O economista-chefe da corretora Convenção, Fernando Montero, nota que a produção de insumos típicos para a construção cresce 7% ao mês desde dezembro, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Para ele, o aumento dos gastos do governo e a oferta de crédito explicam o resultado. O consumo aparente de máquinas e equipamentos também avançou a taxas robustas no bimestre com alta de 16,6% em relação a 2005. (Valor Econômico - 05.04.2006) 2 CNI vai elevar previsão para crescimento do PIB A boa evolução nos indicadores do primeiro bimestre vai levar a CNI a revisar, para cima, a expectativa de crescimento econômico para 2006. Em dezembro de 2005, a previsão era de uma variação real de 3,3% para o PIB. A nova projeção deve sair ainda este mês, informou o economista-chefe da entidade, Flávio Castelo Branco. "Os últimos números mostram uma intensidade na recuperação bem mais forte do que esperávamos", afirmou. Ele destacou que a previsão anterior foi feita sobre indicadores de outubro de 2005. "O que verificamos agora é que há uma demanda interna maior, embora sem pressão de preços e com redução de estoques, portanto, não há ameaça no horizonte para a continuidade da queda dos juros e temos uma expectativa de crescimento moderado", disse. (Valor Econômico - 05.04.2006) 3
IPC da Fipe tem inflação de 0,14% O dólar
comercial abriu em queda, mas também inverteu a tendência. Às 12h25m,
a moeda subia 0,09%, a R$ 2,135 na compra e R$ 2,137 na venda. Ontem,
o dólar fechou com baixa de 0,18%, a R$ 2,1340 na compra e R$ 2,1360 na
venda - próximo da máxima do dia, de R$ 2,1380. No menor preço, a moeda
apontou R$ 2,1220 - queda de 0,84%. (O Globo Online e Valor Online - 05.04.2006)
Internacional 1 Fornecimento ao Uruguai é ampliado via Argentina O Brasil
estendeu seu fornecimento de energia elétrica ao Uruguai através do sistema
de redes com a Argentina, após os problemas de geração enfrentados pelo
país devido à longa seca que impedem a normalização da produção. A Presidência
uruguaia definiu a decisão "como uma nova mostra de apoio ao sistema elétrico
uruguaio" dada pelos dois países vizinhos. O texto acrescenta que as autoridades
energéticas do Brasil e da Argentina resolveram manter, sem interrupções,
o abastecimento na primeira quinzena de abril, nas condições comerciais
atualmente vigentes, contratadas até o final do mês passado. O comunicado
diz ainda que o Uruguai atravessa uma fase difícil em relação às fontes
hidrelétricas devido à grande diminuição das reservas energéticas no Rio
Negro, onde o país mantém três centrais de produção de energia elétrica.
A situação levou o Ministério de Indústria e Energia uruguaio e a estatal
Usinas e Transmisiones Electricas (UTE) a buscar contatos com os países
vizinhos para viabilizar a utilização da Estação Conversora de Garabi
(RS) para importar energia do Brasil, contanto que não houvesse prejuízo
para a Argentina. (Gazeta Mercantil - 05.04.2006) 2 Greve na França prejudica operações de energia Uma greve
de 24 horas contra uma nova lei trabalhista para jovens atingiu o refino
de petróleo e a produção de eletricidade na França, mas não chegou a afetar
os suprimentos, disseram sindicatos e empresas. A greve de hoje diminuiu
levemente a produção da Total em três de suas seis refinarias francesas
e cortou cerca de 3% da capacidade de geração de energia do país. (Elétrica
- 04.04.2006) 3 UE vai entrar com ação legal contra 17 paises Os reguladores da União Européia alertaram que vão entrar com ação legal contra 17 países por não terem feito o suficiente para abrir seus mercados de energia. Atrasos na elaboração de novas regras para liberar os mercados de gás e eletricidade estão pressionando os preços para cima, disse a Comissão Européia. A Áustria, Bélgica, Grã-Bretanha, República Checa, Alemanha, Estônia, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Itália, Lituânia, Letônia, Polônia, Suécia e Eslováquia vão receber um segundo aviso para cumprirem as regras. A Espanha vai ser alertada por não aplicá-las apropriadamente. (Elétrica - 04.04.2006) 4
Gazprom e YPFB negociam 5 AES republica balanços de 2003 e 2004 A companhia
americana de energia AES divulgou aumento do lucro líquido do quarto trimestre,
mas informou que descobriu erros nos resultados de 2003 e 2004 que exigiram
republicações e colocaram a companhia em default com seu principal banco
de empréstimo, informou a Reuters. A empresa também previu lucro abaixo
das expectativas de Wall Street para 2006. O lucro do quarto trimestre
aumentou para US$ 177 milhões, ante US$ 101 milhões de dólares no ano
anterior. (Valor Econômico - 05.04.2006)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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